apostila de narração

Embed Size (px)

Citation preview

Tipos de narrativaH dois tipos de narrativa: narrativas de fico e narrativas reais. 1) 2) As narrativas reais podem ser: notcia de jornal, memrias, livros de viagem, trechos da Histria.

As narrativas de fico so fruto da imaginao. Podem ser: Aplogo possui seres inanimados ou vegetais como protagonistas. Por exemplo: um pinheiro, ao observar a devastao da flora e da fauna, chora. Histria infantil lida com situaes imaginrias, fazendo uso de fantasia, simbologia, personagens boas e ruins. Fbula contm um enredo de fundo moralizante, cujos protagonistas so animais que agem, sentem e se expressam como seres humanos. Sua mensagem possui fundo moral. Lenda explora fatos que teriam acontecido com nossos ancestrais: europeus, indgenas, negros. Esse tipo de narrativa faz parte do folclore (a Lenda do Negrinho do Pastoreio, a Lenda da Vitria-Rgia, a histria da Mula sem Cabea...). Parbola uma narrativa baseada em preceitos bblicos. Crnica possui o cotidiano como tema, que, geralmente, est relacionado com fatos explorados pelos meios de comunicao. Pode ou no ter protagonista. Conto contm uma histria com um s ncleo, ou seja, uma nica clula dramtica. Como uma histria, possui comeo, meio e fim. Romance tem vrias clulas dramticas, sendo, portanto, mais longo. Por exemplo: em Dom Casmurro, desenvolvida a histria de Bentinho e de sua me; problema de ir ou no para o seminrio; a histria de Betinho e de Capitu; a histria de Ezequiel; a histria do agregado Jos Dias. Todas essas clulas apresentam-se interligadas. A narrao escolar A narrao, no sentido escolar do termo, um texto conciso e superficial, em que os fatos no podem ser aprofundados devido ao exguo espao para o desenvolvimento da histria (em mdia 30 linhas). Por esse motivo, os ndices temporais devem ser apenas os impres cindveis para mensurar cronologicamente a histria; o espao apenas citado (nos romances, a localizao espacial delimitada e caracterizada, s vezes, em muitas pginas), e as personagens so apenas as essenciais ao desenrolar dos fatos. Quanto ao enredo, as aes so geradas em funo de um s aconteci mento (nas narraes extensas, so vrios os aconteci mentos que compem o enredo). Ao desenvolver um texto narrativo-descritivo, o aluno deve intercalar passagens de ao com breves trechos descritivos, de modo a delinear personagens e lugares com inteno funcional, j que na conciso da narrativa escolar devem figurar somente os dados relevantes ao enredo. Se o aluno quiser elaborar um texto essencial - mente narrativo, pode prescindir das descries, limitando-se apenas s aes em seu percurso temporal. Assim, na narrao escolar, personagens e ao so imprescindveis. Alm desses elementos, em sua redao no devem faltar emoo, suspense, surpresa e criatividade, para assim envolver o leitor. Resumindo Pargrafo narrativo Numa narrativa breve em, por exemplo, cinco pargrafos , a diviso das partes pode ser a seguinte: a) exposio: apresentao breve de personagens e localizao da histria no tempo e no espao (primeiro pargrafo); b) complicao: conflito entre as personagens, trama que gera tenso (segundo e terceiro pargrafos); 1 c) clmax: o momento de maior tenso dramtica, o conflito atinge seu pice (quarto pargrafo);

d) desfecho: consequncias ou soluo do conflito, esclarecimento da trama (quinto pargrafo). Obviamente essa distribuio das partes no estanque; apresentamos apenas uma diviso que pode facilitar a elaborao de um texto narrativo. Voc deve ter percebido que, na narrao, o que importa a sequncia de acontecimentos num determinado tempo. O tempo elemento essencial da narrao.

Exemplo de texto narrativo: Motivo. Denise de Cssia Trevisan Amanheceu. O barulho substituiu a tranqilidade. Mais amedrontada, porm, fiquei, porque, repentinamente, todo rudo cessou. Nem um leve som se ouvia. Abri os olhos. Olhei o relgio: 6 horas. Hora em que o despertador, agitado, me revolta; os pssaros, anunciando o novo dia, cantam incessantemente; e, meu vizinho, aps empurrar um enorme, barulhento e irritante porto de ferro, sai para o trabalho. E, no entanto, tudo silenciara. O calendrio acusava 24 de agosto de 1994, quarta-feira e, estranhamente, percebi que minhas roupas eram as mesmas que usara no dia anterior. Por que teria dormido vestida? Corri para a rua e... nada. As casas estavam fechadas, e no havia, absolutamente, nada vivente... nem gato, nem cachorro, nem pessoas. Dominada pelo medo, chamei por algum e, s ento, percebi que estava sozinha no mundo. O pnico estava prximo; imaginava mil catstrofes e, no auge do desespero, clamei por Deus. Orei, pedi, supliquei por um esclarecimento. Com os olhos marejados, subitamente, vi ao longe uma pequena luz brilhante e nela... uma pessoa. Sem pensar, sequer por mais um momento, corri em direo quela luz. Quanto mais me aproximava, mais intensa ela ficava. A felicidade que sentia era indescritvel. O calor do sol e a brisa suave, sensaes que tanto apreciava, foram envolvendo-me e confortando. Estendi os braos e, quase tocando a moa que, naquele instante, me sorria, ouvi uma voz distante a dizer: - ... seis, sete, oito, nove, dez. Agora! - Tum, tum, tum, tum, tum... - Conseguimos! Rpido, oxignio! A maca! - Calma, minha senhora, agora est tudo bem. - Graas a Deus! Graas a Deus.

A seguir, voc entender com mais detalhes cada elemento da narrao.

2

ELEMENTOS DA NARRAO

3

Flashback

4

Enredo

5

Foco narrativo

6

Discurso

7

Transposio de discurso

8

Personagem

9