Apostila Da Psicologia Da Educação Ed. Física Turma I e II

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  • 7/24/2019 Apostila Da Psicologia Da Educao Ed. Fsica Turma I e II

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    Psicologia da Educao

    Professora: ureaSaraiva Pimenta Matos

    Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental

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    1. INTRODUO A PSICOLOGIA DA EDUCAO

    Podemos afirmar, numa primeira aproximao, que a psicologia da

    educao trata dos fundamentos psicolgicos, processos e consequ!ncias

    ps"quicas que interv#m numa situao educativa qualquer$

    %s su&eitos estudados pela psicologia da educao so pessoas envolvidas

    com a educao como alunos, professores, treinadores, orientadores, psiclogos,

    pais, grupos de amigos, grupos de tra'al(o, etc$) psicologia da educao pode reivindicar todo estudo que, de perto ou de

    longe, trate das estruturas e mecanismos psicolgicos suscet"veis de intervir

    numa situao educativa, formal ou informal$

    Como a educao coloca em &ogo o con&unto de condutas psicolgicas do

    indiv"duo, a psicologia da educao se torna o cru*amento de todas as

    especialidades da psicologia contempor+nea, como: psicologia do

    desenvolvimento, psicologia da cognio, psicologia da personalidade, psicologiadas condutas sociais, psicologia do esporte, etc$ e, al#m disso, se utili*am de

    avanos nos campos da 'iologia, neuro'iologia, sociologia, filosofia, etc$

    1.2 A IMPOTANCIA DA PSICOLOGIA DA EDUCAO

    ) psicologia da educao como uma disciplina cient"fica, pode a&udar a

    compreender mel(or o processo de ensinoaprendi*agem, orientando,sustentando todos os profissionais envolvidos para que as metas educativas

    se&am atingidas da mel(or e mais a'rangente forma poss"vel$

    1.3 APLICAO

    ) psicologia da educao pode ser aplicada a duas fun-es principais:

    2

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    a. diagnstic! tanto das dificuldades como das (a'ilidades espec"ficas$ %

    diagnstico transformase, no decorrer do processo, em avaliao, permitindo a

    verificao do que &/ foi atingido e do que ainda falta atingir0

    '. int"#$"n%&! para tal pode propor atividades destinadas a prevenir os

    fracassos, preparando as aquisi-es ou para remediar pro'lemas antes que se

    1cristali*em2$

    NO CON'UNDA! Psicologia da Educao com T#cnicas de Ensino

    NO PENSE (UE! Estudando Psicologia da Educao voc! no ter/ mais

    dificuldades para dar aulas, e que sa'er/ exatamente como resolver todos os

    pro'lemas que surgirem$ ) Psicologia da Educao l(e dar/ alguns fundamentos,

    mas a deciso continuar/ sendo sua$

    3$ )IST*RICO DA PISCOLOGIA DA EDUCAO

    % interesse pela educao, suas condi-es e seus pro'lemas, foi sempreuma constante entre filsofos, pol"ticos, educadores e psiclogos$

    Com o desenvolvimento da Psicologia como Ci!ncia e como /rea de

    atuao profissional, no final do s#culo 454, v/rias perspectivas se a'riram fato

    que tam'#m ocorreu 6 c(amada Psicologia Educacional$

    7urante as tr!s primeiras d#cadas do s#culo 44 a psicologia aplicada 6

    educao teve enorme desenvolvimento$ 8os E9) destacavase a necessidade

    de um novo profissional, capa* de atuar como intermedi/rio entre a psicologia e aeducao$

    Tr!s /reas destacaramse: as pesquisas experimentais da aprendi*agem0 o

    estudo e a medida das diferenas individuais0 psicologia da criana$ )t# a d#cada

    de ;, a Psicologia da educao aparece como a

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    os resultados e a avaliao e reteno da aprendi*agem escolar$ Ela deveria ser

    uma disciplina aut=noma, com sua prpria teoria e metodologia$

    7urante a d#cada de ;, o panorama muda$ Comease a duvidar da

    aplica'ilidade educativa das grandes teorias da aprendi*agem, ela'oradas

    durante a >? metade do s#culo 44$

    Prenunciase uma crise e surgem outras disciplinas educativas to

    importantes / educao quanto 6 psicologia, e esta precisa ceder espao$

    8a d#cada de @;, assume o seu car/ter multidisciplinar, que conserva at#

    (o&e$8o mais # considerada como a psicologia aplicada / Educao$

    )tualmente, a Psicologia da Educao # considerada um ramo tanto da

    Psicologia como da Educao, e caracteri*ase como uma /rea de investigao

    dos pro'lemas e fen=menos educacionais, a partir de um entendimento

    psicolgico$

    2.2 CONCEITO DE PSICOLOGIA DA EUDUCAO

    Auando se fala, (o&e, em Psicologia da Educao, v/rios termos so

    utili*ados indiscriminadamente como sin=nimos, tais como: psicopedagogia,

    psicologia escolar, psicologia da educao, psicologia da criana, etc$ ) lista

    poderia ser alongada$ Esta impreciso na linguagem, e esta confuso entre

    disciplinas ou atividades no so exatamente pass"veis de so'reposio, pois

    cada qual t!m suas defini-es e limita-es$

    ) Psicologia da Educao tem por o'&eto de estudo todos os aspectos das

    situa-es da educao, so' a tica psicolgica, assim como as rela-es

    existentes entre as situa-es educacionais e os diferentes fatores que as

    determinam$

    Seu dom"nio # constitu"do pela an/lise psicolgica de todas as facetas da

    realidade educativa e no apenas a aplicao da psicologia 6 educao$

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    Seu maior o'&etivo # constatar ou compreender e explicar o que se passa

    no seio da situao de educao$ Por isso, tanto psiclogos quanto pedagogos

    podem possuir tal especiali*ao profissional$

    ) Psicologia da Educao fa* parte dos componentes espec"ficos das

    ci!ncias da Educao, tal como a sociologia da educao ou a did/tica$

    Comp-em um nBcleo, cu&a finalidade # estudar os processos educativos$

    )tualmente, re&eitase a ideia de que a Psicologia da Educao se&a

    resumida a um simples campo de emprego da Psicologia0 ela deve, ao contr/rio,

    atender simultaneamente aos processos psicolgicos e 6s caracter"sticas das

    situa-es educativas$

    Ela estuda os processos educativos com tripla finalidade:

    Cnt#i+,i# - "a+#a%& d" ,/a t"#ia "0icati$a ds #c"sss

    "d,cati$s n$" t"#ic4

    Ea+#a# /d"s " #g#a/as d" int"#$"n%& 5 n$" t"cngic4

    Da# ,ga# a ,/a #60is "d,cati$a c"#"nt" c/ as #stas t"#icas7#/,adas 5 n$" #6tic.

    3. APRENDI8AGEM IN'ORMAL E 'ORMAL

    3.1. Cnc"it G"#a d" A#"ndi9ag"/

    )prendi*agem # a aquisio de novos comportamentos, que soincorporados ao repertrio individual de cada pessoa, que dever/ apresentar,

    desse modo, capacidades e (a'ilidades no existentes anteriormente$ )l#m de

    adquirir comportamentos novos, atrav#s da aprendi*agem, uma pessoa poder/

    tam'#m modificar comportamentos anteriormente adquiridos$

    1)prendi*agem # o resultado da estimulao do am'iente so're o indiv"duo

    &/ maturo, que se expressa, diante de uma situaopro'lema, so' a forma de

    uma mudana de comportamento em funo da experi!ncia0 envolve os (/'itos

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    que formamos os aspectos de nossa vida afetiva e a assimilao de valores

    culturais, al#m dos fen=menos que ocorrem na escola2 D%S FC%EGH%.$

    3.1.2 COMO MEDIR A APRENDI8AGEM

    Como a aprendi*agem se concreti*a em termos de comportamento, para

    avaliar o que algu#m aprendeu # preciso o'servar o seu desempen(o$ Esta # a

    concepo das escolas mais tradicionais, onde a

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    A#"ndi9ag"/ In7#/a: processo que # de nature*a incidental, nodirigido, e

    carente de controle$ Jesultam da experi!ncia no am'iente de vida fora da

    escola.0 adv#m do ensino$

    ) Psicgia da Ed,ca%& exerce seu papel mais relacionado 6 aprendi*agem

    formal$

    3.3.1 MODELO DE ENSINO 'ORMAL

    9m modelo de ensino formal inclui um con&unto de procedimentos para que

    se reali*e o ensino$

    Pode resumirse em seus componentes fundamentais: professor, aluno e

    conteBdo$

    E0ist"/ ; /d"s +6sics!

    KModelo Clssico: !nfase dada no professor, enquanto um transmissor de

    conteBdo$ ) educao consiste em transmisso de ideias selecionadas,

    organi*adas e no de acordo com o interesse do aluno$ % aluno # apenas um

    recipiente passivo$

    Modelo Tecnolgico: !nfase na educao como transmissora de conteBdos0 o

    conteBdo # o centro do processo$ % aluno # um recipiente de informa-es$ )

    educao se preocupa com aspectos o'serv/veis e mensur/veis e o professor #

    o respons/vel por essa concreti*ao$

    Modelo Personli!do: !nfase no aluno$ % ensino se processa em funo do

    desenvolvimento e interesse dos alunos$ ) educao # um processo progressivo

    e o professor oferece assist!ncia ao aluno, enquanto um facilitador da

    aprendi*agem$

    Modelo In"ercionl: apresenta um equil"'rio entre os componentes do modelo$

    % professor cria um clima de di/logo e troca experi!ncias e valores com seus

    alunos$ %s conteBdos consistem na an/lise cr"tica de pro'lemas reais e sociais$ %

    aluno # ativo em sua aprendi*agem$

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    3.< DOM=NIO DA APRENDI8AGEM

    ) aprendi*agem a'range L dom"nios fundamentais:>$intelectual ou

    cognitivo0 3$ afetivosocial0 L$ sensrio psiconeurolgico$

    K

    #.$.%DOM=NIO INTELECTUAL OU COGNITI>O ?INTELIG@NCIA )UMANA

    ) intelig!ncia e a idade mental e no a cronolgica. so dom"nios

    decisivos 6 aprendi*agem (umana$

    Int"igBncia!capacidade de interagir com o meio am'iente e adaptarse a ele0 se

    desenvolve atrav#s de fases, ao longo da vida, que se sucedem em uma mesma

    ordem, mas devido as diferenas individuais, podem ser alcanadas em idades

    diferentes para cada pessoa, dependendo do ritmo de desenvolvimento$

    3.

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    ) integrao das fun-es neuropsicolgicas # fundamental 6

    aprendi*agem$ Para tanto, a estimulao# comprovadamente importante, &/ que

    crianas que viveram seus primeiros anos de vida em am'ientes po'res de

    est"mulos sofreram danos graves de desenvolvimento, principalmente em seus

    elementos sensoriais audio, viso, tato, gustao, olfato., neurolgicos

    maturao neurolgica., sic/t#"s esquema corporal, lateralidade,

    equil"'rio. e ing,stics fala.$

    K

    3. 'ATORES DA APRENDI8AGEM

    Sad" 7sica " /"nta: para que se&a capa* de aprender, a pessoa deve

    apresentar um 'om "stad 7sic g"#a0 deve estar go*ando de 'oa saBde, com

    seu sistema nervoso e todos os rgos dos sentidos$ )s "#t,#+a%"s na 6#"a

    7sica, como na s"ns#ia e na 6#"a n"#$sa podero constituirse em distBr'ios

    da aprendi*agem$ Ne're, dores de ca'ea, disritmias aus!ncias

    mentais. so exemplos disto$

    Mti$a%&: # o fator de F,"#"# a#"nd"#0 o interesse # a mola propulsora da

    aprendi*agem$ % indiv"duo pode querer aprender por v/rios motivos: para

    satisfa*er a sua necessidade 'iolgica de exerc"cio f"sico e li'erar energia0 por ser

    estimulada pelos rgos dos sentidos, atrav#s de cores alegres0 por sentirse

    inteligente e 'em consigo mesmo ao resolver uma atividade mental0

    por sentir necessidade de conquistar uma 'oa classificao na escola status

    social e pessoal, admirao.$

    P#$i d/ni: dom"nio de certos con(ecimentos, (a'ilidades e experi!ncias

    anteriores, possuindo #"ati$a $antag"/ em relao aos que no o possuem$

    Mat,#a%&: # o processo de diferencia-es estruturais e funcionais do organismo,

    levando a padr-es espec"ficos de comportamento$ ) maturao neurolgica se d/

    por etapas sucessivas e na mesma seqO!ncia L"is c7a5ca,da " P#0i/5

    dista.$ ) maturao cria condi-es 6 aprendi*agem, (avendo uma interaoentre am'as$

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    Int"igBncia! capacidade para assimilar e compreender informa-es e

    con(ecimentos0 para esta'elecer rela-es entre v/rios desses con(ecimentos0

    para criar e inventar coisas novas, com 'ase nas &/ con(ecidas0 para raciocinar

    com lgica na resoluo de pro'lemas$

    Cnc"nt#a%& " at"n%&: capacidade de 7i0a#5s" "/ ,/ ass,ntHta#"7a$ 7esta

    capacidade depender/ a facilidade maior ou menor para aprender$

    M"/#ia: a #"t"n%& da a#"ndi9ag"/ # aspecto essencial 6 aprendi*agem,

    pois quando a pessoa precisar de um con(ecimento ela dever/ ser capa* de

    resgat/los da memria, usando os con(ecimentos anteriormente adquiridos$ 8o

    entanto, quem aprende est/ su&eito a esquecer de o que aprendeu$%

    esquecimento se d/ por v/rios motivos: pela fragilidade ou defici!ncia na

    aprendi*agem, causada por estudo ineficiente, falta de ateno0 pela tentativa de

    evocao do fato memori*ado atrav#s de um crit#rio diferente do usado na

    fixao da aprendi*agem0 pelo desuso das informa-es0 por um componente

    emocional que no permite a memori*ao da informao ou a

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    aparecimento de doenas familiares capa*es de pre&udicar a aprendi*agem

    ins=nia, depresso, s"ndrome de don, asma. e ainda pode indiretamente intervir

    nos fatores am'ientais, garantindo maior ou menor resist!ncia do organismo aos

    agravos do meio$

    3..2'ATORES NEUROEND*CRINOS

    % Kit6a/ # destacado como o local controlador do sistema endcrino$

    Podemos considerar o (ipot/lamo como um centro integrador de mensagens,

    controlando a funo da gl+ndula (ipfise na produo e li'erao dos (orm=nios

    de todas as gl+ndulas do organismo e possi'ilitando a criana explorar seu

    potencial gen#tico, de desenvolvimento e de aprendi*agem$

    N",#5)#/ni Ad"nc#tict#7ic 5 ACT): # li'erado pelo (ipot/lamo0 sua

    secreo acompan(a um ritmo circadiano gerado por um ritmo cere'ral

    intr"nseco, ligado a alterao de lu* dia e noite., sono, estresse f"sico e

    emocional$

    3..3'ATORES AMIENTAIS

    % meio am'iente na qual a pessoa est/ inserida exerce influ!ncias

    particularmente poderosas, contri'uindo positivamente 6 reali*ao do plano

    gen#tico ou negativamente, apresentando o'st/culos$

    % am'iente compreende tanto condi-es da vida material, estando em

    primeiro lugar a alimentao e sua utili*ao nutrio., quanto pelo am'iente

    f"sico scioecon=mico, estilo de vida. e o am'iente familiar e cultural, cu&o

    elemento fundamental # constitu"do pela relao afetiva prim/ria e o est"mulo

    materno$ 8a interao da (ereditariedade e do meio am'iente, quando o meio #

    normal e favor/vel podese calcular que Q; a R; da varia'ilidade natural da

    esp#cie (umana, nos limites da normalidade, se reali*am segundo o programa

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    gen#tico pr#determinado, entretanto, quando o meio # desfavor/vel e

    (eterog!neo, a (ereditariedade pode cair a ; $

    3..; NUTRIO

    Em relao a alimentao, o leite # a nutrio natural inicial para todos, e a

    qualidade desse leite tem condi-es para satisfa*er o potencial gen#tico ao

    crescimento e 6 aprendi*agem$ ) alimentao saud/vel # a 'alanceada, com

    prote"na suficiente, al#m da presena de (idratos de car'ono, gorduras, sais

    minerais e vitaminas$

    preciso ter presente que s o crescimento consome U; das calorias

    fornecidas 6 criana$ 7evese fornecer energia 6 criana para atender 6s

    necessidades de meta'olismo 'asal0 ao din+micoespec"fica dos alimentos0

    perda calrica pelos excreta0 atividade muscular0 crescimento$ Para que a

    aprendi*agem tam'#m se&a 'eneficiada, a nutrio do indiv"duo deve ser

    'alanceada e saud/vel$

    Essa energia #, ento, transmitida atrav#s dos macro nutrientes: Vitaminas0

    prote"nas0 (idratos do car'ono0 sais minerais0 gorduras$

    7ois aspectos relacionados a alimentao que exercem influ!ncias:

    A s,"#ai/"nta%&! acelerao e envel(ecimento precoces do crescimento0

    vari/veis psicolgicas$

    A s,+ai/"nta%&! quando # glo'al fornecimento calrico a'aixo de >L., o

    crescimento # 'loqueado de forma completa$ Auando a so'revida # poss"vel, se

    tradu* pelo aspecto cl"nico de marasmo$ Auando se refere especificamente so're

    a prote"na, continuando o fornecimento calrico glo'al toler/vel, o crescimento

    estatural # 'loqueado desnutrio proteica$

    3..ARI>EIS S*CIO5ECONMICO5CULTURAIS

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    )s vari/veis scioecon=micas exercem importante influ!ncia: renda per

    capita, a idade dos pais, o taman(o da fam"lia, condi-es de (a'itao e

    saneamento, escolaridade, (igiene0 cultura dos paisinflui na alimentao da

    criana.$

    7ada 6 mel(oria nas condi-es de vida, tais como a ur'ani*ao, mel(oria

    nos cuidados m#dicos, maior ingesto alimentar de nutrientes, vestu/rio menos

    restritivo, entre outros fatores, existe uma forte tend!ncia para que as crianas

    das gera-es que nos sucedem alcancem uma maturao mais cedo$

    3..'AM=LIA E OS 'ATORES PSICOSSOCIAIS

    %utro aspecto importante, di* respeito ao am'iente familiar, que comporta

    elementos diversos, de ordem psicolgica particular, mas tam'#m de ordem

    cultural segundo o n"vel intelectual, os con(ecimentos adquiridos atrav#s dos

    pais, a (erana dos costumes, etc$

    )cima de tudo, interv#m a relao afetiva precoce da me com a criana

    desde os primeiros instantes dua vida$ ) qualidade dessa ligao afetiva

    condiciona em grande parte o relacionamento da me e, consequentemente, a

    qualidade de sua conduta com a alimentao, proteo f"sica, est"mulo ps"quico e

    cultural da criana$

    ) car!ncia afetiva consiste na falta de carin(o e de solicitao afetiva

    materna, pertur'ando ou mesmo impedindo o v"nculo me e fil(o, determinando o

    aparecimento de uma s"ndrome complexa com reflexos no seu desenvolvimento

    neuropsicomotor, no crescimento e no estado emocional, e por conseqO!ncia, na

    aprendi*agem$

    3. O PRO'ESSOR E O PROCESSO DE ENSINO5APRENDI8AGEM

    Auando inserido no processo de ensinoaprendi*agem sala de aula., oprofessor poder/ vir a assumir v/rios pap#is sociais$

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    ;. As t"#ias da Psicgia da Ed,ca%&

    Cada teoria oferece um modelo explicativo diferente so're a aprendi*agem$

    Poder"amos de certa forma, compar/las 6s diferentes a'ordagens da medicina$

    Para uma mesma doena so prescritos tratamentos diferentes segundo o

    m#dico se&a um alopata, (omeopata ou pratique acupuntura$ Tratase a" de uma

    definio que envolve uma crena do profissional na efic/cia de uma ou outra

    a'ordagem, todas elas igualmente recon(ecidas como cient"ficas$

    U$ A TEORIA DAS INTELIG@NCIAS MQLTIPLAS

    Esta teoria foi escol(ida para ser apresentado em primeiro lugar

    exatamente por ter sido uma das Bltimas a ser desenvolvida e, por isto,

    apresentar mais aspectos gerais que espec"ficos$

    Noi desenvolvida por Hoard Wardner a partir de >R@R, na 9niversidade de

    Harvard, com um grupo grande de outros pesquisadores$

    Para Wardner, uma intelig!ncia 1# a capacidade de resolver pro'lemas ou

    criar produtos que so importantes num determinado am'iente cultural ou

    comunidade$2 Wardner e outros, >RRQ, p$3>.$

    Ex: um adulto analfa'eto, por#m com uma grande capacidade de resolver os

    pro'lemas que se apresentam no seu cotidiano e que sirva de refer!ncia 6

    sua comunidade, que # procurado por muitos para dar consel(os, deve ser

    considerado muito inteligente, ainda que no consiga resolver um Bnico teste

    envolvendo aspectos que no domina$

    ;.1 DELIMITANDO O CONCEITO DE UMA INTELIG@NCIA

    )s intelig!ncias devem ser pensadas como entidades num

    determinado n"vel de generalidade, por#m cada uma deve operar de acordo

    com seus prprios procedimentos e possuir suas prprias 'ases 'iolgicas$Cada uma deve ser pensada como um sistema prprio e com suas regras, da

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    mesma forma que os ol(os, o corao, o f"gado, etc$ fa*em parte do corpo

    (umano, mas no podem ser comparados entre si, pois t!m fun-es prprias

    e espec"ficas$

    )ssim como no podemos di*er que um determinado rgo # mais

    importante que o outro, o mesmo deveria ser dito em relao 6s diversas

    intelig!ncias$

    ;.1. Int"igBncia Lingstica

    expressa de modo marcante no orador, escritor, poeta ou compositor,

    que so pessoas sens"veis 6s nuances de significado das palavras, seus

    sons e significados musicais$ 5nclui a capacidade de usar palavras

    efica*mente, se&a oralmente pol"tico, contador de (istrias. ou na forma

    escrita teatrlogo, &ornalista, escritor, poeta, etc$.

    Sit,a%& "daggica!o professor pode querer que um aluno desenvolva

    mais esta intelig!ncia, ou pode propor situa-es de ensino que 'eneficie o

    aluno que tem essa intelig!ncia 'em desenvolvida$

    )s atividades 'aseadas nesta intelig!ncia so:

    palestras e aulas expositivas

    discuss-es em pequenos e grandes grupos

    livros manuais

    'rainstorming exploso de id#ias.

    discursos dos alunos

    &ogos de voca'ul/rio e de palavras

    contar escrever. (istrias

    fa*er ler. poesias

    escrever reda-es, &ornais, etc$

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    8ormalmente # a mais utili*ada na escola$

    ;.2. Int"igBncia Lgic5/at"/6tica

    5nclui a capacidade de usar nBmeros e s"m'olos efica*mente

    estat"stico, engen(eiro, contador, conta'ilista., 'em como raciocinar de

    forma dedutiva f"sico, matem/tico, programador de computador, cientista.$

    )tividades pedaggicas:

    c(aradas

    resoluo de pro'lemas

    classifica-es

    c/lculos mentais

    &ogos com nBmeros

    uso de computadores pesquisa ou programao.

    ;.3 Int"igBncia Esacia

    Jeferese 6 (a'ilidade de perce'er o mundo espacial e visual de forma

    privilegiada caador, escoteiro, guia. e fa*er transforma-es 'aseadas

    nessa percepo decorador, arquiteto, artista, paisagista, gegrafo.$ Envolve

    sensi'ilidade 6s cores, lin(as, formas e espaos, 'em como a relao entre

    esses elementos$ ) pessoa que possui esta intelig!ncia 'em desenvolvida #

    capa* de se orientar corretamente no espao, representar graficamente

    ideias visuais ou espaciais$

    )tividades pedaggicas:

    uso do v"deo

    uso de fotografias e filmes

    mapas, esquemas e gr/ficos

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    atividades de arte

    criao de cen/rio

    3.; Int"igBncia C##a5Cin"stsica

    Manifestase em atores, m"micos, atletas, danarinos, ou se&a,

    naquelas pessoas que tem a (a'ilidade de usar todo o seu corpo paraexpressar ideias e sentimentos$ Tam'#m se manifestam em artesos,

    escultores, mec+nicos, cirurgi-es, 'ordadeiras, ou se&a, em pessoas que t!m

    facilidade em usar suas mos para transformar coisas$ 5nclui (a'ilidades

    f"sicas como coordenao, destre*a, fora, flexi'ilidade e velocidade$

    )tividades pedaggicas:

    atividades manipulativas

    teatro, dana, esportes

    exerc"cios de relaxamento

    atividades de arte argila, pedra, etc$.

    m"mica

    expresso corporal

    ;.< Int"igBncia M,sica

    a capacidade de perce'er, discriminar, transformar e expressar

    formas musicais cr"tico de mBsica, compositor, cantor.$ 5nclui a sensi'ilidade

    ao ritmo, melodia, tim're ou tom de uma mBsica$ ) compreenso de uma

    mBsica pode ser tanto glo'al e intuitiva quanto anal"tica e t#cnica$

    )tividades pedaggicas:

    rimas &ograis

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    ouvir mBsica

    tocar um instrumento

    compor

    cantar

    ;.. Int"igBncia Int"#"ssa

    a (a'ilidade em perce'er e fa*er distin-es entre os modos,

    inten-es, motiva-es e sentimentos de outras pessoas$ 5nclui a

    sensi'ilidade a express-es faciais, vo* e gestos0 6 capacidade de discriminar

    v/rios tipos de sinais interpessoais e de responder a estes sinais de modo

    pragm/tico$

    )tividades pedaggicas:

    aprendi*ado cooperativo

    atividades em duplas ou grupo

    envolvimento comunit/rio

    gr!mios e atividades sociais

    &ogos em grupos

    ;. Int"igBncia Int#a"ssa

    Promove o autocon(ecimento e a (a'ilidade adaptativa$ ) pessoa que

    possui esta intelig!ncia con(ece 'em suas foras e limita-es, tem

    consci!ncia de seus modos "ntimos, inten-es, motiva-es, temperamentos

    e dese&os$ Tem autodisciplina, autoentendimento e autoestima$

    )tividades pedaggicas:

    ensino individuali*ado

    estudo independente

    18

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    atividades de autocon(ecimento

    atividades individuais

    . Int"igBncia Nat,#astica

    Est/ relacionada 6 curiosidade pelos fatos da nature*a, 6 explorao, 6

    desco'erta, 6 interao, 6s aventuras$)tividades pedaggicas:

    colecionar e classificar roc(as, minerais, fol(as, conc(as, etc$

    examinar os (a'itats de diferentes animais: formigas, cupins,

    min(ocas, etc$

    ver filmes so're elementos da nature*a

    o'servar e relatar o que existe prximo 6 escola, como: &ardins,

    parques, etc$, analisando os diferentes tipos de plantas, usos, etc$

    criar uma (orta, &ardim, pomar, etc$

    pesquisar so're elementos da nature*a, etc$

    ouvir gravao de sons de diferentes animais e tentar desco'rir qual o

    animal que o produ*iu0

    o'servar as constela-es, fases da lua, etc$ e relatar as desco'ertas$

    ;. IMPLICAES PARA O ENSINO

    >$ Cada pessoa possui todas as oito intelig!ncias, em menor ou maior grau$

    8um tra'al(o individual o professor pode verificar qual quais. as.

    intelig!ncias. mais desenvolvidas. em seu aluno e procurar usar os

    recursos pedaggicos mais adequados 6s. mesmas., para desenvolver ao

    m/ximo a aprendi*agem que se prop-e$ 8um tra'al(o coletivo, conv#m queo professor propon(a a mat#ria usando os recursos did/ticos apropriados a

    19

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    todas as intelig!ncias de forma a atender 6s diferenas individuais de seus

    alunos$

    3$ ) maioria das pessoas pode desenvolver cada intelig!ncia at# um n"vel

    adequado de compet!ncia$

    % curr"culo da educao infantil e do ensino fundamental deve contemplar

    mat#rias para desenvolver todas as intelig!ncias$ 7essa forma poderemos

    propiciar a todos os alunos o desenvolvimento de todas as intelig!ncias ou,na pior das (ipteses, fa*er com que os mesmos tomem consci!ncia das

    intelig!ncias onde podem alcanar um n"vel adequado de compet!ncia$

    L$ )s intelig!ncias geralmente tra'al(am &untas de um modo complexo$ Por

    isto # 'om que o professor mude constantemente seu m#todo de

    apresentao, passando pelo maior nBmero poss"vel de intelig!ncias,

    com'inandoas de um modo criativo$

    9ma proposta pedaggica decorrente desta teoria # a de que cada

    conteBdo a ser desenvolvido na escola se&a a'ordado com propostas que

    contemplem todas as intelig!ncias$ 7esta forma todos os alunos poderiam

    aprender tudo, pois (averia uma maneira de privilegiar as intelig!ncias mais

    desenvolvidas em cada indiv"duo$

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    no aceita que ela seria 1adquirida2, como defendiam os empiristas$ Sua

    teoria se apresenta como uma ultrapassagem da oposio inatoadquirido$

    Ele no aceita a tese de que uma parte das compet!ncias (umanas seria

    inata e outra adquirida$ Para ele, o indiv"duo, em confronto com a realidade,

    transforma seus esquemas de ao ou de cognio con(ecimentos. e,

    assim fa*endo, inventa novos con(ecimentos que aumentam seu potencial

    intelectual anterior$

    Segundo Piaget, os con(ecimentos se constroem atrav#s das

    intera-es do su&eito com o o'&eto ou o meio f"sico eou social.$

    8o in"cio, o 'e'! reage por reflexos aos est"mulos$ 7esde os primeiros

    meses de vida, esses reflexos (eredit/rios se transformam em esquemas de

    assimilao, no sentido de que essas a-es elementares sugar, ol(ar, ver,

    etc$. funcionam como procedimentos para con(ecer o mundo dos o'&etos$

    Esses o'&etos no so vistos como tais, mas explorados pelos esquemas

    que o 'e'! disp-e$ 9m leno, um c(ocal(o, uma 'ola, etc$, so, antes de

    tudo, o'&etos que podem ser vistos, c(upados, presos na mo, etc$ Existe

    assimilao cada ve* que o indiv"duo incorpora o dado sens"vel aos seus

    quadros pessoais$ )ssimilar um o'&eto ou uma situao. # agir so're ele,

    tentando inserilo em sua prpria forma de agir ou de pensar$ Ex: assimilar

    um 'ife # ingerilo e process/lo, usando seu aparel(o digestivo, &/ existente$

    % 'e'! assimila um o'&eto pegandoo e 'alanandoo e sugandoo, usando

    seus reflexos.$

    Piaget distingue tr!s tipos de assimilao:

    >$ Assi/ia%& #"#d,t#a! corresponde 6 repetio simples de uma ao

    ou de um racioc"nio e assegura sua fixao ou sua esta'ili*ao$ Ex: sugar

    tudo o que pega, no caso do 'e'!0 ou copiar todas as palavras que v!, no

    caso da criana pequena0 ler diversos textos adulto. &untar todas as frutas0

    &ogar muitas ve*es a 'ola, cuidando para no cometer erros$

    3$ Assi/ia%& #"cgniti$a! o su&eito recon(ece, por discriminao, oso'&etos que podem ser assimilados a um esquema particular$ Ex: algu#m que

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    nunca viu uma determinada fruta, ao v!la recon(ece que se trata de uma

    fruta, ainda que no sai'a seu nome, seu grau de acide*, etc$0 recon(ecer

    que no volei'ol podem existir muitos tipos de toques que so permitidos

    recon(ecerem que se trata de uma poesia sem nunca a ter lido$

    L$ Assi/ia%& g"n"#ai9ad#a! o indiv"duo tenta estender a aplicao de

    um esquema a um m/ximo de o'&etos$ )ssim fa*endo ele se esfora para

    alargar o dom"nio de um esquema dado a um m/ximo de situa-es$ Ex:

    desco're que o tomate tam'#m # fruta apesar de no ser adocicado nem

    comido como so'remesa0 &oga volei'ol adequando o toque ao rece'imento

    da 'ola0 define diferentes poesias pela m#trica, #poca, etc$

    7uas caracter"sticas prprias ao funcionamento assimilador levam a

    um con(ecimento superior: de um lado, a criana ou adulto. introdu*

    espontaneamente varia-es nas repeti-es0 por outro, ela tende a

    generali*ar a aplicao de toda ao a novos o'&etos$

    7iversificando a aplicao desses esquemas, geramse novas

    condutas por diferenciao progressiva das precedentes0 esses esquemas

    novos podem ser muito Bteis e se mostrarem adaptados a algumas

    situa-es$ Ex: o 'e'! puxa o co'ertor para pegar um o'&eto distante0 essa

    conduta pode se transformar em pegar uma vara para 'uscar outro o'&eto

    distante que no est/ so're um co'ertor, etc$.$

    )contece tam'#m que, tentando seus esquemas numa diversidade

    de o'&etos, o su&eito 'e'! ou adulto. encontre o'st/culos que o o'riguem a

    inventar novas formas de agir e de pensar$

    % o'&eto, ou se&a, o mundo exterior, no se imp-e a um su&eito

    passivo0 # o su&eito que vai ao seu encontro e se esfora para integr/lo, para

    assimil-lo a seus esquemas de ao ou de pensamento. privilegiados$

    Auanto (/ sucesso, por feed'acX positivo, o esquema # reforado$ Auando

    no, o su&eito # o'rigado a um rea&uste em seus esquemas$ 8este caso

    temos o que Piaget c(ama de ac/da%&.ATENO!s (/ acomodao quando ocorre um rea&uste de um esquema$

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    Se (ouver apenas desinteresse, ou se o su&eito nem sequer se der conta de

    que seu esquema no funciona numa situao dada, (/ manuteno do

    pensamento anterior, portanto, no (/ acomodao$ )comodar # sentir um

    desafio: desco'rir que seu esquema # inoperante diante de uma situao

    dada e que, portanto, deve ser su'stitu"do por outro mel(or$

    )ssimilao e acomodao formam uma dupla dial#tica$ Tomados

    isoladamente cada um condu* a deforma-es$ Se apenas (ouvesse

    assimilao, o pensamento seria est/tico, no evoluiria$ % adulto come para

    manter seu corpo funcionando, no para mudar a estrutura de seus rgos,

    ou para engordar ou emagrecer$ Se ocorresse apenas acomodao, o

    pensamento teria que mudar a cada acontecimento, os con(ecimentos

    anteriores no valeriam nada$

    % equil"'rio din+mico entre assimilao e acomodao # indispens/vel

    6 atividade cognitiva0 a primeira assegura a coer!ncia do pensamento e a

    segunda 6 adequao ao real$ Para pegar algo eu estendo a mo e fao o

    movimento de preenso Y assimilao0 fec(o mais a mo se o o'&eto for

    pequeno acomodao$

    Piag"t disting," t#Bs 7#/as d" "F,ii+#a%&!

    >?. 7e tipo 5 Y ocorre quando (/ assimilao dos esquemas de ao e sua

    acomodao em funo das rea-es do o'&eto: Ex$ 8uma certa idade as

    crianas pensam que todos os o'&etos servem ou como recipientes ou como

    conteBdos dos recipientes$ 8esta fase, ao encontrarem um funil, ou um cano,

    procuram trat/los como recipientes$ Auerem enc(!los de /gua$ Constatam

    ento que a /gua sempre escapa pelo outro lado$ 5sso as incomoda um

    pouco, at# que aca'am por se interessar pelo escoamento da /gua$ Podese

    ento falar de acomodao ao o'&eto0 adaptar o toque de 'ola ao tipo de 'ola

    e tipo de &ogo, por exemplo, entre volei'ol e 'asquete'ol$

    3?. 7e tipo 55 Y # a que ocorre entre os diferentes su'sistemas cognitivos

    pr/ticos como as a-es ou representativos como os conceituais.: Ex: 9macriana desco're que existem dois tra&etos para ir at# a escola$ Muito

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    rapidamente ela se dar/ conta que pode ir por um deles e voltar pelo outro,

    ou viceversa$ Ela coordenou dois su'sistemas de ao0 no volei'ol, adaptar

    o toque 6 velocidade, +ngulo, fora, etc, de rece'imento da 'ola$

    LZ. 7e tipo 555 Y consiste em encontrar uma coer!ncia a todos os sistemas

    cognitivos prprios a um setor do real, uma metaestrutura que deve estar de

    acordo com cada um dos diferentes su'sistemas$ Ex: Auando

    transformamos uma 'ola de massa de modelar em salsic(a, uma criana

    pode pensar que na salsic(a tem mais massa, porque # mais comprida$ Se

    continuarmos encompridando a salsic(a, at# que ela se transforme numa

    esp#cie de co'ra, muito fina, a criana poder/ pensar que esta Bltima tem

    menos massa porque # mais fina$ Ninalmente ela ligar/ os dois su'sistemas

    concluindo que continua a mesma quantidade de massa$

    Teorias como a mec+nica netoniana, que reuniu mBltiplas

    explica-es, muitas ve*es contraditrias, num todo coerente # tam'#m uma

    equili'rao do tipo 555$ )daptar seu &ogo 6s estrat#gias usadas pelo

    advers/rio e sua prpria equipe tam'#m # uma equili'rao de tipo 555 $

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    estado de equil"'rio, este # id!ntico 6 situao anterior$ Ele volta 6 posio

    vertical, mas continua sendo o mesmo copo, no mesmo suporte, etc$ Mas em

    se tratando de con(ecimento, quando um equil"'rio # rompido, a sua volta ao

    equil"'rio nunca # igual ao estado anterior, ser/ sempre uma forma mel(or$

    Por isso podemos falar de EA95G5[J)\]ES M)D%J)8TES novos

    equil"'rios, sempre mel(ores que os anteriores.$

    Para Piaget, equili'rao # uma compensao ou uma correo de

    uma pertur'ao que originou a 'usca de uma soluo$

    Por outro lado, todo novo equil"'rio, toda nova teoria intelectual gera

    novos pro'lemas$ Cada ve* que um su&eito inventa um equil"'rio novo ele

    cria uma a'ertura para as novidades imprevis"veis$

    Poder"amos sinteti*ar o pensamento de Piaget di*endo que uma

    reequili'rao que o'teve sucesso:

    ^ integra as estruturas assegurando o equil"'rio precedente numa nova

    estrutura0

    ^ cria uma a'ertura para novos poss"veis$

    % desenvolvimento # um processo onde nada se perde, tudo se enriquece$

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    concorde$ 8ovas palavras so acrescentadas 6 medida que novos

    instrumentos so criados, ou ocorrem novos avanos cient"ficos ou

    tecnolgicos exemplo: )57S, inc(ester.$

    ) tarefa do professor, para este tipo de con(ecimento, # o de servir de

    modelo, de facilitador, de dar o feed'acX adequado$ Se um aluno no sa'e

    uma palavra ca'e ao professor inform/la, explic/la, para que o aluno a use

    em situa-es futuras e de forma pertinente$ % mesmo deve ser feito em

    relao 6s regras de um &ogo, determinados conceitos matem/ticos, etc$

    CnK"ci/"nt 7sic: este # o con(ecimento que se adquire atrav#s da

    manipulao ou o'servao de o'&etos$ Exemplos de con(ecimento f"sico:

    o'servar as fol(as que caem0 sopesar duas pedras e sentir o peso de am'as,

    colocar um pacote de farin(a na 'alana e verificar seu peso, passar a /gua

    de um copo para outro, mais fino, e verificar o que acontece com a altura do

    l"quido$

    ) tarefa do professor, para esse tipo de con(ecimento, # o de

    providenciar para que seus alunos ten(am os mais diferentes o'&etos 6 sua

    disposio, para que possam o'ter o con(ecimento mais rico poss"vel, numa

    diversidade grande de o'&etos e situa-es$ % professor prop-e pro'lemas e

    coloca os o'&etos 6 disposio dos alunos para que eles resolvam o

    pro'lema$

    CnK"ci/"nt gic5/at"/6tic! # uma construo interna, que envolve

    rela-es lgicas$ Exemplo: desco'rir que sempre que se transfere certo

    volume de /gua de um recipiente 'aixo e largo, para outro, alto e fino, o n"vel

    da /gua fica mais alto no segundo recipiente$ 5sto se deve 6 relao lgica de

    que volume # igual 6 'ase multiplicada pela altura$ Sempre que a 'ase for

    menor a altura dever/ ser maior para que o volume permanea o mesmo$

    Este con(ecimento s pode ser o'tido atrav#s de experi!ncia seguida de

    reflexo$ ) tarefa do professor # a de prever as experi!ncias e questionar os

    alunos para que reflitam de uma forma produtiva em relao ao experimento,de maneira que possam ampliar e potenciali*ar seus con(ecimentos

    26

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    anteriores$

    %utros exemplos: 7esco'rir que existe um toque de 'ola que # mais

    eficiente em funo de determinadas condi-es pr#vias0 usar e compreender

    a concord+ncia ver'al0 compreender as rela-es entre economia e rela-es

    entre determinados povos$

    Esse tipo de con(ecimento se desenvolve a partir do per"odo

    operatrio concreto, mas s atinge o operatrio formal se o indiv"duo tiver

    oportunidade de exercit/lo naquele conteBdo$ Podese assim c(egar ao

    operatrio formal em mBsica e no em matem/tica, ou ser operatrio formal

    em fute'ol e operatrio concreto em portugu!s, etc, dependendo das

    oportunidades que cada indiv"duo teve em cada um dos conteBdos$ 8o

    primeiro m!s de vida o 'e'! exercita esses reflexos, mas no os coordena$

    Eventos e o comportamento so mais deli'erados e intencionais$ Ex: retira

    todas as panelas do arm/rio e divertese 'atendo com a tampa das mesmas$

    [usca outros arm/rios para ver o que tem dentro e se existe algo que faa

    'arul(o$

    8o # 6 toa que o nome de Piaget est/ associado ao construtivismo$

    Essa diviso em per"odos # uma forma did/tica de apresentar a construo

    do con(ecimento$ uma maneira de distinguir os aspectos mais relevantes

    de cada faixa et/ria e de mostrar que todo o ser (umano vai se construindo,

    pouco a pouco, em contato com a realidade que o cerca experi!ncia social e

    f"sica., pela sua maturao 'iolgica seu desenvolvimento neuromotor. e

    por um processo de autoregulao que Piaget c(amou de equili'rao, onde

    cada equil"'rio alcanado # mel(or que o anterior e mais flex"vel$

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    que existem fases de desenvolvimento pelas quais todos os indiv"duos

    passam e que, dependendo da fase em que se encontre o aluno ele poder/

    se 'eneficiar de um ou outro tipo de a'ordagem pedaggica$

    Mais do que isso, essa teoria nos indica que para cada conteBdo

    principalmente nos con(ecimentos lgicosmatem/ticos. existe uma g!nese,

    ou se&a, que os indiv"duos ela'oram (ipteses, muitas ve*es incorretas, das

    quais os professores devem estar conscientes para poder auxiliar na sua

    superao$

    Sa'endo que o aluno no # um su&eito passivo, mas que interage com

    os conteBdos, procurando assimil/los aos seus esquemas, o professor se

    esfora em proporcionar situa-es onde os alunos possam se exercitar,

    refletir so're seus erros, repetir muitas ve*es as experi!ncias para tirar delas

    o maior proveito poss"vel$ 7epois de certo nBmero de repeti-es # importante

    tam'#m, para que c(eguem a assimila-es generali*adoras, que as

    situa-es se mostrem cada ve* mais variadas e ricas$

    % professor piagetiano presta muita ateno ao tipo de racioc"nio de

    seu aluno e procura l(e dar suportes adequados para que supere suas

    dificuldades$

    ) tarefa do professor # fa*er uma an/lise do conteBdo da disciplina que

    leciona para verificar qual o tipo de racioc"nio implicado em cada etapa desse

    conteBdo, quais os pr#requisitos a n"vel cognitivo, como exemplificar

    inicialmente de maneira mais concreta poss"vel e depois propor experimentos

    que levem o aluno a um n"vel cada ve* mais formal e generali*ado do

    mesmo$

    Cada conteBdo deve ser visto tam'#m no que se refere ao tipo de

    con(ecimento envolvido, ou se&a, social, f"sico ou lgicomatem/tico e a

    estrat#gia de ensino pensada conforme cada um deles$

    . T"#ia K,/anista

    28

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    8a perspectiva dos tericos (umanistas o ser (umano

    independentemente das circunst+ncias que o envolvem possui a capacidade

    inata de assumir o controlo da sua vida e de promover o seu prprio

    desenvolvimento por meio de das capacidades exclusivamente (umanas de

    escol(a, criatividade e auto reali*ao$

    8esta ptica o educando deve ter mais responsa'ilidade para decidir o

    que quer aprender e para ser mais independente e autoorientador da sua

    aprendi*agem$ ) tarefa de aprender tradu*se por um processo cognitivo e

    no apenas 6 aquisio de mecanismos de estimulareao$

    Contrariamente 6 aprendi*agem cognitiva at# ento praticada em que os

    con(ecimentos a adquirir eram apresentados ao educando, como metas pr#

    esta'elecidas 6s quais se esperava que o mesmo se adaptase e se

    conformase, os (umanistas entendemna mais como um processo de

    construo pessoal na medida em que o educando no seu processo de

    crescimento adquire experi!ncia se l(e deixa livre a iniciativa para desco'rir

    o seu prprio camin(o, numa atitude de autoreali*ao e autoavaliao,

    num processo de se tornar pessoa$

    % 1Tornarse pessoa2 tornase assim na c(ave do processo de

    aprendi*agem na viso (umanista$ Auer isto di*er que a aprendi*agem # um

    processo pessoal, de car/ter vivencial no centro da qual est/ a pessoa

    enquanto ser que pensa, sente e vive$ 8o exclui os aspectos emocionais

    antes pelo contr/rio consideraos determinantes so're o que se ret#m e o

    que se aprende de tal forma que o desenvolvimento social e emocional do

    educando # to importante como o desenvolvimento intelectual$

    Como condi-es promotoras deste tipo de aprendi*agem os (umanistas

    defendem um clima de total li'erdade, criatividade, cola'orao,

    espontaneidade e empatia$

    %s princ"pios psicopedaggicos que procedem desta teoria e a influ!ncia

    so're o processo de ensino aprendi*agem resumemse da seguinte forma: ) !nfase # dada 6 aprendi*agem numa perspectiva de desenvolvimento

    29

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    da pessoa (umana e no ao ensino propriamente dito$

    ) aprendi*agem centrase no aluno, atendendo 6s suas necessidades,

    vontades, sentimentos e no no professor, nos o'&etivo 'em definidos ou nos

    conteBdos program/ticos$

    Procura desenvolver no educando a responsa'ilidade pela

    autoaprendi*agem 'em como um esp"rito de autoavaliao$

    Centra a aprendi*agem em atividades e experi!ncias significativas para

    o educando$ Procura desenvolver as rela-es interpessoais, emp/ticas no

    interior do grupo$ Ensina a sentir e no apenas a pensar, ensina a aprender$

    Procura criar uma atmosfera emocional positiva que a&ude o educando a

    integraras novas experi!ncias e as novas ideias Promove uma aprendi*agem

    ativa, orientado para um processo de desco'erta aut=nomo e refletido$

    8ecessidade de programar um sistema escolar que permita a

    consecuo destes o'&etivos$

    8esta lin(a de pensamento o professor assume um papel de facilitador

    do processo de aprendi*agem, pondo de parte o tradicional papel de

    disseminador de con(ecimentos, sendo que para tal necessite de possuir um

    determinado perfil: deve ser genu"no,positivo, emp/tico, respeitador, que se&a

    tam'#m ele prprio um aluno capa* de criar um 'om am'iente isento de

    excesso de energiatens-es, enfim de a&udar os outros a aprender$

    )lguns dos m#todos apropriados para facilitar este tipo de

    aprendi*agem so:

    % ensino individuali*ado

    T#cnicas de tra'al(o de grupo: discuss-es, de'ates, pain#is,

    simula-es, &ogos de pap#is e resoluo de pro'lemas$

    ) noo de desenvolvimento pessoal que surgiu nos anos >R;>R;

    tem origem no conceito de desenvolvimento apresentado por Jogers e W$M$

    _inget e tradu*se na convico de que o ser (umano tem a capacidade do

    tomar consci!ncia da sua experi!ncia, avaliala, verificala, corrigila, que

    exprime a sua tend!ncia inerente ao desenvolvimento para a maturidade, ou

    30

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    se&a, para a autonomia e para a responsa'ilidade$

    Maslo >R;Q>R@;. outro grande terico defensor da perspectiva

    (umanista desenvolveu a teoria da motivao centrada no conceito da auto

    reali*ao$ Segundo o mesmo este conceito transmite o desenvolvimento

    m/ximo dos potenciais de cada ser (umano$

    Cada pessoa atinge a autoreali*ao na medida em que procura

    atuali*ar os seus potenciais$

    . T"#ias G"stat

    Esta teoria tem com 'ase a representao glo'al de uma situao$ )s

    escolas da corrente dos tericos de campo so representadas na Westalt e

    suas teorias so centradas so're a atividade do indiv"duo$

    Para os representantes da corrente West/ltica psicologia da forma. a

    atividade e o comportamento do su&eito so determinados de acordo com o

    modo pelo qual v! e compreende a estrutura dos elementos da situao

    pro'lema$

    Para _offXa a percepo e pensamento no podem ser redu*idos a um

    acBmulo de sensa-es ou associa-es individuais, mas, so determinadas

    pela estrutura glo'al$

    Para Po*o >RQQ., o paradigma da aprendi*agem consiste na soluo

    de pro'lemas que tem como princ"pio o todo a glo'alidade. para as partes o

    todo no pode ser compreendido pela separao das partes. e na

    organi*ao dos padr-es de percepo$

    Em Po*o >RRQ., na Westalt, as ideias de _`(ler >R3R. so opostas

    aos princ"pios do associacionismo ou anticonstrutivista.$ Esta escola no

    aceita a concepo do con(ecimento como a soma de partes preexistentes$

    ) unidade m"nima de an/lise # a estrutura ou a glo'alidade$

    Je&eita a ideia de que o con(ecimento ten(a nature*a cumulativa ouquantitativa, de tal maneira que qualquer atividade ou procedimento poderia

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    transformarse em v/rias partes aleatoriamente separadas$ ) insist!ncia na

    estrutura glo'al dos fatos e dos con(ecimentos concede maior import+ncia 6

    compreenso do que a simples acumulao de con(ecimentos$ 5sso fe* com

    que ert(eimer em >RU distinguisse o pensamento reprodutivo do

    pensamento produtivo$ % pensamento reprodutivo se constitui de

    con(ecimentos previamente adquiridos 6 situa-es novas e o pensamento

    produtivo por sua ve*, implica no desco'rimento de uma organi*ao

    perceptiva ou conceitual, com relao ao pro'lema a ser tratado, isto #, a

    compreenso real do pro'lema, como compreender o pro'lema que #

    vanta&oso em relao a simples aprendi*agem mnem=nica ou reprodutiva$

    5sso porque essa compreenso resulta mais f/cil de ser generali*ada a

    outros pro'lemas estruturalmente semel(ante$

    Para este autor, o'ter a soluo produtiva de um pro'lema # algo

    fundamental para a compreenso do mesmo$ Para que ocorra uma soluo

    produtiva de um pro'lema, # necess/rio captar aspectos estruturais da

    situao al#m de elementos que a comp-em$

    .1 Ges"l" 0 A#"ndi9ag"/

    % psiclogo ert(eimer >RU. utili*ase da (istria da ci!ncia como

    /rea de estudo da psicologia do pensamento e da aprendi*agem$ Este autor

    considera que cada um dos mecanismos de aprendi*agem associativa

    corresponde a um mecanismo alternativo nas concep-es gest/lticas $

    ert(eimer considera ainda que a associao # como a compreenso

    da relao estrutural entre uma s#rie de elementos que necessitam uns dos

    outros, auxiliando dessa forma a captar as rela-es entre os elementos

    dentro da estrutura$ % 1ensaio e erro2 deixaria de ser aleatrio incerto., para

    se converter em uma comprovao estrutural de (ipteses significativas$ %

    aluno aprende reinterpretando seus erros e acertos, compreendendo asra*-es estruturais que o tornaram poss"vel$

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    ) compreenso de um pro'lema para ert(eimer est/ vinculada a uma

    tomada de consci!ncia de seus aspectos estruturais ou 1insight2, que

    significa 1ac(ar su'tamente a soluo para uma situao dif"cil2, 1perce'er

    rela-es entre os elementos de uma situao2$ % 1insig(t2 s # poss"vel

    quando uma situao de aprendi*agem # arran&ada de maneira que se possa

    o'servar todos os seus aspectos$ Se (ouver a omisso de qualquer um dos

    aspectos, no ocorrer/ o 1insight, portanto, no (aver/ soluo$

    Se um pro'lema tiver v/rias estruturas e alguma delas resultar mais

    imediata ou mais f/cil para que o su&eito perce'a a reestruturao dessas

    estruturas vai se apresentar mais facilmente, mais imediata$

    8a teoria da Gestalt o su&eito tem v/rias formas de aprendi*agem, que

    so: g#ada%& di7"#"ncia%& assi/ia%& " #"d"7ini%&.

    ) aprendi*agem por g#ada%& implica em esta'elecer um

    relacionamento sucessivo entre as v/rias partes de algo perce'ido$ _`l(er,

    em seus experimentos, demonstrou que o aluno quando do in"cio de sua

    aprendi*agem, perce'e a forma total, a Gestalt das coisas$ % autor

    aconsel(a que o ensino inicial para os alunos, deve ser composto de frases e

    palavras completas oportuni*ando o esta'elecimento deste tipo de relao$

    Em uma frase completa, o aluno perce'e as s"la'as e as letras$

    % processo de di7"#"ncia%& consiste em destacar, no toda uma parte

    do o'&eto que se est/ perce'endo$ 5sso ocorre quando um elemento #

    apresentado em diferentes situa-es, permitindo que a mente o destaque

    como sendo o mais notado entre os demais, ou como sendo uma figura,

    permitindo que as partes restantes formem o fundo$ Este princ"pio # c(amado

    de princ"pio da unidade dentro da variedade de diferentes situa-es, sendo

    uma condio de extrema import+ncia para que se diferencie um elemento

    entre os demais$ Como exemplo, podese apresentar no in"cio da

    aprendi*agem uma mesma palavra em v/rias frases de modo que a mesma

    se destaque$ Como por exemplo: Gili tem uma ata0 ) ata nada no lago0 )spenas da ata so 'rancas$ )inda no processo de di7"#"ncia%&, existe um

    33

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    segundo princ"pio que permite o destaque de um elemento da situ leitura,

    introdu*se aos poucos alguns fatores novos entre os &/ con(ecidos$ 8um

    texto, por exemplo, aparecem, dentro de sentenas &/ con(ecidas e muito

    repetidas, algumas formas gr/ficas novas$

    % processo de #"d"7ini%& consiste em perce'er um mesmo est"mulo

    de modo inteiramente novo, segundo a situao total ou a forma que ele se

    apresenta, ou se&a, sua posio em relao aos demais est"mulos ou ainda

    segundo a nature*a dos outros est"mulos componentes da situao em que

    ele nos # apresentado$

    % processo de assi/ia%& segue ao de diferenciao, onde uma parte

    da situao total # destacada pelo processo de diferenciao, tornandose

    figura$ Esta figura pode se reunir 6s outras, constituindo novas estruturas

    pelo processo de assimilao$ Em relao 6 leitura, o aprendi*ado por

    assimilao ilustrase pelo fato de que o aluno no in"cio de sua aprendi*agem

    por assimilao # capa* de escrever uma palavra nova, a palavra camelo,

    por exemplo, por ter aprendido anteriormente as palavras 'oneca, menino e

    lo'o$

    ) Gestalt defende o car/ter inato das leis da percepo e da

    organi*ao do con(ecimento e, 'aseiase na categori*ao direta dos

    o'&etos, quase de forma imediata$ % pensamento encontra se mediado por

    estruturas de conceitos de nature*a e origens muito diferentes$ ) tomada de

    consci!ncia ou insight adquire dimens-es diferentes em um e outro caso$ )

    tomada de consci!ncia conceitual requer uma reflexo a respeito do prprio

    pensamento que, necessariamente, no est/ presente no insight perceptivo$

    % su&eito somente pode tomar consci!ncia de algo que &/ est/ presente nele,

    em'ora se descon(ea as etapas precedentes$

    Essa teoria contri'ui com alguns conceitos que em'ora em sua

    formulao inicial se&am vagos ou pouco operacionais, lem'ram conceitos

    nucleares de uma teoria de aprendi*agem alternativa ao associacionismo$)ssim, ela esta'elece diferenas entre o pensamento reprodutivo e produtivo

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    consiste na compreenso real do pro'lema., e em conseqO!ncia entre a

    aprendi*agem mnem=nica e compreensiva considerando a aprendi*agem

    compreensiva um produto do insight, ou reestruturao sB'ita do pro'lema$

    Esta estruturao est/ vinculada ao conceito de equil"'rio que # desenvolvido

    por Piaget$

    . T"#ias AssciacinistaH "Ka$i#ista ?C/#ta/"ntais/

    Essas teorias se 'aseiam na similaridade das tarefas$ ) aprendi*agem

    consiste em gravar respostas corretas e eliminar as incorretas$ )

    transfer!ncia da aprendi*agem ocorre 6 medida que existem elementos

    id!nticos em duas situa-es$

    Segundo [arros >RRQ. os associacionistas t!m como principal

    pressuposto explicar que o comportamento complexo # a com'inao de

    uma s#rie de condutas simples$ %s precursores 3L dessa corrente foram

    Edard G$ T(orndiXe e [$ N$ SXinner e suas respectativas teorias do

    comportamento reflexo ou est"mulo e resposta$

    .1.1 Assciacinis/ 0 A#"ndi9ag"/

    ) aprendi*agem esta'elece novas rela-es que tem como fundamento

    a lei da contiguidade proximidade.$ 7e acordo com essa lei, as associa-es

    se formam entre as experi!ncias ou as tarefas reali*adas pelo su&eito, entre

    os elementos est"mulo perce'ido ou resposta fornecida pelo prprio su&eito$

    5sso ocorre quando esses elementos se encontram prximos uns dos outros

    quer no espao ou no tempo$

    Segundo [ill e Noris(a >R@Q., o conceito de aprendi*agem de

    T(orndiXe, consiste na formao de laos associativos ou conex-es que so

    os processos de ligao de acontecimentos f"sicos, est"mulos e mentais,

    perce'idos ou sentidos$

    ) aprendi*agem # o processo de selecionar e associar as unidadesf"sicas e as unidades mentais que so perce'idas ou sentidas$ Este processo

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    # passivo e mec+nico$ % termo 1selecionar e associar2, # con(ecido

    popularmente pelos educadores e psiclogos como 1ensaio e erro2$

    ) aprendi*agem corresponde 6 atividade de gravar respostas corretas e

    eliminar as incorretas ou desagrad/veis, isto #, dentro de um processo de

    recompensas ou opini-es$ Este processo denominase 1Gei de Efeito2$

    .1.2 "Ka$i#is/HA#"ndi9ag"/

    % comportamento segundo a psicologia # compreendido para poder

    prev!lo e se poss"vel modific/lo$

    Segundo [arros >RRQ., a relao est"muloreposta # demonstrada

    atrav#s do esquema de comportamento EJ, onde E significa est"mulo ou

    con&unto de est"mulos e J significa reao ou resposta$ So're este esquema

    podese di*er que um est"mulo provoca uma reao ou resposta. ou uma

    1reao ou resposta. # provocada por um est"mulo2$

    9m aspecto central do comportamento como corrente associacionista #

    seu anticonstrutivismo$ Sua teoria # do tipo EJ est"mulo e resposta.$ Todo o

    comportamento, por mais complexo que se&a, # redut"vel a uma s#rie de

    associa-es entre elementos simples, ou se&a, entre est"mulos e respostas$

    % comportamento tem sido definido como 1o con&unto das rea-es ou

    respostas que um organismo apresenta 6s estimula-es do am'iente2$

    [arros, >RRQ, p$>R.$ % comportamento # classificado em inato ou natural

    invari/vel., adquirido ou aprendido vari/vel. e em respondente ou operante$

    8o comportamento inato ou natural invari/vel., os seres da mesma

    esp#cie apresentam rea-es quando rece'em determinado est"mulo$ )o

    contr/rio no comportamento adquirido ou aprendido vari/vel., as rea-es

    necessitam de aprendi*agem para se processarem quando o organismo

    rece'e o est"mulo$

    ) aprendi*agem # definida como sendo a modificao do

    comportamento ou aquisio de novas respostas ou rea-es$ Toda aaprendi*agem consiste em condicionar respostas$ ) aprendi*agem oral, da

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    linguagem escrita, por exemplo, so rea-es apresentadas a v/rios

    est"mulos devido a certas condi-es de experi!ncia anterior [arros >RRQ.$

    Para exemplifica com muita clare*a como se d/ a aprendi*agem pelo

    processo de condicionamento: quando se mostra a uma criana uma fol(a,

    esta reage fa*endo a representao mental do o'&eto$ Se, ao mesmo tempo

    em que o o'&eto # mostrado, se disser a palavra 1fol(a2e se repetir esta certo

    nBmero de ve*es, a criana c(egar/ a pensar no o'&eto apenas por ouvir a

    palavra$ 8este caso aprende a significao da linguagem falada$ Mais tarde,

    podemos mostrar o o'&eto enquanto a criana ol(a a palavra impressa$

    Tempos depois, o o'&eto, um retrato do o'&eto, a palavra falada, escrita

    ou impressa podem se ligar 6s palavras francesas 1la feuille2, e reagindo aos

    est"mulos simult+neos, a criana c(egar/ a pensar no o'&eto ao ver a palavra

    francesa$

    8a concepo 'e(aviorista, educar seria esta'elecer

    1condicionamentos2 na inf+ncia$ SXinner, em seus experimentos, o'servou

    que uma reao # repetida quando # seguida de um efeito agrad/vel$

    Edard Gee TorndiXe formulou a Gei do Efeito que considera que o

    organismo tende a repetir a reao do efeito agrad/vel$ Este efeito que

    ocorre aps o su&eito apresentar uma reao # c(amado de reforo positivo$

    E, de acordo com [arros >RRQ., # um requisito necess/rio para que ocorra a

    aprendi*agem$ neste sentido que o su&eito do 'e(aviorismo # passivo, e a

    aprendi*agem no # uma qualidade intr"nseca do organismo, mas necessita

    ser impulsionada a partir do am'iente$

    SXinner apud [arros >RRQ. conceitua os reforos como eventos que

    tornam uma reao mais freqOente, e aumentam a pro'a'ilidade de sua

    ocorr!ncia$ %s reforos se classificam em positivos e negativos$ %s reforos

    positivos consistem na apresentao de est"mulos, no acr#scimo de um

    evento 6 situao$ %s reforos negativos por sua ve*, consistem na remoo

    de um evento$ 8estes dois tipos de reforos, o efeito ser/ o mesmo e apro'a'ilidade da resposta ser/ aumentada$

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    %s reforos positivos se constituem na apresentao de est"mulos, no

    acr#scimo de alguma coisa a situao e os reforos negativos # a remoo

    de alguma coisa da situao$ Classificamse tam'#m em prim/rios e

    secund/rios$ 8os reforos prim/rios a apresentao de est"mulos # de

    import+ncia 'iolgica, e o reforo secund/rio # a apresentao de um

    est"mulo, que antes era neutro, passa a associarse a est"mulos de

    import+ncia 'iolgica e sua propriedade reforada foi adquirida como, por

    exemplo, o elogio, o sorriso, o din(eiro, etc$

    % organismo (umano seria ento, controlado pelas conting!ncias

    prim/rias naturais., e nisso consiste o processo de educao ou treinamento

    social, isto #, aumentar as conting!ncias de reforo e sua frequ!ncia

    utili*andose de sistemas organi*ados, pragm/ticos, que lanam mo de

    reforos secund/rios associados aos prim/rios naturais.$ ) finalidade dessa

    associao # de o'ter determinados comportamentos preesta'elecidos, se&a

    com maior ou menor rigor$ % o'&etivo do reforo #, portanto, tornar uma

    resposta frequente, ou se&a, evitar a extino remoo. de uma resposta do

    comportamento do su&eito$

    .1.3 Aica%& n P#c"ss Ensin5a#"ndi9ag"/

    Segundo Mi*uXami >RQ., no ensinoaprendi*agem os comportamentos

    dos alunos so listados e mantidos por condicionamentos e reforadores

    ar'itr/rios tais como elogios, graus, notas, pr!mios, recon(ecimento do

    professor e colegas, prest"gio, etc$0 os mesmos esto associados com uma

    classe reforadores mais generali*ados como o diploma, vantagens da futura

    profisso, a aprovao final do curso, status, etc$

    % ensino para SXinner, corresponde ao arran&o de conting!ncias para

    uma aprendi*agem efica*$

    Este arran&o depende de elementos o'serv/veis na presena dos quaiso comportamento ocorre, se&a uma resposta, um evento antecedente um

    38

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    evento consequente reforo. e fatores contextuais$

    ) proposta de aprendi*agem ser/ estruturada de maneira a dirigir

    os alunos pelos camin(os adequados que condu*iro ao comportamento

    final dese&ado$ )inda segundo SXinner, o comportamento (umano #

    modelado e reforado, o que implica em recompensa e reforo$ Para

    proceder 6 an/lise comportamental do ensino, # necess/rio considerar os

    elementos do ensino, 'em como as respostas do aluno, pois o ensino #

    composto por padr-es de comportamento, seguindo o'&etivos prefixados$

    8o comportamentalismo, o (omem # considerado como uma

    consequ!ncia das influ!ncias do meio am'iente # considerado como produto

    do meio e este podem ser manipulados$

    Para que a formulao das rela-es entre o organismo e seu meio

    am'iente se&a adequada, # necess/rio considerar tr!s aspectos: a ocasio

    na qual a resposta ocorreu 6 prpria resposta e as consequ!ncias

    reforadas$ ) relao entre esses elementos constituem as conting!ncias de

    reforo$

    SXinner considera que qualquer am'iente f"sico ou social, deve ser

    avaliado de acordo com seus efeitos so're a nature*a (umana$ Para este

    autor, o con(ecimento tem como 'ase a experi!ncia plane&ada, sendo

    resultado direto da experi!ncia$ Sua preocupao, portanto, no # com a

    aprendi*agem, e sim com o comportamento o'serv/vel$

    ) educao est/ intimamente ligada 6 transmisso cultural, pois dever/

    transmitir os con(ecimentos assim como os comportamentos #ticos, pr/ticos

    e sociais$ So (a'ilidades consideradas '/sicas para a manipulao e

    controle do mundoam'iente cultural, etc.$ ) educao tem como o'&etivo

    '/sico promover mudanas dese&/veis no su&eito$ Essas mudanas

    implicariam na aquisio de novos comportamentos e tam'#m na

    modificao dos comportamentos &/ existentes$

    ) escola direciona os comportamentos dos alunos segundodeterminados finalidades social$ % conteBdo pessoal ser/ socialmente aceito$

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    %s conteBdos program/ticos sero esta'elecidos e ordenados numa

    sequencia lgica e psicolgica$ mat#ria de ensino apenas o que # redut"vel

    ao con(ecimento o'serv/vel e mensur/vel$

    Jefer!ncias [i'liogr/ficas

    )8T98ES, C. Jogos para a estimulao das inteligncias mltiplas. Petrpolis,

    40

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