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Direito Processual Civil Curso Fraga prof. Luiz Tubencklak Estudos da Jurisdição, da Ação e do Processo. Jurisdição – é a função poder do Estado de compor conflito de interesses caracterizados por uma pretensão resistida = lide. É inerte, só atua mediante provocação. Competência é o limite da jurisdição. Ação : Direito que têm a pessoa de exigir do Estado prestação jurisdicional. Competência pode ser: Interna ou Externa - Art. 88/90 CPC Competência Corrente – art. 88 CPC Competência Exclusiva da Autoridade Judiciária Brasileira – art. 89 CPC Emenda Constitucional 45 – STJ é competente para homologar sentença estrangeira. Competência Interna: a) Absoluta – determinada pelos critérios matérias ou funcional (pessoa ou hierárquica), não pode ser modificado nem ser prorrogada, será sempre incompetente. Obs.: O valor de causa não fixa competência. Exceção Juizado Especial Federal. Matéria: Família, órfãos e sucessões e empresarial. Obs.: Comarca s/varas especializadas – observa-se o CODERJ hierarquia – mandado de segurança contra o governador do Estado deve ser impetrado no TJ. b) Relativa – Territorial Domicílio do Réu (para ações pessoais de ações reais imobiliárias). A incompetência absoluta pode ser argüida a qualquer tempo pelas partes, através de simples petição. O réu deve argüir a incompetência absoluta no 1º momento, através de preliminar de contestação, art. 301, II CPC. Se o réu não argüir no prazo da resposta a incompetência relativa, o juiz torna-se competente através da prorrogação de competência. página 1

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Galera, tô deixando disponível pq eu tenho coinsciência social de que nem todos podem pagar R$ 600,00 a R$ 800,00 para fazer um preparatório pra 1ª fase da OAB/RJ.Então estou postando o material do curso fraga no Estado do Rio de Janeiro, ok?Forte abraço,Patrícia

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Estudos da Jurisdição, da Ação e do Processo. Jurisdição – é a função poder do Estado de compor conflito de interesses caracterizados por

uma pretensão resistida = lide. É inerte, só atua mediante provocação. Competência é o limite da jurisdição.Ação : Direito que têm a pessoa de exigir do Estado prestação jurisdicional.

Competência pode ser: Interna ou Externa - Art. 88/90 CPCCompetência Corrente – art. 88 CPC

     Competência Exclusiva da Autoridade Judiciária Brasileira – art. 89 CPC

Emenda Constitucional 45 – STJ é competente para homologar sentença estrangeira.

Competência Interna:a) Absoluta – determinada pelos critérios matérias ou funcional

(pessoa ou hierárquica), não pode ser modificado nem ser prorrogada, será sempre incompetente.Obs.: O valor de causa não fixa competência. Exceção Juizado Especial Federal.Matéria: Família, órfãos e sucessões e empresarial.Obs.: Comarca s/varas especializadas – observa-se o CODERJ hierarquia – mandado de segurança contra o governador do Estado deve ser impetrado no TJ.

b) Relativa – TerritorialDomicílio do Réu (para ações pessoais de ações reais imobiliárias).

A incompetência absoluta pode ser argüida a qualquer tempo pelas partes, através de simples petição. O réu deve argüir a incompetência absoluta no 1º momento, através de preliminar de contestação, art. 301, II CPC.

Se o réu não argüir no prazo da resposta a incompetência relativa, o juiz torna-se competente através da prorrogação de competência.

Art. 100 CPC – Competências Territoriais.

Da Ação – direito público, subjetivo, abstrato, autônomo, condicionado ao preenchimento das condições da ação.– Condições da Ação: legitimidade, interesse e possibilidade.– Carência da Ação: não preenchimento das condições da

ação, acarreta a extinção de ação sem julgamento do mérito. Art. 267, VI CPC.

  Legitimação Interesse de Agir, Possibilidade Jurídica.– Legitimação ad causam

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Legitimação Ordinária – quem requer esta sofrendo resistência de sua pretensão. Tem que requere direito próprio em nome próprio.

Legitimação Extraordinária – legitimação concorrente – requer direito alheio em nome próprio.

Substituição Processual – prevista em lei. É diferente de sucessão processual (quando a parte falece e os herdeiros tornam-se parte).

– Interesse de Agir - caracterizado pelo binômio necessidade e adequação. A tutela jurisdicional deve ser adequada (a ação deve ser adequada).

– Necessidade – existe o direito e a ação é necessária para o mesmo ser satisfeito. Jurisdição Contenciosa – a pessoa já tentou todas as

vias e tem sua pretensão resistida.Carência de ação pode ser argüida no 2° grau de jurisdição.

Jurisdição Voluntária – a necessidade deve ser a 1ª via, única forma de opção. Direito de ação. Ex.: Ação de Separação, Inventário.

Possibilidade Jurídica do Pedido. Verifica-se na lei se o mesmo é impossível. Quando não há causa de pedir causa de pedi existe inépcia da inicial e não carência de ação.

Elemento da Ação:Partes, Fatos e Fundamentos e Pedido.

Inépcia quando falta o elemento da ação – art. 282 CPC

Parte autor e réu – art. 234 CPC

Litisconsórcio é pluralidade de partes.Ativo

Quanto ao pólo PassivoMisto

Quanto ao Momento da Formação Anterior/Inicial – ocorre do momento da propositura da ação – art. 264 CPC

Ulterior / Incidental – quando ocorre com o processo em curso; quando incorre numa intervenção de terceiro. Art. 54, 75 e 77 CPC.

O litisconsórcio se divide: Facultativo – art. 46 CPC – pode se formar ou não, depende da

vontade das partes. Tanto no pólo ativo quanto no passivo.

Necessário – art 47 CPC – somente no pólo passivo, no pólo ativo limitaria o exercício do direito de ação. Se dá por determinação legal ou pela natureza jurídica.

Pela lei art. 10, § 1º CPC; art. 942 CC – usucapião ; cobrança por fiador casado desde que haja ortoga da esposa.

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Pela Natureza Jurídica – ação de consignação em pagamento por não (dúvida) saber (quanto), a quem pagar.Oposição (quando terceiro se impõe contra o autor e réu de uma determinada ação).

Quanto aos Efeitos da Sentença Simples – quando a sentença puder atingir os litisconsortes de

maneira diferenciada. Unitário – sentença única para os litisconsortes. Via de regra, o

litisconsorte necessário é unitário.

Pressupostos Processuais Subjetivos1) Capacidade Ad Causam – quem tem personalidade jurídica

para figurar como parte. O representante do menor é substituto processual.2) Capacidade Processual (ad processo) – quem tem

capacidade jurídica de fato.3) Capacidade Postulatória – bacharel em Direito

regularmente inscrito nos quadros da OAB.Obs.: O MP tem capacidade postulatóriaSe faltar capacidade Ad Causam acarreta a extinção do processo sem julgamento do mérito.Se faltar capacidade processual e postulatória suspende-se até a regularização.

Ação:1) Ação de Conhecimento ou Cognição.Para que o juiz tenha conhecimento da matéria, do Direito que sofre ameaça para a prestação da tutela jurisdicional, que pode ser:

Declaratória (ação de investigação de paternidade) Constitutiva e Desconstitutiva – Ação de Retrovenda Condenatória – (quando o juiz determina cumprimento

de algo descumprido).Ação Mandamental – o juiz ordena direito líquido e certo – Hábeas data, mandado de segurança, embargo de terceiro.Ação executiva lato sensu – em que a sentença tem força executiva, não necessita a execução.Art. 461 e 461 A CPC – ações de obrigação de fazer e entrega de coisa móvel/imóvel.

2) Ação de Execução - não se busca o conhecimento e sim a satisfação do direito através de medidas coercitivas sobre o patrimônio do devedor. Art. 584 (judicial) e 585 (extra-judicial) CPC – Títulos Executivos.

3) Ação Cautelar – para garantir uma medida assecuratória que garanta o direito. Tanto a cautelar quanto a antecipação de tutela:

Remédio – juiz defere para situação de risco para difícil reparação. Sanção – quando há manifestação proposta pela parte.A antecipação de tutela para ser concedida tem que ter verossimilhança e prova inequívoca, e é necessária a reversibilidade.

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Ação Cautelar Incidental – O juiz pode indeferir de ofício. Ex.: execução provisória.A antecipação de tutela tem que ser a requerimento da parte.Ação Cautelar – medida de proteção do processo.Medida de Antecipação de Tutela – medida de proteção à pessoa.A cautelar é apartada.A antecipação é requerida nos próprios autos ou na inicial.

Ação de Conhecimento.Processo de conhecimentoCritério matéria qualquer que seja o valor

Comum Sumário – art. 275, II CPC. Ordinário – 60 Salário Mínimo

Residual – quando a lei exigir _ por exclusão

Especial – Sumaríssimo Júris Contencioso Júris voluntário

JEC (juizado especial criminal)Estaduais – lei 9099/95 - procedimento facultativoFederais – lei 10259/01 – procedimento obrigatória

JEC EstaduaisI – até 40 salários mínimoII – Art. 275, II CPC

MatériaDespejo para uso próprio (12 X o valor da causal).Possessório ate 40 salários mínimos.Salvo Micro Empresa.

JEC FederaisI – valor da causa ate 60 salários mínimoII – pessoa jurídica Direito Público Federal

Empresa Pública Federal

Petição Inicial – art. 282 CPC – Requisitos        I - CompetênciaII - Partes

RéuAutor

III – Fatos (motivo) e Fundamentos (conseqüência) => Causa de pedirIV – pedido = conclusão lógica dos fatos e fundamentos – senão o pedido extingue sem julgamento do mérito. Pedido Certo e Determinado.

Se não for cumprido esses requisitos:

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Há INÉRCIA da inicial Próxima = fundamental Remota = fatos

Exceção pedido genérico na espécie porque o gênero é certo e determinado. Art. 286 CPC

1) Ações Universais2) Quando não for possível determinar.3) Quanto ao ato for praticado pelo réu.

Expresso na Petição Inicial - ImplícitoArt. 290 CPC – prestações periódicas (vencida e vincendas).Art. 293 CPC – Juros – Súmula 2545 STFAstas e Honorários

Classificação do Pedido- Simples – formula pedido, cumulado – formula-se vários pedidos, cada

pedido e independente.- Sucessiva – ação de aumentos de acumulados com paternidade- Incidental – art. 325 CPC => Ação de Declaração Incidental

Alternativo vários pedidos e você só se satisfaz com um.

Sucessivo / subsidiário. Formulam vários pedidos mais o pedido só conhece do primeiro (principal) se desfazendo do 2º.

Onerosidade excessiva – é subjetivo. Depende do juiz.

V – valor de causa – art. 259, art. 282, art. 288 e 289 CPC, regra vantagem econômica que sequer com a Ação.

VI – Protesto por provas (específico)Documental

VII – Protesto por Citação Via Postal Oficial de Justiça

Pessoal Representante legal Com hora certa Carta

– Precatória – outra comarca contígua – juízo de mesma instância. Art 230 CPC.

– Rogatória - réu domiciliado em outro país.– Ordem – determinada por Tribunal Hierarquicamente

Superior Edital (ficta) (exceção) depois de todas as tentativas

(depois de tentar a pessoal. Depois da LINS (lugar incerto não sabido) - ausente

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A citação é presumidaSe o réu prevalecer revel se aplica a REVELIA

Art. 9º CPC – CuradoriaPZ – depende do processo

Ordinário – 15 diasComum

Conhecimento Sumário - AIJEspecialJEC => AIJ

Cautelar 5 dias

Próprio: para as partesPrazo

Impróprio: para os Juizes

Dilatório – pode ser modificado pelo juiz ou convenção das partes.Peremptórios – não pode ser modificado, salvo caso de catástrofe.Preclusivos – perda do direito de alegação do pedido.

Art. 277 CPC  Prazo <= DA/MP => 4 X => (art. 188 CPC)

Litisconsórcio – art. 191 CPC.

Seu assistido pela defensoria – lei 1060/50.

Resposta do Réu (ônus processual)- Exceção- Contestação- Reconvenção

O réu sendo citado pode permanecer inerte, a inércia gera três situações:1) Matéria de Fato – o juiz decreta a Revelia e aplica a pena de confissão,

procedendo ao julgamento antecipado da Lide (art. 319 e 330, II CPC).

2) Art. 320 CPC – o juiz pode aplicar a revelia sem a pena de confissão => Revelia sem confissão. O réu revel não será mais intimado dos atos processuais nem da sentença – art. 322 CPC

    3) Matéria de Direito – não leva a Revelia.

Fato – Art. 319 CPC – revelia com confissão Art. 320 CPC – Revelia sem confissão => Art. 324 CPCInércia Art.  324.  Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando que não ocorreu o

efeito da revelia, mandará que o autor especifique as provas que pretenda produzir na audiência. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973).Direito

Rec. Jurídico do Pedido – art. 269, II CPC =/= Confissão

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RÉU AUTOR/RÉUArt. 269,II Art. 269, IResposta do Réu Meio de ProvaNo prazo de resposta Após o prazo de resposta

Nomeação a AutoriaArt. 67 CPC = prazo de resposta – modalidade de intervenção de terceiro (provocada) = pode ser recusada.Se fizer a nomeação a autoria não se faz contestação, pois depende da dupla aceitação.

Denunciação da Lide / Chamamento ao ProcessoDeverão ser apresentados simultaneamente (dentro do prazo da contestação).

Processos Apensos Impugnação ao Valor da Causa – art. 261 CPC Impugnação a Gratuidade

Resposta do Réu – Exceção Incompetência Relativa (somente no prazo da resposta) => Réu (argüido) =>

JuízoPodem ser argüidos no prazo da resposta

- Impedimento => qualquer tempo em qualquer grau de jurisdição – art. 134 CPC

- Suspeição => no prazo de 15 dias quando fica evidenciada a suspeição – art. 135 CPC       

Impedimento

Reta - impedimentoParte

Colateral 3º grauJuiz

Reta - impedimentoAdvogado

Colateral 2º grau – impedimento

Contestação:Princípio da eventualidade ou concentração dos atos processuais. Toda matéria de defesa tem que ser argüido na contestação. Fatos alegados devem ser impugnados = fato incontroverso (fato

verdadeiro) Contestação tem que ser especifica inclusive o defensor Público, salvo: advogado dativo, curador especial, e órgão do MP. Art. 302 CPCContestação:

Processual – art. 301 CPC – compete ao réu alegar Dilatória Absoluta – declina para o juízo competente Peremptória – se reconhecida extingue o

processo tendo julgado o mérito.página 7

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Podem ser argüidas em qualquer momento. Exceto: compromisso – art. 301, § 4º CPC.

Mérito Direta – o réu de forma especifica. Ônus da

prova cabe a que alege (autor) – art. 333, I CPC. Indireta =/= reconhecimento jurídico do

pedido – ônus da prova cabe ao réu. Art. 333, II CPCO art. 301 CPC, faz coisa julgada, litispendência, perempção, conexão, continência.

Coisa julgada Litispendência

PerempçãoPerda do direito de ação, ser der causa por três vezes

Conexão ContinênciaEspécie de conexão = identidade das partes e de causa de pedir sendo o pedido de um é mais abrangente compreende o pedido do outro.

P P P P Art. 268 § único Art. 253, I CPC Art. 104 CPC

CP CP CP CP P P P P

CP CP P P

P P P P CP CP CP CP P P CP CPTransito em julgado – coisa julgado material

Art. 253 CPC P P P PArt. 267, III Art. 267, I

P

Art. 267, V CPC   Art. 267, V CPC

P = parte; CP = coisa de pedir; P = pedido

Exemplo: Acidente de Transito = arts 94, 100, 106 CPC.

Art. 106 - Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar. – Remissão Art.219 CPC.

Prevenção – é pela distribuição – Art. 253 CPC

Reconvenção não cabe no sumário e sim pedido Contraposto.Não cabe pedido contraposto em caso de perempção.Não cabe no processo sumário e nos juizados especiais, art. 278 § 1º CPC, art 31 lei 9099/95 – cabe formulação de pedido contraposto.

O pedido reconvencional deve guardar conexão a matéria de defesa ou da ação principal.

Não cabe reconvenção na ação dúplice (onde a ação tem os dois lados da moeda) Ex: Reintegração e prestação de contas.Não cabe reconvenção da reconvenção.

Art 317 CPC

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I – Postulatório – art. 330, II CPC

II – Fase Julgamento conforme Estado do ProcessoArt. 323 a 327 CPC => 10 dias.

Providências Preliminares1) Art. 324 CPC – Intimar a parte para especificação de provas.2) Art. 325 CPC combinado com Art 5º CPC - Ação Declaratório Incidental

não cabe no sumário. Ex.: Sentença ou Decisão Interlocutória; Réplica – impugnação da contestação

3) Art. 326 CPC – Contestação de Mérito Indireta – Modificativo institutivo, impeditivo.Art. 327 CPC – Contestação Processual – matéria de ordem pública

Se for de mérito direto não há réplica.

Saneamento – art 301 CPC.

Art. 331 CPC – Audiência Preliminar (é facultativa – por força do § 3º art 331 CPC) se o direito admite transação (direito patrimoniais e disponíveis)

Houve AcordoArt. 269, II CPC – Homologação do acordo.Art. 269 - Extingue-se o processo com julgamento de mérito:

II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido;

Não Houve AcordoDespacho Saneador1) Fixa os pontos controvertidos (objeto da prova);2) Decidir as questões processuais pendentes que não importe em

extinção do processo;3) Determinar as provas a serem produzidas;4) Designação de Audiência de Instrução e Julgamento se necessário de

produção de prova oral.

Ao despacho saneador cabe Agravo de Instrumento, pois tem natureza decisória.Prova – destina-se a comprovação de fato. Excepcionalmente prova de direito. Se estiver contido no Direito Federal não cabe. Art. 337 CPC

Probatória / Instrutoria.Art. 332 CPC

Princípio da Valoração da Prova.1) Livre Convencimento ou convenção intima2) Prova Legal – a lei da prova os valores a serem adotados. Art. 401 CPC

3) Livre Convencimento motivado ou persuasão racional – o juiz tem livre convencimento motivado mas tem que fundamentar. Art. 93, IX CF/88.

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ÔNUS DA PROVAÔnus da prova é o encargo, atribuído pela lei a cada uma das partes, de

demonstrar a ocorrência dos fatos de seu próprio interesse para as decisões a serem proferidas no processo. O Artigo 333, I do Código de Processo Civil institui as regras gerais de caráter genérico sobre a distribuição do encargo probatório as partes:O instituto do ônus da prova possui três princípios prévios:O juiz não pode deixar de proferir uma decisão;As partes possuem a iniciativa da ação da prova, ou seja, possuem o encargo de produzir as provas para o julgamento do juiz;O juiz deve decidir segundo o princípio da persuasão racional (hipossuficiência e/ou verossimilhança), ou seja, segundo o alegado e comprovado nos autos e não segundo sua convicção pessoal.Para Humberto Teodoro Junior diz que é “e” hipossuficiência e verossimilhança.A Inversão do ônus da Prova tem se dá ate o despacho saneador.Percebemos que os incisos I e II do Art. 333 do CPC instituem o ônus da prova para autor e réu, respectivamente. Enquanto o parágrafo único do mesmo artigo institui regras para disposição entre as partes do ônus da prova. Assim sendo, fatos constitutivos são os fatos afirmados na Petição Inicial pelo autor, cabendo a ele prová-los. Em contrapartida, ao réu cabe provar a existência de fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor.

O parágrafo único do mesmo Art. 333 do CPC permite as partes disporem o ônus da prova, exceto para direito indisponível de determinada parte, ou quando é excessivamente difícil a uma parte provar seu direito, cabendo, neste caso, a inversão do ônus da prova a parte contrária, caso essa tenha mais facilidade para provar ou repudiar determinada alegação. Nesse sentido, podemos citar o Art. 6º, VIII do Código de Defesa do Consumidor que permite a inversão do ônus da prova em benefício do consumidor “quando, a critério do juiz, por verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente segundo as regras ordinárias da experiência”. Percebemos, neste caso, que o objetivo norteador do juiz é à busca de quem mais facilmente pode fazer a prova.Quanto ao ônus da prova, consideramos o fato provado independentemente de que provou, pois cada parte deve provar os fatos relacionados com seu direito, sendo indiferente a sua posição no processo.

OBJETO DA PROVAOs objetos da prova são os fatos pertinentes e relevantes ao processo, ou seja, são aqueles que influenciarão na sentença final.É necessário ressaltar que os fatos notórios, aqueles fatos que são de conhecimento geral, não estão sujeitos a provas, assim como, os fatos que possuem presunção de legalidade.Excepcionalmente, o direito pode ser também objeto de prova. Tratando-se de direito federal, nunca. Assim, “apenas se tratar de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário o juiz pode determinar que a parte a que aproveita lhe faça a prova do teor e da vigência (Art. 337 CPC)”

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MOMENTOS DA PROVA:De modo geral, podemos considerar como três os momentos da prova:

REQUERIMENTO: A princípio a Petição Inicial (por parte do

autor); A Contestação (por parte do réu);

DEFERIMENTO: No saneamento do processo o juiz decidirá sobre a realização de exame pericial e deferirá as provas que deverão ser produzidas na Audiência de Instrução e Julgamento;

PRODUÇÃO: A prova oral é produzida na Audiência de

Instrução e Julgamento, porém provas documentais, por exemplo, podem ser produzidas desde a Petição Inicial.

A prova testemunhal é produzida na Audiência de Instrução e Julgamento.

MEIOS DE PROVAOs elementos trazidos ao processo para orientar o juiz na busca da

verdade dos fatos são chamados de meios de prova. O Código de Processo Civil elenca como meios de prova: Depoimento pessoal (Art. 342 a 347 CPC); Exibição de documentos ou coisa (Art. 355 a 363 CPC); Prova documental (Art. 364 a 399 CPC); Confissão (Art. 348 a 354 CPC); Prova testemunhal (Art. 400 a 419 CPC); Inspeção judicial (Art. 440 a 443 CPC); Prova pericial (Art. 420 a 439 CPC).

Porém, os meios de provas citados pelo Código de Processo Civil não são os únicos possíveis, como elucida o Art. 332 do CPC:

Os meios de provas devem estar revestidos dos princípios da moralidade e lealdade, além de existir a necessidade de serem obtidos de forma legal, ou seja, de modo licito e idôneo. Pois, caso não possuam os requisitos expostos, as provas serão consideradas ilegítimas e conseqüentemente não serão aproveitadas no julgamento do mérito da ação, os seja, não poderão ser objeto de fundamentação na sentença proferida pelo juiz.

PRESUNÇÕES:Presunção é um processo racional do intelecto, pelo qual do

conhecimento de um fato infere-se com razoável probabilidade a existência de outro ou o estado de uma pessoa ou coisa. Desta forma, podemos classificar presunções como:

PRESUNÇÃO RELATIVA (“júris tantum”) – São aquelas que podem ser desfeitas pela prova em contrário, ou seja, admitem contra-prova. Assim, o interessado no reconhecimento do fato tem o ônus de provar o indício, ou seja, possui o encargo de provar o fato contrário ao presumido;

PRESUNÇÃO ABSOLUTA (“jure et de jure”) – O juiz aceita o fato presumido, desconsiderando qualquer prova em contrário. Assim, o fato não é objeto de prova. A presunção absoluta é uma ficção legal;

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PRESUNÇÃO LEGAL – É aquela expressa e determinada pelo próprio texto legal.

PRESUNÇÃO “hominus” – Parte de um raciocínio humano, ou seja, parte de um indício e chega a um fato relevante. É necessário prova técnica quando o fato depender de conhecimentos específicos ou especializados.

A presunção legal liga o fato conhecido ao fato que servirá de fundamento a decisão.

VALORAÇÃO DA PROVAO sistema adotado pelo legislador brasileiro é o Sistema da Persuasão

Racional do juiz. Sendo o convencimento do magistrado livre. Porém, ainda que livre, deve ser racional conforme as provas descritas nos autos processuais. O material de valoração da prova deve encontrar-se, necessariamente, contido nos autos do processo, onde o juiz tem o dever de justificá-los e motivar sua decisão. Isso permite às partes conferirem que a convicção foi extraída dos autos e que os motivos que o levaram a determinada sentença chegam racionalmente à conclusão exposta pelo magistrado. É importante lembrar que as provas não possuem valor determinado, sendo apreciadas no contexto e conjuntamente com as demais provas, ou seja, seu peso é considerado única e exclusivamente pelo juiz.

Ao examinar a prova, o juiz busca, através de atividade intelectual, nos elementos probatórios, conclusões sobre os fatos relevantes ao julgamento do processo.

MEIOS DE PROVAS1) Depoimento Pessoal (Art. 343 CPC) =/= Interrogatório (Art. 342 CPC)

Depoimento pessoal (Art. 343 CPC) Interrogatório (Art. 342 CPC)Requerido pela parte contraria Ofício

É uma vez só Várias vezesSó acontece na AIJ A qualquer momento

Intimação pessoal – paga custas -Confissão -

Meio de Prova Meio de Convencimento

Faculdade para depoimento da Parte – Art. 347, II CPCFaculdade para depoimento da Testemunha - Art. 406, II CPC

A Testemunha que mentir em depoimento responde criminalmente.

2) Confissão (Art. 348 a 354 CPC). Do Autor e do Réu – fato comprovado. Espontânea – termos nos autos

Judicial Expressa – por escrito ou verbal Provocada

Confissão Presumida – quando decorre de previsão legal

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Extra-judicial – tem a mesma validade da confissão judicial – art. 353 CPC

       

Código civil também regula provas.

O art. 212 CC – Presunção: situações previstas em lei acerca de determinado fato.

A Revelia pode gerar uma confissão. A revelia pode ser uma conseqüência a confissão (não intimação da parte para os demais atos do processo).

3) Exibição de documentos ou coisa (Art. 355 a 363 CPC);Pode se dá através de procedimento preparatório. Art. 844 CC. Por exemplo cabe ao patrão pela guarda do cartão de ponto, pois o mesmo tem o dever de prova. Mas o credor não pode exigir do devedor cópia do recibo de quitação.

Se não for apresentada a coisa, documento ou coisa plausível é aplicada a pena de confissão que é diferente de Prova Documental. Art. 395 CPC.Art. 395.  A sentença, que resolver o incidente, declarará a falsidade ou autenticidade do documento.

4 - Prova documental (Art. 364 a 399 CPC) – tanto documento público quanto particular, com o mesmo valor probatório.Documento Público, por exemplo, pacto antenupcial, escritura de imóveis, etc. quando por instrumento público goza de presunção de veracidade pela interveniência do ente público – boa fé.Documento Particular – só tem efeito probatório quando aquele a quem se quer provar participar da sua confecção. Tem que ser carreada aos autos na inicial ou na contestação, no curso do processo, só se for decorrente de fato novo.Obs.: Os documentos juntados após a propositura da ação tem que garantir a parte contrária o contraditório , ate para que a parte possa argüir falsidade de documento, no prazo de 10 dias – jurisprudência.

Xerox – não precisa ser autenticados.Pode o Advogado Autenticar os Documentos conforme art. 544, § 1º CPC - recurso para o STF e o STJ – (trata do Agravo de Instrumento quando negado o segmento de Recurso Extraordinário).Incidente de Falsidade - prazo para contestação de 10 dias para autor e réu quando os documentos forem juntados pela parte contrária. O prazo é preclusivo para o incidente. Não para falsidade de documento se o processo estiver tramitando, deverá ser proposta uma Ação Autônoma de Nulidade.

5 - Prova Testemunhal (Art. 400 a 419 CPC)Quem pode ser testemunha, qualquer pessoa com exceção dos incapazes art. 405, § 1º CPC (menores de 16 anos, surdo, o cego para depor de fatos que

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dependam do sentido que lhe falta débeis), impedimento (parentesco) art. 405, § 2º CPC e suspeitos. – art. 405, § 3º CPC.O Juiz pode ouvir as testemunhas suspeitas ou impedidas. Art. 405, § 4º CPC.             6 - Prova Pericial – percepção sensorial – perito - (Art. 420 a 439 CPC).

Quando o juiz nomeia perito ou experiente para auxiliar na formação da sua convicção (nas áreas técnicas que o juiz não tem conhecimento) O juiz pode julgar contrário ao laudo pericial, desde que fundamente.

Art. 15 CPC – Princípio do Consentimento InformadoArt. 14, § 4º CDC – Responsabilidade Pessoal do Profissional Liberal.

7 - Inspeção judicial (Art. 440 a 443 CPC

Atos do Juiz –Art. 162 CPC Despachos de Mero Expediente Decisões Interlocutórias Sentenças

Decisões Interlocutórias – são aquelas em que o juiz põe fim em uma questão incidental, sem por fim ao processo, pois ele pode voltar atrás com recurso de agravo de instrumento ou retido. =/= de Questão Preferencial – questão incidental de caráter processual. Prejudicial = direito material não podem ser discutido no mesmo processo – discutidas e decididas em ação autônomas.

Art. 526 CPC

Esta petição é facultativa ou obrigatória é facultativa

Art. 463 CPC – Uma vez publicada a sentença o juiz perde seu ofício duas hipóteses que cabem juízo de retratação.

Art. 296 CPC – Juízo de Retratação – quando o juiz indefere a petição inicial apelando o autor poderá o juiz em 48 horas retratar sua decisão. Quando em sede de embargo de declaração houver efeitos infringentes.Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994).Parágrafo único.  Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente.  (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994).

Sentenças Terminativas – extingue processo sem julgamento do mérito. (art. 267 CPC)Sentenças Definitivas – extingue o processo com julgamento do mérito. (art. 269, I CPC)Sentença Terminativa – natureza declaratória.

Sentença Declaratória – imprescritível Existe prazo na lei = Imprescritível

Sentença Constitutiva / sentença Desconstitutiva – Não existe prazo na lei = Decadencial – art.

445 CPC

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Sentença Condenatória = prescritível sempre

MandamentalExecutiva “Lato Sensu”- art. 461 e 461A CPC

Requisitos da Sentença – art. 458 CPC – Relatório, Fundamentação, Dispositivo.Efeitos da Sentença

Formal - toda sentença faz efeito formal, ou seja, e por fim ao processo. É um efeito interno impede que aquela matéria seja discutida naquele processo. As sentenças terminativas só têm efeito formal – Art. 267, V CPC.

Também produz efeito material Material = Extrínseco

Impede que a matéria discutida seja novamente suscitada naquele processo ou em outro.

Vícios da Sentença – art. 128 combinado com o art 460 CPC Citra Petita;

Se caracteriza por uma comissão. O juiz deixa de dar uma Tutela Jurisdicional quando for formulado em pedido.Art. 515 § 3º CPC – Princípio da Causa Madura - processo esta pronto para ser julgado.

Principio da Dupla Sucumbência – art. 530 CPC - trata dos embargos de infringente.

Ultra Petita – o juiz julga além do pedido.Duas correntes, uma diz que é nula e outra diz que é valida

Extra Petita – o juiz julga fora do pedido.A Ultra Petita e Extra Petita violam o Princípio da Inércia.

Pressupostos Recursais1) Legitimidade – autor , réu, 3º prejudicado, MP – art. 499 CPC2) Interesse - a parte sucumbente

Sucumbência Recíproca - julgado procedente em parte. Se uma das partes recorre e a outra não, está pode recorrer no prazo das contra razões pelo Recurso Adesivo, que só cabe em 4 situações:– Apelação, Embargos Infringentes, Recurso Especial,

Recurso Extraordinário (art. 500 CPC)Só será apreciado e julgado se o recurso principal for deferido . se houver desistência do recurso principal, o adesivo vai pelo mesmo caminho.

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É possível recorrer sem que haja sucumbência? Sim, para alterar a fundamentação da decisão.

Pressupostos Objetivos:1) Adequação: a finalidade

Decisão Interlocutória => Agravo de InstrumentoSentença => Apelação

Princípio da Fungibilidade – Art. 273, § 7º CPCa) Boa-Féb) Não pode se tratar de erro grosseiro.c) Tem que preencher os requisitos do recurso que seria interposto.

Alexandre Câmara diz que só poderão ser recebidos pelo Princípio da Fungibilidade o Recurso Especial e o Recurso Extraordinário.

Processos que correm em apartado (ex.: Exceção de Incompetência Relativa) o juiz profere sentença. Doutrina Majoritária diz que cabe Agravo de Instrumento por serem incidentes processuais. (art. 17 lei 1060/50)Ex.: Benefício da Gratuidade: Correndo em apenso Sentença : cabe Apelação

Se for interposto Agravo de Instrumento, o juiz admitirá pelo Princípio da Fungibilidade – art. 273, § 7º CPC.

2) Tempestividade 05 (cinco) dias

– Embargos de Declaração– Agravo de Instrumento (Agravo Regimental ou Agravo Interno

quando indeferido a suspensão do feito) 10 (dez) dias

– Agravo de Instrumento – efeito devolutivo– Agravo Retido– Recurso de Inominado no Juizado Especial

15 (quinze) dias– Apelação– Embargos Infringentes– Recurso Especial– Recurso Extraordinário– Embargo de Divergência– Recurso Ordinário

3) PreparoPagamento de custas. Se não houve recolhimento o mesmo é declarado deserto.O Preparo é recolhido antes da interposição do Recurso, se recolher menor, é dado prazo de 05 dias para complementação. No JEC não há prazo para complementação, o recurso é julgado deserto.

Recurso que não tem Preparo: Embargo de Declaração

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Agravo Retido Agravo de Instrumento (que é interposto

para puxar o Recurso Especial ou Extraordinário que foram negados pelo Tribunal a quo STJ / STF).

Princípio da Unicidade ProcessualSó cabe um Recurso para cada decisão. Exceção:– Recurso Especial e Recurso Extraordinário (pode-se alegar

inconstitucionalidade e divergência de julgamento).

Efeitos dos Recursosa) Devolutivo: quando o recurso devolve para o Poder Judiciário para

instância superior. Ex.: Apelação, recurso Especial, Recurso Extraordinário, Agravo de Instrumento.

b)Não Devolutivo: quando devolve para o Poder Judiciário mas não para instância superior.

Exemplos: Embargo de Declaração, Embargos Infringentes, Embargo de Divergência, Recurso de Inominado no Juizado Especial Civil. Na prova da OAB é DEVOLUTIVO.c) Suspensivo: suspende os efeitos da decisão proferida. Ex.:

Apelação Exceções art. 520 CPC. Ação de alimentos (devolutivo); Despejo (devolutivo); Rejeição de Embargo (devolutivo); Processo Cautelar (devolutivo); Art. 558 CPC e §§ - pode ser deferido o efeito

suspensivo às hipóteses do art. 520 CPC..

Execução Provisório: quando de decisão que está sendo recorrida para recurso recebido no efeito devolutivo

Proferida a Sentença:interrompem o prazo para interposição da apelação. Terá 15 dias contados da decisão dos embargos de declaração. No JEC, não interrompe, só suspende.

Embargos de Declaração: para suprir omissão, obscuridade ou contradição.

ApelaçãoDa apelação cabe: Embargos de DeclaraçãoObs.: Dupla Sucumbência (art. 530 CPC) - quando uma parte ganha numa instância e perde na outra por maioria.

Requisito para embargos infringentes

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Dupla Sucumbência – art. 530 CPCDecisão Autor Réu Recurso

Sentença 1 0 ApelaçãoAcórdão 3 0 Réu

Recurso EspecialRecurso

ExtraordinárioAcórdão 2 1 Réu

Recurso EspecialRecurso

ExtraordinárioAcórdão 0 3 Autor

Recurso EspecialRecurso

ExtraordinárioAcórdão 1 2 Embargo de

Divergência

Se não houver dupla sucumbência, cabe recurso especial e extraordinário. Nessa fase do embargo de declaração sob necessários para pré-questionamento de divergência ou de inconstitucionalidade. O pré-questionamento é condição de admissibilidade para o recurso especial e extraordinário.

Se forem interpostos, o recurso especial e extraordinário, os mesmos devem ser interpostos simultaneamente até 15 dias. Depois da interposição, o recurso especial fica suspenso até o julgamento do recurso extraordinário. Se for procedente o recurso especial perde o objeto. Só será apreciado se o recurso extraordinário for julgado improcedente.Juízo de AdmissibilidadePara que o recurso suba, quando denegado recurso especial e extraordinário - cabe Agravo de Instrumento – Art. 544 CPC

Juízo de 1º Grau – Art. 526, § único CPCNo caso tem o prazo de 3 dias para apresentar os documentos que instruem o Agravo de Instrumento. Se o recurso especial subiu e foi julgado, cabe Embargo de Divergência para o Pleno.

Recurso Ordinário: cabe em três matérias – art. 539 CPC Mandato de Segurança, Mandado de Injunção, Habeas Data – julgados

em uma única instância pelos Tribunais Superiores Federais, tem que ser uma decisão denegatória; inciso I do art. 539 CPC.

Mandato de Segurança julgado em uma única instância pelo Tribunal Regional Federal ou pelos Superiores Tribunais de Justiça dos Estados quando denegatória a decisão. inciso II, Aliena “a” do art. 539 CPC

Execução:Ação em que se pretende a satisfação da execução para:

Título Executivo Judicial (art. 584 CPC) – execução por quantia certa. Ex. Alimentos ou Contra Fazenda Pública.

Título Executivo Extrajudicial (art. 585 CPC).

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A cobrança de honorários será sempre para procedimento sumário. Art. 584 CPC – Rol taxativo.

A execução é exclusivamente patrimonial.

Fraude contra Credores – quando o devedor aliena bens CONCILIO FRAUDIS – alienação gratuita. Que é diferente de Fraude à Execução – já existe uma ação capaz de reduzir o réu ao estado de insolvência. Se à parte na ação: Fraude à execução; se não tiver sido citada; Fraude contra Credores.

Procedimento da Execução.Execução de Titulo Executivo Extra Judicial: execução por quantia certa para entrega da coisa, obrigação de não fazer – a parte será intimada para cumpri-la. Não se faz execução.

Execução de Título Executivo Extra Judicial: cabe Embargo das matérias do art. 471 e 474 CPC, só há possibilidade de embargos das matérias do art. 471 CPC

a) Execução de Entrega de Coisa Certa / Incerta - título executivo extrajudicial – o devedor será citado para entregar a coisa no prazo de 10 dias sob pena de não fazer; expedição de mandado de busca e apreensão se bem móvel ou emissão da posse se bem imóvel.

b) Execução de Obrigação de Fazer – o devedor é citado para cumprir, sob pena de Astreintes (multa combinatória). O prazo é fixado pelo juízo na sentença.

c) Execução por quantia Certa contra Devedor Solvente – (TEEJ) – o devedor é citado para pagar no prazo de 24 horas sob pena de penhora. Se o devedor nomear bens a penhora para garantir o juízo (art. 655 CPC), deve observar o artigo 649 CPC (bens absolutamente impenhoráveis).

Aresto e Seqüestro – Art. 822 CPCDO ARRESTO: é medida cautelar que tem por fim apreender judicialmente bens indeterminados do devedor, como garantia de futura execução por quantia certa. Sua finalidade é afastar artifício fraudulento que fruste a execução ou lese credores. Podem ser preparatório ou incidente a uma ação de conhecimento condenatória ou de execução Requisitos básicos (art. 814): a prova literal da dívida líquida e certa e a prova documental ou justificação de alguma das situações prevista no art. 813. É possível audiência de justificação, em segredo de justiça e de plano, se necessário, para provar o preenchimento dos requisitos. Não haverá justificação se o pedido for da União, Estado ou Município ou se o credor prestar caução. O arresto converte-se em penhora, se procedente o pedido da ação principal. Fica suspenso: quando o devedor paga ou deposita o quantum debeatur mais honorários advocatícios e custas ou, ainda, quando dá fiador ou presta caução. Cessa com o pagamento, novação ou transação.

DO SEQÜESTRO: consiste na apreensão de coisa determinada, que é objeto de um litígio, a fim de resguardar a sua entre ao vencedor. Cabimento: quando há receio de dano ou dilapidação em bens específicos que estejam em disputa (ex. bens do casal). É diferente do arresto, que não há bens específicos e sim

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qualquer bem pode ser arrestado para garantia do pagamento de dívidas. Aplica-se as normas do arresto e é nomeado depositário dos bens.

Aresto SequestroCabe sobre bens moveis e imóveis para salvaguardar os bens.

Cabe sobre bens moveis e imóveis para salvaguardar os bens.

Pede-se de tantos bens quanto sejam necessários para garantir futura penhora.

Requer-se a apreensão dos bens deteminados, quando disputada a posse ou dominio de determinado bem. Defende-se a integralidade do bem para que se entregue a quem de direito.

Quando não cabe Sequestro, cabe Arrolamento de Bens em caso de receio de dilapidação dos bens. Art. 855 CPC – para união estável quando companheiro vai dilapidar o patrimônio.Arrolamento de Bens (cabe em todas as hipóteses não especificadas no art 822 CPC quando não cabe seqüestro).

O arresto pode ser tanto procedimento preparatório quando incidental.O seqüestro, só é incidental.

d) Execução Contra a fazenda Pública: é citada para oferecer embargos, no prazo de 10 dias. O prazo em 30 dias em casos específicos (INSS por exemplo). O prazo não é contado em quádruplo ou em dobro porque é uma ação incidental. – art. 730 CPC.Não cabe penhora, pois bens públicos são impenhoráveis. Habilitação nos créditos precatórios.

e) Execução De Prestação Alimentícia. – art. 7332 e 733 CPC

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