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CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES PROJETOS ESTRUTURAIS

Apostila de Projetos Estruturas 2012 2

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CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES

PROJETOS ESTRUTURAIS

Profᵃ. Anelise Preussler Viero

Não revisada – março 2013

1ª AULA - CONTEUDO –

-CUIDADOS PRELIMINARES: CONVERSA INICIAL, TERRENO, PROJETO, FERRAMENTAS, MATERIAS, ETC..

- PROJETOS: ARQUITETONICO, COMPLEMENTARES

1- CUIDADOS PRELIMINARES: 1.1 Conversa Inicial: Sempre o ponto inicial de uma obra é a conversa ou entrevista com o proprietário, ou cliente. Este é sempre o marco Zero de qualquer empreendimento, podemos dizer na quase totalidade dos casos. Esta é de grande importância, pois já mostra a seu cliente que ele esta falando com um profissional. Considerando que seu “futuro” cliente seja leigo, caberá então a você orientá-lo nos pontos objetivos do projeto, obtendo o maior numero possível de dados necessários para a elaboração dos anteprojetos que se seguirão. E tenha a certeza que será feito alguns ante projetos ate que seus ajustes encontrem com as idéias de seu cliente.

Bem trocando em miúdos o que precisamos saber é:a) o que o cliente quer fazerb) o que o cliente pode fazer

A pratica mostra que sempre a letra “a” é muito maior do que o item “b”, por isto devemos averiguar, sempre, este segundo item.Podemos formar um questionário para conseguirmos, de forma mais rápido, os objetivos do cliente, quais sejam:

a) A localização, metragem (medida da frente, fundos, área) e características do terreno, onde será realizado o sonho tão desejado. Perguntar ainda: Rua, numero, bairro, ruas próximas, enfim, dados que possam facilitar a localização do terreno para posterior vistoria. Perguntar também o perfil do terreno, ou seja, se tem caimento para frente ou para trás.

b) Tipo de construção: residencial, comercial, industrial, mista,....c) No caso de residência questionar o numero de dormitórios necessário, sala, banheiros,....,

pesquisar também o numero, sexo, idade das pessoas que irão ocupar o imóvel, para que se possa ter uma idéia correta de que o desejo do cliente deseja esteja dentro dos padrões. Caso não se encontre, o profissional deve sugerir e aconselhar certos detalhes.

d) Metragem aproximada dos cômodos, mesmo que na apresentação do ante projeto estes estejam fora do que o cliente quer, mas de acordo com a s normas.

e) Descrição resumida e aproximada dos acabamentos. Esta é uma parte da construção que, geralmente, é a mais dispendiosa. Desta forma podemos analisar se os acabamentos estão dentro das verbas que o proprietário possui

f) Verba disponível aproximada para a obra. Devemos deixar claro ao cliente que esta pergunta, longe de ser uma pergunta indiscreta, é necessária para a elaboração do ante projeto. Hoje em dia, o conhecimento do valor real é muito raro e difícil. Mesmo que a nossa economia seja dita “ estável” ela sofreu e esta sofrendo flutuações, nos deixando muitas vezes sem a idéia exata dos insumos de constituem uma obra. Ate mesmo com o plano governamental “minha casa minha vida”, alem de uma

documentação extremamente rígida, exige do proprietário uma contra partida para a aquisição deste financiamento, que fica geralmente em 20% sobre o valor do financiamento.

g) Podemos montar um pequeno questionário básico para que seja alcançada a objetividade inicial mais rapidamente e que nada nos escape de informações.

h) QUESTIONARIO BASICO.

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I- Dados do proprietárioNome:Endereços:Residencial:_______________________________fone:Comercial;________________________________fone:Profissão:__________________________________

Futuros moradores: sexo idade aproximada

II- Dados do terreno: Para lotes regulares Para lotes irregulares fazer croqui

Largura da Rua:___________________ Bairro:_______________________________Inclinação do terreno: Sobre para o fundo:______ (suave/forte)Desce para o fundo: ___________(suave / forte)Inclinação lateral: esquerda direitaProfundidade dos poços vizinhos (se existirem/ aproximadamente)

Utilidade Publica no local:Água Esgoto Luz nas casas Luz na ruaAsfalto Telefone

Os terrenos dos vizinhos estão construídos

Lateral direitaLateral esquerdaFundos

Nível econômico das construções no local:Alto Médio Popular

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Restrições por parte da Prefeitura Municipal

Recuos ObrigatóriosDe frente

lateralDe fundos

Percentagem da área do lote que poderá ser ocupada:______________________________

III- Da futura construção: (pretensões do cliente)

Construção

ResidencialComercialIndustrialMistaNumero de Pavimentos

Peças

SalasDormitóriosCozinhaCopaTerraçosEscritórioGaragemAbrigo para carroDormitório com banheiroBanheiro de serviçoLavanderiaLavaboJardim de invernoHall de entradaVarandaDimensão aproximada da casa

Dados parciais para se deduzir o nível de acabamentoPiso da SalaPiso da escada e HallAparelhos sanitários (cor)Revestimento da cozinhaRevestimento do BanheiroPorta de entrada / esquadriasPintura Salas

PortasEsquadrias

Este modelo ajudara a lembrar da maioria das informações e poderá ser acrescido durante a entrevista. Outros dados poderão ser acrescentados na vistoria ao terreno e na visita a Prefeitura

1.2-Terreno: Vamos nos preocupar com certos detalhes muito importantes antes de começar uma obra, reforma. Antes de mais nada, informe a seu cliente que é imprescindível que os documentos

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do terreno estejam todos registrados.. Caso não esteja peça a ele que providencie a regularização dos documentos

Como o ante projeto é elaborado em função do terreno, é necessário que faça uma boa vistoria no mesmo para que seu serviço seja o mais preciso possível desde o inicio. Faça uma pesquisa observando os seguintes itens:

a)Confirmação das medidas planimétricas do terreno. Isto é, se as medidas no local correspondem com o que esta descrito na escritura. Pequena diferenças entre as metragens do papel e do local podem influir no ante projeto. Por isto, faça a confirmação das mesmas. Existem varias formas de terrenos, e estas estão ligadas diretamente a maneira que os terrenos foram divididos na ocasião do loteamento. Há lotes regulares(os mais fáceis de verificação), há os irregulares com pouco fundo, lote irregular com muito fundo, lote com uma ou mais limites em curva, lotes de grandes dimensões e forma completamente irregulares.

b)Medição altimétrica aproximada: para que um projeto tenha sua elaboração de forma racional, com aproveitamento dos diferentes níveis que compõem o terreno. Por exemplo: lote com caimento exagerado para os fundo facilita a colocação de edículas (construção complementar independente e construída ao lado da casa principal) (dormitórios de serviço, lavanderias, garagem,...) no subsolo ou porão. Já um terreno com rampa positiva para o fundo (aclive) facilita a colocação da garagem no alinhamento e nível da rua e a construção principal sobre ela.

a) A orientação do terreno em relação à linha magnética N_S é muito importante para se fazer um projeto de acordo com a insolação que deve ter cada cômodo.

b) Situação do lote em relação à quadra em que se encontra, ou seja, as distancias do lote em relação às divisas, o nome das ruas e referencias diversas como :

Número das casas vizinhas ao loteExistência ou não de posteação para a luz e força ( número do poste mais próximo)Existência ou não de rede de água, esgoto, gás, telefoneCaso não haja rede de água, procurar descobrir a profundidade do poço do vizinhoNatureza das vias: asfalto, paralelepípedo, sem pavimentação

c) Observação sobre o nível econômico das construções das imediações dos lotes. Esta observação é muito importante, pois a nova construção devera acompanhar ao tipo de economia construída no local. Ou, caso o proprietário deseje uma casa elegante, mas o entorno é composta de casas populares, aconselhá-lo a trocar de local ou construir algo mais apropriado.

d) Consulta a Prefeitura Local, com o objetivo de obter informações sobre o plano diretor da cidade, zoneamento, restrições aos aproveitamentos do lote,..., para\que facilite a aprovação do projeto. As restrições mais comuns que encontramos são:

Área do lote que pode ser edificadaRecuo mínimo de frenteRecuo mínimo das lateraisRecuo mínimo do fundoAltura máxima para a edificaçãoExistência ou não de projeto de desapropriação para alargamento de rua, ou outro

melhoramento publicoZona a que pertence à rua para efeito das horas de insolação que deverão ser

consideradas.Todas as restrições que uma Prefeitura impõe, na realidade são necessárias, pois sem elas as

construções seriam uma completa desordem. Com a crescente valorização dos terrenos, os seus proprietários querem cada vez mais aproveitá-los ao máximo, levado muitas vezes a construções excessivas. .

1.3-Projetos

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Será necessário mesmo gastar dinheiro com profissionais da área da construção se é tão fácil traçar as paredes num papel e dar para um empreiteiro construir? O preço do projeto representa, aproximadamente, 5% do custo total da obra. Construir sem projeto pode significar ter que demolir e reconstruir algumas partes da casa ou refazer alguns serviços, podendo chegar a prejuízos de cifras totalmente imprevisíveis, além da perda da qualidade da sua construção.

1.3.1-Ante-Projeto: como o nome sugere, é um estudo feito antes de ser organizado o projeto definitivo. Geralmente são feitos vários ante projetos ate que se consiga satisfazer as necessidades do cliente, tornando-o assim o projeto definitivo.

O anteprojeto é elaborado levando-se em conta os dados obtidos no questionário e na entrevista com o proprietário, ou seja:

a) ideais iniciais do clienteb) medidas e condições do lotec) restrições da Prefeiturad) Verba prevista para a obra. O item “d” é o fator determinante entre o que o proprietário deseja e o que ele realmente

poderá realizar. É praticamente inútil projetar o que não se pode executar, portanto o item “verba” é um fator eliminatório para muitos itens.

E, como conhecer o valor de uma obra ainda não projetada e ou concluída? A resposta é simples, através do CUB(custo unitário básico) podemos estimar o preço da construção conforme seu padrão de acabamento.

Por exemplo: se o proprietário tiver uma verba disponível de R$ 150.000,00, e o custo aproximado por metro quadrado (CUB) para o acabamento que deseja for de

R$1.140,58 ele poderá construir uma casa de aproximadamente 131,50 m². Quando da decisão do projeto definitivo, poderá ser realizado um orçamento mais eficiente, com previsões de preços mais precisos.

Quanto ao valor do ante projeto, existem pessoas que cobram pelo serviço e outras não, ou seja, são feitos sem compromisso. Por isto devemos fazer os ante projetos o mais simples possível, sem detalhes exagerados, apenas traçados, em linhas gerais, um plano que futuramente poderá ser desenvolvido, caso aceito.

Como foi dito, do ante projeto sai o projeto definitivo (nem sempre). Este projeto definitivo é acompanhado de memorial descritivo, planta baixa, cortes, fachadas, sito localização, e ART, matriculam do imóvel. Geralmente são montada três pastas com este material, sendo que deve ser encaminhada a Prefeitura para aprovação. Após a aprovação a Prefeitura devolve 2 copias, pois uma fica guardada no arquivo da Prefeitura.

Das 2 copias recebida com o carimbo de aprovação, uma o proprietário deve guardar e a outra fica no local onde esta sendo executada a obra.

O que é um memorial descritivo: trata-se de um memorial (descrição) onde devem constar os detalhes que possam interessar ou tirar duvidas do que esta desenhada no projeto. Ou seja, o memorial é o complemento do projeto executivo.

No memorial deve constar: endereço da obra, limpeza geral do terreno, alicerces / fundações, impermeabilização, alvenaria, vergas, cinta amarração, cobertura, forro, revestimento, pisos, laje, esquadrias, instalações hidráulicas, instalações elétricas, pintura, fechamento do terreno (muros).

1.2.3- Projeto Arquitetônico:Quando se fala no projeto da casa ou do prédio, na verdade está-se falando num conjunto de

projetos que incluem o projeto arquitetônico, o projeto estrutural, o projeto elétrico, o projeto hidrossanitário, o projeto de telefonia, de ar condicionado, e outros que devam complementar esse

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conjunto em função do que se deseja construir. Nos casos comuns de residências e pequenas construções residenciais e comerciais os cinco primeiros projetos, acima relacionados, atendem perfeitamente. O primeiro projeto, que vai servir de base para a feitura dos demais, é o projeto arquitetônico. O projeto arquitetônico é a materialização de uma idéia, aliada a aspectos técnicos tais como funcionalidade, conforto, estética, salubridade e segurança, além de outros aspectos legais. É a interface entre a idéia e a realidade do que se deseja construir. Nele estão representados os cômodos com suas divisões, dimensões e áreas, as peças sanitárias dos banheiros e áreas de serviço, a disposição do mobiliário, tudo isso em planta (horizontal) e em cortes (vertical). Incluem-se também nesse projeto a locação do terreno, o detalhamento do telhado e as fachadas. O projeto arquitetônico deve ser aprovado no órgão competente da Prefeitura Municipal, podendo o custo dessa aprovação estar ou não incluído nos serviços do arquiteto, devendo ser combinado antes.

1.3.3-Projetos ComplementaresAprovado o projeto de arquitetura passa-se à feitura dos demais projetos complementares,

que devem ser elaborados por engenheiros civis e eletricistas. Estes deverão, ainda, atender rigorosamente ao projeto arquitetônico em todos os seus detalhes e especificações. O projeto estrutural, também chamado de cálculo estrutural é o dimensionamento das estruturas, geralmente de concreto armado, que vão sustentar a edificação, transmitindo as suas cargas ao terreno. Elaborado por um engenheiro civil, esse projeto é de fundamental importância, pois é o responsável pela segurança do prédio contra rachaduras (trincas) e desabamentos. Uma estrutura com lajes, vigas, pilares e fundações superdimensionados representa custos altos e não significa obrigatoriamente segurança. É preciso que haja um perfeito equilíbrio entre o concreto e o aço dentro dos elementos estruturais para que as peças sejam consideradas seguras e, conseqüentemente, toda a obra. Uma estrutura mal dimensionada pode até não cair, mas trazer problemas como trincas que são, na maioria das vezes, de solução muito difícil e cara.

Para elaboração do projeto estrutural será necessário, além do projeto arquitetônico, o laudo de sondagem. Esse documento, detalhadamente confeccionado por empresas especialistas em sondagens, apresenta o perfil do solo abaixo do nível zero, ou seja, com todos os tipos de camadas de solos e suas respectivas resistências à compressão. Este laudo é necessário para o dimensionamento adequado das fundações. Sem ele o engenheiro projetista de estruturas deverá prever, por medida de segurança, resistências do solo inferiores, aumentando conseqüentemente as bases das fundações. Em construções de mais de dois pavimentos o laudo de sondagem é indispensável. O projeto de Instalações elétricas deve ser elaborado por um engenheiro eletricista e vem a ser o dimensionamento das cargas elétricas, fios, eletrodutos, disjuntores e vários outros elementos com seus respectivos detalhamentos. É um projeto muito importante, pois uma instalação mal dimensionada e mal executada, apesar do emprego de material de 1ª qualidade, pode acabar gerando grandes despesas futuras e até acidentes de grandes proporções, como incêndios. O projeto de instalações hidrossanitárias pode ser feito por um engenheiro civil ou por um arquiteto e é o responsável pelo bom dimensionamento das tubulações de águas e esgotos sanitários e pluviais. Promove economia, conforto e higiene. Casos comuns de pouca pressão de água em chuveiros e mau cheiro em ralos são oriundos da falta de um bom projeto hidrossanitário.

Para finalizar este item, explico que cada profissional tem seu espaço definido no mundo das construções. Desta forma o profissional consciente não deve invadir o espaço do outro.

Variação do CUB+ CUB/RS - FEVEREIRO/2012

+ CUB/RS - FEVEREIRO/2012

PROJETO PADRÃO CÓDIGO R$/m2 VARIAÇÃO NO ANO12 MESESR-1 (Residência Unifamiliar) Baixo R1-B 928,12 0,38 0,38 8,76

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+ CUB/RS - FEVEREIRO/2012

NormalAlto

R1-NR1-A

1.140,581.433,10

0,200,10

0,200,10

9,397,59

PP (Prédio Popular)BaixoNormal

PP4-BPP4-N

855,631.094,30

0,250,25

0,250,25

7,319,39

R-8 (Residência Multifamiliar)BaixoNormalAlto

R8-BR8-NR8-A

812,38948,461.171,04

0,280,200,15

0,280,200,15

7,328,827,58

R-16 (Residência Multifamiliar)NormalAlto

R16-NR16-A

920,811.207,08

0,170,15

0,170,15

8,798,28

PIS (Projeto deInteresse Social) - PIS 646,08 0,31 0,31 7,78RPQ1 (Residência Popular) - RP1Q 927,56 0,04 0,04 9,69CAL-8 (Comercial Andares Livres)

NormalAlto

CAL 8-NCAL 8-A

1.116,461.223,33

0,200,17

0,200,17

8,868,33

CSL-8 (Comercial Salas e Lojas)NormalAlto

CSL 8-NCSL 8-A

940,401.070,23

0,250,27

0,250,27

9,098,37

CSL-16 (Comercial Salas e Lojas)NormalAlto

CSL 16-NCSL 16-A

1.257,641.428,25

0,240,26

0,240,26

8,918,24

GI (Galpão Industrial) - GI 502,27 0,18 0,18 8,10

1.4-Ferramentas e materiais: As ferramentas e equipamentos usualmente utilizados em uma obra são: carrinho de mão,

pá, enxadão, pás, réguas, desempenadeiras, mangueira de nível, prumo, escantilhão, betoneiras..., vibradores e mangotes.

Veja alguns abaixo:

NÍVEL DE BOLHA :Um modelo com duas bolhas permitirá controlar o nível horizontal e vertical.

FIO DE PRUMO : Por vezes possui uma peça de madeira, à volta da qual poderá enrolar o fio.

COLHER DE PEDREIRO: O lado biselado permite levantar o cimento da talocha.

COLHER DE PEDREIRO PARA JUNTAS : Com uma lâmina fina e plana (de 8 a 12 cm), serve para formar e alisar as juntas.

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PÁ : De preferência escolha um modelo com lâmina de aço temperado.

FITA MÉTRICA : Existem metros articulados e fitas com enrolamento automático (com ou sem travão).

MARTELO DE PEDREIRO : A sua pena cortante serve para partir tijolos.

A MARRETA : Um martelo muito robusto para demolir ou talhar tijolos e para trabalhos pesados.

BETONEIRA : Pode ser alugada e funciona com um motor elétrico alimentado a 220V.

CARRINHO DE MÃO: Atenção ao peso depois de carregado e às vias de acesso ao local de trabalho.

Há ainda os EPI(equipamentos de segurança individual). Este são muito importante para que seja realizado um serviço com segurança, tanto para os funcionários como para eventuais visitantes.

1.5-Materiais: matérias são o conjunto de todos os elementos úteis a execução ou aplicação dos materiais empregados na obra.

Os materiais de construção apresentam-se sob formas diversas. Os pranchões, esteios, tais como (entre outras) pavimentos de concreto ou blocos de concreto celular, sendo os tijolos os mais freqüentemente utilizados. Existem em diferentes formatos e qualidades. Há ainda as areias, britas, aços,......

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2² AULA – PREPARAÇÃO DO TERRENO

LOCAÇÃO DA OBRA

1. PREPARAÇÃO DO TERRENO Antes de mais nada é necessário observar se o terreno esta perfeitamente delimitado. Se

houverem vizinhos, com suas delimitações já definidas através de muros e cercas é mais fácil de conferir. Caso seja um terreno onde não há vizinhos e suas delimitações estão demarcadas como um lote, verifique se a Prefeitura realiza a demarcação das divisas, ou, contate um topógrafo. Esta providência poderá evitar contratempos futuros com vizinhos.

Inicie com uma limpeza total do terreno. É hora de derrubar e capinar o mato porventura existente. Atenção, a derrubada de árvores de grande porte só poderá ser feita se absolutamente necessário, caso em que, cuidados especiais deverão ser tomados (inclusive com a obtenção de autorização legal). Lembre-se que, preservando ao máximo a vegetação, estará garantindo a estabilidade do terreno, caso for muito inclinado, e contribuindo com a qualidade do ar.

Feita a limpeza do terreno, poderá ser visto bem melhor quais são suas características topográficas: plano, inclinado para frente, para trás ou para um dos lados e até mesmo da qualidade superficial do solo existente: arenoso, argiloso, com pedregulhos etc.

Localize a posição em que a casa ficará no terreno, inclusive a área da ampliação futura, caso haja uma ampliação prevista, se for o caso. Lembre-se dos recuos que devem ser deixados na frente, nos fundos e nas laterais. Caso uma parede coincida com a divisa – se for necessário avance com a limpeza do terreno cerca de 1 m do terreno do vizinho - converse com ele antes sobre isto.

A área da construção será demarcada com auxílio de uma trena e piquetes, com pelo menos 1m a mais em volta, e deverá ser nivelada - vejamos como isto é feito:

Crave duas balizas (A e B) de madeira, uma na frente e outra nos fundos da área onde será feita a construção. Na parte alta do terreno assinale na baliza (B) a altura de 1 m a partir do chão. Uma mangueira de nível deverá ser estendida entre as balizas, como mostra a figura.

Coloque a mangueira de forma que o nível d'água coincida com a marca de 1 m feita na baliza (B). Peça para que seja assinalada na baliza (A) a altura do nível d'água, que corresponderá a um valor em metros. Para saber quanto será necessário escavar para nivelar o terreno é muito simples: basta tirar-se 1 m da altura medida, ou seja:

E(escavar) =H- 1,00mH= 1,75 m, E= 1,75m- 1,00m= 0,75m

Obs: Cuidado com os níveis de mangueira e água, pois não pode haver bolhas de ar no seu interior. Caso haja bolhas as medidas não serão exatas.

Comece a escavação. Pode ser usado picareta, enxada, pás, ou contratar uma retro escavadeira se o que tiver de ser retirado for de grande monta. Para verificar se a escavação ficou bem feita, proceda como mostra a figura .Em qualquer ponto da linha a distância até o chão deverá ser igual a H .

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Atenção: se a escavação for muito profunda (mais de 1,70 m), cuide para que não fique um barranco em pé, procure incliná-lo para evitar qualquer deslizamento de terra. O corte deverá ficar como mostra a linha tracejada na figura acima.

Nesta etapa da obra, deverá ser dada atenção ao escoamento das águas das chuvas. Providencie drenos (de pedras ou com manilhas), para que as águas não provoquem erosões no terreno. Se necessário, converse com os vizinhos e combinem uma solução para o problema que é deles também, ou consulte à Prefeitura.A saída das águas pluviais é uma questão séria, que enfrentada no devido tempo pode evitar contratempos futuros bastante onerosos.É atender ao ditado: É MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR!

2. LOCAÇÃO DA OBRALocar ou marcar a obra corresponde a uma das etapas da maior importância, deve ser feita

com rigor, observando-se o projeto. Ela consiste em medir e assinalar no terreno nivelado a posição das valas de fundações, paredes, colunas e outros detalhes, tudo de acordo com o indicado no projeto. A materialização disso no terreno é feito através de piquetes.

A execução da locação de pequenas construções necessita apenas de uma trena, metro de pedreiro, um nível, mangueira de nível, um esquadro, um prumo e linha (fio de náilon ou metálico de preferência) e é feito como descrito a seguir:

1º) Crave uma estaca de madeira no local onde será um dos cantos da casa (ou da ampliação futura). A estaca deve ficar bem aprumada e com uma altura aproximada de 1m acima do terreno; sobre o topo da estaca bata um prego até sua metade.

2º) Afastado aproximadamente 1 m da área que vai ser construída a casa, devem ser fixados traves ou cavaletes de madeira, utilizando-se na sua confecção pedaços de caibros e ripões.

Para a fixação dos alinhamentos no terreno, existem dois tipos de processos que podem ser utilizados: processo de cavaletes ou tabeiras e o processo da tabua corrida ou tabela. No fundo o principio dos dois é o mesmo apenas a disposição final é diferente..

No processo de tabeira é feito um cavalete contínuo de tábuas ou sarrafos, fixados ao solo por estacas de madeira, cercando toda a área da construção.

3º) O travessão de todas as traves (ou as tábuas ou sarrafos das tabeiras) devem estar no mesmo nível, um pouco abaixo da cabeça do prego fixado na estaca. Utilize para o nivelamento a mangueira de nível.

4º) Estique uma primeira linha (ou fio de aço) na direção da frente do seu lote ou da cerca divisória com o lote vizinho. A linha deverá encostar levemente no prego da estaca.

5º) Estique uma segunda linha que deve cruzar a primeira, exatamente na cabeça do prego da estaca. As duas linhas devem ficar no esquadro (angulo de 90°), utilize um esquadro de pedreiro para sua verificação.

6º) Meça sobre as duas linhas, a partir do prego na estaca, a largura e o comprimento da casa e marque com um giz ou uma caneta aquelas distâncias em cada uma das linhas, respectivamente.

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Em cada uma das linhas, respectivamente. No caso de emprego de tabeira a marcação é feita nos seus sarrafos horizontais.

7º) Estique outras duas linhas de forma que se cruzem fazendo esquadro com as duas primeiras e entre si.

8°) Confira as quatro medidas entre as linhas.

No processo da tabua corrida: consiste na cravação de pontaletes de pinho (3”x3” ou 3”x4”), distanciados entre si de 1,50 m aproximadamente e afastados das futuras paredes cerca de 1,20m. Estes pontaletes servirão mais tarde para erguimento de 3 andaimes, sempre necessário. Nestes pontaletes serão pregadas tabuas sucessivas formando uma cinta em volta da área a ser construída. As tabuas deverão estar estendidas em nível para que se possa esticar a trena sobre elas.Para perfeito esquadro entre dois alinhamentos devemos usar o teodolito. Depois de serem fixados dois alinhamentos ortogonais com o aparelho, os pontos restantes podem ser marcados com trena

3. MARCAÇÃO DAS FUNDAÇÕES E ALVENARIASApós ter sido feita a locação da construção da forma como foi explicado anteriormente, veja

abaixo como ficou a locação.

O próximo passo será a marcação das valas de fundações, paredes e colunas. Aproveita-se para esta finalidade, os cavaletes (ou tabeira) utilizados na locação da construção, colocando se pregos adicionais como mostra a figura.

Os locais de colunas ou outras partes importantes devem ser materializados através da cravação de piquetes com um prego nos seus topos.

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2.1-Para marcação de sapata de fundação e alvenaria proceder de forma semelhante, como mostra a figura abaixo.

Mas para isto devemos ter em mãos uma planta de locação, cotada com aproximação de milímetros, elaborada por um calculista.

Caso o terreno tenha caimento os cavaletes deveram ser em degraus, acompanhando a configuração do terreno, mas sempre em planos horizontais nivelados.

Após terminada a pregagem dos cavaletes, devera ser esticadas linhas, duas a duas, indicando o local onde deverá ser escavada a fundação. No caso de o calculista determinar a fundação com estacas, deve-se ter o cuidado de escrever o numero da estaca correspondente onde as linhas se cruzarem. Neste local devera ser cravado um piquete, preferencialmente pintado de branco para fácil localização3.1- Para a marcação das paredes, devemos proceder do mesmo modo como para as fundações. Mas sempre tomando muito cuidado, pois uma má locação trará desarmonia entre o projeto e a execução, cujas conseqüências serão bem graves. AP se marcar as paredes, devemos fazer pelo eixo, e em seguida, medir o tijolo a ser usado no levante da obra e marcamos, a partir do eixo, as duas extremidades ou faces do tijolo, que definem a espessura da parede.

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3ª AULA – EXECUÇÃO DAS FUNDAÇÕES

PARAMENTROS PARA ESCOLHA DE FUNDAÇÕESSão diversas as variáveis a serem consideradas para a escolha do tipo de fundação.Numa primeira etapa, é preciso analisar os critérios técnicos que condicionam a escolha por

um tipo ou outro de fundação. Os principais item a serem considerados são:Topografia da área. - dados sobre taludes e encostas no terreno, ou que possam atingir o terreno;

-.necessidade de efetuar cortes e aterros- dados sobre erosões, ocorrência de solos moles na superfície;- presença de obstáculos, como aterros com lixo ou matacões.Características do maciço de solo- variabilidade das camadas e a profundidade de cada uma delas;- existência de camadas resistentes ou adensáveis;-compressibilidade e resistência dos solos;-a posição do nível d.água.

Dados da estrutura-a arquitetura, o tipo e o uso da estrutura, como por exemplo, se consiste em um edifício,

torre ou ponte, se há subsolo e ainda as cargas atuantes.Realizado esse estudo, descartamos as fundações que oferecem limitações de emprego para

a obra em que se está realizando a análise. Teremos, ainda assim, uma gama de soluções que poderão ser adotadas. Alguns projetistas de fundação elaboram projetos com diversas soluções, para que o construtor escolha o tipo mais adequado de acordo com o custo, disponibilidade financeira e o prazo desejado.

Dessa forma, numa segunda etapa, consideram-se os seguintes fatores:Dados sobre as construções vizinhas

-o tipo de estrutura e das fundações vizinhas;-existência de subsolo;-possíveis conseqüências de escavações e vibrações provocadas pela nova obra;-danos já existentes.

3.1 TIPO DE SOLOA primeira parte da casa a ser construída são suas fundações, que ficam em contato direto

com o solo, e têm a importante função de transmitir a ele todo o peso da construção.Por isto, são dois os motivos que nos levam a procurar, para a base da construção, uma

camada de solo abaixo da superfície:1- para que se elimine a possibilidade de escorregamento lateral, pois se as bases da

parede estiverem na superfície seriam simplesmente apoiadas e haveria o risco de escorregamento para os lados sempre que um esforço nesse sentido vencesse o atrito.

2- porque aprofundando o alicerce, evitamos as primeiras camadas que são, geralmente, de aterro recente ou misturadas com vegetação (corpos orgânicos) não merecendo confiança como base.

É como se fossem os pés de uma pessoa, que devem ser adequados para agüentar seu peso e mantê-la de pé, em qualquer piso que se encontre - evidente que não se tratando de areia movediça ou de um charco! Para a escolha do tipo de fundação, interessa, portanto, saber:

tipo de solocarga da construção e sua distribuição

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A tabela abaixo apresenta alguns tipos de solos e suas resistências à compressão percentualmente comparadas com a de uma rocha muito dura (100%).Tipo de solo Resistência à compressão (%) Observação

Areia movediçaBarro (argila) mole

2,55,0

Pouco resistente

Barro úmido ou areia molhadaBarro e areia em camadas alternadas

10,0

12,5

Medianamente resistente

Barro seco ou areia fina firmeAreia grossa, pedregulho ou cascalho ou solo compactado

15,0

20,0

Resistente

Pedregulho graúdo ou cascalho grosso, blocos de pedraPiçarra, rocha alteradaRocha muito dura

30,050,0100,0

Muito resistente

É importante saber da homogeneidade do solo em todo o terreno, pois as variações de tipo de solo são prejudiciais à construção. Um modo rápido e eficiente de verificar a resistência do solo é tomar um vergalhão de aço com uns 8mm (5/16") de diâmetro e cerca de 2,0 m de comprimento e tentar enfiá-lo em vários pontos do terreno, empregando seu próprio esforço.

Anote a profundidade cravada em cada local.Se as profundidades cravadas não ultrapassaram a 1,00 m, o terreno é firme e pode ser feita

uma fundação direta, ou seja, que se apóia diretamente sobre o solo através de valas de pequena profundidade (aproximadamente de 60 cm).

Se parar até 1,50 m, a fundação deverá ser mais reforçada, e acima de 1,50m exigirá fundação profunda (tipo estaca). Caso em todos os locais o vergalhão puder ser enfiado no terreno praticamente sem esforço – o terreno é mole, deverá exigir uma fundação tipo radier ou substituição do solo.

Também exigirá radier se entre dois pontos verificados as profundidades forem bastante diferentes, por exemplo: 0,50 m e 1,60 m. Nestes casos é também recomendável fazer uma cravação intermediária. Esta verificação deve ser feita após o nivelamento do terreno, caso contrário deve ser descontado a altura de terreno que se prevê, e deverá ser cortada para seu nivelamento.

No caso de aterros com espessuras superiores a 1,50 m, desde que o terreno tenha condições de suporte do maciço terroso compactado, pode-se afirmar que as condições de fundações serão muito boas e uma fundação direta poderá ser feita.

Cuidado para condições de passagem de corte para aterro; é local de possíveis problemas futuros (trincas nas paredes).

Serão vistos aqui apenas alguns tipos de fundações diretas, pois as profundas exigem a realização de sondagem e estudos específicos por especialistas.

3.2. TIPOS DE FUNDAÇÕESExistem fundações superficiais e fundações profundas

As Superficiais também chamadas de fundação rasa ou direta transmitem a carga da construção ao terreno através das pressões distribuídas sob a base da fundação. As fundações superficiais estão assentadas a uma profundidade de até duas vezes a sua menor dimensão em planta.

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3.2.1 Os principais tipos de fundação superficial são:BlocoSapataGrelhaRadier

Bloco: é o elemento de fundação de concreto simples, dimensionado de maneira que as tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura.

Sapata isolada:É um elemento de fundação de concreto armado, de altura menor que o bloco, utilizando armadura para resistir a esforços de tração.

Sapata corrida; é um elemento que recebe pilares alinhados, geralmente de concreto armado; pode ter seção transversal tipo bloco, sem armadura transversal, sendo chamada de baldrame.

Grelha: elemento de fundação constituído por um conjunto de vigas que se cruzam nos pilares.

Radier: elemento de fundação que recebe todos os pilares da obra.

3.2.2 Fundação profunda São aquelas em que a carga é transmitida ao terreno através de sua base (resistência de ponta) e/ou superfície lateral (resistência de atrito). As fundações profundas estão assentadas a uma profundidade maior que duas vezes a sua menor dimensão em planta.

Os principais tipos de fundação profunda são:Estaca pré moldadaConcretoMetálicas

Estacas moldadas in loco com tubo de revestimento:Estacas Tipo Franki:Estacas Tipo Strauss

Estacas moldadas in loco escavadas mecanicamenteHélice ContínuaEstacas-RaizEstaca barreteTubulão

3.3 Fundações Superficiaisa) Sapata isolada ou corrida

A sapata é uma fundação direta, geralmente de concreto, que pode ser contínua para as paredes (fundação corrida ou sapata corrida) ou sapata para colunas. No caso particular de paredes, a sapata tem forma retangular.

e = Espessura da paredeL = 20+Parede de 15 cm15 cm + 20 cm = 35 cmExemplo:e = Parede de 25 cmL=25 cm + 20 cm = 45 cm

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Em alguns casos especiais (colunas e cantos da construção), a sapata deve ter a forma apresentada na figura abaixo (desconsidere os números)

Nota:As dimensões a,b,h devem ser calculadas.Feita a cava destinada a sapata, seu fundo deve ser apiloado (compactado com soquetes), de

um modo que fique bastante firme. Após essa compactação deve ser executado um berço de aproximadamente 5 cm, constituído por:

concreto magro;colchão de areia; ou

pedras cravadas no solo.O fundo das cavas de fundações deve ser nivelado, para tanto se mede a distância do fio até

o fundo que deve ser sempre igual a H

Se o terreno não for plano, o fundo da cava deve ser executado em degraus para evitar o escorregamento do concreto da fundação.

A extensão de abertura da vala deve ser tal, que seja possível seu enchimento durante a jornada de trabalho. Caso o solo seja muito arenoso é conveniente que a vala seja escorada com tábuas fixadas com escoras a cada 0,50 m.

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Nota: em geral são 5 sapatas para cada 60m² de construção

b) Brocas (estacas)Caso o terreno seja fraco em sua camada superficial (60 cm) será necessário apoiar o

baldrame sobre brocas (estacas), que serão executadas nos cantos da construção e locais de encontro das paredes e colunas. A broca é feita abrindo-se inicialmente um furo no terreno com cavadeira (ou trado) com um diâmetro de aproximadamente 20 cm e uma profundidade tal que atinja o terreno firme (devem ser sempre mais que 2 metros). Colocam-se posteriormente as ferragens, parecido com a de um pilar, que pode ser triangular ou quadrada, utilizando-se barras de ferro (ø 10 mm e 5mm) e concreta-se o furo. Deve ser evitada a queda de solo ou qualquer outro material durante o lançamento do concreto, pois estas interrompem a transmissão das cargas. Concretadas as brocas, executa-se o viga fundação (baldrame).

O espaçamento das brocas, a ferragem usada e os dados para a construção do baldrame dependem de calculo especifico.

A resistência a compressão de cada broca varia conforme seu diâmetro. Admite-se que uma broca de 20cm de diâmetro suporte, aproximadamente, uma carga de 4 a 5 toneladas.

c) RadierQuando o terreno for muito pouco resistente, caso de locais alagadiços ou constituídos por

solos com características bastante diferenciadas de suportes, deve ser feita uma fundação do tipo radier, constituída por uma placa contínua de concreto de 30cm de espessura, totalmente armada (tela soldada) em toda a área da construção ou apenas sob as paredes

Trata-se de uma laje que recebe cargas de todos os pilares.A carga da construção por metro quadrado pode-se considerar de 120kg/m³. Por consumir um volume de concreto relativamente alto, é mais viável em obras com grande concentração de cargas. Deve resistir aos esforços diferenciados de cada pilar, além de suportar eventuais pressões do lençol freático.

Sobre o radier apóiam-se as vigas (baldrames) e sobre estas, as colunas e as paredes.

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d) Alicerces em alvenaria de pedra Quando encontramos terrenos arenosos e alagados (terrenos do litoral) devemos substituir os

maciços de alvenaria de pedra grés pelos de pedra de granito. A pedra grés, por ser porosa absorve muita umidade e com o tempo pode se decompor; a camada de concreto como sapata dos alicerces não pode ser utilizada, pois não podem ser “concretadas” dentro d’água.

Esta fundação em pedra de granito deve ser elevada acima do nível do terreno, ou superfície de água.

3.3. CONCRETO PARA AS FUNDAÇÕESSabendo-se da importância das fundações de uma obra e como pode ser escolhido o tipo que

vai ser executado, restará apenas abrir as valas, servindo-se de ferramentas apropriadas, socar (soquete de madeira) seus fundos e preenchê-las com concreto.

Como foi dito, os primeiros 5 cm da vala devem ser preenchidos com magro (pouco cimento) e o restante com um concreto mais rico (em cimento ) .O concreto é feito com a mistura de cimento portland, água e agregados: pedras e areia e eventualmente um aditivo.

Quais as proporções em que cada um desses materiais entra na mistura? Essa questão é resolvida através de uma dosagem que nos dá exatamente aquelas proporções e que se denomina de traço. Como esse assunto é de certo modo complexo, vou apresentar uns gráficos simples em que a partir do volume (m³) de concreto necessário, obtêm-se as quantidades de cada material para esse volume.

Nota: Veja na chave como é fácil utilizar os gráficos G (concreto magro) e G (concreto normal).

Em um concreto, a quantidade de água é de suma importância. Água demais resultará em um concreto fraco. Pouca água provocará fissuras superficiais e bolhas de ar no interior do concreto. Em ambos os casos o produto não será bom. A cal hidratada em pequena quantidade na mistura reduzirá a possibilidade de ocorrência de fissuras devidas à retração do concreto.

A mistura do concreto pode ser feita manualmente com auxílio de pás, baldes ou latas. Um regador, e, muito importante, um estrado firme e seco de madeira (2mx 2 m, por exemplo).

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Caso a quantidade de concreto ou a velocidade de concretagem exigirem pode ser utilizada uma betoneira.

Como fazer o concreto a mão e com o auxilio da betoneiraA mão:

Primeiro espalhe areia, formando uma camada de uns 15cmSobre a areia coloque o cimentoCom uma pá ou enxada mexa a areia e o cimento ate formar uma mistura bem

uniformeEspalhe esta mistura, formando uma camada de 15 a 20 cmColoque a brita sobre esta camada, misturando muito bemForme um monte com um buraco no centroAdicione e mistura a água aos poucos, evitando que escorra.

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Com a Betoneira:Coloque primeiramente a brita na betoneiraAdicione águaPonha o cimentoPor último a areia

Os materiais devem ser colocados com a betoneira girando e no menor espaço possível. Depois de colocados todos os materiais, deixe misturar no mínimo por 3 minutos.

Para grandes quantidades, o concreto pode ser comprado pronto, que é fornecido em caminhões-betoneira. Nesse caso, o concreto deve ser colocado rapidamente nas fôrmas previamente preparadas. As empresas fornecedoras podem orientar sobre o traço mais adequado ao tipo de serviço.

A seqüência de operações para mistura dos materiais pode ser escolhida da tabela abaixoMistura I II Observações

Manual

AreiaCimento (misturar)Pedra (misturar)Água (misturar)

PedraAreiaCimento (misturar)Água (misturar)

Faça uma cratera no meio dos materiais para adição da água. Adicione a água com regador.

Betoneira

PedraÁguaCimento betoneira girandoAreia

Metade pedraMetade água(girar um pouco)CimentoRestantede água Betoneira girandoRestantede pedra

Verifique se a betoneira está bem nivelada.Mantenha a betoneira limpa.

Notas:1) Prepare apenas a quantidade de concreto que vai ser aplicado.2) Restos de cimento ou nata de cimento, não aproveitadas, não devem ser colocadas em encanamentos, pois devem provocar entupimentos.3) Se o concreto ficar mole: adicione brita e areia4) Se o concreto ficar seco adicione cimento e água. (5:3)5)"Não se pode menosprezar o risco". "Só dá para saber exatamente o que estará abaixo de uma sapata na hora de executá-la."6) É importante lembrar que, se o solo não for adequado, não adianta mudar as características da peça ; por exemplo, aumentar a resistência do concreto. "O que condiciona o desempenho da fundação é a resistência do solo, que é, no final das contas, o elo fraco do sistema". Por isso, no caso de sapatas, a liberação da concretagem de cada elemento deve ser feita pelo projetista/consultor das fundações.7)Outro cuidado é manter o fundo da vala limpo, sem lama ou materiais soltos. "Como a sapata espraia as tensões de toda a estrutura para o solo, um concreto com problemas pode prejudicar o desempenho de todo o sistema".

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4ª AULA – ALVENARIA

4.CUIDADOS PRELIMINARES A SEREM TOMADOSDeixando-se pelo menos um dia de espera após a aplicação da camada de

impermeabilização, serão erguidas as paredes. Uma alvenaria é geralmente constituída por blocos com dimensões padronizadas que são

justapostos com ou sem elemento de ligação (argamassa ou cola) entre eles. A finalidade de uma alvenaria é a elevação de paredes internas e externas que podem ser de simples vedação (fechamento de vãos) ou portante, isto é, suportando e transmitindo esforços de compressão às fundações.

Uma alvenaria pode ser constituída por blocos de pedras aparelhadas, tijolos maciços ou furados de barro ou de solo-cimento e blocos cerâmicos, solo-cimento ou de concreto. As alvenarias mais comuns são constituídas por tijolos maciços ou furadas de barro cozido (ou de solo-cimento) e por blocos de concreto. Serão abordados particularmente estes últimos no que se refere às instruções de execução das alvenarias, para outros tipos de materiais devem ser feitas as adaptações necessárias, no entanto, os princípios fundamentais permanecem os mesmos.

4.1. TIJOLOS MACIÇOS, FURADOS E VAZADOSa) Tijolos Maciços

São produzidos com argila queimada em olarias (normalmente de poucos recursos técnicos) ou com solo-cimento, prensados em máquinas manuais ou hidráulicas, que produzem produtos de boa qualidade, quando dosados adequadamente.Características principais: dimensões normais 23 cm x 11 cm x 7 cm (variam muito nos tijolos de barro)

consumo por m² :parede de 25 cm 115 tijolosparede de 15 cm 60 tijolosparede de 10 cm 40 tijolos

b) Tijolos Furados e VazadosPor serem maiores e mais leves que os tijolos maciços são mais utilizados, resistem bem à

carga da laje, telhado e caixas d'água, normais em uma construção. São produzidas igualmente de barro queimado ou com solo-cimento .Características principais:

Dimensões normais: 20 cm x 20 cm x 10 cm 30 cm x 20 cm x 10 cmconsumo por m² :

parede de 20 cm - 45 tijolos 30 tijolosparede de 10 cm - 24 tijolos 16 tijolos

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4.2. BLOCOSDECONCRETOCom utilização cada vez maior, os blocos de concreto vibrados, fabricados com cimento

portland, areia, pedrisco e água, com várias formas e tamanhos, constituem uma alvenaria bastante regular (dispensando mesmo o revestimento) e muito resistente. A figura abaixo mostra alguns tipos de blocos produzidos.

Nota: Os tipos 2, 4, 6, 9 e 11 necessitam de aproximadamente 13 blocos para cada m² de parede e o tipo 8 são necessários 15 blocos.

4.3. ARGAMASSAS PARA ALVENARIAA argamassa é uma mistura de cimento portland, areia e água (argamassa de cimento), ou de

cimento portland, cal e água (argamassa mista). As argamassas destinadas à alvenaria (rejuntamento) devem ter resistência pelo menos igual à dos blocos que a comporão, por isto a necessidade de ter uma composição adequada

Alvenaria Argamassa (traço) Rendimento por saco de cimento

Camada de nivelamento (regularização) e 2 primeiras

1 lata de cimento3 latas de areia média

Variável

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fiadas 1 kg impermeabilizanteTijolos de barro cozido, furados ou vazados

1 lata de cimento2 latas de cal8 latas de areia média

10 m

Tijolos ou blocos de solo cimento

1 lata de cimento10 latas de solo (arenoso)

16 m

Blocos de concreto1 lata de cimento1/2 lata de cal6 latas de areia

30 m

Notaa) A lata usada como medida deve ter 18 litros de capacidade (vol. vazia de 0,022m³)b) A quantidade de água deve ser determinada em função do material utilizado, da finalidade destinada e facilidade de manuseio da argamassa.

As argamassas devem ser preparadas manual ou mecanicamente (argamasseira ou betoneira).

No preparo manual deve-se seguir a seguinte seqüência:1º) espalhar a areia numa camada de cerca de 15 cm;2º) juntar a areia, o cimento e a cal hidratada ou outros materiais;3º) misturar os materiais com a enxada até obter uma coloração uniforme da mistura;4º) abrir um buraco no meio da mistura homogênea e adicionar água aos poucos, mexendo

sempre até obter a consistência desejada – por exemplo – plástica, fácil de aplicar, sem excesso de água (colocada sobre uma colher de pedreiro, quando virada a argamassa deve escorregar sem perder a forma!).

No caso de utilização de argamasseira, observar a seguinte seqüência de introdução dos materiais com o tambor em movimento:

1º) um pouco d'água no tambor da argamasseira;2º) a areia;3º) o cimento (e a cal hidratada ou outros materiais); e,4º) o restante d'água.

Nota: nunca usar cal virgem, pois o preparo de argamassa com esta deve ficar, pelo menos, 5 dias ou mais. Isto é necessário, pois sempre ha partículas de cal que ainda não reagiram, queimaram. Caso seja aplicada sem que a mesma tenha “queimado”, poderá acontecer que depois de revestida as paredes apresentem pequenos buracos devido a reação da cal .

4.4. EXECUÇÃO DA ALVENARIAa) Noções básicas sobre execução de uma alvenaria

Assentamento com junta à prumo amarrada (empregado tanto para blocos de concreto, cerâmicas ou de solo-cimento).

Na maneira como cada fieira ou fiada é colocada em relação à anterior ou posterior, denomina-se de assentamento, aparelho ou amarração dos blocos.

Pode-se usar indiferentemente qualquer tipo de amarração: meio bloco, amarração simples, um bloco ou amarração dupla, ou bloco de espelho, que a resistência da alvenaria ficará garantida desde que observada à seguinte regra básica: Nunca superpor duas juntas de fieiras contínuas. Este tipo de assentamento pode ser feito desde que a alvenaria tenha outros elementos de enrijecimento (estrutura de concreto, por exemplo), no sentido horizontal e vertical.

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No caso de alvenarias com blocos à vista (sem revestimento) a estética apresentada pelo sistema de assentamento adotado, bem como o tratamento das juntas (frisamento) são muito importantes.

Na construção de alvenaria de uma casa utiliza-se normalmente o meio-bloco. Os blocos de concreto possuem, naturalmente pelos seus vazios, uma melhor isolação térmica.

b) Assentamento da primeira fiada de blocosApós ter sido feita a locação das alvenarias pode-se iniciar o assentamento da primeira fiada

de blocos que deverá ser feito sobre uma de concreto, bem nivelada, que constitui a parte superior da sapata corrida ou sobre vigas de segurança das sapatas isoladas ou blocos, ou ainda sobre a placa de um radier.

É importante, principalmente em locais úmidos, que antes de iniciar o assentamento da primeira fiada de blocos, seja feita uma impermeabilização mediante a aplicação de argamassa de cimento e areia (traço 1:3), dosada com impermeabilizante (0,8 kg por saco de cimento), que deve ser dissolvida na água de amassamento.

Antes da aplicação da argamassa impermeabilizante, molhar o respaldo (parte superior) da fundação para remover a poeira. Deve-se evitar descontinuidade na impermeabilização que comprometam o seu funcionamento.

A espessura dessa camada deve ser de 1,0 cm a 1,5 cm. Se for o caso, a camada impermeabilizante deverá envolver cerca de 10 cm das laterais da fundação. A camada de argamassa deve ser apenas desempenada, ficando sua superfície semi-áspera. Aplica-se então, duas a três demãos de emulsão asfáltica, iniciando-se a construção da 1ª fiada de blocos aproximadamente 24 horas após.

Recomenda-se que, pelo menos as duas primeiras fiadas de blocos sejam assentadas com argamassa impermeabilizante. A alvenaria deverá receber revestimento com a mesma argamassa numa altura de 15 cm em relação ao piso interno e 60 cm em relação ao piso externo.

Deve-se tomar todo o cuidado no nivelamento da 1ª fiada, pois disto dependerá a qualidade e facilidade da elevação do restante da parede. As irregularidades, porventura existentes, na camada de argamassa de impermeabilização deverão ser compensadas logo nessa primeira fiada para não comprometer a execução da alvenaria, com desperdício de material e mão-de-obra.

No nivelamento devem ser utilizados régua e nível de bolha ou mesmo com auxílio do nível de mangueira.

As etapas seguintes de elevação da alvenaria devem atender as seguintes recomendações:

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1º) Elevação dos cantos, isto é, nas junções com outras paredes ou colunas. Os blocos devem ser assentados de maneira escalonada; aprumados e nivelados com os da primeira fiada, para a marcação das linhas das fiadas pode ser utilizada uma régua, marcada com as alturas de cada fiada (escantilhão).

2º) As linhas guias das fiadas devem ser amarradas em blocos não assentados, ou então,em pregos cravados nas juntas .

3º) A argamassa de assentamento deve ser estendida sobre a superfície horizontal da fiada anterior e na face lateral do bloco a ser assentado .

A quantidade de argamassa deve ser tal que parte dela seja expelida quando for aplicada pressão sobre o bloco.

Observar que o bloco a ser assentado esteja úmido, mas não encharcado. O acerto da espessura prevista para junta (10 mm), as correções de nível e de prumo dos blocos só poderão ser feitas logo após seu assentamento.

4º) A argamassa que sobrar (expelida) durante o assentamento deve ser raspada com a colher de pedreiro, podendo ser devolvida à caixa de massa para ser reutilizada .

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5°) A cada 3 ou 4 fiadas devem ser verificados o nivelamento e o prumo da parede, o nivelamento pode ser verificado com uma régua e nível de bolha . Salienta-se a importância dessa verificação na fiada que antecede os vãos da janela. O prumo verificado com fio de prumo, ao longo da parede e com máximo cuidado nas laterais (ombreiras) dos vãos de porta e janela.

c) Detalhes de assentamentoLigação entre parede e pilarA ligação de alvenaria com os pilares é feita normalmente com introdução de argamassas

entre o bloco e o pilar, que deverá ser previamente chapiscado com argamassa de cimento e areia (1:3). No caso de extensões superiores a 4,00 m entre os pilares, recomenda-se que além do chapisco que seja feita uma ligação através de barras de aço (ø 3,8mm ou 5,0 mm) com comprimento de aproximadamente 0,40 m previamente chumbadas no pilar a cada duas fiadas.

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Ligações entre paredesPara evitar trincas futuras no encontro de paredes, nos cantos da construção ou com paredes

intermediárias (em T), deve ser feita uma amarração dos blocos, como mostrado abaixo.

Caso não seja feita a amarração dos blocos, no encontro de paredes, a sua ligação deverá ser efetuada através de barras de aço (ø 5 mm e 40 cm de comprimento), introduzidas na argamassa de assentamento dos blocos a cada duas fiadas.

Fixação de marcos (batentes de portas e janelas)A fixação de batentes de portas e janelas na alvenaria é feita através de tacos de madeira,

que devem ser molhados e chumbados, empregando-se argamassa de cimento (1:3). Espaçar os

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tacos em distâncias que permitam a fixação e cada montante em pelo menos três pontos de sua altura.

Caso as portas sejam fornecidas com marcos (batentes) já com os tacos de madeira, devem-se deixar vãos na alvenaria nas alturas correspondentes, para fixação posterior do batente.

A fixação da alvenaria de caixilhos de ferro ou alumínio é feita através de grapas, previamente soldadas nos caixilhos. A alvenaria deve ser cuidadosamente quebrada com utilização de uma ponteira nos locais em que as grapas deverão ser chumbadas com argamassa de cimento (1:3).

Cuidar para que os caixilhos fiquem nas posições corretas devidamente prumados e nivelados.

O caixilho de alumínio poderá ser aparafusado à alvenaria com auxílio de buchas previamente embutidas. O requadramento de vão entre o marco e a alvenaria deve ser feito com o máximo cuidado, utilizando-se inclusive um gabarito, e empregando-se como enchimento um material flexível (gaxeta de neoprene, massa de silicone etc.), que garanta a estanqueidade a água.

Grapa do tipo “rabo de andorinha”

Embutimento de tubulações na alvenariaO embutimento de tubulações, tanto de instalações hidráulicas como de eletricidade, é feito

normalmente após a execução da alvenaria. Recomenda-se que, na execução das alvenarias os blocos sejam assentados, sempre que possível, com a direção dos seus furos coincidindo com a direção da tubulação a ser embutida. Isto facilitará não só a execução dos rasgos, como também a

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recuperação posterior da parede, nas juntas a prumo resultantes poderão ser empregados ferros de ø 5 mm e 40 cm de comprimento a cada duas fiadas para garantir a continuidade da parede.

No caso de embutimento de tubulações de grandes diâmetros (ø 50 mm), em relação à espessura da parede, não se recomenda a confecção de rasgos, sugerindo-se o seguinte procedimento:

1º) Inserir no local onde será instalada a tubulação um pontalete de madeira de 6 cm x 6 cm.2º) Assentar os blocos faceando com o pontalete, introduzindo nas juntas de cada duas

fiadas,um ferro de ø 5mme 40 cm de comprimento.3º) Retirar com cuidado o pontalete e inserir no lugar a tubulação e preencher o vão,

utilizando pedaços de blocos e argamassa de cimento (1:3) .

Vergas e contra-vergasSobre o vão das portas e das janelas devem ser executadas vigas de concreto armado

(vergas) com pelo menos duas barras de aço de ø 5,0 mm ou 6,3 mm. O concreto é do tipo estrutural.

No caso de caixilhos de ferro e alumínio podem ser utilizados blocos tipo canaleta para confecção dessas vigas.

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Embaixo do vão de janelas pode-se construir uma vigota armada (contraverga) ou simplesmente utilizar dois ferros corridos (ø 5,0 mm) introduzidos na argamassa e avançando, no mínimo, 20 cm para cada lado. Esta solução pode ser adotada sempre que os vãos de porta ou janelas forem pequenos (não excedendo a 1,00 m).

Quando numa mesma parede existirem diversas aberturas sucessivas, a verga deverá ser contínua sobre todos os vãos e deverá apresentar barras de aço superiores e inferiores (como vigas contínuas).

O papel das vergas é de evitar que a carga da alvenaria superior recaia sobre a esquadria, deformando-a.

As conseqüências da não utilização das vergas superior e inferior são:Verga superior: a carga incide sobre a esquadria fazendo com que esta se deformeVerga Inferior: a não utilização deixara a alvenaria sujeita a carga concentrada nos

lados do vão sem carga no centro.. Isto causara rachaduras na alvenaria, visíveis no revestimento e de mau aspecto.

d) Cintas de amarraçãoApós o respaldo, ou seja, a última fiada de blocos de uma alvenaria deverá ser executado ou

um encunhamento (tijolos maciços de barro colocados inclinados), no caso de paredes de vedação, fechando uma estrutura (pilares e viga), ou uma cinta de amarração para receber a laje. A cinta de amarração poderá ser feita utilizando-se blocos canaletas, assentadas sobre os blocos de respaldo, como mostra abaixo, colocando-se no seu interior duas barras de ø 6,3 mm (no mínimo) e preenchendo com concreto. A confecção da cinta de amarração fica bastante simplificada com este procedimento.

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No caso de ser executado acima da laje um parapeito, platibanda, mureta etc., o detalhe construtivo é mostrado abaixo .

e) Acabamento de juntas em alvenarias aparentesNas alvenarias aparentes o aspecto final depende do acabamento dado às juntas.Na figura abaixo são apresentados exemplos de juntas confeccionados utilizando frisadores

diferentes. É possível obter-se a alvenaria com blocos aparentes com suas juntas tomadas (totalmente preenchidas), deve-se saber como se deseja a parede quando do assentamento dos blocos.

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5ª AULA – LAJE

As lajes são estruturas destinadas a servirem de cobertura, forro ou piso para uma edificação.

5. TIPOSPodem ser de dois tipos básicos: as maciças e as nervuradas.As lajes maciças são mais utilizadas em obras grandes e especiais, necessitando de cálculo

apropriado executado por especialista. Dentro do tipo nervurado estão as lajes pré-fabricadas, também chamadas de mistas, que tem utilização mais ampla, atendendo também as obras de menor porte.

As lajes pré-fabricadas são aquelas constituídas por vigas ou vigotas de concreto e blocos que podem ser de diversos materiais, sendo mais utilizados os de cerâmica e os de concreto.

Dependendo do tipo de vigota utilizada, as lajes pré-fabricadas podem ser: protendidas, comum ou treliçadas. a) Protendidas

A laje protendida possui um tipo de armadura especial e, sendo na maior parte destinada a obras maiores onde é necessário resistir a grandes cargas e se tem grandes vãos, não entraremos em detalhes.b) Laje comum

As vigotas possuem formato de um “T” invertido e tem internamente uma armadura de barras de aço.

Os blocos (ou lajotas) usados são predominantemente de cerâmica, tendo em média 32 cm

de largura. As alturas normais dos blocos são 7 cm, 10 cm, 12 cm, 15cm e20cm .A laje é montada intercalando-se as lajotas e as vigotas sendo finalmente unidas por uma

camada de concreto, chamada de capa, lançado sobre as peças. A laje, depois de pronta, terá esta aparência (este desenho mostra a laje como se fosse uma fatia de pão e estivéssemos enxergando o miolo).

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Em lajes de forro pode ser utilizado o tipo comum até vãos de 4,30 m com espessura de 10 cm e, para lajes de piso até 4,80 m com espessura de 12 cm (mas antes, verificar com o fabricante as limitações). As vigotas são fabricadas geralmente com comprimentos variando de 10 cm em10 cm.

Este tipo de laje pode apresentar trincas depois de pronta porque o concreto da capa não adere perfeitamente às vigotas, pois as mesmas têm a superfície muito lisa.

Durante o transporte das vigotas dentro da obra, elas também podem trincar, dependendo do comprimento que tenham, por isso deve-se ter muito cuidado ao manusear para não danificar as peças.c) Laje treliçada

A laje treliçada possui como armadura uma estrutura metálica denominada treliça que é fundida a uma base de concreto formando assim, a vigota .As medidas são em média as seguintes:

Podem ser compostas com blocos de diversos materiais, mas os mais utilizados são os de concreto e, principalmente, os cerâmicos (lajotas).

Após a montagem, que é feita da mesma forma que a laje comum, a laje fica da seguinte forma:

Como parte da armadura da vigota fica exposta o concreto da capa que é lançado após a montagem da laje, envolve totalmente a treliça favorecendo a aderência, evitando assim, o aparecimento de trincas na laje.

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Este tipo de laje pode ser utilizado tanto em obras grandes que necessitam de uma resistência maior ou são necessários vãos maiores (neste caso são usadas treliças maiores nas vigotas que são fornecidas sob encomenda), como também para forro ou cobertura (espessura de 8 cm - treliças de 8 cm) ou piso (espessura de 10 cm - também com treliças de 8 cm) para vãos de até 5 m,em obras residenciais de pequeno porte.

Laje de Forro

Laje de Piso

5.2. INSTRUÇÕES SOBRE A MONTAGEM DAS LAJES PRÉ-FABRICADASAs instruções apresentadas a seguir servem tanto para vigotas comuns como para vigotas

treliçadas.5.2.1. Apoios das vigotas

Sobre cinta de amarração apoiar as vigotas, no mínimo 2 cm. Sendo apoiadas sobre alvenaria, no mínimo 5 cm .

Apoio das vigotasNa ponta das vigotas existem aços salientes com comprimento de aproximadamente 5 cm

que servem para auxiliar na união entre as vigotas e o apoio quando a laje for concretada.

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5.2.2. Escoramento

Para vãos até 3,40 m utiliza-se sempre uma linha de escoras. Para vãos superiores a 3,50m até 5,0 m, duas escoras ou mais, se o vão ultrapassar a 5,0m, três escoras ou mais.

As escoras devem ser colocadas no sentido inverso ao de apoio das vigotas, antes da colocação dos blocos, nunca forçando as vigas para cima. Devem estar apoiadas sobre base firme para evitar que elas afundem na hora da concretagem e fixadas com calços e cunhas.

As tábuas horizontais dos escoramentos devem ser niveladas pelo respaldo para vãos até 2,00 m; acima desta medida pode haver indicações de contra-flecha, dadas pelo fabricante, que deverão ser seguidas.

Os pontaletes devem ser retirados somente 20 dias após a concretagem da capa, sempre depois de pronto o telhado, no caso de laje de forro.5.2.3. Colocação de blocos

Iniciar a colocação da laje por um par de blocos (lajotas) colocados em cada extremidade, intercalados com as vigotas para servirem de gabarito de montagem.

Deve ser deixada uma pequena folga entre a vigota e as lajotas. A primeira linha de lajotas deve ser apoiada de um lado sobre a alvenaria e de outro lado sobre a primeira vigota.

5.2.4 Concretagem da capa

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Antes de lançar o concreto, molhar muito bem todas as lajotas e vigotas para evitar que as peças absorva a água existente no concreto.Utilizar um concreto estrutural nas seguintes proporções:

1 saco de cimento4 latas de areia5 1/2 latas de pedra ou pedrisco1 1/4 latas de água

Nota: As medidas são para lata de 18 litros.

O lançamento deve ser feito com cuidado para não sobrecarregar a laje em pontos isolados. O adensamento poderá ser feito com simples batidas de desempenadeira ou com o auxílio de vibradores.

ATENÇÃO:a) Os conduítes e caixas de eletricidade devem estar fixados nas suas posições definitivas

antes da concretagem.b) Caso seja necessário, colocar qualquer ferragem complementar, seguir as instruções do

fabricante para sua montagem.c) Nunca pisar diretamente sobre os blocos. Colocar tábuas sobre as vigotas no sentido

transversal.

5.2.5. CuraApós o término da concretagem da capa, o concreto deverá ser mantido úmido, no mínimo

durante 3 dias. A laje deve ser molhada levemente com auxílio de regador ou mangueira.

5.2.6. RevestimentoPara o revestimento da laje, proceder como se fosse alvenaria.

5.3. RECOMENDAÇÕES GERAISAo construir uma laje pré-moldada deve ter-se em mente os seguintes aspectos:a) A laje deve ser protegida com um telhado, caso contrário apresentará infiltração de águas

da chuva. Caso não possa construir um telhado logo após a construção da laje, tome as seguintes providências: O concreto da capa deverá ser mais forte (mais rico em cimento), com uma maior espessura e com um aditivo impermeabilizante. Dê um caimento (0,5 cm para cada metro é suficiente) na laje que facilite o escoamento das águas. A superfície deverá ficar bem desempenada.

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A colocação de um revestimento na laje, só poderá ser executada, caso seja feito o prévio tratamento de impermeabilização necessária, no caso consulte um especialista.

b) Quando ocorrerem trincas na parte superior das paredes onde se apóiam a laje é sinal de que a necessária cinta de concreto ou foi mal feita ou não foi executada. Somente um técnico habilitado pode orientá-lo para sanar o problema.

c) Uma laje de forro não permite a construção de outro piso sobre ela. Consulte um técnico habilitado para saber como proceder ao reforço ou a substituição da laje.

d) A ferragem adicional pode ser dispensada no caso de vãos de até 2,50m. Para vãos maiores devem-se seguir as instruções do fabricante ou técnico habilitado, quanto à quantidade e posição daquela ferragem ou da negativa (armadura negativa).

Resumo:As lajes aumentam o valor, o conforto e a segurança de sua casa. As mais comuns são as de concreto armado, executadas no local, ou as pré-moldadas de

concreto, compostas de vigotas "T" ou vigotas treliçadas e lajotas (tavelas). As lajes pré-moldadas são as mais econômicas e mais simples de executar.O índice de isolamento: As lajes são estruturas destinadas a servirem de cobertura, forro ou

piso para uma edificação.Feitas de concreto armado, elas podem ser pré-moldadas ou concretadas no próprio local.As lajes concretadas no local, também chamadas de lajes maciças de concreto armado,

devem ser projetadas por um profissional habilitado, que também orientará e acompanhará a sua execução

Quais os tipos de lajes mais usadas?Podem ser de dois tipos básicos: as maciças e as nervuradas. As lajes maciças são mais utilizadas em obras grandes e especiais, necessitando de cálculo

apropriado executado por especialista. Dentro do tipo nervurado estão as lajes pré-fabricadas, também chamadas de mistas, que tem

utilização mais ampla, atendendo também as obras de menor porte.As lajes pré-fabricadas são aquelas constituídas por vigas ou vigotas de concreto e blocos

que podem ser de diversos materiais, sendo mais utilizados os de cerâmica e os de concreto. Dependendo do tipo de vigota utilizada, as lajes pré-fabricadas podem ser: protendidas,

comum ou treliçadas

Qual é a laje pré-moldada mais leve que existe?O isopor tem características muito favoráveis para utilização como elemento enchimento de

lajes, é leve e resistente. O isopor não serve de alimento a qualquer ser vivo inclusive microorganismos e, portanto,

não favorece a presença de cupim, nem apodrece.Usado em lajes pré-moldadas nervuradas em uma só direção ou em grelha, permite grande

economia de cimbramento, mão-de-obra e tempo

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A laje pré-moldadaA execução das lajes pré-moldadas é muito rápida e fácil, mas o fabricante deve fornecer o

projeto completo da laje, incluindo as instruções de montagem, a espessura da capa de concreto e os demais cuidados que devem ser seguidos à risca. Acústico é uma característica dos elementos construtivos completos e não de uma das suas capas, e por este motivo não se pode falar de índice de isolamento acústico de um material isolante.

A incorporação de Lãs de Vidro no interior dos elementos construtivos (enchendo os buracos) contribui para alcançar índices de isolamento acústicos elevados graças à sua elevada elasticidade, funcionando como uma mola

Ao construir uma laje pré-moldada deve ter-se em mente os seguintes aspectos:a ) A laje deve ser protegida com um telhado, caso contrário apresentará infiltração de águas da chuva. b) Quando ocorrerem trincas na parte superior das paredes onde se apóiam a laje é sinal de que a necessária cinta de concreto ou foi mal feita ou não foi executada. Somente um técnico habilitado pode orientá-lo para sanar o problema.c) Uma laje de forro não permite a construção de outro piso sobre ela. Consulte um técnico habilitado para saber como proceder ao reforço ou a substituição da laje. d) A ferragem adicional pode ser dispensada no caso de vãos de até 2,50m. Para vãos maiores deve-se seguir as instruções do fabricante ou técnico habilitado, quanto à quantidade e posição daquela ferragem ou da negativa

Vantagens da laje pré-moldada As principais vantagens que podem ser apontadas na utilização dos pavimentos formados por vigotas pré-moldadas em relação aos pavimentos tradicionais de lajes maciças de concreto armado são:

considerando igualdade de vãos e sobrecargas, possuem menor peso-próprio, com conseqüente alívio sobre as fundações;

dispensam o uso de fôrmas, pois os elementos pré-moldados e os elementos de enchimento fazem esse papel;

proporcionam sensível redução do escoramento das lajes, pois o elemento prémoldado possui capacidade portante capaz de reduzir as linhas de escoras;

Possibilitam o aumento da rapidez de construção da estrutura;proporcionam a diminuição da mão-de-obra de execução

 Aspecto

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Devem ser homogêneos, compactos e com arestas vivas, não apresentar trincas, fraturas ou outros defeitos que possam prejudicar o seu assentamento, resistência e durabilidade ou o acabamento em aplicações aparentes, sem revestimento. Se destinados a receber revestimento, devem ter a superfície suficientemente áspera para garantir uma boa aderência.

ModulaçãoO processo de fabricação (mistura homogênea, prensagem, secagem e cura controlada), deve

conferir aos produtos grande regularidade de formas e dimensões possibilitando a modulação da obra já a partir do projeto. É importante observar as dimensões estabelecidas em norma, bem como seus limites de tolerância. Quando vazados, observar ainda a espessura das paredes que compõem os blocos, pois fora das especificações, comprometem sua resistência

Tipos de Vigotas

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Armadura de Distribuição - ferragens Deve ser utilizada em toda a laje. A ferragem deve ser distribuída no sentido transversal às vigas, com ferro 4,2 mm a cada 50 cm, e no mesmo sentido das vigas a cada 1 m. (isto é só uma ilustração, cada obra tem suas próprias medidas)

Obs:← Os ferros a serem usados em lajes devem ser estipulados por um engenheiro civil.← Menos ferro ou mais fino, pode vir tudo abaixo. Procure um técnico especializado em

calculo de construção (calculista). Essa armadura é importante, pois distribui a carga sobre a laje e evita fissuras na capa do

concreto.

Forma da lajePregue uma tábua de testeira nas extremidades da laje, que vai funcionar como fôrma da

capa de concreto da laje.

Instalações - Fiação elétrica

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Nova caixa Caixa de derivação elétrica no formato de lajota para laje com suporte para ventilador de

teto, lustres, placas de publicidade (quando em marquise), ou em qualquer outra necessidade de suporte para algo mais pesado.

A anatomia da caixa CA, permite perfeito alinhamento entre as tavelas cerâmicas, alem de permitir o embutimento de todos os eletro-dutos, evitando que os mesmos passem por cima das tavelas e entre o concreto, o que costumeiramente causa cisalhamento (rachaduras) no concreto de capeamento

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Ferragem da Distribuição A ferragem de distribuição permite um perfeito travamento da estrutura da laje. Combate também o cisalhamento entre abas e alma das vigotas

Os ferros de distribuição devem obedecer a norma NB-4 e ser colocados em sentido transversal às vigotas. “Para os casos mais comuns, tal ferragem será composta por 1 de 1/4” espaçada a cada 30 cm.

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Ferragem Negativa a ser Utilizada em Balanço

Tabela Simplificada para o dimensionamento de Contra-Flecha

Vão Livre (m)Contra-Flecha

(cm)

2,5 a 3,95 1

4,0 a 4,95 1,5

5,0 a 5,95 2

6,0 a 7,95 2,5

8,0 a 10,0 3

10,0 a 12,00

laje de cobertura - EPS (isopor)

Vantagens da vigota treliçada com EPS (isopor) Surge no mercado nacional da construção civil, o uso de um elemento com forte vocação

técnica e redução de custos no sistema estrutural de edificações em concreto armado.É o E.P.S. (Isopor), que atua como elemento intermediário na Laje Treliça pré-fabricado,

reduzindo significativamente o peso próprio da laje acabada.

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Conseqüentemente diminuem as reações; nos apoios das vigas, das vigas para os pilares e dos pilares até as fundações, economizando assim aço, concreto, fôrmas e mão-de-obra em toda a estrutura.  

Apresenta também redução de mão-de-obra na montagem da laje e redução da seção de aço positivo nas vigotas pré-fabricadas. Outras características: - Peso específico de 10 a 19 kg/m3- Baixa absorção de água- Isolante térmico- Imune a fungos e bactérias

Compatibilidade com outros materiais Em geral o EPS é compatível com a maioria dos materiais atualmente utilizados na

construção civil. Vale notar, no entanto, que é sensível a alguns materiais que contenham solventes.Nestes casos terá de se evitar o contato ou exposição a vapores destes materiais.A estrutura celular é danificada pelos solventes sendo este processo acelerado com

temperaturas elevadas.

 Água, água do mar, soluções de sais +  Materiais de construção correntes (cal, cimento, gesso) + Soluções alcalinas + Soluções ácidas fracas + Ácido clorídrico 35% + Ácido nítrico 50% + Ácido sulfúrico 95% - Sais, adubos + Betumes, produtos betuminosos diluídos com água + Produtos betuminosos com solventes - Produtos asfálticos - Gasóleo, gasolina, fuel - Álcool +/- Solventes orgânicos -  Hidratos de carbono alifáticos -

Vantagens na obra

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6ª AULA – DATA 13 SETEMBRO 2012ESTRUTURAS DE AÇO

.O homem vem usando e fazendo abrigos contra o meio ambiente há milhares de anos- cavernas, casas nas arvores, casas de barro,, tendas revestidas de peles e iglus. E estas mudanças, muitas se devem a busca pelo conforto, segurança, mudanças nas fontes de energia,... Portanto, podemos hoje adotar as idéias criadas pelos antigos projetistas, observando e aprendendo sobre os sistemas de divisão de espaço a partir das construções existentes, especialmente enquanto estão sendo construídas, reformadas, danificadas ou demolidas. Isto nos ajuda na compreensão e no preparo de nossos próprios projetos. Na realidade, a velha construção nos diz: “ Aqui estou.....na minha infância fui belo....mas agora envelheci. Minha pele esta com rugas, minhas juntas estão emperradas. Não me copie, apenas utiliza-me cuidadosamente para ganhar confiança e sabedoria,e assim tomar decisões de projetos que sejam melhores”.

Esta observação se aplica particularmente ao sistema estrutural ( concreto, aço e madeira), já que não se pode “ver forças” atuando dentro das construções. Em muitos casos, os elementos principais podem estar cobertos por outros elementos de tapamento.

Vamos começar falando do açoO aço é:a) mais resistente a tração e compressão, muito rijo (menos deformável) em relação aos

outros materiais estruturais (madeira, concreto armado, tijolos), de modo que um elemento de aço em geral suportara mais carga do que um feito de outro material com dimensões comparáveis.

b) mais preciso em termos dimensionais e tem menor probabilidade de ser deformado permanentemente sob carga do que a madeira ou o concreto armado.

c) relativamente barato e disponível se comparado aos outros materiais, capaz de criar grandes estruturas que podem ser montadas com rapidez, garantindo um edifício terminado e a prova de intempéries o mais cedo possível.

d) mais facilmente adaptado e alterado depois de terminada a montagem (pelo uso de ligações parafusadas ou soldadas) do que quaisquer outros materiais. Portanto o aço é um excelente material para criar vários tipos de estrutura, podendo ser fechadas com painéis bem finos. Os elementos de tapamento usualmente são menos rijos do que a estrutura e em geral são considerados

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essencialmente como materiais não estruturais. Contudo, esses tapamentos sempre transferem as cargas do vento ou chuva para a estrutura principal.

As estruturas de aço são adotadas para resistirem as combinações de cargas verticais no pios e telhado, e também as cargas horizontais, como por exemplo o vento.A rigidez tridimensional é necessária para que haja uma estabilidade completa. Quando se adota um esqueleto com funções estruturais, a forma visual do tapamento interno e externo do edifício pode ser desenvolvida a partir de dois princípios;

a) Os tapamentos interno e externos podem ser apenas a função da fachada (fechamento e acabamento). Neste caso, eles são apoiados sobre as estruturas. Conseqüentemente, tanto o tapamento interno quanto as divisórias podem ser remanejadas sem restrições.

b) O tapamento externo pode ser usado para estabilizar a estrutura, passando, pois, a ser estrutural. Esta solução é mais fácil de ser implementada na cobertura do que nas fachadas laterais, mas é a mais indicada no caso de estruturas aparentes. Contudo, qualquer mudança nas disposições interiores deve seguir a geometria do esqueleto estrutural.

O conceito estrutural de construção compõe-se de colunas simples, vigas principais e secundárias e tapamento em chapas corrugadas.

As finalidades de um projeto estrutural são: proporcionar uma construção rígida e estável, de formato elegante, a um baixo custo inicial e de manutenção razoável que possa ser executado dentro dos prazos exigidos.

6.1) Fatores visuais e ambientaisa) a forma e a satisfação dos sentidos ( graciosidade, estéticab) efeitos climáticos – sol

6.2) influencias climáticas :a) precipitação: água presente na atmosfera cai verticalmente sob a ação da gravidade, em

forma de chuva, granizo ou neveb) Iluminação: a maioria das atividades requer iluminação, devendo seu direcionamento ser

cuidadosamente considerado, bem como, as cores resultantes e a qualidade dos acabamentos.c) aspectos térmicos ou trocas de calor: condução de calor, a radiação solar, movimento do

ar, evaporação do vapor de água interna, o aquecimento ou resfriamento por meios artificiaisd) dilatação devido ao calore) incêndios: o aço é um material incombustível, mas quando aquecido, assim como o

concreto armado, perde gradualmente sua resistência, sendo que aos 550ºC é atingido o limite fixado em projetos pelos coeficientes de segurança. Deste modo, um elemento, completamente carregado poderá sofrer ruína.

6.3 Quais as razões ou fatores que justificam a utilização de estrutura metálica?Para centro de compras, Ginásios, ,supermercados,....1- Espaços abertos e grandes vãos livres e pé direito alto2- em gera, apenas um único andar, ou no máximo um térreo de estacionamento, e um andar

para lojas, atividades esportivas,...3- a estrutura carrega apenas a cobertura, ou no máximo a cobertura e um andar4- prazo pequeno para a execução e utilização (retorno financeiro imediato)

6.4 Alternativas de composição1- Sistema de pórtico simples ( vigas e pilares). Treliça plana em duas direções2- Treliça Plana: uma água - shed, duas águas

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3-Treliças espaciais

6.5 Anatomia e concepção6.5.1 Colunas:São elementos estruturais na posição vertical ou levemente inclinada, solicitados somente

por forças axiais de compressão ou também por momentos fletores ou de torção.

6.5.2 Seções usuais:Na e3scolha do perfil, pesa primeiramente o fator econômico. Devido a relação custo do

material/custo de fabricação e os problemas de limpeza, pintura, conservação e aspecto arquitetônico, procura-se empregar seções menores e de paredes mais espessas, mesmo que não correspondam a solução mais leve.

Quanto ao tipo de seção transversal, os perfis de coluna podem ser:1- Perfis de seção simples laminados os soldados2- Composição de perfis ou reforços de perfis com chapas3- Perfis de seção múltiplas.

6.5.3 Emendas de colunas:Emendas de colunas podem ser necessárias, em decorrência de limitações ou custo do

transporte, dificuldade de manuseio, ou capacidade dos equipamentos de elevação na fabricação e montagem.

6.5.4Base de colunasA base da coluna transmite os esforços de compressão e eventuais momentos e cargas

horizontais a fundação. As colunas são ligadas as fundações por meio de bases rotuladas ou engastadas

Para terrenos de má qualidade é desaconselhável o uso de colunas engastadas na base. . A coluna rotulada é geralmente um pouco mais pesada que a engastada; a economia na execução da base e na fundação é, entretanto, elevada.

6.5.5 Ancoragem:As ancoragens ou chumbadores tem finalidades diversas, conforme se trate de coluna

rotulada na base ou engastada; no primeiro caso apenas auxiliam a montagem da coluna, enquanto no segundo transmitem os momentos fletora as fundações, através dos esforços de tração nos chumbadores e compressão na placa base. A transmissão dos esforços pode se dar por atrito ao longo do chumbador ou pela compressão da travessa de ancoragem contra o concreto.

Os chumbadores podem ser concretados já na concretagem primaria ou podem ser deixados nichos no concreto, que são enchidos depois da estrutura montada, alinhada e nivelada.

A concretagem direta dos chumbadores exige um trabalho de locação e fixação cuidadoso, de modo a ficarem na posição correta, mantendo-a durante o lançamento do concreto.

O sistema que permite uma correção mais fácil dos inevitáveis erros de locação dos chumbadores é deixar o nicho para posterior concretagem. Essa solução é a mais usada no caso de grandes cargas e, em correspondência, grandes volumes de concreto nas fundações das colunas, sendo difícil garantir a posição do chumbador.

6.6 Treliças6.6.1 GeneralidadesTreliças são elementos estruturais vazados, composto basicamente das cordas e do

treliçamento. O treliçamento pode ser composto de diagonais ou de diagonais e montantes.

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As treliças por estarem sujeitas somente aos esforços axiais, permitem melhor utilização do material. Uma treliça dimensionada adequadamente, é sempre mais leve que uma viga de alma cheia. Para vãos pequenos , sujeitos a grandes cargas, não se devem empregar treliças, por se tornarem pesadas, pouca estética e de execução trabalhosa.

A vantagem das treliças em relação as vigas de alma cheia crescem com o aumento do vão e com a redução das cargas aplicadas e quando são necessárias peças com maior rigidez a flexão.

A desvantagem das treliças advêm de seu custo mais elevado e de considerações estéticas. O custo mais elevado é decorrente do maior preço por peso de perfis e do maior volume de mão de obra para a fabricação, pintura, montagem e conservação. As treliças são empregadas quando ocorrem grandes vãos de terças, tesouras, vigas de edifícios, vigas de rolamento, pontes,...

6.6.2 Tipos de treliças:Quanto a forma externa, as treliças podem ser classificadas em quatro grupos principais:

a) treliças de cordas paralelasb) treliças trapezoidaisc) treliças triangularesd) treliças parabólica

6.6.3 Detalhes dos nós:1- Treliças aparafusadas: são empregadas quando as dimensões são muito grandes e

existem problemas para o transporte, ou quando este fica oneroso por exigir condições especiais e batedores de transito.As ligações aparafusadas são, entretanto, as mais empregadas para\ligações de campo.

2- Treliças Soldadas: segue os mesmo princípios das colunas

6.7 Vigas:Os perfis de alma cheia podem ser laminados, compostos de chapas ou de chapas e perfis

laminados, ligados por solda ou rebite. As ligações rebitadas estão em desuso e praticamente so ocorrem em reforços e modificações de estruturas desse tipo

6.7.1 Tipos de vigas:As vigas, quanto a forma, podem ser:

Vigas de alma cheiaVigas treliçadasVigas armadasVigas Vierendeel ou em quadro

6.7.3 Emendas de vigas:As emendas dos perfis podem ser soldadas ou aparafusadas. O mais comum é a execução de

emendas soldadas na fabrica e aparafusadas na montagem. Com os modernos equipamentos, que permitem a execução simultânea dos furos das abas e da alma, consegue-se alto rendimento na montagem, principalmente quando há grande repetição de furações iguais.

SoldadasAparafusadas com talasAparafusadas com chapas de topo.

6.9 Conexões ou conectores:

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Os conectores tem a finalidade de absorver os esforços de cisalhamento na superfície de contato entre a laje de concreto e o perfil metálico. A aderência natural entre o concreto e o aço não é considerada para absorção dos esforços de cisalhamento.

6.10 Meios de ligaçãoConsiderações gerais: As peças isoladas obtidas a partir de perfis ou chapas são ligadas entre

si, compondo elementos ou conjuntos estruturais completos. As ligações são feitas seguindo indicações de desenhos de detalhamento, também chamados desenhos de fabricação, ou diagramas de montagem.

As ligações podem ser permanentes ou desmontáveis, sem dano das peças ligadas. As ligações permanentes são executadas com rebites e solda e, as removíveis, com parafusos e pinos.

É fundamental que uma ligação transmita as cargas atuantes as peças e restrinja as deformações na estrutura a limites admissíveis.

Como as ligações rebitadas em desuso e as ligações com pinos tem uso restrito a casos especiais.

6.10.1 ParafusosOs parafusos, devido a seu custo elevado e ao custo de furação das peças, tem seu emprego

praticamente limitado as ligações de campo. As ligações de oficina, executadas em fabricas modernas, são normalmente soldadas.Os parafusos utilizados na construção metálica, no Brasil, tem sua dimensões expressas em

polegadas. Atualmente a ABNT, a Siderbrás e a Eletrobrás, principalmente, estão realizando trabalhos procurando adotar o sistema métrico a curto prazo.

Os parafusos utilizados em construção metálica possuem cabeça sextavada, parafusos usinados ou de tolerância fina( custo muito elevado) e os parafusos de alta resistência

6.10.2 SoldaAtualmente, a quase totalidade das ligações de fabrica é soldada. A execução de ligações

soldadas no campo provoca dificuldades de acesso ao local da soldagem, necessidade de andaimes, posição desfavoráveis ou inadequadas para a soldagem, proteção do local da solda contra vento e chuva e dificuldade do controle de qualidade da solda. A solda de campo, entretanto, tem se desenvolvido e pode apresentar a mesma qualidade obtida na oficina, desde que se tomem os cuidados necessários. Sua grande vantagem é a simplificação das ligações.

A soldagem de peças estruturais é feita por fusão. As superfícies a serem soldadas são fundidas, e nesse estado, com a adição de matérias provenientes de eletrodos, são ligada por solda.

Os processo de soldagem mais usuais são:a) Arco elétrico, que é o principal utilizado em estruturas de açob)Por resistência

Na soldagem manual, os chanfros ou as superfícies a serem soldadas devem estar isentas de ferrugem, escória, carepa e tinta. De acordo com a forma do chanfro, espessura e posição da solda, são recolhidos os eletrotodos e a amperagem.

Na solda com corrente continua e polaridade direta, o pólo positivo é ligado ao material base e o negativo ao suporte do eletrodo.

Para a proteção do soldador contra os respingos e raios ultravioletas e infra vermelhos do arco, são usadas mascaras protetoras com vidro escuro, luvas e avental de couro.

Para que a solda não se torne frágil, o local durante a soldagem deve ser protegido do vento e da chuva, garantido o resfriamento lento e uniforme do cordão de solda.

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Durante a soldagem e resfriamento, devem ser evitados choques e vibrações do material base. Deve-se procurar executar as soldas na posição plana. Soldas horizontais ou verticais são de execução mais difícil e soldas sobrecabeça só devem ser executadas pelos melhores soldadores.

A soldagem de uma peça fina e outra mais espessa exigem cuidados especiais, em função do elevado diferencial de temperatura que surge entre ambas. Isto ocorre em chapas ou peças de espessuras acima de 50mm, que podem exigir pré aquecimento para se conseguir uma boa soldagem.

6.10.3 Eletrodos No processo de solda a arco elétrico, as juntas entre as peças a serem ligadas devem ser

preenchidas com material adicional de eletrodos. O material dos eletrodos deve ser misturado ao material fundido e, após o resfriamento, possuir as mesmas características de resistência do material base.

Os principais tipos de eletrodos utilizados são: celulósico, rutílico, básico, ácido ou neutro, oxidante.

6.11 Observações e consideraçõesConstrução metálica é diferente de construção civil convencionalProjeto mais detalhado com necessidade de conversar com o fabricanteA estrutura é fabricada, transportada e montadaO detalhamento é muito mais exigente que com o concreto armado.

6.12 Juntas de dilataçãoDevem ser sempre previsto, e são facilmente calculadas. Uma vez que os coeficientes de

dilatação lineares, superficiais e volumétricos são bastante precisos e constantes

6.13 Tratamentos superficiaisO aço comum, sem proteção de superfícies, estará sujeito a ação de ataques do meio

ambiente aonde se encontra, com conseqüente deterioração por corrosão, e redução da vida útil de forma acelerada. De forma geral, as proteções de superfícies são especificadas de acordo com o ambiente ao qual a estrutura ficara exposta, conforme abaixo:

6.13.1-Ambientes Normais ( umidade, sol , chuva)a- Metal base: limpeza por ação manual (lixas escovas), jateamento de areia ou

granalha. Limpeza química ( decapamento)b- Pintura de fundo: aplicação sobre o metal preparado e desengordurado um fundo

anti corrosivo ( zarcão)c- pintura de acabamento: aplicado sobre o fundo esmalte sintético industrial

6.13.2 Ambientes Agressivos:Salinidade (ambientes marítimos/ indústrias de sal)Vapores agressivos ( indústrias químicas)

a- pintura com tintas a base epóxi: exigem jateamento de granalha ou areia, e posterior pintura com fundo a base epóxi ( espessuras definidas) e acabamento a base idêntica.

b- Pintura com tintas a base de borracha clorada: assim como a tinta a base epóxi exigem os mesmo cuidados de aplicação

c- Galvanização á quente: método que resulta em revestimento do aço com camada de zinco/alumínio, que é resultante dos seguintes processos:

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Decapamento: imersão total da estrutura em tanques com solução ácida, por tempo pré determinado

Fosfatização: imersão total da estrutura em tanques com solução básica, que anula o efeito ácido do banho anterior

Galvanização: imersão total da estrutura fosfatizada, em tanque com banho de zinco (90%) e alumínio (10%), a temperatura de 450ºC, resultando em um revestimento de máxima aderência possível entre as ligações químico-físicas conhecidas.

Deve-se salientar que nenhum tratamento superficial, mesmo a galvanização, iguala-se a proteção de um aço, que já tenha sido fabricado com a especificação que contenha em seus componentes, elementos anticorrosivos, dentre os quais podemos citar, cromo, vanádio, níquel e cobre.

Estes aços específicos, chamados de inoxidáveis ou inibidos a corrosão, tem uma relação custo/ beneficio, cada vez melhor na tecnologia atual, considerando-se o investimento inicial ( preço duas vezes maior), e os custos de manutenção, dentro da mesma vida útil.

7ª AULA – DATA 20 SETEMBRO 2012.ESTRUTURAS DE MADEIRAS

TELHADOS

A MADEIRA COMO ELEMENTO ESTRUTURALA madeira é um dos materiais estruturais mais antigos utilizados pelo homem na construção

de edificações. No entanto, verificou-se nas últimas décadas em Portugal, uma quase total substituição da sua utilização como material estrutural pelo concreto armado e pelo aço, tendo passado a madeira apenas a ser utilizada em elementos secundários e revestimentos.

Agora, e à medida que vai crescendo uma tomada de consciência para as questões de preservação do nosso planeta, o impacto ambiental dos materiais de construção torna-se cada vez mais um critério de escolha, tomando níveis de importância quase tão elevados como o preço e a qualidade. A madeira constitui atualmente, o único material de construção estrutural oriundo de uma fonte de regeneração contínua, a floresta, desde que sejam adotadas regras para a sua utilização e reflorestação. Sublinha-se que a floresta labora sem concorrer com o homem no consumo de

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energia, na sua função de produção de matéria prima. Por outro lado, a transformação dos produtos florestais para a construção é realizada com um consumo mínimo de energia decorrente da sua facilidade de laboração e baixo peso específico. Além de que os desperdícios resultantes desse processo são totalmente aproveitáveis. A madeira como material de construção, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável, permitindo satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias, não constitui resíduo no final da sua vida útil uma vez que poderá ainda ser reutilizada. Apresentam-se de seguida duas tabelas contendo informação sobre as características físicas e comportamentais da madeira.

O Material laminado coladoEm que consistePara que fosse possível desfrutar de todas as vantagens da madeira evitando-se aos seus inconvenientes, foi desenvolvida a técnica dos laminados colados, pela utilização de colas de elevada resistência e durabilidade. Este material, sendo composto por lamelas de madeira coladas por sobreposição, permite que se proceda a uma escolha criteriosa das peças de madeira e à eliminação das deficiências maiores antes da colagem. Esse processo torna as vigas mais homogêneas e evita à tendência para a fendilhação, uma vez que as tensões geradas por uma lamela são contrariadas e absorvidas pelas outras. É assim possível obter elementos com características superiores aos que se obteriam com uma peça maciça de madeira de igual secção. É também possível com a técnica dos laminados colados obterem-se elementos de grandes dimensões e harmonia de formas que com a madeira maciça seriam impensáveis. A sensação de conforto que

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proporciona ao seu utilizador, aliada ao aspecto agradável da madeira, conduz normalmente a construções de grande beleza e de um equilíbrio nunca conseguido com outros materiais.

Quanto às questões de durabilidade física da madeira, bastará que os cuidados a ter com o seu corte, secagem e manutenção dos elementos sejam o correto. Também deverão os projetistas ter o pleno conhecimento do tipo de elementos da construção que podem ser realizados em madeira, para que a construção possa apresentar um comportamento de longevidade. Relativamente à madeira maciça, os laminados colados apresentam as vantagens do aproveitamento de peças de pequena espessura, de constituírem um material mais homogêneo onde os defeitos que reduzem a resistência mecânica na madeira maciça estão dispersos e limitados à espessura da lâmina onde ocorrem.

Como outra vantagem refere-se uma relativa imunidade ao ataque de xilófagos (é um animal que se alimenta de madeira apodrecida. O cupim e o besouro são exemplos) em grande parte devido às colas empregadas, que são normalmente possuidoras de toxinas. Além disso, a devida impregnação de produtos preservadores faz parte da sua tecnologia.

Este é o material estrutural mais apropriado para ambientes quimicamente agressivos, como sejam indústrias químicas ou laboratórios, uma vez que não sofre qualquer corrosão ou oxidação. É também imune às ações dos cloretos da água do mar e à ação do cloro das piscinas, razão pela qual a sua larga utilização em coberturas desse tipo. Podem-se produzir madeiras laminadas coladas a partir de várias espécies de árvores, sobretudo resinosas, no entanto a mais utilizada é o pinus e o eucalipto (Brasil). Em termos de normalização, a produção e projeto das estruturas em laminado colado devem-se submeter ao seguinte, nos países da União Européia:

EN 386 – Regulamenta a produção dos laminados colados; EUROCÓDIGO 5 (EC5) (desde 1 Janeiro 1999) – Regulamenta a construção em madeira

serrada e em madeira laminada colada.

Tipos de produtos:Arcos ou Pórticos Curvos

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Este tipo de produtos permite o vencimento dos maiores vãos (até mais de 100m), com largas vantagens relativamente a quaisquer outros produtos estruturais. No entanto tornam-se bastante dispendiosos, só sendo aplicáveis em grandes obras ou de grande importância social.

Vigas PlanasPodem ser de inércia constante ou variável, apresentando três grandes tipos de utilização:Vigas simplesmente apoiadas não ultrapassando em geral os 25 metros. Pequenas vigas associadas em treliças, formando grandes elementos.Elementos secundários funcionando à tração ou à compressão, com utilização em escadas e

guardas, ou como complemento aos grandes elementos.

Processo de fabricaçãoAs estruturas em estudo são constituídas pela sobreposição de lâminas coladas nas faces.

Estas laminas, por sua vez, são realizadas pela colagem de diversas peças de madeira de comprimento variável, topo-a-topo. As colas mais utilizadas são à base de ureia-formaldeído para o interior de edificações, e de resorcinol formaldeído para exteriores.. A ligação topo a topo das diferentes peças de madeira constituintes de uma lamina, é realizada por juntas em bisel (dentada ou angular) ou pela utilização da técnica de entalhes múltiplos (finger joint), processo este muito mais divulgado, por se adaptar bem à produção em série e reduzir o desperdício de madeira.

A criação de elementos curvos é conseguida utilizando cimbres metálicos com a forma do intradorso pretendido para o arco ou pórtico, contra os quais são prensadas as laminas durante o período de colagem. Estes cimbres podem-se deslocar, o que lhes confere a possibilidade de definir a forma geométrica pretendida.

Descrevem-se em seguida os princípios gerais de fabrico, sem no entanto esquecer que existem inúmeras variantes de processos.

1ª operação: Secagem ou EstabilizaçãoA madeira deve estar armazenada em pranchas e a primeira operação consiste em conduzir a

sua umidade aos valores requeridos para o fabrico, que dependerão do tipo de madeira e do fato desta ter recebido tratamento anterior ou não

2ª operação: Limpeza corte e ligação topo a topo

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Devem nesta fase serem cortadas as peças que constituirão as laminas, por forma a rejeitar os nós, bolsas de resina ou defeitos da secagem. Um nó é considerado ponto de fraqueza quando é perpendicular à fibra da madeira e o seu tamanho é 2/3 da largura da lamela. São então cortados os topos, no formato requerido para os entalhes e procede-se à união das peças topo-a-topo, até se obter o comprimento desejado de lamina. A limpeza das pranchas e os cortes efetuados para as diferentes ligações conduzem a cerca de 30% de desperdícios.

3ª operação: Aplainamento das laminasAntes de serem coladas, as laminas de madeira devem ser aparelhadas até adquirirem a

dimensão desejada. Esta operação é efetuada no máximo, 24 h antes da colagem.4ª operação: Colagem das laminasA colagem é constituída por duas fases: fase de montagem em aberto e fase de montagem

em fechado. A primeira consiste na aplicação da cola sobre as laminas, mas sem as sobrepor. A segunda fase consiste na montagem das laminas na posição definitiva, esperando a aplicação da pressão de colagem. Atualmente, estão a ser aplicadas com êxito as colas resorcinas mussantes ou expansivas. A expansão da cola permite compensar as irregularidades das superfícies até cerca de 2mm, assegurando também uma melhor segurança da colagem, uma vez que diminui os riscos de fraca aderência devida às irregularidades do aplainamento.

5ª operação: Colagem sob pressãoA pressão a aplicar sobre o elemento deve ser a necessária para permitir um perfeito

contacto das faces a colar, bem como para assegurar a exsudação do excesso de cola ao longo da linha de colagem. Deve ser constante e de cerca de 7 kgf/cm² para resinosas (com o mínimo de 6,2 kgf/cm²). O tempo de colagem é variável consoante o tipo de cola empregue a higrometria do ar ambiente e as condições de aquecimento, se este for aplicado.

6ª operação: Aplainamento, preservação e acabamentoTratam-se essencialmente de operações de aplainamento até se obter a espessura desejada.

Procede-se depois ao lixamento e regularização das superfícies, por forma a se conseguir uma superfície lisa e “macia”. Depois deste tratamento devem ser aplicados os produtos preservadores por um processo de auto-clave. Finalmente, são aplicados vernizes, ceras ou velaturas para proteger a superfície final e dotá-la do aspecto estético desejado.

Ligações entre as peçasExistem dois tipos essenciais de ligações: as que se efetuam durante o processo de fabrico

para a constituição das laminas (já referido) e as que se destinam a ligar em obra as vigas já fabricadas. As ligações realizadas em obra são normalmente necessárias por questões do processo construtivo e impossibilidade de transportar vigas além de determinada dimensão e formato, mas representam inevitavelmente uma perda de resistência aos momentos fletores, sendo por vezes significativa. É por isso que muitas vezes os projetistas optam por assumir a perda da continuidade estrutural e realizar as ligações por rótulas. Os diversos tipos de ligações a realizar em obra, são:

Por encaixe de madeira com madeira;Por órgãos metálicos;Por junção de elementos metálicos e cola

Do primeiro tipo têm-se as uniões “finger-joints” que, se forem realizadas paralelas às fibras de madeira laminada, conduzem a uma eficiência da ligação de 80% para os momentos fletores. Se as ligações forem executadas formando certo ângulo com as fibras, a eficiência da união desce para valores mais baixos, devido à inferior resistência da madeira.

Apresentam-se de seguida alguns exemplos de ligações:

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a) Mini “finger joints” para colagem de peças constituintes das lamelas; b) “Finger-joints” para colagem de elementos estruturais; c) Ligação por elementos metálicos e colagem (sem rotação); d) Ligação por rótula

A produção e aplicação do laminado colado em PortugalEm Portugal, existe atualmente uma unidade de fabrico instalado (operando com pinho

importado) e, diversas outras empresas de importação e montagem. Existem já diversas obras realizadas com este material, muitas delas anteriores a 1998, essencialmente de edifícios públicos.

No entanto, a cobertura do Pavilhão Multiusos em Lisboa, executada em 1998, será com certeza a grande obra impulsionadora da aplicação dos laminados colados. Esse era, à data em que foi montado, o maior vão da Europa em madeira, medindo 113 m. Após essa obra, tem sido registrada bastante curiosidade por parte de construtores e de pessoas singulares no que respeita ao material laminado colado.

Sala Atlântico do Pavilhão Multiusos – Parque das Nações - Lisboa

No entanto, crê-se que a utilização desse material no nosso país, será sobre tudo possível ao nível dos elementos planos. Se analisar a evolução das tendências atuais, ver-se-á que por toda a Europa central se deu desde meados dos anos oitenta uma grande diminuição da aplicação de vigas curvas, que constituíam as coberturas de edifícios de prestígio e sua substituição por vigas planas e pelos pequenos elementos ligados em treliças. Esta nova utilização dos laminados colados tem vindo a conquistar um tipo de construção tradicionalmente reservada ao aço e ao concreto, como

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sejam os armazéns industriais, os edifícios comerciais e a habitação. A referida evolução foi possível, graças ao abaixamento dos custos de produção dos produtos planos resultante do desenvolvimento da sua automação industrial e da produção em série. Este tipo de indústria é perfeitamente possível de incrementar em Portugal, seja com pinho nórdico, seja com o pinho português, desde que seja seguida uma correta política de reflorestação. No que respeita à agressividade do nosso clima, sobretudo de Verão, que se apresenta demasiado seco para as madeiras brandas como são os pinhos, ela obriga a que a utilização deste material em estruturas fique confinada aos interiores das construções, devidamente protegidas do exterior.

Pelo que ficou dito, o incremento da construção em laminados colados entre nós, não só é possível como é desejável. Para isso, terá que haver uma mudança de mentalidades que deverá ser necessariamente acompanhada pelo estudo universitário e a investigação nesse domínio, para que possa ser corretamente aplicado pelos projetistas e construtores.

Torna-se então necessário:Proceder a uma efetiva reflorestação do país, sobretudo no que respeita às espécies

resinosas;Implementar o estudo da madeira como material estrutural nas escolas de engenharia e

arquitetura do país;Promover a formação de técnicos especializados para a indústria madeireira;Re-incrementar a investigação laboratorial sobre os desempenhos do pinho Português;Incrementar a investigação sobre os desempenhos das madeiras resinosas nórdicas no nosso

clima (para utilização em exteriores);Desenvolver estudos econômicos aprofundados sobre a comparação das construções

utilizando laminados colados e outros tipos de materiais estruturais;Incrementar a investigação laboratorial sobre os tipos modernos de produtos preservadores

da madeira face aos agentes xilófagos atuantes no clima português.

Tipos de madeira de construção

Madeiras de Baixa Durabilidade

Madeira Resist.Mec. Exterior Interior Aproveitamento Moveis

Canelamedia N S

Batentes-Esquadrias-Estruturas-Divisorias-Lambris-Pisos-Forros

S

Carvalho-Brasileiro

media-alta N S   S

Cedrinhomedia-baixa

N S Forros S

Louro-Pardomedia N S

Batentes-Esquadrias-Estruturas-Divisorias-Lambris-Forros

S

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Muriacatiaramedia-alta N S

Batentes-Esquadrias-Estruturas-Divisorias-Lambris-Forros

S

Pau Marfimmedia N S

Estruturas-Lambris-Pisos-Forros

S

Pinhomedia N S

Batentes-Esquadrias-Estruturas-Divisorias-Lambris-Forros

S

Pinus Eliotibaixa N S Lambris-Forros S

Tauarimedia N S Lambris-Forros S

Virolamedia-baixa

N S Lambris-Forros N

S (sim) - N (não) - Resist. Mec. (Resistência Mecânica = Esforço)

 

Madeiras de Média Durabilidade

Madeira Resist.Mec. Exterior Interior Aproveitamento Moveis

Andiroba media N S

Batentes-Esquadrias-Estruturas-Divisorias-Lambris-Pisos

S

Cabreuva media S S

Batentes-Esquadrias-Estruturas-Divisorias-Pisos-Decks

N

Cabreuva Vermelha

alta S S

Batentes-Esquadrias-Estruturas-Divisorias-Lambris-Pisos-Decks-Forros

S

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Canifistula alta S S

Batentes-Esquadrias-Estruturas-Divisorias-Pisos

N

Cedro media N S

Batentes-Esquadrias-Divisorias-Lambris-Forros

S

Cerejeira media N SEsquadrias-Lambris-Forros

S

Freijó média N SBatentes-Esquadrias-Lambris-Forros

S

Garapa alta S SEsquadrias-Estruturas-Pisos

N

Jatobá alta S S

Batentes-Esquadrias-Estruturas-Divisorias-Lambris-Pisos-Decks-Forros

S

Maçaranduba alta S SEsquadrias-Estruturas-Pisos

N

Pau-Amarelo media N SEstruturas-Lambris-Pisos-Forros

S

Peroba de Campos

media S S

Batentes-Esquadrias-Estruturas-Divisorias-Lambris-Pisos-Decks-Forros

S

Sucupira alta N SEstruturas-Lambris-Pisos-Forros

S

Tatajuba alta N S

Batentes-Esquadrias-Estruturas-Divisorias-Lambris-Pisos-Forros

S

S (sim) - N (não) - Resist. Mec. (Resistência Mecânica = Esforço)

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Madeiras de Alta Durabilidade

Nome Resist.Mec. Exterior Interior Aproveitamento Moveis

Acapu alta S S

Decks-Portas -Janelas-Divisorias-Forros-Estruturas-Pisos

S

Angelim-Pedra

alta N SDivisorias-Batentes-Estruturas-Pisos-Portas-Janelas

S

Angelim-Vermelho

alta S S

Divisorias-Decks-Batentes-Forros-Esquadrias-Estruturas-Pisos-Rodapés

N

Angico-Preto

alta S SEsquadrias-Estruturas-Pisos-Batentes

S

Angico-Vermelho

média S S

Divisorias-Batentes-Decks-Pisos-Estruturas-Lambris-Esquadrias

S

Aroeira do Sertão

alta S S Pisos N

Brauna alta S S

Batentes-Decks-Esquadrias-Divisorias-Lambris-Pisos

N

Cabreuva Vermelha

alta S S

Divisorias-Batentes-Decks-Pisos-Estruturas-Lambris-Esquadrias

S

Caviuna media N SDivisorias-Batentes-Decks-Pisos-Estruturas-Lambris-

S

Cumaru media-alta S S Divisorias-Batentes- S

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Decks-Pisos-Estruturas-Lambris-Esquadrias

Cumbaru media-alta S SDivisorias-Batentes-Pisos-Estruturas-Lambris

N

Cupiuba media S S

Divisorias-Batentes-Decks-Pisos-Estruturas-Lambris-Esquadrias-Forros

S

Faveiro media-alta S SDivisorias-Batentes-Pisos-Estruturas-Esquadrias

N

Imbuia media N S

Divisorias-Batentes-Pisos-Estruturas-Lambris-Esquadrias-Forros

S

Ipê alta S S

Divisorias-Batentes-Pisos-Estruturas-Lambris-Esquadrias-Forros

N

Itaúba media-alta S S

Divisorias-Batentes-Decks-Pisos-Estruturas-Lambris-Esquadrias-Forros

S

Jacarandá media-alta N S S

Jarana alta S N Estruturas N

Oiti media-alta S N Estruturas N

Pau-Roxo alta S S

Divisorias-Batentes-Decks-Pisos-Estruturas-Lambris-Esquadrias-Forros

N

Pequiá media-alta N SBatentes-Pisos-Lambris-Esquadrias-Forros

N

Pinho de alta S S Esquadrias S

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Riga

Taiuva media-alta S S

Divisorias-Batentes-Decks-Pisos-Estruturas-Lambris-Esquadrias-Forros

S

S (sim) - N (não) - Resist. Mec. (Resistência Mecânica = Esforço)

TELHADO – COBERTURA7.2. ESTRUTURA DO TELHADO

A cobertura de uma casa constitui-se de um telhado ou de uma laje. Neste capítulo, mostraremos apenas a confecção de um telhado em madeira, pois a laje é uma alternativa muito especial.

A estrutura do telhado normalmente é feita de madeira. Caso a casa possua empenas (é a parte superior das paredes externas, acima do forro, fechando o vão formado pelas duas águas da cobertura), a estrutura de madeira é bastante simples, pois não exige a confecção de uma estrutura do tipo tesoura

Não existindo empenas, são necessárias tesouras. O madeiramento completo de um telhado para telhas francesas ou canal pode ser visto na figura abaixo, e para telhas de fibrocimento do tipo ondulado na próxima figura. Observar que, devido ao seu menor peso e maiores dimensões, as telhas de fibrocimento exigem uma estrutura de madeira mais simples, com menor consumo de madeira, portanto mais econômica.

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Há ainda as telhas estruturais em fibrocimento, que utilizam uma quantidade mínima de madeira na estrutura, porque seu desenho permite vencer grandes vãos.

1.1. Bitolas das TerçasOutro aspecto importante para se obter economia e qualidade é a utilização de madeiras com

a bitola correta. Para as telhas de fibrocimento poderão ser seguidas as bitolas demonstradas nas tabelas orientativas a seguir:

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As bitolas comerciais de madeira variam muito conforme a região do País. A tabela abaixo auxilia na conversão das bitolas disponíveis no mercado por aquelas indicadas nas tabelas anteriores.

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1.2. InclinaçãoA inclinação do telhado recomendada de acordo com o tipo de telha utilizado é apresentada

no gráfico abaixo, onde são indicados os caimentos por metro a ser dado ao telhado quando se conta com telha plana (francesa), canal (colonial) e fibrocimento normal. Existem outros tipos de telhas no mercado, de uso menos freqüente, e por isso não apresentados no gráfico.

Pelo gráfico pode-se encontrar qual a inclinação a ser dada ao telhado para cada tipo de telha. Veja neste exemplo como é fácil:

Um telhado que deverá ter uma largura (L) de 6,00 m, e no qual serão utilizadas telhas onduladas de fibrocimento

Na escala de valores de "L", encontre 6,00 m, e a partir deste ponto siga uma reta vertical até encontrar a reta correspondente a telha escolhida (ponto A). Deste ponto siga com uma reta horizontal até encontrar a escala vertical, onde se lê a altura "h" = 0,60 m, que deve ser elevada a parede da cumeeira, para se ter a inclinação necessária (10%).

NOTAS:Recomenda-se o uso de telhados de forma simples, nos quais as águas das chuvas caiam

diretamente no terreno, sem necessidade do uso de calhas e outros elementos. Na figura são representadas esquematicamente as formas de telhados mais comumente usadas:

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1.4. TelhasNa escolha do tipo de telha a ser utilizada, considerar que a principal característica de um

telhado é a estanqueidade, ou seja, não deixar vazar a água da chuva.Para tanto, as telhas escolhidas devem apresentar encaixes perfeitos, sem deixar frestas, boa

resistência e durabilidade.Deve ser dada uma atenção especial à execução da estrutura e a colocação das telhas, pois

um trabalho mal feito quase sempre compromete a qualidade e a durabilidade do telhado. As telhas de fibrocimento devem ser fixadas à estrutura com pregos ou parafusos, de acordo

com a orientação dos fabricantes.A seguir são descritas as principais telhas utilizadas em construções residenciais.

a) Telhas de fibrocimento- Caracterizadas por não exigirem madeiramento complicado e caro, e por terem colocação fácil e rápida e pelos encaixes perfeitos. Podem ser encontrados nos seguintes modelos:Populares: mais finas que as demais, aconselhadas para construções rurais ou quando se tem em vista, principalmente, o fator econômico. São encontrados na espessura 4 mm.Onduladas: com larguras de 920mme 1100mme vários comprimentos nas espessuras de 5 mm, 6mme 8 mm.Moduladas: telhas especiais com 50 cm de largura e 8 mm de espessura, com comprimento racionalmente calculado para permitir construções de telhados relativamente econômicos.Canaletas: telhas especiais, com formato trapezoidal invertido com largura de 43 cm a 90 cm, espessura 8mm a 10mm e vários comprimentos. Cobrem grandes vãos sem apoios intermediários. Utilizadas com freqüência em garagens.

b) Telhas de concreto (argamassa)- Com formato semelhante ao das telhas cerâmicas, são fornecidas em várias cores.c) Telhas cerâmicas- Podem ser encontradas as seguintes variedades:Francesas de formato retangular, com duplo travamento que permite sua fixação às ripas.Paulistas/Coloniais e Planas composta de canal e capa, com forma abaulada.Duplas aspecto final semelhante ao das paulistas. Formam capa e canal numa única peça.

1.5. CalhasCaso seja necessária a colocação de calhas devem ser atendidas algumas recomendações:

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Nos telhados com queda acentuada, a primeira fileira de telha se estende até a metade da calha (fig a).

Nos telhados com pouca queda, as telhas devem apenas alcançar a calha, para evitar que a água a ultrapasse (fig b).

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8ª AULA – DATA 27 SETEMBRO 2012.ESTRUTURA DE CONCRETO

ARMADOPROTENDIDO

PRE FABRICADO

8. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO/PROJETOAs informações são úteis para orientar na construção de algumas estruturas de concreto

armado mais simples, como muros, baldrames, vergas e cintas de amarração.Estruturas de concreto armado como blocos de fundação, pilares, vigas e lajes maciças

exigem cálculo estrutural feito por profissional habilitado para dimensionar, caso a caso, as peças, determinar o número e a bitola dos vergalhões da armadura e as características do concreto a ser usado.

O projeto é o conjunto de instruções necessárias à execução de uma obra. É composto de desenhos, plantas e até, em alguns casos, de especificações. O importante é que defina o local onde será feita a obra, todas as suas dimensões, os materiais a serem utilizados e as suas quantidades.

Quando bem elaborado, o projeto permite reduzir muito o custo da obra, pois evita desperdícios e aumenta a qualidade e a durabilidade da construção.

O projeto deve ser feito por um profissional habilitado (engenheiro civil, arquiteto ou técnico em edificações), principalmente nas construções de maior responsabilidade, que envolvam a segurança dos usuários da benfeitoria.

Sempre que houver necessidade de fazer modificações na benfeitoria, é recomendável consultar primeiro o autor do projeto, sobretudo nas obras de maior porte ou responsabilidade. Ele vai ajudar a encontrar a melhor solução

8.2 O que é concretoO concreto é um material da construção civil composto por uma mistura de cimento,

areia, pedras britadas e água, além de outros materiais eventuais, os aditivos. Quando armado com ferragens passivas, (é quando o concreto comum é adicionado de vigas

de aço) recebe o nome de concreto armado, e quando for armado com ferragens ativas recebe o nome de concreto protendido.

Sua resistência e durabilidade depende da proporção entre os materiais que o constituem. A mistura entre os materiais constituintes é chamada de dosagem.

Para obtenção de um bom concreto de acordo com sua finalidade, devem ser efetuadas com perfeição as operações básicas de produção do material, que influem nas propriedades do concreto endurecido.

MateriaisUse pedra e areia limpas (sem argila ou barro), sem materiais orgânicos (como raízes,

folhas, gravetos etc.) e sem grãos que esfarelam quando apertados entre os dedos.O cimento deve ser de boa qualidade. A água também deve ser limpa (boa para beber).É muito importante que a quantidade de água da mistura esteja correta. Tanto o excesso

como a falta são prejudiciais ao concreto.Excesso de água diminui a resistência do concreto. Falta de água deixa o concreto cheio de

buracos.As britas quando expostas a grande insolação devem ser umedecidas para não alterar o

abatimento do concreto

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As operações básicas de produção do concreto  Dosagem: Estudo, indicação das proporções e quantificação dos materiais componentes da mistura, a fim de obter um concreto com determinadas características previamente estabelecidas.  Mistura: Dar homogeneidade ao concreto, isto é, fazer com que ele apresente a mesma composição em qualquer ponto de sua massa.  Transporte: Levar o concreto do ponto onde foi preparado ao local onde será aplicado, podendo ser dentro da obra ou para ela, quando misturado em usina ou fora dela.  Lançamento:Colocação do concreto no local de aplicação, em geral, nas formas.Começa a endurecer apos quatro horas da adição da água.  Adensamento: Compactação da massa de concreto, procurando retirar-se dela o maior volume possível de vazios - ganho de resistência.Usa-se vibrar a massa com vibradores mecânicos, devendo-se evitar o excesso.  A Cura: Conjunto de medidas com o objetivo de evitar a perda de água (evaporação) pelo concreto nos primeiros dias de idade, água essa necessária para reação com o cimento (hidratação).Utilizam-se mantas de feltro molhadas com água. Em climas muito frios aquecem com vapor. Normalmente a resistência de projeto é atingida após vinte e oito dias da aplicação.

Resistência do concreto: Sua resistência e durabilidade dependem da proporção entre os materiais que o constituem. A mistura entre os materiais constituintes é chamada de dosagem ou traço. MUITO IMPORTANTE: Usar somente pedra e areia limpas (sem argila ou barro), sem materiais orgânicos (como raízes, folhas, gravetos etc.) e sem grãos que esfarelam quando apertados entre os dedos. A água (doce) também deve ser limpa, clara sem impurezas (boa para beber). LEMBRE-SE: qualquer material (água ou areia) contendo SAL é um inimigo do concreto.    Traços do Concreto  * Traço é a indicação das proporções dos seus componentes

Aplicações Traço Rendimento por saco de

cimento

Para base de fundações e para contrapisos (concreto magro)

1 saco de cimento 8 latas e meia de areia11 latas e meia de pedra2 latas de água

14 latas ou 0,25 metros cúbicos

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Concreto para fundações

1 saco de cimento 5 latas de areia6 latas e meia de pedra1 lata e meia de água

9 latas ou 0,16 metros cúbicos

Concreto para pisos

1 saco de cimento4 latas de areia6 latas de pedra1 lata e meia de água

8 latas ou 0,14 metros cúbicos

Concreto para pilares, vigas, vergas, lajes e produção de pré-moldados em geral

1 saco de cimento 4 latas de areia5 latas e meia de pedra1 lata e um quatro de água

8 latas ou 0,14 mertos cúbicos

Atenção:

1) A lata de medida deve ser de 18 litros.

2) As pedras devem ser brita 1 ou 2.

8.3Concreto armado Quando armado com ferragens passivas, recebe o nome de concreto armado, e quando for armado com ferragens ativas recebe o nome de concreto protendido. 8.4O que é concreto protendido?Normalmente, distinguem-se três modalidades de concreto protendido:  Na primeira, os fios de protensão são estirados previamente, ancorados que ficam em dispositivos especiais, aguardando que o concreto da peça que os envolverá tenha atingido a resistência desejada. Então, tais dispositivos de retenção são removidos e a protensão é transferida, por aderência, ao concreto. Nesta modalidade, os fios de protensão, via de regra, são retos, excetuando-se alguns casos de trajetos poligonais, raramente utilizados. E, assim, este tipo de concreto protendido presta-se mais ao caso das peças pré-moldadas. Na segunda modalidade, o procedimento é diferente.São, de início, preparados os cabos, formados por barra ou pela acoplagem de vários fios de aço especial de protensão, envolvidos por uma bainha impermeável, de preferência metálica. Em seguida, tais cabos são colocados nas formas da futura peça de concreto, e nas estabelecidas pelo projeto posições. Concretada que seja a peça - sendo os cabos ancorados nas extremidades - e adquirindo o concreto a resistência necessária, procede-se à protensão, através de prensas especiais, usando como apoio o próprio concreto endurecido.

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Posteriormente, é feita a injeção de nata de cimento, com a finalidade de garantir quer aderência, quer a proteção dos fios da corrosão por agentes externos.  Na terceira modalidade, o procedimento é igual ao da segunda, com diferença apenas que os cabos podem passar fora do corpo do concreto, funcionando o conjunto qual uma viga armada protendida

O que é concreto pré fabricado?Uma estrutura feita em concreto pré-moldado é aquela em que os elementos estruturais,

como pilares, vigas, lajes e outros, são moldados e adquirem certo grau de resistência, antes do seu posicionamento definitivo na estrutura. Por este motivo, este conjunto de peças é também conhecido pelo nome de estrutura pré-fabricada.  Estas estruturas podem ser adquiridas junto a empresas especializadas, ou moldadas no próprio canteiro da obra, para serem montadas no momento oportuno.  A decisão de produzi-las na própria obra depende sempre de características específicas de cada projeto

É de fundamental importância, portanto, um estudo criterioso dos custos que envolvem transportes, dimensões das peças, aquisição de formas, tempo de execução, espaço no canteiro, equipamentos disponíveis, controle tecnológico, acabamento e qualidade.

ConstruçõesEm engenharia não existem soluções prontas para vencer a batalha entre custos e benefícios.

Somente um bom planejamento, baseado nas necessidades específicas de cada obra, na sua localização e nos recursos disponíveis para sua execução é que podem definir a melhor alternativa.

O desenvolvimento do concreto, nas últimas décadas, não  foi apenas com relação aos componentes da mistura, mas envolveu todos os processos que pudessem interferir na qualidade, no custo da obra e nos cuidados com o meio ambiente.  As fôrmas não ficaram fora desta evolução. Sem o seu avanço, a alta velocidade das obras, permitida por concretos mais resistentes e menos deformáveis, estaria totalmente comprometida.  A necessidade é a mola mestra do progresso, e como sempre é dela que surgem as boas soluções. No caso das fôrmas, a preocupação com o meio ambiente, a quantidade de reaproveitamentos, a qualidade no acabamento do concreto, a praticidade na hora de montar e desmontar, são alguns dos fatores que impulsionaram o setor.

O trabalho que era feito na obra, de maneira artesanal, gerando resíduos e desperdícios de toda ordem, virou uma produção industrializada, com projetos sob medida e redução do custo final.  Além dos métodos de trabalho, a variedade de materiais para a confecção das fôrmas também cresceu. O que era exclusividade das madeiras naturais evoluiu para os compensados de reflorestamento e ganhou a concorrência de formas metálicas, dos plásticos e atualmente até de plásticos reciclados.  Seja qual for o material ou o método de trabalho, um bom estudo das alternativas é fundamental antes de comprar ou alugar um conjunto de fôrmas.

CUSTO DO CONCRETOPara calcular o valor a ser gasto com o preparo do concreto na própria obra, raramente são

considerados todos os custos que envolvem este processo. Custos com equipamentos, energia, perda de material, mão de obra, mobilização, controle tecnológico, entre outros, quase nunca são levados em conta.

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Tipos de Concreto Concreto Dosado em Central Argamassa Concreto ARI - Concreto de Alta Resistência Inicial Concreto Armado Concreto Auto Adensável - Concreto Auto Adensável ou Fluído Concreto Bombeável Concreto de Alto Desempenho - CAD - Concreto de Alto Desempenho Concreto Celular Concreto Ciclópico Concreto Colorido Concreto Convencional Concreto Extrusado (Farofa - Maquininha) - Concreto extrusado (maquininha) Concreto com Adição de Fibras Grout Concreto Leve Concreto com Módulo de Elasticidade Definido Concreto para Pavimento Rígido Concreto com Pega Programada Concreto Pesado Concreto Pré-Moldado

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9ª AULA - DATA 04 OUTUBRO 2012.VIGAS DE CONCRETO

9.1 VIGA - elemento estrutural normalmente horizontal, podendo ser inclinado, que respeite as limitações dimensionais presentes na NBR6118/2003, destinado a suportar e transferir para a região dos apoios, cargas que lhe são imputadas na concepção estrutural, como o próprio peso, as reações de lajes, paredes e outras vigas.

9.1.1 Espaçamento - distância calculada de separação da armadura longitudinal, ou da armadura transversal.9.1.2 Serve - no caso da armadura longitudinal - para garantir o prefeito cobrimento da armadura ou do feixe de barras da armadura; no caso de armadura transversal - serve para garantir que nenhuma diagonal de compressão se forme sem a devida armadura para costurá-la.9.1.3. Tipos básicosAs edificações basicamente apresentam três tipos de vigas, que diferem na forma como são ligados aos seus apoios. Portanto, classificam-se em:

Viga em balanço ou em console: é uma viga de edificação com um só apoio. Toda a carga recebida é transmite a um único ponto de fixação.

Viga biapoiada ou simplesmente apoiada: diz-se das vigas com dois apoios, que podem ser simples e/ou engastados, gerando-se vigas do tipo simplesmente apoiadas, vigas com apoio simples e engaste, vigas biengastadas.

Viga contínua: diz-se da viga com múltiplos apoios.

As viga feitas em concreto armado, são dimensionadas de forma que apenas a sua ferragem longitudinal resista aos esforços de tração, não sendo levado em conta a resistência a tração do concreto, por esta ser muito baixa. As vigas de concreto armado recebem ferragens secundárias distribuídas transversalmente ao logo da sua seção, denominadas estribos. Possuem a finalidade de levar até os apoios as forças cisalhantes.

Ao dimensionar vigas de concreto que são fundidas com a laje, a compressão pode levar em conta parte da laje junto à viga, ajudando a reduzir a quantidade de ferragem para resistir aos esforços compressivos.

Em viadutos e pontes as vigas são comumentemente do tipo biapoiadas. Seus apoios são chamados livres. Assim a estrutura pode oscilar em seus apoios, evitando o aparecimendo de trincas e permitindo a estrutura oscilar com o deslocamento das cargas móveis recebidas, sem afetar a sua estabilidade. 9.1.4 Perfis

Vigas são estruturas amplamente utilizadas na engenharia. Elementos obrigatórios no dimensionamento de estruturas simples ou complexas, as vigas possuem diferentes formas de seção, denominadas perfis. Os perfis mais utilizados são o perfil em "I" e o perfil em "T", existindo ainda o perfil em "U" e em "L". No perfil, o elemento vertical chama-se alma e o elemento horizontal (um no perfil em "T", dois no perfil em "I") denomina-se banzo

9.2 Vigas baldrameNa construção convencional de edifícios, ao nível dos blocos de fundação é executado um

vigamento cuja função é dar suporte às paredes e ligar os pilares, travando a estrutura na horizontal. Essas vigas são denominadas cintas de fundação ou vigas baldrame.

As cargas atuantes nas cintas de fundação são o peso próprio e carga de parede, se houver. As cintas são usadas entre pilares vizinhos, de modo contínuo ou não, e sempre que existir parede nesse nível. Para as cintas, são válidas as mesmas recomendações feitas para as vigas em geral, com

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a ressalva de que as cintas ficam "embutidas: no próprio solo de fundação. Em geral, o cintamento não recebe o carregamento de lajes. O contrapiso é executado diretamente sobre o terreno compactado.

9.3 VIGA INVERTIDAAs vigas invertidas são utilizadas em situações nas quais se deseja que a viga não apareça na face inferior da laje, geralmente por questões de estética. As semi-invertidas são empregadas em situações nas quais o pé-direito ou as esquadrias limitem a altura útil da viga e o projeto estrutural exija uma viga alta.

9.4 ARMADURA DE PELEA armadura de pele tem por função controlar a abertura de fissuras nas regiões tracionadas

das vigas. Em vigas com altura ≤ 60cm a armadura de pele pode ser dispensada. Nas vigas usuais, com altura menor que 1,20m, pode-se considerar atendida a condição de

abertura de fissuração se:  A abertura de fissuras calculada na região das barras mais tracionadas for verificada e

Se a armadura de pele for no mínimo 0,10% A c, alma em cada face da alma da viga, composta por barras de alta aderência ( η≥ 2,25), com espaçamento não maior que 20 cm, respeitado o disposto no item 17.3.3.2 da norma

9.5 PROJETO ESTRUTURALPara as vigas horizontais a numeração deverá ser feita a partir do canto superior esquerdo,

prosseguindo-se por alinhamentos sucessivos até atingir o canto inferior direito.Para as vigas verticais, partindo-se do canto inferior esquerdo, para cima, por fileiras

sucessivas, até atingir o canto superior direito. Numeram-se primeiramente as vigas horizontais e depois as verticais.

Para as vigas cuja inclinação com a horizontal variar de 0 a 45º podem ser consideradas como dispostas horizontalmente.

Cada vão das vigas contínuas será designado pelo número comum à viga, seguido de uma letra maiúscula. Junto da designação de cada viga deverão ser indicadas suas dimensões.

Quando houver mísula, traça-se uma diagonal do retângulo representativo da mísula (é um ornato que ressai de uma superfície, geralmente vertical, e que serve para sustentar um arco de abóbada, uma cornija, figura, busto, vaso, etc.. Muito usado em estruturas de concreto, na construção civil) e hachura-se um dos triângulos resultantes, assinalando-se a variação numérica das dimensões

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10ª AULA – DATA 11 OUTUBRO 2012.REVISÃO – PROVA

11ª AULA - DATA 18 DE OUTUBRO 2012PILARES DE CONCRETO

11. PILARUm pilar é um elemento estrutural vertical usado normalmente para receber os esforços

verticais de uma edificaçãoe transferi-los para outros elementos, como as fundações. Costuma estar associado ao sistema laje-viga-pilar

O pilar é a peça de mais responsabilidade da estrutura. Se uma viga ou uma laje sofre uma ruptura, em geral é possível recuperar a estrutura. Se a mesma coisa ocorre com um pilar, a recuperação é difícil.

Usualmente, concretam-se primeiramente os pilares e posteriormente as vigas e lajes.A distribuição do carregamento nos pilares de um edifício ocorre conforme as necessidades

do projeto arquitetônico, e sempre mantendo a função do espaço.A princípio, seria interessante colocar pilares em todos os cruzamentos de vigas, o que faria com que as cargas percorressem o caminho mais curto entre o ponto de aplicação e a fundação. Entretanto, uma estrutura pode se tornar anti-econômica e até mesmo, proibitiva sob o ponto de vista funcional, caso sejam projetados pilares muito próximos uns dos outros.

Os pilares devem se localizar em pontos que não interfiram no conjunto arquitetônico e não comprometam a circulação de halls, salas, pilotis, garagens, etc.

A palavra pilar pode ser usada como sinônimo para coluna, embora esta tenha um significado próprio. Além disso, cotidianamente costuma-se diferenciá-los pelo fuste: enquanto o pilar o possui quadrangular ou poligonal, nas colunas o fuste é arredondado. Esta definição, no entanto, não é adotada em todos os países de língua portuguesa.

11.1 Cálculo estrutural

Um pilar metálico em estacionamento. Pilar sob viaduto

Na engenharia estrutural os pilares em concreto armado, são dimensionados a resistir a compressão e a flambagem . O concreto apesar de praticamente não resistir a esforços de tração, resiste razoavelmente bem a compressão, sendo que em várias oportunidades, como em residências e edificação pequenas, os pilares são armados com a ferragem mínima exigida pelas normas. Os

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pilares de concreto também devem receber uma armadura transversal que sirva de apoio a armadura longitudinal para a concretagem e que evite a flambagem do pilar, quando este estiver em carga.

Existem vários tipos de cálculos para a determinação da armadura necessária para armar um pilar. Tais métodos foram desenvolvidos antes da popularização da informática, onde a estimativa para o dimensionamento eram feitos por métodos de aproximação.

A numeração dos pilares deverá ser feita partindo-se do canto superior esquerdo, prosseguindo-se por alinhamentos sucessivos até atingir o canto inferior direito.

As dimensões dos pilares deverão ser indicadas ao lado de cada pilar, acompanhadas de sua identificação. Na numeração dos pilares, normalmente não se utiliza a simetria da estrutura por se considerar que este procedimento poderia causar sérias dúvidas durante a execução.A variação das dimensões dos pilares é um procedimento comum quando se tem pavimentos-tipo em uma edificação. Admite-se que esta variação de dimensões das seções transversais possa ser mostrada através de uma tabela, sem a necessidade de modificar a planta de fôrmas do pavimento tipo.

Para que se tenha uma perfeita definição dos pilares em um desenho de fôrmas é necessário se adotar uma convenção apropriada, indicando os elementos que nascem, passam ou morrem no nível detalhado.

11.2 Um pouco de ArquiteturaColuna

Coluna de influência islâmica em Espanha

Uma coluna é um elemento arquitetonico destinado a receber as cargas verticais de uma obra de arquitetura ( arco, arquitrave, abóboda) transmitindo-as à fundação. Embora tenha a mesma função de um pilar, este é geralmente mais robusto e de secção quadrada, (o que poderia corresponder genericamente ao fuste da coluna). A coluna costuma ser caracterizada por uma estrutura mais esbelta e esguia em prumo (tradicionalmente de secção cilindrica podendo também ser poligonal) e que acarreta um significado histórico, decorativo e simbólico mais acentuado. Os materiais de construção podem variar entre a pedra, alvenaria, madeira, metal ou mesmo tijolo atingindo-se uma grande variedade formal e decorativa que se pode observar desde a antiguidade.

11.2.1 ComponentesBase

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A base (d no esquema), do latim base (planta do pé), é o ponto de ligação do fuste com o pedestal ou pavimento do edifício. Surge inicialmente como uma simples placa de pedra, consequência da necessidade de evitar que a humidade do chão danificasse as primeiras colunas de madeira.

Em geral possui um tratamento estético próprio (no caso da antiguidade classica, seguindo os princípios da ordem utilizada). Na antiguidade clássica a base inicia com uma placa quadrada designada plinto (k no esquema) podendo ser seguida de outros discos de perfil côncavo ou convexo (l no esquema) e que têm por objectivo dar maior plasticidade visual à base.

Esquema dos componentes de uma coluna.

Nas ordens clássicas a base assenta numa construção em degraus designada crépis ou estereóbata (a no esquema) cujo último nível é a estilóbata (E no esquema). Ainda um elemento, o scamillus (j no esquema), surge entre a estilóbata e a base da coluna. O templo grego apresenta uma ligeira curvatura na base e na arquitrave em direcção ao centro, quase imperceptível, mas o suficiente para transmitir uma imagem total de harmonia. O scamillus define-se então como um pequeno elemento (em cunha) de ajuste ou nivelamento que permite que a base da coluna assente numa superficie horizontal.

Podem-se encontrar bases decoradas com elementos geométricos, vegetais ou animais fantásticos.

Fuste

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O fuste (e no esquema), do latim fuste (pau de madeira), é, de uma certa forma, a própria coluna (elemento vertical de apoio), constituindo a sua central e maior parte e fazendo a ligação entre a base e o capitel. Pode ser composto por um só bloco (monolítico) ou segmentado pela sobreposição de diversos blocos (também designados tambores). Caso a coluna só apresente fuste, o extremo inferior deste designa-se imoscapo e o superior sumoscapo.

Em alguns casos pode existir uma ligeira curvatura do fuste (engrossamento) designada entasis (D no esquema), em que o diâmetro aumenta a 1/3 da sua altura de modo a reduzir a distorção óptica, uma espécie de desproporção oferecida pelo nível baixo do ponto de vista do observador. Outras deformações são também possíveis, como a redução do diâmetro numa das extremidades do fuste (afunillamento).

Na antiguidade clássica as caneluras (finas estrias ou sulcos longitudinais) são a decoração do fuste por excelência. Outros estilos apresentam um fuste totalmente desprovido de decoração e ainda outros revestem-no de uma extrema profusão de relevos, descrições de cenas, decorações vegetais ou geométricas.

Tipologias de acordo com variações do fuste: Coluna anelada (com aneis que dividem o fuste em várias faixas); Coluna canelada (com caneluras verticais); Coluna cóclida (de maiores dimensões, com escada em caracol no seu interior); Coluna corolítica (decoração com espiral em forma de grinalda de flores e folhas; Coluna de tambores (composta por blocos sobrepostos); Coluna entrelaçada (em que 2 ou 3 fustes se entrelaçam numa mesma coluna); Coluna estriada (com estrias verticais); Coluna fasciculada (composta por grupo de fustes delgados adossados entre si, oposto da coluna monocilíndrica); Coluna galbada (com convexidade, entasis); Coluna monocilíndrica ou monolítica (composta por um único bloco, oposto da fasciculada); Coluna monofasciculada (fuste liso composto por vários elementos agrupados na vertical) Coluna prismática (de secção poligonal); Coluna rostrada (com decoração náutica. Coluna rostral com aríetes no fuste, elementos de proa de uma galera) Coluna rusticada (elementos cilindricos alternam com elementos pararlelelipédicos) Coluna salomónica : (em espiral, helicoidal ou torsa)

CapitelO capitel (f no esquema), do latim capitellum diminutivo de caput (cabeça, extremidade), faz a união entre o elemento vertical (fuste) e horizontal (arquitrave ou imposta de um arco) de características estáticas muito diferentes. Assim, o capitel não só soluciona problemas técnicos como assume, acima de tudo, um papel estético sendo normalmente a parte mais trabalhada da coluna, a parte mais característica de uma dada ordem ou estilo.Consoante o momento histórico (principalmente nas ordens clássicas) o capitel pode ainda ser subdividido nos seguintes elementos:Astrágalo - (do grego astrágalos). Moldura em forma de filete semi-circular na zona superior após o fuste e que antecede o capitel. Equino - (do grego echînos, ouriço). Presente no capitel da ordem dórica é um elemento em forma de almofada sob o ábaco. Ábaco (n no esquema) - (do grego abax, quadro, mesa). Placa quadrada e espessa que remata o capitel.

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Posicionamento

Coluna comemorativa, Coluna de Trajano de fuste espiralado dividido por anéis com relevos.

A sua situação ou posicionamento relativamente ao espaço envolvente pode diferir consoante a necessidade ou objectivo. Assim, a coluna pode ser independente ou exenta (no caso, por exemplo, de colunas comemorativas), isolada (em que os únicos pontos de contacto com a construção são as extremidades), geminada (agrupadas a duas, como se pode observar no caso de claustros medievais), adossada (em que o fuste entra em contacto com outra superfície, como em casos de pilares complexos com várias colunas adossadas nos cantos) ou embebida (em que só uma determinada parte da coluna é visível, como estando “embutida” verticalmente noutro elemento. Nestes casos o mais comum é a secção vertical resultando numa meia-coluna). Quando se situa no cruzamento de duas superfícies (ângulo) designa-se por angular ou acantonada, resulando numa coluna de ¾.

Outros termos e aplicações Colunelo ou coluneta: Trata-se de uma coluna geralmente de diâmetro inferior, mais

delgada, que pode estar adossada a outros elementos, como uma parede, um pilar, jamba de um portal, etc.

Coluna comemorativa ou triunfal: isolada (numa praça, p. ex.), erguida como monumento em memória de um acontecimento histórico marcante.

Colunata: Trata-se de uma sequência de colunas em linha recta ou curva. Arcada : Série de arcos apoiados em colunas (presente, p. ex. em claustros).

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12² AULA – DATA 25 OUTUBRO 2012TIPOS DE AÇO

FCK12. O AÇO ESTRUTURAL

A Gerdau é uma das muitas empresas fabricantes de aços para a construção, e apresenta uma linha de ferragens prontas para o uso, utilizadas em residências, conforme mostrado abaixo

Para que um projeto saia do papel com segurança e qualidade, deve-se usar vergalhão produzido rigorosamente de acordo com as especificações da norma NBR 7480.

Aço para concreto armado é a designação dada a todos os aços adequados para a utilização como armadura nas estruturas de concreto armado.

No início do emprego do concreto armado na construção utilizavam-se principalmente barras redondas laminadas em bruto e, às vezes, ferros chatos e angulares, que eram ancorados no concreto por meio de ganchos nas suas extremidades, nessa época a tensão de trabalho na armadura era baixa, de modo que as propriedades de aderência das barras eram suficientes. No entanto, com o aparecimento dos aços de alta resistência foi necessário melhor a capacidade de aderência das barras.

Atualmente são utilizadas em concreto armado barras redondas lisas ou com saliências ou, em alguns casos malhas ou telas soldadas.

As barras lisas são fabricadas apenas para aços de baixa resistência, enquanto que as barras de aço de alta resistência exigem saliências. As malhas soldadas podem ser compostas por barras lisas (diâmetros menores) ou com saliências (diâmetros maiores).

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Classificam como barras os elementos com comprimento nominal entre 10,00 a 12,00 m e como fios os elementos de diâmetro nominal inferior ou igual a 12,5 mm cujo processo de fabricação permita o fornecimento em rolos de grandes comprimentos.

Fabricação de aços para concreto armadoOs aços para concreto armado são ligas de ferro que contém, para melhorar as suas

propriedades, elementos como carbono, manganês, silício, cromo e também impurezas não metálicas como combinações de fósforo e enxofre.

Conforme a composição resulta propriedades diferentes, sendo que o teor de carbono desempenha papel principal. A resistência do aço aumenta com o teor de carbono na sua composição ou mesmo a adição de outros elementos formando a ligas. O mesmo efeito pode também ser obtido por meio de tratamento posterior, térmico ou mecânico.

Quanto ao processo de fabricação, os aços para concreto armado classificam-se em aços de dureza natural e aços deformados a frio.

a. Aços de dureza naturalAços de dureza natural são os obtidos por laminação a quente. Apresentam geralmente um

limite de escoamento bem definido e suas propriedades dependem unicamente da sua composição química.

b. Aços deformados a frioAços deformados a frio são aqueles obtidos por deformação a frio após a laminação. Através

de um trabalho mecânico (estiramento, torção, relaminação, trefilação) executado a frio em um aço de dureza natural consegue-se aumentar a sua resistência.

Porém quando aquecido a altas temperaturas, o aço deformado a frio perde essa resistência e retorna à condição de aço de dureza natural.

12.1 TIPOS DE AÇOSOs aços são classificados conforme sua resistência, definida pela sua composição e processo

de fabricação. Assim, tem-se as classificações CA-25, CA-50 e CA-60.

12.1.1 Aços CA-50 e CA-25Vergalhão CA-25 é usado em estruturas de concreto armado, deve ser produzidos rigorosamente de acordo com as especificações da norma NBR 7480. O vergalhão CA-25 possui superfície lisa, é comercializado em barras retas de 12 m e em feixes amarrados de 1.000 kg ou 2.000 kg. Já o CA-50 tem superfície nervurada e vendido com as mesmas dimensões do CA-25

Geralmente, quando se faz referência a estes tipos de aço, costuma-se chamá-los de barras de aço.

Aplicações::CA 25

Estruturas de concreto armado;Armaduras de Pré-Moldados;Ganchos de içamento;Tirantes, etc.

CA 50Estruturas de concreto armado de casas, edifícios, canalizações, pontes, barragens, estradas,

etc.;Armaduras de Pré-Moldados.

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12.1.2 Aço CA-60Produzido de acordo com a norma NBR 7480, o CA-60 é conhecido pela alta resistência,

proporcionando estruturas de concreto armado mais leves. Além disso, o CA-60 possui superfície nervurada em todas as bitolas e apresentações garantindo maior aderência da estrutura ao concreto.

A garantia de qualidade do CA-60 você encontra em:Rolos com peso aproximado de 170 kg;Barras de 12 m de comprimento, retas ou dobradas;Feixes amarrados de 1.000 kg;Estocadores e bobinas de 1.500 kg para uso industrial.

Aplicações:Estruturas leves de concreto armado de casas e edifícios;Armaduras de Pré-Moldados;Indústrias - produção de armaduras industrializadas.O aço CA-60 apresenta capacidade de soldabilidade com ótimo dobramento e alta

resistência.É indicado para a produção de vigotas de lajes pré-fabricadas, treliças, armações para tubos,

pré-moldados e outras aplicações.Geralmente, quando se faz referência a este tipo de aço, costuma-se chamá-lo de fios de aço,

por serem mais delgados que os aços CA-25 e CA-50.

12.2 UTILIZAÇÃODefine-se o aço a ser utilizado através de dois parâmetros:

- resistência (CA-25, CA-50 ou CA-60)- bitola, isto é, o seu diâmetro nominal, padronizado de acordo com a EB-3.

A tabela abaixo mostra os valores nominais para cálculo que devem ser utilizados para os fios e barras.

12.3 Composição e processo de fabricaçãoOs aços são ligas contendo ferro, carbono, manganês, silício, alumínio, enxofre, fósforo e

cromo.Os aços CA-25 têm resfriamento natural.Os aços CA-50A e CA-60A são ligas especiais. Podem ser soldados sem maiores cuidados.

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Os aços CA-50B e CA-60B são mais usuais e mais baratos. São encruados a frio e perdem a resistência quando aquecidos, por exemplo, durante um processo de solda.

A EB-3 classifica as barras, de acordo com as características mecânicas, nas seguintes categorias CA-25, CA-50 e CA-60. O aço CA-25 é fabricado somente de dureza natural, isto é, classe A, já os aços CA-50 e CA-60 são fabricado tanto de dureza natural, Classe A, como também deformados a frio, Classe B.

A nomenclatura dos aços segundo a EB-3 é a seguinte:CA-25

CA-50A e CA-50BCA-60A e CA-60B

Onde:- CA indica ser o aço para concreto armado;- A ou B : a classe que o aço pertence;- 25, 50 ou 60 : é o valor da resistência característica da tensão de escoamento real ou convencional em kgf/mm².

12.4 Características mecânicasAs características mecânicas são levantadas através de ensaios, cujos resultados são apresentados em diagramas tensão-deformação.

Na figura, tem-se:fs - tensão normal na barra de aço submetida a ensaio de traçãoεs - deformação correspondente na barra de açofp - tensão normal limite de proporcionalidade: da origem até este ponto o material se comporta como elástico linear, isto é, vale a lei de Hooke (σ = E · ε )fy - tensão de escoamento: até este ponto, o material ainda se comporta como elástico; além dele, como plástico, pois ocorre o escoamento, um aumento na deformação com sustentação da tensão normal aplicada.fr - tensão de ruptura da barra de aço

12.5 Bases do Dimensionamento de Estruturas12.5.1 Estados limites

EstabilidadeConforto

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DurabilidadeSegurança

As estruturas devem evitar estes estados com uma margem conveniente de segurança.12.5.2 Estados limites últimos

Perda de estabilidadeRuptura de seções críticasTransformação em mecanismoInstabilidade Elástica (flambagem)Deterioração por fadiga

Para garantir a segurança, as solicitações características, obtidas a partir dos carregamentos característicos, são majoradas. Adicionalmente, as resistências dos materiais componentes são minoradas.

12.5.3 Estados limites de serviçoDeformações excessivasFissuração excessivaExistência de corrosãoVibração excessiva

Nestes casos, considerar as solicitações características sem majoração e as resistências com minoração.

12.5.4 Ações a considerar:Diretas Cargas permanentes

Cargas acidentais

Indiretas: Temperatura Retração Recalques

Excepcionais: TerremotosMaremotosIncêndios

Segurança das estruturasFatores de incerteza:

Valores da resistências dos materiaisMedições nas obrasDesconhecimento das ações reaisHipóteses simplificadoras no cálculo

Coeficientes de segurançaAções atuantes:Cargas permanentes: 0,9 ou 1,4Cargas acidentais: 1,4Deformações: 1,2Resistências:Resistência de cálculo = resistência característica / γAço: γ = 1,15 Concreto: γ = 1,4

12.6 Características de aderência

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A aderência é melhorada sensivelmente se as barras possuírem nervuras ou saliências na sua superfície. As nervuras permitem um engrenamento mecânico (encaixe) entre as barras e o concreto, criando pequenos dentes de concreto que são solicitados por corte e se opõem ao deslizamento da barra.

12.7 ARAME RECOZIDOPraticidade e rapidez que você precisa no canteiro de obra, pois o arame recozido é muito

fácil de trabalhar. Veja por quê: Elevado grau de maleabilidade, facilitando seu trabalho em amarrações de armaduras de concreto armado;

Alta resistência, pois é produzido de acordo com a norma NBR 5589/82, proporcionando uma resistência à tração de até 40 kgf/mm².

Você encontra o arame recozido em rolos de 1 kg, 35 kg e 60 kg.Aplicação:Amarração de Estruturas de concreto armado.

12.8 TELA SOLDADA NERVURADAPrópria para construir lajes em concreto armado, pisos industriais e estruturas pré-moldadas,

a tela soldada nervurada oferece segurança e economia. A tela soldada nervurada deve vir com a gravação do fabricante ( ex: GERDAU 60), sinônimo de qualidade e garantia de procedência.

É feita com aço CA-60 nervurado, proporcionando maior aderência do aço com o concreto. Soldada em todos os pontos de cruzamento garante melhor ancoragem, ligando os elementos

estruturais, além de um excelente controle de fissuramento.

Aplicação:Pisos industriais;Pavimentos;Lajes de edifícios e casas;Pré-Moldados de concreto;Paredes de túneis;Outros.

12.9 TRELIÇASA Treliça é fabricada com aço CA-60 nervurado, que permite melhor aderência ao concreto. Possui uma enorme capacidade de vencer grandes vãos e suportar altas cargas com toda a

segurança.

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Você encontra a treliça nos comprimentos de 8m, 10me12m, em feixes de aproximadamente 65 kg.

Sua utilização estrutural em lajes treliçadas e mini painéis treliçados bem como espaçador de armaduras, traz diversos benefícios para processo de construção:

Redução do uso de fôrmas e escoramentosRedução do custo com mão-de-obraRacionalização na execução e na organização do canteiro de obrasMaior rapidez na montagem

Aplicações:Lajes Pré-Moldadas Treliçadas;Lajes Planas Treliçadas;Lajes Treliçadas Auto-portantes;Espaçador;Cortinas Treliçadas, etc.

12.10 BARRAS DE TRANSFERENCIAIndispensável na construção de pisos e pavimentos de concreto armado, a barra de

transferência é feita com aço CA-25. Lisa e retilínea, com comprimento de 50 cm, é usada entre as placas de concreto armado para distribuir as cargas sobre o piso.

APLICAÇÕES:Pisos industriais, pavimentos, aeroportuários e garagens.

FCK – Resistência Característica do Concreto

O  cálculo  de  uma estrutura de concreto é feito com base no projeto arquitetônico da obra e no valor de algumas variáveis, como por exemplo, a resistência do concreto que será utilizado na estrutura. Portanto, a Resistência Característica do Concreto à Compressão (fck) é um dos dados utilizados no cálculo estrutural. Sua unidade de medida é o MPa (Mega Pascal), sendo:  Pascal: Pressão exercida por uma força de 1 newton, uniformemente distribuída sobre uma superfície plana de 1 metro quadrado de área, perpendicular à direção da força. 

Mega Pascal (MPa) = 1 milhão de Pascal = 10,1972 Kgf/cm².Por exemplo: O Fck 30 MPa tem uma resistência à compressão de 305,916 Kgf/cm².

 O valor desta resistência (fck) é um dado importante e será necessário em diversas etapas da

obra, como por exemplo:  Para cotar os preços do concreto junto ao mercado, pois o valor do metro cúbico de concreto varia conforme a resistência (fck), o slump, o uso de adições, etc.   No recebimento do concreto na obra, devendo o valor do fck, fazer parte do corpo da nota fiscal de entrega, juntamente o slump. 

No controle tecnológico do concreto (conforme normas da ABNT), através dos resultados dos ensaios de resistência à compressão. Neste ensaio, a amostra do concreto é "capeada" e colocada em uma prensa. Nela, recebe uma carga gradual até atingir sua resistência máxima (kgs). Este valor é dividido pela área do topo da amostra (cm²). Teremos então a resistência em kgf/cm². Dividindo-se este valor por 10,1972 se obtém a resistência em MPa. 

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A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) descreve com exatidão os ensaios de Resistência à Compressão e de Slump Test, através de suas normas

O concreto, dentro das variáveis que podem existir nos projetos estruturais, foi o item que mais evoluiu em termos de tecnologia. Antigamente muitos cálculos eram baseados no  fck 18 MPa e hoje, conseguimos atingir no Brasil, resistências superiores a 100 MPa.  Isto é uma ferramenta poderosa para os projetistas e para a engenharia em geral. Implica na redução das dimensões de pilares e vigas, no aumento da velocidade das obras, na diminuição do tamanho e do peso das estruturas, formas, armaduras, etc.

CONSISTENCIA E TRABALHABILIDADEA consistência  é  um dos principais fatores que influenciam na trabalhabilidade do concreto.

Cabe ressaltar este assunto, pois muito se confunde entre consistência e trabalhabilidade.  O termo consistência está relacionado a características inerentes ao próprio concreto e está mais relacionado com a mobilidade da massa e a coesão entre seus componentes.  Conforme modificamos o grau de umidade que determina a consistência, alteramos também suas características de plasticidade e permitimos a maior ou menor deformação do concreto perante aos esforços. Um dos métodos mais utilizados para determinar a consistência é o ensaio de abatimento do concreto, também conhecido como slump test. Neste ensaio, colocamos uma massa de concreto dentro de uma forma tronco-cônica, em três camadas igualmente adensadas, cada uma com 25 golpes. Retiramos o molde lentamente, levantando-o verticalmente e medimos a diferença entre a altura do molde e a altura da massa de concreto depois de assentada.

A trabalhabilidade depende, além da consistência do concreto, de características da obra e dos métodos adotados para o transporte, lançamento e adensamento do concreto.   Como exemplo, podemos dizer que um concreto com slump de 60 mm foi excelente e de fácil trabalhabilidade quando aplicado em um determinado piso. Este mesmo concreto, aplicado em um pilar densamente armado, foi um tremendo desastre, ou seja, a consistência era a mesma (60 mm), mas ficou impossível de se trabalhar.   O que costuma ocorrer na obra, nestes momentos de difícil aplicação é do encarregado pela concretagem solicitar para colocar água no concreto, alterando as características do mesmo. 

A relação entre água e cimento é essencial para a resistência do concreto e não pode ser quebrada. Não dá para remediar sem correr riscos. O correto é sempre fazer ou comprar um concreto de acordo com as características das peças e com os equipamentos de aplicação disponíveis. As Concreteiras têm sempre profissionais capacitados a indicar o tipo de Slump apropriado para cada situação.

FATOR ÁGUA / CIMENTOO cimento Portland é um material pulverulento, constituído de silicatos e aluminicatos

complexos, que, ao serem misturados com a água, hidratam-se, formando uma massa gelatinosa, finamente cristalina, também conhecida como “gel”. Esta massa, após contínuo processo de cristalização, endurece, oferecendo então elevada resistência mecânica.  Ele pode ser definido também, como sendo um aglomerante ativo e hidráulico.

Aglomerante, pois é o material ligante que promove a união dos grãos de agregados.Ativo, por necessitar de um elemento externo para iniciar sua reação.Hidráulico porque este elemento externo é a água.

 Concluímos então que a água tem um papel de destaque dentro da engenharia do concreto,

tão importante que a relação entre o peso da água e o peso do cimento dentro de uma mistura recebeu um nome: fator água cimento (A/C).

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Este  fator  é  a base para a definição de todas as misturas compostas com cimento e água (concreto, argamassa, grout, etc.) devendo ser muito bem compreendido por todos aqueles que trabalham com o concreto. A água deve ser empregada na quantidade estritamente necessária para envolver os grãos, permitindo a hidratação e posterior cristalização do cimento. 

O fator A/C deve ser sempre o mais baixo possível, dentro das características exigidas para o concreto e da qualidade dos materiais disponíveis para a sua composição.  Quando temos muita água na mistura, o excesso migra para a superfície pelo processo de exudação. Deixa atrás de si vazios chamados de porosidade capilar. Esta porosidade prejudica a resistência do concreto aumenta sua permeabilidade e diminui a durabilidade da peça concretada. 

13ª AULA – DATA 01 DE NOVEMBRO DE 2012.MUROS

Os muros são construções feitas de alvenaria de blocos de concreto ou tijolos, que tem a finalidade de delimitar as divisas do terreno – por isto mesmo são denominados de muros divisórios. Não devem receber cargas horizontais, mesmo que sejam de terra, pois neste caso, o muro passa a ser um muro de arrimo, que deve ser adequadamente dimensionado por um técnico, para que não venha a cair.

ATENÇÃO As dicas aqui apresentadas são válidas apenas para construção de muros de divisas.

13.1. LOCAÇÃO DO MUROA primeira medida a ser tomada na construção de um muro, após a limpeza do terreno, é a

determinação de sua correta locação, ou seja, o local exato em que vai ser construído. Como devem ser construído nas divisas do terreno, se não existir nenhum referencial, solicite à Prefeitura que

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faça demarcação de sua testeira (alinhamento – divisa da frente do terreno). Consulte se existem exigências a serem atendidas. É bom saber ainda, nesta ocasião, se estão previstas obras na rua, pavimentação, saneamento etc., pois alterações no nível da rua ou aberturas de valas, geralmente causam problemas em um muro já executado.

ATENÇÃO É importante, nesta fase, conversar com seus vizinhos, pois a construção do muro é de interesse comum. É possível mesmo que possa ser feito com a participação deles. Sairá mais barato e todos ficarão satisfeitos!

13.2. FUNDAÇÃO A execução da fundação de um muro é da máxima importância, pois dela dependerá a sua

estabilidade. Todo cuidado, portanto é válido. Faça a locação da vala da fundação, que deverá ter a largura do muro mais 10 cm (5 cm para cada lado). Utilize cavaletes de madeira, em que serão colocados pregos de marcação, por onde passarão as linhas que possibilitarão marcar no terreno os limites das laterais da vala (Veja figura).

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ATENÇÃO A lata usada como medida deve ser de 18 litros.

A extensão do muro deverá ser subdividida em trechos de comprimento máximo de 2,80 m. Entre cada trecho deverá ficar um espaço de 20 cm, para concretagem de um pilarete de concreto armado, para travamento do muro.

A armadura destes pilaretes deve ser composta por quatro barras de ferra de ø 8 mm com estribos de ø 6,3 mm, espaçados a cada 40 cm. Estas armaduras deverão ser fixadas nos locais, durante a concretagem da vala de fundação (Ver), Deve ficar garantido um recobrimento das barras, mínimo de 2 cm de concreto.

A alvenaria de blocos deverá ser levantada com juntas desencontradas, com espessura de aproximadamente 1 cm. A argamassa de assentamento deve ser a mesma empregada na construção das paredes de uma casa. Recomenda-se utilizar blocos que não estejam saturados de água (que tenham ficado na chuva sem proteção).

Os espaços destinados aos pilaretes de amarração devem ser fechados dos dois lados, com tábuas fixadas por meio de arame recozido e cunhas. Essas tábuas funcionarão como fôrma para a concretagem dos pilaretes.

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Muros com mais de 2 m de altura devem ser elevados e ter seus pilaretes concretados em duas etapas. A meia altura deve ser executada uma cinta de concreto armado, com barras de ferro de ø 8 mm, na qual se podem utilizar blocos canaleta (Figura 10). O restante da altura do muro se apoiará nesta cinta.

Molhe o muro durante os primeiros 7 dias, nos períodos de muito calor.

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13.4. ACABAMENTO O acabamento do muro pode ser feito com um simples chapisco, que pode receber uma pintura à base de Cal ou PVA.

O muro poderá ser encimado com uma camada de argamassa, que tenha uma inclinação para fora, para facilitar a escoamento das águas de chuva (Figura 12).

13.6 MUROS DE ARRIMO

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A construção de um muro de arrimo ou muro de contenção deve ser orientado, caso a caso, por um profissional habilitado porque vai depender de vários fatores tais como: capacidade de suporte do solo de fundação, altura do muro, cargas atuantes, localização, etc, o que torna impossível ter-se um projeto padrão.

Algumas orientações, todavia podem ser dadas:1º) Fazer um desenho do local a ser construído o muro, em planta e em corte. No caso de

muros de grande porte (altura superior a 2m) deverá ser feito um levantamento topográfico.2º) Verificar a presença de águas e esgotos superficiais a céu aberto ou canalizados. Fazer

uma planta indicando a posição destas interferências.3º) Verificar através de furos de sondagens feitos com cavadeiras ou pá e picareta, a

qualidade do solo, particularmente o da fundação e profundidade do nível da água.

NOTAAs sondagens devem prosseguir até no mínimo 1,50m abaixo do nível da fundação do muro.

4º) Verificar qual o material adequado disponível na região para a execução do muro (concreto armado, gabiões, solo cimento ensacado, blocos estruturados de concreto, etc).

5º) Verificar qual o tipo de drenagem profunda a ser utilizada e prever sua execução no projeto, bem como a posição dos barbacãs se necessário.

GLOSSÁRIO:Muro de arrimo - parede que tem a finalidade de suportar o esforço de um maciço terroso.Barbacãs - tubos de saídas de água que atravessam o muro de arrimo.

DICAS PARA CONSTRUÇÕES PRÓXIMAS DE BARRANCO

1. É sempre melhor não fazer cortes em barrancos e construir o mais afastado possível deles.

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2. Se for necessária a retirada de terra, fazer cortes acompanhando a inclinação do terreno. O ideal é fazer pequenos patamares.

3. A construção de muros de arrimo muito altos exige a participação de um profissional habilitado para realizar seu dimensionamento.

4. A construção em patamares é mais segura e exige pequenos muros de arrimo.

Atenção: Muro de arrimo no interior da casa se não for bem feito, transmitirá umidade e poderá vir a cair.

5. O terreno cortado deve ser protegido de erosão com o plantio de gramas.6. As águas de chuva devem escorrer através de canaletas de concreto.Uma calçada em volta da casa deve ter uma inclinação que leve a água para as canaletas.

Águas servidas devem correr em valas ou calhas cimentadas, em direção às canaletas. Se for esgoto, este deve correr por manilhas até a fossa, longe dos barrancos.

7. O lixo ou entulhos não devem ser jogados nos barrancos, pois acumulará água, o que facilitará seu desmoronamento.

8. A retirada de terra dos barrancos de maneira errada, pode provocar sérias conseqüências, não faça e não deixe fazer, comunique o fato às autoridades.

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14ª AULA – DATA 08 DE NOVEMBRO 2012FÔRMAS PARA CONCRETO

14. FÔRMASFormas para concretoAs fôrmas são caixas de madeira executadas em obras de construção civil, que servem para

dar formato às estruturas de concreto garantindo o seu perfeito alinhamento e mantendo a geometria dos vários elementos de estrutura da obra, sejam estes os pilares, lajes, vigas etc.

As vezes utilizamos para fazer até simples trabalhos artesanais, porém de qualquer forma haverá um tipo e um modelo diferente a seguir, é importante lembrar que para cada obra existe uma maneira adequada de se fazer as fôrmas, sempre economizando dinheiro e material.

Além do projeto necessário, deve-se prestar atenção à qualidade dos materiais, no correto fornecimento de fôrmas e numa boa orientação técnica junto a obra.  

14.1 Tipos de Fôrmas para concreto:14.1.1 Fôrmas de Madeira:Para execução de construções de médio e pequeno porte, casas e sobrados utilizamos a tábua

de pinho ou a tábua de pinus, muito própria para esse tipo de serviço além de ter um custo muito inferior ao de outros tipos de madeiras.  Ao comprarmos as tábuas de pinho ou a de pinus deveremos ficar atento a qualidade pois em seu comercio encontramos as tábuas nas seguintes modalidades:

- Tábua de pinho de 1ª qualidade= São tábuas excelentes que não tem defeitos "nós", isto é uma madeira sem defeito algum.

- Tábua de pinho de 2ª qualidade= Também conhecida como "tipo industrial", são tábuas que apresentam alguns defeitos "nós" porem são perfeitamente aproveitáveis nas fôrmas.

- Tábuas de pinho de 3ª qualidade= São tábuas cheias de defeitos, existem muitos nós e sua aplicação no madeiramento é feito somente uma vez. Quanto maior for o numero de nós na tábua mais fraca ela será, pois a madeira quebrará necessariamente nesses pontos.

Costuma-se muito para a construção de casas e sobrados comprar a tábua de pinho de 2ª qualidade pois apresentam menos defeitos e quando deixam de serem usadas como fôrmas podem ainda ser reaproveitadas para apoio em andaimes, por exemplo

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Aliás, para construção de andaimes é aconselhável nunca usar as tábuas de pinho de 3ª

qualidade, pois conforme as informações sobre ela, ela irá se quebrar facilmente podendo causar acidentes graves.

14.1.2 Atente para as medidas das tábuas de pinus: Para a compra das tábuas de pinho devemos ficar atentos com as medidas, pois estas variam

em milímetros (mm), centímetros (cm) ou até mesmo em polegadas (").A polegada cujo sinal (") trata-se de uma medida estrangeira que corresponde a 25,4mm ou

2,54cm, assim iremos encontrar as seguintes medidas:   - Tábua de pinho de 1"x12"= Tábua de pinho de 1 polegada de espessura por 12 polegadas de largura  - Tábua de pinho de 1"x9"= Tábua de pinho de 1 polegada de espessura por 9 polegadas de largura  - Tábua de pinho de 1"x6"= Tábua de pinho de 1 polegada de espessura por 6 polegadas de largura   14.1.3 Como converter polegadas para centímetros:  A tendência é a gradual eliminação desta medida estrangeira, pois há muita confusão na hora da compra. O pessoal que está acostumado com a polegada sempre pede as medidas em polegadas.Já o pessoal de agora tem o costume de pedir em centímetros, e para fazer a conversão é simples. É o que vamos fazer agora:

Sabendo que 1 polegada " é igual a 2,54cm ou 25,4 mm: então:1"=2,54cm 12"=30,48cm pois 2,54x12=30,48

  Ou seja, para fazer a conversão basta multiplicar o numero em polegadas pelo valor de uma polegada que teremos o valor em centímetros, então:  Tábua de 1"x12"= tábua de 2,5cm de espessura por 30cm de largura

Tábua de 1"x9"= tábua de 2,5cm de espessura por 20 cm de larguraTábua de 1"x6" Tábua de 2,5cm de espessura por 15cm de larguraÉ comum adotar a espessura de 2,5 e falar tábua de 30,20,15.

14.1.2 Fôrmas de Papelão:

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As fôrmas de papelão são tubos roliços, tão resistentes quanto a madeira; ambas são utilizadas identicamente. Elas são muito utilizadas para concreto de pilares e colunas redondas.Quando forem empregadas nos pilares, basta colocar a ferragem e encher de concreto, este tipo de fôrma vem sendo usado a muito tempo na Europa,Estados Unidos e Japão.

A vantagem da fôrma de papelão é que seu peso e bem menor que o da fôrma de madeira, sendo ainda , bom isolante térmico e acústico.

A desvantagem deste tipo de fôrma é seu não reaproveitamento: uma vez usadas,ficam perdidas para sempre. 

14.1.3 Fôrmas de aço:

 Essas fôrmas se dividem em dois grupos:   a)- As pré-fabricadas em dimensões tipo standart, que podem ser usadas em vários tipos de obras.  b)-As fabricadas especialmente para um uso determinado, como por exemplo a construção de uma casa.  As fôrmas de aço são aplicadas nos seguintes casos:1)-Construção de muros de concreto;2)-Execução de pilares e Vigas e elementos similares;3)-Em revestimentos de concreto para túneis;4)-Na construção de pré-moldados;

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 As fôrmas em questão apresentam vantagens quando comparadas com as executadas com

outros tipos de materiais, pois tem rigidez e resistência, podem ser montadas e desmontadas com facilidade e rapidez, e são mais econômicas, pois tem grande reaproveitamento.

Conseguem superfícies de concreto bem lisas. A desvantagem é o custo deste tipo de fôrma a menos que seja reaproveitada varias vezes,

pois seu alto custo não irá compensar se não for para um grande projeto e sua reutilização

14.1.4 Fôrmas de Alumínio: As fôrmas de alumínio são precisas como as de aço, apresentando ainda a vantagem de ser

mais leve. São utilizadas com grande vantagem em construções de grande escala, ou seja, construções rápidas de varias unidades ou prédios, casas e sobrados.

A sua aplicação consiste em se montar as fôrmas de todas as paredes de uma só vez, deixando nelas os vazios para futura colocação das portas e das janelas.

Em seguida, as fôrmas são preenchidas com concreto, transformando assim a obra em um conjunto monolítico (feito de uma só vez) e depois fazendo a desmontagem das fôrmas (desforma) ficando as paredes e a laje de coberturas prontas.

Quando o projeto é bem feito, podem-se colocar as instalações elétricas e as tubulações hidráulicas, assim como os batentes de portas e janelas e as ferragens da parede antes do enchimento de concreto. Desta maneira quando for feito a desforma a casa vai estar praticamente pronta faltando assim a parte do acabamento que é a pintura e o revestimento cerâmico.

Nunca é demais insistir, que o uso das fôrmas de alumínio é muito indicado para construções de grande número de unidades iguais, pois reduz o tempo da construção de cada unidade, além de necessitar de menos mão de obra.

Outro ponto positivo é que as fôrmas são bem leves, permitindo fácil manuseio e fácil desforma, pois são engraxadas de modo a não permitir que o concreto tenha aderência com as fôrmas para não ter danos

14.2 Dicas importantes na montagem e uso das fôrmas para concreto14.2.1 As fôrmas para o concreto devem ser:  - Executada rigorosamente de acordo com as dimensões indicadas no projeto e com a resistência necessária para não se deformar sob a ação dos esforços que vai suportar.Isto significa que precisa resistir sob a ação conjunta do próprio peso; do peso e da pressão do concreto fresco, do peso das armaduras e das cargas acidentais.   As fôrmas usadas nas peças de grandes vãos devem ter a sobrelevação necessária para compensar a deformação inevitável sob a ação das cargas.

- Para que não haja perda de cimento arrastado pela água, é preciso que as tábuas sejam bem alinhadas e ajustadas o melhor possível. No caso de aparecerem fendas estas devem ser vedadas

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cuidadosamente com ripas e sarrafos. A ligação das tábuas que formam ângulos (arestas de vigas e de pilares, juntas de vigas com lajes, etc) devem merecer muito cuidado.

- A fôrma deve ser construída de modo que permita a retirada dos seus diversos elementos com relativa facilidade e, principalmente sem choques. Para isso, o seu escoramento deve ser apoiado sobre cunhas de madeira ou outros dispositivos apropriados.

Ela deve ser projetada e executada de modo que permita o maior número possível de utilização das mesmas peças, e também feita com madeira aparelhada.

Na execução dos trabalhos de concreto armado, deverão ser tomadas precauções, para que a resistência e o aspecto exterior da estrutura não sejam prejudicados.  14.3 Antes do lançamento do concreto:  As fôrmas devem ser limpas internamente, por isso devem ser deixadas aberturas denominadas “janelas/ visita” próximas ao fundo.

Aplicar desmoldante, para quando for fazer a desforma de um pilar não fiquem furos, arestas deformadas, faces irregulares e outras possíveis patologias.

As fôrmas devem ser molhadas até serem saturadas, para evitar que absorvam a água do concreto necessária à liga do cimento.

Em determinados casos, obtém-se um bom acabamento, embutindo os pregos, aplainando e lixando a madeira e posteriormente aplicando massa plástica nos locais que apresentarem irregularidades.

As fôrmas para concreto aparente são trabalhos especiais que exigem do carpinteiro certos cuidados e muito treino e habilidade na sua construção

14.4 Generalidades:A execução de estruturas de concreto armado exige a construção de formas com dimensões

internas correspondentes exatamente as das peças da estrutura projetada. A não ser em caso de peças de grandes vãos e grandes alturas, cujas formas exigem projetos e cálculos especiais não se calcula, em geral, as formas para estruturas comuns, as quais são executadas de acordo com a pratica dos mestres de obra e superficialmente verificadas pelos construtores.

Essa circunstância tem ocasionado muita diversidade de critérios na utilização do material, que em algumas obras é empregado em excesso, ao passo que em outra é deficiente, com evidente prejuízo, nesse ultimo caso do aspecto exterior, e também da resistência das peças da estrutura em conseqüência da deformação exagerada das fôrmas.

A uniformização das espécies e dimensões das madeiras usadas, bem como da nomenclatura e dimensões das peças que compõem as formas, e tabelas de aplicação imediata, dignas de confiança, seriam extremamente vantajosas, não só por facilitarem a fiscalização do consumo da madeira nas obras e as relações dos construtores com os fornecedores e mestres carpinteiros, como, e, sobretudo, por permitirem o planejamento rápido da forma com a resistência necessária

Não existe empreiteiro, mestre-de-obras ou pedreiro que desconheça a utilização do concreto como elemento estrutural. "Isso indica que há mais vantagens do que desvantagens nesse sistema". Entre as estruturas usadas para construir casas, certamente a de concreto - à vista ou recoberta pela alvenaria - é a mais difundida no Brasil desde o século passado. E essa familiaridade com o método construtivo, com certeza, é um dos motivos pelos quais muitos engenheiros e arquitetos admitem se sentirem mais confiantes quando o incluem em seus projetos. "O fato de o país ter uma grande quantidade de profissionais acostumados a tocar obras desse tipo é outra questão a ser considerada".

A viabilização de projetos complexos e com curvas acentuadas também conta ponto a favor do método. Só mesmo a estrutura de concreto permite essa versatilidade, uma vez que sua concepção possibilita o uso de fôrmas com os mais variados desenhos.

A má notícia é que "a desqualificação de alguns operários muitas vezes impede a correta racionalização do canteiro de obras, gerando desperdícios de materiais como madeira, cimento,

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brita, ferro e até água, que são a base da estrutura de concreto. Mas tais perdas e o conseqüente aumento de custos não estão atrelados a falhas no sistema, e sim à desorganização no decorrer do processo. Ou seja, é perfeitamente possível ter uma obra bem planejada erguida com pilares, vigas e lajes de concreto

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15ª AULA – DATA 15 NOVEMBRO 2012.MEMORIAL DESCRITIVO

15.1 O que é um memorial descritivo?Um memorial descritivo, como o próprio nome diz, é um texto explicando o projeto, os

conceitos utilizados, normas adotadas, premissas, etc. Normalmente tem o objetivo de explicitar, na forma de um texto, as informações mais importantes e que constam do projeto completo e que, porém, devido ao volume de informações serem grandes, não são facilmente observáveis, principalmente para uma pessoa sem a formação técnica.

15.2 Exemplo memorial Descritivo

MEMORIAL DESCRITIVO DE CONSTRUÇÃO – 1.ª fase: Estruturas

Nome da obra: Laboratório de Escoamentos Multifásicos Local da obra: Rua Campos – São Carlos – SP

1.INTRODUÇÃO:

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O projeto básico de implantação do Edifício destinado ao Laboratório de Escoamentos Multifásicos, será executado com fundações e estrutura em concreto armado, fechamento em alvenaria de blocos/convencional e coberturas metálicas.

A Edificação possui 4 (quatro) níveis de pisos, com área total edificada de aproximadamente 1.300m², implantada na Rua Campos, na cidade de São Carlos (SP).

Esta especificação foi elaborada a fim de orientar na execução dos serviços necessários para a execução da estrutura de concreto armado de toda a Edificação, esclarecendo os serviços que serão executados, bem como fornecendo as características dos materiais a serem utilizados e normas de serviços; compreendendo:

1 – Fundações e Estrutura de concreto armado2 – Estruturas Metálicas de rampas, escadas e sustentação das coberturas2.CARACTERÍSTICAS GERAIS DA OBRA:

• Área a ser construída: 1446,47 m²• Número de pavimentos: 4 (quatro)• Ambientes: Laboratório, Salas Multiuso e Casa de Máquinas• Fundações: estacas pré-fabricadas de concreto armado• Estrutura:• Pilares, Vigas e Lajes: concreto armado moldado in loco• Escadas e Estrutura da Cobertura: metálicas

3.DISPOSIÇÕES GERAISOs desenhos e os respectivos detalhes do projeto são partes integrantes desta especificação.Em caso de dúvida quanto à interpretação dos desenhos deverá ser consultada a fiscalização.Em caso de divergência entre cotas de desenho e suas dimensões, medidas em escala,

prevalecerão sempre às primeiras.Em caso de divergência entre desenhos de escalas diferentes, prevalecerão os de maior

escala.Em caso de divergências entre desenhos de datas diferentes, prevalecerão os de data mais

recente.Em caso de divergência entre cotas de desenhos e medidas in loco, prevalecerão às medidas

in loco, sendo que, a Contratada responsabilizar-se-á inteiramente pela sua verificação no local.Caberá à Contratada determinar os processos construtivos a serem utilizados para realização

dos trabalhos, entretanto deverá constantemente efetuar intercâmbio de informações junto à fiscalização da Unidade, para refinamento de detalhes técnico/executivos.

Os projetos – integrantes deste documento – deverão ser seguidos criteriosamente, sendo que, se necessário alguma mudança, deverá ser autorizada formalmente pela FISCALIZAÇÃO juntamente com o engenheiro projetista.

Toda e qualquer dúvida que venha a persistir relativa ‘as especificações de serviços/materiais e/ou projetos deverá ser objeto de consulta prévia para os devidos esclarecimentos pela FISCALIZAÇÃO.

Toda e qualquer alteração que se faça necessária ou que seja pleiteada pela Contratada deve ser apresentada formalmente a Fiscalização devidamente justificada e acompanhada de estudo comparativo de custos e prazo de execução.

Deverá ser realizado e entregue a FISCALIZAÇÃO um projeto “as built” das instalações, caso ocorram mudanças formalizadas durante a execução da obra, conforme citado anteriormente.

Alimentação de Energia, Telefonia e/ou água deverão ser programados com antecedência, junto à fiscalização e concessionárias, uma vez que, o projeto de implantação destas grandezas não foi contemplado nestes trabalhos; sendo que todo o trâmite junto às concessionárias será de responsabilidade exclusiva da Contratada.

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4.CRONOGRAMA:O cronograma apresentado no momento da Licitação servirá para embasar as medições

mensais e balizará os pagamentos bem como o acompanhamento do andamento dos serviços.Os faturamentos mensais serão baseados na programação apresentada nesse cronograma

físico-financeiro e fornecerá subsídios para eventuais cobranças de multa caso não atingidas suas metas mensais propostas.

Vale ressaltar que na efetuação de medições são considerados como materiais e serviços medidos apenas os aplicados na obra sendo desconsiderados materiais em canteiro que não tenham sido empregados.

5.MATERIAIS:Todos os materiais aplicados na obra serão novos, de primeira qualidade conforme

especificado em Planilhas, Projetos e/ou Caderno de Especificações Técnicas, e no caso de não estarem especificados, os mesmos deverão ser apresentados previamente à Fiscalização, que os aprovará ou não, registrando o fato no diário de obras.

Todos os materiais fora de especificações técnicas, de má qualidade e em desacordo com o Edital, serão recusados pela fiscalização independente de aviso ou notificação. Em caso de dúvida quanto ao uso do material, solicitar à fiscalização da obra a sua aprovação antecipadamente.

Para comprovação do atendimento às especificações, no que tange aos materiais empregados, a Contratada deverá apresentar os resultados dos ensaios preconizados por Normas e Especificações da ABNT e/ou as notas fiscais de compra.

No caso de dúvida, para a aprovação ou recebimento de materiais, a FISCALIZAÇÃO poderá exigir a expensas da Contratada, que sejam feitos testes complementares no concreto, solo, ferragem, agregados, revestimentos, etc.

Fica entendido que, em todos os casos em que for especificado um material pela sua marca ou denominação do fabricante, estará subentendido o termo “ou rigorosamente equivalente”.

Ficando a juízo da FISCALIZAÇÃO, tomar a necessária decisão. Toda vez que no texto da especificação forem encontradas as palavras “SIMILAR” ou “SIMILARES” deverá ser lido “EQUIVALENTE (s)”.

6.LIMPEZA:A Contratada deverá manter as instalações sempre limpas e os serviços de limpeza deverão

satisfazer as seguintes condições:- Deverá ser procedida periódica remoção de todo o entulho e detritos que venham a se

acumular no interior das áreas, no decorrer da execução dos serviços.- não será permitida a deposição de entulho diretamente no solo devendo ser empregadas

caçambas próprias para esse destino.- A empresa de caçamba que for contratada deverá apresentar previamente o Alvará de

Licença na Prefeitura Municipal da cidade.- Ë expressamente proibida à deposição de resíduo orgânico junto com demais resíduos.- o entulho será colocado em local indicado pela Fiscalização e retirado constantemente para

fora do local da obra, nunca deixando ultrapassar a um caminhão.- o canteiro será retirado no final dos serviços e o local deverá ser entregue limpo e

recuperado.- o material disponibilizado na desmobilização de canteiro é de posse da Contratante e cabe

a ela definir seu destino.

7. PLACA DA OBRA:

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Deverá ser instalada em local estratégico, de acordo com instruções da Contratante, uma placa em chapa de zinco ou PVC, toda estruturada com sarrafo de 5 x 2,5 cm com pontalete de 6 x 6 cm ambos em madeira serrada do tipo comum, própria para construção.

O modelo com dimensões e dizeres será fornecido pela Fiscalização.

8. CANTEIRO DE OBRAS:Ficará a cargo exclusivo da Contratada todas as providências correspondentes as instalações

provisórias, água, esgoto e energia elétrica, bem como andaimes, caminhões, guindastes, tapumes, instalações destinadas a depósitos de materiais e ferramentas. Os pontos disponíveis de água, esgoto e energia bem como o local para construção do canteiro é sugerido pela Contratante no inicio dos trabalhos.

No canteiro deverão existir as obras provisórias, típicas das instalações de canteiro, tais como: vestiário, refeitório e banheiros dos operários, depósito de materiais e ferramentas, escritório, etc. Os cômodos destinados a escritório e almoxarifado ficarão a cargo da Contratada quanto à disposição e dimensões. A Contratante será estritamente exigente quanto às dependências destinadas aos funcionários, bem como as questões de segurança do canteiro e sinalização. Todas as dimensões dos compartimentos bem como pés-direitos e acessórios devem seguir ao regulamentado na NR-18 e deverá ser apresentado previamente um projeto de instalação do canteiro à Fiscalização para aprovação e liberação da execução.

9. LIGAÇÕES PROVISÓRIAS:Todas as instalações provisórias, água, esgoto, energia e telefone deverão seguir

rigorosamente os padrões exigidos pelas concessionárias locais e devidas orientações da Contratante.

10. RECEBIMENTO FINAL DOS SERVIÇOS:Após a conclusão dos serviços a Fiscalização fará visita na obra a fim de elaborar produzirá

um “Auto de Vistoria” notificando as pendências observadas para efetivar o recebimento da obra.O pagamento final será realizado mediante o atendimento de todas as observações relatadas

nesse Auto.

11. LIMPEZA FINALNo término da obra será efetuada uma limpeza geral, tanto na parte interna como na externa

da edificação, bem como em todas as instalações de modo que possa ser habitada imediatamente, usando os seguintes critérios:

• Será removido todo o entulho do terreno, sendo cuidadosamente limpos e varridos os excessos;

• Toda as pavimentações, peças de concreto e metálicas deverão ficar isentas de restos de massa, madeiramentos, pregos, etc.

12. CRITÉRIOS GERAIS DOS SERVIÇOS TÉCNICOS- Controle Tecnológico do Concreto:O controle tecnológico do concreto deverá ser executado por empresa do ramo, com tradição

no mercado.Os ensaios deverão constar, no mínimo de:a) Verificação de trabalhabilidadeA verificação de trabalhabilidade será feita através de ensaios de consistência, que

permitirão constatar, além da consciência do concreto a homogeneidade da massa.A determinação da consistência poderá ser feita pelo ensaio de abatimento ou por outros

processos de comprovada eficiência. Os ensaios deverão ser feitos para cada 30m3 (de concreto,

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mas pelo uma vez por dia e a cada vez que forem moldados corpos de prova para verificação da resistência mecânica).

b) Verificação da resistência mecânicaA verificação normal da resistência será feita de acordo com a Norma Brasileira. Esta

verificação será através da ruptura dos corpos de prova que deverão ser moldados no local e no momento do lançamento do concreto. Deverão ser confeccionados 18 corpos de prova para cada 30m (de concretos lançados que serão rompidos nas idades 3, 7 e 28 dias. O rompimento no 3º dia de idade nos permite ter uma avaliação prévia da provável resistência no 28º dia).

- Controle Tecnológico do Aço:Somente será utilizado aço com qualidade garantida. Esta garantia só será reconhecida

através de laudos emitidos por laboratório idôneo. Deverão ser executados os ensaios de tração e dobramento, para tanto, deve-se separar, ao acaso, de cada lote, uma barra ou rolo e providenciar a extração de uma das extremidades dessa barra ou rolo, de um segmento de aproximadamente 2,20 m de comprimento desprezando-se os 20 cm iniciais. Com isso estamos nos apoiando em uma amostragem bastante satisfatória.

Os ensaios deverão apresentar resultados iguais ou superiores aos exigidos por norma. O lote só deverá ser aceito e utilizado após a comprovação da boa qualidade do material.

13. FUNDAÇÕES:Conforme indicado em projeto estrutural deverão ser executadas fundações profundas para a

respectiva edificação, sendo esta constituída de estacas pré-moldadas de concreto armado associadas a blocos de coroamento e vigas baldrames travando todo o sistema estrutural da fundação.

13.01 - LocaçãoA locação das estacas deverá obedecer ao projeto estrutural/arquitetônico que estará em

concordância com o projeto de fundações.A locação dessas estacas deverá ser feita por topografia não sendo aceita a marcação através

de medidas por trena.Tanto a marcação dos eixos quanto o nivelamento do gabarito deverá ser executado por

pessoal habilitado em topografia com conhecimento e prática em serviços desta natureza, capaz de fazer um perfeito trabalho, tanto no campo, quanto no escritório. Deverão ser utilizados instrumentos próprios para a locação.

Este serviço deverá ser acompanhado de perto pelo engenheiro residente e o mestre de obras.

13.02- Fundações profundasAs fundações desta construção serão executadas através de Estacas pré moldadas de

concreto armado, nas dimensões e especificações indicadas em projeto estrutural.- Mobilização/Desmobilização de Equipamento e EquipeTodos os serviços de mobilização/desmobilização de equipamento bate estacas são de

responsabilidade e custos exclusivos da CONTRATADA, o mesmo acontecendo quanto a alojamento e alimentação da equipe de trabalho.

Eventuais custos de manutenção, energia, combustível e água serão também de ônus exclusivos da CONTRATADA.

- Estacas de concreto pré-fabricadas ø 15 cmPara efeito de orçamento deverá ser considerada uma profundidade média de 19,00 m, para

cada estaca, independente da sua capacidade de carga, e o pagamento será de acordo com a medição da quantidade e profundidade de estacas cravadas.

As estacas deverão ser executadas por empresa especializada, com equipamento próprio para este fim, com acompanhamento de engenheiro técnico responsável que deverá apresentar a

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fiscalização da CONTRATANTE, ART de execução de estacas pré-fabricadas de concreto, devidamente recolhida junto ao CREA.

- Corte e preparo da cabeça de EstacaNo arrasamento das estacas, a ferragem das mesmas não devem ser cortadas após a quebra

das cabeças das estacas.As emendas es estacas devem ser soldadas.13.03- Brocas ManuaisPara a escada metálica, será necessário executar uma broca manual, conforme especificado

em projeto de fundações e estrutura de concreto.- Brocas - ø25 cmDeverá ser executada com trado manual ø25cm, armada em sua extremidade e concretada

com concreto fck=25 MPa.13.04- Blocos de coroamento e vigas baldramesConforme já citado anteriormente deverão ser executados blocos de coroamento das estacas

e vigas baldrames.- Escavação manual para blocos e vigas baldramesAs escavações para os blocos de coroamento de estacas e vigas baldrames da fundação

deverão considerar 30cm de abertura lateral de cada lado para cálculo de volume de abertura.As cavas para fundações e outras partes da obra, previstas abaixo do nível do terreno, serão

executadas de acordo com as indicações constantes do projeto de fundações, demais projetos da obra e com a natureza do terreno encontrado e volume de trabalho executado. Se forem encontrados materiais estranhos às constituições normais do terreno, deverão ser removidos sem ônus adicional ao preço das escavações, salvo casos excepcionais a critério da Fiscalização.

- Regularização e apiloamento de fundo de valaApós a escavação, o fundo das valas deverá ser regularizado, de acordo com a profundidade

constante no projeto de estrutura/arquitetura, para posterior apiloamento de fundo de vala, antes da execução do lastro de concreto.

Deverá ser executado nivelamento e apiloamento do fundo das valas a fim de corrigir possíveis falhas. Na execução os fundos das valas deverão ser abundantemente molhados com a finalidade de localizar possíveis elementos estranhos (raízes de arvores, formigueiros, etc.) não aflorados, que serão acusados por percolação de água; após o que deverá ser fortemente apiloado com maço de 10 kg ou compactador CM-20.

- Lastro de BritaNo fundo das vigas baldrames e blocos, deverá ser executado lastro de brita2, com espessura

de 5 cm.- Formas para Vigas BaldramesNão será permitido a concretagem de elementos de fundação sem fôrmas, sob pena de

demolição e não aceitação dos serviços.A fôrma das vigas baldrames deverá ser em tábua, tipo pinho, obedecendo a NBR 6118 ou

de chapa compensada tipo, obedecendo a especificações a seguir:O cimbramento deverá ser feito com sarrafos 2,5 cm x 5 cm, de forma que não haja

desalinhamento e deformação das formas durante a concretagem. A emenda da forma deverá estar perfeitamente alinhada e bem fechada, de modo a não haver escoamento do concreto durante a concretagem. Os cantos deverão estar perfeitamente travados;

Após a concretagem as formas deverão ser desmontadas e limpas para aproveitamento futuro.

- Formas para BlocosAs formas dos blocos serão confeccionadas com chapa de madeira compensada resinada de

14 mm. Deverão ser executadas de forma estanque para garantir qualidade da estrutura.

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O cimbramento deverá ser feito com sarrafos 2,5 cm x 5 cm, de forma que não haja desalinhamento e deformação das formas durante a concretagem. A emenda da forma deverá estar perfeitamente alinhada e bem fechada, de modo a não haver escoamento do concreto durante a concretagem. Os cantos deverão estar perfeitamente travados;

Após a concretagem as formas deverão ser desmontadas e limpas para aproveitamento futuro. - Armaduras - Blocos e Vigas Baldrames

A armadura deverá estar convenientemente limpa, isenta de qualquer substância prejudicial à aderência, retirando-se as escamas eventualmente destacadas por oxidação.

As armaduras deverão ser executadas mantendo os afastamentos exigidos por Norma, de forma a não sofrer ações de umidade oriunda do terreno.

As armaduras deverão ser acondicionadas, de maneira a não sofrer agressões de intempéries, colocadas às formas com uso de espaçadores de plástico ou cimento, conforme espaçamento de projeto

A armadura deverá estar muito bem posicionada para que o recobrimento mínimo da armadura seja obedecido, conforme a NBR 6118. As emendas de armadura também deverão ser executadas segundo especificações da NBR 6118;

- Concretagem - Blocos e Vigas BaldramesOs blocos e vigas baldrames da fundação deverão ser moldados “in loco” com concreto

usinado e recobrimento de armadura conforme projeto estrutural.Os blocos e vigas baldrames deverão ser executados sobre um lastro de concreto magro,

com 5 cm de espessura.O concreto deverá ser lançado nas formas de acordo com cada situação, com utilização de

vibradores de imersão de 35 a 38 mm, evitando a segregação do mesmo.A resistência característica do concreto aos 28 dias deverá ser conforme especificado no

projeto estrutural,. O concreto deverá ser bem vibrado, para que seja evitado o aparecimento de bicheiras. Dever-se-á evitar que o vibrador encoste-se à forma e a armadura;

As concretagens só poderão ser executadas mediante conferência e aprovação das armaduras pela fiscalização da CONTRATANTE, sob pena de demolição da estrutura e não aceitação dos serviços. Todos os serviços de concretagens deverão obedecer às normas brasileiras pertinentes ao assunto, com retirada de corpo de prova, de acordo com a NBR-6118, para posterior rompimento aos 7 e 28 dias e os resultados deverão ser apresentados à fiscalização da CONTRATANTE para avaliação e aprovação.

As formas deverão ser desmontadas e limpas para aproveitamento futuro.- Ensaio de CompressãoDeverão ser retirados corpos de prova para ensaio e verificação da resistência final (Fck),

especificado em projeto. Estes ensaios de resistência a compressão do concreto lançado deverão ser elaborados por laboratórios tecnológicos independentes, não sendo aceitos ensaios apresentados pela concreteira.

- Reaterro e CompactaçãoApós escavadas e concretadas as fundações rasas, as mesmas deverão ser aterradas, em

camadas de 20 cm de espessura com apiloamento e umedecimento conforme especificações no item 3.

Para a utilização no reaterro de solos provenientes das escavações, referidos materiais deverão estar isentos de substâncias orgânicas.

O aterro será executado em camadas com altura máxima de 0,20m, com material isento de substâncias orgânicas, adequadamente umedecidas e perfeitamente adensadas por meio de soquetes manuais ou mecânicos, com o fim de evitar posteriores fendas, trincas e desníveis por recalque das camadas aterradas, até atingir a cota de nível do piso. Essas exigências não eximirão a

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CONTRATADA das responsabilidades futuras em relação às condições mínimas de resistência e estabilidade que o solo deve satisfazer.

14- SUPERESTRUTURA14.01- Pilares e vigasOs pilares e vigas da superestrutura serão executados em concreto armado.- Formas para pilares e vigasAs formas dos pilares deverão ser executadas em chapa de madeira resinada de boa

qualidade, de maneira a não ocasionar descolamentos, prejudicando a superfície de concreto. Os pilares deverão ser travados de modo a não permitir o aumento da seção de projeto decorrente da concretagem vibrada.

As formas das cintas-vigas de cobertura serão executadas, utilizando chapa de madeira resinada de 14 mm de boa qualidade, de maneira a não ocasionar descolamento das lâminas, prejudicando a superfície do concreto. As formas das vigas deverão ser travadas de modo a não permitir a abertura das mesmas, produzindo aumento de seção e derramamento de concreto.

As deformas dos pilares, vigas e lajes deverão ser feitas de modo a permitir, o reaproveitamento das formas remanescentes.

As Formas deverão ser estanques, solidamente estruturadas e apoiadas. Os materiais para as formas serão previamente aprovados pela Fiscalização, sendo constituído basicamente por Placas chapa de madeira resinada com espessura mínima de 14mm e tábuas de pinho.

Em caso da existência de concreto aparente, serão utilizadas chapas de compensado plastificado, com no mínimo 14 mm de espessura.

- Limpeza e preparo das formasPor ocasião do lançamento de concreto nas formas, as superfícies deverão estar isentas de

incrustações de argamassa, cimento ou qualquer material estranho que possa contaminar o concreto, ou interferir com o cumprimento das exigências da especificação relativa ao acabamento das superfícies. As frestas deverão estar vedadas para que não se perca nata ou argamassa.

Antes do lançamento do concreto, as formas deverão ser tratadas com um produto anti-aderente, destinado a facilitar a sua desmontagem e que não manche as superfícies de concreto.

Cuidados especiais deverão ser tomados para que esse produto não atinja as superfícies que serão futuras juntas de concretagem.

O produto a ser usado deverá antes receber aprovação.Antes da concretagem as formas deverão ser umedecidas até a saturação para evitar a perda

de água do concreto, porém não se pode permitir a presença de água excedente na superfície.Na execução das juntas de dilatação deverá ser utilizado um material que permita a dilatação

do concreto do tipo isopor ou similar, a fim de garantir perfeição na abertura.EscoramentoDeverá obedecer as especificações da NBR-6118, sendo que, nenhuma peça deverá ser

concretada sem que haja liberação pela Fiscalização. O Escoramento deverá ser feito em estruturas tubulares de aço e/ou pontaletes de eucalipto

com no mínimo 12 cm de diâmetro; e as lajes de pisos inferiores deverão permanecer com escoramento parcial enquanto houver concretagens e suas respectivas curas dos pórticos e lajes não atingirem a capacidade nominal.

Os escoramentos só serão aprovados para concretagens após vistoria da Fiscalização e liberação.

Remoção das formas e do escoramentoAs formas só deverão ser retiradas após o endurecimento satisfatório do concreto. Serão

removidas com cuidado, sem choques, a fim de não danificar o concreto.Em geral, serão retiradas após os seguintes períodos, sem prévia consulta:• Faces laterais: 3 dias

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• Faces interiores com pontaletes: 14 dias• Faces inferiores sem pontaletes: 21 diasNo caso de se utilizar cimento de alta resistência inicial, processo de cura a vapor ou

aditivos especiais, os prazos indicados acima poderão ser reduzidos.Nos casos de se deixarem pontaletes após a desforma, estes não deverão produzir momentos

de sinais contrários aos do carregamento com que viga foi projetada, que possam vir a romper ou trincar a peça.

- Armaduras para pilares e vigasAs armaduras deverão ser acondicionadas, de maneira a não sofrer agressões de intempéries,

colocadas às formas com uso de espaçadores de plástico ou cimento, conforme espaçamento de projeto.

As armaduras dos pilares deverão obedecer às medidas e alinhamentos de projeto, amarradas umas as outras de modo a garantir a resistência, na concretagem.

As armaduras das vigas deverão obedecer às medidas de projeto, amarradas fortemente umas as outras por meio de pontos, evitando que as armaduras se soltem.

- Proteção:Antes e durante o lançamento do concreto, as plataformas de serviços devem ser dispostas

de modo a não acarretar deslocamento das armaduras da sua posição correta dentro da forma.Caso haja deslocamento da armadura de sua posição original dentro da forma, esta deverá

ser corrigida.Para ocorrer à liberação da ferragem para a concretagem, a Fiscalização deverá ter acesso

fácil e seguro até as peças não sendo aceitas plataformas, escadas e outros improvisados uma vez que esses recursos também são quesitos para liberação da concretagem.

A Contratada deverá comunicar a Fiscalização, obrigatoriamente, num prazo máximo de 48 horas antes da data prevista da concretagem para a conferência e liberação da ferragem.

- Concreto para pilares e vigasO concreto dos pilares deverá ser lançado às formas quando estas estiverem travadas e

aprumadas, tomando-se o cuidado de não lançar acima de 2 m provocando segregação do concreto, prejudicando a resistência e conseqüente durabilidade

O concreto das vigas deverá ser lançado às formas, vibrados de acordo com a necessidade em cada ponto evitando a demora do mangote na viga, provocando segregação do concreto. A vibração deverá obedecer ao critério de aparência de nata na superfície, momento no qual deverá ser paralisada naquele ponto. Os vibradores deverão ter o diâmetro de 35 a 38 mm no máximo.

A concretagem dos pilares e vigas deverá ser feita através de bomba lança.Não será aceito pela Fiscalização concretagem através de latas içadas por carretilhas.As vergas e contra-vergas de concreto terão transpasse mínimo de 30 cm, para cada lado e

confeccionadas em concreto estrutural, armado a critério da CONTRATADA.- Ensaio de CompressãoDeverão ser retirados corpos de prova para ensaio e verificação da resistência final (Fck),

especificado em projeto do concreto utilizado nas vigas e lajes.Estes ensaios de resistência a compressão do concreto lançado deverão ser elaborados por

laboratórios tecnológicos independentes, não sendo aceitos ensaios apresentados pela concreteira.

14.02- LajesConforme indicado em projeto, serão executadas as seguintes lajes:• Lajes maciças,• Lajes treliçadas• Lajes com vigotas protendidasAs lajes pré-fabricadas (treliçadas e protendidas) deverão ser fornecidos por fornecedores

idôneos, sendo que deverão ser seguidas as especificações complementares destes fornecedores.

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As armaduras complementares deverão ser posicionadas conforme especificação do fornecedor, independente da armadura já apresentadas neste projeto.

Deverão ser utilizados espaçadores de concreto nas lajes para manter o cobrimento das armaduras.

Antes da concretagem das lajes deverão ser feitas, vistorias nas lajes por parte da Fiscalização, em conformidade com o projeto estrutural.

- Escoramento das lajesAs lajes deverão ser escoradas de forma a manter perfeito nivelamento destas estruturas,

conforme solicitado em projeto,Deverá obedecer as especificações da NBR-6118, sendo que, nenhuma peça deverá ser

concretada sem que haja liberação pela Fiscalização.O Escoramento deverá ser feito em estruturas tubulares de açoAs lajes de pisos inferiores deverão ser executadas sobre lastro de brita.Para escoramento/retirada de lajes pré fabricadas (treliçadas/protendidas) deverão ser

seguidos orientações definidas pelos respectivos fornecedores.- Armaduras das lajesAs armaduras principais deverão ser estabelecidas pelo fabricante de lajes treliçadas.As armaduras complementares deverão ser fornecidas e instaladas pelaContratada, acondicionadas, de maneira a não sofrer agressões de intempéries conforme

espaçamento indicado me projeto.- Concreto para as lajesO concreto das lajes deverá ser lançado às formas, vibrado de acordo com a necessidade em

cada ponto evitando a demora do mangote, provocando segregação do concreto. A vibração deverá obedecer ao critério de aparência de nata na superfície, momento no qual deverá ser paralisada naquele ponto. Os vibradores deverão ter o diâmetro de 35 a 38 mm no máximo.

A concretagem das lajes deverá ser feita por bomba lança.- Ensaio de CompressãoDeverão ser retirados corpos de prova para ensaio e verificação da resistência final (Fck),

especificado em projeto do concreto utilizado nas lajes.Estes ensaios de resistência a compressão do concreto lançado deverão ser elaborados por

laboratórios tecnológicos independentes, não sendo aceitos ensaios apresentados pela concreteira- Remoção do Escoramento para as lajesA remoção do escoramento deverá ser executado conforme orientação/especificação do

fabricante.14.03- Juntas de concretagem:Quando o lançamento do concreto for interrompido e assim formar-se uma junta de

concretagem, devem ser tomadas às precauções necessárias para garantir, ao reiniciar-se o lançamento, a suficiente ligação do concreto já endurecido com o novo trecho. As precauções consistirão em se deixar barras de ferro cravadas no concreto mais velho e antes de reiniciar-se o lançamento deve ser removida a nata e feita a limpeza da superfície da junta.

14.04- Juntas de dilatação:Em atendimento aos critérios técnicos serão instaladas juntas de dilatação conforme

indicado em projeto (Prancha EST-15_54). A vedação e acabamento destas juntas implicam em instalação de elementos flexíveis nos pisos (não faz parte do escopo dessa licitação).

Deverá ser colocada uma tabica metálica (inox) para a proteção do elemento flexível.

-Considerações GeraisAço

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Para cada partida de aço que chegue à obra, o laboratório contratado deverá colher amostras para ensaio, conforme NBR 7480, sendo resultados submetidos à Fiscalização para autorização do uso.

Não serão aceitas barras oxidadas, mesmo que parcialmente. Os espaçadores para as armaduras serão confeccionados com argamassa de cimento e areia no mesmo traço do concreto, munidos de arames para fixação na armação.

Uma vez iniciada a concretagem as armaduras não poderão, em hipótese alguma, ser remanejadas.

Todas as tubulações que trespassem o concreto (reservatório, vigas, lajes e pilares) deverão ser colocadas quando da concretagem, sendo que, todos os tubos devem ser de parede reforçada.

• Antes de cada concretagem devem ser verificados os projetos de instalações, de modo a permitir a colocação de “block-outs” ou passagens nas vigas, para a passagem das tubulações, perfilados ou eletrocalhas indicadas.

Estocagem do açoAs barras de aço e as armaduras nos depósitos apoiar-se-ão sobre vigas ou toras de madeira,

colocadas sobre o terreno previamente drenado para evitar a corrosão do material e deformações em barras já preparadas para a montagem.

Limpeza do açoAntes de serem introduzidas nas formas, as barras de aço deverão ser convenientemente

limpas, retirando-as as escamas eventualmente destacadas por oxidação.

Corte e dobramentoTodos os cortes e dobramentos serão executados de acordo com a prática usual, a frio,

rigorosamente de acordo com o projeto estrutural e obedecendo as Normas Técnicas.

Emendas das barrasAs emendas das barras de aço para armaduras serão executadas de acordo com o indicado

nos desenhos de detalhamento. As emendas só poderão ser localizadas e executadas conforme a Norma Brasileira.

Montagem das barrasA armadura deve ser montada no interior das formas, na posição indicada no projeto e de

modo que se mantenha firme durante o lançamento do concreto, conservando-se inalteradas as distâncias entre si e das faces internas das formas. Os espaçamentos deverão estar de acordo com as Normas Técnicas.

Proteção das barrasAntes e durante o lançamento do concreto, as plataformas de serviços devem ser dispostas

de modo a não acarretar deslocamento das armaduras da sua posição correta dentro da forma.Caso haja deslocamento da armadura de sua posição original dentro da forma, esta deverá

ser corrigida.

ConcretoO concreto não poderá ser lançado sem o prévio registro, no diário de obras e a conferência

de formas e ferragens pelo responsável técnico da Contratada, sob pena de demolição, sem ônus para a CONTRATANTE.

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O concreto a ser aplicado em toda a obra é definido nos desenhos do projeto estrutural através de sua tensão característica de compressão; não sendo admitido concreto com resistência inferior a 25 MPA.

A Contratada deverá contratar laboratório especializado para o controle tecnológico de concreto, previamente aprovado pela CONTRATANTE, que será responsável pela coleta de amostras e corpos de prova para os testes e ensaios previstos pelas normas técnicas, em cada partida de concreto usinado ou virado na obra. Este laboratório terá que emitir, ao término da obra, o laudo de aceitação da estrutura em concreto armado da mesma.

Todos os materiais que serão empregados no concreto deverão ser aprovados no mesmo laboratório, que fará a sua dosagem racional.

As peças de concreto não poderão sofrer interrupções de concretagem por mais de 20 minutos, sendo proibido remisturar o concreto aplicado.

No caso de desvios de forma na concretagem ou que se verifiquem após a desforma, os serviços serão demolidos e refeitos, sem ônus para a CONTRATANTE.

Amassamento mecânico do concretoO amassamento mecânico deve ser contínuo e durar o tempo necessário para permitir a

homogeneização da mistura de todos os elementos, inclusive eventuais aditivos. Depois do adicionamento da água não deve correr mais de 30 minutos até o início do lançamento.

TransporteO concreto deve ser transportado, do local do amassamento para o lançamento, tão

rapidamente quanto possível e o meio de transporte deve ser de tal que não acarrete segregação de seus elementos ou perda de quaisquer deles.

Deverão ser usados equipamentos adequados para o transporte e lançamento do material nas formas.

LançamentoO concreto será lançado o mais próximo possível de sua posição final nas formas , de modo

que o escoamento da massa e conseqüentemente segregação seja reduzida ao mínimo.O concreto será espalhado rapidamente, de modo que preencha os cantos e ângulos das

formas e os espaços entre as armaduras e peças embutidas.A colocação será feita com velocidade tal que o concreto subjacente não tenha iniciado sua

pega.Para peças altas o concreto será lançado por janelas abertas, ou por meio de funis ou

trombas.Não será admitido o uso de concreto re-misturado ou com tempo de mistura superior ao

recomendado por norma. No caso de aplicação de aditivos retardadores de pega, o tempo será recomendado pelo fabricante.

Adensamento – vibraçãoCada camada de concreto será levada a uma vibração de forma a não deixar ninhos ou

vazios no interior das peças. Deverá ser evitada uma vibração excessiva, que cause a segregação da nata e tendência a provocar presença indesejável de água na superfície.

O vibrador será operado numa posição quase vertical, deixando que o cabeçote penetre sob a ação no próprio peso.

A seqüência da aplicação de vibração será linear em um único sentido, mantendo-se uma distância uniforme entre os diversos pontos de imersão, distância variável unicamente em função da capacidade de cada vibrador, cruzando-se levemente os sucessivos bolsões de influência do aparelho.

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Os vibradores serão do tipo de imersão, operando por ação elétrica ou pneumática. O equipamento de vibração será previsto em quantidade e potência unitária, para adensar adequadamente o concreto.

Cura de proteção do concretoSerão usados, sempre que possível, todos os materiais e equipamentos necessários para a

cura adequada e proteção do concreto, antes que se inicie a concretagem de cada camada.Todas as superfícies serão curadas por meios úmidos. As superfícies do topo de paredes e

pilares em formas serão umedecidas, cobrindo-se com material saturado suficientemente para impedir avarias causadas pelo ato. Essas superfícies, as de declive acentuado e as verticais, serão mantidas completas e continuamente úmidas antes da remoção das formas, aplicando-se água nas superfícies que não receberão formas e deixando a água descer entre estas e as faces de concreto.

Devem-se manter as formas úmidas, ao ponto de saturação.As formas serão retiradas somente após a cura ser completada, a ponto de não causar efeitos

contrários aos esperados.

DesformaA desforma só será executada quando a estrutura apresentar a resistência necessária para

suportar seu peso próprio e as cargas adicionais.

Controle Tecnológico do ConcretoJamais será admitida a mistura de cimento Portland com gesso, dada a incompatibilidade

química desses materiais.Os agregados empregados serão isentos de substâncias nocivas em proporções prejudiciais,

atendendo às normas da ABNT atinentes ao assunto.;Os traços a serem utilizados na execução desta obra estão descritos nos itens onde

serão empregadas as respectivas argamassas.

Verificação de trabalhabilidadeA verificação de trabalhabilidade será feita através de ensaios de consistência, que

permitirão constatar, além da consistência do concreto a homogeneidade da massa.A determinação da consistência poderá ser feita pelo ensaio de abatimento ou por outros

processos de comprovada eficiência.Os ensaios deverão ser feitos para cada 30 m de concreto, mas pelo uma vez por dia e a cada

vez que forem moldados corpos de prova para verificação da resistência mecânica.

15. ESTRUTURAS METÁLICASAlguns elementos da edificação serão confeccionados em estruturas metálicasNormas Técnicas• NBR-8800 – Projeto de Estrutura de Aço e de Estruturas Mistas de Aço• NBR-6118 / NBR-6123 – Análise estrutural – dimensionamento e otimização de estruturas

15.01- Cobertura metálica do galpãoEsta estrutura metálica será constituída de 04 (quatro) tesoura metálicas F1 a F4 treliças,

fabricadas em perfis U 150x50x3mm, associados a cantoneiras de 1 ½” x 1/8”. Estas tesouras serão apoiadas na estrutura do galpão com chumbadores de 5/8” conforme detalhado em projeto.

As terças (que sustentarão as telhas metálicas) serão apoiadas nestas tesouras, sendo fabricadas em perfis U enrijecidos 127x50x17x3 mm.

Os contraventamentos serão executadas com perfis redondos diâmetro 1/2” e 3/8”.

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Todo o detalhamento de apoios, contraventamentos, calhas, etc estão indicados no projeto.Todas as estruturas metálicas deverão ser instaladas devidamente pintadas sobre base

anticorrosiva. A cor será definida pela Fiscalização.É importante ressaltar que as medidas finais devem ser verificadas in loco

antes da fabricação, para compatibilizar possíveis diferenças construtivas.

15.02- Cobertura metálica das Salas MultiusoNeste ambiente, conforme indicado em projeto de arquitetura e de estrutura metálica, a

cobertura será apoiada em estruturas metálicas.A sustentação da cobertura será efetuada através de 13 (treze) treliças/terças metálicas T-1 a

T-13.Os apoios, fixações e detalhamento estão indicados no projeto de estrutura metálica e

arquitetura.Para sustentação do plano de vidro também está detalhada a estrutura de sustentação.contraventamentos e demais itens da estrutura estão indicados nos projetos.Todas as estruturas metálicas deverão ser instaladas devidamente pintadas sobre base

anticorrosiva. A cor será definida pela Fiscalização.É importante ressaltar que as medidas finais devem ser verificadas in loco antes da

fabricação, para compatibilizar possíveis diferenças construtivas.

15.04- Escada MetálicaA escada de saída de emergência existente na Edificação será executada em estrutura

metálica, composta por perfis e chapas, conforme detalhamento no projeto de estrutura metálica.A estrutura de sustentação da escada será executada em perfis U enrijecidos. Os degraus e

patamares serão executados em chapas antiderrapante, conforme especificado no projeto.Os guarda corpos serão apoiados na estrutura da escada conforme detalhe.Sua confecção deverá ser executada conforme detalhamento no projeto de Arquitetura e não

faz parte do escopo dessa licitação..Todas as estruturas metálicas deverão ser instaladas devidamente pintadas sobre base

anticorrosiva. A cor será definida pela Fiscalização.É importante ressaltar que as medidas finais devem ser verificadas in loco antes da

fabricação, para compatibilizar possíveis diferenças construtivas.

15.05 Rampas do GalpãoConforme indicado em projeto de estrutura metálica, os 3 (três) lances de rampas existentes

interligando os níveis da edificação, serão construídos em perfis metálicos.As estruturas de sustentação das rampas serão executadas em perfis IW. Os pisos e

patamares serão executados em chapas antiderrapante, conforme especificado no projeto.Todo o detalhamento está especificado em projeto, sendo que deverão ser fabricados de

conformidade com o indicado.Os guarda corpos serão apoiados na estrutura da escada conforme detalhe.Sua confecção deverá ser executada conforme detalhamento no projeto de Arquitetura e não

faz parte do escopo dessa licitação.As medidas deverão ser confirmadas no local, evitando possíveis conflitos decorrentes de

equívocos/divergências na execução da estrutura de concreto armado.Todas as estruturas metálicas deverão ser instaladas devidamente pintadas sobre base

anticorrosiva. A cor será definida pela Fiscalização. É importante ressaltar que as medidas finais devem ser verificadas in loco antes da

fabricação, para compatibilizar possíveis diferenças construtivas.

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15.06 Telhas de cobertura15.06.01 - Telhas metálicas trapezoidaisNo projeto de arquitetura quando indicado telha metálica deverão ser executadas com telhas

de aço galvanizado pré-pintadas nos dois lados, perfil trapezoidal e = 0,65 mm, apoiadas sobre estrutura metálica, conforme projeto. A fixação das telhas deverá ser realizada com acessórios adequados conforme especificações do fabricante.

15.06.02 - Telhas translúcidasAs coberturas indicadas em telhas translúcidas, deverão ser do tipo onduladas de polipropileno, espessura de 1mm, altura de 510mm e largura útil de 1050mm.

ResumoOBRA – (tipo de construção)PROPRIETARIO – (nome)LOCAL – (local completo da obra)AREA TERRENO = E = R = _________m2AREA CONSTRUIDA = ____________m21. PREPARAÇÃO DO TERRENO2. FUNDAÇÕES3. IMPERMEABILIZAÇÃO4. ESTRUTURA5. ALVENARIA / PINTURA6. FORRO7. COBERTURA8. INSTALAÇÃO HIDRAULICA8.1. Água Fria (quantidade e capacidade dos reservatórios – locar em planta também)8.2. Água Quente (quantidade e capacidade de acumuladores – locar em planta também)8.3. Águas servidas (esgotos sanitários, caixas de gordura de visita e ramais externos)8.4. Águas Pluviais (coberturas, caimentos condutores e calhas)9. INSTALAÇÃO ELETRICA9.1.10. REVESTIMENTO DE PAREDE11. PISOS12. ESQUADRIAS / VIDROS13. PINTURA14. LIMPEZA / LIXO15. ILUMINAÇAO / VENTILAÇÃO16. OUTROS (muro de arrimo, drenagem, poços artesianos, etc.)Santana de Parnaíba, ______ de ______________________ de ________.Ass: _____________________Proprietário – (nome)

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16ª AULA – DATA 22 DE NOVEMBRO 2012ORÇAMENTOS

CRONOGRAMAS FISICO-FINACEIRO

16.1 ORÇAMENTOOrçamento é o plano financeiro estratégico de uma administração para determinado

exercício. Aplica-se tanto ao setor governamental quanto ao privado

16.2 CRONOGRAMAQuando se inicia uma obra, o ideal é saber exatamente quanto tempo os trabalhos vão durar e, conseqüentemente, quando vão acabar. Por isso, antes de colocar a mão na massa, é importante planejar com detalhes os serviços que serão executados em todas as fases de execução do projeto.O resultado desse planejamento é o cronograma da obra. Esse registro expressa visualmente a programação das atividades que serão realizadas durante a construção. Ele pode ser mais ou menos detalhado, contemplando a duração de serviços específicos (por exemplo, a instalação das esquadrias de um edifício) ou apenas as fases mais gerais da obra (fundações, estrutura, alvenaria, etc.). Quando ele mostra, também, os valores que serão gastos, ao longo do tempo e em cada uma dessas atividades, ele recebe o nome de cronograma físico-financeiro.Essa programação organizada permite que o construtor compre ou contrate materiais, mão de obra e equipamentos na hora certa. Se ele fizer isso depois do momento ideal, a obra atrasa. Se fizer antes do tempo, pode perder materiais no estoque ou pagar mão de obra e equipamentos que acabam ficando parados, sem trabalho.Portanto, a elaboração de um cronograma físico-financeiro realista exige a participação de várias pessoas diretamente envolvidas com a obra - proprietário ou incorporador, engenheiro, mestre de obras, orçamentistas e compradores, entre outros gestores. Uma vez que o cronograma está pronto, as possibilidades de alterações são mínimas.

16.2.1Para que serve o cronogramaOrganizar o caixaNo cronograma físico-financeiro, as despesas com a execução dos serviços são detalhadas semanal ou mensalmente, dependendo do tipo de construção. Isso permite que os administradores do caixa da obra saibam exatamente quanto vão gastar e quando isso vai acontecer, evitando despesas e empréstimos imprevistos. Da mesma forma, eles podem planejar o investimento do dinheiro que ainda não foi gasto, que rende juros e reduz as despesas do construtor.

Organizar o tempoO cronograma mostra, em uma linha do tempo, o começo e o fim de cada uma das fases ou atividades da obra. A qualquer momento, portanto, é possível verificar com rapidez o andamento das diversas frentes de serviço. Assim é possível definir prioridades e concentrar o foco nas equipes que eventualmente estejam mais atrasadas em relação às demais. O cronograma também ajuda a

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planejar as compras de produtos e materiais de construção, reduzindo estoques desnecessários no canteiro.

Obter financiamentoBancos não gostam de perder dinheiro. Por isso, quando fazem empréstimos para obras, exigem que o construtor apresente o cronograma físico-financeiro junto com os projetos, a planilha orçamentária e o memorial descritivo da obra. Juntos, esses documentos servem como garantia de que o dinheiro emprestado será efetivamente usado na construção ou reforma de um imóvel.

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17ª AULA – DATA 29 DE NOVEMBRO 2012.AÇOS E MADEIRAS NA CONSTRUÇÃO

17.1 Algumas questões14.5.1 Quais são os tipos de estrutura de concreto? - Concreto preparado na obra: as fôrmas de madeira são montadas no local exato previsto

para pilares, vigas e lajes e preenchidas com o material.- Concreto usinado: a matéria-prima é entregue por uma empresa especializada e despejada

nas fôrmas já preparadas - também nos locais exatos.- Placas pré-moldadas: a modalidade inclui fôrmas alugadas, que podem ser de madeira,

metal ou plástico. Os elementos estruturais são moldados no canteiro de obras, porém não no lugar de sua aplicação.

- Placas pré-fabricadas: quando pilares, vigas e lajes são feitos industrialmente e entregues nos canteiros.

17.1.2 Todas servem para construir casas? As pré-moldadas e as pré-fabricadas não são muito indicadas para a construção de uma

única casa. O custo desses processos, que incluem uma produção em larga escala, costuma compensar só em obras de grande porte, como de edifícios ou conjuntos residenciais. Mas vale lembrar que cabe aos profissionais responsáveis decidir qual a modalidade ideal.

17.1.3 É possível fazer uma estrutura mista? Sim. Mas são necessários cálculos estruturais mais específicos para que o peso da obra seja

corretamente distribuído no esqueleto da construção. Estruturas mistas, entretanto, não costumam ser econômicas, pois a compra de quantidades menores pressupõe menos poder de negociação.

17.1.4 Quais os materiais mais indicados para o fechamento das paredes? Blocos cerâmicos e de concreto são os mais empregados, mas, no caso de uma construção

mais leve, é indicado usar bloco de concreto celular ou paredes de gesso.

17.1.5 A estrutura de concreto é mais cara ou mais barata que as demais? A mão-de-obra especializada custa menos em relação à exigida pelo caso do aço e da

madeira. Isso se explica pela vasta quantidade de profissionais disponíveis no mercado. O material que envolve a confecção da estrutura de concreto, de modo geral, também é mais barato que o aço e boa parte das madeiras nobres. Mas isso não significa que o sistema seja mais econômico. Cada obra tem suas peculiaridades e por isso não é possível confrontar preços de diferentes técnicas.

17.1.6 Como diminuir o desperdício?

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O segredo é planejar os trabalhos no canteiro de obras. Fôrmas de madeira empregadas na confecção de pilares, vigas e lajes, por exemplo, podem ser reaproveitadas em outras etapas. O uso de concreto usinado é uma boa alternativa para evitar perdas de materiais - muito comuns quando a mistura de areia, água e cimento são feita no canteiro. Outra opção que diminui o risco de desperdícios e garante a qualidade do concreto é fazer a mistura in loco, porém respeitando as proporções estabelecidas por um laboratório especializado nesse tipo de análise.

17.1.7 A localização e a inclinação do terreno podem inviabilizar o sistema? Terrenos muito íngremes geralmente complicam a execução das fôrmas e dos elementos

estruturais. Os de difícil acesso podem até inviabilizar a chegada de caminhão e, portanto, impossibilitar que a matéria-prima seja descarregada no local exato da obra. Entretanto, não se pode afirmar que o método é inadequado para terrenos inclinados, por exemplo. É preciso avaliar a situação existente.

17.1.8 Quando deixar a estrutura aparente e quando escondê-la? Embutir ou não a estrutura é uma opção estética. "Dependendo da dimensão e do

conseqüente peso da obra, são exigidos vigas e pilares de espessuras maiores que as das paredes. Tudo isso precisa ser calculado antes da decisão ser tomada.

17.2 Qual o traço para concreto impermeável do alicerce? Utilizar 1 parte de cimento: 2 partes de areia média: 3 partes de pedra 1.Para cada saco de cimento (50kg) usar: 1/2 kg de VEDACIT e 100 gramas de CEMIX.  17.3 Como impermeabilizar o alicerce?No capeamento dos alicerces deve ser aplicado uma camada de argamassa impermeável, com espessura mínima de 1,5cm e descendo 15cm nas laterais, com o seguinte traço: 1 parte de cimento, 3 partes de areia média e 2kg de VEDACIT por saco de cimento (50kg).Assentar as 3 primeiras fiadas de tijolo ou bloco com a mesma argamassa.Após a completa secagem da argamassa impermeável, aplicar 2 demãos do NEUTROL.   17.4 Concretar um tubulãoPara concretar um tubulão contendo água no seu interior, deve-se fazer um concreto bem plástico, utilizando bastante cimento (ou aditivo plastificante - redutor de água). Tomar um cano de PVC ou similar, inserir uma bucha de papel em uma das extremidades e mergulhar esta extremidade no interior do tubulão.Em seguida, com o auxílio de um funil, lançar o concreto dentro do cano.Com esta operação a bucha de concreto sairá devido à pressão do concreto e este escoará pela extremidade do cano e empurrará a água de baixo para cima, sem que seja necessário um bombeamento.

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18ª AULAS – DATA 06 DEZEMBRO 2012.PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS

18.1 O que é PatologiaA Patologia das Construções está intimamente ligada à qualidade, tanto dos materiais como

da mão de obra, e embora esta última tenha avançado muito e continue progredindo cada vez mais, os casos patológicos não diminuíram na mesma proporção, embora seja verdade que a diminuição seja razoável.

Realmente, as lesões ou enfermidades nas estruturas são fenômenos tão velhos como os próprios edifícios. Na Mesopotâmia, há quatro mil anos, o Código de Hamurabi já assinalava cinco regras para prevenir defeitos nos edifícios, sendo pois o primeiro tratado conhecido sobre Patologia na Construção.

As cinco regras básicas a que se refere o citado Código, pelo drástico de seu conteúdo, devem ter tido, naquela época, uma grande repercussão na qualidade da construção.Essas regras eram: 1. Se um construtor faz uma casa para um homem e não a faz firme e seu colapso causa a morte do dono da casa, o construtor deverá morrer.2. Se causa a morte do filho do dono da casa, o filho do construtor deverá morrer; 3. Se causa a morte de um escravo do proprietário da casa, o construtor deverá dar ao proprietário um escravo de igual valor.4. Se a propriedade for destruída, ele deverá restaurar o que foi destruído por sua própria conta.5. Se um construtor faz uma casa para um homem e não a faz de acordo com as especificações e uma parede desmorona, o construtor reconstruirá a parede por sua conta.

Os problemas patológicos, salvo raras exceções, apresentam manifestação externa característica, a partir da qual se pode deduzir qual a natureza, a origem e os mecanismos dos fenômenos envolvidos, assim como pode-se estimar suas prováveis conseqüências.

Os problemas patológicos só se manifestam após o início da execução propriamente dita, a última etapa da fase de produção. Em relação a recuperação dos problemas patológicos, podemos afirmar que as correções serão mais duráveis, mais efetiva, mais fáceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas.

Esse capítulo propõe relatar alguns casos de patologias em estruturas de concreto armado que provavelmente venham a ter como origem, a deficiência no processo de execução.

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Nas áreas com clima o tropical, que se baseia em tempo quente com grande intensidade de precipitações, ou seja, geralmente muito sol pela manhã e chuvas pela tarde. Com isso as estruturas de concreto armado são as que mais sofrem com a variação da temperatura e clima.

De fato, as peças de concreto sofrendo com esse ciclo devem ser projetadas e executadas para que, apresente o mínimo de resistência e desempenho em relação ao ambiente onde estão inseridas.

O que se apresenta nos próximos tópicos são casos em que a execução eficiente poderia reduzir e/ou até mesmo, evitar as anomalias presentes na estrutura.

A corrosão das armaduras, as fissuras em geral e as desagregações são casos mais freqüentes e que, antes mesmo de aparecem, as estruturas já vinham sendo atingidas por outro processo de deterioração, tais como a lixiviação, a carbonatação, a expansão em geral, etc

18.2 Exemplos

CORROSÃO DE ARMADURAS NA BASE DE PILARES

Aspectos Gerais

Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas; Fissuras paralelas à armadura; Redução da seção da armadura; Descolamento do concreto.

Causas Prováveis

Alta densidade de armaduras devido a presença de ancoragem não permitindo o cobrimento mínimo exigido;

Cobrimento em desacordo com o projeto; Falta de homogeneidade do concreto; Perda de nata de cimento pela junta das fôrmas; Alta permeabilidade do concreto; Insuficiência de argamassa para o envolvimento total dos

agregados; Em áreas de garagem, devido à presença de monóxido de

carbono que pode contribuir para a rápida carbonatação do concreto.

Foto (vista lateral)  

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Alta densidade de armadura com cobrimento insuficiente provocando corrosão generalizada e expansão da seção das armaduras com posterior rompimento dos estribos. (Jefferson Maia Lima)

 

CORROSÃO DE ARMADURAS EM VIGAS COM JUNTAS DE DILATAÇÃO

Aspectos Gerais

manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas; fissuras paralelas à armadura; redução da seção da armadura; descolamento do concreto; saturação da parte inferior da viga.

Causas Prováveis juntas de dilatação obstruídas e com infiltrações; presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas

marinhas, etc.; alta densidade de armaduras não permitindo o cobrimento

mínimo exigido; cobrimento em desacordo com o projeto; alta permeabilidade do concreto; insuficiência de argamassa para o envolvimento total dos

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agregados;

Foto

Alta densidade de armadura na base da viga com cobrimento insuficiente e, infiltração pela junta de dilatação provocando corrosão generalizada e expansão da seção das armaduras. (Jefferson Maia Lima)

CORROSÃO DE ARMADURAS EM LAJES

Aspectos Gerais

manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas; corrosão generalizada em todas as barras da armadura; redução da seção da armadura; descolamento do concreto;

Causas Prováveis falta de espaçadores; abertura nas juntas das fôrmas, provocando a fuga de nata de

cimento; presença de agentes agressivos: águas salinas, atmosferas

marinhas, etc.; cobrimento em desacordo com o projeto; concreto com alta permeabilidade e/ou elevada porosidade;

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insuficiência de estanqueidade das fôrmas;

Foto

Laje executada sem o mínimo de cobrimento para proteção da armadura que coincidiu com as juntas das fôrmas provocando corrosão generalizada e expansão da seção das armaduras. (José R. S. Pacha)

CORROSÃO DE ARMADURAS DEVIDO À PRESENÇA DE UMIDADE

Aspectos Gerais

manchas superficiais (em geral branco-avermelhadas) na superfície do concreto;

umidade e infiltrações; percolação de água;

Causas Prováveis

acúmulo de água e infiltrações; alta permeabilidade do concreto; fissuras na superfície do concreto favorecendo a entrada de

água presente. Juntas de concretagem mal executadas; Presença de ninhos de concretagem

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Foto

Laje apresentando concreto altamente permeável e manchas de umidade em toda a superfície com infiltração presente nas proximidades dos ninhos de concretagem provocando corrosão e expansão da seção das armaduras.( Jefferson Maia Lima)

Foto

Infiltração e presença de limo causadas pela fissuração e permeabilidade excessiva da laje de concreto. (Paulo Barroso Engenharia Ltda)

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Foto

Corrosão nas armaduras próximas as tubulações que apresentam infiltrações.(Jefferson Maia Lima)

Foto

Laje apresentando a infiltração de águas provocando a lixiviação do concreto desencadeando a corrosão das armaduras. (Jefferson Maia Lima)

CORROSÃO DE ARMADURAS POR ATAQUE DE CLORETOS

Aspectos Gerais Manchas superficiais de cor marrom-avermelhadas; Apresenta corrosão localizada com formação de "pites";

 Causas Prováveis

Presença de agentes agressivos incorporados ao concreto: águas salinas, aditivos à base de cloretos ou cimentos;

Atmosfera viciada: locais fechados com baixa renovação de ar, existindo a intensificação da concentração de gases.

 Foto

 

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A estrutura apresenta formação localizada de pites de corrosão e lascamento do concreto devido a expansão dos produtos de corrosão. (José R. S. Pacha)

 

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 Foto

 Apresenta-se formação de pites de corrosão localizada por toda a estrutura e lascamento do concreto devido a expansão dos produtos de corrosão. (José R. S. Pacha)

NINHOS E SEGREGAÇÕES NO CONCRETO

Aspectos Gerais

Vazios na massa de concreto; Agregados sem o envolvimento da argamassa;

Concreto sem homogeneidade dos componentes;

Causas Prováveis Baixa trabalhabilidade do concreto; Insuficiência no transporte, lançamento e adensamento

do concreto;

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alta densidade de armaduras;

Foto

 

Ninhos de concretagem no encontro do pilar com a viga, posteriormente preenchido com tijolo cerâmico. (José R. S. Pacha)

Fotos 

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Ninho de concretagem na viga, originalmente encoberto por concreto que não penetrou entre a fôrma e as armaduras. (Revista Téchne n.º 08, p. 23) 

DESAGREGAÇÕES DO CONCRETO

Aspectos Gerais agregados soltos ou de fácil remoção

Causas Prováveis devido ao ataque químico expansivo de produtos inerentes ao

concreto; baixa resistência do concreto;

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Foto

Pilar apresentando desagregação na sua base com fácil remoção de concreto e presença de corrosão acentuada. (ANDRADE, 1992)

LASCAMENTO DO CONCRETO

Aspectos Gerais

descolamento de trechos isolados do concreto; desplacamento de algumas partes de concreto geralmente em

quinas dos elementos e em locais submetidos a fortes tensões expansivas;

Causas Prováveis

corrosão das armaduras; canos de elementos estruturais sem armadura suficiente para

absorver os esforços; desfôrma rápida

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Foto

Lascamento do concreto devido à expansão dos produtos de corrosão nas armaduras da laje. (Jefferson Maia Lima)

 

Foto

Lascamento do concreto devido à expansão dos produtos de corrosão nas armaduras da laje. (Jefferson Maia Lima)

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Foto

Lascamento do concreto devido à expansão dos produtos de corrosão nas armaduras da laje e parte da viga. (Jefferson Maia Lima)

 Que parede derrubar... ? Em Casas:

Na maioria dos casos, as paredes internas têm papel estrutural; o peso da cobertura também se distribui por elas. Isso é mais freqüente em construções antigas; as mais recentes já são feitas com estrutura de concreto e por isso as paredes, que servem para separar ambientes, podem ser derrubadas com mais facilidades.

 As paredes de separação podem ser eliminadas ou abertas desde que antes seja feito um cá para redistribuir o peso que suportam e um projeto para substituí-las por outra estrutura, como um pilar ou uma viga, e saber se as outras paredes têm condições de suportar a nova carga.  Além da atenção às cargas, antes de mexer nas paredes é preciso identificar (no projeto ou com uma prospecção) onde estão as prumadas (colunas por onde passam tubulações de abastecimento geral), que podem ser desviadas, se for o caso.   Em Apartamentos:   Geralmente as paredes internas apenas separam ambientes e, como não têm função estrutural, podem ser derrubadas com mais facilidade do que em casas ou substituídas por estruturas leves, como paredes de gesso acartonado (dry wall).

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A maior preocupação antes de iniciar as obras é identificar as paredes onde estão as prumadas e os pilares (colunas,etc), que não podem ser desviados. Nesse caso, a parede só poderá ser aberta, e não derrubada. Dicas:   Nos dois casos, as paredes da cozinha e do banheiro merecem atenção especial, porque nessas regiões passam as tubulações para distribuição de água e coleta da água da chuva.

Antes de mexer em qualquer cômodo, deve-se ter certeza de que dutos de abastecimento de água, energia, gás e cabos de televisão ou de telefone não serão atingidos.

Para isso, consulte o projeto do imóvel, profissionais especializados, síndicos e ex-moradores, por exemplo.

Ao decidir abrir ou derrubar uma parede, além do aspecto estrutural é preciso levar em conta os efeitos que a obra terá no conforto térmico e acústico da casa (como aquecimento ou esfriamento de ambientes incidência de sol e de vento, ocorrência de eco,...)Segundo engenheiros, hoje há tecnologias que permitem até eliminar pilares e redirecionar as prumadas, mas o custo dessa operação ainda é muito alto

Trincas e Fissuras nas paredes !  

 Evitar fissuras

Para evitar fissuras nos revestimentos, sempre molhar a superfície antes de aplicar a argamassa e após o acabamento molhar o revestimento. Ao preparar a argamassa, utilizar pouca água e apenas a quantidade necessária de cimento. Pequenas trincas

Para reparar pequenas trincas (não estruturais), abra a trinca 2 cm para cada lado e aproximadamente 1 cm de profundidade.

Cole ou grampeie uma telinha de nylon (ou similar). Prepare uma argamassa com cimento, cal e areia na proporção 1:2:8. Adicione cola branca à água na proporção de 1:3 (cola:água). Preencha a trinca aberta com a mistura e faça o acabamento.

 Como corrigir trincas?   De modo geral, são causadas por movimentos da estrutura.

Para corrigir, recomenda-se abrir a trinca com ferramenta específica para este fim ou esmerilhadeira elétrica, resultando numa abertura com perfil em "V", escovar/eliminar a poeira, aplicar uma demão de Tinta Fundo Preparador de Paredes base d'água, aplicar Sela trinca, repassar Sela trinca cerca de 24 horas depois da primeira aplicação.

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Sobre a trinca já vedada, aplicar uma demão de tinta flexível diluído com cerca de 10% de água.

Aguardar a secagem inicial e estender uma tela de poliéster de aproximadamente 20 cm de largura, fixando-a com uma nova demão de tinta flexível(igualmente diluído) e aplicar acabamento.

 Trincas e FissurasTrincas e fissuras ocupam o segundo lugar entre os defeitos mais comuns na construção civil, perdendo apenas para os problemas de umidade.Elas são causadas pela movimentação de materiais e componentes da construção e, em geral, tendem a se acomodar. Podem ainda ser conseqüência da ocorrência de vibrações na área.Somente devem causar preocupação quando sua abertura ultrapassa 3,2mm.Apesar de ser difícil avaliar o problema sem conhecer a situação, normalmente as trincas de lajes que denunciam fragilidade na estrutura podem ser identificadas quando formam ângulo de 45º em relação à laje, são próximas aos cantos e se dirigem ao centro da laje. Outro tipo que apresenta risco é a trinca que não toca a parede. Fissuras em forma de flor próximas a um pilar ou as que lembram flechas também merecem cuidado. Já trincas isoladas, que atinjam a parede, não devem preocupar muito. Para tentar eliminar problemas dessa natureza de pequena grandeza, sugere-se:a) para pequenas fissuras, a solução tradicional é retocar o reboco usando argamassa ou massa acrílica, mas as fissuras podem reaparecer. Outra alternativa é passar tinta elastomérica pura na região e depois aplicar duas ou três demãos do mesmo produto, diluído conforme indicação do fabricante.b) para pequenas trincas, formar, sobre ela, um "V", com uma ferramenta chamada abre-trinca, ultrapassando 10cm em cada extremidade. Limpar a superfície e aplicar fundo preparador de paredes. Preencher a fenda com sela-trinca ou argamassa e colocar uma tela de poliéster. Acertar com massa e usar tinta elastomérica

Corrigindo pequenas fendas ou rachaduras em paredes de alvenariaMateriais Necessários:Colher de pedreiro+ Desempenadeira de madeira+ Chave de fenda + Pincel + Espátula + Balde para argamassa + Lixa p/massa no100 + Lixa p/madeira no 60 ou 80 + Plásticos + Massa corrida PVA ou acrílica + Cimento + Areia + Água. Dicas Importantes: A massa corrida já vem pronta para ser aplicada, não é necessário diluir com água ou outro elemento qualquer. Seu rendimento por galão de 3,6 litros é de 8 a 12 m2 ( uma única demão ).

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Lembramos mais uma vez que para paredes internas deve-se usar a massa corrida PVA e para paredes externas a massa corrida acrílica, devido a sua resistência às intempéries do clima.  Argamassa: Para prepará-la basta misturar em um recipiente cimento, areia peneirada e água, nas proporções ideais, conforme a consistência desejada. Se após secar, o reboco começar a esfarelar ( soltar grãos de areia ) , é porque foi misturado pouco cimento. A proporção ideal para se fazer argamassa é 8 partes de areia ( peneirada ) para 1 de cimento e água. No caso de dificuldades ou complicações, não execute os serviços. Peça auxilio de profissionais.  Instruções: Estas correções nas paredes são necessárias a fim de evitar o esfarelamento da parede e ao mesmo tempo deixar a superfície pronta para uma eventual pintura. Antes de iniciar os trabalhos cubra o chão com plásticos.Inicialmente, você deverá passar uma chave de fenda na rachadura ou fenda, afim de abrí-la o suficiente para futura aplicação da massa corrida.Em seguida, limpe o local com um pincel seco. Aplique a massa corrida PVA (para interiores) ou massa acrílica para (exteriores) com o auxílio de uma espátula.Deixe secar por aproximadamente 3 horas.Em seguida, lixe com uma lixa para massa nº 100 até regularizar a superfície, retire o pó.Pronto, a superfície está preparada para ser pintada.

 Corrigindo buracos grandes em paredes de alvenariaMateriais Necessários:  -  Colher de pedreiro + Desempenadeira de madeira + Chave de fenda + Pincel + Espátula + Balde para argamassa + Lixa p/massa no100 + Lixa p/madeira no 60 ou 80 + Plásticos + Massa corrida PVA ou acrílica + Cimento + Areia + Água.

Corrigindo buracos grandes em paredes de alvenariaDicas Importantes:  A massa corrida já vem pronta para ser aplicada, não é necessário diluir com água ou outro elemento qualquer. Seu rendimento por galão de 3,6 litros é de 8 a 12 m2 ( uma única demão ) .Lembramos mais uma vez que para paredes internas deve-se usar a massa corrida PVA e para paredes externas a massa corrida acrilíca, devido a sua resistência às interpéries do clima.  Argamassa:

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para prepará-la basta misturar em um recipiente cimento, areia peneirada e água, nas proporções ideais, conforme a consistência desejada. Se após secar, o reboco começar a esfarelar ( soltar grãos de areia ) , é porque foi misturado pouco cimento. A proporção ideal para se fazer argamassa é 8 partes de areia ( peneirada ) para 1 de cimento e água. No caso de dificuldades ou complicações, não execute os serviços. Peça auxilio de profissionais.  Instruções:

Neste caso, você deve utilizar uma espátula para raspar o local (buraco), até se chegar a parte sólida da parede (ex:tijolo,bloco,etc.).

Em seguida, limpe o buraco com um pincel seco para retirar o material solto e o pó.Umedeça ligeiramente o local com água, aplique a argamassa com uma colher de pedreiro

em pequenas camadas, deixando secar bem cada uma.Na última camada, nivele a argamassa aplicada com uma desempenadeira de madeira

umedecida, em movimentos circulares. OBS: Argamassa é a mistura de cimento, areia e água.Deixe secar bem a argamassa, O tempo normal para curar a argammassa de grandes superfícies é de 30 dias, entretanto, para superfícies pequenas, basta 5 a 10 dias, desde que a ventilação do ambiente e as condições do tempo sejam boas.Após a secagem da argamassa, lixe e aplique a massa corrida.A superfície estará pronta para ser pintada.

 Desempenadeiras- DESEMPENADEIRA DE REJUNTE

      Ideal para aplicação de rejuntes cimentícios, facilita a remoção dos excessos de rejuntamento sobre o revestimento.  - DESEMPENADEIRAS EMBORRACHADAS

      Ideal para dar acabamento mais liso em rebocos, substituindo o uso da esponja.Podem ser usadas também para a aplicação de rejuntamento; facilitam a remoção dos excessos de rejuntamento sobre os revestimentos

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19ª AULA - DATA 13 DEZEMBRO 2012.REVISÃO - 2ª PROVA

20ª AULA – DATA 20 DEZEMBRO 2012.PROVA SUSTITUTIVA

Toda a matéria para quem perdeu uma prova

Bibliografia:BORGES, Alberto de Campos: Práticas das pequenas construções. Volume I e II. Editora Edgar BlucherBAUD, Gerard. Manual de Pequenas Construções. Alvenaria e Concreto Armado. Editora HemusBAUD, Gerard. Manual de Construção. Segundo volume. Editora Hemus.AZEREDO, Hélio Alves de. O Edifício ate sua cobertura. Editor Edgard Blucher LTDAPesquisas na internet

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