Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Manual de Utilizao de Explosivos em Exploraes a Cu Aberto

    1. Introduo

    A utilizao de explosivos na indstria extractiva uma prtica tradicional desde que

    foi verificado o efeito demolidor destas substncias, tendo-se generalizado com a

    introduo dos explosivos de segurana

    A busca da mel!oria das condi"es de segurana nas diferentes opera"es a realizar

    no fabrico, transporte, armazenagem e utilizao, a procura da economia nas

    opera"es de desmonte e da mel!or proteco do ambiente, t#m-se mantido no s$

    com a alterao e estabilizao da composio qu%mica dos explosivos e a sua

    experimentao mas tambm com a investigao e desenvolvimento de novas

    substncia explosivas

    A economia e a segurana t#m sido conseguidas com base na experimentao

    controlada e apoiada em bases cient%ficas A proteco do ambiente apoia-se nesta

    experimentao atravs do controlo das emiss"es de poeiras e pro&ec"es, da medio

    do ru%do e vibra"es transmitidas ao ar e aos solos e a sua comparao com os

    resultados da investigao

    ' a&ustamento das cargas aos efeitos dese&ados sob os pontos de vista de segurana,

    economia e ambiente, tem sido o incentivo para a continuao da investigao e

    desenvolvimento das caracter%sticas dos explosivos e da sua adaptao (s condi"esdo terreno

    )endo, no entanto, o con!ecimento e a segurana no manuseamento das substncias

    explosivas o ponto fulcral para a proteco do !omem e do ambiente, na formao e

    consciencializao dos utilizadores que assenta a boa prtica com estas substncias

    *ste trabal!o procura dar as bases para a utilizao dos explosivos em boas condi"es

    de segurana e proteco ambiental

    1.1 - e!inies

    Substncias explosivas- compostos qu%micos ou misturas de produtos qu%micos que

    podem produzir efeitos explosivos ou pirotcnicos

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    Efeitos explosivos- a libertao a grande velocidade de grandes quantidades de

    energia no ambiente, sob a forma de gases a alta temperatura e presso elevada, em

    resultado de uma reaco qu%mica na aus#ncia de oxignio gasoso ou de ar

    Plvoras - misturas de substncias explosivas que por aco de agente exterior

    podem deflagrar

    Explosivos - substncias explosivas que por aco de um agente exterior podem

    detonar

    Detonador- cpsula contendo um explosivo capaz de ser iniciado pelo efeito do calor

    libertado por uma fonte de calor ou uma aco mecnica

    Escorva/iniciador - detonador ou con&unto de detonador e reforador e meio de

    iniciao, utilizado para provocar uma exploso

    Mecha/rastilho- cordo constitu%do por um ncleo calibrado de p$lvora envolvido

    por um tecido e coberto com camada impermevel

    Cordo detonante- cordo com o ncleo de explosivo rpido envolvido por uma

    camada impermevel

    Pega de fogo- con&unto de tiros com uma sequ#ncia de rebentamento determinada

    para funcionar como um con&unto

    Esquea de fogo- modo de implantao e ordenamento de uma pega de fogo

    1." - Classi!i#ao dos explosivos

    's explosivos podem ser classificados em+

    lentos ou propulsores- quando a sua velocidade de combusto inferior a

    m.)eg

    r!pidos- quando a velocidade de combusto superior a m.)eg /asinferior a 0 m.)eg

    uito r!pidos - quando a velocidade de combusto superior a 0 m.)eg

    1uanto aos efeitos classificam-se em+

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    2racturante - quando devido ( velocidade da reaco o seu efeito de

    destruio do meio que o envolve, fracturando-o em pequenos blocos

    3eflagrante - quando devido ( lentido da reaco o seu efeito de rotura

    pelas fracturas existentes ou tombamento

    1uanto ( sensibilidade classificam-se em+

    sens%veis - quando por efeito de c!oque ou calor moderado o explosivo

    activado

    4ouco sens%veis - quando a iniciao s$ poss%vel com a utilizao de um

    detonador

    1.$ - Explosivos utilizados em minas e pedreiras

    As substncias explosivas com possibilidade de utilizao em minas e pedreiras

    dividem-se em p$lvoras e explosivos, podendo apresentar-se a granel ou

    encartuc!ados

    )o de uso comum+

    Plvoras"

    4$lvora negra

    4$lvora sem fumo

    Explosivos"

    A 5ranel+

    5ranulados 6mistura de nitrato de am$nio e gas$leo7

    *muls"es 6disperso em gua de substncias explosivas7

    *ncartuc!ados+

    4ulverulentos 6mistura de nitrato de am$nio e aditivos7

    *muls"es 6disperso em gua de substncias explosivas7

    3inamites 6compostos ( base de nitroglicerina.nitroglicol7

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    esi%nao #omer#ial dos explosivos produzidos em &ortu%al

    #ipo Coposi$o base

    Epresas produtoras

    SPE% EE& SEC

    Moura'

    Silva (

    )ilho

    *elatinosos Nitroglicol ou Nitroglicerina

    Gelamonite

    33

    Gelatina

    Dynaroc 7

    Dynaroc 5

    Gelatine

    Donarit 1Goma

    PulverulentosNitrato de amnio

    sensibilizadoAmonite

    *ranuladosNitrato de amnio e

    gasleoAmonleo

    Amonitral

    AmonitroAustinite Amonix

    Euls+es

    Soluo auosa de Nitrato

    de amnio! leos e

    emulsionantes

    S"elite #5

    S"elan #5

    Sigmagel

    $%5

    Sigmagel $

    &mulex

    Austimix'emulit

    1.'- etonadores

    's detonadores, conforme o modo de iniciao, dividem-se em+

    Pirot,cnicos- iniciados por uma c!ama conduzida atravs de um rastil!o

    El,ctricos- iniciados por uma corrente elctrica 8onsoante o tempo decorrido entre a

    iniciao e o rebentamento, dividem-se em+

    9nstantneos

    :etardados - com intervalo de ,0 )eg

    /icro-retardados - com intervalo de ; ou

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    *m funo do uso os detonadores classificam-se em+

    8psula de alum%nio - usados nos casos gerais

    8psula de cobre - usados em ambientes inflamveis

    )%smicos - com tempo de reaco inferior a um milisegundo 4ara trabal!os a grandes press"es de gua - so !ermticos at =g.cm;

    8onforme a intensidade de corrente necessria para iniciar um detonador, estes

    classificam-se em+

    )ens%veis - intensidade de corrente de segurana ,> Amp

    9nsens%veis - intensidade de corrente de segurana ,?0 Amp

    /uito insens%veis - intensidade de corrente de segurana < Amp

    Altamente insens%veis - intensidade de corrente de segurana ? Amp

    A identificao dos tipos de detonadores elctricos em funo da sensibilidade feita

    pela cor dos fios, conforme os quadros seguintes+

    Detonadores el(ctricos sens)*eis

    #ipo de detonador &ntervalo n-. de intervalos Cor

    9nstantneo -- @ermel!o-branco

    :etardo 0 ms 0 ; @ermel!o-azul

    /icro-retardo

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    /icro-retardo ; ms ; 0 8inzento-cinzento

    Detonadores el(ctricos Altamente insens)*eis

    #ipo de detonador &ntervalo n-. de intervalos Cor

    9nstantneo -- @erde-branco:etardo 0 ms 0 ; @erde-azul

    /icro-retardo

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    Manual de Utilizao de Explosivos em Exploraes a Cu Aberto

    ". Armazena%em

    ' explosivos e os detonadores so obrigatoriamente armazenados em pai$is e paiolins

    respectivamente, licenciados pela 4ol%cia de )egurana 4blica, assessorada pela

    8omisso de *xplosivos

    ".1 - Classi!i#ao e (i#en#iamento dos &ai)is e &aiolins

    2.1.1 - Classificao dos paiis e paiolins:

    a7 1uanto ( construo+

    4ai$is de superf%cie 4ai$is subterrneos

    b7 1uanto ( durao+

    4ai$is permanentes

    4ai$is temporrios - quando autorizados para serem utilizados por um per%odo

    limitado de tempo, normalmente de ; anos, prorrogvel por per%odos de ano,

    no podendo a lotao ser superior a ; 0 =g

    c7 1uanto ( instalao+

    4ai$is fixos

    4ai$is m$veis - so constitu%dos por caixas com lotao at 0 =g, a instalar

    num meio de transporte para conduo dos explosivos de um paiol fixo ao local

    de aplicao 3evem ser constru%das em material resistente, estanque e

    resistente ao calor )endo feitos em madeira devem ser revestidos

    interiormente por c!apa de zinco ou de alum%nio e pintados exteriormente com

    tinta pouco sens%vel ao calor e de cor clara

    d7 1uanto ( lotao+

    4ai$is de espcie - com lotao inferior a =g

    4ai$is de ; espcie - com lotao superior a =g e inferior a ; 0 =g

    4ai$is de

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    4aiolins fixos - com capacidade de armazenagem at ;0 detonadores

    4aiolins m$veis - com lotao at Bg de explosivo e destinados a ser

    transportados manualmente at uma distncia de 0 =m 3evem ser constru%dos

    em lona resistente ou couro malevel ou outro tecido resistente e impermevel

    2.1.2 - Licenciamento

    ' licenciamento feito pela 4ol%cia de )egurana 4blica, nas seguintes condi"es+

    -0--0 1 Paiis fixos

    ' licenciamento dos pai$is feito de acordo com o previsto no 3ecreto-Cei nD ?

    de 0 de ;0 de Iul!o

    's principais requisitos so+

    a7 :equerimento dirigido ao 8omandante-5eral da 4ol%cia de )egurana 4blica,

    acompan!ado de+

    - 4ro&ecto de execuo 6em triplicado7 que consta de+

    /em$ria descritiva contendo os elementos relativos ( construo e

    natureza dos materiais a empregar, o tempo de construo, a localizao

    do paiol e paiolim, a natureza e quantidade dos produtos explosivos aarmazenar, a origem, destino e tipos de embalagens a utilizar no

    acondicionamento e transporte dos explosivos e a descrio do terreno,

    sua situao e confronta"es

    4lantas, alados e cortes na escala + ou +0 com indicao do modo

    de distribuio das pil!as e do sistema de proteco contra os efeitos das

    explos"es e dos agentes atmosfricos

    4lanta de localizao ( escala +; abrangendo pelo menos o terreno

    inscrito num c%rculo de =m de raio com implantao dos servios de

    vigilncia permanente e de !abita"es, das vias de comunicao, lin!as

    de conduo de energia elctrica, lin!as telef$nicas, telegrficas e

    emissores de ondas !ertzianas

    b7 - 3eclara"es dos proprietrios dos terrenos 6assinatura recon!ecida7

    autorizando a utilizao do terreno para paiol

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    c7 - 8ertido da 8omisso de *xplosivos comprovando que o terreno permite

    satisfazer as condi"es de segurana

    d7 - 5uia comprovativa do dep$sito da importncia prevista na tabela A anexa ao

    3ecCei nD ? de

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    A licena, redigida conforme o modelo 999 e selada de acordo com a tabela 8

    6>J para o alvar, >J para as prorroga"es7 enviada ao interessado

    e comunicada ao 8omando-5eral da 4ol%cia de )egurana 4blica, ( 8mara

    /unicipal e ( 3elegao da 8omisso de *xplosivos da rea

    ' prazo de ; anos pode ser prorrogado ; vezes sendo cada prorrogao vlida

    por ano As prorroga"es so averbadas na licena e comunicadas (s entidades atrs

    referidas

    *mbora no previsto na legislao em vigor, existem & !omologados no mercado

    europeu tipos de paiol blindados e que so fceis de instalar, conforme o esquema

    &unto+

    *m *span!a esto !omologados pai$is blindados com as seguintes caracter%sticas+

    Caracter2sticasModelo

    3 4 C

    4eso E F;

    Cargura 6cm7 0E 0E

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    A zona de segurana de um paiol permanente no deve ser inferior a 0 metros e

    deve ser mantida limpa de produtos combust%veis ou facilmente inflamveis,

    sobretudo ervas secas e deve estar sinalizada

    Ga zona de segurana no devem existir constru"es, vias de comunicao ou

    lin!as de transporte de energia e telef$nicas, excepto as necessrias para ofuncionamento do paiol, ou emissores de ondas !ertzianas com pot#ncia superior a

    K

    1ualquer paiol permanente deve ser bem ventilado e ter instalado um pra-raios,

    devendo a sua ligao ( terra ser verificada de F em F meses

    A porta do paiol deve ser ampla e abrir para fora

    Go mesmo paiol no podem ser armazenados explosivos e p$lvoras

    's detonadores devem ser armazenados em paiolim separado e a distncia

    suficiente do paiol para evitar o rebentamento por simpatia 3eve ser constru%do

    em material no combust%vel

    ' rastil!o e as p$lvoras devero ser guardados, at ao momento da sua utilizao,

    em paiolins separados, reservados apenas a esse fim, que se mantero

    cuidadosamente fec!ados ( c!ave

    's produtos explosivos devero ser mantidos afastados do lume, de substncias

    facilmente inflamveis ou corrosivas e de locais onde se der a exploso de tiros e

    preservados da aco da !umidade, do c!oque e da corrente elctrica

    A lotao do paiol no pode, em caso algum, ser excedida

    's explosivos devem ser armazenados na sua embalagem de origemA arrumao dos explosivos deve ser feita de modo a no construir pil!as com

    mais de 0 cun!etes Go caso de no !aver prateleiras devem ser arrumados sobre

    dormentes de madeira e ficar um espao livre para a parede de pelo menos F cm

    's r$tulos dos cun!etes devem ficar ( vista para facilitar a identificao do

    explosivo e a data de fabrico Go caso de pil!as mltiplas deve !aver entre elas

    um espao m%nimo de m

    's cun!etes no devem ser arrastados, rolados ou mane&ados com brusquido

    Go interior do paiol no devem ser usadas ferramentas de ferro ou qualquer outro

    material capaz de produzir fa%scas ou possa carregar-se de electricidade esttica

    A abertura dos cun!etes, se no !ouver no paiol uma depend#ncia para o efeito,

    deve ser feita no exterior, a uma distncia no inferior a 0 metros

    A temperatura e !umidade no interior de um paiol devem ser controladas de modo

    a evitar temperaturas elevadas ou !umidade excessiva )e for caso disso, em

    tempo muito !mido, devem ser colocados no interior do paiol vasos abertos

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    contendo cloreto de clcio seco, na quantidade de =g. m

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    A carga e descarga dos explosivos deve ser feita com cuidado

    A sa%da do paiol, transporte, distribuio e devoluo dos produtos explosivos no

    utilizados devero ser efectuados por pessoas especialmente instru%das para o

    efeito e devidamente autorizados pelo director tcnico ou encarregado dos

    trabal!os

    ' transporte de explosivos entre o paiol e o local de utilizao ou de preparao

    das cargas deve ser feito em pai$is m$veis ou paiolins m$veis, conforme a

    quantidade a transportar

    4ara pequenas quantidades devem usar-se paiolins de madeira ou sacos de lona,

    couro malevel ou qualquer outro material resistente e impermevel, com

    capacidade inferior a =g, no devendo a distncia de transporte ser superior a

    0 =m

    Ga construo das caixas e sacos ser vedada a aplicao de qualquer material

    que possa produzir fa%sca

    As caixas e sacos devero estar munidos de fec!os seguros e correias de

    suspenso

    's detonadores e os explosivos no devem ser transportados na mesma viatura

    4ara pequenas quantidades devem ser transportados em caixas separadas,

    devendo os detonadores ser transportados na cabina da viatura

    's explosivos e as p$lvoras devem ser transportadas em paiolins separados

    As cpsulas detonadoras devero ser transportadas em caixas ou esto&os

    pr$prios's explosivos devem ser transportados nas embalagens de origem at ao local de

    utilizao salvo para quantidades inferiores ao peso da embalagem

    ' escorvamento dos cartuc!os deve ser feito no local de utilizao Lavendo local

    pr$prio para a preparao das escorvas, estas devem ser transportadas em

    separado dos restantes explosivos

    ' local de preparao das escorvas deve ter iluminao natural ou, se isso no for

    poss%vel, iluminao elctrica Go ser permitido o uso de iluminao de c!ama

    nua quando da preparao das escorvas

    Gos casos em que os produtos explosivos se&am transportados por locomotivastrolleM devero ser elaboradas prescri"es especiais para o efeito, a aprovar pela

    3elegao :egional da *conomia da rea ou pela 4)4

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    Manual de Utilizao de Explosivos em Exploraes a Cu Aberto

    '. Empre%o de &rodutos Explosivos

    '.1 - Cdulas de perador

    ' emprego de produtos explosivos na explorao de minas e pedreiras s$ poder

    realizar-se por pessoal !abilitado com cdula de operador

    4ara a obteno das cdulas de operador dever o interessado dirigir um requerimento

    ao 4residente da 8omisso de *xplosivos com assinatura recon!ecida, acompan!ado

    de+

    certido das suas !abilita"es literrias,

    duas fotografias,

    guia comprovativa de !aver depositado a importncia correspondente indicada

    na tabela N do 3ecCei nD ? de

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    que para a sua execuo necessita que o requerente adquira a cdula que

    pretende

    ' modelo de cdula em utilizao que se segue+

    As cdulas de operador s$ sero concedidas a indiv%duos que ten!am+

    mais de ; anos

    !abilita"es literrias m%nimas correspondentes ( escolaridade obrigat$ria

    sido aprovados no exame te$rico e prtico relativo aos produtos a manusear

    A elaborao dos programas dos exames, te$rico e prtico, a prestar pelos requerentes

    e a nomeao dos respectivos examinadores compete ( 8omisso dos *xplosivos

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    's exames de pessoal das minas e pedreiras podem ser feitos por tcnicos designados

    pela 8omisso de *xplosivos pertencentes (s 3elega"es :egionais do /inistrio da

    *conomia

    A validade das cdulas de operador de 0 anos, o qual pode ser renovado mediante

    requerimento apresentado na 8omisso de *xplosivos &untamente com ; fotografias ea declarao passada pela entidade que ten!a que empregar produtos explosivos

    A cdula de operador pode caducar e ser retirada quando o operador, na execuo dos

    trabal!os em que se empreguem explosivos, revele incria, incompet#ncia ou proceda

    em desacordo com as regras de segurana estabelecidas

    '." - Auisio e Empre%o de &rodutos Explosivos

    A aquisio e emprego de produtos explosivos, p$lvoras e artif%cios de iniciao carecede autorizao que deve ser requerida ao 8omando-5eral da 4ol%cia de )egurana

    4blica

    ' requerimento para a obteno da autorizao deve ser acompan!ado por+

    /em$ria descritiva dos trabal!os a realizar com indicao da sua localizao e

    durao,

    4lano de emprego de produtos explosivos a utilizar, indicando a sua natureza,

    as quantidades a explodir de cada vez e os tipos de dispositivos de iniciao a

    instalar,

    4lanta, na escala + indicando, a localizao das cargas, as dimens"es dos

    furos, as cargas previstas para cada furo e a sua distncia a edif%cios !abitados,

    a vias de comunicao e a outras instala"es

    A autorizao de aquisio e emprego de explosivos s$ poder ser concedida a

    entidades que dispon!am de pessoal !abilitado com cdula de operador

    correspondente ( natureza dos produtos a utilizar

    Gos pedidos de aquisio e emprego de produtos explosivos ou p$lvora negra devem

    ser mencionados a natureza, o nmero e a data das cdulas dos operadores

    encarregados da sua aplicao

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    As autoriza"es de aquisio e emprego de produtos explosivos t#m validade at ao

    final do ano a que correspondem, podendo ser prorrogadas at final de cada um dos

    anos seguintes

    '.$ - *e%ras Utilizao

    As entidades que utilizam produtos explosivos so responsveis por quaisquer

    acidentes que resultem do seu emprego

    Gas minas, pedreiras e demais actividades ligadas a este sector s$ devero ser

    utilizados os produtos explosivos aprovados pelas entidades competentes,

    devidamente encartuc!ados

    A manipulao e emprego de produtos explosivos s$ poder fazer-se por

    pessoal !abilitado com cdula de operador passada pela 8omisso de*xplosivos

    3urante qualquer fase de manipulao de produtos explosivos no ser

    permitido fumar ou foguear

    's cartuc!os de explosivos no podero ser cortados ou partidos excepto para

    usos limitados e concretamente definidos, devidamente autorizados, caso a

    caso, pela pessoa que, de acordo com a legislao, diri&a tecnicamente os

    trabal!os

    )$ ser permitido o uso de explosivos a granel quando as condi"es tcnico-

    econ$micas o aconsel!arem e as autoridades competentes o autorizarem

    's locais onde se empreguem explosivos devem estar sinalizados e vigiados de

    modo a evitar que pessoas estran!as se aproximem ou possam sofrer ou

    provocar qualquer acidente

    4.3.1 - Utilizao de plvora

    A p$lvora uma mistura deflagrante sendo a sua aco fracturante muito limitada O

    usada basicamente para aproveitar os efeito de empurro provocado pelos gases

    resultantes da deflagrao

    8omo regras bsicas de segurana, consideram-se+

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    A p$lvora ser exclusivamente utilizada sob a forma de cartuc!os, salvo se

    devidamente autorizada, pela entidade licenciadora, a carga a granel

    1uando os cartuc!os forem confeccionados pelo utilizador, devero tomar-se

    todas as precau"es necessrias para evitar o espal!amento de p$lvora no solo

    ou no vesturio e a sua inflamao

    's cartuc!os de p$lvora devero ser confeccionados ( luz do dia e fora dos

    locais de trabal!o e dos pai$is

    Go permitido o disparo de uma carga de p$lvora sem detonador, utilizando

    somente o rastil!o

    4.3.2 - Aert!ra de emala"ens

    Ga abertura dos caixotes com explosivos devero apenas ser usados cun!as emaos de madeira, ou de outro material aprovado pela 3:* da rea ou 4)4

    As embalagens de carto que transportem explosivos podero ser abertas com

    instrumentos metlicos no ferrosos, devendo, neste caso, proceder-se de

    forma que no entrem em contacto com agrafos metlicos

    4.3.3 - #$plosivos "elados o! deteriorados

    A dinamite e outros explosivos que este&am gelados, exsudados, fora do prazo

    de validade ou no se encontrem em perfeito estado de conservao no

    podero ser utilizados nem sequer introduzidos nos locais de trabal!o

    A descongelao de explosivos dever fazer-se no exterior, com as devidas

    precau"es

    's produtos explosivos que no se encontrem em perfeito estado de

    conservao devero ser imediatamente inutilizados no exterior, de acordo com

    as disposi"es legais em vigor

    4.3.4 - %evol!o 's produtos explosivos devero ser distribu%dos apenas para os locais a que se

    destinam e da forma prescrita pelo responsvel dos trabal!os

    Aos operadores s$ devero ser entregues as quantidades de produtos

    explosivos previs%veis para o trabal!o a executar

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    's produtos explosivos no utilizados sero de imediato devolvidos aos

    respectivos pai$is e paiolins

    4.3.& - 'reparao das escorvas

    3urante as opera"es de preparao das escorvas - colocao do rastil!o nacpsula detonadora e desta no explosivo ou colocao do detonador elctrico no

    cartuc!o - devero usar-se, quando a luz natural no for suficiente, iluminao

    elctrica adequada ou lanternas de c!ama protegida

    A cpsula detonadora a utilizar dever ser suficientemente forte para assegurar,

    mesmo ao ar livre, a detonao do cartuc!o escorvado

    As cpsulas detonadoras e o cordo detonante s$ devero ser aplicados no

    explosivo imediatamente antes da sua utilizao

    ' fundo do detonador deve ficar sempre virado para o lado do cartuc!o oposto

    ao de entrada

    A cpsula detonadora dever ser introduzida num furo feito num dos topos do

    cartuc!o de explosivo com um furador de material apropriado para esse fim,

    no podendo a sua entrada ser forada

    ' procedimento seguinte pode fazer-se como mostra a sequ#ncia de figuras+

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

    20/75

    Go ser permitido tentar remover ou investigar o contedo de uma cpsula

    detonadora, quer simples, quer elctrica

    Go ser permitido o uso, na mesma pega, de cpsulas detonadoras de tipo

    diferente

    4.3.( - Utilizao de )astil*os

    A utilizao de rastil!os no ser permitida quando a sua velocidade de

    combusto for superior a metro por minuto

    A velocidade de combusto dever ser verificada sempre que se receba nova

    remessa de rastil!o

    ' rastil!o dever ser cortado em esquadria e fixado ( cpsula detonadora com

    um alicate pr$prio para esta operao

    As opera"es podem processar-se como segue+

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    1. #ortar #omprimento su!i#iente ". tirar o detonador da #aixa detransporte

    $. introduzir o rastil/o at ao!undo do detonador

    '. apertar o detonador #om o ali#ate

    ' comprimento do rastil!o, quer para p$lvoras quer para explosivos, dever ser

    sempre de pelo menos ; m e dever permitir que fiquem, no m%nimo, ; cm

    fora do furo

    Ga parte do rastil!o que fica fora do furo no ser permitido fazer n$s

    Go permitido o uso de rastil!o em pegas de fogo com mais de 0 tiros a noser que se&am utilizados dispositivos que reduzam a 0 o nmero de

    acendimentos

    4.3.+ - Carre"amento

    's furos, antes de serem carregados, devero ser cuidadosamente limpos,

    eliminando os detritos de perfurao e a gua

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    ' dimetro do furo dever, em todo o seu comprimento, ser ligeiramente

    superior ao dos cartuc!os em uso, o que se verificar com um atacador

    calibrado

    's cartuc!os devero ser introduzidos no furo e, se necessrio, empurrados

    com um atacador pr$prio, de modo a evitarem-se os c!oques e os movimentosbruscos

    ' atacador ser de madeira ou de outros materiais adequados que, em

    contacto com as paredes do furo, no produzam fa%scas ou cargas elctricas e

    deve ter um dimetro ligeiramente superior ao do cartuc!o

    ' atacamento dever ser feito com gua, argila, matria pulverulenta

    dificilmente inflamvel e isenta de s%lica livre ou com outro material

    devidamente autorizado pela 3:* ou 4)4 e no ter um comprimento inferior a

    ; cm

    ' cartuc!o escorvado ser colocado sempre numa das extremidades da carga e

    com o fundo do detonador voltado para ela

    Ga utilizao de explosivos a granel, o mtodo de carregamento deve assegurar

    a continuidade do explosivo no furo, devendo, sempre que poss%vel, usar-se um

    aparel!o de carregamento apropriado

    *m terrenos muito mol!ados ou em que exista algum aqu%fero, os cartuc!os a

    utilizar devem ser feitos em material impermevel e o rebentamento deve ser

    feito o mais rapidamente poss%vel 3eve usar-se preferentemente um explosivo

    resistente ( gua e com densidade superior a esta

    o uso de explosivos do tipo das emuls"es especialmente recomendado para os

    trabal!os em presena de gua

    Go devem ser utilizados explosivos pulverulentos a granel em terrenos

    enc!arcados

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Go ser permitido introduzir no mesmo furo mais do que um cartuc!o

    escorvado, excepto em condi"es especiais devidamente &ustificadas e

    autorizadas pelas autoridades competentes

    Go ser permitido introduzir no mesmo furo um explosivo e p$lvoraP

    Go ser permitido manusear, utilizar ou permanecer &unto de explosivos

    durante a aproximao ou decurso de uma trovoadaP *stando & em curso o

    carregamento da pega de fogo, o operador deve+

    i ligar em curto circuito os ; fios das cpsulas detonadoras elctricas quer

    no caso de os furos & estarem carregados, quer no caso de as cpsulas

    se encontrarem fora das embalagens,

    ii fazer abrigar os trabal!adores de modo a evitar que possam ser col!idos

    por um poss%vel rebentamento,

    iii proteger-se logo que terminada esta operao, mantendo sob vigilncia

    a rea onde se procedia ao carregamento da pega

    Go ser permitido utilizar cpsulas detonadoras elctricas normais, a

    distncias inferiores (s previstas na legislao em vigor, relativamente (s

    esta"es emissoras ou receptoras de rdio e televiso, lin!as telef$nicas e de

    alta tenso, sendo os seguintes os valores+

    ist0n#ias Mnimas de +e%urana

    #ipo de eissores Distncias M2nias

    *missores de ondas !ertzianas

    - at ;0 K

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    - de a

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    As lin!as de tiro devero ser colocadas de modo a no poderem entrar em

    contacto com as lin!as de energia ou iluminao, tubos metlicos ou outro

    material condutor da electricidade

    Apenas o operador de explosivos poder ligar as lin!as de tiro (s cpsulas

    detonadoras e s$ o dever fazer quando tiver em seu poder o $rgo demanobra do disparador

    As liga"es ao disparador s$ devero ser feitas depois de verificada a

    resist#ncia do circuito com um o!m%metro devidamente aprovado e com os

    trabal!adores & abrigados

    's disparadores elctricos devero ter pot#ncia suficiente para garantir o

    acendimento de todos os detonadores e devem ser mantidos em perfeitas

    condi"es de funcionamento, para o que sero feitas revis"es e verifica"es

    peri$dicas

    A resist#ncia individual de uma cpsula dever ser verificada com o o!m%metro

    pr$prio para o efeito e nunca com um o!m%metro corrente

    Ga mesma pega no devero ser utilizadas cpsulas detonadoras elctricas de

    diferentes fabricantes ou do mesmo fabricante com caracter%sticas diferentes

    Go disparo elctrico no sero permitidas pegas com um nmero de

    detonadores superior ( capacidade nominal do disparador

    Gas pegas de fogo a cu aberto, antes do rebentamento de fogo e com a

    anteced#ncia requerida, sero utilizados sinais acsticos e visuais para mais

    eficazmente se impedir o acesso (s imedia"es do local dos trabal!os e avisar

    terceiros

    's sinais acsticos devero assinalar o in%cio e o fim da operao, como

    indicao para os sinaleiros abrirem ou fec!arem o trnsito

    1uando for necessrio colocar sinaleiros nas vias pblicas durante a operao

    de rebentamento de fogo, os mesmos devero apresentar-se com vesturio que

    crie confiana no pblico

    's sinaleiros devero utilizar bandeiras de tecido vermel!o com as dimens"es

    de ? cm x

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    1uando existirem curvas que dificultem a visibilidade, dever o sinaleiro

    deslocar-se de modo a ser perfeitamente vis%vel ( distncia de 0m

    )empre que !a&a pedreiras ou trabal!os cont%guos, devero ser combinadas as

    !oras de picar fogo e a colocao dos sinaleiros e do restante pessoal

    encarregado da segurana

    *m pegas de fogo subterrneas e se outro modo no estiver autorizado, os

    trabal!adores devem abandonar o local de trabal!o antes do disparo

    As pegas de fogo em trabal!os subterrneos devem ser disparadas no fim do

    relevo

    4.3. - )etoma do traal*o aps disparo

    - Antes de ser retomado o trabal!o dever o encarregado certificar-se de que no

    existe qualquer causa de perigo

    1uando se presumir que um ou mais tiros no explodiram, a frente ficar

    interdita, no m%nimo, 0 minutos ou !ora, consoante for utilizado o disparo

    elctrico ou o rastil!o

    A frente dever ser convenientemente lavada e escombrada

    Lavendo tiros fal!ados a frente ficar interdita at ( localizao e inutilizao

    dos explosivos no rebentados

    4.3.1/ - 0iros fal*ados

    's tiros fal!ados no podero ser abandonados sem o devido controle

    Go caso de tiros fal!ados, no ser permitido acender de novo o rastil!o ou

    utilizar o disparador para tentar a sua exploso

    1uando um tiro fal!ar dever lavar-se o furo com um dispositivo apropriado, de

    modo a retirar o explosivo, carregando-o de novo

    Ga situao de fal!a de tiros e ap$s o carregamento e disparo dos furos, dever

    !aver todo o cuidado na remoo do material abatido

    'utros processos podero ser utilizados desde que autorizados pelas entidades

    competentes

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    4.3.11 - inalizao dos f!ros

    's extremos de furos existentes numa frente depois do rebentamento, devero ser

    devidamente assinalados, no sendo permitido, em caso algum, o seu

    aprofundamento

    4.3.12 - Casos especiais

    *m casos especiais, devidamente ponderados, as 3irec"es :egionais do /inistrio da

    *conomia - 3:*Rs, ouvida a 8omisso de *xplosivos, podero autorizar o emprego de

    produtos explosivos em condi"es diferentes

    Manual de Utilizao de Explosivos em Exploraes a Cu Aberto

    2. ados &r3ti#os para a Estimativa de uma &e%a de 4o%o

    A quantidade e o tipo de explosivo a utilizar numa pega de fogo depende das suas

    propriedades, das dimens"es e posicionamento dos furos e do tipo de roc!a adesmontar

    i5 Propriedades dos explosivos"

    @elocidade de detonao - a velocidade a que as ondas de c!oque se deslocam na

    coluna do explosivo

    3ensidade - o peso por unidade de volume esta propriedade determina a quantidade

    de explosivo contida num furo e a possibilidade de afundar na gua

    4resso de detonao - a presso atrs da frente de detonao no plano de 8!paman-

    Iouquet A presso de detonao do iniciador deve exceder a do explosivo

    *nergia - a medida do potencial do explosivo para realizar trabal!o

    4ot#ncia - capacidade do explosivo para fazer trabal!o til

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    :esist#ncia ( gua - o nmero de !oras que o explosivo pode permanecer na gua e

    ainda explodir

    )ensibilidade ( detonao - a quantidade m%nima de energia, presso ou pot#ncia

    necessria para iniciar o explosivo O normalmente expressa pelo nD da cpsula

    detonadora que pode iniciar o explosivo

    )ensibilidade ( propagao - a distncia mxima, no ar, a que meio cartuc!o

    escorvado capaz de fazer explodir outro meio cartuc!o

    2umos - os gases t$xicos produzidos pelo explosivo

    9nflamabilidade - a facilidade com que um explosivo pode ser iniciado pelo fogo ou

    calor

    ii5 Propriedades da rocha"

    Lomogeneidade - ligada ( exist#ncia de estratificao, xistosidade, fal!as, fracturas e

    outros acidentes e ( sua frequ#ncia

    3ureza - a resist#ncia ( penetrao das ferramentas de corte na execuo dos furos

    3ensidade - o peso por unidade de volume

    2ragilidade - a aptido ( rotura sob o efeito de presso ou c!oque

    iii5 Caracter2sticas da pega de fogo"

    Altura da bancada - 6L7 - distncia na vertical entre a base e o topo da bancada

    Altura da carga 6!7 - comprimento do furo ocupado pela carga explosiva

    4edra - 6@7 - distncia entre o furo e a frente livre ou entre fiadas de furos

    consecutivas, medida na perpendicular ao furo

    *spaamento - 6*7 - distncia entre dois furos consecutivos medida paralelamente (

    frente livre

    3imetro dos furos - 6d7 - dimetro m%nimo verificado ap$s a execuo do furo

    8omprimento dos furos - 6l7 - distncia entre a boca e o fundo do furo

    9nclinao dos furos - 6a7 - ngulo agudo medido entre o furo e a !orizontal

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    2iada - furos dispostos na mesma lin!a paralela ( frente livre

    Gmero de fiadas - 6n7

    2.1 - 4a#tores ue In!luen#ia o C3l#ulo de uma &e%a de 4o%o emesmonte a Cu Aberto

    8aracter%sticas do macio roc!oso

    8aracter%sticas do explosivo

    8aracter%sticas dos produtos dese&ados

    8aracter%sticas da pega de fogo

    &.1.1 - Caractersticas do macio roc*oso

    As caracter%sticas principais a considerar quando se pretende estabelecer o esquema

    de pega de fogo dizem respeito ( exist#ncia de xistosidade e superf%cies de

    descontinuidade e sua posio relativamente ( frente de desmonte, ( orientao e

    importncia de fal!as e fracturas, ( cristalinidade dos componentes, dureza mdia e

    expansibilidade

    A influ#ncia destes factores sobre os efeitos da pega de fogo e sobretudo sobre o

    consumo de explosivo, deve ser determinada experimentalmente e a&ustada em face

    dos resultados obtidos e dos esperados

    Go clculo da pega de fogo usual utilizar-se um factor mdio obtido a partir de dados

    experimentais em forma"es semel!antes )egundo Cangfors o valor da constante de

    ,?0 =g.m

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    @elocidade de detonao

    3ensidade real de carregamento

    :esist#ncia ( gua

    &.1.3 - Caractersticas dos prod!tos deseados

    ' tipo de pega de fogo e do explosivo a utilizar depende essencialmente de+

    5ranulometria pretendida

    Afastamento da frente dos produtos desmontados

    4ro&ec"es

    &.1.4 - Caractersticas da pe"a de fo"o

    As caracter%sticas da pega de fogo esto dependentes dos factores atrs enunciadossendo de considerar+

    3imetro de perfurao

    4edra

    *spaamento

    8arga por furo

    3istribuio da carga no furo

    8arga total

    2." - C3l#ulo da &e%a de 4o%o

    4ara calcular uma pega de fogo devem ser considerados os seguintes factores+

    Altura pro&ectada para a bancada

    @olume a desmontar por pega de fogo

    *quipamento de perfurao

    Qipo de produtos a obter

    Qipo de explosivo a utilizar *squema bsico da pega de fogo

    &.2.1 - %imetro de perf!rao

    ' dimetro de perfurao pode variar entre ? e

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    A escol!a do dimetro funo de+

    Altura da bancada

    2ragmentao dese&ada

    :isco de pro&eco

    risco de ocorr#ncia de fracturas quer na base quer no topo da bancada

    2requ#ncia de grandes blocos no mesmo tipo de roc!a

    *conomia do desmonte

    ' dimetro do furo influencia+

    - /aior dimetro+

    Desvantagens

    maior granulometria mdia dos produtos obtidos,

    maior risco de blocos grandes,

    maior risco de pro&ec"es,

    maior facilidade de ocorr#ncia de fracturas indese&adas

    6antagens

    maior economia,

    mel!or adaptao a bancadas de altura mdia ou alta

    Stilizando as sries normais de perfurao, sugere-se+

    Altura da ban#ada em !uno do di0metro do !uro

    Dietro do furo - 785 3ltura 2nia 75 3ltura recoendada 75

    6T7 a ;,

    E0 6

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    ' valor mximo da pedra - @max- pode ser calculado como sendo+

    @maxU ,?0 x d 6dimetro do furo em mm7

    @pratU @max- 2 6desvio da perfurao U ,0 V ,< x l7

    4ode usar-se como aproximao

    @prat6metros7 W d 6polegadas7

    *ste valor, mais conservador, tem em conta o desvio normal em furos inclinados a

    cerca de >, onde ! lugar a uma correco da ordem dos < cm.metro de furo no

    sentido da verticalizao, isto , aumentando o valor da pedra

    &.2.3 - Comprimento do f!ro

    ' comprimento do furo funo da altura da bancada, da pedra e da inclinao

    ' seu valor, para uma inclinao de > ,+

    l U L V 6,E? x L7 V S 6sobreperfurao7

    sendo S U ,< x @prat

    &.2.4 - #spaamento

    ' espaamento, distncia entre furos da mesma lin!a, baseado em dados

    experimentais, +

    * U ,;0 x @prat

    &.2.& - Car"a por f!ro

    A carga de um furo englobado numa pega de fogo constitu%da por tr#s partes

    designadas por+

    8arga de fundo - 1fun

    8arga de coluna - 1col

    Atacamento - !at

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    (e%enda5

    b - #ar%a de !undoa -sobre!uraod -#ar%ade#olunae -ata#amentov -pedrav1-pedrareal/ -altura

    daban#ada

    ' con&unto da carga de fundo e da carga de coluna constitui a carga total do furo -

    1tot - e representa o peso do explosivo a introduzir em cada furo+

    1totU 1funV 1col

    1 Carga de fundo

    ' clculo da carga de fundo constitu%do por dois factores - peso do explosivo pormetro de furo 61fun.m7 e altura da carga de fundo 6!f7

    1funU 1fun. m x !fun

    sendo+

    1fmU l . x d;

    !funU ,< x @max

    ou se&a+

    8arga de fundo U carga . metro x < x pedra mxima

    1 3tacaento

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    ' atacamento tem muita importncia para evitar as pro&ec"es e garantir a efici#ncia

    do explosivo fec!ando a nica sa%da livre para os gases

    Gormalmente o comprimento do atacamento igual ( pedra prtica+

    !atU @prat

    1 Carga de coluna

    A carga de coluna determinada a partir da diferena entre o comprimento da carga

    total e o comprimento da cara de fundo, considerando a densidade de carga em cerca

    de 0X da densidade da carga de fundo+

    !colU l - 6!atV !fun7

    1col. m U ,?0 - ,0 x 1fun. m

    1colU 1col. m x !col

    1 Carga total do furo

    1totU 1funV 1colU ,0 x 1fun

    A carga total pode ser determinada em funo dos valores prticos do rendimento do

    explosivo, podendo usar-se como valor mdio ,?0 =g.m

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Qipo de roc!a - granito so

    @olume a desmontar - ton.pega

    Altura de bancada - F m

    8omprimento da frente - m

    C!lculos"

    Yrea a desmontar - .;,E.F U F; m;

    3imetro de perfurao - ;Z - 0 mm

    4edra mxima - ?0d U ;,

    8omprimento do furo - F V 6F x ,E?7 V 6,< x ;,

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    ;: A'0 ?,HEE E,0? E,F0; H,;

    0@ ;0'?0 F,0

    0? 0A'A; ,

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    ? 0.; F0 ;0 H,;

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    A carga calculada segundo o processo descrito prev# o desmonte da roc!a sem

    pro&ec"es assinalveis ' excesso de carga conduz a um espal!amento maior, o que

    deve ser verificado na sua aplicao

    @erificado o afastamento demasiado dos produtos, deve reduzir-se a carga unitria

    progressivamente at optimizar o processo

    =--?- 1 )ragenta$o

    A fragmentao afectada por vrios factores dos quais os mais importantes so+

    caracter%sticas do macio roc!oso

    propriedades do explosivo

    tipo e carga da pega de fogo

    rectido de execuo dos furos

    tipo e sistema de iniciao

    4ara se obter uma fragmentao !omognea e desprovida de grandes blocos, pode

    utilizar-se o esquema a seguir proposto+

    ' esquema &unto apresenta uma distribuio de furos, que tem por finalidade

    introduzir uma fiada intermdia entre a primeira e a segunda fiadas, sem alterar nem o

    nmero de furos previsto no clculo da pega normal, nem a carga espec%fica *sta

    distribuio permite reduzir o valor da pedra

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

    39/75

    ' grfico mostra a influ#ncia da carga espec%fica e da pedra sobre a granulometria

    mdia dos produtos obtidos

    A natureza da roc!a, a exist#ncia de xistosidade ou fracturao e a sua orientao sofactores determinantes para o tipo de fragmentao dos produtos obtidos

    ' tipo de detonadores influencia a fragmentao sendo os mel!ores resultados obtidos

    com multi-fiadas e detonadores micro-retardados com um intervalo do ordem dos ;0

    milisegundos 4ode usar-se como valor indicativo > milisegundos por cada metro de

    pedra

    =--?-> 1 #aqueio

    ' taqueio uma operao que consiste em fragmentar os blocos resultantes de umapega de fogo e que t#m dimens"es superiores ( capacidade da mquina de

    carregamento ou do equipamento de britagem a que se destinam

    4odem ser utilizados dois mtodos na operao de taqueio+

    - colocao do explosivo sobre o bloco

    - execuo de um pequeno furo para colocao do explosivo

    a7 - 8arga apoiada no bloco

    A colocao da carga deve obedecer a+

    - ' explosivo deve ser fracturante

    - A carga deve ser coberta com argila

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

    40/75

    - A carga espec%fica, de acordo com dados prticos, da ordem de , =g.m

    5

    Carga

    7g5,F ,

    ;, ,

    a7 - carga colocada em furo deve obedecer (s seguintes condi"es+

    - ' furo deve atingir o meio do bloco

    - A carga deve ser suficiente para partir o bloco 3ados prticos apontam para

    carga espec%fica o valor de ,F =g.m ; 3anos srios nas estruturas

    E E Ianelas partidas na sua maior parte

    F ; Ianelas mal consolidadas partidas

    0 Algumas &anelas partidas

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

    44/75

    ii5 1 6ibra$+es no solo

    As vibra"es no solo constituem o risco mais importante resultante do emprego de

    explosivos e portanto podem constituir a principal causa de dano As ondas de c!oque

    podem ser divididas em dois tipos+

    'ndas longitudinais - que provocam movimento longitudinal nas part%culas da

    roc!a

    'ndas transversais - que provocam um movimento transversal ao sentido de

    deslocamento da onda de c!oque

    A onda de c!oque definida por dois factores fundamentais

    amplitude 6A7

    frequ#ncia 6f7

    sendo afectada por quatro factores+

    quantidade de explosivo por tiro

    tipo de roc!a

    distncia entre o tiro e a estrutura

    tipo de material existente por baixo da estrutura

    As f$rmulas mais utilizadas para o clculo das vibra"es so+

    v U ;fA a U ?f;A;

    sendo+

    v U velocidade de vibrao 6mm.s7

    a U acelerao 6mm.s;7

    f U frequ#ncia da onda motriz 6!z7

    A U amplitude 6mm7

    As caracter%sticas do macio roc!oso influenciam os factores f 6freq#ncia espec%fica e v

    6velocidade 7 segundo as tabelas

    7elo#idade das ondas el3sti#as

    Material6elocidade das ondas 7/s5

    S 7transversais5 P 7longitudinais5

    Argilas, terras argilosas \ secas - ; ? - F

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Argilas, terras argilosas \ !midas - ; - ; H - ;0

    1uartzito, xisto ; - F ;0 -

    4reuBn#ia espe#!i#a !D

    Material )requFncia espec2fica

    Qerreno solto ?

    :oc!a branda ou partida ? - E

    :oc!a dura ou s$lida - ;

    A velocidade de vibrao em determinado ponto pode ser calculada pela expresso+

    onde+

    1 U carga detonada no mesmo instante

    : U distncia em metros

    = U 4armetro da roc!a ligado ( capacidade de disperso das ondas, tendo como

    valores normais+ ? para granito so, ; para roc!a branda e para roc!a solta

    A expresso, contida na f$rmula anterior+

    representa o n%vel de risco, que nos permite estimar os efeitos da carga sobre as

    estruturas colocadas ( distncia :

    E!eito da velo#idade de vibrao em #onstrues e nvel de ris#o

    6elocidade

    da onda

    7/seg-5

    0@@@ G 0=@@

    areia' gravilha

    caulino

    @@@ G >@@@

    Histo' calc!rio

    congloerado

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    de rebocos

    ? > 0 2racturas vis%veis ,;

    F 0 ;;0 2racturao grave ,;0

    E0 0 em !uno da dist0n#iaH'== %ranito soD

    2vel de

    risco

    Distncia

    75

    @'@@; @'@0= @'@> @'@A @'0 @'= @'=

    Carga e 9g/por nKero de detonador' co L ,0 ,< ,F ,; ,;0 0

    0 ,H ,> , 0,F

    ,;0 ,0 , ;, ?, >, F,

    ? ,? ,> ,F ;,0 0,; ,0 ;,

    ; ,E ,? ;,> 0,F , ;;, ??,

    ;0 , ;, ?, >, F, 0,0 , ;;, ??, >>, EF,

    >,0 F,0 ,

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    o maior nmero de retardos compat%vel com a expresso+ t

    6retardo em ms7 ] ;,0 x .f 6frequ#ncia espec%fica da

    formao em ms73esta expresso resulta, para uma roc!a

    medianamente dura 6f U Lz7, um intervalo de ;0 ms

    *vitar o rebentamento por simpatia entre cargas usando explosivos de baixasensibilidade ou espaamento suficiente compat%vel com o esquema de fogo

    iii5 1 Medi$o das vibra$+es

    4ara efeito de controlo podem ser executadas medidas das vibra"es induzidas no

    terreno pelo rebentamento dos explosivos

    's aparel!os usados para medir e registar as vibra"es so divididos em dois grupos+

    /ecnicos+ @ibr$grafo de 8ambridge, 8omb%grafo e Ampl%grafo

    *lctricos :egistadores Sltra-violeta e @ibracorder

    A Gitro Gobel desenvolveu um aparel!o que designou por @ibracorder que permite a

    leitura em cont%nuo de ? pontos distanciados de algumas centenas de metros /edem

    normalmente a velocidade de vibrao ou a frequ#ncia

    Ssualmente so usados aparel!os designados por sisgrafos que permitem um

    registo continuo das vibra"es a que est su&eita determinada formao geol$gica

    A componente de maior interesse para avaliao dos riscos a componente vertical da

    velocidade de vibrao ' registo permite calcular as outras variveis

    2.$ - ispositivos de disparo

    A iniciao de uma pega de fogo pode ser feita atravs de dois sistemas+

    3isparo pirotcnico - utilizando rastil!o para iniciao do detonador

    3isparo elctrico - utilizando uma corrente elctrica para iniciao do detonador

    ' rebentamento das cargas de uma pega de fogo pode ser feito por+

    rastil!o - limitado a cinco acendimentos

    3etonadores elctricos+ normais, retardados ou micro-retardados

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    8ordo detonante - iniciado com um ou mais detonadores elctricos

    ou pirotcnicos, consoante se pretenda ou no introduzir o efeito de

    retardo

    )istema nonel - iniciado com um detonador elctrico ou pirotcnico

    &.3.1 - 5niciao pirot6cnica

    A utilizao de rastil!o est condicionada pela legislao no podendo ser usada desde

    que o nmero de furos a iniciar se&a superior a 0 A utilizao de dispositivos de

    acendimento permite o rebentamento de pegas de fogo com mais do que 0 furos

    desde que o nmero de acendimentos no su&a superior a 0

    ' cartuc!o escorvado deve ser sempre o ltimo a introduzir no furo

    ' comprimento do rastil!o deve ser tal que a ponta medida a partir da boca do furo

    ten!a pelo menos ,0 metros

    ' acendimento do rastil!o podes ser feito com qualquer fonte incandescente sendo no

    entanto aconsel!vel a utilizao de acendal!as pr$prias para este efeito

    &.3.2 - 5niciao el6ctrica

    A iniciao do detonador feita pela passagem de uma corrente elctrica atravs de

    uma resist#ncia ligada a uma massa combust%vel de alta sensibilidade A inflamao

    transmitida directamente ou atravs de um temporizador ao explosivo do detonador

    As escorvas so preparadas com um detonador elctrico que deve ter um comprimento

    de fios suficiente para sair da boca do furo em cerca de ;, metros para facilitar as

    liga"es exteriores

    ' disparo feito com um explosor com capacidade suficiente para accionar a

    totalidade dos detonadores da pega de fogo

    As liga"es dos detonadores constituem com o explosor um circuito elctrico fec!ado

    que poder ser ligado+

    *m paralelo

    *m srie

    *m srie-paralelo - 8ircuito misto

    's esquemas correspondentes so+

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    ' rebentamento das pegas de fogo pode ser feito com+

    8ordo detonante

    3etonadores elctricos retardados e micro-retardados

    )istema nonel

    =->--0 1 Cordo detonante

    ' rebentamento feito utilizando cordo detonante como iniciador das cargas dos

    furos 9niciado o cordo detonante com um detonador elctrico ou pirotcnico, a onda

    de c!oque responsvel pelo rebentamento das cargas dos furos transmitida por este

    meio ao cartuc!o que serve de escorva

    3 4

    A ligao dos vrios troos de cordo detonante e no caso de no serem utilizados

    ligadores pr$prios 6esquema A7, deve ser feita de modo a guardar o sentido da

    detonao 6esquema N7

    's tipos mais correntes de ligao cordo detonante. cordo detonante, encontram-se

    indicados nos esquemas seguintes com indicao dos correctos e incorrectos+

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    As pegas de fogo com vrios furos e no caso de se pretender utilizar as vantagens do

    rebentamento com retardamento devem ser utilizados os retardadores pr$prios para o

    cordo detonante

    's retardadores esto dispon%veis no mercado com vrios tempos, sendo uma das

    sries+

    ,empos de retardamento em milise%undos para rels

    -. de rel, 0 > < = A ? ; : 0@

    :etardamento ;0 0 E0 ;> 0E H ;

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    ' esquema normalmente utilizado numa pega de fogo de vrios furos +

    Esuema de li%ao #om #ordo detonante e mi#ro-retardo

    ' nmero de atrasos na ligao e a carga mxima por tempo deve ser determinada de

    modo a tornar a pega de fogo segura

    @erificando-se que a velocidade de detonao do cordo detonante da ordem dos E

    m.)eg o rebentamento da carga dos furos ligados pelo cordo detonante semqualquer retardador simultneo

    =->-- 1 Detonadores el,ctricos retardados e icro1retardados

    A ligao de uma pega de fogo com detonadores elctricos retardados ou micro-

    retardados, pode ser feita+

    %iga$o e s,rie"

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

    52/75

    *esistBn#ia do #ir#uito5 *total *1J *"J *$K. J *nJ *lin/a

    %iga$o e paralelo"

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    *esistBn#ia do #ir#uito5 *total *Fn J *lin/a

    %iga$o ista s,rie1paralelo"

    *esistBn#ia do #ir#uito5 *total *lin/a J " x *DF1F" x nD

    =->--> 1 Sistea nonel

    As pegas de fogo que utilizam o sistema nonel para iniciao t#m o mesmo tipo de

    ligao mostrado para as pegas de fogo elctricas

    As diferenas entre o sistema nonel e o sistema elctrico so+

    a iniciao do sistema nonel feita com um detonador de qualquer tipo

    a iniciao do sistema elctrico feita por corrente elctrica

    no sistema nonel os detonadores dos furos so detonadas por onda de c!oque

    no sistema elctrico os detonadores dos furos so detonadas por correnteelctrica

    a ligao dos vrios detonadores no sistema elctrico feita ligando os fios

    a ligao dos vrios detonadores no sistema nonel feita por ligadores

    o sistema nonel insens%vel a correntes elctricas

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    o sistema elctrico sens%vel a correntes parasitas, correntes induzidas por

    campos electro-magnticos, tempestades, correntes induzidas por emissores de

    radio, etc

    &.3.3. - 7erificaes nas pe"as de fo"o el6ctricas

    =->->-0 1 JesistFncia do circuito

    A resist#ncia do circuito calculada em funo do nmero de detonadores e da sua

    classe, da quantidade de fio de ligao entre detonadores, do tipo de ligao dos

    detonadores e tipo e comprimento da lin!a de tiro

    %iga$o e s,rie"

    *total 9 x *n J l x *l J ( x *(

    onde+

    :total U :esist#ncia do circuito

    G U nmero de detonadores

    :n U :esist#ncia do detonador

    :l U resistividade do fio de ligao

    :CU resistividade da lin!a

    l U comprimento total do fio usado nas liga"esC U comprimento da lin!a

    Coponente uantidade JesistFncia unit!ria JesistFncia total

    3etonador < ,> o!ms ;

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Cin!a de tiro F m 6; fios7 ,0 o!ms.m F, o!ms

    :esist#ncia Qotal = >$N O

    %iga$o ista e s,rie1paralelo"

    Coponente uantidade JesistFncia unit!ria JesistFncia total

    3etonador ? ,> o!ms ,0 o!ms

    2io de ligao ;0 m ,0 o!ms.m ,;0 o!ms

    Cin!a de tiro F m 6; fios7 ,0 o!ms.m F, o!ms

    :esist#ncia Qotal E,EF o!ms

    *total 1>? J 1>?D F J 1>"2 J L>= >L

    =->->- 1 6erifica$+es

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Antes do rebentamento de uma pega de fogo utilizando detonadores elctricos deve

    ser feita a verificao do circuito elctrico para garantir a continuidade da passagem da

    corrente e a resist#ncia do circuito

    A operao de verificao feita com um verificador de circuitos - o!m%metro -

    calibrado para o efeito, de prefer#ncia fabricado por uma empresa credenciada parafabrico de aparel!os de segurana para utilizao com explosivos

    /mmetro 7eri!i#ador de #ir#uitos

    Antes de iniciar o carregamento da pega de fogo os detonadores devem ser verificados

    para se garantir que esto em bom estado e que a resist#ncia interna corresponde ao

    indicado pela etiqueta identificadora ou pelo tipo e cor dos fios de ligao *sta

    verificao pode ser feita por amostragem, medindo cerca de ;X do nmero de

    detonadores a utilizar na pega de fogo *sta operao feita em abrigo e com o

    detonador protegido

    Ap$s a ligao de todos os detonadores e da lin!a de tiro deve ser feita a verificao

    do circuito, & com o pessoal afastado da rea de influ#ncia da pega de fogo

    *sta operao feita com o o!m%metro deve indicar para o valor total da resist#ncia o

    valor calculado a partir das resist#ncias dos detonadores e da lin!a de tiro

    )e o circuito estiver interrompido ou algum dos detonadores com a resist#ncia

    avariada o valor ser diferente do calculado e deve ser feita a verificao furo a furo

    para determinar a origem da anomalia

    A primeira verificao a fazer a qualidade das liga"es dos diversos detonadores

    entre si e com a lin!a de tiro

    )e tudo estiver correcto e no se verificar o valor calculado devem ser verificados os

    detonadores individualmente para eliminar o que estiver avariado

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    A verificao dos detonadores furo a furo ou individualmente deve ser feita com a pega

    de fogo totalmente desliga e os fios do mesmo detonador ligados um ao outro, excepto

    o que estiver em verificao que ligado ( lin!a de tiro previamente verificada A

    medio feita do ponto de disparo

    =->->-> 1 Explosores

    ' explosor deve garantir a intensidade de corrente necessria para iniciar todos os

    detonadores da pega de fogo

    's explosores podem ser divididos em duas grandes classes+

    3inamoelctricos

    3e condensador

    's explosores 6actualmente so mais frequentes os de condensador7 so

    dimensionados pelo nmero de detonadores que podem disparar de uma s$ vez, sendo

    correntes as capacidades+ 0, F, ;? e F

    Explosores tipo 9A para pe%as de !o%o

    Explosor tipo 6oltagen-. !xio de detonadores

    S,rie e cada s,rie n-. de s,ries #N#3%

    8C 0

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Manual de Utilizao de Explosivos em Exploraes a Cu Aberto

    L. estruio de Explosivos e etonadores

    L.1 - Explosivos

    A utilizao de explosivos conduz frequentemente ao aparecimento de explosivos

    deteriorados devido a+

    Armazenagem em locais demasiadamente !midos /ol!agem acidental dos explosivos

    Qiros fal!ados

    *mbalagens rasgadas ou deterioradas

    *xsudao da nitoglicerina.nitroglicol

    's explosivos deteriorados devem ser tratados com maior cuidado que os explosivos

    em bom estado, sobretudos quando mostrem sinais de exsudao

    A nitroglicerina ou o nitroglicol quando exsudadas, explodem facilmente com um

    c!oque ou uma mudana brusca de temperatura

    ' nico processo de tratamento deste tipo de produtos a sua destruio que pode

    ser feita por tr#s vias+

    3estruio por combusto

    3estruio por exploso

    3estruio qu%mica por dissoluo

    4ode ainda ser admitido como forma de destruio, para quantidades limitadas e comcontedo em nitroglicerina.nitroglicol inferior a ?X, a sua imerso em guas

    profundas, designadamente no mar e sempre de acordo com a Administrao 4blica

    ' processo mais corrente a destruio por combusto ou por exploso, sendo apenas

    condicionado pelas quantidades a destruir e pelo local onde se pretende realizar esta

    operao

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    (.1.1 - Com!sto

    ' procedimento normal consiste em fazer uma cama de pal!a seca ou

    outros produtos com caracter%sticas semel!antes, com espessura

    suficiente para assegurar a propagao do fogo e onde se colocam os

    explosivos a destruir, procurando evitar o contacto entre eles *ste leito,

    sobretudo quando utilizado para destruir explosivos nitrados, deve ser

    activado com um pouco de ou outro combust%vel similar

    ' terreno deve ser plano, seco e sem pedras ou outros s$lidos desagregados e o fogo

    deve ser iniciado contra o vento, isto , o sentido de avano do fogo deve ser contrrio

    ao do vento

    A iniciao pode ser feita com uma mec!a de pelo menos metro de comprimento

    com a ponta em contacto com um produto combust%vel, ou com um pequeno mol!o de

    pal!a seca, madeira ou mesmo papel seco

    ' pessoal encarregado da operao deve sair logo que o fogo este&a ateado

    As opera"es de destruio por combusto devem ser feitas pelo encarregado que

    controla o uso dos explosivos

    4ara quantidades superiores a 0 Bgs esta operao deve ser feita na presena e sob o

    controlo de um perito na destruio de explosivos

    A operao de destruio de explosivos deve ser feita guardando as distnciasconstante do quadro+

    I+,

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    As principais regras de segurana a ter em conta, so+

    3eve evitar-se o efeito calor%fico de uns cartuc!os sobre os outros, no os

    encostandoP a reaco qu%mica que provoca a exploso aumenta

    exponencialmente com a temperatura

    's explosivos no podem ser queimados nas embalagens de origem ouconfinados em qualquer tipo de caixa

    3evem destruir-se pequenas quantidades em cada operao

    ' local onde se processa uma operao de destruio no deve ser novamente

    utilizado para o mesmo fim antes de terem decorrido ;? !oras

    Gingum deve aproximar-se da rea de combusto antes de decorrida meia

    !ora ap$s a extino do fogo

    Go caso de terem ficado crostas de sais no c!o, devem ser removidas e

    enterradas

    ' cordo detonante, como explosivo que , segue o mesmo mtodo de destruio

    ' procedimento normal estender o cordo ao longo da cama, com o nmero de

    troos suficientes para estender todo o cordo Gunca deve ser queimado nas bobines

    de origem ou enrolado do mesmo modo

    (.2.2 - #$ploso

    A exploso dos explosivos deteriorados pode ser feita+

    ao ar livre

    introduzido num furo

    coberto com areia

    debaixo de gua

    A-0--0 1 3r livre

    ' peso do explosivo a destruir de uma s$ vez depende fundamentalmente da

    vizin!ana do local da exploso, 6distncia a casas de !abitao, estradas, vias e

    lin!as areas7, devendo ter-se em conta os efeitos da onda de c!oque provocada

    A forma mais correcta de proceder a esta operao consiste em &untar o explosivo a

    destruir em lotes da ordem dos ;0 Bg colocados sobre o terreno que deve estar limpo

    e isento de vegetao seca, pedras e outros materiais que possam ser pro&ectados pela

    exploso

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Lavendo vegetao seca e no sendo conveniente a sua limpeza, a rea deve ser

    !umedecida de modo a no arder com a exploso

    *m caso de o explosivo a destruir se encontrar numa embalagem ou cun!ete, pode ser

    destru%do com a introduo de um detonador num dos cartuc!os, se isso for seguro,

    ou de um cartuc!o escorvado na embalagem

    A exploso provocada ou por um detonador colocado num dos cartuc!os, se estes

    estiverem em condi"es de segurana que permitam proceder a esta operao, ou com

    um cartuc!o recente escorvado

    ' detonador a usar pode ser normal ou elctrico, sendo este mais seguro As

    distncias previstas no quadro anterior devem ser sempre guardadas pelo que o

    comprimento do rastil!o deve permitir que o operador se desloque para local seguro

    1uando se pretender destruir quantidades maiores devem ser feitos vrios lotesseparados pelas distncia indicadas no quadro seguinte e escorvados com detonadores

    elctricos retardados

    As distncias m%nimas a guardar em funo da quantidade de explosivo a destruir,

    constam do quadro seguinte+

    1uantidade de explosivo a destruir 3istncia m%nima aconsel!vel

    At =g ; m

    3e a ; =g < m3e ; a 0 =g 0 m

    3e 0 a =g E m

    3e a ;0 =g m

    3e ;0 a 0 =g 0 m

    3e 0 a =g ; m

    Go permitido o uso de detonadores elctricos micro-retardados nas opera"es de

    destruio por exploso

    A-0-- 1 E furos

    *ste mtodo segue as normas do rebentamento de um furo de uma pega de fogo )$

    utilizado quando no ! outro processo de assegurar a proteco da vizin!ana, por se

    tratar de grandes quantidades *m caso de quantidades muito pequenas podem

    introduzir-se nos furos de uma pega de fogo

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    8omo variante deste mtodo podem usar-se, para grandes quantidades de explosivo,

    trabal!os mineiros antigos desde que estes se situem longe de povoa"es, rios,

    estradas ou lin!as areas

    A-0--> 1 Debaixo de areia-

    4ode ser usado este processo para a destruio de pequenas quantidades de explosivo

    ' procedimento consiste em enterrar o explosivo sob uma camada espessa de areia

    fina isenta de pedras ou de materiais que possam ser pro&ectados pela exploso 4ode

    ser colocado sobre o solo limpo e sobre o explosivo, previamente escorvado, despe&ar

    um ou mais cami"es de areia fina ' escorvamento deve ser duplo, isto , devem ser

    colocados dois cartuc!os cada um com seu detonador ' processo tem o grande

    inconveniente de produzir uma nuvem de p$

    A-0--< 1 Debaixo de !gua-

    *ste mtodo s$ pode ser usado quando se este&a perto do mar, de um lago ou de um

    rio caudaloso Go deve ser usado se a altura da gua acima do explosivo no for igual

    ou superior a 0 metros ou se a fauna for abundante A exploso, embora no

    contamine as guas, destrui a vida animal num raio muito grande

    (.1.3 - 'or dissol!o

    *ste processo s$ utilizado quando o solvente a gua, sendo o seu uso limitado aos

    compostos nitrados, caso do AG2' A utilizao de outros solventes torna o processo

    demasiado caro comparativamente com os outros processos

    L." - etonadores

    's detonadores deteriorados ou demasiado vel!os para serem usados com segurana,

    devem ser destru%dos fazendo-os explodir de forma criteriosa ' seu manuseamento

    deve ser feito com cuidados redobrados porque a sua sensibilidade ao c!oque e (s

    mudanas de temperatura pode ter aumentado substancialmente 4ara pequenas

    quantidades podem ser usadas as pegas de fogo normais, introduzindo um ou doisdetonadores entre os cartuc!os de um furo *sta operao deve ser feita

    cuidadosamente 4ode tambm ser preparada uma boa fogueira num local isolado e

    onde !a&a possibilidade de abrigo, atirando-os um a um para o fogo ' abrigo tem por

    finalidade proteger o operador contra poss%veis pro&ec"es dos elementos metlicos do

    detonador

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

    63/75

    4ara quantidades apreciveis, a destruio deve ser feito num local confinado e com a

    a&uda de um ou mais cartuc!os de explosivo ' procedimento normal o seguinte+

    4repara-se um buraco no c!o com cerca de meio metro de profundidade e

    cerca de ; cm de dimetroP

    ; Iuntam-se ; a

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

    64/75

    ' leito usado para destruir explosivos ( base de nitrato de am$nio reforado com

    nitroglicerina, deve ser activado com um combust%vel do tipo gas$leo para garantir a

    continuidade da combusto

    A destruio com gua no resulta porque a nitroglicerina insolvel, podendo tornar-

    se perigosa

    (.4.2 - #$plosivos sem nitro"licerina8nitro"licol

    ' AG2' dissolve-se na gua deixando apenas o gas$leo que pode ser recol!ido ou

    queimado

    As */SC)^*) podem ser destru%das embebendo com elas serrim de madeira e

    queimando este produto como um explosivo normal

    As 4_C@':A) podem ser destru%das fazendo um cordo ao longo de uma regueira elanando-l!e o fogo com um rastil!o com ,0 metros de comprimento )e a p$lvora a

    destruir estiver mol!ada deve seguir-se o procedimento anterior e sobre o cordo

    formado colocar uma quantidade igual de p$lvora seca

    Manual de Utilizao de Explosivos em Exploraes a Cu Aberto

    . E#onomia na Utilizao dos Explosivos

    A utilizao dos explosivos na indstria extractiva tem em vista aproveitar a energia

    libertada na exploso para fracturar a roc!a tentando obter com um custo m%nimo um

    produto to pr$ximo quanto poss%vel da sua utilizao final

    4ara se obter o custo m%nimo deve usar-se a quantidade de explosivo necessria e

    suficiente para o fim em vista, isto , a granulometria do produto deve corresponder (

    expectativa do utilizador

    A granulometria mdia dos produtos desmontados depende de tr#s factores+

    Tipo de explosivo

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

    65/75

    Carga especfica:

    *squema de fogo - /al!a e dimetro do furo

    8arga por furo - carga de fundo e carga de coluna

    Tipo de atacamento

    *ste factor de grande importncia na economia da utilizao de explosivos e um

    indicador para o seu a&ustamento

    A obteno de um produto de granulometria mdia inferior ao pretendido representa

    um consumo exagerado de explosivo A granulometria mdia superior, parecendo

    representar uma economia de explosivo, pode resultar penalizante por necessidade de

    utilizao de taqueio ou de maior consumo de energia e material de desgaste na

    operao de britagem e granulao Go entanto, sempre que !a&a tend#ncia para o

    aparecimento de blocos de dimenso superior ao dese&ado, ! interesse em aumentarligeiramente a quantidade de explosivo para verificar se os resultados so os

    esperados

    )e mesmo aumentando a carga espec%fica se mantiver a proporo de blocos, deve

    a&ustar-se o esquema de fogo reduzindo a mal!a ou a sua orientao de modo a ter

    em ateno o sistema de fracturao que normalmente o factor determinante da

    dimenso dos blocos produzidos

    ' a&ustamento da pega de fogo que se traduzir numa economia significativa no

    consumo de explosivos, dever ser feito por fases procurando variar um parmetro decada vez

    ' primeiro parmetro a a&ustar a carga espec%fica Assim, mantendo a mal!a de

    perfurao, deve reduzir-se ou aumentar-se a carga espec%fica de cerca de 0X,

    incidindo inicialmente sobre a carga de coluna

    ' explosivo usado na carga de fundo, mantendo sempre pelo menos o cartuc!o

    escorvado de dinamite, pode ser substitu%da pelo mesmo tipo do usado na carga de

    coluna, reduzindo assim o custo da carga espec%fica

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Alternativas de uso de #ar%a de !undo

    ' grfico mostra a influ#ncia do tipo de explosivo usado na carga de fundo e na carga

    de coluna na pot#ncia relativa do explosivo ' padro o carregamento total com

    explosivo tipo dinamite

    4ode verificar-se que o efeito mximo corresponde ( carga de fundo com gelamonite e

    a de coluna com AG2'

    ' AG2' um explosivo comparativamente mais econ$mico que os explosivos

    tradicionais ( base das nitroglicerinas ou nitroglic$is, mas tem algumas

    particularidades de utilizao que interessa con!ecer

    ' AG2' constitu%do por uma mistura de nitrato de am$nio com um combust%vel,

    normalmente o fuel$leo ou o gas$leo numa proporo de H?X de nitrato e FX de

    gas$leo A variao para mais ou para menos da quantidade de gas$leo tem um efeito

    pernicioso sobre a qualidade dos gases produzidos na exploso !avendo excesso de

    produo de G'; quando se reduz o gas$leo e de 8' quando se excede a

    percentagem indicada Ambos os gases so t$xicos devendo portanto procurar-se o

    equil%brio com a utilizao de uma percentagem de gas$leo entre os 0,0 e os FX6percentagem te$rica - 0,EX7

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    7ariao dos teores em C e 9" em !uno do #onteGdo em %as)leo

    ' AG2' pode ser utilizado a granel ou encartuc!ado, devendo ter-se em ateno que

    para ser usado a granel os furos devem estar limpos e sem gua A gua dissolve

    facilmente o nitrato de am$nio, inutilizando o explosivo

    @erifica-se ainda que o excesso de !umidade no nitrato de am$nio reduz

    substancialmente a sua capacidade de exploso, actuando sobre a sensibilidade e

    velocidade de detonao+

    7ariao da velo#idade de detonao #om o %rau de /umidadebase $=== mFse%D

    Ga prtica, o teor em !umidade no deve ser superior a ;, X para evitar uma queda

    demasiado grande na velocidade de detonao

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    ' aumento do teor em gua tem ainda o inconveniente de alterar a composio dos

    gases de exploso aumentando significativamente o teor em G';

    A preparao da mistura de nitrato de am$nio e gas$leo pode ser feita manualmente

    resultando uma mistura pouco !omognea ou mecanicamente com um misturador ou

    uma betoneira

    4ara uma mistura mais eficaz e com menores possibilidades de segregao do gas$leo

    aconsel!vel o uso de nitrato de am$nio poroso e com tratamento das superf%cies,

    con!ecido pela designao de ZprillsZ

    A preparao da mistura deve ser feita pouco antes do carregamento dos furos, no

    sendo aconsel!vel mant#-la mais do que ;? !oras ap$s a preparao

    )endo o AG2' um explosivo lento e pouco sens%vel, no deve ser utilizado em furos de

    pequeno dimetro, por se tornar dif%cil a propagao da exploso ' dimetro m%nimoaconsel!vel de 0 mm ou ;Z

    A principal dificuldade na utilizao do AG2' a sua baixa densidade quer em

    cartuc!os quer a granel, variando entre ,> e ,0 =g.dm

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Carre%amento manual

    ' atacador a utilizar deve ser de madeira podendo ter a ponta metlica desde que esta

    se&a em cobre ou outro metal no suscept%vel de gerar fa%scas ou cargas electrostticas

    perigosas

    ' movimento alternativo de subida e descida do atacador deve acompan!ar a

    introduo do explosivo de modo a assegurar a compactao do explosivo de forma

    continua

    Ga operao de carregamento deve ter-se em ateno o tipo de disparo e a colocao

    da escorva

    *m disparo elctrico e carregamento pneumtico, a escorva deve ser colocada no topo

    da carga para evitar o poss%vel efeito de correntes parasitas provocadas por cargas

    electrostticas devidas ao efeito do movimento do pr$prio explosivo *ste efeito

    minorado com a utilizao de mangueiras condutoras - anti-estticas - com ligao

    eficiente ( terra ' pessoal deve usar fatos apropriados e botas anti-estticas

    Go rebentamento com cordo detonante o cartuc!o escorva deve ser colocado no

    fundo do furo

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Carre%amento pneum3ti#o

    ' AG2' comercializado a granel em sacos de ;0 =g ou encartuc!ado em vrios

    dimetros, conforme o quadro seguinte+

    Dietro

    75

    Copriento

    75

    Peso aproxiado

    7g-5

    ? 00 0E

    0 00

    F 00 ;

    > 00 ;

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    so menos sens%veis ao rebentamento por simpatia permitindo a utilizao de

    furos mais pr$ximosP

    tem excelentes qualidades de fracturaoP

    Go provocam dores de cabea no manuseamento como acontece com os

    explosivos ( base da nitroglicerina

    *stes explosivos t#m na sua composio+

    )ais oxidantes 6nitratos de s$dio, am$nio ou clcio7

    8ombust%veis 6fuel, gas$leo ou alum%nio7

    )ensibilizadores 6nitratos de aminas orgnicas, percloratos ou alum%nio7

    5elificadores

    A densidade de carregamento pode variar entra ,> e ,F =g.l

    A velocidade de detonao, funo da densidade de carga, do dimetro do furo e do

    tipo de aditivos, varia entre ?

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    :esumindo, pode dizer-se que o consumo espec%fico de explosivo, para uma

    determinada granulometria, deve ser a&ustado actuando nos seguintes factores de

    custo+

    altura da bancada

    dimetro de perfurao esquema da pega de fogo

    tipo de explosivo - carga de fundo e de coluna

    8omo nota final para o a&ustamento da pega de fogo deve ter-se em conta o tipo de

    roc!a e sobretudo os sistemas de fracturao associados ao macio roc!oso que

    podem ser um factor determinante na escol!a da mal!a e sua orientao

    As outras opera"es relacionadas com a utilizao de explosivos+

    *scorvamento 8arregamento do explosivo

    3isparo

    Cimpeza da frente

    Nritagem e granulao

    constituem factores de custo que devem ser cuidadosamente analisados para se

    optimizar desmonte de roc!a com a utilizao de explosivos

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    Manual de Utilizao de Explosivos em Exploraes a Cu Aberto

    ?. *e#omendaes 4inais

    A - PUE 9U9CA E7E +E* 4EI,GSG8A Q:AQ* ') *`4C')9@') 8'/' S/A 1SAC1S*: /*:8A3':9AP

    G' S)* ') *`4C')9@') )*/ Q*: 8AC8SCA3'+

    o esquema de fogo

    a carga mxima por nmero de detonador

    o tipo de detonador a utilizar

    o tipo de ligao e a capacidade do explosor

    G' 8':Q* ') 8A:QS8L') A G' )*: 4A:A SQ9C9A^*) *)4*89A9) *

    )*/4:* GA 4:*)*GA 3' QO8G98' :*)4'G)Y@*CP

    GSG8A 4*:/9QA 1S* S/ Q:ANACLA3': G' 8:*3*G89A3' /AGS)*9* 'S

    Q*GLA 8'GQA8Q' 39:*8Q' 8'/ ') *`4C')9@')P

    G' 4*:/9QA A 4:*)*GA 3* 1SAC1S*: 2'GQ* 3* 8AC': 'S 8LA/A A

    /*G') 3*

  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    - PUE E7E +AE* E A&(ICA*

    8'GQ:'C* A) 1SAGQ93A3*) 3* *`4C')9@' A )*: SQ9C9A3A) GA 4*5AP

    Q:AG)4':Q* ') *`4C')9@') */ N'C)A) 4:_4:9A)P

    4:*4A:* A) *)8':@A) )*5SG3' ') /OQ'3') A8'G)*CLA3') SQ9C9AG3'

    ') /*9') 4:_4:9') 4A:A *))* *2*9Q'P

    @*:9291S* 8S93A3')A/*GQ* ') 2S:') 3A 4*5A 3* 2'5'+

    ' dimetro do furo at ao fundoP

    ' estado de limpezaP

    A presena de gua

    S)* S/ *`4C')9@' 8'/ 39/*Q:' A3*1SA3' A' 2S:'P

    /AGQ*GLA ') 29') 3' 3*Q'GA3': *CO8Q:98' SG93') */ 8S:Q'-89:8S9Q'

    AQO A' /'/*GQ' 3A C95A'P

    A))*5S:*-)* 1S* ' @*:9298A3': 3* 89:8S9Q') *)QY L'/'C'5A3' 4A:A A

    SQ9C9A' 8'/ *`4C')9@')P

    @*:9291S* ') 3*Q'GA3':*) AGQ*) 3* 4:*4A:A: A) *)8':@A)P

    A))*5S:* 1S* A 8LA@* 3' 39)4A:A: *)QY 8'G)95' A' 9G989A: '

    8A::*5A/*GQ' 3A 4*5A 3* 2'5'P

    @*:9291S* A C9/4*A 3') Q*:/9GA9) 3') 29') 3') 3*Q'GA3':*) AGQ*)

    3* *2*8QSA: A) C95A^*)P

    8*:Q9291S*-)* 1S* A) C95A^*) *GQ:* 3*Q'GA3':*) * 8'/ A C9GLA 3*

    Q9:' G' *)Q' */ 8'GQA8Q' 8'/ ' )'C'P

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  • 8/21/2019 Apostila de Desmonte de Rochas IBG

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    ,ernando Daniel -.%%%/0 Manual de Utilizao de Explosivos em Exploraes a

    Cu Aberto0 Di*iso de +inas e edreiras do 2nstituto Geolgico e +ineiro0erso Onlineno site do 2G+

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