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CURSO DE FORMAÇÃO PARA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

APOSTILA CIPA - ENGESTRAUSS

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CURSO DE FORMAÇÃO PARA

COMISSÃO INTERNA DE

PREVENÇÃO DE ACIDENTES

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Índice OBJETIVO DO CURSO ........................................................................................................ 7 HISTÓRIA DA CIPA E SUA LEGISLAÇÃO ....................................................................... 7 ANTES DE ENTENDER A CIPA ......................................................................................... 8

Acidente de Trabalho ...................................................................................................... 8 Acidente do Trabalho - Conceito Legal ....................................................................... 8 Acidente do Trabalho - Conceito Técnico (Prevencionista) ......................................... 8 Quase Acidente (Incidente) ......................................................................................... 8

Causas de Acidentes do Trabalho.................................................................................... 9 Ato Inseguro ............................................................................................................... 9 Condição Insegura ...................................................................................................... 9 Fator Pessoal de insegurança ....................................................................................... 9

Conseqüências dos Acidentes ........................................................................................10 Para o Acidentado ......................................................................................................10 Para a Família ............................................................................................................10 Para a Empresa ..........................................................................................................10 Para a Sociedade ........................................................................................................11

Tipos de Acidentes ........................................................................................................11 Acidentes Típicos ..................................................................................................11 Acidentes de Trajeto ..............................................................................................11 Doenças Ocupacionais ...........................................................................................11 Doenças Profissionais ............................................................................................11

RISCOS AMBIENTAIS ....................................................................................................11 Agentes Físicos..............................................................................................................12

Ruído .........................................................................................................................12 Vibrações...................................................................................................................12 Temperaturas Extremas..............................................................................................12 Pressões Anormais .....................................................................................................12 Radiações Ionizantes:.................................................................................................12 Radiações Não-ionizantes ..........................................................................................13 Umidade ....................................................................................................................13

Agentes Químicos .........................................................................................................13 Névoas .......................................................................................................................13 Poeiras .......................................................................................................................13 Gases .........................................................................................................................13 Vapores .....................................................................................................................13 Fumos ........................................................................................................................13

Agentes Biológicos ........................................................................................................14 Bactérias ....................................................................................................................14 Parasitas ....................................................................................................................14 Vírus ..........................................................................................................................14 Fungos .......................................................................................................................14 Protozoários ...............................................................................................................14

Agentes Ergonômicos ....................................................................................................14

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Agentes Mecânicos ........................................................................................................15 SEESMT ...........................................................................................................................15

Fundamentos .................................................................................................................15 Legal .........................................................................................................................15 Empresarial................................................................................................................15

PROGRAMAS ESPECIAIS ..............................................................................................15 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA..................................................15

Norma Regulamentadora - NR 09 ..............................................................................15 Programa De Controle Médico De Saúde Ocupacional – PCMSO .................................16

Norma Regulamentadora - NR 07 ..............................................................................16 LEGISLAÇÃO: .................................................................................................................17

Consolidação das Leis do Trabalho – CLT .....................................................................17 Noções de Legislação Previdenciária .............................................................................18

Benefícios para o Trabalhador Urbano, Segurado da Previdência Social ....................18 As Prestações Relativas ao Acidente do Trabalho são Devidas ...................................19 Não são Devidas as Prestações Relativas ao Acidente do Trabalho ............................19 Consideram-se como Acidente do Trabalho ...............................................................19 Não são Consideradas como Doença do Trabalho ......................................................19 Equiparam-se Também ao Acidente do Trabalho .......................................................20 Carência ....................................................................................................................20 Comunicação do Acidente do Trabalho ......................................................................21 Prazo para Comunicar o Acidente do Trabalho ..........................................................21 Quando Deixa de ser Pago o Benefício ......................................................................21 Renda Mensal do Benefício .......................................................................................21 Valor do Salário-de-Benefício ....................................................................................21 Como Deverá ser Comunicado o Acidente do Trabalho .............................................21 Comunicação de Reabertura .......................................................................................22

Normas Regulamentadoras ............................................................................................22 NR 01 – Disposições Gerais.......................................................................................22 NR 02 – Inspeção Prévia ............................................................................................23 NR 03 – Embargo ou Interdição .................................................................................23 NR 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT ....................................................................................................23 NR 05 – CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ...................................23 NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI .................................................23 NR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional. ................................23 NR 08 – Edificações. .................................................................................................23 NR 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais. ...........................................24 NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. ..................................24 NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. ...........24 NR 12 - Máquinas e Equipamentos. ...........................................................................24 NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão. .......................................................................24 NR 14 – Fornos..........................................................................................................24 NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. ..............................................................25 NR 16 - Atividades e Operações Perigosas. ................................................................25

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NR 17 – Ergonomia. ..................................................................................................25 NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. ..........25 NR 19 – Explosivos. ..................................................................................................25 NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis. ..........................................................25 NR 21 – Trabalho a Céu Aberto. ................................................................................25 NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração. ............................................25 NR 23 - Proteção Contra Incêndios. ...........................................................................26 NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. ........................26 NR 25 – Resíduos Industriais. ....................................................................................26 NR 26 – Sinalização de Segurança. ............................................................................26 NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho No MTe ...........26 NR 28 - Fiscalização e Penalidades ............................................................................26 NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário.........26 NR 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário. .....27 NR 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura. .........................................27 NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde ....................27 NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados. .............................27

A COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA .............................28 Objetivo da CIPA ..............................................................................................................28 Organização da CIPA ........................................................................................................28

NR – 05 .........................................................................................................................28 Composição ...................................................................................................................29 Atribuições da CIPA: .....................................................................................................30 Atribuições dos Integrantes da CIPA .............................................................................31

Do Presidente: ...........................................................................................................31

Do Vice-Presidente: ...................................................................................................31 Do Presidente e do Vice-Presidente em conjunto: ......................................................31

Do Secretário: ............................................................................................................32

Dos Demais Membros da CIPA: ................................................................................32 Participação dos Trabalhadores na CIPA: ......................................................................32 Plano de Trabalho ..........................................................................................................32 Reunião da CIPA ...........................................................................................................34

Objetivos da Reunião da CIPA: .................................................................................34 Estudar...................................................................................................................34 Promover: ..............................................................................................................34 Propor: ...................................................................................................................34

Campanhas de Segurança: .............................................................................................35 Planejamento .............................................................................................................35 Organização ...............................................................................................................35 Controle .....................................................................................................................35 Avaliação...................................................................................................................35

INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES: ...........................................................35

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Passos Importantes: .......................................................................................................36 Árvore Das Causas: .......................................................................................................36

Quem... ......................................................................................................................36 O Que... .....................................................................................................................37 Qual... ........................................................................................................................37 Quando... ...................................................................................................................37 Onde... .......................................................................................................................37 Como... ......................................................................................................................37 Por Que......................................................................................................................37

MAPA DE RISCOS ..........................................................................................................38 O que é ..........................................................................................................................38 Quem faz .......................................................................................................................38 Estudos dos tipos de riscos.............................................................................................38

Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais em Grupos, de Acordo com sua Natureza e a padronização das Cores Correspondentes. ..............................................38

Como levantar e identificar os riscos durante a visita ao setor. .......................................39 A avaliação dos riscos para a elaboração do mapa. .........................................................40 A colocação dos círculos na planta ou croqui. ................................................................40

MEDIDAS DE CONTROLE .............................................................................................41 Eliminação do risco ...................................................................................................42 Neutralização do risco................................................................................................42 Sinalização do risco ...................................................................................................42

Proteção Coletiva e Individual: ......................................................................................42 Equipamento de Proteção Individual – E.P.I. .................................................................44

Obriga-se o empregador quanto ao E.P.I. ...................................................................44 Obriga-se o empregado quanto ao E.P.I.: ...................................................................44

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA ........................................................................................45 Objetivo.........................................................................................................................45 Inspeções que podem ser realizadas ...............................................................................46 Inspeções Gerais ............................................................................................................46 Inspeções Parciais ..........................................................................................................46 Inspeções de Rotina .......................................................................................................46 Inspeções Periódicas ......................................................................................................46 Inspeções Eventuais .......................................................................................................47 Inspeções Oficiais ..........................................................................................................47 Inspeções Especiais .......................................................................................................47 Passos a Serem Seguidos na Inspeção de Segurança ......................................................47 Registro .........................................................................................................................48 Análises de Riscos .........................................................................................................48

Priorização .................................................................................................................48 Implantação ...............................................................................................................49 Acompanhamento ......................................................................................................49

NOÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO .........................................................................50 Conceito de Prevenção a Incêndio: ................................................................................50 Conceito de Incêndio .....................................................................................................50

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Conceito de Combate a Incêndio ....................................................................................50 Conceito de Fogo ...........................................................................................................50 Calor .............................................................................................................................50

Os Efeitos do Calor ....................................................................................................51 Efeitos fisiológicos do calor sobre o ser humano ........................................................51

Combustível ..................................................................................................................51 Comburente ...................................................................................................................51 Métodos de Extinção do Fogo ........................................................................................51

Resfriamento .............................................................................................................52 Abafamento ...............................................................................................................52

Classificação dos Incêndios e Métodos de Extinção .......................................................52 Incêndio Classe A ......................................................................................................53 Incêndio Classe B ......................................................................................................53 Incêndio Classe C ......................................................................................................53

Extintores de Incêndio ...................................................................................................53 Agente Extintor .........................................................................................................55

Água ......................................................................................................................55 Gás Carbônico (CO2).............................................................................................55 Pó Químico Seco ...................................................................................................55

Extintores Portáteis ....................................................................................................55 Extintor de Água: ...................................................................................................56 Extintor de Pó Químico Seco .................................................................................56 Extintor de Gás Carbônico .....................................................................................56 Manutenção ...........................................................................................................56 Inspeções ...............................................................................................................56 Mensais .................................................................................................................56 Anuais ...................................................................................................................56

NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A.I.D.S. .................................................................................57 Como se Transmite a A.I.D.S.; ..........................................................................................57 Como Prevenir-se: .............................................................................................................57

HIGIENE TAMBÉM É IMPORTANTE! ..............................................................................58 Apresentação pessoal .....................................................................................................58 Conservação do ambiente ..............................................................................................58 Fumantes .......................................................................................................................58

ENCERRAMENTO ..............................................................................................................59 TERMO DE CONHECIMENTO DO ....................................................................................60 MANUAL DO CURSO PARA FORMAÇÃO DA CIPA ......................................................60

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OBJETIVO DO CURSO Levar ao conhecimento do membro da CIPA as principais normas, instruções e rotinas sobre segurança e saúde do trabalho. Definir competências relativas às atividades desenvolvidas pelo membro da CIPA. Fixar diretrizes de atuação das CIPAs. Conhecer e identificar Riscos Ambientais.

HISTÓRIA DA CIPA E SUA LEGISLAÇÃO A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes surgiu a partir da Revolução Industrial, segunda metade do século XVIII, na Inglaterra, em decorrência da chegada das máquinas, do aumento do número de acidentes, da adaptação do homem ao trabalho, bem como da necessidade de um grupo que pudesse apresentar sugestões para a correção de possíveis riscos de acidentes.

A Organização Internacional do Trabalho - OIT aprovou, em 1921, instrução para a criação de comitês de segurança para industrias que tivessem em seus quadros funcionais pelos menos 25 trabalhadores.

A prevenção de acidentes e doenças do trabalho no Brasil torna-se legal com a promulgação da Lei Nº 3.724 sobre acidente do trabalho. Posteriormente, essa lei foi alterada pelos Decretos Nºs 13.493 e 24.637, de 1934. Em 1943, foi promulgado o Decreto-lei Nº 5.452, que aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, cujo capítulo V referia-se à Segurança e Medicina do Trabalho.

Em 1944, a Lei Nº 3.724 foi revogada pelo Decreto-lei Nº 7.036. Pode-se dizer que são 64 anos deexistência, pois foi durante o governo do presidente Getúlio Vargas, nesse ano, precisamente em 10 de novembro, que nascia esta nascia esta instituição voltada para a segurança e prevenção dos trabalhadores.

A Lei Nº 3.724 rezava que empresas com mais de 100 trabalhadores tinham o dever de organizar comissões de empregados, com o propósito de estimular o interesse para a segurança por meio de sugestões, orientações, palestras, concursos e prêmios.

Em 1953, publica-se a Portaria Nº 155, que regulamenta as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes - CIPA e, em 1960, a Portaria Nº 155 que regulamenta o uso dos

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Equipamentos de Proteção Individual - EPIs.

Em 1967, tem-se o Decreto-lei Nº 293, que dispunha sobre o seguro acidente de trabalho. Ainda, em setembro deste mesmo ano, foi publicada a Lei Nº 5.136, de Acidente de Trabalho, que revogou a Lei Nº 293, que integrava o seguro acidente do trabalho da Previdência Social.

Em 1968, a Portaria Nº 32 define a organização das CIPA’s nas empresas. Em 1978, tem-se a quinta revogação da Lei Nº 3.214, de 8 de junho. NR 5. Cinco anos depois, saiu a Portaria Nº 033, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho, de 27 de outubro, quer estabelece novos critérios para a composição e funcionamento da CIPA, ficando vedada a organização de CIPA’s regional e estadual. A regra era que todo estabelecimento deveria ter a sua Comissão, observando o grau de riscos.

Em 1999, a NR 5 - Norma Regulamentadora - dispõe sobre a formação da CIPA, seu dimensionamento, suas atribuições, processo eleitoral.

ANTES DE ENTENDER A CIPA

Acidente de Trabalho

Acidente do Trabalho - Conceito Legal

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho.

Acidente do Trabalho - Conceito Técnico (Prevencionista)

É uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais.

Quase Acidente (Incidente)

São ocorrências não desejadas que interferem no processo normal do trabalho e tem

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potencial para causar lesões e/ou danos materiais.

Causas de Acidentes do Trabalho

São atos pessoais inseguros e condições inseguras dos meios de trabalho que, combinados ou separadamente, propiciam a ocorrência de acidentes.

Ato Inseguro

Expor-se de maneira consciente, inconsciente ou circunstancial aos riscos de acidentes sem os cuidados necessários, contrariando norma ou princípio de segurança, ou seja, é todo modo ou maneira de se trabalhar incorretamente.

Condição Insegura

Falha existente no ambiente ou nos meios de trabalho que comprometem a segurança do trabalhador ou dos próprios equipamentos e instalações.

Fator Pessoal de insegurança É o que podemos chamar de “problemas pessoais” do individuo e que, agindo sobre o trabalhador, podem vir a provocar acidentes, como por exemplo:

Problemas de saúde não tratados;

Conflitos familiares;

Falta de interesse pela atividade que desempenha;

Alcoolismo;

Uso de substâncias tóxicas;

Problemas diversos de ordem social e /ou psicologica

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Conseqüências dos Acidentes

Para o Acidentado Sofrimento Físico (Dor); Sofrimento psicológico alterando seu comportamento a partir do acidente: Comprometimento financeiro; Incapacidade para o trabalho temporário ou permanente.

Para a Família

Desestruturamento financeiro, colocando seus dependentes em clima de incerteza.

Para a Empresa Tempo perdido por outros empregados ao socorrer um acidentado; Despesas com treinamento do substituto do acidentado; Custo de um material ou equipamento danificado no acidente;

Custo no recrutamento e seleção de pessoal. Dificuldades com as autoridades e má fama para a

empresa; Atraso na entrega de produtos e conseqüentemente

descontentamento de clientes; Gastos com primeiros socorros e transporte do acidentado.

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Para a Sociedade Aumento dos impostos e taxas de seguro; Mais dependentes da coletividade; Perda temporária ou permanente de elemento produtivo; Aumento do custo de vida.

Tipos de Acidentes

Os acidentes do trabalho podem ser classificados como:

Acidentes Típicos: São todos os acidentes que ocorrem no desenvolvimento do trabalho na própria empresa ou a serviço desta.

Acidentes de Trajeto: São os acidentes que ocorrem no trajeto entre a residência e o trabalho ou vice-versa, observando se faz parte do itinerário normal do acidentado.

Doenças Ocupacionais: São doenças causadas pelas condições do ambiente de trabalho.

Doenças Profissionais: São doenças causadas pelo tipo de trabalho desenvolvido. RISCOS AMBIENTAIS

Os riscos ambientais estão presentes em praticamente todos os locais das empresas, variando em categoria e intensidade, cujas características podem causar danos a integridade física dos trabalhadores a eles expostos. São denominados agentes de risco e são inerentes e indispensáveis, por isso, dificilmente eliminados. São, portanto, as condições ambientais de segurança do trabalho, capazes de afetar a saúde, a segurança e o bem-estar do trabalhador.

A simples existência não significa, que o trabalhador exposto sofrerá prejuízo a sua saúde. Além do simples reconhecimento, torna-se necessário avaliar o grau de sua intensidade.

Ao serviço de segurança e higiene do trabalho competirá a avaliação

destes agentes de riscos no ambientes onde são exercidas as funções. Somente após a

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avaliação de intensidade dos riscos a saúde, é que podem ser propostas medidas adequadas de controle, sejam as relativas ao homem ou ao ambiente.

A C.I.P.A. pode dar sua contribuição, na identificação e no controle desses agentes, que são classificados nos seguintes grupos:

Agentes Físicos Neste grupo temos: Ruído: reduz a capacidade auditiva do trabalhador, a exposição intensa e prolongada ao ruído atua desfavoravelmente sobre o estado emocional do indivíduo com conseqüências imprevisíveis sobre o equilíbrio psicossomático. De um modo geral, quanto mais elevados os níveis encontrados, maior o número de

trabalhadores que apresentarão início de surdez profissional e menor será o tempo em que este e outros problemas se manifestarão.

É aceito ainda que o ruído elevado influa negativamente na produtividade, além de ser freqüentemente o causador indireto de acidentes do trabalho, quer por causar distração ou mau entendimento de instruções, quer por mascarar avisos ou sinais de alarme.

Vibrações: as vibrações podem ser divididas em duas categorias: vibrações localizadas e vibrações de corpo inteiro. (Ex. trabalho com britadeira, etc)

Temperaturas Extremas: As temperaturas extremas são as condições térmicas rigorosas, em que são realizadas diversas atividades profissionais (Ex.: trabalho de abastecimento de forno a lenha).

Pressões Anormais: As pressões anormais são encontradas principalmente em trabalhos submersos (ex. mergulho para manutenção de plataformas de petróleo, etc).

Radiações Ionizantes: Oferecem sério risco à saúde dos indivíduos expostos. São assim chamadas, pois produzem uma ionização nos materiais sobre os quais incidem, isto é, produzem a subdivisão de partículas inicialmente neutras em partículas eletricamente carregadas. As radiações ionizantes são provenientes de materiais radioativos como é o caso do raio gama (g), ou são produzidas artificialmente em equipamentos, como é o caso dos raios X.

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Radiações Não-ionizantes: São de natureza eletromagnética e seus efeitos dependerão de fatores como duração e intensidade da exposição, comprimento de onda de radiação, região do espectro em que se situam, etc (ex. solda elétrica, etc).

Umidade: As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores.

Agentes Químicos

São os agentes ambientais causadores em potencial de doenças profissionais devido à sua ação química sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados tanto na forma sólida, como líquida ou gasosa, como por exemplo: gases, poeiras, vapores, neblinas, fumos e demais produtos químicos que possam vir a agredir a saúde de quem a eles se expõe, por serem produtos corrosivos, tóxicos, alergênicos etc. Veja algumas definições:

Névoas: são encontradas quando líquidos são pulverizados, como em operações de pinturas. são formadas normalmente quando há geração de spray.

Poeiras: são formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou triturado. quanto menor a partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar, sendo maior a chance de ser inalada. Ex: minério, madeira, poeiras de grãos, amianto, sílica, etc.

Gases: são substâncias não líquida ou sólidas nas condições normais de temperatura e pressão, tais como: oxigênio, nitrogênio, gás carbônico, etc.

Vapores: ocorrem através da evaporação de líquidos ou sólidos, geralmente são caracterizados pelos odores (cheiros), tais como: gasolina, querosene, solvente de tintas, etc.

Fumos: ocorrem quando um metal ou plástico é fundido (aquecido), vaporizado e resfriado rapidamente, formando partículas muito finas que ficam suspensas no ar. Ex: soldagem, fundição, extrusão de plásticos, etc.

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Agentes Biológicos São microorganismos causadores de doenças com os quais pode o trabalhador entrar em contato, no exercício de diversas atividades profissionais. Vírus, bactérias, parasitas, fungos e bacilos são exemplos de microorganismos aos quais freqüentemente ficam expostos médicos, enfermeiros, funcionários de hospitais, sanatórios e laboratórios de análises

biológicas, lixeiros, açougueiros, lavradores, tratadores de animais, trabalhadores de curtume e de estações de tratamento de esgoto, etc (ex. tuberculose, brucelose, malária, febre amarela, HIV, etc).

Bactérias: causam as pneumonias e as inflamações purulentas.

Parasitas: sugam o homem as suas substâncias nutritivas. ex: vermes, lumbrigas.

Vírus: são responsáveis pelas gripes, cachumba, paralisia infantil.

Fungos: responsáveis pelas doenças em crianças e velhos debilitados. ex. sapinho em bebês.

Protozoários: ficam alojados no intestino, causando diarréia. ex.: ameba

Agentes Ergonômicos São aqueles relacionados com fatores fisiológicos e psicológicos inerentes à execução das atividades profissionais, dentre eles os que exigem posturas inadequadas ou esforço excessivo por parte do trabalhador. Estes fatores podem produzir alterações no organismo e estado emocional dos trabalhadores, comprometendo a sua saúde, segurança e produtividade. Exemplos: iluminação inadequada, levantamento e transporte manual de pesos, movimentos viciosos, trabalho de pé, esforço físico intenso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, desconforto acústico, desconforto térmico, mobiliário inadequado, trabalho em regime de turno, etc.

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Agentes Mecânicos

São os que agridem o trabalhador por meio de alguma ação mecânica, e são responsáveis por uma série de lesões nos trabalhadores, como cortes, fratura, escoriações, queimaduras, etc. Exemplos de agentes mecânicos: Máquinas sem proteção; Arranjo físico deficiente; Instalações elétricas deficientes; Ferramentas defeituosas ou inadequadas; EPI inadequado; Pisos defeituosos ou escorregadios; Empilhamentos precários ou fora de prumo; etc.

SEESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, organizado através de um setor ou departamento da empresa, que cuida dos aspectos de Medicina do Trabalho e Engenharia de Segurança do Trabalho.

Ele só existirá na dependência do número de funcionários desta empresa bem como do grau de risco de suas atividades.

Fundamentos

Legal: Artigo 162 da CLT, Portaria 3.214/78 e NR 04.

Empresarial: Promover a preservação da saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho; evitar danos corporais e materiais tanto ao empregado quanto ao empregador; eliminar, ou reduzir ao mínimo possível as incidências de acidentes do trabalho; tornar o ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

PROGRAMAS ESPECIAIS

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA

Norma Regulamentadora - NR 09

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Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregados e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do programa de prevenção de riscos ambientais – PPRA, visando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

O programa de prevenção de riscos ambientais deverá incluir as seguintes etapas:

Antecipação e reconhecimento dos riscos;

Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;

Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;

Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;

Monitoramento da exposição aos riscos;

Registro e divulgação dos dados.

Programa De Controle Médico De Saúde Ocupacional – PCMSO

Norma Regulamentadora - NR 07 Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os trabalhadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do programa de controle médico de saúde ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:

Admissional

Periódico

De retorno ao trabalho

De mudança de função

Demissional

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LEGISLAÇÃO:

Consolidação das Leis do Trabalho – CLT

Capitulo V – Da Segurança e da Medicina do Trabalho Art. 154 – “A observância em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capitulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras e regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho”.

Art. 163 – “Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (C.I.P.A.), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nestas especificadas”.

Obrigações Gerais das Empresas: Art. 157 - “Cabe às Empresas: I – cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II – instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III – adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV – facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente”.

Obrigações Gerais dos Empregados Art. 158 – “Cabe aos Empregados: I – observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; II – colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capitulo; Parágrafo único: “Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a – à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b – “ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa”.

Art. 166 – “A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamentos

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de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados”.

Art. 167 – “O equipamento de proteção só poderá ser posto a venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho”.

Art. 168 – “Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho”.

Art. 169 – “Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho”.

Os detalhes para aplicação dos demais artigos do Capitulo V da CLT, encontram-se especificados nas Normas Regulamentadoras expedidas e atualizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTb.

Noções de Legislação Previdenciária

O decreto nº 9032, de 29/04/95, regulamenta a Lei de Acidentes do Trabalho. A partir do seu artigo, trata das prestações devidas ao acidentado, pela instituição previdenciária que hoje tem o monopólio do seguro de acidentes do trabalho.

Para que o trabalhador tenha direito a prestações da Previdência Social, é necessário que ele preencha determinadas condições, entre elas, a de ter contribuído, durante certo período, para o Instituto. Embora seja a Instituição Previdenciária que assegura prestações ao acidentado, na hipótese de acidente de trabalho, tais prestações impedem do dito período de carência do Decreto 9032, de 29/04/1995.

Benefícios para o Trabalhador Urbano, Segurado da Previdência Social Auxílio-doença Auxílio-acidente Abono anual Salário-maternidade Salário-família

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Aposentadoria por tempo de contribuição Aposentadoria por idade Aposentadoria especial Aposentadoria por invalidez Pensão por morte Auxílio-reclusão Auxílio Doença por Acidente do trabalho Reabilitação profissional Amparo Assistencial

As Prestações Relativas ao Acidente do Trabalho são Devidas ao empregado; ao trabalhador avulso; ao médico-residente (Lei nº 8.138 de 28/12/90); ao segurado especial.

Não são Devidas as Prestações Relativas ao Acidente do Trabalho ao empregado doméstico; ao contribuinte individual.

Consideram-se como Acidente do Trabalho doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do

trabalho peculiar a determinada atividade e constante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.

Não são Consideradas como Doença do Trabalho a doença degenerativa; a inerente ao grupo etário; a que não produza incapacidade laborativa; a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se

desenvolva salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

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Equiparam-se Também ao Acidente do Trabalho

O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

O acidente sofrido no local e no horário do trabalho em conseqüência de:

- Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiros ou companheiros de trabalho; - Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; - Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiros ou de companheiro de trabalho; - Ato de pessoa privada do uso da razão; - Desabamento, inundações, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;

a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;

o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho:

- Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; - Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; - Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, - Independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; - No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo do segurado.

Carência

Não é exigida carência, basta ser segurado da Previdência Social.

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Comunicação do Acidente do Trabalho

A comunicação de acidente do trabalho deverá ser feita pela empresa, ou na falta desta o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico assistente ou qualquer autoridade pública.

Prazo para Comunicar o Acidente do Trabalho

Até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato.

Quando Deixa de ser Pago o Benefício

quando o segurado recupera a capacidade para o trabalho;

quando esse benefício se transformar em aposentadoria por invalidez;

quando o segurado solicita e tem a concordância da perícia médica do INSS;

quando o segurado volta voluntariamente ao trabalho.

Observação: Durante o benefício de acidente do trabalho o empregado tem garantia da manutenção do contrato de trabalho até 12 meses após a cessação do pagamento do benefício.

Renda Mensal do Benefício: O valor do auxílio doença acidentário corresponde a 91% do salário de benefício.

Valor do Salário-de-Benefício:

Para os inscritos até 28/11/99 - o salário de benefício corresponderá à média aritmética simples dos maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente, correspondentes a, no mínimo 80% (oitenta por cento) de todo período contributivo desde a competência 07/94.

Para os inscritos a partir de 29/11/99 - o salário de benefício corresponderá à média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo.

Como Deverá ser Comunicado o Acidente do Trabalho: Através do formulário próprio de Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT adquirido nas papelarias ou nas Agências da Previdência Social ou através da Internet

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<www.previdenciasocial.gov.br>. Deverá ser preenchido em 06 (seis) vias, com a seguinte destinação:

1ª via - ao INSS; 2ª via - à empresa; 3ª via - ao segurado ou dependente; 4ª via - ao sindicato de classe do trabalhador; 5ª via - ao Sistema Único de Saúde-SUS; 6ª via - à Delegacia Regional do Trabalho.

Comunicação de Reabertura:

As reaberturas deverão ser comunicadas ao INSS pela empresa ou beneficiário, quando houver reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença ocupacional comunicado anteriormente ao INSS.

Na CAT de reabertura deverão constar as mesmas informações da época do acidente exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão, que serão relativos à data da reabertura.

Normas Regulamentadoras

As Normas Regulamentadoras – NR’s são Resoluções Legais relativas à Segurança e Medicina do Trabalho emanado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. São de execução obrigatória pelas empresas privadas e públicas, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

As disposições contidas nas NR’s aplicam-se ainda, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais

Abaixo, um breve resumo de cada uma delas:

NR 01 – Disposições Gerais. Determina a observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas da administração direta e indireta às Normas Regulamentadoras – NRs, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho

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NR 02 – Inspeção Prévia. Prevê a obrigatoriedade de inspeção prévia em todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, para aprovação de suas instalações ao órgão regional do MTb.

NR 03 – Embargo ou Interdição. Autoriza o Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do Trabalho Marítimo, conforme o caso, à vista de Laudo Técnico do serviço competente que demonstre grave e eminente risco para o trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra indicando na decisão tomada, com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser adotadas para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças profissionais.

NR 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT Regulamenta a obrigatoriedade dos SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO, com a finalidade de promover à saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

NR 05 – CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Define e normatiza a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA – tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI. Esclarece como equipamento de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho, normatizando seu uso.

NR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregados e instituições que admitam trabalhadores como empregados do PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - PCMSO

NR 08 – Edificações.

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Estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações, para garantir a segurança e conforto aos que nela trabalham.

NR 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais. estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA, visando a preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interagem em instalações elétricas e serviços em eletricidade.

NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. Normas de segurança para a operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras.

NR 12 - Máquinas e Equipamentos. Regulamenta as Instalações e áreas de trabalho, relacionados às máquinas e equipamentos.

NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão. Normatiza procedimentos para atuar em ambientes com caldeiras e vasos sob pressão, que são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosfera, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processos.

NR 14 – Fornos. Regulamenta a utilização de fornos, para qualquer utilização, que devem ser construídos solidamente e revestidos com material refratário, de forma que o calor radiante não

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ultrapasse os limites de tolerância estabelecidos pela Norma Regulamentadora.

NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. Tem como objetivo quantificar e qualificar as operações insalubres existentes no local de trabalho.

NR 16 - Atividades e Operações Perigosas. Tem como objetivo quantificar e qualificar as atividades e operações perigosas existentes no local de trabalho.

NR 17 – Ergonomia. Visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.

NR 19 – Explosivos. Regulamenta o depósito, manuseio e armazenagem de explosivos.

NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis. Define como sendo “liquido combustível” todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70°C e inferior a 93,3°C.

NR 21 – Trabalho a Céu Aberto. Normatiza para os trabalhos realizados à céu aberto, a obrigatoriedade da existência de abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries.

NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração. Tem por objetivo disciplinar os preceitos a serem observados na organização e no ambiente

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de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores.

NR 23 - Proteção Contra Incêndios. Estabelece condições especiais para a proteção contra inc~endios, prevendo equipamentos e treinamento de pessoal.

NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho. Tem por objetivo fixar os parâmetros mínimos das condições relacionados à instalações sanitárias e de conforto para os trabalhadores durante a permanência nos locais de trabalho.

NR 25 – Resíduos Industriais. Determina a correta destinação final de resíduos industriais gasosos, líquidos e sólidos gerados no ambiente de trabalho.

NR 26 – Sinalização de Segurança. Tem por objetivo fixar as cores a serem usadas nos locais de trabalho para a prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos.

NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho No MTe Define a obrigatoriedade do registro no Ministério do Trabalho através da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho ou das Delegacias Regionais do Trabalho, para o exercício da profissão de Técnico de Segurança do Trabalho.

NR 28 - Fiscalização e Penalidades Dispõe sobre a fundamentação para a fiscalização do cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador.

NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário. Visa regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros à acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança

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e saúde aos trabalhadores portuários.

NR 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário. Tem por objetivo a proteção e a regulamentação das condições de segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários.

NR 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura. Objetiva estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e a saúde e meio ambiente do trabalho.

NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados. Estabelece os requisitos mínimos para a identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem, direta ou indiretamente, nestes espaços.

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A COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES – CIPA Objetivo da CIPA A comissão interna de prevenção de acidentes – cipa – tem como objetivo a Prevenção de Doenças e Acidentes de Trabalho, medianteo controle dos Riscos presentes:

No ambiente Nas condições e Na organização do trabalho

Visando a preservação da vida e promoção da saúde dos trabalhadores.

Vale lembrar que a CIPA não trabalha sozinha!! O seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre todos os trabalhadores, de todos os níveis hierárquicos, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho.

Organização da CIPA

NR – 05 A Norma Regulamentadora nº 5, da Portaria nº 08 de 23.02.99, organiza e determina

o funcionamento da C.I.P.A.

A C.I.P.A. será composta por representantes do empregador e representantes eleitos pelos empregados, conforme previsto no Quadro I desta mesma NR.

Os representantes do empregador deverão ser indicados na medida possível das seguintes áreas: técnica, médica, operacional, social e administrativa (que possa assegurar o apoio e a iniciativa para a atuação da C.I.P.A.)

Os representantes dos empregados serão eleitos em escrutínio secreto, dentre funcionários que estão em setores expostos a maior risco.

O mandato dos membros eleitos será de 01 ano, podendo haver uma reeleição.

O empregador designará, anualmente dentre os seus representantes o Presidente da C.I.P.A., enquanto que os representantes do empregados elegerão, dentre eles, o

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Vice-Presidente. Este assumirá a presidência da C.I.P.A. na ausência ou impedimento eventual do Presidente.

A CIPA é obrigatória para as empresas que possuam empregados com vínculo de emprego. Devem constituir CIPA os empregadores, ou seus equiparados, que possuam empregados conforme as determinações do Artigo 3º - da CLT - em número acima do mínimo estabelecido no Quadro I, dimensionamento, para sua categoria específica.

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

É importante verificar que a NR 5 fala algumas vezes de trabalhadores e algumas de empregados. Quando a norma diz empregados, refere-se àqueles com vínculo de emprego com a empresa determinada, quando refere-se a trabalhadores engloba todos os que trabalham no estabelecimento de determinada empresa, ainda que sejam contratados por outras.

Composição

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Atribuições da CIPA: identificar os riscos do processo de trabalho, elaborar o mapa de riscod, com a

participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do sesmt, onde houver;

elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;

participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;

realizar, periodicamente, verificações nos ambientes de condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;

realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde do trabalho;

participar com o sesmt, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho, relacionado a segurança e saúde dos trabalhadores;

requerer ao sesmt, quando houver, ou ao empregador, a paralização de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente contra a segurança e saúde dos trabalhadores;

colaborar no desenvolvimento e implementação do pcmso e ppra e de outros programas relacionados a segurança e saúde no trabalho;

divulgar e promover o cumprimento das normas regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;

participar, em conjunto com o sesmt, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;

requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham

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interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

requisitar à empresa as cópias das cat emitidas;

promover, anualmente, em conjunto com o sesmt, onde houver, a semana interna de prevenção de acidentes do trabalho –sipat;

participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de campanha de prevenção a aids.

Atribuições dos Integrantes da CIPA

Do Presidente:

Convocar os membros para as reuniões da CIPA;

Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, Quando houver, as decisões da comissão;

Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;

Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;

Delegar atribuições ao Vice-Presidente.

Do Vice-Presidente:

Executar atribuições que lhe forem delegadas;

Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos temporários.

Do Presidente e do Vice-Presidente em conjunto: Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento

de seus trabalhos;

Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam alcançados;

Delegar atribuições aos membros da CIPA;

Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;

Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;

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Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;

Constituir a comissão eleitoral.

Do Secretário:

acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovação e assinatura dos membros presentes;

preparar as correspondências; e

outras que lhe forem conferidas.

Dos Demais Membros da CIPA:

Colher as opiniões dos colegas.

Trazer informações, queixas e sugestões que visem à segurança do trabalho.

Transmitir aos colegas informações sobre o trabalho realizado durante as reuniões.

Orientar os colegas sobre as medidas de segurança que devem ser tomadas.

Participação dos Trabalhadores na CIPA: Participar da eleição de seus representantes;

Colaborar com a gestão da cipa;

Indicar à cipa, ao sesmt e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho;

Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

Plano de Trabalho A NR-5 refere-se, em vários momentos, ao Plano de Trabalho da CIPA e à sua importância para o adequado funcionamento da Comissão.

Um plano tem como objetivo prever e organizar as ações de um grupo.

Para que este Plano seja válido, ele precisa responder a três questões básicas:

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Como estamos?

O que pretendemos?

Como chegar lá?

No caso específico da CIPA, a primeira questão:

“Como estamos?” será respondida a partir de um prévio levantamento de dados obtido pelo estudo das:

Atividades realizadas e das pendências do Plano de Trabalho.

Conclusões levantadas no último Mapa de Riscos e das propostas sugeridas (as realizadas ou não).

Análises dos últimos acidentes e doenças ocorridos e das medidas sugeridas.

Com base neste material, a CIPA terá uma fotografia da situação real do hospital em termos de segurança.

O passo seguinte será o estabelecimento dos objetivos e das metas, respondendo a segunda questão:

“O que pretendemos?’ considerando-se que o objetivo da CIPA é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador, a Comissão estabelece metas intermediárias e define prioridades a serem atingidas, durante o seu mandato.

A terceira questão:

“Como chegar lá?” Será respondida pela programação de atividades que deverão ser realizadas, sempre acompanhadas de previsões e responsáveis por suas execuções.

A avaliação deve ser feita a cada reunião da CIPA. O Plano de Trabalho não é fixo. Ele sofre alterações a medida que surgem novas situações ou forem solucionados os problemas. A fim de facilitar o trabalho da CIPA, sugerimos um modelo de Plano de Trabalho.

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Reunião da CIPA Inicialmente o Presidente da C.I.P.A. deve convocar os representantes para a reunião, através de memorando, indicando dia, hora e local.

A reunião deve ser aberta pelo Presidente da C.I.P.A., que deverá fazer a chamada dos membros titulares ou dos suplentes, para o caso de substituição de algum titular.

Em seguida deve ser feita a leitura da ata da reunião anterior e solicitado a sua aprovação.

O Presidente no prosseguimento da reunião, deverá dar informações aos presentes, sobre o andamento das propostas apresentadas em reuniões anteriores.

Após informações sobre pendências, o Presidente solicitará aos presentes que se manifestem sobre medidas prevencionistas e façam apresentação de sugestões.

Após os debates, tecem-se comentários sobre a ocorrência ou não de acidentes durante o período, e se nada mais houver a ser tratado, o Presidente deverá dar por encerrada a reunião.

Objetivos da Reunião da CIPA: Estudar:

Medida de prevenção de acidentes que devem ser introduzidas na empresa.

Causas, circunstâncias e conseqüências de acidentes.

Promover:

A divulgação e zelar pela observância das normas, regulamentos e instruções emitidas pelo empregador.

Anualmente a S.I.P.A.T. – Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, e campanhas e orientações relativas a A.I.D.S.

Propor:

Campanhas ao empregador visando o incentivo àqueles que se destacarem no campo prevencionista.

A realização de inspeções, para verificação de possíveis situações de risco.

A realização de cursos e treinamentos que melhorem o desempenho dos

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empregados.

Medidas de proteção contra incêndio.

Campanhas de Segurança: As campanhas de segurança fazem parte na prevenção em nível motivacional;

Utiliza-se de vários meios de comunicação como: fixar cartazes, elaborar palestras, fixar placas de segurança (Sinalização);

Promover a S.I.P.A.T. – Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho.

Para tanto é necessário:

Planejamento: é o processo que estabelece o trabalho que será realizado no futuro. Este processo estabelece o desenvolvimento dos trabalhos, baseados nas necessidades da organização nos pontos fortes e nos deficientes do grupo, levando em consideração a política e regulamentos da empresa.

Organização: um dos pontos fundamentais da organização do trabalho é a fixação de objetivos claros e a distribuição de tarefas e responsabilidades de forma adequada à competência e disponibilidade dos cipeiros.

Controle: é a chave limitadora que mantém os planos no sentido estabelecido. O controle visa garantir que os planos não se desviem de seu real objetivo.

Avaliação: checa os resultados, apurando distorções e corrige falhas mediante um replanejamento.

INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES: A investigação de acidentes não poderá ter aspecto punitivo, pois o objetivo maior não é descobrir culpados, mas sim causas que provocam os acidentes, para que seja evitada a sua repetição.

Acuidadosa investigação de acidente oferece elementos valiosos para a análise que deve ser feita. além disso, as conseqüências dos acidentes acarretam uma série de providências administrativas, técnicas, médicas, psicológicas, educativas dentro da empresa, repercutindo também na área da previdência social que ampara por muitas formas os acidentados.

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A prática prevencionista pede que, os acidentes do trabalho que causam alguns tipos de danos, sejam submetidos a um processo de investigação, com a finalidade de levantar dados e fatos que levem as causas e origens. O próximo passo é analisar e selecionar as medidas corretivas que, aplicadas, deverão corrigir as falhas que ocasionaram o acidente.

Chega-se assim, ao objetivo da investigação, que é o aproveitamento da experiência de um acidente, em favor da prevenção futura de casos semelhantes.

O bom resultado das investigações depende de um eficiente sistema de comunicação das ocorrências, a partir do interesse do próprio acidentado em comparecer ao ambulatório médico a fim de receber tratamento. Por quem quer que sejam feitas (C.I.P.A., S.E.S.M.T, etc), as investigações devem obedecer alguns critérios e regras para se chegar a um melhor resultado.

Passos Importantes: Comparecer ao local do acidente o quanto antes possível e colher o máximo de

informações sobre o acidente;

Entrevistar: o acidentado, tão logo possível, testemunhas, encarregado do acidentado ou do serviço; outros, de acordo com a necessidade ou conveniência;

Registrar tudo para evitar a dispersão de raciocínio;

Não se deixar levar pela primeira impressão ou informação; tudo deve ser bem observado e investigado com muito cuidado.

Árvore Das Causas: Trata-se de um método que pode ter aplicação simples e com bons resultados, desde que se entenda bem o sistema e tenha habilidade para obter dados e fatos. Este método auxilia na investigação, porque orienta o raciocínio de quem investiga e evita a dispersão de informações levantadas. O importante é obter informações concretas e verdadeiras para compor a árvore. Deve-se ter em mente as informações com as quais se deverá trabalhar. Exemplos dessas informações:

Quem... ... foi acidentado? ... é o chefe dele?

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...mais estava presente no momento do acidente? ...fez isso ou aquilo de maneira errada? ...etc...

O Que... ...estava sendo feito?

...falhou ou deixou de ser feito? Qual... ...foi a lesão?

...o dano material? ...erro no estágio do trabalho, quando aconteceu? ...a norma de segurança que foi transgredida?

...a idade, a função, o tempo de função, o tempo de casa, o treinamento e outros dados pessoais do acidentado que possam vir a ser importantes?

... etc. Quando... ...aconteceu? – dia, hora...

- em que fase da operação, detalhe ou manobra do trabalho?

Onde... ...aconteceu? - em que pavilhão, seção, local exato na seção, máquina, ponto tal da máquina ou do equipamento etc...

Como... ...aconteceu?

- versão do acidentado, do encarregado, de testemunhas, de outros e conclusão do investigador com todos os dados conseguidos.

Por Que... ...foi esse o tipo de ferimento?

...foi feito isso? ...deixou de ser feito assim? ...deixou de usar? ...etc.

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É a pergunta – por que? – que mais se repete numa investigação de acidente e que acaba levando às conclusões desejadas.

Se faz necessário a obtenção de informações do acidentado, e sobre ele, que possam ter influído na ocorrência. Quando necessário, se faz também a pesquisa junto a outras pessoas envolvidas no acidente.

MAPA DE RISCOS

O que é O mapa é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores. O seu objetivo é informar e conscientizar os trabalhadores pela fácil visualização desses riscos.

É um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de acidentes do trabalho, objetivo que interessa aos empresários e aos trabalhadores. O mapa de riscos deve ser feito obrigatoriamente nas empresas que possuem CIPAS.

Quem faz O mapa de riscos é feito pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Cipa, após ouvir os trabalhadores de todos os setores produtivos e com a orientação do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT do hospital.

Vejamos com Cipa pode constituir este mapa.

É importante ter uma planta do local, mas, se não houver condições de conseguir, isto não deverá ser um obstáculo: faz-se um desenho simplificado, um esquema ou croqui do local.

Estudos dos tipos de riscos A Cipa deve se familiarizar com a tabela abaixo, que classifica os riscos de acidente do trabalho. Nessa tabela há cinco tipos de riscos que corresponderão a cinco cores diferentes no mapa.

Classificação dos Principais Riscos Ocupacionais em Grupos, de Acordo com sua Natureza e a padronização das Cores Correspondentes.

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Grupo 1 Verde

Grupo2 Vermelho

Grupo 3 Marrom

Grupo 4 Amarelo

Grupo5 Azul

Riscos físicos

Riscos químicos

Riscos Biológicos

Riscos ergonômicos

Riscos de acidentes

Ruídos Vibrações Radiações ionizantes Radiações

não ionizantes

Frio Calor

Pressões anormais Umidade

Poeiras Fumos Névoas Neblinas Gases

Vapores de

Substâncias, compostos ou

produtos químicos

Vírus Bactérias

Protozoários Fungos

Parasitas Bacilos

Esforço físico intenso

Levantamento e transporte manual

de peso Exigência de

postura inadequada Controle rígido de

produtividade Imposição de ritmos

excessivos Trabalho em turno e

noturno Jornadas de

trabalho prolongadas Monotonia e repetitividade

Outras situações causadoras de

stress físico e/ou psíquico

Arranjo físico inadequado Máquinas e

equipamentos sem proteção

Instrumentos inadequadas ou

defeituosas Iluminação inadequada

Eletricidade Probabilidade de

incêndio ou explosão Armazenamento

inadequado Manipulação inadequada

de perfuro-cortantes Outras situações de risco

que poderão contribuir para a ocorrência de

acidentes

Como levantar e identificar os riscos durante a visita ao setor. Após o estudo dos tipos de risco, deve-se dividir o setor em áreas conforme as diferentes atividades. Essa divisão facilitará a identificação dos riscos de acidentes do trabalho.

A seguir o grupo deverá percorrer as áreas a serem mapeadas com lápis e papel na mão,

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ouvindo as pessoas acerca das situações de riscos de acidentes do trabalho.

Sobre esse assunto, é importante perguntar aos demais trabalhadores o que incomoda e quanto incomoda, pois isso será importante para se fazer o mapa. Também é preciso marcar os locais dos riscos informados em cada área.

Nesse momento, não se deve ter a preocupação de classificar os riscos. O importante é anotar o que existe e marcar o lugar certo. O grau e o tipo de risco serão identificados depois.

A avaliação dos riscos para a elaboração do mapa. Com as informações anotadas, a Cipa deve fazer uma reunião para examinar cada risco identificado na visita ao setor.

Nesta fase, faz-se a classificação dos perigos existentes conforme o tipo de agente, conforme a tabela do subitem 3.3. Também se determina o grau (“tamanho”): pequeno, médio ou grande.

A colocação dos círculos na planta ou croqui. Depois disso é que se começa a colocar os círculos na planta ou croqui para representar os riscos.

Os riscos são caracterizados graficamente por cores e círculos.

O tamanho do círculo representa o grau do risco.

E a cor do círculo representa o tipo de risco, conforme a tabela do subitem 3.3.

Risco Grande Risco Médio Risco Pequeno

Os círculos podem ser desenhados ou colados. O importante é que os tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos.

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Cada círculo deve ser colocado naquela parte do mapa que corresponde ao lugar onde existe o problema.

Caso existam, num mesmo ponto de uma seção, diversos riscos de um só tipo – por exemplo, riscos físicos: ruído, vibração, calor – não é preciso colocar um círculo para cada um desses agentes. Basta um círculo apenas – neste exemplo, com a cor verde, dos riscos físicos, desde que os riscos tenham o mesmo grau de nocividade.

Uma outra situação é a existência de riscos de tipos diferentes num mesmo ponto. Neste caso, divide-se o círculo conforme a quantidade de riscos – em 2, 3, 4 e até 5 partes iguais, cada parte com a respectiva cor.

Quando um risco afeta a seção inteira – exemplo: ruído -, uma forma de representar isso no mapa é coloca-lo no meio do setor e acrescentar setas nas bordas, indicando que aquele problema se espalha pela área toda. Veja como fica:

Risco abrange toda a seção

(Exemplo: ruído)

MEDIDAS DE CONTROLE

São medidas necessárias para a eliminação e a minimização dos riscos ocupacionais. Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontrar-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotados outras medidas, obedecendo-se a seguinte hierarquia:

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medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; utilização de equipamento de proteção coletiva - EPC e individual - EPI.

Deve-se identificar os riscos por meio de pesquisas e estudo, principalmente por intermédio de inspeções de segurança, investigação, análise dos acidentes e análise de risco, realizadas pelo SESMT – Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho. Segue-se a necessidade de se investir no controle dos mesmos, considerando três alternativas básicas de controle.

Eliminação do risco Neutralização do risco Sinalização do risco

Eliminação do risco: Os acidentes se previnem com a aplicação de medidas específicas de segurança, selecionadas de forma a estabelecer maior eficácia na prática. Como primeira opção devemos analisar a viabilidade técnica da eliminação do risco.

EX: Uma escada com piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Este risco poderá ser eliminado com a troca do material do piso, antes escorregadio, por outro, emborrachado e antiderrapante. Com essa medida o risco foi definitivamente eliminado e os trabalhadores protegidos

Neutralização do risco: Existem problemas que impedem a eliminação do risco existente. Como por exemplo, podemos citar as partes móveis de uma máquina: polias, engrenagens etc...Não é possível suprimir tais partes do equipamento, o que é possível fazer é neutralizar o risco com uma proteção coletiva (proteções)

Sinalização do risco Caso as duas possibilidades descritas acima, não sejam aplicáveis, devemos sinalizar a possibilidade de um acidente. Geralmente isso é feito com placas, fitas, cavaletes etc...

Ex: Uma placa dizendo “PISO ESCORREGADIO”.

Proteção Coletiva e Individual:

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Tanto a Proteção Coletiva como a Proteção Individual fazem parte na eliminação de riscos de acidentes.

A NR-12 trata de dispositivos que são conhecidos como equipamentos de proteção coletiva, ou seja, protege quem, por necessidade de serviço, ou por outra razão se aproxima do risco, ou do ponto perigoso.

Os riscos de acidentes são identificados através de três alternativas básicas de controle:

Eliminação do risco – utilizar o método de análise de

eliminação do risco;

Neutralização do risco – utilizar dispositivos de

proteção, Ex.: (Proteção de Polias);

Sinalização do risco – é utilizado quando não se aplicam as duas alternativas anteriores, seus objetivos são eliminar, dificultar e evitar ou minimizar a gravidade dos acidentes.

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Desta forma, a Proteção coletiva isola o risco do homem, enquanto o E.P.I. minimiza o risco ao homem.

É importante procurar sempre investir na neutralização do risco, através da proteção coletiva. Os E.P.Is. serão introduzidos apenas para minimizar o risco ou evitar a lesão.

Equipamento de Proteção Individual – E.P.I.

É todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a integridade física do trabalhador durante suas atividades laborais.

Obrigatoriedade – a NR-06 da Portaria nº 3214 de 08.06.78 do Ministério do Trabalho estabelece as seguintes obrigações:

Obriga-se o empregador quanto ao E.P.I.:

Fornecer gratuitamente ao empregado;

Treinar o trabalhador quanto ao seu uso;

Fornecer o E.P.I. adequado e aprovado pelo órgão competente;

Obriga-se o empregado quanto ao E.P.I.:

Usar OBRIGATORIAMENTE o E.P.I. indicado;

Responsabilizar-se pela guarda e conservação.

Uso e Indicação: A indicação do E.P.I. adequado e a proteção contra riscos de lesões, são atribuições

do grupo de prevenção de acidentes, através de identificação e avaliação dos riscos.

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É obrigação do funcionário usar corretamente o E.P.I..

Cabe a cada supervisor manter a disciplina quanto ao uso correto do E.P.I. pelos seus subordinados.

Exemplos de proteções:

Cabeça e Crânio – capacete, capuz e bonés;

Face – máscara para solda, visor facial;

Ouvidos – protetor tipo concha ou plugs auricular;

Olhos – óculos para impacto, poeiras e neblinas, solda, gases e vapores;

Vias respiratórias – respiradores faciais;

Mãos e Braços – luvas, mangotes e dedais:

Pernas e Pés – perneiras, botas e sapatos de segurança.

INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

Objetivo A inspeção de segurança tem por objetivo detectar as possíveis causas que propiciem a ocorrência de acidentes, visando tomar ou propor medidas que eliminem ou neutralizem os riscos de acidentes do trabalho. Desta forma, a inspeção de segurança é uma prática contínua em busca de:

métodos de trabalhos inadequados

riscos ambientais

verificação da eficácia das medidas preventivas em funcionamento.

A inspeção de segurança esta prevista como atribuição da CIPA no item 5.16, alínea “d” , da NR 5 (Portaria 8/99).

O cipeiro deve realizar inspeções nos ambientes e condições de trabalho.

A base de toda inspeção de segurança e análise dos riscos sob os aspectos já citados deve envolver indivíduos, grupos operações e processos. Dentro do objetivo de análise dos vários fatores de risco e acidentes, as propostas metodológicas mais aceitas envolvem a

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identificação do agente do acidente. O agente do acidente é todo fator humano, físico ou ambiental que provoca perdas. Controlar ou neutralizar o agente é muito mais importante do que simplesmente atribuir a culpa a este ou àquele fato ou pessoa.

Inspeções que podem ser realizadas As inspeções de segurança não são feitas somente pela CIPA, mas também pelos profissionais dos Serviços Especializados, podem ser feitas por diversos motivos, com objetivos diferentes e programadas em épocas e intervalos variáveis. Podem ser: gerais, parciais, de rotina, periódicas, eventuais, oficiais e especiais.

Inspeções Gerais São aquelas feitas em todos os setores do hospital e que se preocupam com todos os problemas relativos à Segurança e Medicina do Trabalho. Dessas verificações podem participar engenheiros, técnicos de segurança, médicos, assistentes sociais e membros da CIPA. Essas verificações devem ser repetidas a intervalos regulares e, onde não existirem Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho, a tarefa caberá a CIPA da empresa.

Inspeções Parciais Elas podem limitar-se em relação a áreas específicas, sendo verificados apenas determinados setores do hospital, e podem limitar-se em relação às atividades, sendo verificados certos tipos de trabalho, certas máquinas ou certos equipamentos.

Inspeções de Rotina Cabem aos encarregados dos setores de segurança, aos membros da CIPA, ao pessoal que cuida da manutenção de máquinas, equipamentos e condutores de energia. É muito importante que os próprios trabalhadores façam verificações em suas ferramentas, nas máquinas que operam e nos equipamentos que utilizam. Naturalmente, em verificações de rotina, são mais procurados os riscos que se manifestam com mais freqüência e que constituem as causas mais comuns de acidentes.

Inspeções Periódicas Como é natural que ocorram desgastes dos meios materiais utilizados na produção, de

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tempos em tempos devem ser marcadas, com regularidade, inspeções destinadas a descobrir riscos que o uso de ferramentas, de máquinas, de equipamentos e de instalações energéticas podem provocar. Algumas dessas inspeções são determinadas por lei, principalmente a de equipamentos perigosos, como caldeiras e mesmo de equipamentos de segurança como extintores e outros. Materiais móveis de maior uso e desgaste devem merecer verificações periódicas.

Inspeções Eventuais Não tem datas ou períodos determinados. Podem ser feitas por técnicos vários, incluindo médicos ou engenheiros, e se destinam a controles especiais de problemas importantes dos diversos setores da empresa. O médico pode,por exemplo, realizar inspeções em ambientes ligados à saúde do trabalhador, como refeitórios, cozinhas, instalações sanitárias, vestiários e outros.

Inspeções Oficiais São realizadas por agentes dos órgãos oficiais e das empresas de seguro.

Inspeções Especiais Destinam-se a fazer controles técnicos que exigem profissionais especializados, aparelhos de teste e de medição. Pode-se dar o exemplo de medição do ruído ambiental, da quantidade de partículas tóxicas em suspensão no ar, da pesquisa de germes que podem provocar doenças.

A presença de representantes da CIPA nas inspeções de segurança é sempre recomendável, pois a assimilação de conhecimentos cada vez mais amplos sobre a questões de Segurança e Medicina do Trabalho vai tornar mais completo o trabalho educativo que a comissão desenvolve.

Além disso, a renovação dos membros da CIPA faz com que um número sempre maior de empregados passe a aprofundar os conhecimentos exigidos para a solução dos problemas relativos a acidentes e doenças do trabalho.

Passos a Serem Seguidos na Inspeção de Segurança Existem alguns passos que devem ser seguidos para o desenvolvimento dessa atividade.

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São eles: observação, registro, análise de riscos, priorização, implantação e acompanhamento.

Observação: Neste primeiro passo, os elementos da CIPA devem observar criteriosamente as condições de trabalho e de atuação das pessoas. Essa observação deve ser completada com dados obtidos por meio de entrevistas e preenchimento de questionários junto aos coordenadores e trabalhadores.

Registro O registro dos riscos observados sobre saúde e segurança do trabalho deve ser feito em formulários que favoreçam a análise dos problemas apontados.

Análises de Riscos Da verificação de segurança resulta a necessidade de um estudo mais aprofundado de determinada operação. Trata-se da análise de riscos. Para realiza-la, o interessado deve decompor e separar as fases da operação, para verificação cuidadosa dos riscos que estão presentes em cada fase. O quadro abaixo orienta a decomposição de uma operação para este fim.

Dados Análise dos Riscos

O que é feito? Deve ser feito isso que está sendo observado ou existe algum risco que sugere alteração?

Como é feito?

A técnica desenvolvida é correta? Contém riscos que podem ser eliminados com pequenas alterações?

Por que é feito?

O objetivo da atividade será alcançado corretamente em segurança?

Priorização A partir da análise de riscos, priorizar os problemas de forma a atender àqueles mais graves e/ou iminentes.

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Implantação Nesta fase, o relatório com as medidas corretivas definidas deverão ser encaminhados ao departamento responsável para sua efetivação. A operacionalização das medidas deverá ser negociada no próprio setor responsável, em prazos determinados por prioridade.

Acompanhamento Consiste na verificação e cobrança das medidas preventivas propostas. Devem ser realizados, junto à unidade responsável, setores afins e com o SESMT.

Toda verificação de segurança possui um ciclo de procedimentos básicos:

Verificação De Segurança

Para que a CIPA tenha uma atuação mais efetiva, sugere-se que mensalmente sejam realizadas inspeções de segurança. Cada setor da Univali (Campus) seria verificado por subcomissão da CIPA, com o objetivo de controlar as condições ambientais sanando riscos imediatos com a ajuda das Chefias e do SESMT. Dessas comissões participam o cipeiro titular, o suplente da área e o coordenador do setor.

Definição de Prioridades

Análise de Risco

Registro

Implantação

Acompanhamento

Observações

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NOÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO Conceito de Prevenção a Incêndio: Ato ou efeito de prevenir-se tomar cuidado ou cautela, buscando evitar o surgimento de um incêndio e minimizar os seus danos através de medidas e cuidados como treinamento, e instalação de equipamentos de proteção e combate a incêndio num determinado ambiente.

Conceito de Incêndio: Fogo que surge com intensidade e fora de controle, destruindo vidas, patrimônio e o meio ambiente; causando danos, prejuízo ou calamidade pública.

Conceito de Combate a Incêndio: Ato ou ação para controlar, e dominar o fogo fora de controle, com objetivo de salvar vidas, patrimônio e proteger o meio ambiente; evitando danos e a calamidade pública.

Conceito de Fogo: Também conhecido por combustão é uma reação química de oxidação, auto-sustentável, com liberação de luz, calor, fumaça e gases; resultante da transformação de uma energia por processo físico e químico.

Para efeito didático, adota-se o triangulo do fogo para exemplificar e explicar a combustão, atribuindo-se, a cada face, um dos elementos essenciais da combustão.

Calor

Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra energia, através de processo físico ou químico é a matéria em movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria. As moléculas estão constantemente em movimento. Quando um corpo é aquecido, a velocidade das moléculas aumenta e o calor (demonstrado pela vibração da temperatura) também aumenta.

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Os Efeitos do Calor

Eleva a temperatura;

Aumenta o volume;

Muda o estado físico da matéria;

Muda o estado químico da matéria.

Efeitos fisiológicos do calor sobre o ser humano

O Calor é a causa direta da queima e de outras formas de danos pessoais. Danos causados pelo calor incluem desidratação, insolação, fadiga e problemas para o aparelho respiratório, além de queimaduras, que nos casos mais graves (1º, 2º e 3º graus) podem levar até a morte.

Combustível

É toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão. É o elemento que serve de campo de propagação ao fogo. Os combustíveis podem ser sólidos, líquidos ou gasosos.

Comburente

É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum é que o oxigênio desempenhe esse papel. A atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Em ambiente com a composição normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidade e de maneira completa. Notam-se chamas. Contudo, a combustão consome o oxigênio do ar num processo contínuo.

Quando a porcentagem do oxigênio do ar do ambiente passa de 21% para a faixa compreendida entre 16% e 8%, a queima torna-se mais lenta, notam-se brasas e não mais chamas. Quando o oxigênio contido no ar do ambiente atinge concentração menor que 8%, não há combustão.

Métodos de Extinção do Fogo

É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo, interrompendo a alimentação da combustão. Método também denominado corte ou remoção do suprimento do combustível.

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Ex.: fechamento de válvula ou interrupção de vazamento de combustível líquido ou gasoso, retirada de materiais combustíveis do ambiente em chamas, realização de aceiro, etc.

Resfriamento

È o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está queimando, diminuindo, conseqüentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis. A água é o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada na natureza. A redução da temperatura está ligada à quantidade e à forma de aplicação da água (jato), de modo que ela absorva mais calor que o incêndio é capaz de produzir. É inútil o emprego de água onde queimam combustíveis com baixo ponto de combustão (menos de 20ºC), pois a água resfria até a temperatura ambiente e o material continuará produzindo gases combustíveis.

Abafamento

Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material combustível. Não havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Como exceção estão os materiais que têm oxigênio em sua composição e queimam sem necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos orgânicos e o fósforo branco.

Conforme já vimos anteriormente, a diminuição do oxigênio em contato com o combustível vai tornando a combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar próximo de 8%, onde não haverá mais combustão. Colocar uma tampa sobre o recipiente contendo álcool em chamas, ou colocar um copo voltado de boca para baixo sobre uma vela acesa, são duas experiências práticas que mostram que o fogo se apagará tão logo se esgote o oxigênio em contato com o combustível.

Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia, terra, cobertores, vapor d´água, espumas, pós, gases especiais etc.

Classificação dos Incêndios e Métodos de Extinção

Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situação em que se encontram. Essa classificação é feita para determinar o agente extintor adequado para o tipo de incêndio específico. Entendemos como agentes extintores todas as substâncias capazes de eliminar um ou mais dos elementos essenciais do fogo, cessando a combustão.

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Incêndio Classe A

Incêndio envolvendo combustíveis sólidos comuns, como papel, madeira, pano e borracha.

É caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resíduos e por queimar em razão do seu volume, isto é, a queima se dá na superfície e em profundidade.

Método de extinção: Necessita de resfriamento para a sua extinção, isto é, do uso de água ou soluções que a contenham em grande porcentagem, a fim de reduzir a temperatura do material em combustão, abaixo do seu ponto de ignição.

O emprego de pós-químicos irá apenas retardar a combustão, não agindo na queima em profundidade.

Incêndio Classe B

Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis.

É caracterizado por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície exposta e não em profundidade.

Método de extinção: Necessita para a sua extinção do abafamento.

No caso de líquido muito aquecido (ponto de ignição), é necessário resfriamento.

Incêndio Classe C

Incêndio envolvendo equipamentos energizados. É caracterizado pelo risco de vida que oferece ao brigadista.

Método de extinção: Para a sua extinção necessita de agente extintor que não conduza a corrente elétrica e utilize o princípio de abafamento ou da interrupção (quebra) da reação em cadeia.

Esta classe de incêndio pode ser mudada para ``A´´, se for interrompido o fluxo elétrico. Deve-se ter cuidado com equipamentos (televisor, por exemplo) que acumulam energia elétrica, pois estes continuam energizados mesmo após a interrupção da corrente elétrica.

Extintores de Incêndio

Extintores são recipientes metálicos que contêm em seu interior agente extintor para o combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Podem ser portáteis ou sobre rodas,

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conforme o tamanho e a operação. Os extintores portáteis também são conhecidos simplesmente por extintores e os extintores sobre rodas, por carretas.

Classificam-se conforme a classe de incêndio a que se destinam: ``A´´, ``B´´, ``C´´ e ``D´´. Para cada classe de incêndio há um ou mais extintores adequados.

Todo o extintor possui, em seu corpo, rótulo de identificação facilmente localizável. O rótulo traz informações sobre as classes de incêndio para as quais o extintor é indicado e instruções de uso.

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Agente Extintor

Água

É o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por resfriamento, devido a sua propriedade de absorver grande quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo da forma como é aplicada, neblina, jato contínuo, etc). A água é o agente extintor mais empregado, em virtude do seu baixo custo e da facilidade de obtenção. Em razão da existência de sais minerais em sua composição química, a água conduz eletricidade e seu usuário, em presença de materiais energizados, pode sofrer choque elétrico. Quando utilizada em combate a fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer transbordamento do líquido que está queimando, aumentando, assim, a área do incêndio.

Gás Carbônico (CO2)

Também conhecido como dióxido de carbono ou CO2, é um gás mais denso (mais pesado) que o ar, sem cor, sem cheiro, não condutor de eletricidade e não venenoso (mas asfixiante). Age principalmente por abafamento, tendo, secundariamente, ação de resfriamento.

Por não deixar resíduos nem ser corrosivo é um agente extintor apropriado para combater incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis (centrais telefônicas e computadores).

Pó Químico Seco

Os pós-químicos secos são substâncias constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio, que, pulverizadas, formam uma nuvem de pó sobre o fogo, extinguindo-o por quebra da reação em cadeia e por abafamento. O pó deve receber um tratamento anti-higroscópico para não umedecer evitando assim a solidificação no interior do extintor.

Extintores Portáteis

São aparelhos de fácil manuseio, destinados a combater princípios de incêndio. Recebem o nome do agente extintor que transportam em seu interio r (por exemplo: extintor de água, porque contem água em seu interior).

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Os extintores podem ser:

Extintor de Água: Pressurizado.

Extintor de Pó Químico Seco: Pressurizado.

Extintor de Gás Carbônico.

Manutenção

A manutenção começa com o exame periódico e completo dos extintores e termina com a correção dos problemas encontrados, visando um funcionamento seguro e eficiente. É realizada através de inspeções, onde são verificados: localização, acesso, visibilidade, rótulo de identificação, lacre e selo, peso, danos físicos, obstrução no bico ou na mangueira, peças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros.

Inspeções

Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização (por amostragem)

Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira está obstruído. Observar a pressão do manômetro (se houver), o lacre e o pino de segurança.

Anuais: Verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de segurança e no lacre. Recarregar o extintor.

Qüinqüenais: Fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete o extintor a cada 5 anos ou toda vez que o aparelho sofre acidentes, tais como: batidas, exposição a temperaturas altas, ataques químicos ou corrosão. Deve ser efetuado por pessoal habilitado e com equipamento especializado. Neste teste, o aparelho é submetido a uma pressão de 2,5 vezes a pressão de trabalho, isto é, se a

pressão de trabalho é de 14 kgf/cm2, a pressão de prova será de 35 kgf/ cm2. Este teste é precedido por uma minuciosa observação do aparelho, para verificar a existência de danos físicos.

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OÇÕES BÁSICAS SOBRE A.I.D.S. O mundo vem sendo atingido pela A.I.D.S. – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, uma doença causada pelo vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana). Este vírus ataca a defesa natural do corpo contra infecções e outras doenças destruindo os glóbulos brancos que são responsáveis por garantir tal defesa em nosso organismo.

Imunidade é o processo pelo qual o corpo humano é capaz de se defender de infecções e doenças.

Como se Transmite a A.I.D.S.;

Nas relações sexuais com homem ou mulher portador do vírus da AIDS; Nas transfusões de sangue contaminado pelo vírus da AIDS; Mãe portadora do vírus da AIDS, passando para o bebê, durante a gestação, o

Parto e pelo leite materno; através de material perfuro cortante com vírus (não esterilizado); Através do uso de seringas e agulhas como, por exemplo, alguns usuários de

drogas injetáveis que compartilhem essas seringas e agulhas.

Como Prevenir-se:

Usar camisinha nas relações sexuais; Caso necessite de uma transfusão de sangue, exija que ele tenha o teste

Negativo para o vírus da AIDS; Não compartilhar agulhas e seringas; Aparelhos de uso pessoal não devem ser compartilhados – medida de higiene

básica que nos protege de qualquer doença.

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HIGIENE TAMBÉM É IMPORTANTE!

Apresentação pessoal É fundamental também para a segurança e saúde no ambiente de trabalho que você

preserve sua boa apresentação, usando roupas adequadas ao seu ambiente de trabalho, cuidando de sua aparência e higiene pessoal.

Conservação do ambiente Já que você preserva sua própria aparência, nada mais natural do que preservar o seu local de trabalho, mantendo-o limpo, organizado e não jogando papéis ou qualquer tipo de lixo

pelo chão. Todos temos de nos sentir responsáveis pela segurança, saúde e pelo

ambiente no qual vivemos ou trabalhamos.

Fumantes

Zele pela segurança e pela saúde também evitando o contato com o fumo, seja ativa

ou passivamente.

Lembre-se inclusive que agora está em vigor a Lei Estadual 13.541/09, conhecida como lei

antifumo, da qual destacamos que em resumo, somente se pode fumar nos seguintes locais:

Residências; Ruas e parques; Instituições de tratamento de saúde relacionadas ao vício, com autorização

médica; Estabelecimentos que vendam somente fumo, para consumo no próprio local,

desde que adequado na forma que a lei exige; Locais de culto religioso onde o fumo faça parte do ritual - por exemplo

Candomblé;

NOS DEMAIS LOCAIS É EXPRESSAMENTE PROIBIDO.

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ENCERRAMENTO Você, que já tinha conhecimento das regras e da cultura organizacional desta empresa, agora tem também um sólido conhecimento sobre Higiene, Segurança e Saúde no Ambiente do Trabalho! Contamos com você para que use estes conhecimentos aplicando-os em favor da melhoria da qualidade e condições de vida de todos em nossa empresa.! Parabéns por fazer parte desta equipe!

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TERMO DE CONHECIMENTO DO MANUAL DO CURSO PARA FORMAÇÃO DA CIPA

Os participantes abaixo, componentes da gestão _____/_____, da CIPA da Engestrauss Engenharia e Fundações Ltda., declaram que receberam o treinamento referente ao Curso Para Formação da C.I.P.A., contendo regras, recomendações e orientações sobre segurança, medicina e convivência no ambiente de trabalho, conforme previsto na Norma Regulamentadora n° 5, além das ações que devem ser adotadas durante o desenvolvimento das atividades nesta empresa.

Declaram ainda que têm conhecimento da existência do Manual do Curso de Formação da CIPA, o qual fica sob a responsabilidade do Presidente da mesma, devendo este

disponibilizar a qualquer dos membros para consulta, sempre que solicitado.

Presidente

Titular

Titular

Suplente

Suplente

Suplente

Vice Presidente

Titular

Titular

Suplente

Suplente

Suplente

(MODELO DE TERMO PARA IMPRESSÃO)