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Responsabilidade Social Janeiro/2013

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Responsabilidade Social

Janeiro/2013

Responsabilidade Social

Conceito

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O termo “responsabilidade social” é bastante amplo e engloba uma diversidade de ações e posturas em relação aos diversos públicos que mantém contato com a empresa ou instituição. Fazer filantropia é mais fácil do que refletir e agir com responsabilidade social, pois, responsabilidade social inclui refletir sobre gestão, práticas, processos, projetos etc. Após essa reflexão é hora de implementar ações para proteger o meio ambiente, respeitar a legislação trabalhista, promover igualdade social, disseminar cultura e não apenas fazer caridade ou ser assistencialista. Idéias e projetos devem estar coerentes com a prática. Não basta incluir o assunto numa pauta de reunião ou nas páginas de um projeto mas transformar a intenção em atitudes concretas e bem estruturadas.

Desse modo é necessário incorporar práticas de responsabilidade social empresarial ao planejamento estratégico e ao monitoramento e desempenho geral da empresa de forma sistemática. O lucro não deve ser a razão de ser de uma empresa mas conseqüência de sua gestão e nesse contexto está inserida a responsabilidade social como fator determinante no sucesso empresarial.

Em relação aos funcionários as empresas podem (e devem) focar suas práticas em relação à segurança no local de trabalho (evitando acidentes e doenças ocupacionais), adequar as instalações (condições de higiene, ventilação, temperatura), observar a qualidade dos equipamentos (mobiliário, computadores), promover ações de integração e cultura tais como aniversários, datas comemorativas (dia das mães, dos pais, das mulheres, da árvore...).

Como exemplo, uma programação infantil no dia das crianças é um bom começo para que os filhos dos funcionários e/ou crianças da vizinhança possam conhecer e interagir com a empresa. Tal evento pode servir de fundo para incentivar o hábito da leitura entre as crianças com espaço para contação de histórias infantis, por exemplo. Doar mudas de árvores para o público interno ou a comunidade pode ser uma boa forma de lembrar o dia da árvore, focando a preservação ambiental.

Um aspecto que não pode ser esquecido é a necessidade de uma política clara e equânime de remuneração e benefícios aos funcionários, bem como de promoção funcional.

Arrematando, uma instituição que atenda à legislação trabalhista, tributária e ambiental, que promova ações de combate às desigualdades sociais, e que busca a excelência no atendimento aos seus consumidores e ou clientes, pode ser considerada socialmente responsável.

As transformações sócio-econômicas dos últimos 20 anos têm afetado profundamente o comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do lucro. Se por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder, vem grande responsabilidade. Em função da capacidade criativa já existente, e dos recursos financeiros e humanos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca responsabilidade social.

A idéia de responsabilidade social incorporada aos negócios é portanto, relativamente recente. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por transparência nos negócios, empresas se vêem forçadas a adotar uma postura mais responsável em suas ações.

Infelizmente, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas as razões por trás desse paradigma não interessam somente ao bem estar social, mas também envolvem melhor performance nos negócios e, conseqüentemente, maior lucratividade. A busca da responsabilidade social corporativa tem, grosso modo, as seguintes características:

É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia, ao governo, ao setor não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades com que opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa maior legitimidade social.

É distributiva. A responsabilidade social nos negócios é um conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum e, portanto, deve ser

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difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assim como consumidores, empresas também são responsáveis por seus fornecedores e devem fazer valer seus códigos de ética aos produtos e serviços usados ao longo de seus processos produtivos.

É sustentável. Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.

É transparente. A globalização traz consigo demandas por transparência. Não nos bastam mais os livros contábeis. Empresas são gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os impactos de suas atividades e as medidas tomadas para prevenção ou compensação de acidentes. Nesse sentido, empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde sua performance é aferida nas mais diferentes modalidades possíveis. Muitas empresas já o fazem em caráter voluntário, mas muitos prevêem que relatórios sócio-ambientais serão compulsórios num futuro próximo.

Muito do debate sobre a responsabilidade social empresarial já foi desenvolvido mundo afora, mas o Brasil tem dado passos largos no sentido da profissionalização do setor e da busca por estratégias de inclusão social através do setor privado.

Normas por tipo de empresas

A SA 8000 é uma norma internacional de avaliação da responsabilidade social para empresas fornecedoras e vendedoras, baseada em convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e em outras convenções das Nações Unidas (ONU). Foi desenvolvida em outubro de 1997 pelo Órgão de Credenciamento do Conselho de Prioridades Econômicas (CEPAA[1]), ligada a ONU, reunindo ONG, empresas e sindicatos[2].

A Itália é o país com mais empresas certificadas, seguida de Índia, China e Brasil [3]

No dia 1º de novembro de 2010, foi publicada a Norma Internacional ISO 26000 – Diretrizes sobre Responsabilidade Social, cujo lançamento foi em Genebra, Suíça. No Brasil, no dia 8 de dezembro de 2010, a versão em português da norma, a ABNT NBR ISO 26000, foi lançada em evento na Fiesp, em São Paulo.

A norma fornece orientações para todos os tipos de organização, independente de seu porte ou localização, sobre:

 

conceitos, termos e definições referentes à responsabilidade social;

histórico, tendências e características da responsabilidade social;

princípios e práticas relativas à responsabilidade social;

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os temas centrais e as questões referentes à responsabilidade social;

integração, implementação e promoção de comportamento socialmente responsável em toda a organização e por meio de suas políticas e práticas dentro de sua esfera de influência;

identificação e engajamento de partes interessadas;

comunicação de compromissos, desempenho e outras informações referentes a responsabilidade social.

A ISO 26000:2010 é uma norma de diretrizes e de uso voluntário; não visa nem é apropriada a fins de certificação. Qualquer oferta de certificação ou alegação de ser certificado pela ABNT NBR ISO 26000 constitui em declaração falsa e incompatível com o propósito da norma.

A ISO 26000 é uma base para a criação de normas de certificação

A ABNT NBR 16001:2004 Responsabilidade Social – Sistema de gestão - Requisitos, para a qual o Inmetro desenvolveu o Programa Brasileiro de Certificação em Responsabiidade Social. O Brasil também liderou, em parceria com a Suécia, o Grupo de Trabalho da ISO ( Internatinal Organization for Standardization) incumbido de elaborar a ISO 26000:2010 - Diretrizes em responsabilidade social, publicada em 1º de novembro de 2010.

A partir da década de 70, tendo como marco histórico a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e diante dos problemas oriundos da degradação ambiental, iniciou-se no mundo uma crescente consciência de que seria necessária uma forma diferenciada do ser humano se relacionar com a natureza, e de gerar e distribuir riquezas.

Por outro lado, em paralelo a este movimento chamado “verde”, a desigualdade social foi nas últimas décadas expandindo numa velocidade vertiginosa e com ela crescendo a exclusão social e a violência.

Em decorrência destes dois fatores deparamo-nos, na década de 90, com um novo fenômeno social, qual seja a proliferação do 3º setor: a esfera pública não-estatal. Somado a isto, ganharam força os movimentos da qualidade empresarial e dos consumidores. De agente passivo de consumo, o consumidor passa a ser agente de transformação social, por meio do exercício do seu poder de compra, uso e descarte de produtos, de sua capacidade de poder privilegiar empresas que tinham valores outros que não somente o lucro na sua visão de negócios.  Assim, sociedade civil e empresas passam a estabelecer parcerias na busca de soluções, diante da convicção de que o Estado sozinho não é capaz de solucionar a todos os problemas e a responder a tantas demandas.

É diante desta conjuntura que nasce o movimento da responsabilidade social. Movimento este que vem crescendo e ganhando apoio em todo o mundo, e que propõe uma aliança estratégica entre 1º, 2º e 3º setores na busca da inclusão social, da promoção da cidadania, da preservação ambiental e da sustentabilidade planetária, na qual todos os setores têm responsabilidades compartilhadas e cada um é convidado a exercer aquilo que lhe é mais peculiar, mais característico. E, para que essa aliança seja possível, a ética e a transparência são princípios fundamentais no modo de fazer negócios e de relacionar-se com todas as partes interessadas.

 À sociedade civil organizada cabe papel fundamental pelo seu poder ideológico – valores, conhecimento, inventividade e capacidades de mobilização e transformação.

A responsabilidade social conclama todos os setores da sociedade a assumirem a responsabilidade pelos impactos que suas decisões geram na sociedade e meio ambiente. Nesse

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sentido, os setores produtivos e empresariais ganham um papel particularmente importante, pelo impacto que geram na sociedade e seu poder econômico e sua capacidade de formular estratégias e concretizar ações.

Essa nova postura, de compartilhamento de responsabilidades, não implica, entretanto, em menor responsabilidade dos governos, ao contrário, fortalece o papel inerente ao governo de grande formulador de políticas públicas de grande alcance, visando o bem comum e a equidade social, aumentando sua responsabilidade em bem gerenciar a sua máquina, os recursos públicos e naturais na sua prestação de contas à sociedade. Além disso, pode e deve ser o grande fomentador, articulador e facilitador desse novo modelo que se configura de fazer negócios.

O Brasil tem sido protagonista desse movimento, tendo elaborado uma Norma Nacional de Responsabilidade Social: a ABNT NBR 16001:2004 Responsabilidade Social – Sistema de gestão - Requisitos, para a qual o INMETRO desenvolveu o Programa Brasileiro de Certificação em Responsabilidade Social. O Brasil também liderou, em parceria com a Suécia, o Grupo de Trabalho da ISO (Internatinal Organization for Standardization) incumbido de elaborar a ISO 26000:2010 - Diretrizes em responsabilidade social, publicada em 1º de novembro de 2010.

Em decorrência destas ações foi criado o Fórum Governamental de Responsabilidade Social, do qual o IMETRO é um dos coordenadores.

A Norma Nacional – ABNT NBR 16001

A ABNT NBR 16001 – Responsabilidade social – Sistema da gestão – Requisitos teve sua primeira edição publicada em novembro de 2004 e a sua segunda versão em julho de 2012.

A versão de 2012 foi baseada na diretriz internacional ISO 26000 publicada em novembro de 2010.

A revisão da ABNT NBR 16001 ocorreu no âmbito da Comissão Especial de Estudos de Responsabilidade Social da ABNT, tendo ficado em consulta nacional.

Outros países também têm desenvolvido normas nacionais com o propósito de certificação à luz da ISO 26000.

A NBR 16001 é uma norma de sistema de gestão, passível de auditória, estruturada  em requisitos verificáveis, permitindo que a organização busque a certificação  por uma terceira parte, o que não ocorre com a ISO 26000 que é uma norma de diretrizes.

O INMETRO desenvolveu o Programa Brasileiro de Certificação em Responsabilidade Social de acordo com a NBR 16001, desde a sua primeira versão, e agora definiu um plano de transição (por meio da Portaria INMETRO / MDIC número 407 de 02/08/2012) para as organizações estabelecendo que:

 I. As organizações certificadas com base na norma ABNT NBR 16001:2004 podem, a qualquer tempo, a contar da data de publicação desta Portaria, migrar para a versão atual da norma, mediante auditoria;

II. As solicitações de certificação inicial poderão continuar a ser concedidas com base na norma ABNT NBR 16001:2004 em até 12 (doze) meses contados da publicação desta Portaria;

III. As solicitações de recertificação poderão continuar a ser concedidas com base na  norma ABNT NBR 16001:2004  em até 24 (vinte e quatro) meses contados da publicação desta Portaria;

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 IV. Todas as certificações vigentes concedidas com base na norma ABNT NBR 16001:2004  deverão ser migradas para a versão atual da norma ou serem canceladas no prazo de 36 (trinta e seis) meses,  contar da data de publicação desta Portaria.

  Ou seja:

 

até 02 de agosto de 2013 as organizações poderão solicitar certificação inicial com base na norma antiga (ABNT NBR 16001:2004);

as empresas já certificadas na primeira versão poderão solicitar recertificação até 02 de agosto de 2014;

a partir de 02 de agosto de 2015 todas as organizações deverão ter migrado para a versão de 2012.

 

Veja abaixo, resumidamente, alguns aspectos das normas em suas 2 versões:

ABNT NBR 16001:2012

Definição de Responsabilidade Social

Responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente que:

 

o Contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e o bem estar da sociedade;

o leve em consideração as expectativas das partes interessadas;o esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente com 

as normas internacionais de comportamento,eo esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações.

 

NOTA 1: Atividades incluem produtos, serviços e processos.

NOTA 2: Relações referem-se às atividades da organização dentro do escopo do sistema de gestão da responsabilidade social e da cadeia de valor.

NOTA 3: Adaptada da ISO 26000:2010.

 Características

 - A Norma é aplicável a todos os tipos e portes de organizações (pequenas, médias e grandes) e de todos os setores (governo, ONG’s e empresas privadas);

  - É uma norma de sistema de gestão (conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos, voltados para estabelecer políticas e objetivos, bem como para atingi-los), que deve estar integrado em toda a organização. Adota a estrutura do PDCA ( Plan–Do- Check-Act ou planejar – fazer – verificar – agir)

- Necessidade de comprometimento de todos os níveis e funções, especialmente da alta direção;

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- Qualquer declaração de que um certificado de conformidade com a ABNT NBR 16001 corresponderia ao atendimento às diretrizes da ABNT NBR 26000 implicaria em desentendimento aos objetivos da Norma. No entanto, a adoção da ABNT NBR 16001  pode auxiliar a organização no processo de implementação de algumas diretrizes da ABNT NBR 26000.

- O atendimento aos requisitos da Norma não significa que a organização seja socialmente responsável, mas sim que possui um sistema de gestão da responsabilidade social. As comunicações da organização, tanto internas quanto externas, devem respeitar este preceito.

Histórico da NBR 16001 

A ISO - International Organization for Standardization, a partir de 2001, iniciou um processo de avaliação da viabilidade de elaboração de uma norma referente ao tema Responsabilidade Social. Diante deste cenário, a Associação Brasileira de Normas Técnicas – a ABNT - decidiu, em dezembro de 2002, constituir uma comissão, formada por representantes de diversas partes interessadas como governo, setor produtivo, organizações não governamentais, entidades de classe e academia, para elaborar uma norma nacional de Responsabilidade Social.

 A norma brasileira, a NBR 16001 foi publicada em dezembro de 2004.

Principais pontos da NBR 16001:2004

A ABNT NBR 16001 estabelece requisitos mínimos relativos a um sistema de gestão da Responsabilidade Social, permitindo à organização formular e implementar uma política e objetivos que levem em conta as exigências legais, seus compromissos éticos e sua preocupação com a promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável, além da transparência das suas atividades. Segundo Ursine & Sekiguchi (2005), os pontos mais relevantes desta norma são:

 - É aplicável a todos os tipos e portes de organização. Embora o público usual de normas de sistemas de gestão sejam as grandes corporações, essa norma foi redigida de forma a aplicar-se também às pequenas e médias empresas, de qualquer setor, bem como às demais organizações públicas ou do terceiro setor que tiverem interesse em aplicá-la;

 - Entendimento amplo do tema “Responsabilidade Social”. Essa norma incorporou o conceito mais amplo de Responsabilidade Social, ao aproximá-lo do desenvolvimento sustentável e incluir em seu cerne o engajamento e a visão das partes interessadas;

 - Necessidade de comprometimento dos funcionários e dirigentes de todos os níveis e funções. Em diversos pontos da norma ressalta-se a necessidade de comprometimento dos dirigentes e funcionários de todos os níveis e funções, em especial os da alta direção, uma vez que se trata de um tema transversal;

 - Necessidade de uma política da responsabilidade social e o desenvolvimento de programas com objetivos e metas. A norma prescreve que a alta administração deve definir a política de Responsabilidade Social, “consultando as partes interessadas” e assegurando, dentre outros tópicos, que a mesma  “inclua o comprometimento com a promoção da ética e do desenvolvimento sustentável”. Na etapa de planejamento, a organização deverá estabelecer, implementar e manter objetivos e metas da Responsabilidade Social, com o envolvimento de funções e níveis relevantes dentro da organização e demais partes interessadas.

 As organizações devem desenvolver programas (com objetivos e metas) que deverão contemplar onze temas da Responsabilidade Social. São eles:

• boas práticas de governança; • combate à pirataria, sonegação, fraude e corrupção;• práticas leais de concorrência;• direitos da criança e do adolescente, incluindo o combate ao trabalho infantil;• direitos do trabalhador, incluindo o de livre associação, de negociação, a remuneração justa e benefícios básicos, bem como o combate ao trabalho forçado; promoção da diversidade e combate à discriminação (por exemplo: cultural, de   gênero, de raça/etnia, idade, pessoa com

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deficiência);• compromisso com o desenvolvimento profissional;promoção da saúde e segurança;• promoção de padrões sustentáveis de desenvolvimento, produção, distribuição e consumo, contemplando fornecedores, prestadores de serviço, entre outros;• proteção ao meio ambiente e aos direitos das gerações futuras; • ações sociais de interesse público.

Adota modelo PDCA. Tendo em vista o êxito do modelo PDCA (plan, do, check, act – planejar, fazer, avaliar e agir), utilizado anteriormente pelas normas ISO 9001 e ISO 14001, foi decidido que a base do sistema dessa norma seria a mesma, facilitando a integração com os sistemas de gestão já existentes, evitando-se assim a criação de sistemas e departamentos isolados;

Esclarecimento que o atendimento aos requisitos da norma não significa que a organização é socialmente responsável, mas que possui um sistema de gestão da Responsabilidade Social. A norma chega a estabelecer que as comunicações externas e internas da organização deverão respeitar este preceito. A introdução da norma traz em seu texto essa preocupação.

Auditabilidade - a norma é estruturada em requisitos, permitindo, portanto, que a organização busque a certificação de seu sistema de gestão da Responsabilidade Social junto a uma organização externa.

Em fevereiro de 2006, o INMETRO publicou os critérios de avaliação da conformidade para as organizações que desejarem implementar um sistema de gestão conforme a NBR 16001 – iniciativa inédita no mundo, uma vez que o INMETRO foi o primeiro órgão governamental a assumir a coordenação de um programa de avaliação da conformidade baseado em uma norma de gestão da Responsabilidade Social. Atualmente, existem cerca de 20 empresas certificadas

 • Serasa SA;• JBR Engenharia Ltda;• Maia Melo Engenharia Ltda;• Provider Soluções Tecnológicas Ltda;• Provider Tecnologia de Sistemas Ltda;• Petróleo Brasileiro S/A - Engenharia / IEABAST / IERB;• CCT Conceitual Construções Ltda;• Camp-SBC Centro de Formação e Integração Social;• Campos Advogados S/C;• Instituto Maximiano Campos;• Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A;• Consórcio Camargo Corrêa - Promon - MPE;• Associação Comercial de São Paulo;• Setha Indústria Eletrônica Ltda;• Líder Táxi Aéreo;• Colméia Arquitetura e Engenharia Ltda;• Anglogold Ashanti Córrego do Sítio Mineração SA • BPM Consultoria e Automação LTDA• Consórcio CCPR - REPAR• CSE/ RJ - Mecânica e Instrumentação Ltda

No intuito de estimular a responsabilidade social empresarial, uma série de instrumentos de certificação foram criadas nos últimos anos. O apelo relacionado a esses selos ou certificados é de fácil compreensão. Num mundo cada vez mais competitivo, empresas vêem vantagens comparativas em adquirir certificações que atestem sua boa prática empresarial. A pressão por produtos e serviços socialmente corretos faz com que empresas adotem processos de reformulação interna para se adequarem às normas impostas pelas entidades certificadoras.

Entre algumas das certificações mais cobiçadas atualmente enumeramos as seguintes:

Selo Empresa Amiga da Criança. Selo criado pela Fundação Abrinq para empresas que não utilizem mão-de-obra infantil e contribuam para a melhoria das condições de vida de crianças e adolescentes.

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ISO 14000. O ISO 14000 é apenas mais uma das certificações criadas pela International Organization for Standardization (ISO). O ISO 14000, parente do ISO 9000, dá destaque às ações ambientais da empresa merecedora da certificação.

AA1000. O AA1000 foi criada em 1996 pelo Institute of Social and Ethical Accountability. Esta certificação de cunho social enfoca principalmente a relação da empresa com seus diversos parceiros, ou “stakeholders”. Uma de suas principais características é o cárater evolutivo já que é uma avaliação regular (anual).

SA8000. A “Social Accountability 8000” é uma das normas internacionais mais conhecidas. Criada em 1997 pelo Council on Economic Priorities Accreditation Agency (CEPAA), o SA8000 enfoca, primordialmente, relações trabalhistas e visa assegurar que não existam ações anti-sociais ao longo da cadeia produtiva, como trabalho infantil, trabalho escravo ou discriminação.

Providências e critérios

A Norma estabelece os requisitos mínimos relativos a um sistema de gestão de responsabilidade social, permitindo que a organização formule e implemente uma política e objetivos que levem em conta seus compromissos com:

        a) a responsabilização (accoutability) a transparência;

       b) o comportamento ético;

       c) o respeito pelos interesses das partes interessadas;

       d) o atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização;

       e) o respeito às normas internacionais de comportamento;

       f)  o respeito aos direitos humanos e

       g) a promoção do desenvolvimento sustentável.

A norma é passível de integração com outros requisitos de gestão e estabelece critérios que se aplicam a qualquer tipo e porte de organização que deseje:

 

implantar, manter e aprimorar um sistema de gestão da RS; assegurar-se de sua conformidade com a legislação aplicável e com a sua política

da RS; apoiar o engajamento das partes interessadas; demonstrar conformidade  com a Norma  seja realizando auto avaliação e emitindo

autodeclaração da conformidade, seja buscando confirmação de sua conformidade por partes  interessadas ou partes externas à organização; seja buscando a certificação do seu sistema de gestão da responsabilidade social por uma organização externa.

 Política da RS

A alta direção da organização deve definir a sua política da RS que deve ser documentada,

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implementada e mantida, bem como comunicada para todas as pessoas que trabalham para, ou em nome da organização; e deve estar acessível às partes interessadas.

A política deve estar apropriada aos objetivos estratégicos à natureza, escala e impactos da organização. Deve assegurar seu compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável e incluir seus comprometimentos com os seguintes princípios da responsabilidade social:

 

Responsabilização (accoutability) :  condição de responsabilizar-se por decisões e atividades e de prestar contas destas decisões e atividades aos órgãos de governança, autoridades legais e às  partes interessadas da organização;

Transparência: franqueza sobre decisões e atividades que afetam a sociedade, a economia e ao meio ambiente e a disposição de comunicá-las de forma clara, precisa, tempestiva, honesta e completa;

Comportamento ético: comportamento que esteja de acordo com os princípios aceitos de uma conduta moral e correta no contexto de uma situação específica e que seja consistente com as normas internacionais de comportamento.

Respeito pelos interesses das partes interessadas (Stakeholders): Ouvir, considerar e responder aos interesses das pessoas ou grupos que tenham interesse  em qualquer decisão ou  atividade da organização ou por ela possam ser afetados.

Atendimento aos  requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização (cumprimento da lei e outros requisitos) ;

Respeito pelas Normas Internacionais de Comportamento: comportamento organizacional socialmente responsável, oriundos do direito internacional consuetudinário, dos princípios geralmente aceitos de leis internacionais e ou de acordos intergovernamentais que sejam universalmente ou praticamente universalmente reconhecidos.

Direito aos humanos: Reconhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos, cuidando para que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente, zelando pelo ambiente econômico, social e natural que necessitam.

A política da responsabilidade social deve ainda incluir o comprometimento da alta direção com a melhoria contínua e com a prevenção de impactos adversos. Deve fornecer a estrutura para o estabelecimento e a revisão dos objetivos e metas da responsabilidade social.

A política deve ser:

 

documentada, implementada e mantida; comunicada para todas as pessoas que trabalham para, ou em nome da

organização; e estar acessível às partes interessadas.

 Planejamento

A organização deve: Estabelecer, implementar e manter procedimentos documentados para identificar e priorizar as partes interessadas, bem como as suas expectativas  e interesses;

identificar as questões pertinentes a sua responsabilidade social, considerando os seguintes temas centrais:

o governança organizacional;o direitos humanos;o meio ambiente;o práticas leais de operação;o questões relativas ao consumidoro envolvimento e desenvolvimento da comunidade.

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realizar  uma  due dilligence visando prevenir, evitar e mitigar os impactos negativos significativos, reais e potenciais das suas decisões e atividades no meio ambiente, economia, sociedade e partes interessadas e deve avaliar a significância destes impactos;

identificar oportunidades de melhoria e inovação (ao avaliar a pertinência e significância das questões da RS a organização deve considerar as oportunidades de reforçar as ações em curso relativas à RS e identificar oportunidades de melhoria. A Norma fornece um anexo onde apresentam várias   ações e expectativas que se constituem em oportunidades);

estabelecer, implementar e manter procedimentos para identificar e ter acesso à legislação aplicável e outros requisitos por ela subscritos;

estabelecer, implementar e manter objetivos e metas documentados da RS, em funções e níveis relevantes dentro da organização.

 Objetivos, metas e programas

 A organização deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas que, ente outros descritos na norma, sejam compatíveis com a política da RS e com os resultados da due diligence.

Legislação

Já existe atualmente uma Lei de Responsabilidade Social no Brasil? Ela é eficiente?Quando se fala em Lei de Responsabilidade Social está-se referindo às atividades do Estado, como um contraponto à Lei de Responsabilidade Fiscal. No entanto a responsabilidade social deve ser assumida tanto por empresas, quanto pelo Estado e pela sociedade. Assim, se de um lado, existem critérios de controle e de transparência para a atividade financeira do Estado, há hoje importante setor da sociedade que entende necessária a adoção de uma legislação que defina critérios de atuação, de controle e de transparência da atuação do Estado na área social.Alguns municípios já adotaram suas leis de responsabilidade fiscal. Além disso há projetos e ante-projetos de lei de responsabilidade social em nível estadual e federal. O que é bastante positivo, pois permitirá maior conhecimento, participação, controle e pressão da sociedade acerca das atividades sociais promovidas pelo Poder Público.A autuação com vistas ao interesse público é a finalidade do Estado. A grande lei de responsabilidade social que existe, onde constam todos os deveres do Estado na área social, é a Constituição de 1988. Uma Lei de Responsabilidade Social deve criar mecanismos através dos quais os deveres do Estado sejam efetivamente alcançados, permitindo o conhecimento, a participação e pressão da sociedade acerca da atuação estatal.Existem leis que oferecem uma série de benefícios fiscais às empresas que atuam na área social. Trata-se, no entanto, não de incentivo à responsabilidade social, mas ao investimento social privado. O investimento social privado, desde que planejado e com acompanhamento técnico, pode ser realizado com a utilização de incentivo fiscal. Existe a necessidade de que se ampliem os mecanismos de incentivo, porém, seria um grande avanço se as empresas conhecessem aqueles já existentes. Há uma vasta gama de possibilidades de incentivo fiscal desconhecida por muitas empresas.

Existe ainda um Projeto de Lei Nº 1305/2003 do deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ), em tramitação no Congresso Nacional, que dispõe sobre a regulamentação da responsabilidade social das sociedades empresárias nacionais e estrangeiras que atuam no país. Segundo o parlamentar autor da proposta, o objetivo principal da lei é tornar ética e transparente as relações das empresas com os seus diferentes públicos: consumidores, fornecedores, público interno, acionistas, comunidade  e meio ambiente.

O projeto de lei pretende também estabelecer, em caráter de obrigatoriedade para as empresas

com mais de quinhentos funcionários: a publicação do balanço social como mecanismo de

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controle e transparência da responsabilidade social empresarial (RSE); a criação de comissões de

ética de responsabilidade social em cada empresa; a elaboração de estudos de impacto social e

relatórios de gestão social; e a criação do Conselho Nacional de Responsabilidade Social, órgão

gestor e regulador da prática de responsabilidade social empresarial que teria, inclusive, poder

de aplicar sanções às empresas.

Principais programas implantados pelas empresas

Existem hoje diversas empresas que já trabalham com o conceito de responsabilidade social, oferecendo programas relacionados com a qualidade de vida, preservação ambiental e aprendizado, voltados para seus colaboradores e a comunidade em geral, agora veremos algumas empresas e seus programas de responsabilidade social.

A Nextel possui iniciativas relacionadas a sustentabilidade e está trabalhando cada vez mais para inserir este conceito em seu planejamento estratégico. É importante que todos os colaboradores estejam envolvidos nessas questões e compreendam o valor que elas têm para a empresa.

A Responsabilidade Social da Nextel é dividida em:

Instituto Nextel

O Instituto Nextel tem o objetivo de atender jovens entre 16 e 24 anos em situação de risco social, fornecendo conhecimento e apoio para torná-los empreendedores e facilitar sua inserção no mercado de trabalho.

A metodologia para desenvolvimento desses grupos engloba aulas de informática, cidadania, português, inglês e matemática, além de aulas específicas de técnicas de atendimento e cultura.

Desde o seu início, em outubro de 2007, até julho de 2012, o Instituto formou 2.602 jovens, sendo que 71% conquistaram um espaço no mercado de trabalho. Hoje existem 7 unidades do Instituto, localizadas em São Paulo (Santo Amaro e Pinheiros), Rio de Janeiro (Botafogo e Guadalupe), Salvador (Pelourinho), Campinas (Jardim Nilópolis) e Santos (Jardim Rádio Clube).

Desde 2012, é realizado um plano de expansão institucional que resultará em 40 Institutos instalados pelo país até 2015. Ele será viabilizado pelo processo de sustentabilidade financeira, realizado por meio de marketing social, captação de recursos externos e leis de incentivo.

Voluntariado Corporativo

A Nextel desenvolve um programa interno de Voluntariado Corporativo, que conta com a participação de colaboradores e visa contribuir para o processo educacional de crianças e jovens em situação de risco social. O programa de atividades propostas inclui passeios culturais, mutirões de reforma, campanhas de doação e palestras para os jovens do Instituto Nextel.

Além destas atividades, a Nextel tem uma parceria com a Junior Achievement, ONG com o objetivo de despertar o espírito empreendedor nos jovens, estimular o desenvolvimento pessoal, proporcionar uma visão clara do mundo dos negócios e facilitar o acesso ao mercado de trabalho, por meio de diversos cursos ministrados por voluntários. Em 2011, a Nextel contou com a colaboração de 811 voluntários em suas ações e beneficiou mais de 14 mil crianças e jovens em todo o Brasil.

Sustentabilidade

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O tema teve início em 2005 com a finalidade de sensibilizar os colaboradores sobre formas de redução, reutilização e reciclagem de recursos. O intuito era rever pequenas atitudes para gerar um impacto cada vez menor sobre os recursos naturais, disseminando, dessa forma, uma mudança cultural na organização, por meio de ações conscientes e cada vez mais responsáveis.

Hoje o tema está inserido no planejamento estratégico da organização e trata de assuntos não só ambientais, mas também sociais e econômicos, como Respeito ao Consumidor e Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Programa de Aprendizagem

O Programa de Aprendizagem da Nextel visa contribuir com a inserção de jovens de 16 a 24 anos no mercado de trabalho, agregando benefícios na geração de renda, ampliação da escolarização e favorecendo o projeto de vida do aprendiz.

O aprendiz da Nextel tem um contrato especial de trabalho por tempo determinado e é matriculado no curso de Aprendizagem Profissional de assistente administrativo, tendo sua formação teórica promovida pelo Instituto Nextel ou pelo Espro. Ele também é contemplado com a aprendizagem profissional prática segundo as diretrizes e bases da legislação em vigor implantadas pelo contrato de aprendizagem.

Programa de Pessoas com Deficiência

Em 2006 a Nextel iniciou o programa de inclusão para Pessoas com Deficiência e desde sua implantação, a empresa tem investido fortemente em atrair, reter e desenvolver profissionais que atendam aos perfis dos diversos cargos da empresa.

O programa visa:

• Criar um ambiente onde os melhores profissionais queiram trabalhar em sintonia com as competências, estratégia de negócios e com os valores da companhia.

• Contratar a competência e não a deficiência, como forma de favorecer o desenvolvimento do profissional em sua área de atuação.

• Oferecer as melhores condições para que os profissionais se desenvolvam, aplicando todo o seu potencial de acordo com suas capacidades.

Seguem exemplos de empresas que contribuem com programas de profissionalização e aprendizado para seus colaboradores e comunidade.

No Rio de Janeiro :

O cenário é o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Ali, entre os mais belos exemplares da flora brasileira, a cada semestre 20 jovens provenientes de famílias com renda máxima de 3 salários mínimos, aprende, no Laboratório Social da instituição, o ofício de jardineiro. Mas a proposta do programa Educação e Trabalho, patrocinado pela Embelleze desde 2001, vai além de revelar os segredos da profissão: a meta é formar cidadãos.

São 20 jovens, entre os 16 e os 21 anos, que durante 6 meses aprendem a cuidar das plantas. Este é o caminho para que aprendam a cuidar de si, valorizando a beleza da vida! Saem de lá já encaminhados profissionalmente.

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São dez as oficinas:

Arborização e Jardinagem; Meio Ambiente e Cidadania; Inclusão Digital; Incentivo à Leitura; Ikebana; Fotografia; Rio Patrimônio Ambiental; Relações Inter-Pessoal e Familiar; Programação Neurolingüística; Arte Educação.

Com um programa bem articulado e uma equipe afinada, os instrutores falam a mesma linguagem, trocam idéias sobre os participantes e promovem reuniões com as famílias, de modo a melhor acompanhar o rendimento da turma.

A fim de disseminar conhecimentos, valores e atitudes, a Fundação criou condições para que suas ações pudessem mobilizar o maior número possível de pessoas para a conservação da natureza e do ambiente.

O Programa de Formação em Conservação da Biodiversidade da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza promove capacitações sobre temas relacionados à conservação da natureza. Esta iniciativa tem como objetivo qualificar a atuação de profissionais e estudantes em suas atividades relacionadas ao tema.

Fazem parte da programação regular, cursos relacionados a áreas naturais protegidas, o  Programa Trainee em Meio Ambiente e parceria com instituições de ensino superior para cursos de  pós-graduação.

As atividades acontecem nas unidades da Fundação O Boticário, como a  Reserva Natural Salto Morato e as  Estações Natureza, mas podem ocorrer também em outros lugares do Brasil, seja em parceria com outras organizações ou por iniciativa própria da Fundação O Boticário.

Alfabetização solidária

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A Nestlé Brasil foi uma das primeiras Empresas no Brasil a colaborar com o projeto Alfabetização Solidária do Governo Federal em 1997. Desde então investiu, até dezembro de 2004, R$ 942 mil.

O apoio ao Programa deu-se em três municípios do Estado de Alagoas: Lagoa da Canoa, Santana do Mundaú e Belo Monte. De janeiro de 1998 até junho de 2003 o Projeto já alfabetizou 9 mil alunos, e 3.240 professores foram capacitados até dezembro de 2004. Além disso, nos municípios assistidos foram criadas 30 salas de aula para a educação de jovens e adultos

Foi em 1999 que a Nestlé lançou o Programa Nutrir, um programa de educação alimentar para prevenir a desnutrição em crianças e jovens de 5 a 14 anos, em situação sócio-econômica desfavorável. Com a ajuda do voluntariado de funcionários da própria empresa e inúmeras parcerias, o programa envolve ainda atividades de arte-educação e a capacitação de merendeiras das comunidades atendidas.

Instituto Sadia de sustentabilidade

Para estruturar de maneira eficiente os investimentos e iniciativas sociais e ambientais, a Sadia criou o Instituto Sadia de Sustentabilidade. Entidade sem fins lucrativos, o Instituto tem por objetivo promover o Desenvolvimento Sustentável através do diálogo, comunicação e engajamento com a Sociedade. O papel do Instituto é o de desenvolver e apoiar ações e projetos voltados à preservação dos recursos naturais, ao fomento à pesquisa técnica e científica, à educação alimentar, ambiental, cultural e esportiva.

Programas de inclusão digital

EIC - Escolas de informática e Cidadania - Paranaguá e Duque de Caxias

A Sadia mantém 6 escolas que oferecem cursos de informática a adolescentes e adultos de baixa renda, objetivando a inclusão digital de públicos que não têm acesso à informática, possibilitando também maiores chances no mercado de trabalho de jovens que procuram seu primeiro emprego.

Profissionalização

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Sadia Amiga do Bairro - Francisco Beltrão - PR

Possibilita a realização de cursos profissionalizantes [corte e costura, panificação etc] para geração de renda e melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Formando Cidadão - Francisco Beltrão - PR

Promove a educação profissionalizante de jovens que estão na marginalidade.

Parceria com Meninos de Futuro - Toledo - PR

Possibilita a realização de cursos profissionalizantes para jovens que freqüentam a entidade.

Petrobras é "empresa-exemplo" em Responsabilidade Social

A Petrobras está em primeiro lugar na pesquisa da Market Analysis, instituto de pesquisa de mercado e opinião pública, em seu resultado do Monitor de Responsabilidade Social 2007, estudo realizado anualmente no Brasil pela empresa. A Companhia é citada como "empresa-exemplo" com 10,8% dos 800 entrevistados nas oito principais capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Brasília.

Posto-Escola

Com o projeto Posto-Escola, a Petrobras Distribuidora, empresa que tem a maior rede de postos do país com o objetivo promover o treinamento e a qualificação profissional de pessoas para atuarem como frentistas, promotores de venda e profissionais de lubrificação no mercado de trabalho. O projeto busca incentivar o primeiro emprego, enfocando ainda a educação e a geração de renda.

Até agora, a Petrobras Distribuidora conta com 13 postos-escola em funcionamento, distribuídos da seguinte maneira: dois em São Paulo, um em Minas Gerais, um no Paraná, três no Rio de Janeiro, dois na Bahia, um no Distrito Federal, um no Espírito Santo, um em Pernambuco, um na Paraíba e um no Rio Grande do Norte.

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