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transações imobiliárias apostilado
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UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
BEM VINDO(A) A UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
MANUAL DO ALUNO
Prezado(a) aluno(a), que bom tê-lo(a) conosco!
Ao ter escolhido estudar na modalidade a distância, você optou por uma forma de aprender que requer
habilidade e competências específicas por parte dos professores e alunos.
Estudar a distância é um pouco diferente de estudar presencialmente. Talvez, essa seja sua primeira
experiência nesta modalidade de ensino-aprendizagem. Porém, independentemente do seu grau de experiência com
a Educação a Distância, vale a pena a leitura deste Manual. Pois, muitas informações que serão aqui apresentadas,
como organização do tempo para estudos, orientações para auxiliar sua aprendizagem, informações geral sobre o
curso, avaliação e procedimentos administrativos serão de extrema importância ao longo do curso.
Recomendamos que antes de acessar o espaço virtual de aprendizagem ou iniciar os estudos, faça uma
leitura cuidadosa de todas as informações contidas neste manual. Caso persista alguma dúvida, entre em contato
com os tutores que o acompanharão ao longo do curso ou com a coordenação, que é o canal direto entre Você e a
escola, para atendê-lo(a) em tudo o que for necessário, objetivando tornar seu curso tranqüilo e proveitoso.
Estamos torcendo pelo seu SUCESSO!!!!
A Coordenação
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UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
1. QUEM É A UNI – UNIÃO NACIONAL DE
INSTRUÇÃO
1.1. Histórico
A UNI foi fundada em 14/09/2001 e é mantida
pela UNI – Centro de Ensino Unificado Ltda. Está
fundamentada nos princípios contidos na LDB
9394/96, credenciada pela portaria 255 de 4 de
setembro de 2003 e conforme o disposto no parecer
134/03 do Conselho de Educação do Distrito Federal.
A UNI assume o compromisso de cumprir, e
fazer cumprir, os princípios e fins da educação
nacional, bem como aqueles definidos na legislação do
Distrito Federal, promovendo o desenvolvimento do
aluno, incluindo seu preparo para o exercício da
cidadania e integração à vida produtiva, bem como sua
capacidade de compreender a realidade social através
da ampliação de experiências.
1.2. Missão
A UNI tem como Missão promover a educação
como ação transformadora, libertadora e humanitária,
num processo contínuo e a distância, respeitando as
características e ritmo próprio do aluno na qualidade de
sujeito de seu aprendizado.
2. TTI – TÉCNICO EM TRANSAÇÕES
IMOBILIÁRIAS: tudo o que você precisa saber
sobre o curso.
O curso Técnico em Transações Imobiliárias à
Distância da UNI, tem como finalidade atender você
que pretende obter habilidades e competências nas áreas
de Operações Imobiliárias, Matemática Financeira,
Noções de Direito e Legislação, Noções de Economia e
de Mercado, Organização e Técnicas Comerciais,
Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa,
Marketing Imobiliário, Noções de Relações Humanas e
Ética e Desenho Arquitetônico.
2.1. Formas de Ingresso no Curso
Para ingressar no curso de TTI – Ensino Técnico
a distancia, é necessário seguir algumas normas
estabelecidas pela Resolução nº 1/2005, que estabelece
normas para o Sistema de Ensino do Distrito Federal,
em observância às disposições da Lei n 9394: é
necessário ter concluído o ensino médio, ou estar
cursando, sendo que para conclusão do curso o aluno já
deve ter concluído o ensino médio.
2.2. Duração do curso
O curso terá duração máxima de 200 (duzentos)
dias e carga horária de 1.170 horas incluindo 200
(duzentas) horas de estágio.
As atividades presencias são realizadas por meio
de encontros mensais, além da tutoria presencial em
dias específicos.
2.3 . Material Didático
O material didático é elaborado de forma
dinâmica e sua metodologia é baseada no respeito às
diferenças individuais.
As atividades seguem um modelo educacional
no qual você é o centro do processo de aprendizagem.
Á sua volta está um conjunto de recursos educacionais
que visa ajudá-lo no alcance de seus objetivos.
O processo de familiarização com o ambiente de
estudo lhe transmitirá segurança, de forma que você
possa estudar no seu próprio ritmo, de forma autônoma
e responsável, organizando horários segundo suas
necessidades e planejando como, quando e onde
estudar.
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UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
2.4 . Sistema de Tutoria
As tutorias são realizadas por meio de encontros
presenciais. Os professores/tutores ficam em dias
especificados pela instituição, à disposição dos alunos,
para esclarecimentos, tirar dúvidas e conversar sobre o
conteúdo da disciplina.
Você, como aluno da UNI, além do material
didático que recebe no ato da matrícula, tem acesso
também aos exercícios que são fornecidos como uma
orientação para o processo de aprendizagem.
Para complementar os conhecimentos teóricos
adquiridos por meio do material e da tutoria, a UNI
efetuou convênios com empresas do ramo imobiliário
para que você realize as atividades práticas de estágio.
IMPORTANTE
Estabelecer uma interação constante com o
professor-tutor, pois assim a sua aprendizagem
seguirá num ritmo de permanente evolução.
2.5. Sistema de Avaliação
A avaliação da aprendizagem ocorrerá em duas
etapas:
a) exames presenciais realizados na sede da UNI.
b) desempenho nas atividades do estágio (prática).
A presença é facultativa para efeito de orientação
e estudo, porém, para realização dos exames e do
estágio obrigatório a presença é obrigatória.
A avaliação do estágio será realizada por meio
de ficha de avaliação e acompanhamento, que será
preenchida, assinada e carimbada pelo supervisor da
imobiliária ou corretor supervisor, e devolvida à UNI.
IMPORTANTE
� O tempo de tolerância para entrada em sala de
aula para realização das avaliações será de 15
minutos. Após a tolerância não será permitida a
entrada em sala.
� É expressamente proibida a realização das
avaliações sem a apresentação de um documento
que comprove sua identificação e que tenha foto
(RG, CTPS, Carteira funcional, CNH).
� O não comparecimento na data marcada para
realização das avaliações, sem justificativa, terá
como penalidade o pagamento de uma taxa
estipulada pela instituição referente à marcação
de provas.
� Após a segunda prova de recuperação, o aluno
deverá efetuar o pagamento de uma taxa
simbólica, determinada pela instituição,
correspondente às avaliações posteriores (4ª
avaliação).
Fique atento aos dias das Tutorias e ao
calendário das provas.
As avaliações serão todas realizadas na
UNI.
2.5.1. Resultados
O resultado das avaliações será emitido num
prazo de 10 dias úteis e será disponibilizado (via
impresso) no mural e no sítio da escola, podendo esse
último ser acessado pelo aluno por meio de sua senha
pessoal.
O resultado do estágio será emitido mediante
recebimento da ficha de avaliação e acompanhamento
por parte da imobiliária, devidamente preenchida,
assinada e carimbada.
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UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
3. VOCÊ E OS ESTUDOS A DISTÂNCIA:
ORIENTAÇÃO E DICAS PARA O SEU
PERCURSO ACADÊMICO
3.1. Alguns esclarecimentos sobre essa modalidade
de ensino
O estudo por meio de um ambiente virtual de
aprendizagem não é nem mais difícil nem mais fácil
do que num ambiente presencial. É apenas diferente.
O estudo a distância exige muita disciplina.
No curso a distância, é Você e não o professor o
principal responsável pelo processo de aprendizagem.
Você tem a liberdade de estudar de acordo com seu
ritmo e horário, porém existem limites de tempo para
sua conclusão.
Agora vamos enfatizar algumas características
de um curso de educação a distância.
3.2 . Características da Educação a Distância:
� Uma quase permanente separação entre o
professor e o aluno durante o processo de
aprendizagem;
� Influência de uma organização educacional no
planejamento e preparação dos materiais pedagógicos
bem como na disponibilização de serviços de apoio ao
aluno;
A utilização de recursos tecnológicos, com vista
a estabelecer a ligação pedagógica entre aluno e
professor e a suportar os conteúdos do curso.
O estabelecimento de uma comunicação
bidirecional de modo que o aluno possa tirar partido
do diálogo, ou mesmo iniciá-lo;
3.3 . Motivação para Aprendizagem
Entende-se que a motivação é o resultado dos
estímulos que agem com força sobre nós, levando-nos
a ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um
estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa
externa ou proveniente do próprio organismo. Essa
teoria nos dá idéia de um ciclo, o Ciclo Motivacional.
Quando o ciclo motivacional não se realiza
sobrevém a frustração, o que pode levá-lo a assumir
várias atitudes:
a) Comportamento ilógico ou sem normalidade;
b) Agressividade por não poder dar vazão à
insatisfação contida;
c) Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios
e digestivos;
d) Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos;
e) Passividade, moral baixo, má vontade,
pessimismo, resistência às modificações, insegurança,
não colaboração, etc.
Quando a necessidade não é satisfeita, não
significa que Você permanecerá eternamente
frustrado. De alguma maneira a necessidade será
transferida ou compensada, visto que a motivação é
um estado cíclico e constante na vida pessoal.
Maslow apresentou uma teoria da motivação
que é conhecida como uma das mais importantes.
Para ele, as nossas necessidades obedecem a uma
hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem
transpostos. Isto significa que no momento em que
realizamos uma necessidade, surge outra em seu
lugar, exigindo sempre que busquemos meios para
satisfazê-la.
Na teoria de Maslow as necessidades humanas
estão organizadas e dispostas em níveis, numa
hierarquia de importância e de influência, como numa
pirâmide, em cuja base estão as necessidades mais
baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as
necessidades mais elevadas (as necessidades de auto
realização).
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UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Necessidade de Auto Realização;
Necessidade de status e estima;
Necessidades Sociais;
Necessidade de Segurança;
Necessidades Fisiológicas.
Segundo Maslow, as necessidades fisiológicas
constituem a sobrevivência do indivíduo e a
preservação da espécie: alimentação, sono, repouso,
abrigo, etc. As necessidades de segurança constituem a
busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga
e o perigo. As necessidades sociais incluem a
necessidade de associação, de participação, de
aceitação por parte dos companheiros, de troca de
amizade, de afeto e amor. A necessidade de estima
envolve a auto-apreciação, a autoconfiança, a
necessidade de aprovação social e de respeito, de
status, prestígio e consideração, além de desejo de
força e de adequação, de confiança perante o mundo,
independência e autonomia. A necessidade de auto-
realização é a mais elevada, pois a pessoa pode
desenvolver o seu próprio potencial.
A motivação para a aprendizagem está ligada à
necessidades levantadas por Maslow. Pois a educação é
uma peça fundamental para o alcance da segurança, do
afeto (social), da auto estima e da auto realização.
ESQUENTANDO SEU PENSAMENTO
Alguns conceitos sobre motivação
� Em psicologia, motivação é a
força propulsora (desejo) por trás de
todas as ações de um organismo.
pt.wikipedia.org/wiki/Motivação
� Sentimento de uma necessidade.
www.pedagogiaemfoco.pro.br/per09a.htm
� Conjunto de fatores psicológicos (conscientes
ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou
afetiva, às quais agem entre si e determinam a conduta
de um indivíduo, despertando sua vontade e interesse
para uma tarefa ou ação conjunta. A motivação surge
de dentro das pessoas, não há como ser imposta.
Despertar o interesse das pessoas para a Qualidade é
fundamental, uma vez que não se implanta qualidade
por exortação, decretos ou quaisquer mecanismos
coercivos.
www.indg.com.br/info/glossario/glossario.asp
� Qualquer influência que mantém ou
impulsiona o comportamento orientado aos objetivos
das pessoas.
eden.dei.uc.pt/gestao/forum/glossario/index_lr.htm
� Desejo, força, necessidade ou outra
característica interna a cada pessoa que a leva a buscar
a sua satisfação.
www.merkatus.com.br/08_dicionario/m-o.htm
IMPORTANTE
Na busca por novos conhecimentos,
aprimoramento profissional e acadêmico, Você
poderá encontrar no seu caminho algumas
barreiras, tais como:
� Barreiras Situacionais – podem ocorrer em
determinado momento da vida, como por exemplo,
falta de tempo devido compromissos de trabalho ou
familiares.
� Barreiras Institucionais – são provenientes da
própria instituição, no que se refere à exclusão ou
desencorajamento dos trabalhadores adultos de
participar de atividades educacionais, como horários
ou locais inconvenientes, cursos inapropriados etc.
� Barreiras Disposicionais – atitudes e
percepções de ordem pessoais que temos acerca de nós
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UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
mesmos. Por exemplo, pessoas idosas e adultos de
origem mais humilde apresentam menos interesse ou
confiança na capacidade que possuem de aprender.
Assim, muitos alunos usam desculpas
associadas às barreiras situacionais (excesso de
trabalho, falta de tempo, problemas de saúde) para
acobertarem certas percepções pouco positivas que têm
de si próprios e que acabam interferindo no seu
desempenho acadêmico.
É importante atentar para essas barreiras a fim
de superá-las e obter o sucesso que deseja.
4. ORGANIZANDO OS ESTUDOS
As orientações a seguir irão auxiliá-lo(a) a criar
hábitos de estudo.
4.1. Estratégias de Aprendizagem
Você sabe o que são estratégias de
aprendizagem? Você usa alguma?
Segundo Dembo, 1994, as estratégias de
aprendizagem são técnicas ou métodos que usamos para
adquirir a informação.
As estratégias de aprendizagem são definidas
como seqüências de procedimentos ou atividades que
escolhem com o propósito de facilitar a aquisição, o
armazenamento e/ ou a utilização da informação, ou
seja, as estratégias de aprendizagem podem ser
consideradas como qualquer procedimento adotado
para a realização de uma determinada tarefa.
De acordo com Holt (1982), para ser um aluno
de bom rendimento escolar é preciso, entre outras
coisas, que se tenha consciência dos seus próprios
processos mentais e do seu próprio grau de
compreensão. Um aluno com desempenho escolar
satisfatório, além de ser mais eficaz no uso e na
seleção de estratégias de aprendizagem, é sempre
capaz de dizer que não entendeu algo, pois ele está
constantemente monitorando a sua compreensão.
São várias as estratégias de aprendizagem que
podemos usar. Por exemplo:
� Fazer diagramas para entender melhor certos
conceitos.
� Extrair as idéias centrais de um texto.
� Buscar ajuda com o professor ou um colega
quando não compreendeu bem a matéria.
4.2. Aprendendo a Aprender
Para aprender de forma significativa e
autônoma, as estratégias de aprendizagem devem fazer
parte do nosso contexto. Vamos começar pela
administração do tempo.
4.2.1. Administração do Tempo
A administração do tempo envolve dois aspectos
importantes:
� encontrar tempo suficiente para estudar e
� usar bem esse tempo.
Encontrar tempo para estudar
A grande maioria das pessoas tem
compromissos sociais (buscar filhos no colégio,
estudar, passear, sair com os amigos, etc),
compromissos de trabalho (a maioria trabalha o dia
todo) e interesses de lazer (ir ao cinema, assistir
televisão, passear com os filhos).
Em meio a este contexto questiona-se: existe
espaço suficiente entre esses compromissos para
acomodar um tempo para estudos?
Quando adultos, os alunos sempre têm que fazer
escolhas difíceis quando se trata de tempo. Geralmente
quando se tem que optar pelo estudo, significa abrir
mão de algo ou alguma coisa. Este é um dos primeiros
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UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
problemas que você terá que enfrentar – saber planejar
sua vida de forma que ela disponha de espaço para o
trabalho, os estudos e o lazer.
Estudar, geralmente, requer muito tempo.
Assim, você tem que se tornar um expert em “criar
tempo” para acomodar todas as suas atividades. Uma
maneira de tentar conseguir fazer isso é elaborar um
calendário que exemplifique uma semana típica do seu
dia-a-dia.
Dia Seg. Ter. Qua Qui. Sex. Sáb. Dom
M
T
N
O calendário deverá ser preenchido com as suas
atividades, após o preenchimento, verifique quanto
sobrou de tempo para você estudar.
Talvez você encontre algumas dificuldades em
fazer essa atividade, porém não se assuste. Ela
realmente não é fácil, pois levamos uma vida
extremamente corrida e agitada. Mais difícil do que
fazer um planejamento é conseguir cumpri-lo.
Mas cumprir esse planejamento não é
necessariamente o ponto em questão. Mesmo que você
tenha que mudar seus planos constantemente, o
planejamento que você fez é muito importante, porque
as decisões que fazem você mudar de planos forçam
você a pensar sobre “o que está fazendo” e “por que
está fazendo”.
Para evitar perda de tempo, você deve
desenvolver idéias sobre “o tempo de que você
precisa” para realizar determinado tipo de tarefa e por
quanto tempo pode dedicar-se a ela. Você vai
descobrir, por exemplo, que pode fazer certas tarefas
como ler um texto difícil ou escrever algum trabalho
somente quando está descansado e dispõe de muito
tempo pela frente. Por outro lado, tarefas mais fáceis
como organizar suas anotações ou ler o resumo de um
texto, você consegue fazê-las mesmo quando está
cansando ou quando o tempo é curto, como, por
exemplo, entre uma atividade e outra.
Encontrar e usar bem o tempo para estudar são
as duas grandes dicas sobre Administração do Tempo.
5. CONHECENDO O AMBIENTE VIRTUAL DE
APRENDIZAGEM
5.1. Acesso ao Ambiente de Aprendizagem
Os espaços de ensino presencial possuem uma
estrutura física chamada sala de aula. No ambiente
virtual também necessitamos de uma organização para
que ocorra processos de ensino, aprendizagem e
principalmente a interação entre professor-tutor –
alunos e alunos – alunos.
No espaço virtual da UNI você encontrará
espaços de comunicação e interação: simulados, bate-
papo, formulário tira dúvidas, manual do aluno, entre
outros.
Veja a seguir, o que você encontrará no espaço
virtual e como acessar:
1º - Digite o endereço http://www.unidf.com.br
Aparecerá o Sítio da UNI. Neste espaço você
encontrará recursos que o possibilitará conhecer a
estrutura organizacional da escola que escolheu para
concluir seu ensino médio.
2º - Clique no ícone “acesso restrito TTI”, e
aparecerá a seguinte tela:
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UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Nela você deverá digitar seu código de acesso e
senha (disponibilizado pela UNI após a matrícula).
Uma tela será exibida, onde você terá acesso a todos os
recursos do painel administrativo.
Com esses recursos, você pode alterar seus
dados, fazer simulados em dias marcados com a tutoria
e outros alunos, trocar conhecimentos na sala de bate–
papo, enviar seus questionamentos para as respectivas
disciplinas na qual tem encontrado dificuldade através
do formulário tira dúvida, verificar o resultado das
últimas avaliações realizadas e consultar o manual do
aluno.
5.2. Como acessar a Sala Virtual
A Sala Virtual é uma ferramenta de interação
síncrona, isto é, ocorre em tempo real e facilita o
encontro de pessoas que estão geograficamente
distantes.
Por isso, é necessário combinar o horário. É
sempre bom contar com a presença de um moderador
para orientar a discussão. Geralmente, o moderador é
aquele que convida para o encontro.
Ao participar de uma Sala Virtual, é
importante seguir algumas
recomendações:
5.3. Netiqueta aplicada aos Espaços de
Aprendizagem Virtual
Assim como em ambientes presenciais, fazemos
uso de algumas regras que auxiliam a efetividade do
processo de comunicação e a convivência; os espaços
virtuais possuem também as suas. Essas regras
denominadas “Netiqueta” (normas de etiqueta
utilizadas na Internet) e ajudam de forma geral a
convivência dos usuários na rede, favorecendo a
comunicação e a interatividade.
Conheça a seguir as principais regras de
Netiqueta aplicada aos Espaços de Aprendizagem
Virtual. Tenha sempre a mão, elas poderão ser úteis na
hora de escrever suas mensagens.
Regra nº 1 - Atrás da mensagem há uma pessoa
As mensagens são escritas por pessoas como
você que pensam, sentem e agem. Podemos concordar
com elas, complementar o que escreveram ou até
mesmo discordar. Por isso, antes de responder procure
pensar em três perguntas que irão ajudá-lo a achar a
melhor forma de estabelecer a comunicação: o que vou
escrever? Por que vou escrever isto? Como escrever
para que o outro entenda o que quero dizer?
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UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Regra nº 2 - Responda as mensagens e solicite a
resposta
Responda todas as mensagens enviadas por e-
mail. Seja objetivo em suas respostas.
Não inclua todo o conteúdo da mensagem
respondida; deixe o suficiente apenas para indicar os
pontos que você está comentando ou a que frase está
respondendo, apagando o que estiver a mais (inclusive
cabeçalhos, se o programa de e-mail inseri-los na
resposta).
Regra nº 3 - Ao escrever na internet, “fale, não
GRITE!”
Nas mensagens que for enviar via e-mail ou no
bete-papo, escreva normalmente, combinando letras
maiúsculas e minúsculas. Na Internet escrever somente
com letras maiúsculas é o mesmo que GRITAR!
Para enfatizar frases e palavras, em sua
mensagem, use os recursos de sublinhar, negrito,
itálico ou *grifar* (palavras ou frases entre
asteriscos). Frases em maiúsculas são aceitáveis em
títulos e ênfases ou avisos urgentes.
Regra nº 4 - Coloque o “assunto” da mensagem
No e-mail, a linha Assunto ou Subject deve estar
sempre preenchida, de forma clara e objetiva, com o
assunto que será tratado na mensagem.
Isso facilitará o trabalho de quem recebe as
mensagens, pois poderá priorizar a leitura das quais o
assunto seja de maior importância/interesse.
Regra nº 5 - Seja objetivo
As mensagens enviadas por e-mail e as
disponibilizadas no fórum ou no bate-papo devem ser
claras e objetivas. Observe também a correção da
linguagem.
Regra nº 6 - Coloque espaço entre os parágrafos
Coloque linhas em branco entre blocos e
parágrafos do texto das mensagens. O texto ficará mais
organizado e mais fácil de ler, mesmo que a mensagem
seja longa.
Regra nº 7 - Arquivos em anexo (attachments)
Ao enviar arquivos anexados, procure compactá-
los para facilitar o envio e visualização do arquivo pelo
destinatário.
Regra nº 8 - Crie sua assinatura para suas
mensagens por e-mail
É possível você criar o que se chama
"assinatura" para suas mensagens de correio
eletrônico. As assinaturas são arquivos pequenos,
contendo alguma informação sobre você: nome
completo, empresa, cargo, referências de trabalhos e
frases. Não exagere! Essa assinatura deve se restringir
a no máximo quatro linhas.
Torne suas mensagens mais criativas
Quem foi que disse que não é possível
expressar suas expressões faciais pelas
mensagens que você troca por e-mail?
Com o objetivo de tornar possível a expressão
das emoções da pessoa em determinado momento
foram criados símbolos smiley. Alguns dos mais
usados são:
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Técnico em Transações Imobiliárias
Símbolos Significado
:-) Sorriso
:-( Triste
;-) Piscadinha
:-O De boca aberta
:-| Sem graça
Você poderá encontrar outros exemplos no endereço:
http://www.geocities.com/siliconvalley/network/3969/p
ages/smileys.htm
6. APOIO AO ALUNO
Além da comunicação com a equipe docente,
você poderá contar com o apoio da Coordenação, da
Secretaria e dos demais membros da Equipe da UNI.
6.1. Certificação
Declaração e histórico de conclusão - Ao
concluir com a média estipulada pela instituição a
última prova, você deverá fazer um pedido de
declaração e histórico e aguardar um prazo máximo de
15 dias para sua entrega.
Certificados - Os certificados serão emitidos
no prazo máximo de 120 dias após sua conclusão.
Com o certificado em mãos, de uma escola
reconhecida e credenciada pela SEDF, você poderá
prestar concursos públicos, vestibulares e gozar de
todos os direitos legais que a certificação lhe garante.
FINALIZANDO...
Agora que você leu todo o material,
está consciente do seu papel como
gerente do seu curso e dos seus momentos de
estudo, utilize o espaço a seguir para fazer suas
anotações a respeito do calendário das tutorias e
das avaliações.
SUCESSO NO SEU CURSO!
A Direção
CALENDÁRIO DAS TUTORIAS
Dia / Mês/ horários Disciplinas
CALENDÁRIO DE PROVAS
Dia/mês/horário disciplinas
17
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, L. S. Inteligência e aprendizagem: Dos
seus relacionamentos à sua promoção. Psicologia:
Teoria e Pesquisa, 1992.
MOLINA, O. Desenvolvimento de habilidades de
estudo: Uma estratégia ao alcance do professor.
Educação e Seleção, 1983.
___________. Diferenças no desempenho em leitura
com resultado de treinamento em habilidades de estudo.
Educação e Seleção, 1984.
18
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Apostila
Operações Imobiliárias
19
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
SUMÁRIO PÁG.
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 21
I - O CORRETOR DE IMÓVEIS ........................................................................................................... 21
1.1. Definição ....................................................................................................................................... 21
1.2. As Várias Espécies de Corretores ............................................................................................... 22
1.3. Registro ......................................................................................................................................... 23
1.4. A Regulamentação e as Leis ....................................................................................................... 23
1.5. Competências................................................................................................................................ 23
II – TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS..................................................................................................... 24
2.1. O Cliente Proprietário ................................................................................................................. 24
2.1.1. Contactar ............................................................................................................................ 24
2.1.2. Recepcionar......................................................................................................................... 25
2.1.3. Caracterizar ........................................................................................................................ 25
2.1.4. Cadastramento e Vistoria do Imóvel ................................................................................ 26
2.2. O Cliente Comprador ................................................................................................................. 27
2.2.1. Contactar ............................................................................................................................ 27
2.2.2. Atendimento no Escritório ................................................................................................ 27
2.2.3. Visita ao Imóvel .................................................................................................................. 28
2.2.4. A Proposta........................................................................................................................... 28
2.2.5. Contraproposta................................................................................................................... 29
2.2.6. Fechamento do Negócio...................................................................................................... 29
III - BENS IMÓVEIS ............................................................................................................................... 29
3.1. Propriedade .................................................................................................................................. 30
3.2. Direito de propriedade................................................................................................................. 30
3.3. Classificação dos Imóveis ........................................................................................................... 31
IV - LEI DA OFERTA E PROCURA ..................................................................................................... 31
4.1. A oferta ......................................................................................................................................... 32
4.2. Demanda ...................................................................................................................................... 32
V – CONCORRÊNCIA............................................................................................................................. 32
5.1. Concorrência Imperfeita ............................................................................................................. 33
5.2. Concorrência Monopolista .......................................................................................................... 33
5.3. Concorrência pura ou perfeita.................................................................................................... 33
5.4. Concorrência Pública................................................................................................................... 33
VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................ 34
20
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
VII. MODELOS DE FORMULÁRIOS PARA LOCAÇÃO DE IMÓVEIS ........................................ 35
7.1. Procuração – autorização para administração de imóveis ...................................................... 35
7.2. Contrato de Locação.................................................................................................................... 36
7.3. Comunicando Locação ao Proprietário ..................................................................................... 39
7.4. Comunicação de Locação ao Condomínio........................................................................................ 40
7.5. Comunicação ao Locatário de Venda de Imóvel ....................................................................... 41
7.6. Autorização de Venda de Imóveis .............................................................................................. 42
7.7. Recibo de Sinal de Negócio.......................................................................................................... 43
7.8. Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda ....................................................... 44
7.9. Instrumento Particular de Cessão de Direitos........................................................................... 46
7.10. Termo de Visita........................................................................................................................... 48
7.11. Instrumento Particular de Procuração .................................................................................... 49
21
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
INTRODUÇÃO
Caros (as) alunos (as),
Estamos iniciando os estudos
da matéria Operações Imobiliárias.
Para tanto, expomos algumas dicas para que você
tenha sucesso nos seus estudos.
Primeiro lembramos que a área de
Corretor de Imóveis é muito dinâmica e tem um
quadro diversificado de aprendizagem.
Portanto, recomendamos que discuta com
seus tutores e colegas as dúvidas que tiverem com
os conceitos apresentados no material bem como os
problemas e vivências do dia-a-dia, objetivando
assim o compartilhamento de experiências.
Assim, aproveite as oportunidades e boa
sorte!
I - O CORRETOR DE IMÓVEIS
Você já parou para pensar sobre o tema
Corretor de Imóveis?
Antes de dar continuidade a leitura do material
pare e reflita um pouco.
Bom, não há um consenso sobre o termo corretor.
Para alguns, ele vem do latim corrector. Para outros, o
termo teve sua origem no provençal (língua que
predominou no sul da França entre os séculos XI a
XIV) nem cruzamento dos vocábulos corratier com
corredor, por alusão à característica da atividade, qual
seja, correr para chegar primeiro em determinada
diligência com o fim de aproximar interesses. Na Roma
antiga, os corretores eram conhecidos como de grande
importância, pelo papel não só de intermediar os
negócios, mas também de serem intérpretes entre os
negociantes de diversas regiões e de línguas e dialetos
diferentes. Este termo proxeneta, que os Romanos
usavam também para designar a “paga do corretor”,
com o tempo se desvirtuou para um sentido pejorativo
atribuído ao medianeiro de mulheres.
1.1. Definição
A definição atual de corretor é o resultado de
diversas etapas vividas ao longo da história. Várias
eram as exigências impostas àqueles que se dedicavam
à atividade, conforme bem observa Rubens Requião
(1997):
Muitas exigências e normas eram semelhantes
em vários países, a começar pela organização
dos corretores segundo determinadas classes
de mercadorias com que operavam; prestação
de juramento; incorporação em colégios;
incompatibilidade com o exercício de outras
atividades; monopólio da função; a obrigação
de os estrangeiros se servirem de seus
trabalhos.
Excluindo outros tipos de profissionais que
intermedeiam interesses e considerando somente o
corretor de imóveis, podemos defini-lo como:
O profissional que, havendo satisfeito todas
as exigências legais, se encontra apto a
agenciar negócios para terceiros, intervindo
na aproximação de partes interessadas em
transações imobiliárias, procurando eliminar
os pontos divergentes e diminuindo as
distâncias até a otimização do negócio, que é
o seu fechamento. (RESENDE, 2001)
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1.2. As Várias Espécies de Corretores
Prezado aluno, tal como ocorreu em outros
países, também no Brasil a atividade de intermediar
negócios teve diversos segmentos, fazendo com que o
vocábulo corretor fosse sempre acompanhado de um
qualificativo para designar a sua verdadeira função,
como por exemplo Corretor de seguros; de bolsa de
mercadorias, de bolsa de valores, de navios, de imóveis
etc.
Quem primeiro se preocupou com a atividade foi
o Código Comercial, que em 1850, ao entrar em vigor,
em seus artigos 36 a 67 disciplinava a atividade de
corretagem, ou de mediação, definindo aqueles que a
exerciam como “agentes auxiliares do comércio”
voltados para a conclusão de negócios mercantis. Eram
obrigatórias a sua matrícula no Tribunal do Comércio
de seu domicílio e a prestação de fiança idônea, cujo
valor era sempre fixado em razão do giro das transações
nas praças onde tinham suas atividades. Esses tribunais
do Comércio foram extintos em 1875 com a criação das
Juntas Comerciais, que os substituíram. O exercício da
atividade de corretor necessitava, assim, do
preenchimento de certos requisitos especiais e do
cumprimento de obrigações previstas no Código, como
bem exemplificam os artigos 47 e 51:
Art. 47. O corretor é obrigado a fazer assento
exato e metódico de todas as operações que intervier,
tomando nota de cada uma, sendo concluída, em um
caderno manual paginado.
Art. 50. Os assentos do caderno manual deverão
ser lançados diariamente e um protocolo, por cópia
literal, por extenso e sem emendas nem interposições,
guardada a mesma numeração do manual.
O protocolo terá as formalidades exigidas para os
livros dos comerciantes no art. 13, sob pena de não
terem fé os assentos que neles se lançarem, e de uma
multa correspondente à metade da fiança prestada.
O referido protocolo será exibível em juízo, a
requerimento de qualquer interessado, para os exames
necessários, e mesmo oficialmente por ordem dos juízes
e Tribunais do Comércio.
Art. 51. O corretor, cujos livros forem achados
sem as regularidades e formalidades especificadas no
art. 50, ou com falta de declaração de alguma das
individuações mencionadas nos arts. 48 e 49, será
obrigado a indenizar as partes dos prejuízos que daí lhe
resultarem, multado na quantia correspondente à quarta
parte da fiança, e suspenso por tempo de 3 (três) a 6
(seis) meses. No caso de reincidência será punido com a
multa de metade da fiança, e perderá o ofício.
O conceito de corretor, pelo Código Comercial,
era tão somente o de aproximador dos comerciantes,
levando-os a contratar entre si, servindo como
intermediário nas negociações de caráter mercantil e
como tal, limitava-se a receber a proposta de um
comerciante para levá-la a outro.
Se o Código Comercial se referia apenas a esse
tipo de corretagem mercantil, o Código Civil de 1916,
por sua vez, ignorou a profissão de corretor. Deu ênfase
às diversas modalidades de contrato de corretagem,
baseando-se no princípio da bilateralidade e na
autonomia da vontade, constituindo-se uma obrigação
de resultado e não de meio. Aliás, essa postura do nosso
Código Civil prende-se a uma corrente majoritária
defensora do princípio de que o corretor só fará jus à
remuneração, não pelo serviço prestado, mas, pelo
resultado desse serviço. Maria Helena Diniz (1993),
citando Spencer Vampré, diz que: “a comissão só é
devida ao corretor, depois de concluídos os seus
serviços, pelo acordo das partes, embora mais tarde não
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seja este efetivamente levado a efeito, ou haja
arrependimento”.
1.3. Registro
Todos corretores de Imóveis têm por obrigação
estar inscrito e em dia com suas obrigações junto ao
CRECI/SC.
Atenção!
O Corretor de Imóveis se identifica
facilmente através da Cédula de
Identidade expedida pelo CRECI (de cor verde), ou
da Carteira Profissional, também expedida pelo
CRECI (de cor vermelha).
1.4. A Regulamentação e as Leis
A regulamentação da profissão de Corretor de
Imóveis data de 27 de agosto de 1962, por ocasião da
sanção, pelo então Presidente do Senado Federal,
Senador Auro Soares de Moura Andrade, da Lei nº
4.116. Por este motivo, o Dia Nacional do Corretor de
Imóveis se comemora em 27 de agosto. A
modernização dos tempos e das próprias leis, levou o
então Ministro do Trabalho, Arnaldo da Costa Prieto a
apresentar ao Congresso Nacional, Projeto que se
transformou na Lei nº 6.530/78, sancionada em 12 de
maio de 1978 e regulamentada em 29 de junho do
mesmo ano pelo Decreto nº 81.871/78. Esses Diplomas
legais regulamentam até hoje a profissão e criaram o
Conselho Federal e os Regionais como órgãos de
disciplina e fiscalização do exercício da profissão,
constituídos em autarquia, dotada de personalidade
jurídica de direito público, com autonomia
administrativa, operacional e financeira.
Conforme determina o Artigo 2º da Lei nº
6.530/78 e o Artigo 1º do Decreto nº 81.871/78 "o
exercício da Profissão de Corretor de Imóveis será
permitido ao possuidor do título de Técnico em
Transações Imobiliárias". O título a que se refere esses
Artigos é o Diploma fornecido pelo Estabelecimento de
Ensino ao concluinte do curso de Técnico em
Transações Imobiliárias - TTI. Por se tratar de curso
técnico, o interessado deve ter concluído o 2º Grau ou
estar cursando, simultaneamente com o TTI, a 3ª série
do 2º Grau. Após a habilitação profissional e de posse
do Diploma, o interessado deverá se dirigir ao Conselho
Regional de sua jurisdição, a fim de promover sua
inscrição. Portanto, os interessados em exercer a
profissão de Corretor de Imóveis que não atendam esses
requisitos e, mesmo assim, insistam em exercê-la, estão
infringindo ao Artigo 47 do Decreto-Lei nº 3.688, de 03
de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais),
passíveis assim, de punição na forma da Lei.
As atribuições do Corretor de Imóveis poderão
ser exercidas, também, por Pessoa Jurídica, desde que,
se inscreva no CRECI e tenha como sócio-gerente ou
Diretor um Corretor de Imóveis individualmente
inscrito e sujeita-se aos mesmos deveres e tem os
mesmos direitos das Pessoas Físicas (Art. 6º da Lei nº
6.530 e Art. 3º do Decreto 81.871).
1.5. Competências
Seguramente você já percebeu que o
corretor de imóveis deve apresentar
algumas competências para desenvolver o
trabalho com eficiência. Vejamos agora o que
compete a você enquanto corretor de imóveis.
Compete ao Corretor de Imóveis exercer a
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intermediação na compra, venda, permuta e locação de
imóveis, podendo, ainda, opinar quanto à
comercialização imobiliária. (Art. 3º da Lei nº 6.530 e
Art. 2º do Decreto nº 81.871).
Mas para exercer a sua função, o corretor deve
firmar um contrato de mediação com o dono do imóvel.
Esse documento deve ser feito em duas vias e assinado
por ambos. Nele devem constar ainda o valor e
condições de venda, a porcentagem ajustada e o
estabelecimento do prazo que o corretor complete a
mediação. Os corretores sindicalizados possuem uma
série de benefícios, como por exemplo, um preço
especial na colocação de anúncios de publicidade de
imóveis, sendo que deve constar no anúncio o nome por
extenso, do corretor e seu endereço, além do número do
CRECI.
Depois de ter estudado sobre o
conceito, o histórico e a regulamentação
da profissão “Corretor de Imóveis”, você
está preparado para aprender sobre as Transações
Imobiliárias, tema que será abordado a seguir.
II – TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
As transações imobiliárias acontecem e se
sucedem a todo momento, em qualquer lugar do país,
seja nas grandes metrópoles, seja nas pequenas cidades
brasileiras, indo desde pequenos lotes urbanos até
grandes propriedades rurais, passando por modestas
moradias, mansões, prédios industriais e comerciais e
mais uma grande variedade de imóveis. De um lado,
estão aqueles que incorporam, aqueles que constroem,
os que fazem o loteamento, os locadores, aqueles que
simplesmente deseja vender o que lhe pertence. De
outro lado, estão os que compram para uso, os que
compram para investir, os locatários e muitos outros
que esporadicamente vão a um cartório receber a
escritura.
O que há de comum em todos eles é que os seus
interesses são antagônicos. Quem vende quer o melhor
preço nivelado por cima. Já o que compra, quer este
preço nivelado por baixo. Entre um e outro está o
corretor, como o elo de ligação, diminuindo a distância
entre esses níveis.
Um corretor não se improvisa, se constrói. Essa
construção é feita em razão da capacidade do
profissional em conhecer bem esses dois lados do
cliente, seja na posição de vendedor, seja na de
comprador.
O vendedor pode ser um construtor, um
incorporador ou um loteador, que, sendo conhecedor
das leis das incorporações, terá muito mais cuidado na
elaboração dos documentos próprios de seu negócio.
Também o corretor necessita estar no mesmo nível de
conhecimento, sob pena de perder a credibilidade deste
tipo de cliente que, sendo um vendedor constante,
torna-se mais exigente pelos serviços que lhe são
prestados.
Uma vez alçado à condição de representante do
proprietário para a venda de determinado imóvel, o
corretor, ao partir para a busca do cliente certo, terá de
aplicar todo o seu conhecimento acerca do imóvel em
si, dos preços de mercado, das particularidades quanto
aos planos de pagamento, às taxas de juros, às multas
por inadimplência a mais uma série de situações que se
estipulam nos contratos de compra e venda, cuja
redação, nem sempre clara, poderá trazer dissabores às
partes o que, consequentemente, imputará culpa ao
profissional ou à imobiliária que intermediou o negócio.
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Tratando-se de locação, os cuidados deverão ter o
mesmo tratamento. O locador quer ter a certeza e a
tranqüilidade de que seu imóvel encontra-se
administrado com competência, com zelo e com a fiel
observância às leis que regem as relações locatícias e
sobretudo, com o necessário cuidado na escolha do
inquilino e as suas garantias para o cumprimento das
obrigações pactuadas.
Por sua vez, o locatário quer a segurança de que
o imóvel que lhe é locado está livre e desimpedido para
os fins propostos e de que os seus direitos previstos na
legislação serão observados e de que não será
molestado injusta ou desnecessariamente. Esta
confiança é fundamental para uma harmoniosa locação,
uma vez que o proprietário ao ceder em locação a sua
propriedade, só conserva o domínio porque o uso e a
posse é transferida para o inquilino.
2.1. O Cliente Proprietário
2.1.1. Contactar
Onde está o imóvel e quem é o seu proprietário?
Este é um dos pilares básicos da atividade imobiliária.
Sempre há alguém querendo vender algum imóvel.
Numa linha mais conservadora, há aqueles que
querem vender. Porém não admitem a intermediação.
Têm prevenção contra corretores de imóveis. Acreditam
que procurando diretamente o comprador podem vender
mais barato já que não tem de pagar corretagem e sendo
mais barato vendem mais rápido. A sociedade caminha
a passos largos rumo à especialização de todas as suas
atividades. Cada um deve fazer o que sabe e acima de
tudo fazer bem feito. Ora, quem sabe vender imóvel é
corretor de imóvel e não proprietário de imóvel. Está aí
o ponto de partida para o corretor fazer as
argumentações ao contactar um imóvel e seu
proprietário. É o momento dele vender a sua imagem e
de sua empresa, quando o seu trabalho for pelo sistema
de parceria.
O primeiro contato é muito importante para que o
corretor ganhe a simpatia do proprietário. Esta primeira
abordagem poderá ser feita por telefone ou
pessoalmente. O telefone só deverá ser usado com o fim
de criar a condição de uma visita, jamais para definir
todas as condições para se trabalhar o imóvel.
2.1.2. Recepcionar
Uma vez feito o contato inicial, por telefone,
deverá o corretor provocar uma visita ao proprietário
para pessoalmente oferecer os seus serviços, formalizar
o documento de autorização e conhecer o imóvel. Nem
toda visita resultará em uma opção de venda, porém
toda visita tem alguma forma de retorno, dependendo
naturalmente da maneira com que o corretor se posta
diante do proprietário. A formalidade no tratamento é
imprescindível, ainda que o proprietário seja um
conhecido amigo ou cliente de operações. Ao se falar
de negócios não se pode enveredar por assuntos que não
trazem contribuição alguma aos objetivos da visita,
excetuando-se, é claro, quando a iniciativa é do
proprietário que em alguns casos gosta de uma boa
prosa.
Atenção! O bom profissional deve exercitar
a observação do comportamento do cliente.
2.1.3. Caracterizar
Caracterizar o imóvel é o mesmo que fazer o
“retrato falado” ou seja, descrevê-lo de tal modo que
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qualquer pessoa ao ler o texto descritivo possa imaginar
com o maior grau de fidelidade as informações ali
contidas. Não se pode e não se deve colocar dados
exagerados sobre as dimensões do imóvel, nem
tampouco enobrecer os materiais empregados, se eles
são de qualidade normal. Descrever uma sala de visita
como sendo de dois ambientes, quando na verdade ela
não tem mais do que 16 metros quadrados, pode levar o
cliente a duas conclusões: ou o corretor é desonesto, ou
não tem noção de espaço. Em qualquer das hipóteses, o
resultado é desastroso, podendo inclusive ir de encontro
às proibições contidas no Código de Defesa do
Consumidor, quando se trata de informações enganosas.
A caracterização do imóvel é que cria a primeira
impressão ao cliente. Esta primeira impressão poderá
resultar em decepção quando for feita a visita de
conhecimento e se constatar que a realidade é outra.
O Corretor deve ter portanto, o máximo cuidado
ao fazer a ficha para um imóvel ser colocado a venda.
Ele deve descrever primeiro a parte social, depois a
parte íntima e por último a parte de serviço. Essa
seqüência tem uma lógica: as pessoas sempre se
preocupam em transmitir uma boa imagem de onde
moram, e naturalmente é na parte social que são
recebidas as visitas e amigos. É também onde há o
impacto do primeiro encontro entre o cliente e o
imóvel. O segundo elemento a ser descrito deverá ser
sempre a parte íntima, pois há pessoas que querem ter
o conforto em seu repouso. É o seu lugar de descanso e
como tal, deve ser aconchegante. Por último, vem a
parte de serviço, que é o lugar em que os membros da
família permanecem por menos tempo, sendo de
preocupação secundária os seus possíveis defeitos.
2.1.4. Cadastramento e Vistoria do Imóvel
Cadastrar um imóvel é colocá-lo em condições de
ser oferecido. É dar todas as informações necessárias
para que o comprador tenha conhecimento pleno da
situação física, documental e financeira do bem
pretendido. A situação física é aquela constante do item
anterior. A documental deve igualmente ser
transparente na sua veracidade e objetiva na sua
espécie. Informar se determinada construção não tem o
“habite-se” ou se não está averbada constitui mais do
que um dever; é questão de obrigação. Constar o
número de matrícula, ou o registro, ou a inscrição na
prefeitura, é procedimento normal a que todo corretor
deverá estar habituado. Por último, deve ser bem clara a
situação financeira do bem a venda. Se é quitada,
financiado, hipotecado ou se recai sobre ele algum
ônus, são dados de capital importância, pois é a parte
financeira que mais pesa na hora de uma transação
imobiliária. Tratando-se de imóvel financiado, as
informações complementares são indispensáveis, quais
sejam:
� agente financeiro;
� prazo de financiamento;
� as prestações vincendas;
� o valor atual da prestação;
� sistema de amortização;
� o prazo para transferência etc.
Uma vez cadastrado o imóvel e tendo sido bem
captado, a venda é uma questão de tempo. É aí que se
aplica a mágica fórmula dos três “P” para o sucesso de
uma transação: um bom ponto, uma boa planta e uma
boa forma de pagamento.
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2.2. O Cliente Comprador
2.2.1. Contactar
A busca do cliente comprador representa um
grande percentual do tempo de trabalho do corretor.
Formar uma carteira de clientes interessados na
aquisição de um imóvel não é tarefa fácil. Por isso, o
profissional deve usar toda sua capacidade de trabalho
para criar uma empatia entre si e o cliente, objetivando
encontrar imóvel que lhe sirva e nas condições que lhe
sejam convenientes. Muitas são as formas de buscar
esse cliente, sendo as mais usadas as seguintes:
a) anúncios com telefone para contato;
b) plantão no escritório;
c) plantão em stand de vendas, quando se trata de
lançamento;
d) placas afixadas no imóvel que se pretende
vender etc.
Cada uma dessas modalidades requer uma
forma diferente de conversa inicial. Quando se trata de
cliente vindo por determinado anúncio, a tarefa é
detalhar as informações, já que os anúncios são feitos
de forma muito sintética. O interessado tem uma
primeira noção do que está a venda, procura o corretor e
só depois é que conhece o imóvel. Já o plantão no
escritório serve para receber o cliente que quer uma
mercadoria e procura a empresa para tomar maiores
informações. Ele não tem conhecimento algum do bem
procurado. Chega, expõe o que procura e depois de feita
uma triagem é que se parte para a visita. O stand de
vendas, por sua vez, recebe a visita do possível
interessado, que já fica conhecendo alguma coisa pelo
próprio visual da obra em construção. Por último com
grande eficácia encontram-se as placas com anúncio de
venda ou aluguel. Nessa modalidade, primeiro o cliente
tem o contato externo com o imóvel e só depois é que
se dá a sua aproximação com o vendedor.
Em qualquer dos casos aqui mencionados, o
corretor deve ser objetivo nas informações ao mesmo
tempo que procura descobrir o que realmente pode
interessar ao cliente. Não se trata ainda de fechar um
negócio, porém de criar uma aproximação com o futuro
comprador. A arte de fechar um negócio começa pela
arte de fazer um primeiro contato.
2.2.2. Atendimento no Escritório
Quando o cliente se encontra no escritório, o
corretor deve procurar criar um ambiente de certa
privacidade, ainda que seja um amplo salão de vendas.
A conversa deve ser feita em tom mais reservado. O
comprador não quer nem gosta de sentir-se
constrangido no meio de pessoas estranhas, no
momento em que está expondo sua necessidade e
revelando sua capacidade financeira. O bom
profissional não pode permitir que outros corretores
interfiram nas negociações, ainda que com intenção de
ajudar.
Quando o cliente chega a ir ao escritório, é
porque está realmente decidido a fazer um negócio.
Trata-se de um comprador em potencial. A ele todas as
atenções devem ser dispensadas. Sobre o imóvel seja de
terceiro, seja de lançamento, deve o corretor se
empenhar em transmitir todas as informações e dados
ao cliente, ao mesmo tempo que deve com sutileza e
perspicácia, descobrir os possíveis pontos de entrave na
decisão final. Quando o comprador for um casal, o
cuidado deverá ser redobrado. Jamais deve interferir na
conversa quando entre si estiverem dando opiniões
contraditórias. Qualquer palavra do corretor poderá
indispor uma das partes e aí facilmente poderá estar
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sendo criada uma barreira, muitas vezes intransponível,
fazendo com que todo um trabalho de desmorone.
2.2.3. Visita ao Imóvel
Existem certos clientes que gostam de visitar uma
infinidade de imóveis. Trata-se do comprador que
sonha em achar o melhor imóvel pelo menor preço.
Alguns nem sabem ainda o que querem. Outros são
detalhistas e qualquer ponto negativo de um imóvel é o
bastante para que ele queira ver outro. Mais uma vez o
espírito de observação e análise do profissional é
fundamental. Aquele cliente que demonstra
insegurança, dificilmente irá decidir por um imóvel se
ele tiver visitado dez. A sua insegurança lhe traz a
dúvida, e a dúvida lhe traz o medo, e o medo não o
deixa decidir, adiando até meses uma definição, que
pode mesmo até não acontecer.
É no roteiro das visitas aos imóveis que o
corretor vai ganhando a simpatia e a
confiança do cliente ou no sentido
inverso, vai perdendo-o à medida que vai
mostrando e querendo arrancar uma proposta logo
de início.
O comprador quer pensar, analisar e só depois
manifestar seu interesse. O mais prudente é que o
corretor, após mostrar os imóveis, faça a clássica
pergunta: Dos imóveis visitados, qual o que realmente
atende à sua expectativa? se a resposta for indicativa de
determinado imóvel, aí sim, a segunda pergunta deverá
ser feita já em tom afirmativo: vamos então formalizar
uma proposta para início de negociações? Entretanto, se
feita a primeira pergunta e a resposta for vaga ou cheia
de evasivas, o mais conveniente é partir para a pergunta
alternativa: O (a) senhor (a) gostaria de conhecer outros
imóveis? Neste caso o corretor deverá correr atrás de
novas mercadorias, ou seja, deverá estar sempre pronto
a se adaptar às situações advindas do comportamento
do comprador em face das visitas aos imóveis.
2.2.4. A Proposta
Uma vez definido o imóvel que interessa ao
cliente, o passo seguinte é formalizar uma proposta, que
deverá sempre ser por escrito. As consultas verbais
deverão ser abolidas definitivamente do vocabulário do
corretor. Além de não darem garantia alguma do real
interesse do comprador, podem ainda vir a prejudicar o
profissional, quando do recebimento de sua comissão.
Casos há em que o possível comprador faz a proposta
verbal, o vendedor aceita, e na hora da finalização
surgem dúvidas de ambas as partes, cada um
procurando defender seu interesse e conveniência.
Se o cliente tem interesse por determinado
imóvel, isto deverá ser manifestado de forma escrita em
proposta clara quanto ao preço e a forma de pagamento.
Muitos corretores já passaram pela experiência de
atender a uma pessoa que diz estar procurando um
imóvel para pagamento à vista, mas na hora da
proposta, este seu “a vista” é com carta de crédito, com
o FGTS, ou ainda com algum bem como parte de
pagamento. Detalhar a forma de pagamento e demais
condições propostas ao proprietário, além de dar maior
credibilidade ao negócio, demonstra o grau de
profissionalismo do corretor e evidencia o trabalho por
ele desenvolvido. Encaminhada a proposta ao vendedor,
ficam as duas alternativas de aceitar tal como foi
proposto ou recusá-la e fazer a contraproposta.
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2.2.5. Contraproposta
A contraproposta é uma rotina no mercado
imobiliário. Dificilmente o comprador paga o preço
inicialmente pedido, e igualmente difícil é que o
proprietário aceite o preço proposto. É neste vai-e-vem
de proposta e contraproposta que o corretor exerce o
seu duplo papel de procurador. Quando ele leva uma
proposta ao dono do imóvel, está representando o
comprador. Não tendo sido ela aceita, mas havendo a
contra-oferta, o seu papel deixa de ser o de representar
o comprador, transmutando-se em representante do
vendedor. Esta mobilidade exige do corretor uma dose
de equilíbrio e sensatez, a fim de eliminar os pontos
divergentes e aproximar as partes, até que entre elas não
mais existam pontos de atrito e o negócio possa ser
finalmente fechado. Tanto a proposta como também a
contraproposta deverá ser por escrito, e esta deverá
igualmente trazer todas as informações sobre em que
condições o proprietário se dispõe a modificar o preço
inicialmente pedido.
2.2.6. Fechamento do Negócio
Estando devidamente formalizado, apresentado
ao comprador e havendo a aceitação o negócio estará
fechado. Entretanto, se houver ainda alguns pontos a
serem ajustados, chegou a hora de marcar um encontro
entre as partes, no qual o corretor passa a ser o
mediador da negociação até a conclusão final. Quando
comprador e vendedor se encontram, por proposta do
corretor, dificilmente a negociação deixa de ser
realizada. A não ser por alguma informação omitida por
um dos interessados, a tendência é de o fechamento se
realizar. Uma vez fechada a transação, o passo seguinte
é ir para o cartório ou assinar um compromisso de
compra e venda, dependendo tudo das particularidades
de cada negociação. Este é o roteiro quando a transação
é feita entre particulares ou com imóvel pronto da
construtora.
Tratando-se de imóvel em construção, deverá o
corretor ater-se às modalidades do construtor e proceder
de conformidade com as normas internas da empresa,
sem, contudo deixar de colocar o comprador bem a par
da inúmeras cláusulas que normalmente constam dos
contratos de compra e venda para entrega futura. Para
cada condição de venda há um certo tipo de direito ou
de obrigação atribuídos a uma das partes.
Muitas empresas preferem que o fechamento de
um negócio seja feito pelo gerente ou pelo próprio dono
da imobiliária. Ao corretor fica o encargo de mostrar a
mercadoria e levar o cliente comprador até ao
escritório. Trata-se de uma questão de normas de cada
empresa. A origem disso está no fato de que muitos
corretores não prestavam as informações devidamente
corretas a uma das partes, acarretando com isso muitos
dissabores: muitas transações praticamente realizadas se
desfaziam quando a verdadeira situação do imóvel
vinha à tona.
Agora, você já sabe os tramites de
uma transação imobiliária. Vamos
analisar a parte jurídica deste processo.
III - BENS IMÓVEIS
Numa visão jurídica, todas as coisas que existem
na natureza, sejam corpóreas ou incorpóreas, desde que
pertençam a alguém ou tenha algum valor econômico,
são consideradas bens. Assim só é possível existir o
bem se houver a coisa, o dono é um significado
econômico.
Entre os diversos bens juridicamente
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considerados, encontram-se os bens imóveis, definidos:
como aqueles que, por natureza ou por
destino, não podem ser removidos de um
lugar para outro, sem perda de sua forma
ou substância. (RESENDE, 2001)
Aos bens sobre os quais se exerce o direito de
usar, gozar, dispor e reaver de quem injustamente os
possua dá-se o nome de propriedade; e quando se trata
de imóvel, tem-se a propriedade imóvel.
3.1. Propriedade
O conceito de propriedade variou com o tempo;
entretanto, o significado tem-se mantido fiel às suas
origens. Está sempre ligado ao que é particular, próprio,
peculiar de uma coisa que é inseparável de outra ou que
a ela pertence. É pois a condição em que se encontra a
coisa, em caráter próprio e exclusivo a determinada
pessoa. (RESENDE, 2001).
3.2. Direito de propriedade
Questão que sempre desperta polêmica é o
fundamento do direito de propriedade. Existem diversas
teorias, todas elas com seus defensores e opositores,
com defesas e argumentações que vão da vontade
divina, ao assentimento universal, da ocupação, da
função social etc.
Nos estados modernos, a tendência é cada vez
mais acentuada no sentido de tornar a propriedade
como um fator de função social, principalmente a
propriedade de terras, como bem observa Sílvio
Rodrigues (1997), que assim se expressa:
Toda a legislação sobre a reforma agrária
se inspira no princípio de que o direito de
propriedade deve ser exercido de acordo
com a sua função social. De fato, a grande
linha da reforma agrária é em síntese uma
só: combater os latifúndios e minifúndios
improdutivos, a fim de proporcionar o
surgimento e a difusão de uma propriedade
agrícola de produção adequada.
Discorrendo sobre a importância e amplitude da
propriedade como a personalização do direito de um
titular, Caio Mário da Silva Pereira (1984) afirma
questão
a propriedade é o direito subjetivo padrão,
dado que confere ao sujeito toda uma
gama de poderes, e encontra na ordem
jurídica toda sorte de proteções: A
Constituição o assegura, o Direito Civil o
desenvolve, o Direito Processual oferece
as ações defensivas, o Direito Penal pune
os atentados contra a propriedade e o
Direito Administrativo, vários de seus
aspectos.
Com efeito, toda e qualquer pessoa pode adquirir
uma propriedade, conforme lhe é assegurado pela
Constituição, que em seu artigo 5º, inciso XXII, diz: “é
assegurado o direito de propriedade”. Importante
observar que, ao mesmo tempo que assegura ao cidadão
o direito de adquirir uma propriedade, faz uma ressalva
logo em seguida, quando, nos incisos XXIII e XXIV,
preceitua que “a propriedade atenderá a sua função
social” e que “a lei estabelecerá o procedimento para
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou
por interesse social, mediante justa e prévia indenização
em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição”.
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O Código Civil, por sua vez, no artigo 524,
assegura ao proprietário o “direito de usar, gozar e
dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de quem
quer que injustamente os possua”. Todavia, esse direito
de dispor está condicionado a certos requisitos
regulados por lei, para assegurar direitos de terceiros.
Atenção! Na análise do artigo, devemos
observar o que vem a ser usar, gozar,
dispor e reaver um bem.
a) DIREITO DE USAR: é o fato de a coisa estar
a serviço de seu titular, sem que haja modificações em
sua substância. É o direito de ser usada a coisa
conforme os desejos da pessoa a quem pertence.
b) DIREITO DE GOZAR: é a prerrogativa do
poder de exploração da coisa economicamente, tirando
dela todas as suas utilidades, seus frutos e produtos.
c) DIRETO DE DISPOR: tem a amplitude de
dar ao proprietário o poder de destinar a coisa como lhe
convier, podendo alienar, gravar com ônus, transformá-
la, doá-la, destrui-la etc., respeitando, todavia, o direito
de outrem, que não poderá ser prejudicado em razão do
mau uso da coisa por quem legitimamente é o seu
proprietário. Para se dispor dela, é necessário provar
que além da legitimidade da propriedade, há também a
liberdade para transferi-la a outrem, o que se efetiva
com as certidões para fins imobiliários.
d) DIREITO DE REAVER A COISA: se para
usar, gozar e dispor o proprietário precisa, antes de
tudo, ter a posse da coisa, a lei lhe dá o direito de reavê-
la daquele que, injustamente, a detém. Se o dono foi
privado de seu bem, tem ele o direito de recuperar o seu
domínio. Diversas são as ações que o proprietário pode
intentar para reaver a coisa, sendo a principal delas a
reivindicatória.
3.3. Classificação dos Imóveis
Muitas são as formas com que se pode classificar
a propriedade imóvel. Isto depende da ótica com que se
quer estudá-la, já que está presente em todos os
segmentos do indivíduo, de sua família, de sua
sociedade, de sua cultura, de seu país. No Direito
Brasileiro, de acordo com o Código Civil, (Artigo 43),
os bens imóveis podem ser classificados em:
I – imóveis por sua natureza;
II – imóveis por acessão física artificial;
III – imóveis por acessão intelectual;
Numa visão mais ampla, observando a ótica
jurídica e considerando também seus aspectos
econômicos, tributários e políticos, podemos considerar
que o imóvel em nosso país admite sua classificação em
quatro grupos, cada um deles por sua vez admitindo
desdobramentos. Nestes termos, o imóvel pode ser:
� público ou privado;
� individual ou coletivo;
� urbano ou rural;
� natural ou por acessão.
IV - LEI DA OFERTA E PROCURA
Em economia, a Lei da Oferta e Procura é a lei
que estabelece a relação entre a demanda de um produto
- isto é, a procura - e a quantidade que é oferecida, a
oferta. A partir dela, é possível descrever o
comportamento preponderante dos consumidores na
aquisição de bens e serviços em determinados períodos,
em função de quantidades e preços. Nos períodos em
que a oferta de um determinado produto excede muito a
procura, seu preço tende a cair. Já em períodos nos
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quais a demanda passa a superar a oferta, a tendência é
o aumento do preço.
A estabilização da relação entre a oferta e a
procura leva, em primeira análise, a uma estabilização
do preço. Uma possível concorrência, por exemplo,
pode desequilibrar essas relações, provocando
alterações de preço.
Ao contrário do que pode parecer a princípio, o
comportamento da sociedade não é influenciado apenas
pelos preços. O valor de um produto pode ser um
estímulo positivo ou negativo para que os consumidores
adquiram os serviços que necessitam, mas não é o
único.
Existem outros elementos a serem considerados
nesta equação, entre eles:
� Os desejos e necessidades das pessoas;
� O poder de compra;
� A disponibilidade dos serviços;
Da mesma forma que a oferta exerce uma
influência sobre a procura dos consumidores, a
freqüência com que as pessoas buscam determinados
produtos também pode aumentar e diminuir os preços
dos bens e serviços.
4.1. A oferta
A oferta pode ser entendida como:
a) a quantidade de um produto ou serviço
produzido e oferecido no mercado, por um determinado
preço em um dado período. Volume de bens e serviços
colocados assim à disposição da demanda.
b) uma denominação genérica para indicar o que
é disponibilizado ao mercado, independente da sua
natureza. Neste caso é utilizada para substituir a
expressão “produto ou serviço” e também englobar os
outros elementos que são objeto das ações de marketing
(Ex.: locais, idéias e emoções)
c) indica uma condição de venda especial
(promoção de vendas) na qual o valor percebido pelo
cliente é maximizado.
4.2. Demanda
A demanda é a quantidade de um bem ou serviço
que pode ser adquirido por um preço definido em um
dado mercado, durante uma unidade de tempo. A
demanda sempre influencia a oferta, ou seja, é a
demanda que determina o movimento da oferta.
A demanda é o desejo ou necessidade apoiadas
pela capacidade e intenção de compra.
Assim, a demanda só vai acontecer se um
consumidor tiver um desejo ou necessidade, se ele tiver
condições financeiras para suprir sua necessidade ou
desejo, e se ele tiver intenção de satisfazê-los.
Sempre que damos prioridade para o consumo de
alguma coisa, em detrimento de outra, estamos
demonstrando nossa intenção de consumir “aquela
alguma coisa”, e não “outra”.
Para as empresas, além de identificar os desejos e
as necessidades de seus consumidores, é muito
importante identificar a demanda para um determinado
produto ou serviço, pois é ela que vai dizer o quanto se
comprará da oferta da empresa. Isto é, quem e quantos
são os consumidores que irão adquirir o produto ou
serviço.
V – CONCORRÊNCIA
Também chamada livre-concorrência. Situação
do regime de iniciativa privada em que as empresas
competem entre si. Nessas condições, os preços de
mercado formam-se perfeitamente segundo a correção
entre oferta e procura, sem interferência predominante
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de compradores ou vendedores isolados. Os capitais
podem então, circular livremente entre os vários ramos
e setores, transferindo-se dos menos rentáveis para os
mais rentáveis em cada conjuntura econômica.
A livre concorrência entre capitalista constitui a
situação ideal para a distribuição mais eficaz dos bens
entre as empresas e os consumidores.
5.1. Concorrência Imperfeita
Situação de mercado entre a concorrência
perfeita e o monopólio absoluto - e que, na prática,
corresponde a grande maioria das situações reais.
Caracteriza-se sobretudo pela possibilidade de os
vendedores influenciarem a demanda e os preços por
vários meios (diferenciação de produtos, publicidade,
dumping).
5.2. Concorrência Monopolista
Monopólio é quando só existe uma única
empresa produtora de um bem no mercado, não
existindo nenhum bem substituto próximo, este modelo
faz com que seja quase impossível entrarem novas
empresas concorrentes no mercado, pois a empresa
detém a cota de mercado.
5.3. Concorrência pura ou perfeita
É um tipo de mercado em que há um grande
número de vendedores (empresas), de tal sorte que uma
empresa, isoladamente, por ser insignificante, não afeta
os níveis de oferta do mercado e, conseqüentemente, o
preço de equilíbrio. É um mercado "atomizado", pois é
composto de um número expressivo de empresas, como
se fossem átomos. Nesse tipo de mercado devem
prevalecer ainda as seguintes premissas:
� Produtos homogêneos: Não existe diferenciação
entre produtos ofertados pelas empresas concorrentes.
� Não existem barreiras para o ingresso de
empresas no mercado.
� Transparência do mercado: Todas as
informações sobre lucros, preços etc. são conhecidas
por todos os participantes do mercado.
Em concorrência perfeita, como o mercado é
transparente, se existirem lucros extraordinários, isso
atrairá novas firmas para o mercado, pois que também
não há barreiras ao acesso. Com o aumento da oferta de
mercado (devido ao aumento no número de empresas),
os preços de mercado tenderão a cair, e
conseqüentemente os lucros extras, até chegar-se a uma
situação onde só existirão lucros normais, cessando o
ingresso de novas empresas nesse mercado.
Deve-se salientar que, na realidade, não há o
mercado tipicamente de concorrência perfeita no mundo
real, sendo talvez o mercado de produtos
hortifrutigranjeiros o exemplo mais próximo que se
poderia apontar.
5.4. Concorrência Pública
A concorrência pública é a modalidade de
licitação que se realiza, com ampla publicidade, para
assegurar a participação de quaisquer interessados que
preencham os requisitos previstos no edital
convocatório.
Configura-se como a espécie apropriada para os
contratos de grande vulto, grande valor, não se exigindo
registro prévio ou cadastro dos interessados, cumprindo
que satisfaçam as condições prescritas em edital, que
deve ser publicado com, no mínimo, trinta dias de
intervalo entre a publicação e o recebimento das
propostas. Caso seja adotado um certame de acordo
com os tipos, como os de menor preço, técnica e preço
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e melhor técnica, esse intervalo mínimo é dilatado para
quarenta e cinco dias.
Estimando-se o valor do contrato posterior, a
concorrência é a modalidade obrigatória em razão de
determinados limites, que por sua vez se sujeitam a
revisões periódicas. Contudo, independentemente do
valor, a lei prevê que a modalidade concorrência deve
ser adotada nos seguintes casos:
a) compra de bens imóveis;
b) alienações de bens imóveis para as quais não
tenha sido adotada a modalidade leilão;
c) concessões de direito real de uso, serviço ou
obra pública;
d) licitações internacionais.
Além desses casos específicos previstos, versa o
Estatuto das Licitações e Contratos Públicos que a
concorrência é obrigatória quando, em havendo
parcelamento, o valor das licitações das parcelas, em
conjunto, correspondam ao montante igual ou superior
ao previsto para a modalidade concorrência.
Procedimento governamental destinado a
selecionar o fornecedor de um serviço ou um bem.
Consiste na tomada de preços e exame das propostas de
cada concorrente, segundo critérios e prazos
previamente fixados.
Ex: Muito visto em leilões e editais
governamentais, aonde um determinado produto é
analisado pela proposta de vários clientes e o cliente
com melhor custo x benefício ou melhor atributo pré-
definido é escolhido.
Para finalizarmos os estudos desta
unidade, gostaríamos de retornar os nossos
propósitos pedagógicos. Como você pôde
perceber, é de fundamental importância para o
profissional que trabalha com corretagem de imóveis,
compreender as noções, conceitos e as teorias que
envolvem os aspectos operacionais e legais da
profissão.
Esperamos que você possa ter aproveitado o
estudo realizado até o momento e que esteja apto para
formar opiniões bem fundamentadas sobre os
demais temas a serem abordados nesse curso.
VI – REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA COBRA, Marcos. Marketing Competitivo: uma abordagem estratégica. São Paulo: atlas, 1993. DINIZ, Maria Helena. Tratado Teórico e Prático dos Contratos. v. 1 e 3. São Paulo, 1993. ENRIQUEZ Garcia, Manuel; SANDOVAL de Vasconcelos, MARCO Antônio. Fundamentos da Economia. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 1998. GUILHERME, Bomfim Dei Vegni-Neri; ISSA, Celso Ayres. Prática das Transações Imobiliárias. 2 ed. São Paulo: Nacional, 1978. MACEDO, Jamil P. de. Manual do Técnico em Transações Imobiliárias. v 1. 11 ed. Goiânia: AB, 1994. PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. v. I e IV. Rio de Janeiro: Forense, 1984. PINASSI, Ayrton. Locação, Arrendamento e Outras Cessões de Bens Imobiliários. Campinas: Agá Juris, 2003. REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 1997. RESENDE, José Machado. Operações Imobiliárias I. Goiânia: AB, 2001. RODRIGUES, Sílvio. Curso de Direito Civil. v I e V. São Paulo: Saraiva, 1997.
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VII - MODELOS DE FORMULÁRIOS PARA LOCAÇÃO DE IMÓVEIS
7.1. PROCURAÇÃO – AUTORIZAÇÃO PARA ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS
01. OUTORGANTE: __________________________________________________________________________ 02. OUTORGADA: ___________________________________________________________________________ 03. IMÓVEIS: ________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________ 04. PODERES: Admitir e despejar inquilinos; estabelecer com eles as condições contratuais, executá-los e a seus fiadores; receber os respectivos aluguéis dando recibo de quitação; representar o outorgante perante as repartições públicas federais, estaduais e municipais, requerendo e praticando o que necessário for a bem dos direitos e interesses do outorgante; usar dos poderes gerais para o foro em direitos permitidos até superior instância; propor ações de penhor legal, seqüestras, arrestos, despejos, desistir, recorrer, agravar, optar, apelar, protestar, embargar, acordar, usar de qualquer recurso legal e segui-lo até superior instância; pagar imposto; requerer e receber a devolução dos que tenham sido cobrados em excesso; praticar todos os atos necessários confiados à sua administração, comparecer à audiência de conciliação prevista no art. 447 do CPC, nela transigindo ou não, e substabelecer no todo ou em parte a um ou mais procuradores. 05. COMISSÃO: A título de comissão sobre o total da administração ora contratada, de aluguéis, seus encargos e eventuais recebimentos, a outorgada receberá do outorgante o equivalente a R$ ___________ (___________________________________________). Todavia, quando receber o imóvel desocupado, a comissão relativa ao primeiro mês será de R$ ______________ (_______________________________) e nos meses seguintes R$______________ (___________________________________). Em se tratando de renovação de locação, a outorgada receberá, no primeiro mês após a renovação, o equivalente a R$_______________ (_______________________________) de comissão. Recebendo o imóvel para administrar, mais já locado, a comissão inicial será de R$____________ (________________________). Todos os anúncios em jornais, e correspondência, correrão por conta do outorgante, assim como as despesas forenses que não forem pagas pelos locatários. 06. DURAÇÃO: A presente procuração tem o prazo certo de validade de 1 (um) ano, cujos termos inicial e final coincidirão com os do contrato de locação a ser formalizado eventualmente, considerando-se prorrogada automaticamente se, 60 (sessenta) dias, pelo menos, antes de verificar o seu término, nenhum dos contratantes manifestar por escrito o propósito de considerar encerrada a presente procuração. E assim sucessivamente, até que um dos contratantes resolva denunciar a presente procuração, conforme o prazo acima previsto. As partes podem, a qualquer tempo, rescindir este contrato. Contudo, esta resolução se condicionará no prévio pagamento da multa. Se por parte da outorgante, esta pagará a outorgada o valor correspondente a ________% (_____________________________) sobre os aluguéis a serem cobrados até o prazo final deste contrato, quer inicial, quer pela prorrogação da locação. Se houver resilição por parte da outorgada, esta pagará ao outorgante o valor correspondente a _________% (___________________________) dos aluguéis restantes. Todavia, no que se refere a constituição, de advogado, quando necessário, para representação do locador em juízo, a procuração tem validade por prazo indeterminado.
__________________, _______ de _______________ de 200___.
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7.2. CONTRRATO DE LOCAÇÃO
LOCADOR: _________________________________________________________________________ LOCATÁRIO: ________________________________________________________________________ IMÓVEL: ____________________________________________________________________________ VIGÊNCIA: __________________________________________________________________________ PREÇO: R$ __________ (______________________________________________________________) Entre partes na qualidade de locador(es) CPF nº__________________, RG nº________________ residência ____________________________________________, e na qualidade de locatário(s) CPF nº ___________________, RG nº ___________________, residência ______________________________. É contratada pelo presente instrumento particular, a locação do imóvel abaixo caracterizado, mediante as cláusulas e condições a seguir enumeradas: I. DO IMÓVEL O objeto do presente Contrato de Aluguel do(a) ________________________________________ que o LOCATÁRIO confessa receber no estado de conservação e limpeza discriminados no “LAUDO DE VISTORIA” anexo, que fica fazendo parte integrante deste instrumento, obrigando-se assim, conservá-lo e restituí-lo no tempo legal do presente contrato. Na hipótese de renovação de locação, fica dispensado o “laudo de vistoria”, referidos na alínea “A”, prevalecendo então, as disposições antes mencionadas, exceto se forem substituídos os fiadores que firmaram o contrato anterior. II. DO PRAZO a) O presente contrato entrará em vigor no dia ______________________ e findará no _______________ independente de qualquer aviso ou interpelação judicial. b) Com ressalva ao disposto na cláusula IX, antes do vencimento do presente contrato não poderá o LOCADOR reaver o imóvel, senão ressarcido ao LOCATÁRIO as perdas e danos resultantes, que equivalerão ao montante dos aluguéis vencidos, nem poderá o LOCATÁRIO, sob qualquer pretexto, devolver o imóvel, senão pagando ao LOCADOR os aluguéis relativos ao tempo que restar. III. DO ALUGUEL a) O valor MENSAL do aluguel, livremente convencionado nesta data é de ____________________ que o LOCATÁRIO deverá pagar no ______________________________________________. b) O aluguel mensal acima pactuado será reajustado, automaticamente, na periodicidade mínima determinada pela legislação vigente à data de sua celebração, aplicando-se o índice fixado pelo Governo Federal, ou, em sua falta pelo IGP-M da FGV ou, também não sendo este calculado, por qualquer índice de preços, no período do reajuste. c) Se em virtude de lei subseqüente, vier a ser admitida a correção do valor do aluguel em periodicidade inferior a prevista na legislação vigente à época de sua celebração, concordam as partes, desde já e em caráter irrevogável que a correção do aluguel e seu indexado passará, automaticamente, a ser feito no menor prazo, que for permitido pela lei posterior. d) Se por ventura vierem os poderes governamentais a autorizar a livre negociação do aluguel ou o seu tabelamento, ou ainda determinar novos índices ou periodicidade menor para a majoração, o seu valor na oportunidade para a realidade do mercado e da inflação acaso existente, reduzida a periodicidade do reajuste até o limite daquela que for autorizada, independentemente de modificações deste contrato, eis que mútua e previamente consentida pelas partes, sempre visando o objetivo previsto no item “b” deste instrumento. PARÁGRAFO ÚNICO – A mora ou atraso no pagamento do aluguel, no todo ou em parte, sujeita ao locatário a multa de 10% (dez por cento) sobre o seu valor, além de juros de 1% (um por cento) ao mês, e se o atraso for superior a 30 (trinta) dias, ficará ainda o aluguel ou parte dele também sujeito a correção na mesma base de variação da TR, ou de qualquer outro índice fixado ou autorizado pelos poderes públicos para expressar a medida da inflação acaso existente. IV. DOS IMPOSTOS E TAXAS Além do aluguel mensal, o LOCATÁRIO pagará todos os impostos, taxas, cotas de condomínio, IPTU e demais encargos que recaiam ou venham a recair sobre o imóvel. V. DO USO DO IMÓVEL a) O imóvel destina-se exclusivamente ao uso, sendo proibido ao LOCATÁRIO sublocá-lo, cedê-lo ou
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emprestá-lo no todo ou em parte, seja a que título for, salvo a sua coligada. b) Deverão ser obedecidas pelo inquilino as posturas urbanas e as da convenção do condomínio e regimento interno do prédio. c) O imóvel não poderá ser utilizado para fins diversos do mencionado na alínea “a” desta cláusula, nem poderá o seu uso sob pena de despejo, comprometer a moralidade, os bons costumes ou o sossego dos vizinhos. d) Sob pena de responsabilidade civil do LOCATÁRIO, deverão ser imediatamente levados aos conhecimentos do LOCADOR, quaisquer papéis ou documentos entregues aos cuidados do morador, desde que se refiram aos interesses diretos do LOCADOR ou do imóvel. e) Cumpre ao LOCATÁRIO fazer imediata comunicação ao LOCADOR, por escrito, sempre que houver qualquer avaria grave na estrutura ou nas instalações do imóvel, onde não poderão ser depositados artigos inflamáveis, explosivos ou de fácil deterioração. f) Responderá o LOCATÁRIO pelo incêndio lavrado no imóvel, se não provar caso fortuito ou de força maior, vício de construção, ou propagação de fogo originado em outro prédio. g) A ocorrência de desastre desencadeados por força da natureza ou sobre-humanas, tais como faíscas elétricas, inundações, desabamentos, abalos sísmicos etc., ou acidentes naturais motivados por terceiros, não acarretarão a responsabilidade solidária do LOCADOR, pelos eventos materiais ou pessoais acaso surgidos, com relação a pertences, ou haveres e a segurança pessoal dos moradores. VI. DAS REPARAÇÕES E BEM FEITORIAS a) O LOCATÁRIO deverá fazer por sua exclusiva conta, com urgência, solidez e perfeição, todas as reparações e consertos de que o imóvel necessitar. b) Sem prévia autorização do LOCADOR, por escrito, não poderá ser introduzida modificação no imóvel, ainda que necessária. Uma vez realizadas, ficarão definitivamente incorporadas ao imóvel, independentemente de indenização e sem ensejo a retenção das coisas locadas, todas as bem feitorias, sejam voluntárias, úteis ou necessárias, as quais não poderão ser retiradas, a não ser que a remoção não deixe quaisquer vestígios na estrutura ou no corpo do imóvel. VII. DA INFRAÇÃO CONTRATUAL A infringência de qualquer uma das cláusulas e condições do presente contrato, sujeita a parte infratora a combinação de multa equivalente a 10% (dez por cento) sobre o seu valor, cobrável por processo de execução, que as partes elegem como hábil e legal sem prejuízo de outras sanções cabíveis e de indenizações por perdas e danos e sem qualquer redução decorrente do cumprimento parcial do contrato. VIII. DO ABANDONO DO IMÓVEL A fim de resguardar-se o imóvel de qualquer eventualidade decorrente da ausência do morador e no intuito de defender a sua integridade contra possíveis esbulhos ou depredações, fica o LOCADOR expressamente autorizado a ocupar o imóvel, independente de qualquer procedimento judicial prévio, ainda que seja necessário o uso da força para arrombá-lo, desde que fique suficientemente comprovado o abandono, a ausência habitual e comprovada do inquilino após vencido o segundo mês de pagamento dos aluguéis respectivos. IX. DA RESCISÃO 1) O presente contrato poderá ser rescindido desde que haja reciprocidade das partes. 2) Além dos casos previstos na lei, será motivo para propositura de ação de despejo o descumprimento de qualquer obrigação ou cláusula contratual. 3) A ocorrência de qualquer sinistro que afete a segurança ou integridade do imóvel, bem como a hipótese eventual de sua desapropriação, acarretando também a imediata rescisão deste contrato. X. DA GARANTIA FIDEJUSSÓRIA a) Como fiador(a) e principal pagador(es), assumindo solidariamente entre si e como LOCATÁRIO o compromisso de bem e fielmente cumprir(em) o presente contrato em todas as suas cláusulas e condições até a efetiva entrega das chaves ao LOCADOR, assinam este pacto, que devidamente autorizada(s) por sua(s) mulher(es) que também firmam o termo de fiança ora prestada. b) A garantia fidejussória compreenderá quaisquer acréscimos, reajustes ou acessórios da dívida principal, inclusive despesas judiciais, incluindo honorários advocatícios, taxas e custos judiciários, e mais comissões até final liquidação de quaisquer ações movidas contra o LOCATÁRIO em decorrência do presente contrato. c) O(s) fiador(es) desobrigam expressamente o LOCADOR de notificá-los judicial ou extra judicialmente de quaisquer procedimentos contra o LOCATÁRIO. d) O(s) fiador(es) renunciam expressamente ao benefício de prévia execução dos bens do afiançado e não
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poderá(ao) sob qualquer pretexto, exonerar-se desta fiança, que é prestada sem limitações, mesmo que a locação se prorrogue por força da legislação pertinente. e) Em caso de morte, incapacidade civil, falência, insolvência ou idoneidade moral ou financeira do(s) fiador(es), poderá o LOCADOR exigir a sua substituição, a qual deverá ser cumprida no prazo de 15(quinze) dias, a contar da comunicação ao LOCATÁRIO, sendo que a falta de cumprimento desta exigência, cuja satisfação ficará subordinada ao crivo do LOCADOR, que julgará a idoneidade do novo fiador apresentado constituirá justa causa para a rescisão do contrato. f) As obrigações fidejussórias ocorrerão sob a responsabilidade dos herdeiros ou sucessores do fiador falecido, no limite do tempo decorrido até a sua morte. XI. DAS OBRIGAÇÕES SUCESSÓRIAS As partes deste já se obrigam por si, seus herdeiros ou sucessores, ao plano geral e irrenunciável cumprimento do presente contrato, em todas as cláusulas, termos e condições. XII. DA RESTITUIÇÃO DO IMÓVEL a) O termo legal do presente contrato dar-se-á com a efetiva entrega das chaves do imóvel do locador, após a verificação de seu estado geral, com vistas ao cumprimento das premissas relativas ao uso, mediante a assinatura, pelo LOCATÁRIO seu procurador ou preposto, de um “laudo de vistoria”. b) O LOCADOR poderá realizar a vistoria alvitrada na alínea “a” apenas com a presença de 2 (duas) testemunhas, quando a restituição do imóvel decorrer de emissão de posse ou despejo, judicialmente ordenado; quando o LOCATÁRIO, seu procurador ou preposto a isso se recusarem; ou quando o locador tiver a sua posse em decorrência de abandono do mesmo pelo LOCATÁRIO afim de evitar possíveis esbulhos ou depredações. c) Caso o imóvel não seja entregue conforme a especificação da cláusula I, poderá o LOCADOR executar os serviços de reparações que se fizerem necessários, mediante a tomada de preços de três firmas especializadas, ficando, desde já acertado que o não ressarcimento por parte do LOCATÁRIO ou de seus fiadores das despesas efetuadas, autorizará sua respectiva cobrança executiva, servindo de título hábil o recibo pelo executante dos referidos serviços. XIII. DO ESTADO CIVIL DOS FIADORES Os fiadores que se obrigam como principais pagadores solidários com as cláusulas e condições do presente contrato de locação na forma de que consta da cláusula X e suas alíneas, se declaram sob as penas de lei, a vista das testemunhas abaixo assinadas, serem. XIV. DO LOCATÁRIO O LOCATÁRIO declara, sob as penas de lei, serem autênticas as assinaturas dos fiadores e de suas esposas, os quais firmam o presente contrato na sua presença. XV. DO FORO Como renúncia expressa de qualquer outro, por mais privilegiado que seja, fica eleito o foro do Distrito Federal para a solução de quaisquer questões oriundas do presente contrato. XVI. CLÁUSULAS ADICIONAIS Estando todos de pleno acordo, justo e contratados, lavrou-se o presente instrumento de contrato em duas vias de igual teor, o qual depois de lido e achado conforme, vai assinado pelas partes contratantes, pelos fiadores e por duas testemunhas, a todo o ato presente.
Brasília, de de ____________________________________ LOCADOR ______________________________________ LOCATÁRIO _____________________________________ FIADOR TESTEMUNHAS ______________________________________ ______________________________________
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7.3. COMUNICANDO LOCAÇÃO AO PROPRIETÁRIO
Cliente nº______________
Brasília,______de_____________de________
Ilmo(a) Sr.(a)
Prezado Senhor
Informamos a V. Sa., que efetuamos a locação do imóvel de sua propriedade, situado
à_________________________________________________________________, pelo valor de
R$__________________(_____________________________________________) mensais, a partir de
____/____/____.
Colocamo-nos à disposição para informações julgadas necessárias.
Atenciosamente,
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7.4. COMUNICAÇÃO DE LOCAÇÃO AO CONDOMÍNIO
Cliente nº_________________
Brasília,_____de_________________de________
Ao Condomínio
Do Edifício_________________
Senhor Síndico,
Informo como administrador do apartamento nº______ de propriedade do Senhor
___________________________________ que efetuamos a locação do mencionado imóvel ao Senhor
___________________________________.
Pelo exposto, informamos a V Sa. que a cobrança deverá ser feita diretamente ao locatário, nos
comunicando em caso de atraso, para assim tomarmos as medidas cabíveis.
Sem outro assunto para o momento, subscrevemo-nos,
Atenciosamente,
Brasília-DF, de de
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7.5. COMUNICAÇÃO AO LOCATÁRIO DE VENDA DE IMÓVEL
Ilmo Sr.
Nome:
Endereço:
N/Capital
Prezado Senhor
Ref.: PROPOSTA DE VENDA DO IMÓVEL LOCADO
Endereço do imóvel____________________________________________________________________
Como locador do imóvel epigrafado, locado a V. S., venho informar-lhe que pretendo vendê-lo pelo
valor de R$_______________ ( ), cabendo-lhe a preferência, nos termos da
legislação vigente.
Aguardarei seu pronunciamento pelo prazo de 30 (trinta) dias e, caso não se manifeste, entenderei
como desinteresse pela proposta, ficando o imóvel liberado para venda a terceiros interessados.
Nesse caso, peço-lhe determinar dia e hora em que o imóvel poderá ser visitado por pretendentes à
compra.
Atenciosamente,
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7.6. AUTORIZAÇÃO DE VENDA DE IMÓVEIS
A Contratante Nome Nacionalidade
Estado Civil Profissão RG CPF
Cônjuge Nacionalidade
Estado Civil Profissão RG CPF
Contratada: ________________ Endereço do Imóvel: Descrição do Imóvel: Valor do Imóvel: Condições 1) A presente autorizada de venda com exclusividade, tem seu amparo na Lei 6 530, Art. 20, Item III de 12/05/78,
e pela resolução- CONFECI Nº 458/95, de 17/1195. 2) É concedida pelo prazo de ______________________ dias úteis, a contar desta, prorrogada automaticamente
por tempo indeterminado, caso os contratantes após o termino do prazo não se manifeste expressamente. 3) Os contratantes se comprometem a pagar os honorários de ________% ao contratado, desde que a compra,
venda ou permuta, seja feita dentro do prazo acima estipulado, ou na sua prorrogação, que serão descontados proporcionalmente, no ato do sinal do negócio ser inferior à comissão, o saldo será abatido na mesma proporção no pagamento das parcelas pactuadas.
4) Estando vencido o prazo acima estipulado, o direito aos honorários subsidirá pelo prazo de 06 (seis) meses, caso o imóvel seja vendido ou negociado por conseqüência da aproximação promovida pelo contratado.
5) O contratado autorizado compromete-se a não medir esforços no sentido de comercializar o imóvel, dentro das condições acima estipuladas, agindo de forma legal, obedecendo fielmente as leis e ao código de ética da profissão, estabelecido pelo conselho federal de corretores de imóveis – COFECI
1) Os contratados se responsabilizam por todas as informações aqui prestadas a cerca do imóvel objeto da presente autorizado.
2) O contratado está autorizado a obter do agente financeiro, caso o imóvel esteja hipotecado, ou outros órgãos competentes, todas as informações necessárias e indispensáveis à realização da venda.
3) Para dirimir quaisquer dúvidas oriundas da presente autorização, as partes elegem o fórum da cidade de Brasília-DF, renunciando-se a outro, por mais privilegiado que seja.
Brasília-DF, de de 200 Proprietário Cônjuge Testemunha
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7.7. RECIBO DE SINAL DE NEGÓCIO
Pelo presente instrumento particular de Recibo de Sinal de Negócio, que entre si fazem, de um lado, como
vendedores(nome, profissão, estado civil, RG, CPF, regime de casamento, qualificação e assinatura do cônjuge), e
de outro lado, como compradores(qualificação completa, se casado, apenas menção do nome e regime de
casamento, não é necessário presença do cônjuge), que tem entre si, justo e contratado presente instrumento,
mediante as cláusulas e condições seguintes:
Cláusula Primeira: Os vendedores, na qualidade de proprietários do imóvel (área, fração ideal, discriminação
e quantidade de cômodos, etc., para melhor descrição, observe a certidão de ônus reais, atente para as averbações
contidas na certidão, referentes a alterações ocorridas no imóvel, não deixe de constar a procedência), declaram
para os devidos fins de direito e para que produza seus efeitos legais em direito permitido, que nesta data recebeu
dos compradores a importância de R$________(especificar se dinheiro ou cheque, constar nº, banco agência), de
cuja quantia lhe dão a mais plena, rasa e geral quitação, PROVENIENTES DO SINAL E PRINCÍPIO DE
PAGAMENTO DA QUANTIA MAIOR DE R$(valor total da venda), preço pelo qual se comprometeram lhes
vender, livre e desembaraçado de quaisquer dúvidas, dívidas e ônus, inclusive de hipotecas, mesmo legais, o
imóvel acima descrito e caracterizado.
Cláusula Segunda: Que o restante do valor, ou seja, a quantia de R$(constar os valores e as datas para
complementar o preço total), Os compradores se obrigam e se comprometem a pagar diretamente aos vendedores
por ocasião da (constar quando e como se dará o restante do pagamento, e se for o caso, os prazos suportáveis para
inadimplência e para entrega do imóvel).
Cláusula Terceira: Que o presente contrato é regido pelos Artigos nº 1094 e seguintes do código civil
brasileiro, ou seja, pela LEI DE ARRAS.
Cláusula Quarta: Respondem pelas obrigações aqui assumidas, eles, contratantes, seus herdeiros e
sucessores, elegendo estas mesmas partes o foro da comarca de (cidade onde se localiza o imóvel ou o domicílio
fiscal de uma das partes), para nele serem dirimidas todas e quaisquer questões ou pendências oriundas deste
instrumento.
E, por assim haverem ajustado, firmam o presente em duas vias de igual teor e forma, juntamente com duas
testemunhas.
Brasília-DF, de de 200
(todas as partes assinam este documento)
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7.8. INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA
Pelo presente instrumento particular de PROMESSA DE COMPRA E VENDA, que entre si fazem de um
lado, como PROMITENTES VENDEDORES: (nome, profissão, estado civil, RG, CPF, endereço, regime de
casamento, qualificação e assinatura do cônjuge), a seguir simplesmente designado de VENDEDORES. E de outro
lado, como PROMISSÁRIO COMPRADOR (qualificação completa, se casado, apenas menção do nome do
cônjuge e regime de casamento), a seguir simplesmente denominado de COMPRADORES, que têm entre si, justo
e contratado a presente instrumento, mediante as cláusulas e condições seguintes:
Cláusula Primeira: Os primeiros nomeados, designados vendedores, são senhores e legítimos possuidores,
livre e desembaraçado de quaisquer dúvidas, dívidas e ônus, inclusive de hipotecas, mesmo legais (quando recair
ônus sobre o imóvel, como por exemplo: hipoteca, consignar em substituição a expressão “ inclusive hipoteca,
mesmo legais” a seguinte redação: a exceção do ônus constituído pela hipoteca em favor do ( constar o agente
financeiro) do imóvel (descrever o imóvel, área, fração ideal, discriminação e quantidade de cômodos, etc.- Para
melhor descrição, observe a certidão de ônus reais, atente para as averbações contidas na certidão referentes a
alterações ocorridas no imóvel, não deixe de constar a procedência).
Cláusula Segunda: que assim sendo, vêm eles VENDEDORES, pelo presente instrumento e na melhor forma
de direito, prometer como de fato e na verdade tem prometido, vender dito imóvel ao COMPRADOR e este por sua
vez, se obriga e se compromete comprá-lo, pelo preço certo e ajustado de R$ ( além do valor total da venda, a
forma de pagamento; se o pagamento for efetuado em parcelas, constar a quantidade, o valor e a data de
vencimento de cada uma, se em moeda corrente ou cheque, no caos de cheque constar nº, banco e agência) de cuja
quantia lhe dão a mais plena, rasa, geral e irrevogável quitação (quando o pagamento for parcelado a quitação
somente será dada na primeira parcela e as demais serão contra recibos; ou na assinatura do instrumento definitivo
– NÃO SE ESQUEÇA, DE QUE ESTE INSTRUMENTO É SOMENTE UMA PROMESSA DE COMPRA E
VENDA, se fará necessário, futuramente o instrumento definitivo).
Nota: Caso a venda seja feita para mais de um comprador, não se levando em conta marido e mulher -
constar a porcentagem de que cada adquirente terá no imóvel e a participação no valor total da venda.
Cláusula Terceira: Que o COMPRADOR será imitido na posse , domínio direito, uso, gozo, ação e servidão
sobre o imóvel objeto da presente a partir desta data (se for o caso, constar a data em que será dada a posse do
imóvel), correndo por conta única e exclusiva dos COMPRADORES, a partir do recebimento do imóvel, todas as
taxas, impostos, emolumentos, custas, escritura e demais despesas que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel,
mesmo que cobradas e/ou lançadas em nome dos VENDEDORES. São obrigados ainda, os COMPRADORES a
cumprir e respeitar o contrato de financiamento anteriormente mencionado (caso o imóvel seja financiado) e a
convenção de condomínio e o regimento interno (caso o imóvel seja em condomínio, como por exemplo
apartamento), em todas as suas cláusulas e condições, as quais declaram conhecer.
Cláusula Quarta: O imóvel objeto da presente será entregue aos compradores na conformidade da cláusula
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terceira supra, no estado de conservação em que se encontra, absolutamente em dia com todas as taxas, impostos,
emolumentos, água e luz (e condomínio se for o caso). Atenção: caso haja acessórios que estejam incluídos no
imóvel, tais como cortinas, lustres, armários não embutidos, etc., que foram incluídos no preço da venda ou que as
partes de comum acordo, resolveram embuti-los na transação, deverão ser consignados nesta cláusula.
Cláusula Quinta: Os VENDEDORES se obrigam e se comprometem a prestar toda e qualquer assistência,
bem como suas presenças, se e quando solicitados forem, para a transferência definitiva do imóvel, objeto do
presente, em favor dos COMPRADORES ou a quem estes indicarem, sem reclamação, futuramente por parte dos
VENDEDORES, de quaisquer importâncias devidas, além das aqui ajustadas, independentemente de outorga de
procurações.
Cláusula Sexta: Caso os VENDEDORES outorguem a procuração, fica fazendo parte integrante do presente
instrumento, a procuração pública lavrada no cartório do ______ ofício de notas local, às fls_____ do livro nº____,
em favor de _____________________. (não se esqueça: os compradores não podem ser procuradores em causa
própria).
Cláusula Sétima: Na hipótese de Sinistro, de falecimento ou mesmo de separação dos VENDEDORES fica
desde já os COMPRADORES ou seus beneficiários ou sucessores, autorizados a se habilitarem no respectivo
inventário e requererem junto ao cartório e/ou Juízo Competente, a carta de adjudicação expedida a seu favor,
relativamente ao imóvel objeto do presente, podendo para tanto, constituir advogados com os poderes da cláusula
de adjudicação, perante qualquer Foro, Instância ou Tribunal.
Cláusula Oitava: O presente contrato é feito entre as partes contratantes, por si, seus herdeiros e sucessores,
em caráter irrevogável e irretratável, desde que as obrigações aqui assumidas estejam totalmente cumpridas e
satisfeitas, obrigando-se essas mesmas partes a manterem este instrumento para sempre bom, firme e valioso e aos
VENDEDORES a responderem pelos fiscos da Evicção de Direitos, se e quando chamados forem à Autoria, em
qualquer tempo e época.
Cláusula Nona: Elegem as partes contratantes, com expressa renúncia de outro qualquer, por mais
privilegiado que seja, o foro da comarca de Jurisdição do Imóvel, para nele serem dirimidas quaisquer dúvidas,
questões ou pendências oriundas ou decorrentes deste instrumento.
Cláusula Adicional: PARA SER USADA CASO A PRIMEIRA PARCELA PAGA SEJA A TÍTULO DE
SINAL DE NEGÓCIO: O presente contrato é regido pelos artigos nº 1.094 e seguintes do Código Civil Brasileiro,
ou seja, pela LEI DE ARRAS. %1
E por assim haverem ajustado, firmam o presente em duas vias de igual teor e forma juntamente com duas
testemunhas para que produza seus legais efeitos em direito permitido.
Brasília-DF,______de ___________ de ________.
Todas as partes assinam este instrumento. Reconhecer as firmas.
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7.9. INSTRUMENTO PARTICULAR DE CESSÃO DE DIREITOS
Pelo presente instrumento particular de CESSÃO DE DIREITOS, VANTAGENS, OBRIGAÇÕES E
RESPONSABILIDADES, que entre si fazem de um lado, como CEDENTES: (nome, profissão, estado civil, RG,
CPF, endereço, regime de casamento, qualificação e assinatura do cônjuge), a seguir simplesmente designado de
CEDENTES. E de outro lado, como CESSIONÁRIOS (qualificação completa, se casado, apenas menção do nome
do cônjuge e regime de casamento), a seguir simplesmente denominado de CESSIONÁRIOS, que têm entre si,
justo e contratado a presente instrumento, mediante as cláusulas e condições seguintes:
Cláusula Primeira: Os primeiros nomeados, designados CEDENTES, são senhores e legítimos possuidores,
de todos os direitos, vantagens, obrigações e responsabilidades sobre a aquisição do imóvel (descrever o imóvel,
área, fração ideal, discriminação e quantidade de cômodos, etc.- Para melhor descrição, observe a certidão de ônus
reais, atente para as averbações contidas na certidão referentes a alterações ocorridas no imóvel, não deixe de
constar a procedência).
Cláusula Segunda: Que assim sendo, vêm eles CEDENTES, pelo presente instrumento e na melhor forma de
direito, ceder e transferir como de fato e na verdade cedido e transferido tem, todos os seus referidos direitos,
vantagens, obrigações e responsabilidades sobre a aquisição do dito imóvel em favor dos CESSIONÁRIOS pelo
preço certo e ajustado de R$ ( além do valor total da venda, a forma de pagamento; se o pagamento for efetuado em
parcelas, constar a quantidade, o valor e a data de vencimento de cada uma, se em moeda corrente ou cheque, no
caso de cheque constar nº, banco e agência) de cuja quantia lhe dão a mais plena, rasa, geral e irrevogável quitação
(quando o pagamento for parcelado a quitação somente será dada na primeira parcela e as demais serão contra
recibos).
Nota: Caso a CESSÃO seja feita para mais de um CESSIONÁRIO, não se levando em conta marido e
mulher - constar a porcentagem que cada adquirente terá no imóvel e a participação no valor total da venda.
Cláusula Terceira: Que os CESSIONÁRIOS serão imitidos na posse , domínio direito, uso, gozo, ação e
servidão sobre o imóvel objeto da presente a partir desta data (se for o caso, constar a data em que será dada a posse
do imóvel), correndo por conta única e exclusiva dos CESSIONÁRIOS, a partir do recebimento do imóvel, todas as
taxas, impostos, emolumentos, custas, escritura e demais despesas que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel,
mesmo que cobradas e/ou lançadas em nome dos CEDENTES. Obrigam-se ainda os CESSIONÁRIOS a cumprir e
respeitar o contrato de financiamento anteriormente mencionado (caso o imóvel seja financiado) e a convenção de
condomínio e o regimento interno (caso o imóvel seja em condomínio, como por exemplo apartamento), em todas
as suas cláusulas e condições, as quais declaram conhecer.
Não Se Esqueça: Este documento somente será usado para quem não tem escritura definitiva do imóvel,
assim sendo, futuramente será obrigado a fazê-la. Então consigne a cargo de quem ficará as despesas com a
escritura definitiva, aquela que será outorgada em favor dos cedentes.
Cláusula Quarta: O imóvel objeto da presente será entregue aos CESSIONÁRIOS na conformidade da
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cláusula terceira supra, no estado de conservação em que encontra-se, absolutamente em dia com todas as taxas,
impostos, prestações, emolumentos, água e luz (e condomínio se for o caso). Atenção: caso haja acessórios que
estejam incluídos no imóvel, tais como cortinas, lustres, armários não embutidos, etc., que foram incluídos no preço
da cessão ou que as partes de comum acordo, resolveram embuti-los na transação, deverão ser consignados nesta
cláusula.
Cláusula Quinta: Os CEDENTES se obrigam e se comprometem a prestar toda e qualquer assistência, bem
como suas presenças, se e quando forem solicitados para a transferência definitiva do imóvel, objeto do presente
em favor dos CESSIONÁRIOS ou a quem estes indicarem, sem reclamação, futuramente por parte dos
CEDENTES, de quaisquer importâncias devidas, além das aqui ajustadas, independentemente de outorga de
procurações.
Cláusula Sexta: Caso os CEDENTES outorguem a procuração, fica fazendo parte integrante do presente
instrumento, a procuração pública lavrada no cartório do ______ ofício de notas local, às fls_____ do livro nº____,
em favor de _____________________. (não se esqueça: os compradores não podem ser procuradores em causa
própria).
Cláusula Sétima: Na hipótese de Sinistro, de falecimento ou mesmo de separação dos CEDENTES, fica
desde já os CESSIONÁRIOS ou seus beneficiários ou sucessores, autorizados a se habilitarem no respectivo
inventário e requererem junto ao cartório e/ou Juízo Competente, a carta de adjudicação expedida a seu favor,
relativamente ao imóvel objeto do presente, podendo para tanto: constituir advogados com os poderes da cláusula
de adjudicação, perante qualquer Foro, Instância ou Tribunal.
Cláusula Oitava: O presente contrato é feito entre as partes contratantes, por si, seus herdeiros e sucessores,
em caráter irrevogável e irretratável, desde que as obrigações aqui assumidas estejam totalmente cumpridas e
satisfeitas, obrigando-se estas mesmas partes a manterem este instrumento para sempre bom, firme e valioso e aos
CEDENTES a responderem pelos fiscos da Evicção de Direitos, se e quando chamados forem à Autoria, em
qualquer tempo e época.
Cláusula Nona: Elegem as partes contratantes, com expressa renúncia de outro qualquer, por mais
privilegiado que seja, o foro da comarca de Jurisdição do Imóvel, para nele serem dirimidas quaisquer dúvidas,
questões ou pendências oriundas ou decorrentes deste instrumento.
Cláusula Adicional: PARA SER USADA CASO A PRIMEIRA PARCELA PAGA SEJA A TÍTULO DE
SINAL DE NEGÓCIO: O presente contrato é regido pelos artigos nº 1.094 e seguintes do Código Civil Brasileiro,
ou seja, pela LEI DE ARRAS.
E por assim haverem ajustado, firmam o presente em duas vias de igual teor e forma juntamente com duas
testemunhas para que produza seus legais efeitos em direito permitido.
Brasília-DF,______de ___________ de ________.
Todas as partes assinam este instrumento. Reconhecer as firmas.
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7.10. TERMO DE VISITA Corretor/CRECI: Requisição de Saída nº ______ Venda:___________ Locação:___________ Cliente: _____________________________________________________________________________________ RG: _________________________________________CPF: ___________________________________________ Cônjuge:_____________________________________________________________________________________ Endereço Residencial: ______________________________CEP: _______________ Fone: __________________ Endereço Comercial: _______________________________CEP: _______________ Fone: __________________ Conhecimento Através de: ______________________________________________________________________ Locais de Preferência: __________________________________________________________________________ Nome do Corretor:_____________________________________________________________________________ Relatório do Corretor: __________________________________________________________________________ Hora Saída: ________________________ Chegada: ________________________ Data: ____________________ Imobiliária ou corretor prestará seus serviços profissionais com zelo e solicitude, observando sempre o regulamento das transações imobiliárias estabelecida pelo conselho federal de corretores de imóveis e CRECI – 8ª Região/DF e aprovado pelo sindicato dos corretores de imóveis do Distrito Federal. Imóveis Visitados Com Cliente Imóvel (Ref. Nº_______) ___________________ (Comercial ou residencial)______________________ Local(Plano Piloto Sul ou Norte)___________________________Valor R$ _______________________ Imóvel (Ref. Nº ______) ________________________________________________________________ Local (Cidade Satélite) ___________________________________ Valor R$ ______________________ Imóvel (Ref. Nº ______) ______________________ (Comercial ) _______________________________ Local (Região Geoeconômica) ____________________________ Valor R$ _______________________ Imóvel (Ref. Nº ______) ________________________________________________________________ Local ________________________________________________ Valor R$ _______________________ Declaro que nesta data _____/______/_______. Com Autorização do Proprietário. ___________________________Visitei os imóveis acima. _________________________________ Assinatura do Cliente CPF _____________________________ _________________________________ Corretor _________________________________ Assinatura do Proprietário CPF _____________________________ _________________________________ Visto do Corretor/ Imobiliária
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7.11. INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROCURAÇÃO
Eu, _____________________________________________________, brasileiro, casado, portador do
RG nº: ___________________________ CPF nº: _____________________ e Fone: ______________, por este
instrumento particular de procuração, nomeio e constituo como meu bastante procurador
_____________________________________, portador do RG nº: ______________, CPF nº: ____________, a
quem confiro amplos e especiais poderes para junto ao GDF, especialmente na Divisão de Tributos Imobiliários,
Departamento da Receita, Secretaria de Finanças, requerer, cotar e recolher o Imposto de Transmissão “Inter-
vivos”, referentes a compra do imóvel, sito: ________________, nesta capital, podendo para tanto: Requerer e
assinar o que for preciso, juntar, apresentar e retirar documentos, prestar declarações e informações e pagar taxas e
impostos devidos, inclusive emitir e pagar guia complementar se for necessário, enfim, praticar todos os atos aos
fins deste mandato.
Brasília- DF ________de_________de_______.
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Apostila
Noções de Relações Humanas e Ética
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SUMÁRIO
PÁG.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 52
I – ÉTICA...................................................................................................................................................... 52
1.1. CONCEITO GERAL DE ÉTICA .............................................................................................................. 52
1.2. VALOR DA ÉTICA HOJE ....................................................................................................................... 53
1.3. PROBLEMAS ÉTICOS ............................................................................................................................ 54
II - A ÉTICA E AS OUTRAS FORMAS DE COMPORTAMENTO HUMANO.................................. 55
2.1. Ética e Religião ................................................................................................................................ 55
2.2. ÉTICA E POLÍTICA................................................................................................................................ 56
2.3. ÉTICA E DIREITO ............................................................................................................................... 56
2.4. ÉTICA E TRATO SOCIAL ...................................................................................................................... 57
2.5. ÉTICA E CIÊNCIA ................................................................................................................................ 57
III - ÉTICA E CIDADANIA........................................................................................................................ 59
3.1. POLÍTICA E CIDADANIA ....................................................................................................................... 59
3.2. IDEOLOGIA ........................................................................................................................................... 59
3.3. ALIENAÇÃO (DES)HUMANIZAÇÃO DO HOMEM NO TRABALHO....................................................... 60
3.4. ÉTICA E CIVILIZAÇÃO ........................................................................................................................ 60
3.5. O CORPO............................................................................................................................................... 61
3.6. SEXUALIDADE....................................................................................................................................... 61
3.7. LIBERDADE .......................................................................................................................................... 62
3.8. ESTÉTICA, ARTE E VIDA COTIDIANA ................................................................................................ 62
3.9. ESTÉTICA DE SI .................................................................................................................................... 61
3.10. ÉTICA E CIDADANIA NA SOCIEDADE TECNOLÓGICA ...................................................................... 63
IV - O DESAFIO ÉTICO ATUAL.............................................................................................................. 63
4.1. CRISE DA MODERNIDADE E ESPIRITUALIDADE ................................................................................ 64
4.2. OS CÍRCULOS INTELECTUAIS.............................................................................................................. 65
4.3. A PROPOSTA DE UMA ÉTICA DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DE KARL OTTO APEL. ............. 66
4.4. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOS CORRETORES DE IMÓVEIS ................................................. 66
V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 69
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INTRODUÇÃO
Parabéns! Você está iniciando os estudos
sobre Noções de Relações Humanas e
Ética. O estudo dos aspectos éticos que envolvem o
nosso cotidiano faz parte de uma das mais
abrangentes categorias do conhecimento. Sendo
assim, destacamos que os conhecimentos que você
irá adquirir serão significativamente relevantes para
a sua formação.
I – ÉTICA
Antes de dar início à leitura, pare e reflita! O que é
ética?
1.1. Conceito Geral de Ética
Pode se conceituar Ética como “o estudo dos
juízos de apreciação que se referem à conduta humana
suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e
do mal, seja relativo a determinada sociedade, ou seja,
de modo absoluto”. Também são conjuntos de normas e
princípios que norteiam a boa conduta do ser humano.
O pressuposto fundamental da ética é que, de
algum modo, seja possível indicar aqueles
comportamentos humanos que traduzem um caráter
virtuoso e aqueles hábitos de comportamento, que, ao
contrário, indicam um caráter desprovido de virtude.
Essa indicação "teórica" é justamente aquilo que os
gregos chamaram de ética, e os romanos, de moral.
A palavra "ética" tem sido historicamente usada
para designar duas dimensões diferenciadas: (1) De um
lado, a capacidade teórica que torna apto a identificar as
ações humanas adequadas ou contrárias à virtude.
Posteriormente, entendidas as virtudes como
parâmetros da ação e decisão, como valores, enfim, a
ética se compreende também como o estudo dos valores
que orientam as ações humanas. (2) De outro lado,
entende-se por ética as ações humanas habituais pelas
quais os homens se conduzem, na medida em que estas
refletem o seu caráter e na medida em que podem ser
referidas ao vício ou à virtude.
Antes de tudo, a ética examina os
comportamentos habituais pelos quais os homens
conduzem a sua vida íntima e a sua vida pública, ou
política, indicando aqueles que expressam um caráter
conforme as virtudes fundamentais na vida pública e na
vida privada.
Mas também, num percurso inverso, descreve, de
forma teoricamente orientada, as virtudes, a forma do
caráter virtuoso e a sua tradução no nível dos
comportamentos habituais. De um lado, ética é a
qualificação da ação ou decisão humana, à medida que
é conforme a virtude ou aos valores. Por outro lado,
ética é o conjunto dos parâmetros ou valores pelos quais
se avalia a ação.
Para os antigos era importante assegurar a
possibilidade de que os bons costumes e os maus
comportamentos pudessem ser identificados e
apresentados.
A ética tem um propósito, digamos, pedagógico-
político. As virtudes identificadas podem ser ensinadas
aos indivíduos para torná-los melhores, mas podem
também servir de parâmetros para o aperfeiçoamento e
educação do governo e das leis do Estado, da esfera
pública e da dimensão privada. E também nos dotam de
um conjunto de critérios para conferir valores e avaliar
comportamentos e decisões do indivíduo.
53
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A Ética encara a virtude como prática
do bem, e logo, como promotora da
felicidade dos seres, individualmente ou
coletivamente, onde são avaliados os desempenhos
humanos em relação às normas comportamentais
pertinentes.
Nem sempre é fácil atingir-se o conceito de bem,
principalmente vivenciá-lo de maneira coerente. Não se
pode exigir tanto da ética, esperar prova absoluta dos
princípios gerais, ou certeza objetiva de julgamentos
morais específicos. O importante é a busca de boas
razões para a opção moral correta.
Enquanto o homem existir, tem a possibilidade de
modificar sua conduta e proporcionar direção diferente
às suas ações. O caminho da virtude é sempre possível.
E todos os homens orientam-se na vida por um critério
valorativo, conferindo assim, um sentido pessoal em
suas vidas.
1.2. Valor da Ética Hoje
Para entender o valor da ética hoje, nada melhor
que relembrar um de seus estágios máximos, em tempos
passados. Aristóteles, que foi um grande pensador,
escreveu várias obras, que inclusive foram marcos
relevantes da formação da cultura humana, destacando-
se, entre outras, duas obras: “Ética" e "Física".
A de ética está em plena atualidade, citada na
melhor literatura. Enquanto a de física não restam mais
do que algumas frases genéricas e inespecíficas.
Qual será o motivo de a Ética ter estagnado e a
Física ter evoluído?
As leis da física são mais simples, uniformes e
verificáveis. Os físicos usam as leis descobertas,
quando querem mudar outras.
Os éticos pretendem avaliar, julgar, achar o que a
sociedade deveria achar. A ética contém conceitos
imprecisos e variáveis. Existe dificuldade na obtenção e
validação de dados confiáveis.
Logo, percebe-se que a ética é muito mais
problemática e complexa do que a física (que se pode
chamar de “ciência exata”) e, provavelmente foi por
isso que a ética estagnou.
Ao longo dos anos os valores morais foram se
perdendo e uma das buscas de hoje é o resgate desses
valores. Assim, percebe-se que o que se busca com a
ética é o “resgate”. Não se pode afirmar, é claro, que
apenas se busque o resgate de valores com a ética, mas
tudo que se busca na ética hoje é basicamente o que
Aristóteles buscava ao escrever “Ética”. Não foi a ética
que mudou sua essência, e sim a sociedade que mudou
sua forma de ver a ética.
A sociedade de hoje vive um paradoxo muito
interessante relacionado à problemática da ética. A ética
voltou a se tornar um tema fundamental – o que é
perfeitamente visível, seja na cultura intelectual, seja no
mundo das interações cotidianas. E no ambiente
teórico-científico, a ética ganhou a “frente” desde o
“Princípio responsabilidade” de Hans Jonas, até as
questões contemporâneas de Bioética, passando pelas
várias Éticas Políticas e pela Ética do Discurso de Apel
e Habermas.
É visivelmente explícito como os temas da ética
hoje fazem parte da agenda social, em todo o mundo.
Por outro lado, o tema da ética continua a ser
problemático para toda uma "cultura" intelectual deste
século, orientada substancialmente para a tolerância, e
formada pela semiótica, pela psicanálise e pela nova
concepção de história.
54
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A cultura intelectual da tolerância gerou uma
atitude ética respeitosa da diferença e compreensiva
com a heterogeneidade do ser. Trouxe, também, uma
mentalidade para a qual é fundamentalmente
desagradável qualquer discurso que implique
engajamento numa perspectiva, ou compromisso com
um sistema de posições, ou que resulte em atrito de
pensamento. Produziu-se o pudor da racionalidade forte
e das suas decorrências.
A socialização se move agora pelo cuidado com a
pluralidade, por uma moralidade aberta, por
argumentações não coercivas, velozes, sem
compromisso com a coerência absoluta, pelo prazer, a
velocidade, a novidade, o humor, a atualidade efêmera.
Vivemos num mundo de muitas diversidades e,
principalmente, desigualdades sociais, culturais e
econômicas, criando-se uma indignação em relação ao
comportamento humano, pois o "Capitalismo
Selvagem" (se assim pode ser chamado) faz com que as
pessoas se tornem individualistas, deixando de pensar
no bem-estar alheio e pensando somente em si próprias.
Com o desenvolvimento de geração após geração,
os hábitos, costumes e modo de viver das pessoas
mudam, a civilização moderna é mais desenvolvida
intelectualmente, portanto, se faz um novo paradigma
da ética, no qual se busca o bem-estar social.
Logo, o pensamento ético está
sendo abordado com muita freqüência,
para que o ser humano se socialize melhor e tenha
uma conduta baseada no respeito com a sociedade.
A exigência Ética fundamental atualmente
consiste em recuperar a possibilidade de construir
relacionamentos de comunhão entre pessoas e
comunidades.
1.3. Problemas Éticos
Há pouco tempo a ética era ocupação exclusiva
de filósofos e teólogos, que achavam que os problemas
éticos não eram abordáveis com as ferramentas da
lógica e da ciência. Essa situação começou a mudar nos
últimos anos. Cientistas e filósofos de orientação
científica começaram a interessar-se pela Ética.
Começou-se a considerar o discurso ético como
sujeito digno de análise lingüística e também
metodológica. Tal como afirmou Bunge: “Não há
motivo para deixar que os parâmetros da conduta social
constituam monopólio de mentes ilógicas e
anticientíficas”.
Proliferaram estudos de campo sobre preceitos
morais de distintos grupos humanos (comunidades
primitivas, grupos sociais), mostrando disparidades em
códigos morais e relativismo cultural.
Depois de uma dezena de anos, o efeito ético
segue ganhando força, invade os meios de
comunicação, alimenta a reflexão filosófica, jurídica,
gerando instituições, aspirações e práticas coletivas
inéditas.
A revitalização dos valores e o espírito de
responsabilidade estão evoluindo para serem o
imperativo “número um” da época. A ética recupera
seus títulos de nobreza, se consolida novo status ao
êxito e à proteção moral, não é mais utopia moral. E, ao
mesmo tempo, se perpetua um discurso social alarmista
que é marcado pela quebra dos valores, pelo
individualismo cínico, e pelo “fim de qualquer moral”.
De maneira alguma as pessoas voltadas só para si
mesmas e indiferentes ao próximo e ao bem público,
podem indignar-se, dar prova de generosidade,
reconhecer-se na reivindicação ética. Como pode uma
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cultura individualista se importar com as virtudes da
retidão, da solidariedade, e da responsabilidade?
Segundo Lipovetsky: “O tema da reativação
moral, da ordem moral, está em alta, mas de que
natureza é este ressurgimento e de que moral fala
exatamente?” “Nossa época não restabelece o reino da
'antiga e boa moral', mas, “se livra dela'”.
Temos um claro exemplo dos problemas éticos
atuais: O que é solidariedade hoje?
A palavra “solidariedade” pode ser enganosa. De
fato, os membros de uma quadrilha de estelionatários,
por exemplo, podem ser solidários entre si, ajudando-se
e protegendo-se mutuamente. O mesmo pode ocorrer
com os membros de uma corporação profissional –
alguns podem encobrir o erro de um colega para evitar
que a imagem da profissão seja comprometida.
Em casos como esses, a solidariedade nada tem
de ético. Pelo contrário, é condenável, pois só ocorre
em benefício próprio – se a quadrilha ou a corporação
correr perigo, cada membro em particular será afetado.
Portanto, ajuda-se os outros para salvar a si próprio.
Segundo a ética, o enfoque que deveria ser dado
para o tema solidariedade é muito próximo da idéia de
“generosidade”: doar-se a alguém, ajudar
desinteressadamente. Se todos fossem solidários nesse
sentido, talvez não precisasse pensar em justiça – cada
um daria o melhor de si para os outros.
Nesta reflexão de início de conteúdo
sobre ética, você pode ver o seu conceito,
o seu valor e os problemas éticos nos
agrupamentos básico e preliminar do sistema.
Agora iremos tratar da ética e as formas de
comportamento humano.
II - A ÉTICA E AS OUTRAS FORMAS DE
COMPORTAMENTO HUMANO
2.1. Ética e Religião
Toda regra moral legítima aparece sob a forma de
uma obrigação, de uma ordem: deve-se fazer tal coisa, e
não fazer outra. Como essa obrigatoriedade pode se
instalar na consciência?
É preciso que os preceitos dessas ordens toquem,
de alguma forma, a sensibilidade do indivíduo, que
sejam desejáveis. Portanto, para que um indivíduo se
incline a legitimar um determinado conjunto de regras,
é necessário que o veja como a tradução de algo bom
para si, que diga respeito a seu bem-estar psicológico,
ao que se poderia chamar de seu “projeto de felicidade”.
Se enxergar nas regras aspectos contraditórios ou
estranhos ao seu bem-estar psicológico pessoal e ao seu
projeto de felicidade, esse indivíduo simplesmente não
aceitará os valores subjacentes a elas e, por
conseguinte, não legitimará as próprias regras. Poderá,
às vezes, comportar-se como se as aceitasse, mas será
apenas por medo do castigo. Na certeza de não ser
castigado, no caso de ninguém tomar conhecimento de
sua conduta, não tendo poder que possa puni-lo, se
comportará segundo seus próprios desejos. Logo, as
regras morais devem apontar para uma possibilidade de
realização de uma “vida boa”, do contrário, serão
ignoradas.
Entretanto, pergunta-se: como os projetos de
felicidade são variados, dependem dos diferentes traços
de personalidade, e as regras morais devem valer para
todos, se cada um tiver a sua regra, a própria moral
desaparece. Então, como despertar o sentimento de
desejabilidade para determinadas regras e valores, de
forma que não se traduza em mero individualismo? A
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Religião é uma forma de despertar esse sentimento de
desejo em seguir determinadas regras.
Portanto, as idéias éticas se identificam com as
religiosas. Pois o ser humano viveria para conhecer,
amar e servir a Deus e seus semelhantes.
2.2. Ética e Política
A ética na política é um tema muito debatido.
Pois a ética e a política são instrumentos pelos quais os
homens podem transformar a sociedade.
Os indivíduos públicos precisam utilizar da ética.
Um dos temas relacionados à ética na política seria o da
responsabilidade de administrar o dinheiro público e
aplicar os recursos nas áreas que exigem maior
prioridade.
Também devido à ética social, ou seja, ao bom
convívio social, a sociedade está cada vez mais
exigindo transparência dos atos públicos, buscando
sempre redução das diferenças sociais, tendo uma
economia mais equilibrada.
No âmbito atual do país, uma forma de
preocupação com a ética na política seria o julgamento
de leis segundo critérios de justiça, julgar a distribuição
de renda do país segundo o mesmo critério, avaliar se
há igualdade de oportunidades oferecidas a todos, se o
poder político age segundo o objetivo da eqüidade, se
os direitos dos cidadãos são respeitados. A
conseqüência disso tudo seria a transparência do setor
público e conseqüentemente, a utilização da ética.
2.3. Ética e Direito
Segundo Hegel "Por meio do ético, o homem tem
direitos, na medida em que tem deveres, e deveres, na
medida em que tem direitos."
O tema dos direitos do ser humano sempre atraiu
todos aqueles que pensaram sobre a justiça, desde os
filósofos gregos. Esse tema atrai todos aqueles que se
preocupam com a pergunta “Como devo agir perante os
outros?” que poderia ser assim expressa: “Como ser
justo com os outros?”, ou seja: “Como respeitar seus
direitos? Quais são esses direitos? E os meus direitos?”.
O conceito de justiça pode remeter a obediência
às leis. A igualdade reza que todas as pessoas têm os
mesmos direitos. Entretanto, cada um tem inclinação a
acreditar nos valores e normas morais e éticos que
permitam o êxito em sua vida e o decorrente auto-
respeito.
O respeito próprio depende também do fato de ser
respeitado pelos outros. Os direitos das pessoas são
respeitados quando elas respeitam os direitos dos
outros.
Assim, é sensato pensar que as regras que
organiza a convivência social de forma justa, respeitosa
e solidária têm grandes chances de serem seguidas pelas
pessoas.
De fato, a justiça permite que as oportunidades
sejam iguais para todos, sem privilégios que favoreçam
alguns. Se as regras forem vistas como injustas,
dificilmente serão seguidas pelas pessoas.
Muitos, por não conhecerem certas leis, não
percebem que são alvos de injustiças. Não conhecem
seus direitos. Provavelmente, se os conhecessem, teriam
melhores condições de lutar para que fossem
respeitados esses direitos.
Uma sociedade democrática tem como principal
objetivo ser justa, inspirada nos ideais de igualdade. Se
um regime democrático não conseguir aproximar a
sociedade do ideal de justiça, se os direitos de cada um
não forem respeitados, não existirá democracia.
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2.4. Ética e Trato Social
A sociedade muda com o passar do tempo e
também mudam os homens que a compõe. Na Grécia
antiga, por exemplo, a existência de escravos era
perfeitamente aceita. Pessoas não eram consideradas
iguais entre si, e o fato de umas não terem liberdade era
considerado normal. Hoje em dia, ainda que nem
sempre respeitados, os Direitos Humanos impedem que
alguém ouse defender, explicitamente, a escravidão
como algo correto.
O homem vive em sociedade, convive com outros
homens e, portanto, cabe-lhe pensar em como deve agir
perante os outros. Trata-se de um questionamento fácil
de ser formulado, mas difícil de ser respondido. Essa é
a questão central do trato social.
Para nortear as ações em sociedade é preciso
possuir critérios, valores, e estabelecer
relações e hierarquias entre esses valores.
O tema respeito é central no trato social. E
também é complexo, pois remete a várias dimensões de
relações entre os homens, todas “de respeito”, mas em
sentidos muito diferentes.
Pode-se associar respeito à idéia de submissão. É
o caso de uma pessoa obedecer incondicionalmente a
outra. Tal submissão pode vir do medo (respeita-se o
mais forte, não porque mereça algum reconhecimento
de ordem moral, mas simplesmente porque detém o
poder). Porém, também pode vir da admiração, da
veneração (porque é mais velho ou sábio, por exemplo).
Nesses casos, o respeito é compreendido de forma
unilateral, ou seja, consideração, obediência, veneração
de um pelo outro, sem que a recíproca seja verdadeira
ou necessária.
Um intelectual observou a presença desse
respeito unilateral na sociedade brasileira, por meio de
uma expressão popularmente freqüente: “Sabe com
quem está falando?”. Essa expressão traduz uma
exigência de respeito unilateral: “Eu sou mais que você,
portanto, respeite-me”.
Entretanto, uma outra expressão conhecida
apresenta uma dimensão diferente do respeito: “Quem
você pensa que é?”. Tal pergunta traduz a destituição de
um lugar imaginariamente ocupado, de superioridade
em relação ao outro. Essa expressão é a afirmação de
um patamar de igualdade: “se devo respeitá-lo, você
também deve me respeitar”. Não é a falta de respeito,
mas sim a negação da associação do respeito com a
submissão. Trata-se do respeito mútuo.
É claro que, tanto a dignidade do ser humano
quanto o ideal democrático de convívio social,
pressupõem o respeito mútuo e não o respeito
unilateral.
O respeito mútuo se expressa de várias formas
complementares. Uma delas é o dever do respeito pela
diferença e a exigência de ser respeitado na sua
singularidade. Tal reciprocidade deve valer quando se
fazem contratos que serão honrados, cada um
respeitando a palavra empenhada e exigindo o mesmo.
O respeito pelos lugares públicos, como ruas e praças,
também deriva do respeito mútuo já que tais espaços
pertencem a todos, preservá-los é dever de cada um,
porque também é direito de cada um poder desfrutá-los.
2.5. Ética e Ciência
Há regras de conduta que atravessaram milênios e
hoje seria difícil imaginar a vida social se fossem
abandonadas, pois não se conhece sociedade tão
primitiva que ignore a diferença entre o bem e o mal.
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Em quase todo o mundo a nova geração questiona
a moral ética da ciência, além do caráter científico dos
códigos morais vigentes. Alguns chegam a culpar a
ciência pelas guerras, desemprego, alienação e
deterioração da natureza.
A decadência dos costumes – proclamada
universalmente – veio junto com o progresso da ciência.
Não se pode afirmar que a ciência seja a culpada dessa
decadência, entretanto, o desenvolvimento científico
proporcionou inúmeras facilidades, que não se sabe se
foram boas contribuintes para o aprimoramento da
moral, dos bons costumes e da ética.
Portanto, para analisar se nas últimas décadas,
juntamente com o progresso científico, a sociedade
realmente abdicou, total ou em parte, da moral e da
ética de cidadania e convivência, pode-se fazer alguns
comentários:
1. Inúmeros fenômenos ilustram e
comprovam a assustadora perversão dos costumes, das
regras de convívio e das perspectivas de vida social
satisfatória.
2. Todas as camadas sociais vivem um
clima de violência, que cresce em número e gravidade,
que não é punida, que é divulgada ao máximo, e que,
sobretudo, é encarada como trivial.
3. O abuso de drogas e todas as patologias
e crimes correlatos se difundem e adotam métodos mais
sofisticados e eficazes.
4. O analfabetismo, a miséria, o
desemprego, os hábitos de higiene, física e mental, e a
exclusão social atingem parcelas significativas e
crescentes da população.
5. Roubos, crimes contra bens, não
cessam de crescer. A corrupção e a fraude (fiscais,
políticas e econômicas) progridem.
6. Em nome da liberdade individual,
alteram-se condutas consagradas pelo tempo e até pela
biologia, como os papéis sexuais.
7. A família se deteriora por falta de seus
integrantes, redução da presença, do envolvimento
afetivo, da autoridade.
8. O trabalho, os valores profissionais e o
próprio futuro planetário perdem investimento afetivo e
importância social.
9. Os mais responsáveis temem o
surgimento de uma cultura sem dever, simultânea à
inédita e cruel competitividade.
Verdadeiramente, não se dá por provado que a
ciência seja boa ou que tenha contribuído para essa
decadência dos costumes. Nem se admite que a moral
ética dominante seja sábia.
Vemos, simultaneamente, os dois lados: (1) A
glorificação da ciência, em nome de uma nova moral
não conformista; e (2) Sua condenação moral, contra a
cultura e a civilização centradas na ciência.
As máquinas em geral e computadores em
particular, parecem criar uma cultura alheia e cruel.
Segundo Bunge: “Os jovens perderam confiança em
pais e mestres”.
Nem toda a reação contra valores estabelecidos é
integralmente negativa, pode ser um toque de atenção
que nos alerte para o que está havendo.
É certo que a geração atual não se questiona sobre
destruir algo como a ciência – que, na maioria dos
casos, não contribuíram para criar nem sabem utilizar.
Mas também é verdade que têm razão em protestar
contra o mau uso das conquistas da ciência e da
tecnologia, e com a decadência da moral e da ética.
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III - ÉTICA E CIDADANIA
3.1. Política e Cidadania
Para termos um bom e perfeito desenvolvimento
social e moral devemos ter basicamente o sentido do
conhecimento que nos é garantido pela lei maior, e
segui-lo.
Acredita-se que os indivíduos possuem valores e
legitimam as normas de cidadania e as leis quando, sem
controle externo, regem sua conduta pelas normas
éticas e morais da cidadania.
Como por exemplo, alguém que não rouba por
medo de ser preso não segue realmente a norma “não
roubar”, e sim apenas a segue temporariamente por
medo do castigo e, na certeza da impunidade, não a
seguirá.
E os indivíduos que seguem realmente a regra
independentemente de serem punidos caso sejam
descobertos, são os indivíduos que realmente legitimam
as normas de cidadania e as leis. Ou seja, se estiverem
convictos de que essa regra representa um bem moral,
seguirão a regra.
Essa consciência social ético moral, começa a
partir do desenvolvimento cultural, devemos criar
dentro de nós um grau elevado de cidadania, tendo
como alicerce o art. 5o da Constituição Federal, que diz:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza”.
3.2. Ideologia
Ideologia é a “Ciência da formação das idéias, é
um sistema de idéias.” E o que pode ser uma ideologia
da ética? Ou, como chegar a uma ideologia ética?
Quando se reflete sobre os ideais éticos pergunta-se
sobre os critérios da moralidade.
Por exemplo, diante de uma afirmação sobre a
validade de fins justificarem meios, é preciso
reconhecer que fins e meios são conceitos relativos,
como “direita e esquerda”, depende de onde se
encontram, pois um define o outro. Para que exista um
progresso numa ação é necessário estabelecer
determinado fenômeno como “fim”; estudar os “meios”
disponíveis; comparar valores; assegurar que uns não
destruam nem corrompam aos outros. E, finalmente,
verificar um progresso, quantitativo e qualitativo, para
que a ação seja moralmente correta.
Kant, por exemplo, propôs: "agir apenas de
acordo com a máxima de que se possa desejar
transformar em lei universal". Em outras palavras: "não
devo furtar, porque se todos o fizerem não poderemos
viver em sociedade e nem em paz.".
As leis de conduta social são vivas, nascem,
disputam prioridade, e sofrem a seleção natural.
Sobrevivem e se fortalecem as que parecem levar aos
resultados desejados. E as leis que não apresentam
resultados satisfatórios somem.
Na história das culturas, a moral é gerada no
ventre dos problemas. A Ética nasce e se desenvolve
como resposta e tentativa de solução das dificuldades
práticas que mais prevalecem.
Uma das ideologias éticas seria, então, incentivar
os indivíduos a terem obrigação de elevar a soma de
bem no mundo, em relação ao mal, e para o maior
número de pessoas e grupos pelo máximo de tempo.
Toda a noção de moral pressupõe um sentimento
comum a toda a cultura que recomenda certos atos a
aprovação geral e condena outros.
Pode-se supor que o egoísmo é considerado, na
maioria das culturas, como a essência da imoralidade,
pois a ética é contrária aos interesses individuais
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imediatos.
A adoção de um caminho ideológico ético pode
levar a sacrifícios, e a pessoa, aos olhos dos que não
acreditam na moral, podem parecer que tem uma vida
pior.
Entretanto, uma ideologia ética pressupõe seguir
esses padrões morais e éticos, sem se importar com as
influências externas. Preocupando-se com o cultivo de
certas qualidades, tais como: honestidade, escrúpulo,
bondade, temperança, etc.
3.3. Alienação (Des)Humanização do Homem no
Trabalho
Uma das coisas que está ocorrendo no mercado
de trabalho atual é a realização dos projetos de vida de
forma puramente egoísta.
A valorização do sucesso profissional, coroado
com gordos benefícios financeiros, o status social
elevado, e outros, são valores puramente individuais,
que, para uma minoria, podem acontecer pela obtenção
de privilégios, pela manipulação de outras pessoas, e
pela completa indiferença pelos outros membros da
sociedade.
Diz-se que se trata de uma minoria, pois é ilusão
pensar que todos podem ter carro importado, sua
imagem na televisão, acesso aos corredores do poder
político, e afins.
A valorização desse tipo de sucesso é traço
marcante da sociedade atual e tende a fazer com que as
pessoas o procurem, mesmo que o preço a ser pago seja
o de passar por cima dos outros, das formas mais
desonestas e até mesmo violentas. E como resultado, a
pessoa acreditará que perdeu o respeito próprio se não
foi bem sucedida nos seus planos pessoais, entretanto,
aceitará: mentir, roubar, desprezar o vizinho, etc.
É necessário que as regras morais sejam partes
integrantes do respeito próprio, ou seja, que o auto-
respeito dependa – além dos diversos êxitos na
realização dos projetos de vida – do respeito pelos
valores e regras morais.
Portanto, de nada adiantará a um Corretor de
Imóveis, unicamente talento para venda, vocação para o
ramo, boa memória, bom nível de instrução, cultura
geral, organização, e boa apresentação. É preciso que o
corretor absorva os valores e regras morais como
valores pessoais que procura resguardar em seu
ambiente de trabalho.
3.4. Ética e Civilização
Como conhecer a diversidade de valores
presentes na sociedade brasileira? Por se tratar de um
questionamento nacional que objetiva o exercício da
cidadania, procuremos em uma referência nacional: a
Constituição da República Federativa do Brasil (1988).
Nela, encontram-se elementos que identificam questões
morais.
No art. 1º vemos como fundamentos da República
Federativa do Brasil, a dignidade da pessoa humana e o
pluralismo político.
No art. 3º lemos que constituem objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil (entre
outros):
I) construir uma sociedade livre, justa e solidária;
III) erradicar a pobreza e a marginalização
e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV) promover o bem de todos, sem preconceitos
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
Não é difícil identificar valores morais em tais
objetivos, que falam em tratamento digno, justiça,
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igualdade, solidariedade.
Esses conceitos referem-se a algo que poderia
chamar de núcleo moral de uma sociedade. São valores
eleitos como necessários ao convívio entre os membros
dessa sociedade.
Trata-se de um consenso mínimo, de um conjunto
central de valores, indispensável à sociedade
democrática. Sem ele, destrói-se a democracia.
Os conceitos tratam, também, do caráter
democrático da sociedade brasileira. A democracia é
um regime político e também um modo de
sociabilidade que permite a expressão das diferenças, a
expressão de conflitos, e a pluralidade.
Essa valorização da liberdade não está em
contradição com a presença de um conjunto central de
valores. Pelo contrário, esse conjunto de valores
garante, justamente, a possibilidade da liberdade
humana, coloca fronteiras precisas para que todos
possam usufruir e preservar essa liberdade.
3.5. O Corpo
Questões éticas encontram–se a todo o momento
em todas as coisas com relação aos valores humanos,
elas permeiam todos os assuntos, inclusive “o corpo”.
O corpo é algo intimamente ligado à pessoa
humana. Não podemos tratá-lo, portanto, como uma
realidade separada do seu sentido mais amplo. O corpo
é a manifestação do indivíduo, da alma do homem, o
corpo é uma parte, e muito importante, da própria
pessoa.
O corpo não é considerado como algo separado
da mente. Portanto, o intelecto e o corpo são atributos
igualmente essenciais, indissociáveis.
Corpos e pensamentos podem ser distintos,
porém, são igualmente modificações da extensão e do
pensamento de uma mesma pessoa. E mais, no próprio
homem, sua mente e seu corpo não se separam, não
podendo o homem, por conseguinte, identificar-se com
um em detrimento do outro.
Quando perguntamos a alguém como é algum
indivíduo, é comum que comecemos por descrever o
seu corpo: se é alto ou baixo, loiro ou moreno, gordo ou
magro. O resto das suas qualidades espirituais, a sua
inteligência, modo de ser, caráter, etc., inserem-se nesse
físico e inclusive algumas realidades, como o
temperamento, vêm determinadas precisamente pelas
características corporais.
Além de ser parte do indivíduo, o corpo tem um
significado profundo quanto à comunicação das
pessoas. O corpo é também a fonte de uma rica
comunicação interpessoal. Com os olhos, os gestos, as
mãos, as palavras, nos comunicamos.
Para que desempenhe bem suas funções, é
necessário ao Corretor de Imóveis que cuide de seu
corpo como algo vinculado ao seu intelecto, o que
significa levar em conta que a saúde e a doença
envolvem necessariamente a nutrição, a qualidade de
vida, a psique, as relações, o estresse, o meio.
3.6. Sexualidade
A sexualidade em nossa vida tornou-se um item
suficientemente importante para ser problematizado.
A sexualidade, naturalmente, envolve relações
pessoais que devem ser baseadas no respeito de parte a
parte. Homem e mulher devem ser respeitados segundo
as particularidades de cada sexo.
A comunicação entre homens e mulheres deve
existir e pode ser praticada em várias dimensões, que
vão desde a cultura como um todo, até a conversa
amena entre duas pessoas. Dialogar pede capacidade de
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ouvir o outro e de se fazer entender. Esse diálogo pode
ser fonte de riquezas e é muito importante
profissionalmente.
O respeito às diferenças dos sexos, feminino e
masculino, é algo que deve ser levado em consideração
para a aquisição de uma conduta ética.
3.7. Liberdade
O ser humano é livre para escolher uma vida
satisfatória, pode escolher o que quiser. Há, porém, uma
escolha que ele não pode deixar de fazer: “não pode
deixar de escolher” não pode fugir de sua liberdade.
Segundo Spinoza “Um ser é livre quando age por
necessidade própria, quando não é levado a ação por
um outro.”
A liberdade humana não é dada, mas ela pode ser
conquistada, se o ser humano for capaz de expressar a
sua natureza. O humano não é livre, mas a liberdade é
uma possibilidade humana.
Toda a moralidade exige liberdade de quem age e
é julgado. As ações humanas, suas decisões e execuções
não obedecem a causas necessárias e suficientes, mas
há fatores, radicados dentro e fora do homem, no
passado, no presente e no futuro, que tornam as ações
mais prováveis.
Disse Goethe: "Aquele que quer ser algo grande,
deve saber limitar-se". Portanto, minha vontade livre
tem que mediar-se com a vontade livre do outro, a fim
de se universalizar.
3.8. Estética Arte e Vida Cotidiana.
Os estudos da estética não se prestam apenas ao
universo das grandes artes acadêmicas ou aos interesses
especializados dos críticos, mas também à percepção do
belo na prática da vida cotidiana.
Esse pensamento surgiu graças aos estudos
críticos de Immanuel Kant, na sua Crítica da Faculdade
do Juízo (1790). Para Kant, a estética é um estado de
vida de direito próprio, uma capacidade de fruição
intimamente relacionada a outras capacidades
cognitivas do ser humano, sem depender,
necessariamente, da aquisição de conhecimento, ou
seja: para contemplar o belo, o sujeito não se vale das
determinações das capacidades cognitivas das
faculdades do conhecimento. Na percepção do objeto, o
sujeito abarca a plenitude de suas características e não
as características isoladas.
A Estética como uma dimensão própria do
homem, tem despertado desde a Grécia antiga, interesse
e preocupação no “ser”, por aquilo que efetivamente o
agrada. Essa disposição ao questionamento do belo, a
busca incessante pela compreensão e delimitação do
conceito de beleza move a estética no transpassar da
vida humana como disciplina filosófica, como mera
fruição, como criação, como um ideal ou como uma
ruptura.
Para Platão, o belo é o bem, a verdade, a
perfeição. Existe em si mesma apartada do mundo
sensível, residindo, portanto, no mundo das idéias. A
idéia suprema da beleza pode determinar o que seja
mais ou menos belo.
Já Aristóteles, diferentemente de Platão, acredita
que o belo seja inerente ao homem, afinal, a arte é uma
criação particularmente humana e, como tal, não pode
estar num mundo apartado daquilo que é sensível ao
homem. A beleza de uma obra de arte é assim atribuída
por critérios tais como proposição, simetria e
ordenação, tudo em sua justa medida.
Segundo Hume (1989:266): “Quem nunca teve a
oportunidade de comparar os diversos tipos de beleza,
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indubitavelmente se encontra completamente
incapacitado de dar opinião a respeito de qualquer
objeto que lhe seja apresentado. Só através da
comparação podemos determinar os epítetos da
aprovação ou da censura, aprendendo a discernir sobre
o devido grau de cada um.”.
Para Ortega, a arte é como um elo entre a vida
social e o homem. Em uma obra sua com capítulo
intitulado: “Unas Gotas de fenomenologia”, Ortega
explica como pessoas diferentes que vivem uma mesma
situação a perceberão de modo distinto. Trata-se de uma
meditação muito profunda sobre a maneira como nos
inserimos no mundo. A forma como a realidade nos
atinge está ligada ao modo como estamos inseridos
nela.
Cada época revela uma tendência, e a nova arte
também é uma nova tendência, porém, rompe com as
anteriores. A arte moderna tende a ir contra a mais
antiga, espera substituí-la.
A tendência da arte contemporânea seria o
afastamento da arte da vida vivida, do quotidiano
compartilhado pelos homens. E seu produto seria o
afastamento do homem comum da arte produzida nos
tempos atuais.
3.9. Estética de Si
A estética dos indivíduos, e o significado de
beleza tem sido objeto de reflexão.
Kant vê na experiência do belo, e mais ainda do
sublime, a realização das capacidades mais elevadas do
ser humano. A riqueza do real admitida na
contemplação estética é experimentada como afirmação
prazerosa de sua ampla determinabilidade por nós.
Já para Hegel, a dificuldade de se estudar a
Estética é o fato de seu objeto – o belo – ser de ordem
espiritual, pois o belo não é um objeto de existência
material, mas de existência subjetiva, inerente à
atividade espiritual de cada indivíduo. Contudo, esse
fato não chega a ser comprometedor para a
compreensão do fenômeno estético, porque o
"verdadeiro conteúdo do belo é o espírito".
3.10. Ética e Cidadania na Sociedade Tecnológica
Tudo que é cientificamente possível e
tecnologicamente realizável não é necessariamente
ético ou admissível.
O impacto e as conseqüências éticas do progresso
científico e tecnológico para os cidadãos, enquanto
membros da sociedade são atualmente visíveis.
Parte significativa dos cientistas nos laboratórios
de pesquisa internacionais, atualmente se dedica ao
desenvolvimento de tecnologia para as grandes
corporações globais. Se a conseqüência desse
desenvolvimento for um maciço aumento do
desemprego por conta da radical automação, este ônus
passa a ser transferido para a sociedade, tenha ela ou
não estrutura para lidar com a questão. E onde estaria a
ética da tecnologia para com a sociedade?
O capitalismo global apossou-se por completo
dos destinos da tecnologia, orientando-a única e
exclusivamente para a criação de valor econômico.
Surge da necessidade de obter instrumentos
eficientes para propor soluções para os problemas éticos
que a sociedade tecnológica cria.
Nem John Locke, com sua pretensão da
"sociedade global" consegue explicar a novidade real
dos processos históricos que estamos testemunhando.
Surge um novo paradigma de "relações globais de
poder", de uma forte união do poder econômico ao
poder político para materializar o projeto do capital
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global.
A globalização deveria ser realizada e regida pelo
trabalho. A construção da "Sociedade Global" será
possível com a emancipação humano-social, uma forma
de sociabilidade, onde o desenvolvimento das forças
tecnológicas e globalizadas do capital atenda às
necessidades de todos.
Guy Debord afirmava que a dominação da
economia sobre a vida social acarretou uma degradação
do “ser” para o “ter”. Em seguida, operou-se um
deslizamento generalizado do “ter” para o “parecer-ter”.
Ou seja: “não preciso ser, mas preciso ter, e se não
posso ter vou aparentar que tenho.”.
Em meio às turbulências éticas pelas quais
passam as sociedades contemporâneas, uma esperança
parece acalentar os sonhos dos homens: que a
sobrevivência da humanidade como espécie esteja
garantida. No entanto, a existência humana dependerá
de sermos capazes de estabelecer contratos de longo
prazo com nosso futuro. Se destruirmos frágeis
equilíbrios em nome do que chamamos progresso, nem
nós sobraremos.
Para a ética de Aristóteles, o que constitui o
sentido da existência humana não é o domínio, mas o
conhecimento. A moral ética seria o conjunto de ações
pelas quais o homem prudente, impregnado de razão, dá
forma a sua existência. Esse comportamento ofereceria
a garantia de que o homem não destruísse a si mesmo.
Já para Karl Jasper: “é da responsabilidade das
nossas decisões e dos atos humanos que o futuro
depende”.
Para Jürgen Habermas: “O saber não pode,
enquanto tal, ser isolado de suas conseqüências”.
O problema maior em recuperar o controle sobre
a ciência – a partir de novos referenciais éticos – é que
o Estado (Governo) nas sociedades pós-modernas
continua em fase de desmonte. Seus antigos papéis já
não são mais possíveis, seus novos papéis ainda não
estão claros. Como conseqüência, o Estado enfraquece
sua condição de legítimo representante das sociedades
civis.
A busca de uma nova supremacia da sociedade
civil, sobre a qual seja possível reconstruir um Estado
apto a lidar com os desafios da sociedade pós-moderna,
pressupõe rever a idéia de progresso, sem abrir mão de
que os povos devam ter direito aos benefícios da ciência
e das técnicas, condicionando sua aplicação ao que é
bom para os cidadãos.
É importante que um corretor de Imóveis,
enquanto profissional, tenha em mente todas essas
coisas citadas, e que o saber é o fator mais importante
na competição mundial pelo poder. No entanto, o
direito de decidir sobre o que é verdadeiro não é
independente do direito de decidir sobre o que é justo.
O estudo dos itens anteriores lhe
proporcionou noções básicas sobre os
preceitos e princípios da ética.
Pois bem, agora você vai aprender um pouco
sobre os desafios éticos atuais.
O objetivo desse conteúdo é de dar-lhe uma
visão simplista sobre ética e os seus diversos ramos.
IV - O DESAFIO ÉTICO ATUAL
4.1. Crise da Modernidade e Espiritualidade
Uma questão que pode ser considerada uma crise
ética da modernidade e espiritualidade é identificar
65
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
quais as dificuldades para chegar a um conjunto de
princípios capazes de reger a vida do homem moderno.
Segundo Apel, “É preciso distinguir atitudes individuais
de condições universalistas para a vida em grupo. Cada
pessoa deve procurar o que é melhor para si. É o
indivíduo quem faz sua própria escolha profissional,
por exemplo. Vivemos num espaço livre para a
individualidade. Por isso, não posso dar, nessa
perspectiva, um universo de princípios ou prescrições a
serem seguidas. Todos têm que tentar encontrar seu
único e autêntico caminho. As regras universalistas
dizem respeito a áreas como a justiça, em que há co-
responsabilidade coletiva, o que quer dizer que estamos
inscritos numa fundação de princípios universais.”.
Mas, o que impede que sejam postos em prática
princípios éticos que fundamentem uma
responsabilidade universal e solidária? Para Apel, o
principal impedimento vem da incapacidade do ser
humano em se preocupar com o coletivo. O indivíduo
dá importância apenas ao que interessa a ele. Não
sabemos utilizar a razão estratégica para alcançar
propósitos coletivos. Em nossa comunicação, por
exemplo, o homem não procura entrar em contato com
o outro. Ele se esforça para fazer barganhas. Eu digo o
que faço por você e espero saber o que você fará por
mim. São diálogos estratégicos. Isso acontece no
mundo da política, dos negócios, da economia, em que
as pessoas barganham o tempo todo.
Outro fato a ser tratado é que as sociedades atuais
possam ser incapazes de encontrar seus princípios
morais de forma racional. Segundo Apel, é muito difícil
resolver as dificuldades morais. Precisamos pensar em
responsabilidade conjunta das sociedades, não
específica. A busca dos princípios morais é uma
questão de todos os seres humanos.
4.2. Os Círculos Intelectuais
Para os Gregos, o ideal ético estava na busca
teórica e prática do bem, os Estóicos insistiram mais
nesta vida e bem material, e os Epicureus afirmaram
que a vida devia ser voltada para o prazer. Vejamos
mais alguns círculos intelectuais que se referem à ética.
Se é verdade que não há aceitação das regras
morais e éticas sem um investimento afetivo, é também
verdade que tal aceitação não existe sem a
racionalidade, sem o juízo e a reflexão sobre valores e
regras.
• A moral pressupõe a responsabilidade, e essa
pressupõe a liberdade e o juízo.
• Somente há responsabilidade por atos se houver
a liberdade de realizá-los ou não.
• Cabem, portanto, o pensamento, a reflexão, o
julgamento para, então, a ação.
Muitas vezes, é por falta de apreensão racional
dos valores que alguns agem de forma impensada. Pois
se tivessem refletido um pouco, provavelmente teriam
mudado de idéia e agido diferentemente.
Tomando-se o exemplo da mentira, verifica-se
que poucas pessoas pensaram sobre o que é a mentira.
A maioria limita-se a dizer que ela corresponde a não
dizer, intencionalmente, a verdade. Na realidade,
mentir, no sentido ético, significa não dar uma
informação a alguém que tenha o direito de obtê-la.
Em resumo, agir segundo critérios e regras
morais implica fazer uma escolha. E como escolher
implica adotar critérios, a racionalidade é condição
necessária à vida moral.
66
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
4.3. A Proposta de uma Ética da Responsabilidade
Solidária de Karl Otto Apel
Essa proposta é uma linha filosófica e se orienta,
atualmente, para os conflitos da nossa época e a
exigência de uma orientação ético-política fundamental.
É esse o título de uma das conferências mais atuais de
Karl-Otto Apel e é ele o filósofo de uma das filosofias
transcendentais contemporâneas.
Trata-se de uma discussão, que o filósofo levanta,
sobre a possibilidade de “algo como uma ética da
responsabilidade solidária.”
Diz Apel: “a paradoxalidade dessa situação se
caracteriza através do seguinte dilema: de um lado, a
necessidade de uma ética intersubjetivamente
vinculatória, de responsabilidade solidária da
humanidade, diante das conseqüências de atividades e
conflitos humanos, nunca foi tão urgente como nos dias
atuais, e isso em função do pavoroso aumento do risco
decorrente de todas as atividades e conflitos humanos,
devido ao espantoso potencial técnico da ciência. De
outro lado, parece que a fundamentação racional de
uma ética intersubjetivamente válida jamais foi tão
difícil quanto hoje em dia, uma vez que a ciência
moderna (science) pré-ocupou o conceito de
fundamentação racional, intersubjetivamente válida, no
sentido da neutralidade valorativa; por causa disso,
todas as formações teóricas não isentas de valoração
parecem, a partir deste parâmetro, ser meras
ideologias. Assim, conclui: precisamente uma ética
racional de superação dos conflitos parece ser
impossível, já que a ética aparece, desde logo, apenas
como possível ideologia de um dos partidos
conflitantes.”.
E este é o dilema que Apel passa a analisar, nos
seus dois aspectos: a exigência de uma ética de
responsabilidade solidária em face da crise da
civilização técnico-científica e a aparente
impossibilidade racional de uma ética de
responsabilidade solidária, intersubjetivamente válida,
ou seja, de efetividade entre todos os indivíduos.
Karl-Otto Apel visa uma ética da
responsabilidade, isto é, uma ética que leva em conta as
conseqüências e efeitos colaterais dos atos dos sujeitos
agentes. O meio pelo qual se chega a normas
consensuais na moral e no direito é o discurso
argumentativo, exercido por todos os indivíduos. Isso
os tornará co-responsáveis pelas conseqüências de suas
ações.
4.4. Código de Ética Profissional dos Corretores de
Imóveis
A finalidade do Código de Ética Profissional
dos Corretores de Imóveis é reger a conduta dos
membros da comunidade dos Corretores de Imóveis, de
acordo com os princípios de convivência geral.
Segue abaixo texto integral do Código de Ética:
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
Aprovado conforme Resolução Cofeci n° 326/92
Art. 1º - Este Código de Ética Profissional tem por
objetivo fixar a forma pela qual deve se conduzir o
Corretor de Imóveis, quando no exercício profissional.
Art. 2° - Os deveres do Corretor de Imóveis
compreendem, além da defesa do interesse que lhe é
confiado, o zelo do prestígio de sua classe e o
aperfeiçoamento da técnica das transações imobiliárias.
Art. 3° - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação ao
exercício da profissão, à classe e aos colegas:
I - considerar a profissão como alto título de honra e
67
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
não praticar nem permitir a prática de atos que
comprometam a sua dignidade.
II - prestigiar as entidades de classe, contribuindo
sempre que solicitado, para o sucesso de suas iniciativas
em proveito da profissão, dos profissionais e da
coletividade;
III - manter constante contato com o Conselho
Regional respectivo, procurando aprimorar o trabalho
desse órgão;
IV - zelar pela existência, fins e prestígio dos
Conselhos Federal e Regionais, aceitando mandatos e
encargos que lhes forem confiados e cooperar com os
que forem investidos em tais mandatos e encargos;
V - observar os postulados impostos por este Código,
exercendo seu mister com dignidade;
VI - exercer a profissão com zelo, discrição, lealdade e
probidade, observando as prescrições legais e
regulamentares;
VII - defender os direitos e prerrogativas profissionais e
a reputação da classe;
VIII - zelar pela própria reputação mesmo fora do
exercício profissional;
IX - auxiliar a fiscalização do exercício profissional,
cuidando do cumprimento deste Código, comunicando,
com discrição e fundamentadamente, aos órgãos
competentes, as infrações de que tiver ciência;
X - não se referir desairosamente sobre seus colegas;
XI - relacionar-se com os colegas, dentro dos princípios
de consideração, respeito e solidariedade, em
consonância com os preceitos de harmonia da classe;
XII - colocar-se a par da legislação vigente e procurar
difundi-la a fim de que seja prestigiado e definido o
legítimo exercício da profissão.
Art. 4º - Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação
aos clientes:
I - inteirar-se de todas as circunstâncias do negócio,
antes de oferecê-lo;
II - apresentar, ao oferecer um negócio, dados
rigorosamente certos, nunca omitindo detalhes que o
depreciem, informando o cliente dos riscos e demais
circunstâncias que possam comprometer o negócio;
III - recusar a transação que saiba ilegal, injusta ou
imoral;
IV - comunicar, imediatamente, ao cliente o
recebimento de valores ou documentos a ele destinados;
V - prestar ao cliente, quando este as solicite ou logo
que concluído o negócio, contas pormenorizadas;
VI - zelar pela sua competência exclusiva na orientação
técnica do negócio, reservando ao cliente a decisão do
que lhe interessar pessoalmente;
VII - restituir ao cliente os papéis de que não mais
necessite;
VIII - dar recibo das quantias que o cliente lhe pague
ou entregue a qualquer título;
IX - contratar, por escrito e previamente, a prestação
dos serviços profissionais;
X - receber, somente de uma única parte, comissões ou
compensações pelo mesmo serviço prestado, salvo se,
para proceder de modo diverso, tiver havido
consentimento de todos os interessados, ou for praxe
usual na jurisdição.
Art. 5° - O Corretor de Imóveis responde civil e
penalmente por atos profissionais danosos ao cliente, a
que tenha dado causa por imperícia, imprudência,
negligência ou infrações éticas.
Art. 6º - É vedado ao Corretor de Imóveis:
I - aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou
que não se ajustem às disposições vigentes, ou ainda,
que possam prestar-se a fraude;
II - manter sociedade profissional fora das normas e
68
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
preceitos estabelecidos em lei e em Resoluções;
III - promover a intermediação com cobrança de “over-
price”;
IV - locupletar-se, por qualquer forma, a custa do
cliente;
V - receber comissões em desacordo com a Tabela
aprovada ou vantagens que não correspondam a
serviços efetiva e licitamente prestados;
VI - angariar, direta ou indiretamente, serviços de
qualquer natureza, com prejuízo moral ou material, ou
desprestígio para outro profissional ou para a classe;
VII - desviar, por qualquer modo, cliente de outro
Corretor de Imóveis;
VIII - deixar de atender a notificações para
esclarecimento à fiscalização ou intimações para
instrução de processos;
IX - acumpliciar-se, por qualquer forma, com os que
exercem ilegalmente atividades de transações
imobiliárias;
X - praticar quaisquer atos de concorrência desleal aos
colegas;
XI - promover transações imobiliárias contra disposição
literal da lei;
XII - abandonar os negócios confiados a seus cuidados,
sem motivo justo e prévia ciência do cliente;
XIII - solicitar ou receber do cliente qualquer favor em
troca de concessões ilícitas;
XIV - deixar de cumprir, no prazo estabelecido,
determinação emanada do órgão ou autoridade dos
Conselhos, em matéria de competência destes;
XV - aceitar incumbência de transação que esteja
entregue a outro Corretor de Imóveis, sem dar-lhe
prévio conhecimento, por escrito;
XVI - aceitar incumbência de transação sem contratar
com o Corretor de Imóveis, com que tenha de colaborar
ou substituir;
XVII - anunciar capciosamente;
XVIII - reter em suas mãos negócio, quando não tiver
probabilidade de realizá-lo;
XIX - utilizar sua posição para obtenção de vantagens
pessoais, quando no exercício de cargo ou função em
órgão ou entidades de classe;
XX - receber sinal nos negócios que lhe forem
confiados caso não esteja expressamente autorizado
para tanto.
Art. 7º - Compete ao CRECI, em cuja jurisdição se
encontrar inscrito o Corretor de Imóveis, a apuração das
faltas que cometer contra este Código, e a aplicação das
penalidades previstas na legislação em vigor.
Art. 8º - Comete grave transgressão ética o Corretor de
Imóveis que desatender os preceitos dos artigos 3º, I, V,
VI e IX; 4º, II, III, IV, V, VII, VIII, IX e X; 6º, I, III,
IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIX e XX, e
transgressão de natureza leve o que desatender os
demais preceitos deste Código.
Art. 9º - As regras deste Código obrigam aos
profissionais inscritos nos Conselhos Regionais.
Art. 10 - As Diretorias dos Conselhos Federal e
Regionais promoverão a ampla divulgação deste
Código de Ética.
Brasília-DF, 25 de junho de 1992
WALDYR FRANCISCO LUCIANO
Presidente
RUBEM RIBAS
Diretor 1º Secretário
69
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Nesta unidade, demonstramos que a ética deve ser
uma preocupação de qualquer
profissional, sem ela, não existe
organização e condições de perfeita
concorrência no mercado de trabalho.
Reflita! Quais são as características e postura que
um profissional ético deve ter em relação à
concorrência.
V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SINGER, Peter. Ética prática. 3. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2002.
HOBBES, Thomas. Leviatã. 2. ed. São Paulo: Abril,
1979. (Coleção Os Pensadores)
RAWLS, John. Uma teoria da justiça. 4. ed. São
Paulo: Martins Fontes, 2002.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril,
1973a. (Coleção Os Pensadores)
KANT, Immanuel. Crítica da razão prática. São
Paulo: Martins Fontes, 2002.
70
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Apostila
Noções de Economia e Mercado
71
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
SUMÁRIO
PÁG. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... .................................. 73
I – ECONOMIA....................................................................................................................................... 73
1.1. Definição .......................................................................................................................................... 73
1.2. Organização da Atividade Econômica ........................................................................................... 73
1.3. Sistema Econômico – Uma Visão Geral ......................................................................................... 73
1.4. Agentes Econômicos......................................................................................................................... 74
1.5. Integração dos agentes econômicos ............................................................................................... 75
1.6. Influências da modernidade............................................................................................................ 75
1.7. Objeto de Estudo ............................................................................................................................. 76
II - O MECANISMO E O EQUILÍBRIO DO MERCADO ...................................................................... 76
2.1. Demanda e Oferta: O Mecanismo do Mercado............................................................................. 76
2.1.1 Variáveis que influenciam a Demanda .................................................................................. 77
III - PROCESSO PRODUTIVO .................................................................................................................. 77
3.1. Teoria da Firma ............................................................................................................................... 78
3.2. Teoria da Produção.......................................................................................................................... 78
3.3. Programação da produção .............................................................................................................. 78
3.4. Em que Consiste o Planejamento e Controle da Produção .......................................................... 79
3.5. Objetivo do Planejamento e Controle ............................................................................................ 79
3.6. Tarefas de Planejamento e Controle .............................................................................................. 79
3.6.1. Carregamento ............................................................................................................................. 80
3.6.2. Seqüenciamento................................................................................................................................... 80
3.6.3. Programação........................................................................................................................................ 80
3.7. Planejamento da Produção.............................................................................................................. 80
3.7.1. Determinação dos Fatores de Produção ........................................................................................ 80
3.7.2. Tempo de Ressuprimento................................................................................................................. 81
3.7.3. Ponto de Ressuprimento................................................................................................................... 81
3.8. Controle de Estoques.................................................................................................................................. 81
3.9. Controle da Produção.................................................................................................................... 82
3.10. Os Custos de Produção ................................................................................................................ 82
3.11. Controle de Qualidade.............................................................................................................................. 83
3.12 . Just In Time (JIT) .................................................................................................................................... 83
3.12.1. Algumas expressões são geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia Just
in Time: ................................................................................................................
84
72
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
3.12.2. Objetivos do JIT ................................................................................................................... 84
3.12.3. Vantagens do JIT.................................................................................................................. 84
3.12.4. Qualidade no JIT.................................................................................................................. 84
3.12.5. Flexibilidade no JIT.............................................................................................................. 85
3.12.6. Velocidade no JIT................................................................................................................. 85
3.12.7. Confiabilidade no JIT .......................................................................................................... 85
13.2.8. Fim aos desperdícios e a melhoria contínua no JIT .......................................................... 85
3.12.9. As metas colocadas pelo JIT em relação aos vários problemas de produção são: ......... 85
3.13. A Previsão das Vendas ............................................................................................................ 86
IV - MERCADO: OFERTA E PROCURA................................................................................................. 86
4.1. Estruturas Básicas do Mercado ...................................................................................................... 86
4.1.1. Concorrência Perfeita ............................................................................................................ 87
4.1.2. Monopólio................................................................................................................................ 87
4.1.3. Oligopólios............................................................................................................................... 87
4.1.4. Concorrência monopolística .................................................................................................. 88
V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 89
73
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
INTRODUÇÃO
As grandes questões mundiais e locais
sobre desemprego, preços, crescimento
econômico etc perpassam a disciplina que
você irá iniciar agora que trata de economia e
mercado. Antes de iniciar o conteúdo propriamente
dito, faça uma reflexão sobre as questões abaixo:
1) na sua percepção, o desemprego é um dos
mais complexos problemas das sociedades?
2) você compreende como e por que cada vez
mais a economia de um país depende da economia
mundial?
I – ECONOMIA
1.1. Definição
A expressão economia tem origem na palavra
grega oikos, que significa casa, fortuna, riqueza, e na
palavra nomos (também grega), que quer dizer lei,
regra ou administração.
Vejamos agora outras idéias para que você
possa consolidar o conceito de economia:
A Economia é a ciência que estuda a
atividade produtiva. De forma geral esse estudo tem
por objeto a atividade econômica de toda sociedade,
tais como, as empresas como unidades de produção e
as família como unidade de consumo.
Modernamente, “define-se economia como a
ciência que estuda o emprego de recursos escassos,
entre usos alternativos, com o fim de obter os
melhores resultados, sejam na produção de bens, ou
na prestação de serviços”. (Souza, 2003)
1.2. Organização da Atividade Econômica
As questões da economia passou a existir desde
que as pessoas começaram a usar um lugar fixo para
viver, evitando a vida nômade e formando
agrupamentos (cidades, sociedades), para o trabalho e
cultivo da terra, gerando rendimento com atividades
artesanais e prestação de serviços. É a partir de tais
condições que vão surgir questões relativas a:
� utilização dos recursos;
� distribuição dos produtos decorrentes da
produção;
� organização da vida econômica em
sociedade.
1.3. Sistema Econômico – Uma Visão Geral
Visto de forma geral, o sistema econômico é
composto por um conjunto de três elementos:
� Estoque de fatores de produção - constitui
a própria base da atividade econômica e condiciona a
existência e as dimensões do sistema de produção.
Sua qualificação e combinação determinam a
eficiência. As definições sobre os produtos finais
deles decorrem dos padrões de eficácia do sistema
como um todo.
� Interação entre os agentes econômicos - A
forma como é empregado os recursos, a sua
destinação e a definição dos produtos são
determinadas pelos agentes econômicos, que são: a
família, a empresas e governo. Tal relação entre os
três grupos pode se dar de forma direta ou indireta
nas transações.
� Complexo de instituições - Os agentes
econômicos definem e mobilizam os recursos
necessários para a produção dos bens associados às
diferentes categorias de renda da população. Os
agentes agem de acordo com um complexo de
74
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
instituições que dá respaldo e forma às suas
intenções. As instituições (onde são organizados os
fatores de produção) são também denominadas
unidades produtoras.
Esse sistema poderia ser representado da
seguinte maneira:
O sistema econômico é a forma como a
sociedade está organizada para desenvolver as
atividades econômicas de produção, circulação,
distribuição e consumo de bens e serviços.
Mas para que esses fatores façam parte do
processo produtivo, eles precisam estar organizados
de tal forma que a sua combinação resulte em
algum bem ou serviço.
Vejamos, pois, como se dá tal composição.
� Setor primário – constituído pelas unidades
produtoras que utilizam intensamente os recursos
naturais, sem transformações substanciais em seus
produtos. Exemplo: Atividades rurais, extração e
agropecuária.
� Setor secundário – constituído pelas unidades
produtoras dedicadas às atividades industriais,
através dos quais os bens são transformados.
Exemplo: Indústrias.
� Setor terciário – este se diferencia dos outros
pelo fato de seu produto não ser tangível, concreto,
embora de grande importância no sistema
econômico. É também chamado setor de serviços
exatamente por atuar neste segmento. Exemplo:
ocupações de comércio, corretagem de valores,
seguro, transportes, serviços de consultoria, turismo,
intermediação financeira, atividade bancária etc.
1.4. Agentes Econômicos
O sistema econômico também pode ser descrito
pela ótica dos agentes, o que significa dizer que o que
se observa é a relação e interação entre três grupos: as
unidades familiares, empresas, governo. Vejamos
como cada um dos grupos é descrito.
Agente econômico unidades familiares -
Entende-se como unidade familiar todos os tipos de
unidades domésticas, unipessoais ou familiares, com
ou sem parentesco.
Agente econômico empresas - Empresas são
agentes econômicos que aplicam os fatores de
produção disponíveis. Seu objetivo é combinar os
fatores para a geração de bens e serviço a fim de
atender as necessidades de consumo da sociedade.
O conjunto de empresas que compõem o
aparelho produtivo (produção) é heterogêneo sob
diversos aspectos: tamanho, forma jurídica, origem,
controle, forma de administração, natureza dos
produtos e outros. Em função do tipo de produção,
distinguem-se quatro categorias de empresas com
características próprias de funcionamento:
� Agrícola
� Industrial
� Comercial
� Financeira
Agente econômico governo - O governo
participa como agente econômico devido às
Sistema Acadêmico
Estoque de Fatores
Agentes Econômico
Instituições
Recursos Naturais Recursos humanos
Unidades Familiares Empresas Governo
Jurídicas Políticas Sociais
75
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
particularidades que envolvem suas ações
econômicas. Segundo Edy e Peacock (1963, apud
ROSSETTI, 2003), governo é:
Um agente coletivo que contrata diretamente o
trabalho de unidades familiares e que adquire uma
parcela da produção das empresas para proporcionar
bens e serviços úteis à sociedade como um todo.
A principal função do governo como agente
econômico no sistema é controlar e direcionar os
meios de produção, através de políticas, visando a
satisfação das necessidades das pessoas na sociedade.
1.5. Integração dos agentes econômicos
Caro aluno, com relação à integração dos
agentes econômicos, é muito importante você
perceber que os meios e os mecanismos para tal
integração derivam de dois fatores fundamentais:
� A diversidade das necessidades humanas;
� A diversidade de capacitação das pessoas e
nações, o que conduz a especialização e a divisão
social do trabalho.
Surgiram assim, três importantes fatores de
contribuição ao progresso econômico:
� Divisão do trabalho
� Especialização
� Trocas
A medida que a divisão do trabalho e a
especialização se generalizam e se consolidam, as
operações produtivas se tornam mais eficientes
explorando vantagens comparativas comprovadas.
�
1.6. Influências da modernidade
Após a revolução científica e industrial dos
séculos XVIII e XIX, a divisão do trabalho e
especialização levaram ao aumento da capacidade
produtiva, permitindo uma rede de troca entre as
nações. Esse fenômeno resultou no desaparecimento
gradativo do sistema da auto-suficiência.
A intensificação industrial, contribui para a
maior eficiência, e então, novos ganhos de escala têm
sido possíveis (ROSSETTI, 2003). Nessa perspectiva,
o ganho na produtividade decorrente do ganho de
escala (custo) - que provoca redução de custos - é um
dos fatores que contribui para a integração dos
agentes econômicos.
Nas três últimas décadas do século XX e no
prelúdio do século XXI, quando se intensifica o uso
de tecnologias da informação, como uma das
conseqüências na economia, pode-se observar que a
necessidade de consumo das pessoas sofreu
alterações, tornando-se cada dia mais efêmera. Os
produtos exigidos nesse novo período são artigos
descartáveis e produtos personalizados.
As indústrias, para responder a essa nova
exigência do consumidor e ao mesmo tempo fazer
integração com os demais agentes econômicos,
passaram a produzir produtos diversificados,
seguindo um processo diferente de produção. Para a
empresa responder a esse novo desafio precisa aderir
a um novo conceito que surge, denominado de
customização.
O aparelho de produção do sistema econômico
pode ser apresentado de forma esquemática, como
demonstrado a seguir:
76
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Vale destacar, porém, que o agrupamento
básico demonstrado no esquema pode ser
representado por outros elementos.
Nos agrupamentos básicos mais
representativos da sociedade, mesmo que em uma
versão simplificada e preliminar do sistema, é
fundamental identificar os principais setores de
produção, bem como os resultados de suas
atividades operacionais, segundo os tipos e a
destinação dos bens e serviços que fornecem.
Após esses conceitos, você já é
capaz de identificar qual é o objeto da
economia?
1.7. Objeto de Estudo
O objeto de estudo da economia está
relacionado à investigação do comportamento
humano quanto às relações de custo, recursos, troca
etc. Toda ação humana que envolve a trilogia
produção, consumo e distribuição é uma atividade
econômica.
A economia é também o estudo de como as
pessoas asseguram meios para sua sobrevivência
(alimentação, moradia, transporte, etc), focando nos
problemas enfrentados por estas pessoas e as
maneiras como estes problemas são resolvidos.
II - O MECANISMO E O EQUILÍBRIO DO
MERCADO
Os problemas da economia surgem em
função da escassez de bens e serviços, visto que a
limitação de recursos produtivos provoca a limitação
da oferta de bens. A escassez, destaca o prof.
VASCONCELOS (2002), “surge em virtude da
necessidade humana ilimitada e da restrição física de
recursos”.
2.1. Demanda e Oferta: O Mecanismo do Mercado
Você sabe qual é a definição de demanda?
Demanda de Mercado pode ser representada
pelo comportamento do consumidor em relação a um
determinado produto. Observe que quando o preço
está em um nível elevado, a demanda pelo produto é
menor, isto é, uma parte dos consumidores não está
disposta a adquirir o produto a este preço.
A Demanda é uma relação que demonstra as
quantidades de um bem ou serviço que os
compradores estariam dispostos e seriam capazes de
adquirir a diferentes preços de mercado.
2.1.1 Variáveis que influenciam a Demanda
Quais variáveis afetam a demanda?
Aparelho de Produção da Economia Nacional
Atividades Primárias de
Produção
Atividades Secundárias de Produção
BENS (produtos tengíveis)
Atividades Terciárias de
Produção
Serviços (produtos
intangíveis
Atendimento das
necessidades de consumo a acumulação da
77
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Técnico em Transações Imobiliárias
A demanda de um determinado bem (produto
ou serviço) depende de um conjunto de variáveis que
a influenciam, das quais destacamos:
• Riqueza – a riqueza de uma sociedade, bem
como sua distribuição, tem influência direta no
consumo (demanda); quanto maior for a riqueza da
sociedade maior é a possibilidade de consumo.
• Renda – quando a distribuição da renda de
uma sociedade atinge um nível maior na sua
distribuição e alcança um número grande de pessoas,
aumenta a possibilidade de consumo dos habitantes
da região.
• Preço de outros bens – quando o preço de
bens similares em utilidade similar atinge a satisfação
dos consumidores, isso influencia o consumo do
referido similar; ou seja, reduz-se a possibilidade de
consumo do bem original devido à substituição pelo
similar que satisfaz;
• Fatores climáticos e sazonais – o clima é fator
importante no consumo de determinados bens. Por
exemplo, o consumo de alimentos sólidos tem maior
preferência do que os líquidos em períodos de clima
frio.
• Propaganda – essa tem um papel importante
no consumo, pois, quando bem elaborada, pode
induzir o consumidor a adquirir um dado serviço ou
produto.
• Outros - Hábitos, gostos, preferência dos
consumidores, oportunidades de compra etc.
A Oferta descreve o comportamento das empresas
no tocante à quantidade de um determinado
produto que deseja ofertar a preços alternativos.
O Equilíbrio de Oferta e Demanda ocorre no
ponto onde a quantidade demandada iguala a
quantidade ofertada. Para que se mantenha um bom
equilíbrio, é importante observar algumas questões:
a) Quais são os bens e serviços a produzir.
b) Como produzir estes bens e serviços.
c) Para quem produzir os bens e serviços.
d) Depois de prontos os bens, a quem distribuí-
los.
Com base nas definições acima temos a trilogia
básica da economia, como observa-se no seguinte
esquema:
III - PROCESSO PRODUTIVO
O processo produtivo possui elementos
indispensáveis, veremos a seguir como funciona esse
processo produtivo.
3.1. Teoria da Firma
A firma é um importante componente do
sistema econômico, que se situa no setor produtivo,
responsável pela transformação de fatores produtivos
para a geração de bens e serviços destinados ao
consumo da sociedade. Também é um elemento
fundamental na geração de empregos.
Produção
Consumo Distribuição
78
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Em economia de mercado encontramos dois
agentes: de um lado os consumidores e de outro a
firma.
As teorias econômicas mais atuais concebem a
firma moderna como:
“Um conjunto de contratos entre agentes
especializados, que trocarão informações e serviços
entre si, de modo a produzir um bem final. Os
agentes poderão estar dentro de uma hierarquia, que é
o que convencionalmente chamamos de firma.
Poderão, entretanto, estar fora dessa hierarquia,
relacionando-se extra-firma, mas agindo motivados
por estímulos que os levam a atuar
coordenadamente”. (Zylberzstajn, 2003).
3.2. Teoria da Produção
O estudo da teoria da produção é importante
para a compreensão da teoria da firma porque os
princípios gerais da teoria da produção enfocam os
dados necessários para a análise de custos e da oferta
de bens e serviços produzidos. Esses componentes
formam a base para a definição dos preços.
Segundo Carvalho (2004), a teoria da produção
desenvolve dois papéis extremamente importantes.
Primeiramente, serve de base para a análise das
relações entre produção e custo de produção. Em
segundo lugar serve de apoio para a análise da
demanda da firma, ou seja, fornece o parâmetro da
produção que por sua vez está limitado a capacidade
instalada.
O termo produção tem origem na
expressão latina producere, que significa
criar bens econômicos ou serviços
oferecendo-os a venda ou a troca. A ação produzir
significa fazer aparecer bens ou serviços, destinados
à venda ou a troca. Também significa fazer
aparecer o valor: a prestação de qualquer serviço
que possa ser avaliado economicamente, isto é, que
seja possível atribuir a ele um valor que constitui
produção.
3.3. Programação da produção
Podemos dizer que a programação da produção
é o planejamento do sistema produtivo, elaborado
para atender às necessidades de venda. A
programação do fluxo de materiais é a principal
decisão após o estabelecimento da capacidade
produtiva e de sua localização.
A demanda da necessidade gera os sinais de
quando comprar ou produzir e em que quantidade.
Assim, a programação da produção e a aquisição
estão estreitamente relacionadas e interligadas.
Podemos ainda incluir como sendo também
fator de produção a capacidade empresarial, o
conhecimento existente e adquirido pelos
componentes da empresa, firma (funcionários,
diretores etc.).
A escolha do processo de produção depende
sua eficiência. A eficiência pode ser avaliada pelo
ponto de vista tecnológico ou pelo ponto de vista
econômico.
3.4 Em que Consiste o Planejamento e Controle da
79
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Produção
Administrar, nos dias atuais, é algo onde os
riscos são muito menores que antigamente, mas a
responsabilidade se duplica e redobra exatamente
pela existência de todo o meio tecnológico que cerca
uma decisão administrativa.
Numa empresa, o setor de Planejamento e
Controle de Produção pode ser considerado um setor-
meio, que serve como transformador de informações
entre vários setores de uma empresa, também tem um
papel de conciliador entre aqueles departamentos da
Empresa que eventualmente tenham alguns atritos.
Atualmente, onde a tecnologia está bastante
disseminada, qualquer inovação desencadeia um
espantoso e infindável leque de outras inovações que
são amplamente testadas até que possam ser
aplicadas com confiabilidade e segurança pelos
administradores das empresas modernas.
No planejamento e controle da produção, em
conjunto com a indispensável capacidade empresarial
do administrador moderno, foi desenvolvida uma
série de técnicas de Administração e da sua correta
aplicação nas últimas décadas, do que depende o
sucesso do mundo contemporâneo no que concerne
ao atendimento das necessidades materiais da
humanidade.
3.5 Objetivo do Planejamento e Controle
O Planejamento é o ato de estabelecer as
expectativas de o que deveria acontecer. O Controle é
o processo de lidar com mudanças quando elas
ocorrem. O planejamento e o controle são
usualmente tratado juntos, embora sejam
teoricamente separáveis.
Indiscutivelmente, O objetivo do planejamento
e controle é garantir que a produção ocorra com
eficácia e produza produtos e serviços como deve.
Para que isso aconteça, é preciso que os recursos
produtivos estejam disponíveis:
a) No momento adequado.
b) Na quantidade adequada.
c) No nível de qualidade adequado.
Fazer uma conciliação do potencial de
operação de fornecer produtos e serviços é uma
forma de caracterizar todas as decisões de
planejamento e controle.
Diante deste cenário, é necessário tomar a decisão
certa quanto a:
� Qual será a composição de bens e serviços a
ser produzida num dado período e numa dada
região?
� Quais quantidades serão produzidas?
3.6 Tarefas de Planejamento e Controle
O planejamento e controle requer a conciliação
do fornecimento e da demanda em alguns aspectos:
a) Em volume;
b) Em tempo;
c) Em qualidade.
É importante para você, caro aluno, conhecer
e entender alguns conceitos básicos da área de
economia que irão contribuir no melhor
desempenho de suas funções de corretor de imóveis.
3.6.1. Carregamento
O carregamento define qual a quantidade de
trabalho que deve ser dada a cada parte da produção e
pode ser feito de forma finita ou infinita
80
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Técnico em Transações Imobiliárias
1. Carregamento Finito
É um conceito que somente atribui trabalho a
um centro de trabalho, como por exemplo, uma
pessoa, uma máquina, ou então um grupo de pessoas
ou de máquinas até um limite estabelecido. O
carregamento finito é usado em:
� Operações em que é possível limitar a carga.
� Operações em que é necessário limitar a
carga.
� Operações em que o custo da limitação da
carga não é proibitivo.
2. Carregamento Infinito
Ele tenta corresponder à aceitação do
trabalho. O carregamento infinito é usado em:
� Operações em que não é possível limitar o
carregamento.
� Operações em que não é necessário limitar o
carregamento.
� Operações em que o custo de limitação é
proibitivo.
3.6.2. Seqüenciamento
O seqüenciamento é responsável por decidir a
ordem em que o trabalho será executado na operação.
As prioridades dadas ao trabalho em uma operação
são, freqüentemente, estabelecidas por um conjunto
predefinido de regras. Existem muitas regras de
decisão diferentes quanto a prioridades, que podem
ajudar as operações a tomar essas decisões.
3.6.3. Programação
A programação determina quando as
atividades serão iniciadas e terminadas. pode ser feita
tanto para trás como para frente. Também pode ser
classificada como programação empurrada e
programação puxada, como segue:
� Programação empurrada: é um sistema
centralizado em que as decisões de planejamento e
controle são emitidas para centros de trabalho, que
devem desempenhar suas tarefas e mandar suas peças
para a estação de trabalho seguinte;
� Programação puxada: é um sistema no qual
a demanda é acionada a partir de requisições de
centros de trabalho.
3.7. Planejamento da Produção
Planejar a produção significa decidir
antecipadamente o que deve ser feito para alcançar
determinado fim e compreende decidir sobre a
produção a ser efetivada pela empresa industrial. Por
isso nessa fase nesta fase, deve-se levar em conta:
� Previsão da procura ou demanda dos
produtos ou mercadorias.
� Previsão dos insumos, da mão-de-obra e dos
equipamentos.
Previsão dos custos decorrentes da alocação dos
recursos materiais e humanos descritos.
3.7.1. Determinação dos Fatores de Produção
O ponto de partida do planejamento da
produção é a previsão de vendas. Uma vez realizada a
previsão de vendas, é preciso determinar as
quantidades dos diversos fatores de produção
necessários para atender as vendas, caso se
concretizem. São necessários os seguintes fatores a
produção industrial:
� Equipamentos.
� Máquinas.
� Materiais.
81
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
� Mão-de-obra (terra, capital e trabalho).
Imaginamos uma construtora, que tem a
previsão de construir 2 prédios com salas comerciais.
O primeiro passo é determinar as quantidades
necessárias de cada fator de produção. Em seguida,
determinar quais os profissionais que irão atuar no
processo produtivo, o tempo de trabalho de cada um
deles em cada atividade e a seqüência lógica e
racional das operações.
3.7.2. Tempo de Ressuprimento
O tempo de ressuprimento é o fator que
determina o momento mais conveniente de se iniciar
a fabricação de um produto ou de fazer um pedido de
compra junto ao fornecedor.
O tempo de ressuprimento é o tempo
despendido entre o momento que se identifica a
necessidade do material e o momento em que
efetivamente se recebe esse material para uso. Entre
esses dois momentos podem existir diversas etapas
do ressuprimento, tais como a confecção do pedido,
negociação do preço, fabricação do produto, inspeção
e expedição do produto, transporte, recebimento e
controle de qualidade.
3.7.3. Ponto de Ressuprimento
Surge a necessidade de se fazer um novo
pedido ao fornecedor a medida que o estoque de um
material vai sendo consumido, para ressupri-lo, para
que não ocorra uma ruptura no estoque.
Assim, é imprescindível detectar o momento
em que todo o esquema de ressuprimento vai ser
acionado.
3.8. Controle de Estoques
O estoque existe em operações produtivas
porque os ritmos de fornecimento e de demanda nem
sempre combinam. Os estoques são usados para
uniformizar as diferenças entre fornecimento e
demanda. Para que não haja perigo de a quantidade
do produto não atender a demanda.
As operações com os serviços profissionais
manterão níveis baixos de estoque, enquanto as
operações de varejo irão manter grandes quantidades
de estoque. Todas as operações mantêm estoques de
algum tipo. Os itens mantidos em estoque podem
variar consideravelmente em valor.
O estoque é muito freqüentemente
gerenciado através de sistemas
computadorizados, que têm algumas
funções, como atualização dos registros de estoque,
geração de pedidos, geração de relatórios de
estoque, previsão de demanda entre outros.
Quanto ao planejamento e controle do
estoque, as principais decisões a serem tomadas
são:
� Quanto pedir cada vez que seja necessário
reabastecimento.
� Quando pedir o reabastecimento de estoques.
� Como controlar o sistema de planejamento e
controle de estoques.
3.9. Controle da Produção
O controle da produção tem por finalidade
verificar se o que foi planejado está sendo realmente
82
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
executado, por isso é imprescindível um perfeito
trabalho de acompanhamento de todas as operações
industriais.
Compete ao controle de produção acusar as
falhas e distorções e estabelecer as medidas a serem
tomadas para correção dos problemas, visando uma
normalidade do processo produtivo. Portanto, o
retorno de informações (feedback) constitui prática
salutar para a normalidade do processo.
O controle de produção deve atender aos
seguintes aspectos:
� Que os insumos de produção estejam sendo
entregues dentro dos prazos certos.
� A mão-de-obra deve estar sendo realmente
empregada.
� Os equipamentos de produção devem ser
adequados e estar sendo utilizados eficientemente.
� Os estoques de produtos acabados (ou semi-
acabados) devem estar em níveis planejados.
� O ritmo de produção deve ser desenvolvido
de acordo com o planejamento.
3.10. Os Custos de Produção
A quantidade de recursos utilizados
multiplicada pelo seu preço constitui o custo para a
produção de bens e serviços destinados à
comercialização. Compreendida a posição sobre o
equilíbrio da firma como situação de otimização, é
fácil entender que o custo de produção ótimo deverá
ser sempre pequeno para que o resultado obtido seja
lucro.
É importante que tenhamos um conhecimento
sobre alguns termos e conceitos sobre custos,
conforme colocamos a seguir:
� O custo é o consumo dos fatores de produção
(terra, trabalho e capital) empregados na produção de
bens e serviços.
� Segundo o professor Martins (1990, p. 24),
“custo é o gasto relativo a bem ou serviço utilizado
na produção de outros bens ou serviços”.
� Custo é o sacrifício financeiro com que a
entidade arca para obtenção de um produto ou serviço
qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou
promessa de entrega de ativos.
� Um outro conceito importante é: como custo
entende-se a soma de valores, de bens e serviços
consumidos e aplicados para obter um novo bem ou
um novo serviço.
� Há, ainda, quem considere e mesmo
denomine custos como despesas, aplicações ou
consumo.
Outra classificação importante:
� Custos de curto prazo - A maioria das
empresas, principalmente as de pequeno porte,
quando produz utiliza fatores fixos e variáveis. Para
facilitar o entendimento, consideremos a existência
de apenas um fator fixo, identificado pelo tamanho da
estrutura da firma e fatores variáveis capital, mão-de-
obra, insumos etc.
Nesse caso a empresa só poderá aumentar ou
reduzir sua produção por intermédio de uma atuação
nos fatores variáveis – capital, mão-de-obra, insumos,
uma vez que o seu tamanho, ou seja, sua capacidade
produtiva é constante e não pode ser alterada
(aumento ou redução) a curto prazo.
� Custos de longo prazo - Os custos de longo
prazo apresentam como característica a variação de
todos os fatores (recursos). Assim, nesse tipo de
83
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
produção de período não tem razão de se falar de
custo fixo.
3.11. Controle de Qualidade
A principal finalidade do controle de qualidade
é determinar as causas relevantes de variações de
qualidade. Muitas vezes as causas são chamadas
“acidentais”, não provocando maiores
conseqüências.
A qualidade de um produto ou serviço é
medida pela satisfação total do consumidor. Não se
pode confundir qualidade com luxo, um automóvel
luxuoso, por exemplo, pode ser de péssima
qualidade, e um simples pode ter ótima qualidade.
Vários fatores, como a globalização da
economia, o aumento da competitividade e as
estratégias empresariais levam as empresas a
alcançarem níveis de excelência, principalmente em
relação aos seus clientes. As linhas de ações que as
empresas aplicam hoje começam a convergir para um
foco único: conquistar, satisfazendo e mantendo
clientes, fazendo as coisas certas e com qualidade.
A qualidade total no atendimento ao cliente
ocorre quando a empresa enfoca seus esforços em
serviços com qualidade, fazendo conscientemente a
escolha em investir na satisfação do cliente e em
tornar isso a meta da empresa.
Algumas técnicas para satisfação total do
cliente envolvem um tanto de dedicação de tempo
dos administradores, enquanto que outros enfatizam a
monitoração extensiva das necessidades e atitudes
dos clientes.
Em termos de imagem da empresa e lealdade
dos clientes, o atendimento à necessidade do cliente
produz recompensas reais para a empresa, pois os
clientes retornam, muitas vezes, porque já conhecem
a qualidade, confiam nas pessoas que trabalham e
sabem que obtém serviços consistentes.
3.12 . Just In Time (JIT)
O Just in Time (JIT) surgiu no Japão, nos
meados da década de 70, sendo sua idéia básica e seu
desenvolvimento creditados à Toyota Motor
Company, a qual buscava um sistema de
administração que pudesse coordenar a produção com
a demanda específica de diferentes modelos e cores
de veículos com o mínimo atraso.
O sistema de "puxar" a produção a partir da
demanda, produzindo em cada somente os itens
necessários, nas quantidades necessárias e no
momento necessário, ficou conhecido no Ocidente
como “Sistema Kanban”. Este nome é dado aos
cartões utilizados para autorizar a produção e a
movimentação de itens, ao longo do processo
produtivo.
Contudo, o JIT é muito mais do que uma
técnica ou um conjunto de técnicas de administração
da produção, sendo considerado como uma completa
“filosofia, a qual inclui aspectos de administração de
materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, projeto
do produto, organização do trabalho e gestão de
recursos humanos”.
Embora haja quem diga que o sucesso do
sistema de administração JIT esteja calcado nas
características culturais do povo japonês, mais e mais
gerentes e acadêmicos têm-se convencido de que esta
filosofia é composta de práticas gerenciais que podem
ser aplicadas em qualquer parte do mundo.
3.12.1. Algumas expressões são geralmente usadas
84
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
para traduzir aspectos da filosofia Just in Time
1. Produção em estoque.
2. Eliminação de desperdícios.
3. Manufatura de fluxo contínuo.
4. Esforço contínuo na resolução de problemas.
5. Melhoria contínua dos processos.
3.12.2. Objetivos do JIT
O sistema JIT tem como objetivo fundamental
a melhoria contínua do processo produtivo. A
perseguição destes objetivos dá-se, através de um
mecanismo de redução dos estoques, os quais tendem
a camuflar problemas.
Os estoques têm sido utilizado para evitar
descontinuidades do processo produtivo, diante de
problemas de produção que podem ser classificados
principalmente em três grandes grupos:
Problemas de qualidade: quando alguns
estágios do processo de produção apresentam
problemas de qualidade, gerando refugo de forma
incerta, o estoque, colocado entre estágios e os
posteriores, permite que estes últimos possam
trabalhar continuamente, sem sofrer com as
interrupções que ocorrem em estágios anteriores.
Dessa forma, o estoque gera independência entre os
estágios do processo produtivo.
Problemas de quebra de máquinas: quando
uma máquina pára por problemas de manutenção, os
estágios posteriores do processo que são
"alimentados" por esta máquina teriam que parar,
caso não houvesse estoque suficiente para que o
fluxo de produção continuasse, até que a máquina
fosse reparada e entrasse em produção normal
novamente. Nesta situação o estoque também gera
independência entre os estágios do processo
produtivo.
Problemas de preparação de máquina:
quando uma máquina processa operações em mais de
um componente ou item, é necessário preparar a
máquina a cada mudança de componente a ser
processado. Esta preparação representa custos
referentes ao período inoperante do equipamento, à
mão-de-obra requerida na operação, entre outros.
Quanto maiores estes custos, maior tenderá a ser o
lote executado, para que estes custos sejam rateados
por uma quantidade maior de peças, reduzindo por
conseqüência , o custo por unidade produzida. Lotes
grandes de produção geram estoques, pois a produção
é executada antecipadamente à demanda, sendo
consumida por esta em períodos subseqüentes.
3.12.3. Vantagens do JIT
As vantagens do sistema de administração da
produção Just in Time podem ser mostradas através
da análise de sua contribuição aos principais critérios
competitivos:
Custos no JIT: dados os preços já pagos pelos
equipamentos, materiais e mão-de-obra, o JIT, busca
que os custos de cada um destes fatores seja reduzido
ao essencialmente necessário. As características do
sistema JIT, o planejamento e a responsabilidade dos
encarregados da produção pelo refinamento do
processo produtivo favorecem a redução de
desperdícios. Existe também uma grande redução dos
tempos de setup, interno e externo, além da redução
dos tempos de movimentação, dentro e fora da
empresa;
3.12.4. Qualidade no JIT
O projeto do sistema evita que os defeitos
85
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
fluam ao longo do fluxo de produção; o único nível
aceitável de defeitos é zero. A pena pela produção de
itens defeituosos é alta. Isto motiva a busca das
causas dos problemas e das soluções que eliminem as
causas fundamentais destes problemas. Os
trabalhadores são treinados em todas as tarefas de
suas respectivas áreas, incluindo a verificação da
qualidade. Sabem, portanto, o que é uma peça com
qualidade e como produzi-la. Se um lote inteiro for
gerado de peças defeituosas, o tamanho reduzido dos
lotes minimizará o número de peças afetadas. O
aprimoramento de qualidade faz parte da
responsabilidade dos trabalhadores da produção,
estando incluída na descrição de seus cargos.
3.12.5. Flexibilidade no JIT
O sistema just in time aumenta a flexibilidade
de resposta do sistema pela redução dos tempos
envolvidos no processo. Embora o sistema não seja
flexível com relação à faixa de produtos oferecidos
ao mercado, a flexibilidade dos trabalhadores
contribui para que o sistema produtivo seja mais
flexível em relação às variações do mix de produtos.
Através da manutenção de estoques baixos, um
modelo de produto pode ser mudado sem que haja
muitos componentes obsolescidos. Como o projeto
de componentes comprados é geralmente feito pelos
próprios fornecedores a partir de especificações
funcionais, ao invés de especificações detalhadas e
rígidas de projeto, estes podem ser desenvolvidos de
maneira consistente com o processo produtivo do
fornecedor.
3.12.6. Velocidade no JIT
A flexibilidade, o baixo nível de estoques e a
redução dos tempos permitem que o ciclo de
produção seja curto e o fluxo veloz. A prática de
diferenciar os produtos na montagem final, a partir de
componentes padronizados, de acordo com as
técnicas de projeto adequado de manufatura e projeto
adequado à montagem, permite entregar os produtos
em vários prazos mais curtos.
3.12.7. Confiabilidade no JIT
A confiabilidade das entregas também é
aumentada através da ênfase na manutenção
preventiva e da flexibilidade dos trabalhadores, o que
torna o processo mais robusto. As regras do
KANBAN e o princípio da visibilidade permitem
identificar rapidamente os problemas que poderiam
comprometer a confiabilidade, permitindo sua
imediata resolução.
13.12.8. Fim aos desperdícios e a melhoria
contínua no JIT
O sistema JIT pode ser definido como um
sistema de manufatura cujo objetivo é otimizar os
processos e procedimentos através da redução
contínua de desperdícios. Os desperdícios atacados
podem ser de várias formas:
� Desperdício de transporte.
� Desperdício de superprodução.
� Desperdício de material esperando no
processo.
� Desperdício de processamento.
� Desperdício de movimento nas operações.
� Desperdício de produzir produtos
defeituosos.
� Desperdício de estoques.
86
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
3.12.9. As metas colocadas pelo JIT em relação
aos vários problemas de produção são:
� Zero defeitos;
� Tempo zero de preparação (“setup”)
� Estoque zero.
� Movimentação zero.
� Quebra zero.
� LEAD TIME zero.
� Lote unitário (uma peça).
3.14. A Previsão das Vendas
O planejamento das vendas é um fator
indispensável para um planejamento de produção
eficaz. É em função das previsões de vendas que são
elaborados os planos de fabricação e,
conseqüentemente, se determina o volume de
recursos necessários para os próximos períodos.
Entretanto, é muito difícil fazer previsões com
uma grande margem de acerto, porque são inúmeros
os fatores que influenciam no comportamento da
demanda. A previsão de vendas é basicamente uma
função mercadológica, onde se faz uma pesquisa de
mercado para se determinar a demanda.
IV - MERCADO: OFERTA E PROCURA
MERCADO
Local onde se encontram as pessoas, famílias,
unidades produtivas, com a finalidade de efetuar
transações econômicas, ou seja, realizar operações
de compra e venda de bens e/ou serviços.
Segundo Rossetti (2003, p.395), o conceito de
mercado diz respeito a “um lugar determinado onde
os agentes econômicos realizam suas transações”.
Outro conceito importante sobre mercado é proposto
por Sandroni (1989, p.193): “De forma geral o termo
designa um grupo de compradores vendedores que
estão em contato suficientemente próximo para que
as transações entre eles afetem as condições de
compra e venda dos demais”.
O mercado está estruturado em diferentes
formas, definidas a partir de um conjunto de
elementos igualmente distintos:
� Número de agentes envolvidos;
� Formas de componentes dos agentes;
� Natureza do fator de produção ou do produto.
A estrutura básica do mercado pode ser
definida em quatro elementos que apresentam
características e condições específicas:
� Concorrência perfeita;
� Monopólio;
� Oligopólio;
� Concorrência monopolística.
4.1. Estruturas Básicas do Mercado
Como você viu, a estrutura do mercado pode
ser definida em quatro elementos, que são:
concorrência perfeita; monopólio; oligopólio e a
concorrência monopolística.
Acompanhe a partir deste ponto cada uma
dessas estruturas.
4.1.1. Concorrência Perfeita
A concorrência perfeita existe quando há
muitos compradores e vendedores e nenhum
desses vendedores ou compradores, por si só, tem
controle sobre o preço. Algumas vezes, este tipo de
mercado chama-se simplesmente competitivo.
87
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Assim, temos como princípios da concorrência
perfeita:
� O número de participantes em um mercado
afeta significativamente a maneira pela qual se
determina o preço.
� No mercado onde prevalece a concorrência
perfeita, as forças impessoais determinam o preço.
Para o comprador individual e o vendedor individual,
o preço está fora de controle.
� Num mercado de concorrência perfeita a
demanda e a oferta determinam o preço do bem ou
serviço.
� A demanda corresponde a um mercado com
muitos compradores e muitos vendedores. Nenhum
dos participantes neste mercado tem qualquer
controle sobre o preço.
4.1.2. Monopólio
O monopólio situa-se no outro extremo, é o
oposto da concorrência perfeita. Para que exista o
monopólio, é necessárias que sejam dadas as
seguintes condições:
� Unicidade – há apenas um comprador ou
fornecedor (vendedor) que domina totalmente a
oferta ou a procura do bem ou serviço, este tem
influência direta no preço.
� Insubstitutibilidade – o produto ou serviço
da empresa monopolista não tem substituto. A
necessidade dos consumidores não tem como
substituir com a mesma satisfação com outro
produto.
� Barreiras – existem barreiras de entrada de
novas empresas ou fornecedores do produto no
mercado monopolista, é impossível a entrada.
� Poder – a expressão “poder de monopólio”
caracteriza a posição privilegiada em que se encontra
o monopolista.
� Extra-preço – devido o domínio do
mercado: o preço e as quantidades são definidas pela
empresa do monopólio que pratica preços que
desestimulam a entrada de novas empresas.
� Opacidade – por definição os monopólios
são opacos, as transações não são transparentes, não
se tem como saber dos processos produtivos, fontes
fornecedoras, níveis de oferta etc.
Existem vários tipos de concorrência
imperfeita; o monopólio é um deles.
Concorrência imperfeita só existe se um
comprador ou um vendedor pode influenciar no
preço. Dizemos que este comprador ou vendedor
detém poder de mercado.
4.1.3. Oligopólios
A palavra aparece no plural devido a existência
de vários tipos de oligopólio. No oligopólio, nós
encontramos um número pequeno de empresas
compradoras ou vendedoras. Alguns mercados são
dominados por algumas empresas grandes; outros
contêm milhares de vendedores. Uma indústria onde
poucos vendedores têm certo poder chama-se
oligopólio, isto é, poucos vendedores. É o tipo de
estrutura de mercado, nas economias capitalistas, em
que poucas empresas detêm o controle da maior
parcela do mercado. Numa indústria oligopolista, os
produtores sabem que têm certo controle sobre o
preço.
88
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Técnico em Transações Imobiliárias
Uma indústria significa o conjunto de
produtores de um bem ou serviço. O termo indústria
pode ser empregado em relação a qualquer bem ou
serviço, não apenas aos produtos manufaturados.
O oligopólio é um pequeno número de empresa
e é difícil estabelecer limites. Podem existir
oligopólios mesmo quando existe um número
bastante grande de concorrentes.
É mais comum a existência de um pequeno
número de empresas lideres e co-líderes, que dividem
entre si uma grande fatia do mercado como um todo.
Da mesma forma que os outros tipos de mercado,
para a existência de oligopólio algumas
características são importantes. Vamos a elas:
� Diferenciação – é uma das características
que alteram a característica da homogeneidade,
substitutibilidade e padronização.
� Rivalização – os concorrentes que atuam sob
condições de oligopólio são fortes rivais entre si.
Vale ressaltar que essa característica do oligopólio
nem sempre ocorre.
� Barreiras – é também uma característica
existente na estrutura de mercado do oligopólio, já
que o número de participantes são reduzidos e de
baste poder no mercado.
� Preço, extra-preço e poder – no oligopólio
a definição de preço, o extrapreço e o poder são
também características do mercado oligopolista.
� Visibilidade – existência da visibilidade
entre os componentes do monopólio é um fator
comum, já que as estratégias do grupo são definidas
em comum, os componentes do oligopólio
normalmente usam a mesma estratégia na definição
de preços e de quantidades produzidas.
4.1.4. Concorrência monopolística
Esta estrutura de mercado contém
características que se encontram nas definições
normais ou comuns do mercado perfeitamente
competitivo e monopolizados. Na concorrência
monopolizada, o número de concorrentes é grande.
Cada empresa concorrente participante possui suas
próprias características ou patentes, ou seja, usa de
estratégias para diferenciar seus produtos. Ela usa
suas características, seus pontos fortes para competir
em condições melhores, ou seja, diferencia seus
produtos de tal forma que cria seu próprio segmento
de mercado.
Destacamos as principais características do
mecanismo de concorrência monopolística:
� Competitibilidade – um grande número de
concorrentes com condições de competir com
condições muito próxima uma das outras.
� Diferenciação – as empresas concorrentes
conseguem vantagens uma das outras devido a
características que diferenciam uma das outras,
exemplo: a qualidade em seus produtos é superior.
� Substitutibilidade – trata-se de um atributo
que fica entre a insubstitutibilidade do monopólio e a
plena homogeneidade concorrência perfeita, ou seja,
a empresa lança produtos similares para conquistar
parcelas do mercado.
� Preço-prêmio – a capacidade de cada
concorrente controlar o preço depende do grau de
diferenciação percebido pelo comprador.
89
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
� Baixas barreiras – as barreiras de entrada de
novos concorrente é bastante baixa, há relativa
facilidade na entrada.
Para concluirmos destacamos que atualmente a
concorrência monopolística de mercado é a mais
comum no meio empresarial, ou seja, a competição
na economia globalizada ocorre dentro dessa
estrutura mercadológica.
CONCLUINDO...
Para finalizamos os estudos de economia
gostaríamos de retomar os nossos propósitos
pedagógicos. Como você pôde perceber, é de
fundamental importância para o Corretor de
Imóveis compreender as noções, conceitos e as
teorias que regulamentam a ciência econômica.
Os conceitos que estudamos são diretamente
aplicáveis às tarefas que você deverá analisar,
interpretar e avaliar os fatos econômicos para a
tomada de decisão referente aos processos que
afetam a vida nas organizações.
Esperamos que você possa ter desenvolvido
sensibilidade para a leitura dos fatos econômicos e
das interfaces complexas com outras áreas do
conhecimento e que possa realizar predições
(antecipações) com base nos construtos teóricos da
economia. E por fim que esteja apto para formar
opiniões bem fundamentadas sobre as áreas da
nossa vida em que as forças econômicas e o
interesse público se entrelaçam como um todo.
V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
LEITÃO, Antônio Jorge; LOUREIRO, Paulo Roberto Amorim. A curva de salário para trabalhadores da região centro oeste do brasil em 1999. Brasília, DF, 2001. GUESNERIE, R.; MORAES, Reginaldo Carmello Correa de (Trad.). A economia de mercado. São Paulo: Ática, 21 cm. 119 p. ISBN 8508064578 VASCONCELLOS FILHO, Paulo. Planejamento empresarial: Teoria e prática. Rio de Janeiro: LTC, 1982. CORREA, JOSE RUBEM. 'open-market' - mercado aberto conceitos e mecanica de funcionamento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1979. PEIXOTO, Madalena Guasco. A condição política na pós modernidade: A questão da democracia. São Paulo: EDUC - Editora da PUC-SP, 1998. MAZZUCCHELLI, FREDERICO. A contradição em processo: o capitalismo e suas crises. São Paulo: Brasiliense, 1985. CORREA, Jose Rubem. Mercado de capitais: Suas empresas e seus instrumentos. São Paulo. MAGDOFF, Harry.; SWEEZY, Paul Marlor,; DUTRA, Waltensir (Trad.). A crise do capitalismo americano. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982. MAGDOFF, Harry. Imperialismo: Da era colonial ao presente. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. MAGDOFF, Harry. O fim da prosperidade: A economia americana na década de 1970. Rio de Janeiro: Campus, 1978.
MACEDO, Jamil P. De. Manual do Técnico em
Transações Imobiliárias. 11.ed. Goiânia: AB, 1994.
90
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Apostila
Desenho Arquitetônico
91
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
SUMÁRIO
PÁG.
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 93
OBJETIVOS.................................................................................................................................................... 93
I – NOÇÕES DE DESENHO ARQUITETÔNICO ..................................................................................... 93
1.2. Conceito de Desenho Arquitetônico ................................................................................................ 93
II - INSTRUMENTOS E MATERIAS DE DESENHO .............................................................................. 94
2.1. Materiais de Desenho ........................................................................................................................ 94
2.1.1. Desenho a mão................................................................................................................................ 94
2.2. Descrições e Uso.............................................................................................................................. 94
2.2.1. Prancheta para Desenho........................................................................................................ 94
2.2.2. Régua T, Paralela e Comum ............................................................................................... 95
2.2.3. Esquadros ............................................................................................................................... 95
2.2.4. Tecnígrafo............................................................................................................................... 96
2.2.5. Compasso................................................................................................................................ 97
2.2.6. Lápis e Grafite........................................................................................................................ 97
2.2.7. Transferidores........................................................................................................................ 97
2.2.8. Gabarito.................................................................................................................................. 98
2.2.9. Canetas especiais para uso de tinta ...................................................................................... 98
2.2.1.0. Tintas indelével, guaches e aquarelas................................................................................ 98
2.2.1.1. Papéis ................................................................................................................................... 98
III – ESCALA................................................................................................................................................ 100
3.1. Grandeza representativa da escala ................................................................................................ 100
3.2. Utilização das escalas ...................................................................................................................... 100
3.3. Escalas usadas no desenho arquitetônico ...................................................................................... 101
3.4. Tipos de escalas................................................................................................................................ 101
3.5. A Escala do papel ............................................................................................................................ 102
3.6. Posição do papel............................................................................................................................... 102
3.7. Cotas ................................................................................................................................................. 103
3.8. Exemplos de estilos de cotagem...................................................................................................... 103
3.9. Linha de Cota................................................................................................................................... 103
3.10. Tipos de Linhas de Cotas mais usados ........................................................................................ 103
IV - O TERRENO: ELEMENTO DA CONSTRUÇÃO ........................................................................... 104
4.1. O terreno .......................................................................................................................................... 104
4.2. Dimensões do terreno...................................................................................................................... 104
92
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
4.3. Formas do terreno........................................................................................................................... 104
4.4. Valor do terreno ............................................................................................................................. 104
V - NOÇÕES DE TOPOGRAFIA............................................................................................................... 105
5.1. Origem da palavra Topografia....................................................................................................... 105
5.2. Cálculo de áreas............................................................................................................................... 106
VI - NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................................................... 106
6.1. Planta................................................................................................................................................ 106
6.1.2. Planta baixa ............................................................................................................................ 106
6.1.3. Planta de elevação.................................................................................................................. 107
6.1.4. Planta de cobertura................................................................................................................ 107
6.1.5. Plantas de situação................................................................................................................. 107
6.1.6. Fachada................................................................................................................................... 107
6.2. O Projeto .......................................................................................................................................... 107
VII – TIPOS DE ACABAMENTO.............................................................................................................. 108
VIII – DEFEITOS MAIS COMUNS DE CONSTRUÇÃO CIVIL .......................................................... 109
IX – FIGURAS GEOMÉTRICAS............................................................................................................... 110
X – RELAÇÃO DOS TERMOS .................................................................................................................. 111
XI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 112
93
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
INTRODUÇÃO
Prezado aluno, a finalidade deste curso não é
formar desenhista em arquitetura, mas sim,
fazer com que o técnico em Transações
Imobiliárias tenha noções básicas desta área de
conhecimento, por se tratar de um campo que faz
parte da sua área de atuação. Para manusear
desenhos, plantas etc, torna-se necessário que o
profissional tenha um conhecimento básico para
demonstração de desenho ou croqui, com o intituito de
explicar melhor a seus clientes a situação de um
imóvel, assim como suas limitações para efeito de
projeto.
Para os iniciantes do estudo de desenho, não
importando a especialidade, devem procurar adquirir,
de acordo com suas possibilidades, instrumentos da
melhor qualidade possível, pois para a executação de
um bom trabalho depende da qualidade do material
utilizado.
No decorrer deste material didático estaremos
explicando a finalidade de cada instrumento e a forma
correta de usá-lo. Cabe ressaltar que, é de grande
relevância o uso com propriedade dos instrumentos,
pois o mau uso acarreta vícios.
Passaremos agora a traçar alguns objetivos a
serem alcançados por meio deste curso no módulo de
desenho arquitetônico.
OBJETIVOS
Ao final deste módulo você deverá ser capaz de:
� Identificar os instrumentos mais importantes
que são utilizados em Desenho Arquitetônico.
� Identificar o uso de esquadros, réguas comuns,
régua T distinguindo seu manuseio.
� Distinguir formatos e dimensões do papel.
� Por meio de uma determinada escala, saber
identificar as: dimensões do papel em função do que
será desenhado.
� Identificar linhas, convenções e os símbolos
mais usados em Desenho Arquitetônico.
� Adaptar-se aos termos mais usados em
Arquitetura.
I – NOÇÕES DE DESENHO ARQUITETÔNICO
1.2 . Conceito de Desenho Arquitetônico
O desenho arquitetônico é uma especialização do
desenho técnico normatizado voltada à execução e a
representação de projetos de arquitetura. O desenho de
arquitetura poderia ser conceituado como “todo o
conjunto de registros gráficos produzidos por arquitetos
ou outros profissionais durante ou não o processo de
projeto arquitetônico”.
O desenho de arquitetura, portanto, manifesta-se
como um código para uma linguagem, estabelecida
entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor
(o leitor do projeto). Dessa forma, seu entendimento
envolve um certo nível de treinamento, seja por parte
do desenhista ou do leitor do desenho.
Bem, agora que você já está
familiarizado com o conceito e os
objetivos deste módulo, vamos ver um
pouco sobre os instrumentos e materiais que são
utilizados na elaboração de projetos, sua descrição e
uso.
94
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Técnico em Transações Imobiliárias
II - INSTRUMENTOS E MATERIAS DE
DESENHO
Quando nos referimos a elaboração de projetos
na área da Engenharia, Arquitetura e áreas afins,
devemos ter consciência no que se refere a obedecer
determinadas normas de representação gráfica de
acordo com as normas brasileiras (NB).
2.1. Materiais de Desenho
Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo
computador, a lista de materiais que tradicionalmente
se usava para executar desenhos de arquitetura tem se
tornado cada dia mais obsoleta. Alguns desses
materiais, no entanto, ainda são usados para checar
algum problema com os desenhos impressos, ou no
processo de treinamento de futuros desenhistas
técnicos. Após a impressão de pranchas produzidas em
CAD, ainda está em uso o escalímetro, que é uma
multi-régua com 6 escalas, que serve para conferir
medidas, se o desenho foi impresso na escala 1/50
utiliza-se a mesma escala em uma de suas bordas
visíveis.
Computer Aided Design (CAD), ou desenho
auxiliado por computador, é o nome genérico de
sistemas computacionais (software) utilizados pela
engenharia, geologia, arquitetura, e design para
facilitar o projeto e desenho técnicos.
2.2.1.1. Desenho a mão
A seguinte lista apresenta os materiais que
tradicionalmente foram utilizados no desenho dito
instrumentado (ou seja, o desenho feito a mão com
auxílio de instrumentos de desenho). Porém cabe
ressaltar que muitos destes materiais estão se tornando
raros nos escritórios de arquitetura, dada a sua
informatização.
� prancheta para desenho
� Régua “T” , régua “Paralela” Escalímetro e
Régua “Comum”.
� Esquadros
� Tecnígrafo
� Compasso
� Lápis e grafite
� Transferidores.
� Gabaritos
� Tintas indelével, guaches e aquarelas
� Tintas
� Papéis
2.2. Descrições e Uso
2.2.1. Prancheta para Desenho.
Prancheta é uma mesa, normalmente inclinável,
na qual é possível manter pranchas de desenho em
formatos grandes (como o A0) e onde se possam
instalar réguas T ou paralelas.
A prancheta pode ser de madeira com alavancas
de acionamento da inclinação e da altura. Pode ser
simples ou sofisticada, com porta plantas, porta objetos,
etc.
Para conservar a prancheta, periodicamente deve-
se proceder a uma limpeza com flanela umedecida em
álcool ou benzina retificada. Para remover resíduos de
nanquim. utiliza-se um líquido especial chamado
líquido de limpeza de caneta nanquim.
95
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
( Exemplo de Prancheta)
2.2.2. RÉGUA T, PARALELA e COMUM
Essas réguas são instrumentos para traçado de
retas paralelas e perpendiculares, a serem usadas
juntamente com um par de esquadros.
Régua T
A régua T é composta de duas outras fixas uma
na outra. Uma delas é pequena e de madeira grossa,
denomina-se cabeçote, a outra, mais fina e mais longa,
denomina-se haste e juntas formam um ângulo de 90°.
A régua T serve para traçar linhas horizontais
paralelas no sentido do comprimento da prancheta,
servindo ainda de suporte aos esquadros para traçar
linhas paralelas verticais ou com determinadas
inclinações.
A régua T pode ser fixa ou cabeçote móvel com
transferidor, permitindo o traçado de linhas inclinadas.
Não pode ser usadas para cortar papel, guiando a ponta
do objeto cortante, pois esse uso pode estragar lhe as
bordas.
As réguas T de boa qualidade são leves, flexíveis
e, quando são necessários para trabalho com tinta,
pode-se encontrar com bordas de plástico.
Régua Paralela
A régua paralela é uma régua que pode ser
acoplada a prancheta. Essa régua funciona amarrada em
duas linhas fixas, que mantém seu paralelismos e nas
quais corre por um sistema de roldanas. Uma de suas
características é o de adaptar-se a qualquer prancheta.
A régua paralela pode deslocar-se no sentido
transversal para o traçado de linhas paralelas. As linhas
perpendiculares são obtidas com o esquadro.
A régua paralela é fabricada em acrílico cristal
com espessura de 3,2mm, podendo ter proteção de
alumínio anodizado.
Um tipo especial de régua, normalmente com
seção triangular, com a qual podem ser realizadas
medidas em escalas diferentes.
Régua Comum
As réguas comuns são de grande utilidade.
Servem para traçado de linhas entre os pontos
coordenadas do desenho. Podem ser graduadas ou com
rebaixo, são fabricadas de madeira com escala gravada
fotoquimicamente em borda de PVC ou em acrílico
cristal incolor com escala em milímetro.
2.2.3. Esquadros
São instrumentos nos quais se formam ou se
verificam ângulos retos e se tiram linhas
perpendiculares.
96
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Técnico em Transações Imobiliárias
Segundo relatos históricos os primeiros a utilizar
o esquadro foram os egípcios, tendo em vista que suas
pirâmides são compostas de pedras e bases
perfeitamente esquadrejadas.
Os esquadros podem ser usados em jogo ou
individual. O jogo de esquadros compreende um
esquadro de 30º e outro de 45º.
Os esquadros são fabricados em acrílico cristal ou
madeira, com 2 mm ou 3mm de espessura. Podem ser
com escala em milímetros, sem escala, ou com rebaixo
para traçado a nanquim. O tamanho dos esquadros varia
de 16 cm a 50cm.
Existem dois tipos de esquadros: o esquadro de
60° graus, cujos vértices têm ângulos de 30º e º e um
vértice com ângulo de 90°, e o esquadro de 45° graus,
com dois vértices com ângulos de 45° e um de 90°.
2.2.4. Tecnígrafo
Trata-se de uma prancheta sofisticada ideal para
desenhistas profissionais. Ele funciona acoplado a um
esquadro em L que pode se movimentar 360°
facilitando o desenho para qualquer lado no que se
refere as linhas perpendiculares e horizontais.
O tecnígrafo é um equipamento que substitui o
conjunto régua T e esquadros. Esta substituição
apresenta grande vantagem, pois num só instrumento
pode-se reunir uma série de utilidades, inclusive o
transferidor.
O tecnígrafo é fixado na prancheta, em sua parte
superior esquerda, podendo movimentar-se por toda a
área da prancheta. As escalas podem ser 1:10, 1:20,
1:25, 1:50, seus múltiplos e submúltiplos.
97
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Técnico em Transações Imobiliárias
2.2.5. Compasso
Compasso é um instrumento de desenho
utilizado para desenhar arcos de circunferência.
Também serve para marcar um segmento numa reta
com comprimento igual a outro segmento dado. O
compasso parabólico que conhecemos hoje foi
inventado por Leonardo da Vinci.
Devido às suas características geométricas, o
compasso pode ser modelado por um triângulo
isósceles, do qual é omitida a base. Dessa forma, a
implementação das operações do compasso se baseia na
manipulação algébrica das vértices deste triângulo.
A alteração da abertura do compasso ocorre
quando o braço da ponta de grafite é arrastado até que a
abertura desejada seja obtida.
O compasso possui duas pontas, uma fixa
semelhante a uma agulha denominada ponta seca, e a
outra ponta onde podem ser fixadas três acessórios,
conforme necessidades de uso: um acessório para traçar
circunferências a lápis, outro a tinta e outro chamado
alongador para grandes circunferências.
Para usá-lo é necessário colocar a ponta seca no
papel e gira-se o compasso em movimento de rotação
de acordo com o raio (r) pretendido.
2.2.6. Lápis e grafite
Os lápis são classificados por meio de letras ou
números, segundo o seu grau de dureza. Quanto maior
for o seu número ou classificação de sua letra, maior
será a sua rigidez.
Classificação alfabética:
Lápis macios:
7B, 6B, 5B, 4B, 3B, 2B
Lápis rijos:
H, 2H, 3H, 4H, 5H, 6H.
Lápis de dureza intermediária:
B, HB, F.
Classificação numérica:
� Número 1 equivalente a 3B;
� Número 2 equivalente a B;
� Número 3 equivalente a F;
� Número 4 equivalente a 2H;
� Número 5 equivalente a 4H;
� Número 6 equivalente a 6H;
A série B compreende, de forma geral, os lápis
macios e a série F os lápis duros. Para o desenho
preliminar pode-se usar o lápis HB, dureza média, ou
grafite equivalente para uso em lapiseira.
Associados ao uso da grafite estão sempre os
afiadores ou canivetes para afiar, as borrachas mais ou
menos macias e os porta-minas.
A grafite pode ser usada praticamente em todas as
superfícies, exceto nas plastificadas, onde adere mal.
Quase todos os tipos de papel - lisos, texturados,
rugosos são também um suporte adequado. O tipo de
papel que se usa é importantíssimo, pois determina a
forma como a grafite vai comportar.
Papéis coloridos são também freqüentemente
usados para trabalhos de desenho a grafite.
2.2.7. Transferidores
Transferidor é um instrumento utilizado para
medida e marcação de ângulos. É composto
basicamente por uma escala circular, ou de seções de
98
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Técnico em Transações Imobiliárias
círculo, dividida e marcada em ângulos espaçados
regularmente, tal qual numa régua. Seu uso é
diversificado tendo emprego em educação, matemática,
engenharia, topografia, construção e diversas outras
atividades que requeiram o uso e a medição de ângulos
com precisão.
Os transferidores podem ser de diversos tipos
sendo os mais comuns:
Fixos
� Transferidor de 360°
� Transferidor de 180°
� Transferidor de 90° (ou quadrante)
Móveis
� Transferidor de ângulo (com ou sem
relógio)
Cabe destacar que, os transferidores podem
marcar os ângulos não somente em graus mas também
em milésimos, como aqueles utilizados pelos militares
para aplicações de tiro.
Para desenho arquitetônico recomenda-se o
transferidor de 180º com divisão de 30 em 30.
2.2.8. Gabarito
São Pequenas placas plásticas ou metálicas que
possuem elementos pré-desenhados vazados e auxiliam
seu traçado, como instalações sanitárias,
circunferências, etc.
2.2.9. Canetas especiais para uso de tinta
Trata-se de Canetas especiais para desenhar com
tinta. As mais conhecidas são do tipo Graphos, Castell
ou Oxford. Essas canetas são usadas para linhas e letras,
utilizando penas numeradas e removíveis, dependendo
do tipo de trabalho a ser executado.
2.2.10. Tintas indelével, guaches e aquarelas
Na realização do desenho arquitetônico podem
ser usado tintas. As tintas mais usadas são as indelével
(nanquim preto). Porém pode-se encontrar a tinta
indelével de várias cores e servem para assinalar
determinadas convenções na apresentação de projetos.
Elas podem ser substituídas pelas tintas guache ou
aquarela.
2.2.11. Papéis
Dimensões e formato do papel no desenho
arquitetônico
O desenho arquitetônico, sendo visto como uma
linguagem gráfica que se constitui essencialmente de
linhas e símbolos, carece cada vez mais da
uniformidade de convenções. Segundo Oberg (s.d), a
leitura do desenho em muito casos é feita por pessoas
99
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Técnico em Transações Imobiliárias
com muito prática mas pouca instrução , que não devem
assim estar sujeito a caprichos do desenhista que utiliza
símbolos próprios, fruto de sua observação.
Com o intuito de se obter qualidade no trabalho
desenvolvido é que as Associações de Normas
Técnicas, os Institutos dos Arquitetos e os Conselhos
de Engenharia e Arquitetura vêm trabalhando para se
obter da classe uma uniformidade no que se refere as
normas recomendadas.
Informações como: dimensões, nomenclatura,
proporções, orientação entre outros devem ser
contemplados no desenho arquitetônico. Além dessas
informações, cabe ressaltar que, a qualidade no desenho
arquitetônico não depende somente da obediência às
normas instituídas, mas a uma série de quesitos como:
apresentar limpo, bem executado, preencher a natureza
objetiva da construção e ter bom gosto.
Folhas
Normalmente, as folhas mais usadas para o
desenho técnico são do tipo sulfite. Anteriormente à
popularização do CAD, normalmente desenvolvia os
desenhos em papel manteiga (desenhados a grafite) e
eles eram arte-finalizados em papel vegetal (desenhados
a nanquim).
Tamanho das folhas
Tamanhos de folhas (mm)
A4 210 X 297
A3 297 X 420
A2 420 X 594
A1 594 X 841
A0 841 X 1189
Dimensões e formato do papel:
As folhas devem seguir os mesmos padrões do
desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão
ISO: usa-se um módulo de 1 m² (um metro quadrado)
cujas dimensões seguem uma proporção equivalente a
raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm). Esta é a chamada
folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e
submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0,
assim como a 2A0 corresponde ao dobro daquela.
A maioria dos escritórios utiliza
predominantemente os formatos A1 e A0, devido à
escala dos desenhos e à quantidade de informação. Os
formatos menores em geral são destinados a desenhos
ilustrativos, catálogos, etc. Apesar da normatização
incentivar o uso das folhas padronizadas, é muito
comum que os desenhistas considerem que o módulo
básico seja a folha A4 ao invés da A0. Isso costuma se
dever ao fato de que qualquer folha obtida a partir
desde módulo pode ser dobrada e encaixada em uma
pasta neste tamanho, normalmente exigida pelos órgãos
públicos de aprovação de projetos.
O formato do papel não pode ser a gosto de cada
profissional, porém deve-se sempre considerar:
a) um desenho, feito em determinado tamanho,
com uma reprodução fotograficadas em dimensões do
anterior havendo múltipos e submúltiplos.
b) Os formatos padrões devem levar em
consideração as dimensões dos papéis (rolo e folhas).
As cópias são cobradas em função da superfície,
em metro quadrados de desenho. Por isso é mais
vantajoso que os formatos tenham 1 metro quadrado, ½
metros quadrados, ¼ metros quadrados etc.
100
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Você observou que esses instrumentos
agregam os vários elementos do desenho
arquitetônico que estudamos até agora?
Vale destacar, porém, que além de todos esses
instrumentos é necessário ter conhecimento
sobre escala e cotas. Vamos adiante?
III – ESCALA
O amplo conhecimento sobre escalas é um dos
quesitos básicos para aquele que se dedica ao estudo de
desenho técnico, em qualquer especialidade.
Foi através da impossibilidade de representar,
em muitos casos, em grandeza verdadeira certos objetos
cujas dimensões não permitiam o uso dos tamanhos dos
papèis recomendados pelas Normas Técnicas, que
surgiu a necessidade do uso da escala na representação
gráfica dos desenhos arquitetônicos.
A escala é, portanto, a relação que existe entre os
comprimentos de um desenho e seus correspondentes
no objeto. Logo, escala nada mais é do que uma razão
de semelhança.
Nos desenhos técnicos, as escalas usadas são: de
redução (quando há necessidade de reduzir objetos) e de
ampliação (no caso de ampliação de objetos). No
desenho arquitetônico, usa-se com mais freqüência a
escala reduzida.
Para a escolha de uma escala deve se ter em
vista:
1) o tamanho do objeto a representar:
2) as dimensões do papel;
3) A Clareza do desenho.
Para a boa apresentação do desenho essas
condições devem ser respeitadas.
3. 1. Grandeza representativa da escala
Um desenho feito em escala é uma representação
convencional dos elementos do mundo real, reduzidos
segundo uma proporção estabelecida previamente, e
esta proporção entre o desenho e a superfície real que
está sendo mostrado é o que se denomina de escala.
3.2. Utilização das escolas
A escala é usada para aumentar ou reduzir a
representação de objetos por meio do desenho.
Há três tipos de escalas como segue:
a) escala reduzida
b) escala real
c) escala ampliada
A escala real é representada (1:1), onde se lê 1
por 1.
101
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Técnico em Transações Imobiliárias
3.3. Escalas usadas no desenho arquitetônico
O desenho arquitetônico por sua natureza, só
utiliza escalas de redução. São as seguintes as escalas
mínimas:
a) 1:100 para plantas
b) 1:200 para coberturas
c) 1:500 para plantas de situação
d) 1:50 para fachadas e cortes ou seções.
A indicação da escala não dispensará a indicação
de cotas. As cotas deverão ser escritas em caracteres
claros e facilmente legíveis.
É importante perceber que, dependendo da
escala, a denominação da representação muda para
planta, carta ou mapa.
Utiliza-se para:
Detalhes de terrenos urbanos:
Escala: 1:50
Planta de pequenos lotes e edifícios:
Escalas: 1:100 e 1:200
Planta de arruamentos e loteamentos
Urbanos:
Escalas: 1:500; 1:1.000
Planta de propriedades rurais
Escalas: 1:1.000; 1:2.000; 1:5.000
Planta cadastral de cidades e grandes
Propriedades rurais ou industriais
Escalas: 1:5.000; 1:10.000; 1:25.000
Cartas de municípios
Escalas: 1:50.000; 1:100.000
3.4. Tipos de escalas
A) Escala numérica
O objeto ou grandeza representa-se sempre pelo
denominador da fração, ao passo que a sua
representação gráfica corresponderá ao numerador.
Assim, quando dizemos que um determinado
desenho está na escala de 1:50, equivale dizer que o
objeto ou grandeza é 50 vezes maior que o representado
por esse desenho.
Numa régua comum temos a escala 1:1 (lê-se:
um por um), ou seja, um centímetro na régua equivale a
um centímetro na realidade. A essa relação chamamos
de verdadeira grandeza (VG).
Podemos conseguir outras relações de escala em
que diminuímos o tamanho do objeto, mantendo suas
dimensões. Para representarmos um centímetro na
escala 1:5 (um por cinco), devemos dividir um metro
por cinco, e o resultado será a medida equivalente a ser
traçada no papel.
Numa escala 1:50, por exemplo, temos um objeto
reduzido 50 vezes. Diante dessa afirmação podemos
dizer que um desenho na escala 1:50 é maior em
tamanho do que o mesmo desenho na escala 1:100, pois
na primeira ele foi reduzido 50 vezes e na Segunda 100
vezes.
Exemplo: para obtermos uma medida equivalente a 4
metros na escala 1:50, temos:
1cm=50cm
x=400cm
x=400 = 8 cm
50
Portanto, a medida equivalente a 4m numa escala 1:50 é
de 8 cm.
B) Escala gráfica
É dado por um segmento de reta
convenientemente graduada. A graduação obedece a
relação entre a distância representada e sua real
grandeza. É, em resumo, a representação gráfica de uma
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escala numérica. A escala gráfica pode ser:
� Simples ou ordinária
� Decimal ou Transversais
Exemplo:
Construção de uma escala gráfica simples para a
escala numérica de 1:M.
A razão 1: M chama-se também título da escala
gráfica. (M = Módulo ao qual corresponde um dos
valores da relação).
Numa reta marcamos:
AB = BC = CD = ..... = Valor a representar = Módulo
(Supondo o valor a representar = 1m) AB = BC = CD =
... = 1m M
Tomamos a origem em B, que passa a ser 0 (zero)
e numeramos as divisões seguintes.
A divisão AB à esquerda será dividida em dez
partes iguais.
Teremos, pois:
BC = CD = DE = representando 1m
BN = 0,1AB = representando 0,1m ou 1dm
3.5. A Escala do papel
A escolha do tamanho do papel se dá em função
da escolha da escala ou vice-versa.
Para o tamanho da folha utilizada na
representação de uma porção bidimensional (área) do
terreno, deverá ser levada em consideração as
dimensões reais (em largura e comprimento), bem
como, as dimensões x e y do papel onde ela (a porção)
será projetada. Assim, ao aplicar a relação fundamental
de escala, ter-se-á como resultado duas escalas, uma
para cada eixo.
É importante ressaltar que tamanho de folha mais
utilizado para a representação da superfície terrestre
seguem as normas da ABNT, que variam do tamanho
A0 (máximo) ao A5 (mínimo).
Formato mm
A0 841 X 1189
A1 594 X 841
A2 420 X 594
A3 297 X 420
A4 210 X 297
A5 148 X 210
A6 105 X 148
A7 74 X 105
A8 52 X 74
A9 37 X 52
A10 26 X 37
A11 18 X 26
A12 13 X 18
Nas margens traçadas de 10 mm para os
formatos de papel A0 a A3 e de 5 mm para o formato
A4 e os subseqüentes não se deve desenhar nestas
margens.
3.6. Posição do papel
A posição do papel é determinada em função das
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diferenças de coordenadas máximas e mínimas, ou seja:
Posição vertical quando:
(XM – Xm) < (YM – Ym)
Posição horizontal quando:
(XM – Xm) > (YM – Ym)
Onde:
Y
X
3.7. Cotas
Cota é o valor numérico que representa a
dimensão real do que é desenhado, escrito acima e no
centro da linha de cota. A unidade da medida, quando
idêntica a todas as demais medidas da peça não deve ser
escrita ao lado da cota.
No Brasil, por força da ABNT, subentende-se
que as cotas são expressas em milímetros, caso
contrário, a unidade da cota deve ser escrita ao seu lado.
3.8. Exemplos de estilos de cotagem
A representação está numa proporção definida
com o objeto representado. Essa proporção é chamada
de escala.
Os comprimentos considerados no desenho são
chamados distâncias gráficas e os considerados no
objetos são chamados distâncias naturais.
3.9. Linha de Cota
A linha de cota deve ser uma linha fina, escura,
traçada paralelamente à direção do comprimento a ser
cotado, limitada por flechas (no caso de desenho
mecânico) ou por traços (no caso de desenho de
arquitetura), indicando os limites da cota. A linha de
cota deve ser traçada a uma distância de
aproximadamente 7 mm de outras linhas de cota ou do
contorno do desenho.
3.10. Tipos de Linhas de Cotas mais usados
Flechas - são setas colocadas nas extremidades
da linha de cota que indicam seus limites.
Obs: As cotas colocadas na planta deverão ser as
medidas do terreno que está sendo representado.
De nada nos adianta o conhecimento sobre
escalas se não temos uma relação de
conhecimento sobre o terreno, seu valor
econômico e como se dá o processo de
construção no mesmo, buscando aproveitar ao
máximo a área a ser construída. Vamos adiante
nesta empreitada?
IV - O TERRENO: ELEMENTO DA
CONSTRUÇÃO
4.1. O terreno
Existe uma relação significativamente próxima
entre a casa e o terreno em que será construída, relação
essa que também deve existir entre a casa e os demais
terrenos existentes nas proximidades. Por isso, há
necessidade de se estudar a massa provável em relação
ao terreno e as construções vizinhas.
Além das condições de ordem estética, os
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seguintes pontos devem ser considerados:
1) localização
2) dimensões e forma
3) topografia
4) orientação e insolação
5) valor do terreno
4.2. Dimensões do terreno
As dimensões de um terreno são de grande
relevância, pois tem grande influência no planejamento
de uma residência.
Pode-se usar como exemplo, um terreno situado
numa zona delimitada pelo municipio que está sujeito a
uma determinada taxa de ocupação e a construção do
lotes que também deve obedecer aos princípios básicos
de urbanismo. ( Vide figura abaixo)
ÀREA DO LOTE ÁREA CONSTRUÍDA 50%
Os terrenos largos por exemplo, apresentam
vantagens sobre os estreitos, pois facilitam a
distribuição dos diferentes compartimentos.
4.3. Formas do terreno
A forma retangular é a mais comum dos terrenos,
porém, não é a única que conduz a boas soluções.
Outras formas de terreno em muitos casos obrigam as
residências a terem feitios irregulares e, na maioria das
vezes, interessantes.
4.4. Valor do terreno
Terreno de alto preço não comporta uma casa de
baixo custo e vice – versa, por isso, casa e terreno
devem manter equilíbrio de valor.
A área de um loteamento pode ser calculada,
atribuindo-se percentagens para cálculos de índices a
principais fatores estáveis que influem para a
valorização de um lote como: distância em relação aos
centros de irradiação, orientação topografia, panorama,
etc. E por meio do conjunto desses fatores que será
possível obter os valores dos lotes com índices
compreendidos entre o máximo e o mínimo.
Atualmente, com a grande variedade de recursos
e sistemas de fundações existente, quase não existem
terrenos onde não se possa construir.
V - NOÇÕES DE TOPOGRAFIA
5.1 . Origem da palavra Topografia
A palavra TOPOGRAFIA tem sua origem na
escrita grega, donde TOPOS significa lugar e
GRAPHEN significa descrição. Dessa maneira pode-se
dizer que a TOPOGRAFIA é a ciência que trata do
estudo da representação detalhada de uma porção da
superfície terrestre.
105
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Desde os primórdios da civilização, ainda em seu
estágio primitivo, o homem tratou de demarcar sua
posição e seu domínio. Sem saber, ele já aplicava a
Topografia.
Os babilônicos, os egípcios, os gregos, os
chineses, os árabes e os romanos foram os povos que
nos legaram instrumentos e processos que, embora
rudimentares, serviram para descrever, delimitar e
avaliar propriedades tanto urbanas como rurais, com
finalidades cadastrais.
Por motivo de ordem econômica, muitos
preferem os terrenos planos. Esses terrenos permitem
solução horizontal de todos os compartimentos. Nos
terrenos acidentados a construção pode acarretar
diferenças de nível de pisos, coberturas irregulares,
porém apresentando soluções modernas e interessantes.
Quando é aclive em relação ao logradouro o
aproveitamento do terreno é mais fácil. Pode-se utilizar
a parte da frente como dependência de comunicação
direta com a via pública, porém quando é aclive em
relação a frente principal, pode ser utilizado para
acomodações situadas em níveis abaixo da via pública,
tendo dessa forma a obrigatoriedade de se empregar
bombas para o esgotamento.
5.2. Cálculo de áreas
A área é a medida de uma superfície.
Para calcularmos a área de uma sala, quarto,
cozinha, ou qualquer peça de uma casa, baseamo-nos
em formas planas.
Um quarto, por exemplo, pode ser considerado
um quadrado ou retângulo, conforme suas medidas, ou
ainda a combinação de duas ou mais formas. Obtendo
as formas geométricas, efetuamos o cálculo necessário
a cada uma para medir cada peça de uma casa. Para esse
cálculo, utilizamos as formas específicas para cada
figura, substituímos os valores conhecidos e efetuamos
a operação necessária.
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Agora que você já tem as informações sobre o
terreno, vamos a construção civil por meio da
utilização da planta? Você no seu trabalho já se
questionou qual a função da planta baixa de uma
construção?
VI - NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL
6.1. Planta
É a seção que se obtém fazendo passar um plano
horizontal paralelo ao plano do piso a uma altura tal que
o mesmo venha a cortar as portas, janelas, paredes etc.,
ficando bem assinaladas todas as particularidades da
construção.( OBERG, [s.d]).
Nos trabalhos de Engenharia e Arquitetura, no
que diz respeito à edificação em geral, existe a
necessidade de representação dos imóveis em desenhos
padronizados para atender, inclusive, as
municipalidades locais (Código de Obras).
Por meio desses desenhos, feitos a tinta nanquim ou a lápis, em determinadas escalas, reproduz-se o imóvel em papel
imóveis são cortados imaginariamente por planos de
projeção.
A Projeção Ortogonal é a mais utilizada. Nessa
projeção as projetantes são perpendiculares ao plano
onde se deseja representar o desenho.
Exemplo de Projeção Ortogonal
6.1.2. Planta baixa
Esse tipo de planta destina a representar os
diversos compartimentos do imóvel, incluindo suas
dimensões e suas esquadrias. Existem casos que se usa
mais de um plano horizontal secante tendo em vista a
economia dos desenhos.
As escalas usuais são: 1:100 e 1:50.
mathema.psico.ufrgs.br/.../imagens/image182.jpg
6.1.3. Planta de elevação
Trata-se da projeção da fachada que se deseja
representar, no plano vertical de projeção ortogonal. O
posicionamento do observador é suposta em frente das
paredes do prédio e os raios visuais paralelos. Dessa
forma, todos os detalhes que existam nas fachadas
podem ser representados em suas verdadeiras
107
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grandezas.
De acordo com o Código de obras, todas as
elevações que dão acesso para os logradouros públicos
deverão ser desenhadas. Essa fachada é conhecida como
fachada principal ou lateral. A escala mínima adotada é
1:100, porém a mais usual é a 1:50.
6.1.4. Planta de cobertura
Trata-se da projeção ortogonal do telhado no
plano horizontal da projeção. Tem como finalidade
informar se o telhado tem uma ou mais águas, como a
cumeeira ficará disposta, quais as dimensões dos
frechais etc.
Os ângulos de inclinação são que determinam os
diferentes tipos de materiais que serão adotados. São
desenhadas na escala mínima 1:100.
6.1.5. Plantas de situação
A planta de situação é utilizada para indicar sobre
a posição do imóvel que estamos estudando, como ele
se situa com respeito ao logradouro, ou seja, nos
orientarmos sobre as várias maneiras em que os
imóveis são distribuídos.
A planta de situação mostra onde o terreno da
construção está situado no quarteirão, bairro, rua, ou
cidade até, sempre mostrando quando possível um ou
mais pontos de referência, como por exemplo um
supermercado, shopping, farmácia, etc.
A planta de situação indica a situação do terreno
na quadra e é feita na escola 1:1000, como mínima. Ela
nos fornecerá as orientações do terreno com respeito a
linha Norte Magnética, além do número de lote, da
casa, se possível, e a área do terreno e seu formato.
6.1.6. Fachada
Fachada é a representação da frente principal do
imóvel, no plano vertical de proteção. Deve ser
representativo da fachada do imóvel e mostrar em
verdadeira grandeza os detalhes que apresentam.
6.2. O Projeto
Para se obter um projeto relativo a qualquer obra
de construção, acréscimo, reconstrução, modificações
de um imóvel, será necessário conforme a natureza da
obra que vai executar, de alguns desenhos:
108
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I) Plantas cotadas de cada pavimento.
Nessas plantas devem ser indicados o destino de cada
compartimento e suas metragens: as áreas dos
pavimentos, terraços, alpendres e varandas, e a posição
de todas as divisas do lote:
II) Tanto no corte como nas fachadas,
deve constar informações sobre as medidas verticais, ou
seja, as alturas, as fachadas e também os planos de
profundidade.
III) Na planta de situação deve ser
indicado:
a) posição do imóvel em relação às linhas
limítrofes do lote;
b) orientação em relação sol N ( magnético);
b) numeração do imóvel mais próximo;
c) localização dos imóveis acaso existentes de um
lado e do outro;
d) localização do imóvel ou da esquina mais
próxima;
e) indicação da largura do logradouro e do
passeio ou da posição do meio fio, tendo assinalado
também a entrada ou entradas de veículo a serem feitas,
as árvores existentes no lote e no trecho do logradouro,
os postes e outros dispositivos de serviços ou
instalações de utilidade públicas que possam existir no
trecho.
f) As plantas de cobertura deve conter
informações sobre o sentido do caimento das águas e,
quando houver necessidade, calhas, rufos, dimensão
dois beirais e a especificação do material usado,
principalmente a telha.
Ufa! Quantas informações bacana tivemos
com esse módulo. No seu dia-a-dia você já
deve ter se deparado ou vai se deparar com
a seguinte pergunta: Qual o tipo de acabamento do
imóvel?
Você sabia que na construção civil o acabamento e
os defeitos básicos da construção representam uma
operação de grande importância?
VII - TIPOS DE ACABAMENTO
Pintura
Na construção civil a pintura representa uma
operação de grande importância. Há uma tendência
natural em considerar a pintura uma operação de
decoração, porém, além de decorar e proteger o
substrato, a tinta pode oferecer melhor higienização dos
ambientes, servindo também para sinalizar, identificar,
isolar termicamente, controlar luminosidade e podendo
ainda, ter suas cores utilizadas para influir
psicologicamente sobre as pessoas.
À primeira vista, uma parede interna ou uma
fachada bem acabada aparenta formar a base ideal para
receber uma pintura, entretanto, a pintura sobre
superfícies de reboco ou de concreto não é assim tão
simples como parece, constituindo-se num problema em
que os riscos e as dificuldades surgem em grande
número. Os materiais de construção empregados na
preparação e no acabamento das paredes são
quimicamente agressivos, podendo, conseqüentemente,
atacar e destruir as tintas aplicadas sobre elas.
Os materiais de alvenaria podem conter
considerável quantidade de água, apresentar porosidade
109
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excessiva ou irregularmente distribuída, bem como sais
minerais ou cal incorretamente carbonatada, estando
sujeitos à degradação progressiva que terminará por
reduzir ou destruir a firmeza destas paredes, e com elas
o sistema de pintura empregado.
O resultado final de um sistema de pintura é o
produto direto do adequado preparo da superfície que
será pintada.
VIII - DEFEITOS MAIS COMUNS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
Revestimentos do pilotis e fachadas - São
usualmente detectados descolamento de pastilhas,
infiltrações, rachaduras, falta de juntas de dilatação,
acabamento despadronizado (tons diferentes), material
de acabamento de qualidade inferior ou aplicado com
má técnica, dentre outros;
Infiltrações - causa mais comum é a má técnica
construtiva, sobretudo, pela falta de aplicação de
material impermeabilizante adequado e, normalmente
mais caro, como o caso de mantas e rejuntes flexíveis.
Rachaduras são causas preocupantes, pois, além de
conduzir a água ao interior da edificação, podem atacar
a estrutura (ferragens em geral);
Forros de Gesso - Muitas vezes são mal fixados,
cedendo em determinados pontos ou apresentando
ondulações, sem contar o mau acabamento nas
extremidades. Infiltrações são fatais para este tipo de
acabamento;
Rachaduras - Podem ser resultado de um
simples mau acabamento, aplicação de materiais
inadequados ou mesmo falta de material. "Maquiagens"
são constantemente utilizadas para enganar o
consumidor, como a aplicação de telas por debaixo da
massa que receberá a pintura, permitindo a
continuidade do movimento da alvenaria que gerou a
rachadura;
Acabamentos de Pisos e Paredes - Caimentos de
água para o lado contrário do ralo, cerâmicas se
soltando, "fofas" (quase soltando), quebradas,
assentadas tortas e/ou desniveladas, rejuntamentos
soltando ou encardidos, permitindo infiltrações, bem
como aplicação de material de baixa qualidade e
acabamentos pobres são constatações comuns. Há ainda
casos de paredes tortas ou fora de esquadro, muitas
vezes apresentando trincas ou rachaduras ao juntarem-
se umas com as outras, com janelas ou com o teto;
Distribuição de Energia Elétrica - Muitas vezes
deficiente em função da utilização de fiação inadequada
para o consumo médio, ocasionam a queima constante
de lâmpadas e equipamentos eletroeletrônicos.
Escadas e Portas Corta Fogo - Muitas das
construções contam com Portas Corta Fogo
insuficientes quanto à qualidade e tempo em que
suportam fogo sem se desintegrarem e guardam, por
traz de si, escadaria inadequada, sem corrimão, piso ou
fitas anti-derrapantes e luz automática, de emergência.
Itens adequados podem, na maioria dos casos, ser
exigidos da construtora em forma de indenização;
Gasômetros - Certifique-se que os gasômetros
não estejam instalados diante das portas de saída do
apartamento e que não tenham o fácil acesso de
crianças. Há risco de fogo e explosão, não permitindo a
saída de pessoas do apartamento e isso não é boa
técnica construtiva. Há ainda a falta de ventilação para
o caso de vazamento;
Vazamento acústico - Problema freqüente das
construções mais novas é o barulho que vem do
vizinho, seja pela coluna de ventilação dos banheiros,
110
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seja através das próprias paredes, piso ou teto.
IX - FIGURAS GEOMÉTRICAS
Veremos a seguir algumas considerações
relacionadas a áreas de figuras planas.
Baseados na fórmula bh
2 para área de triângulo,
temos os seguintes fatos:
Triângulos que possuem bases e alturas relativas
a essas bases, respectivamente com medidas iguais, têm
mesma área.
Triângulos que possuem apenas base com
medidas iguais têm áreas proporcionais à altura relativa
a essas bases.
Triângulos que possuem altura com medidas
iguais têm áreas proporcionais à base relativa a essa
altura.
Passemos agora a um exemplo:
EXEMPLO 1: Dado o quadrilátero convexo
ABCD e o ponto médio E da diagonal AC,
calcularemos a área de ABED em função da área de
ABCD.
Como BE e DE são medianas dos triângulos
ABC e ADC, respectivamente, elas dividem as áreas
desses triângulos em duas partes de mesma área. Assim,
o quadrilátero ABED, sendo formado pelas metades
ABE e ADE dos triângulos ABC e ADC, que juntos
formam o quadrilátero ABCD, tem metade da área de
ABCD.
Seja ABCD um trapézio de bases AB e CD. As
diagonais se intersectam no ponto O. As áreas dos
triângulos ADO e BCO são iguais.
Perceba que os triângulos ADC e BCD têm
mesma área, já que possuem mesma base DC e alturas
congruentes (as distâncias de A e B ao lado DC).
Agora, retire de ambos o triângulo DOC comum a
ambos. Dessa forma, restam os triângulos ADO e BCO
com áreas iguais.
Dado o polígono convexo ABCDE, achar um
quadrilátero ABCD que tenha a mesma área.
Trace por E uma paralela à diagonal AD. Em
seguida, ligue A a D (interseção de CD com a paralela
traçada). Assim, os triângulos ADE e ADD têm áreas
iguais. Como o quadrilátero ABCD não sofreu
alteração, ABCDE e ABCD’ têm áreas equivalentes,
como queríamos.
Sejam AA’, BB’, CC’ cevianas concorrentes num
ponto O. Assim,BA'
A'C
ABO
ACO (Método K). Conclua
que BA'
A'C
CB'
B'A
AC'
C'B=1 (Teorema de Ceva).
A
B
D
C
E
111
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Obs: a volta desse resultado também ocorre, ou seja, se
BA'
A'C
CB'
B'A
AC'
C'B=1, então as cevianas AA’, BB’, CC’
são concorrentes.
X - RELAÇÃO DOS TERMOS MAIS USADOS EM
ARQUITETURA
A seguir será dado algumas definições de termos
usuais em desenho arquitetônico:
Alinhamento:Trata-se da linha projetada e
locada para marcar o limite entre o lote e o logradouro
público.
Acréscimo: Trata-se do aumento de uma
construção, que pode ser tanto no sentido horizontal ou
no vertical.
Altura de uma fachada: Trata-se do segmento
vertical medido no meio de uma fachada e
compreendido entre o nível do meio-fio e um linha
horizontal passando pela parte mais alta da mesma
fachada.
Pavimento: Sucessão vertical de pisos de uma
edificação.
Pavimento térreo: Trata-se do pavimento que se
situa ao nível do terreno e que , em geral, serve de
acesso às edificações.
Pavimento de uso comum: trata-se do
pavimento de uso de todos os moradores ou usuários de
uma edificação. Nestes pavimentos geralmente localiza-
se: bares, saunas, salão de festas, play-graunds, salões
de festa.
Pavimento-tipo: é o pavimento que mantém as
mesmas divisões, e se repete pelos demais pavimentos
de uma edificação;
Pavimento Semi – enterrado: é o pavimento
situado abaixo do nível do terreno, cujo teto, estará, no
máximo, a 1,30 m acima do terreno;
Subsolo: Está abaixo do nível do terreno, cujo
teto estará, no máximo, a 1,30 m acima do terreno.
Sobreloja: trata-se do pavimento situado
imediatamente acima da loja.
Mezanino: trata-se do andar pouco elevado
Pespectiva: trata-se da representação do objeto
ou projeto arquitetônico na sua forma original, ou seja,
da forma como vemos.
Afastamento: faixa contínua de terreno que não
servem para construção que podem estar entre prédios
ou em divisas do lote, testada ou fundo.
Gabarito: trata-se da medida padrão fixada pelo
Código de Obras do Município para a grandeza de
logradouros ou de edificações. Tendo como exemplo a
altura de um edifício.
Área total de construção: refere-se a soma da
área de todos os pavimentos.
Área útil: toda área utilizada de uma edificação
com excessão das paredes.
Área ou prisma de iluminação e ventilação:
area destinada a iluminação e à ventilação do prédio ou
A
D
O
B
C
A
B
C
E
D D’
112
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casa.
Compartimentos: refere-se ás divisões internas
do imóvel.
Compartimento principal: refere-se à
dependência de uso contínuo, prolongado como:
dormitórios, escritórios, salas de estar, consultórios, etc.
Compartimento de serviço: de permanência
transitória, como: cozinhas, banheiros, corredores,
depósitos, garagens, áreas de serviços, etc.
Beiral: parte do telhado que sobressai ao prumo
da parede.
Caramanhão: trata-se da cobertura de ripas,
estacas, arames ou canos, revestidas de trepadeiras, em
jardins.
Marquise: trata-se da cobertura, geralmente em
balanço, utiliza-se para proteção do pedestre.
Pergolado: refere-se a uma cobertura vazada na
qual é utilizada para proteção dos raios solares ou para
sustentar plantas trepadeiras.
Curva de nível: linha que une os pontos do
terreno situados na mesma altura.
Passeio de um prédio: trata-se do calçamento ao
redor do prédio.
Passeio de um logradouro: parte do logradouro
destinado ao trânsito de pedestres.
Testada do lote: refere à linha que separa o
logradouro público do lote.
Desdobro: refere-se à divisão de um único lote
em uma ou mais partes, em que cada parte tem a
possibilidade legal de existência autônoma.
Desmembramento: trata-se da redivisão de um
lote existente, com novos dimencionamentos.
Área “non aedificandi”: área que pode ou não
pertencer a um lote, porém, não é permitido nenhum
tipo de construção.
Investidura: trata-se da incorporação de uma
área que pertence a um logradouro público ou a uma
propriedade privada.
Recuo: refere-se ao espaço obrigatório exigido
pela Prefeitura na frente, no fundo e nas laterais das
construções para efeito de iluminação, isolação e
prevenção.
Taxas de ocupação: refere-se ao limite que é
fixado pela prefeitura que delimita o espaço que pode
ser ocupado dentro do terreno.
Edificação: referes-se à construção destinada a
abrigar qualquer atividade humana.
Edícula: construção complementar a construção
principal, porém sem comunicação interna com a
mesma.
XI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MONTENEGRO, Gildo A. Desenho arquitetônico; São
Paulo: Edgar Blucher, 2001.
CHING; Francis D. K. Representação gráfica em
arquitetura; Porto Alegre: Bookman Editora.
CHING; Francis D. K. Técnicas de Construção
Ilustradas; Porto Alegre: Bookman Editora.
Manual do técnico em transações Imobiliárias.11.ed.
Goiânia: AB, 1994.
OBERG, Lamartine. Desenho Arquitetônico.32. ed. [ s. l]:
O Livro Técnico, [s.d].
www.ufrgs.br/museudetopografia/museu/his_topo.html
113
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Apostila
Marketing Imobiliário
114
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
SUMÁRIO
PÁG.
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 115
I – MARKETING...................................................................................................................................... 115
1.1. Conceitos e Definições.................................................................................................................... 115
1.2. O Marketing Imobiliário ........................................................................................................... 115
II - HISTÓRIA E EVOLUÇÃO ................................................................................................................ 116
2.1. Nascimento...................................................................................................................................... 116
2.2. As funções do Marketing ............................................................................................................... 116
2.3. Filosofias de Administração de Marketing .................................................................................. 116
2.4. Segmentação do mercado-alvo...................................................................................................... 117
2.5. Ferramentas de Marketing mais utilizadas .............................................................................. 117
2.6. Deficiências Supridas pela Ação do Marketing........................................................................... 118
2.7. Composto de Marketing ................................................................................................................ 118
2.8. As Mudanças ................................................................................................................................. 119
III - O AMBIENTE DE MARKETING .................................................................................................... 121
3.1. Abordagens de Marketing:............................................................................................................ 121
3.2. Agentes ............................................................................................................................................ 121
3.3. Variáveis ......................................................................................................................................... 121
IV - O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ................................................................................ 121
4.1. Segmentação do Mercado.............................................................................................................. 121
4.2. Segmentação do Cliente................................................................................................................. 122
4.3. Comportamento do Consumidor (Comprador)................................................................................. 122
4.4. Necessidades do Consumidor (Comprador) ................................................................................ 123
4.5. Fluxo de Informação ............................................................................................................................ 124
4.6. Tomadas de Decisão....................................................................................................................... 124
V – PESQUISA ............................................................................................................................................ 124
5.1. Sistema de Informação de Marketing .......................................................................................... 125
5.2. Perguntas básicas da pesquisa ...................................................................................................... 125
5.3. Etapas, Tipos e Métodos ................................................................................................................ 125
5.4. Trabalho de Campo ....................................................................................................................... 125
VI – DECISÕES DO COMPOSTO ........................................................................................................... 126
6.1. Os Setores – Áreas.......................................................................................................................... 126
VII - A IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA....................................................................................... 126
VIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................... 126
115
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
INTRODUÇÃO
Que bom que você conseguiu vencer
mais uma etapa do curso. Agora você
conhecerá um pouco mais sobre Marketing
Imobiliário.
É de fundamental importância que você
domine as estratégias e ações do Marketing para
que possa alcançar o seu público-alvo em um
relacionamento satisfatório para ambos.
I - MARKETING
As organizações são estruturas compostas
com o propósito de obter lucro, e para atingir esse
objetivo, é necessário que elas estejam em sintonia
com o mercado, oferecendo aquilo que o seu público
alvo deseja adquirir, e é essa a principal função do
Marketing: identificar as necessidades e tentar supri-
las da melhor forma possível.
A administração do composto de marketing se
torna primordial para as empresas que desejam se
estabelecer e manter um relacionamento duradouro
com o mercado. No caso específico do ramo
imobiliário esse composto apresenta algumas
particularidades que serão abordadas ao longo desta
apostila.
1.1. Conceitos e Definições
A palavra marketing tem muitas
definições na literatura, seguem algumas
consideradas mais significativas:
Marketing é um processo social por meio do
qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de
que necessitam e o que desejam com a criação, oferta
e livre negociação de produtos e serviços de valor
com outros (KOTLER e KELLER, 2006).
Marketing é o conjunto de operações que
envolvem a vida do produto, desde a planificação de
sua produção até o momento em que é adquirido pelo
consumidor (Dicionário Michaelis).
Marketing é o conjunto de estratégias e ações
que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a
sustentação de um produto ou serviço no mercado
consumidor (Dicionário Novo Aurélio).
O conceito contemporâneo de Marketing
engloba a construção de um satisfatório
relacionamento a longo prazo do tipo ganha-ganha
no qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que
desejam. O marketing se originou para atender as
necessidades de mercado, mas não está limitado aos
bens de consumo. É também amplamente usado para
"vender" idéias e programas sociais. Técnicas de
marketing são aplicadas em todos os sistemas
políticos e em muitos aspectos da vida.
1.2. O Marketing Imobiliário
O marketing aplicado ao mercado imobiliário
segue as mesmas regras e técnicas para outros
mercados. A diferença entre os diversos mercados
está no público alvo e nas ferramentas de marketing
que serão utilizadas em cada caso.
Até bem pouco tempo as empresas do mercado
imobiliário utilizavam como marketing: anúncio no
jornal, cavalete na esquina e folhetos. Com o advento
da globalização e o desenvolvimento das
comunicações, o consumidor passou a ter mais
acesso à informação e está mais consciente dos seus
direitos e mais exigente.
116
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Essa exigência do consumidor acirrou a
concorrência e levou as empresas a adotarem outras
estratégias de marketing.
Agora que você já sabe o conceito de
Marketing que tal conhecermos a sua
história e evolução.
Antes de dar prosseguimento à leitura do texto e
baseado nos conceitos já estudados, você saberia
dizer qual a função do marketing? Vamos lá!
II - HISTÓRIA E EVOLUÇÃO
2.1. Nascimento
Apesar de encontrarmos suas raízes ao longo
da história da humanidade, na própria gênese do
comércio o marketing é um campo de estudo novo
se comparado com os demais campos do saber.
O estudo do mercado surgiu da necessidade
dos industriais de administrar a nova realidade,
oriunda da revolução industrial que causou uma
transformação de um mercado de vendedores para
um mercado de compradores.
Neste estágio os consumidores não tinham
qualquer poder de barganha e a concorrência era
praticamente inexistente.
Tal realidade manteve-se inalterada até fins da
Segunda Guerra Mundial quando então, reagindo ao
crescimento da concorrência, mercadólogos
começaram a teorizar sobre como atrair e lidar com
seus consumidores. Surgiu então a cultura de vender
a qualquer preço.
As técnicas existentes baseavam-se mais na
intuição do que na prática. Eram técnicas ingênuas
e/ou maliciosas que estavam misturadas a
ferramentas eficientes. Lenda e fato se misturavam,
mas o mercado não dava muito ouvido à academia.
2.2. As funções do Marketing
Ao se falar em funções do Marketing, convém
uma passagem pela compreensão de sua finalidade,
que, nas palavras de Richard L. Sandhusen, supre
deficiências e cria utilidades. Ele especifica quatro
tipos, a saber:
1. local
2. tempo
3. posse
4. forma
2.3. Filosofias de Administração de Marketing
Na maior parte das empresas, o marketing
ocupava, um lugar modesto no organograma, o de um
serviço comercial, composto por alguns vendedores e
empregados e muitas vezes estava subordinado ao
diretor de produção ou diretor administrativo. Aos
poucos foi se alastrando e atualmente, pode-se ver a
mesma empresa praticando diferentes filosofias de
marketing ao redor do mundo: orientação para
produção, produto, venda, cliente e sociedade,
podendo identificar na evolução do marketing as
seguintes filosofias para sua administração.
Orientação para Produção: A grande questão,
para as empresas, era produzir e não vender. O papel
do marketing é, essencialmente, entregar produtos em
locais onde possam ser comprados.
Orientação para o Produto: Considera que os
consumidores preferem os produtos de melhor
qualidade, desempenho e aspectos inovadores.
Portanto, as organizações deveriam esforçar-se para
aprimorar seus produtos permanentemente.
117
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Orientação para Vendas: A orientação para
venda significa que o propósito da empresa é
satisfazer o desejo do cliente para que ele possa
voltar e comprar mais vezes.
Orientação para o Cliente: A função principal
da empresa não é mais produzir e vender, mas
satisfazer à clientela, consultando-a antes de produzir
qualquer coisa, via estudos de mercado e com base
nessa consulta, caso seja favorável, oferecer-lhe
produtos, serviços, idéias de qualidade e valor, para
que os consumidores voltem a comprar e a falar bem
da empresa e de seus produtos.
Orientação para o Marketing Socialmente
Responsável: Sustenta que a organização deve
determinar as necessidades, desejos e interesses do
mercado-alvo e então proporcionar aos clientes um
valor superior de forma a manter ou melhorar o bem-
estar do cliente e da sociedade.
Orientação para o Marketing Holístico: Nesta
abordagem a empresa deve tentar compreender e
administrar toda a complexidade envolvida na gestão
de marketing de uma empresa.
2.4. Segmentação do mercado alvo
As primeiras coisas a serem definidas em
qualquer planejamento de marketing, é quem são
seus consumidores, e qual exatamente é seu mercado
alvo.
Por maior e mais poderosa que seja nenhuma
empresa pode fazer um bom trabalho em todos os
mercados e satisfazer todas as suas necessidades.
Segmentar o mercado é dividi-lo em grupos
com características e interesses semelhantes.
Esse processo é derivado do reconhecimento
de que o mercado total é freqüentemente feito de
grupos com necessidades específicas.
Em função das semelhanças dos consumidores
que compõem cada segmento, eles tendem a
responder de forma similar a uma determinada
estratégia de marketing.
Como vimos o marketing é de
fundamental importância para o mercado
de trabalho. Você saberia dizer quais são
as ferramentas mais utilizadas para este fim? Antes
de dar prosseguimento à leitura do material, faça
uma lista das ferramentas que você considera mais
importante e depois confira com as que estão
mencionadas no texto abaixo.
2.5. Ferramentas de Marketing mais utilizadas
As ferramentas de marketing mais utilizadas
atualmente são:
a) pesquisa de mercado
b) estandes de venda cinematográficos
c) unidades modelo decoradas
d) tratamento paisagístico do local do
empreendimento
e) transporte gratuito para levar o cliente ao
local
f) site na internet
g) projetos mais elaborados
h) projejtos conceituais
i) áreas comuns decoradas e equipadas
j) promoções diversas
l) blitz com brindes
m) descontos para compra através da internet
n) sorteios e prêmios
o) material de divulgação com altíssima
qualidade
118
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
p) marketing de relacionamento
q) serviço de atendimento ao cliente etc.
O marketing hoje é fundamental para o sucesso
dos seus projetos e um investimento e não uma
despesa.
2.6. Deficiências Supridas pela Ação do Marketing
a) Valor entre o preço da oferta e do negócio
realizado,
b) Do conhecimento das particularidades e dos
benefícios dos produtos ou serviços.
c) Localização do fornecedor e do consumidor.
d) De tempo entre quando o produto é
produzido ou o serviço é gerado.
e) De prioridade entre a posse do fornecedor e
a posse do consumidor.
2.7. Composto de Marketing
O composto de marketing deverá focar o
mercado alvo trabalhando fundamentalmente os
seguinte itens:
• produto
• preço
• ponto
• promoção
O composto mercadológico foi formulado
primeiramente por Jerone McCarthy em seu livro
Basic Marketing (1960) e trata do conjunto de pontos
de interesse para os quais as organizações devem
estar atentas se desejam perseguir seus objetivos de
marketing.
O composto é dividido em 4 seções
freqüentemente chamadas dos "quatro pês". Elas são:
Produto
Do inglês product. A gestão de produto lida
com especificações do bem (ou serviço) em questão e
as formas como ele se relaciona com as necessidades
que o usuário tem. Para o cliente seu Produto deve
ser a melhor solução.
Conjunto de atributos tangíveis e intangíveis
que proporcionam benefícios reais ou percebidos
com o objetivo de satisfazer necessidades e desejos
de consumidores ou grupos de consumidores.
Preço
Do inglês price. Processo de definição de um
preço para o produto, incluindo descontos e
financiamentos, tendo em vista o impacto não apenas
econômico, mas também psicológico de uma
precificação. Para o cliente seu Preço deve oferecer
o melhor custo e benefício.
Ponto (praça)
Do inglês placement. Preocupa-se com a
distribuição e refere-se aos canais através dos quais o
produto chega aos clientes, inclui pontos de vendas,
pronta-entrega, horários e dias de atendimento e
diferentes vias de compra. Para o seu cliente sua
Praça deve ser a mais conveniente.
Promoção
Do inglês promotion. Inclui a propaganda,
publicidade, relações públicas, assessoria de
imprensa, boca-a-boca, venda pessoal e refere-se aos
diferente métodos de promoção do produto, marca ou
empresa. Para seu Cliente a sua Promoção deve ser
a mais agradável e presente.
Os profissionais de marketing usam essas
119
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
variáveis para estabelecer um plano de marketing.
Para o plano de marketing ser bem sucedido, a
estratégia traçada para os quatro pês, deve refletir a
melhor proposta de valor para os consumidores de
um mercado alvo bem definido. A administração de
marketing é a aplicação prática deste processo.
O Marketing de serviços conta ainda com
outros componentes no seu marketing mix: Pessoas,
Processos e Evidências Físicas.
2.8. As Mudanças
Mesmo que todas as elaborações sobre
marketing tratem de ambiente, variáveis e
influências, o fato é que rapidamente os conceitos
têm de ser revistos, as propostas relançadas, os
métodos refeitos.
A mudança é a maior característica de
nosso tempo.
As maiores mudanças que enfrentamos são:
� a globalização (você terá de ser encaixar,
uma mudança noutro país atingirá sua atividade)
� a qualidade (a qualidade nos serviços que
você presta não será mais um diferencial. Os serviços
serão de qualidade)
� a margem de lucro será reduzida (ou
alcançamos grande produtividade ou conseguiremos
diferenciar nossos produtos ou serviços de maneira
que nossos clientes paguem agradavelmente o nosso
preço-prêmio)
� os clientes serão menos fiéis do que já são (se
não investimos no relacionamento com eles, nós não
os teremos)
� Todos teremos que conhecer e usar a
tecnologia da informação (afinal, queremos estar na
vanguarda, ou esperaremos a ultrapassagem?)
� as novas formas de realização estão aí a
desafiar nossa capacidade de compreensão.
Já que o assunto é mudanças, observe algumas
que aconteceram ou estão acontecendo no segmento
da intermediação imobiliária agora.
� De corretor de imóveis para consultor
imobiliário.
� De técnico em transações imobiliárias para
gestor imobiliário, isto é do nível médio para o
superior.
� De notas fiscais de firma individual ou RPA,
Recibo de Pagamento a autônomos, para notas fiscais
de cooperativas de trabalho.
� Da antiga opção de venda para contrato
particular de prestação de serviços de intermediação
imobiliária.
� Da prestação de serviços de intermediação na
empresa imobiliária para escritórios independentes,
em casa e no carro, no conceito dos Home Office,
com crescente utilização de sites pessoais.
III - O AMBIENTE DE MARKETING
Neste século XXI avistamos dramáticas
mudanças ocorrendo no mundo dos negócios. Os
líderes de mercado devem capitalizar o potencial da
Tecnologia da Informação antecipando as mudanças
no comportamento de compra e criando novos
modelos de venda para sobreviver e obter
crescimento de vendas.
Todavia, esses rápidos avanços tecnológicos
produzem riscos e oportunidades que abrangem
questões estratégicas de planejamento, fundamentais
para o resultado positivo de suas metas e objetivo,
120
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
tais como:
� Planejamento e alocação de recursos
� Administração de vendas e canais de
distribuição
� Expansão e desenvolvimento de produtos x
mercados
� Compreensão do comportamento do
consumidor
� Administração dos parceiros de negócio e a
integração da cadeia de suprimentos
� Consolidação das Vendas e o Marketing Mix
� Ampliação dos incentivos e controles de
performance
Vamos, pois, examinar criteriosamente cada
um dos pontos levantados acima:
É de conhecimento geral, que a comoditização
de produtos, o E-commerce e a presença de novos
competidores estão pressionando as margens de
contribuição, forçando as organizações a reduzirem
vendas e orçamentos de marketing. Como resultado,
as empresas terão de ser inovadoras o suficiente para
poder crescer com menos, exigindo maior precisão
nos investimentos;
A estratégia de uso de múltiplos canais vem
sendo adotada pela maioria das organizações líderes
no mercado. São sistemas híbridos combinando
múltiplos pontos de interação como vendas em
campo, call center, web e outros. Vale notar que a
integração e o fluxo das informações é fundamental
para que se possa avaliar em tempo real que produtos
vai entregar e preços praticar através das diversas
rotas de mercado;
A introdução de novos produtos e serviços
obedecerá a lógica da abordagem econômica de
customização de massa, tanto para consumidores
individuais, quanto canais e parceiros.
Adicionalmente, a tendência será ampliar a
participação no cliente, buscando novos mercados
(alguns ficam obsoletos);
O ambiente de negócios irá consolidar a visão
de que o consumidor tem uma expectativa baseada
nas necessidades de conveniência, comodidade e
personalização do atendimento, com foco no
desenvolvimento do relacionamento;
Administrar todos os componentes que
integram a cadeia de valor de qualquer empresa e
segmento de atuação exigirá muita organização, pois
certamente vão ocorrer conflitos entre empresas,
parceiros e canais a respeito do controle da marca,
relacionamento com os clientes, prospects e acesso
ao mercado;
Redefinir a Marca, preços e estratégias de
Marketing Direto serão políticas mandatárias dentro
das empresas, que necessitarão capitalizar o poder da
nova interatividade, database e comunicação;
Processar os controles de performance deverá
ser realizado por meio da implementação de soluções
"end to end", E-care e suporte on line.
É fácil, diante dos elementos supra citados,
pensar nas claras conseqüências no ambiente de
negócios que se processarão dentro deste cenário de
constantes mudanças em velocidades nunca
imaginadas:
� Com a introdução de novas tecnologias e
disseminação do uso da internet, as empresas
tenderão a sofrer perda de clientes por meio de uma
menor intermediação;
� Em razão da comoditização dos produtos e
serviços e das alterações na relação de oferta x
demanda, a formação dinâmica dos preços irá
121
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
produzir a erosão das margens de contribuição e
forçar a busca de redução de custo;
� A diminuição do Brand Equity nos novos
canais de venda e modelos de negócios.
� Por fim, como resultado deste panorama,
pode assumir quais os riscos que as organizações
correrão: Fracasso se nada fizer; Fracasso se fizer a
coisa errada; Fracasso se fizer a coisa certa, porém
muito tarde.
3.1. Abordagens de Marketing
A abordagem de marketing considera a
atividade imobiliária como bens industriais, ou como
bens de serviços.
a) Fabricação/ Produção.
b) Imóvel.
c) Bem Industrial.
d) Venda do Imóvel.
e) Intermediação.
f) Bem de Serviço.
3.2. Agentes
Quantos aos agentes nesse mercado,
entendamos o modo de sentir e tratar o mercado
imobiliário, em que incluem:
a) Clientes.
b) Agentes financeiros.
c) Profissionais de Imóveis.
d) Incorporadores.
e) Construtores.
f) Intermediadores (Corretores de
Imóveis/ imobiliárias).
g) Administradores.
h) Proprietários de imóveis.
3.3. Variáveis
As variáveis nada mais são do que as
influências que a atividade da pessoa jurídica ou
física exerce e sofre, as quais provocam significativas
alterações no mercado em que operam.
Podem ser: Controláveis ou Incontroláveis
Variáveis Controláveis: controladas por você
ou pela empresa, é o composto de marketing,
pesquisa, produto, preço, canais, comunicações e
clientes.
Variáveis Incontroláveis: não controladas por
você nem pela empresa, legislação, aspectos
culturais, sócio econômicas, climáticos, sociais e
religiosos.
Está claro que essas variáveis interferem no
processo imobiliário, porque impactam desde o
planejamento até o pós-entrega do imóvel produzido
e vendido, uma vez que toda variação atinge o
consumidor.
IV - O COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR
4.1. Segmentação do Mercado
O mercado é muito instável, pode mudar a
qualquer momento tanto em nível local, nacional, ou
mundial. É por isso que o marketing tem que estudar,
planejar, agir e achar solução para resolver esse
problema.
Assim uma pesquisa de mercado é
fundamental para obter dados para a solução de
problemas ou oportunidades de negócios. Por
exemplo:
122
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
� análise e determinação do público alvo;
� análise da concorrência;
� análise de preferências e costumes do público
alvo, medindo-se as expectativas para a satisfação
dos consumidores;
� levantamento dos motivos de compra e/ou
locação dos consumidores, analisando-se a
priorização da imagem do produto.
Temos diversos segmentos de Mercados:
Quanto à segmentação do mercado, em relação
à produção e às vendas, podemos desde já
estabelecer, estudar, planejar e agir nos seguintes
segmentos:
� Negócios de terceiros (imóveis novos e
usados isolados ou em grupos).
� Administração de Imóveis (locação).
� Negócios rurais (sítios, fazendas,
condomínios).
� Lançamentos (incorporações de
empreendimentos residenciais, comerciais,
industriais, não residenciais).
� Loteamentos (incorporações, colonizações,
assentamentos).
� Avaliações e opiniões de valor.
� Consórcios de Imóveis.
� Fundos de investimentos e de outros tipos de
aplicação em imóveis.
4.2. Segmentação do Cliente
Como derivação direta da segmentação do
mercado, devemos continuar a busca de decifrar o
enigma da segmentação do cliente-alvo.
A) Organizar um banco de dados para iniciar.
B) Segmentação Gráfica (Região, Estado, Município,
densidades, clima, zona.)
C) Segmentação Psicográfica (personalidade, status,
expressão social,)
D) Segmentação Demográfica (Classe
socioeconômicas, sexo, idade, renda, profissão,
instrução, religião, preferências).
E) Entenda-se por segmentação de clientes um
grupo de pessoas com características comuns como
consumidores.
4.3. Comportamento do Consumidor
(Comprador)
É preciso conhecer e reconhecer com quem
você está falando. O ser humano tem apenas três
sistemas: o recorrente, o representacional e o
referencial.
Eles se apresentam através de três
modalidades:
� Modalidade visal
� Modalidade auditiva
� Modalidade sinestésica
Capacidade média de captação
� modalidade visual – 75%
� modalidade auditiva – 20%
123
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Técnico em Transações Imobiliárias
� modalidade sinestésica - 05%
Tipos de âncoras: para identificar as pessoas :
Visuais: gestos, posição dos olhos, cores,
submodalidades
Auditivas: tonalidade, entonação, volume,
submodalidades
Sinestésicas: tato, ato de corar, respiração,
submodalidades
Portanto, somente existem 3 tipos de clientes
(pessoas):
� os que são mais visuais
� os que são mais auditivos
� os que sáo mais sinestésicos
4.4. Necessidades do Consumidor (Comprador)
As necessidades do consumidor podem ser
descritas por meio da Pirâmide das necessidades.
Pirâmides da Hierarquia das Necessidades e o
Produto Imobiliário
As necessidades e desejos dos clientes estão
diretamente ligados ao processo decisório. Fazendo
uma correlação da Teoria da Hierarquia das
Necessidades no mercado imobiliário pode notar-se
que a busca do topo da pirâmide das necessidades
não cessa. A necessidade básica de abrigo vai
evoluindo e a moradia vai agregando e suprindo
outras necessidades numa busca constante de auto-
realização.
Depois de satisfeitas as necessidades
fisiológicas de abrigo, a tendência natural seria o
desejo de segurança, que poderia ser suprido através
da aquisição de um imóvel, que no Brasil é o sonho
de grande parte da população. Além da segurança
física não pode esquecer que a compra de um imóvel
também representa uma certa segurança financeira.
O passo seguinte é a busca para suprir as
necessidades sociais, criando vínculos. Muitas vezes
as pessoas se casam, compram um imóvel e depois
abrigo e moradia ( pode se realizar pelo aluguel)
segurança física - aquisição de imóvel (desejo de uma casa)
relacionamentos (busca de imóveis familiares)
status (marca reconhecida, alto
padrão)
auto- realização (casa de praia e campo)
Necessidades Fisiológicas
Necessidades de Segurança
Necessidades Sociais
Necessidade de
estima
Necessidade de auto-realização
124
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
quando chegam os filhos são levados a adquirirem
imóveis mais amplos, a fim de atender mais
confortavelmente a família e os amigos.
A quarta etapa da busca da auto-realização se
dá através da estima, caracterizada pela busca de
status, em que os consumidores tendem a procurar
marcas reconhecidas como sinônimo de poder e
sucesso, buscando casas e apartamentos de alto
padrão em locais nobres, com segurança e
diferenciais que demonstrem o seu sucesso pessoal.
E, finalmente, o topo. Com a auto-realização,
quando as necessidades de morar bem já foram
supridas, seu status social está confirmado, o que
leva as pessoas a buscarem os imóveis como
investimento, ou para a realização de outro sonho
muito comum, a casa de férias, seja na praia ou no
campo.
Ao longo da pirâmide os pequenos detalhes
como nome, cor da pintura, tipo de piso vão
ganhando destaque no processo decisório, podendo
levar um empreendimento ao sucesso ou ao fracasso
total.
Com a grande quantidade de imóveis a venda,
o cliente tem o poder de escolher exatamente o que
ele deseja, e a empresa que não estiver disposta a
ceder a pequenas personalizações, pode perder um
número significativo de clientes.
As empresas precisam ouvir o que os
consumidores tem a dizer, precisam ser flexíveis e
adequar seus produtos às suas necessidades, mas
precisam principalmente surpreendê-los! Precisam
oferecer aquilo que eles não esperam. Só com a
ampliação do produto a empresa poderá alcançar uma
vantagem competitiva, mesmo que por curto espaço
de tempo.
É preciso ter consciência de que a busca pela
vantagem competitiva sustentável só poderá ser
atingida na medida em que proativamente as
empresas se posicionarem mais rapidamente no
mercado.
4.5. Fluxo de Informação
Para que qualquer estratégia de marketing
obtenha sucesso, o fluxo de informações deve ocorrer
de forma tranqüila e, principalmente contínua.
Todos na empresa são “olheiros” do que
acontece no mercado. Mas ninguém melhor do que o
vendedor para trazer informações atualizadas e
precisas, afinal de contas, ele está diariamente cara a
cara com o cliente.
Quem melhor do que os profissionais da área
de vendas para saber o que está acontecendo com os
clientes e o que eles estão precisando e querendo
comprar?
4.6. Tomadas de Decisão
O processo de compra pelo consumidor inclui
cinco etapas básicas:
� reconhecimento da necessidade
� busca de informação
� avaliação das alternativas
� decisão de compra
� avaliação pós-compra
V - PESQUISA
O Marketing atinge seu objetivo se for bem
feito desde a idéia até a conclusão.
A pesquisa no marketing imobiliário é feito
com perfeito conhecimento dos fatos, informações
125
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
dos elementos que facilitam as tomadas de decisão e
referências dos produtos e serviços.
O simples fato do cliente saber que você está
fazendo uma pesquisa de satisfação já melhora a
imagem do seu negócio perante ele.
5.1. Sistema de Informação de Marketing
O Sistema de informação de marketing deve
ser contínuo e promover a interação das pessoas,
equipamentos e procedimentos.
Quase sempre no mercado imobiliário a
estrutura do sistema de informação é representada
pelas entidades de classe disponibilizada a maior
gama de informações para seus associados.
5.2 Perguntas básicas da pesquisa
QUEM – perfil do consumidor (idade, sexo,
estado civil, costumes, rendas etc)
O QUE - produto/serviços (abordar variáveis
como tamanho, cor, tipo, diferenciais, etc)
QUANDO – intenção e/ou freqüência da
compra
DE QUEM – de quem costuma comprar ou
lembrar quando tem intenção de compra
ONDE – distribuição e localização .
QUANTO – qual o preço que está disposto
e/ou pode pagar .
5.3. Etapas, Tipos e Métodos
Etapas: identifica o problema e define os
objetivos, pela metodologia e pelos trabalhos de
campo.
Tipos: existem vários tipos de pesquisa.
a) De consumo
b) De propaganda
c) De comportamento e tendências de
mercado
d) De vendas e mercado
e) De mercado e viabilidade
f) De produtos
g) De comportamentos do pessoal
interno
Métodos: existem vários métodos de pesquisa:
a) Estudos exploratórios (contato
inicial)
b) Estudos descritivos (confirmam as
hipóteses já levantadas na definição do problema)
c) Estudos descritivos estáticos
(pesquisa quantitativo)
d) Estudos descritivos de casos
(pesquisa qualitativa)
e) Estudos experimentais (descobrem as
relações de causa e efeito)
5.4. Trabalho de Campo
Para que a pesquisa do trabalho de campo se
realize é necessário que todas os formulários,
material, demostragens, técnicas, cálculos e testes
tenham sidos aprovados.
Como qualquer projeto, o de pesquisa também
funciona como se fosse um jogo de engrenagens,
carecendo de que todas as etapas se interajam e se
complementem na seqüência programada.
O trabalho de campo envolve: tabulação e
análise dos dados (organização padronizada e
codificada das respostas obtidas), análise dos dados
(texto fundamentado nas respostas voltado aos
126
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Técnico em Transações Imobiliárias
objetivos definidos no projeto), recomendações ao
cliente (relatório entregue a empresa que solicitou a
pesquisa, com sugestões que indiquem caminhos e
alternativas para melhor proveito do conhecimento
adquirido com a pesquisa).
VI – DECISÕES DO COMPOSTO
Os imóveis, em muitos casos, desapareceram
do campo comercial, não se vende mais. Foi
fabricado e entregue.
O marketing continua ativo em seu benefício,
com serviços de manutenção, conservação,
assistência técnica e sustentação das garantias,
auxiliando a vitalidade e mantendo prestígio do
fabricante/prestador de serviços. Daí se conclui que,
no mínimo, seis áreas dão consistência efetiva ao
composto de marketing; nelas localizam-se algumas
subdivisões.
6.1. Os Setores - Áreas
a) Gerência de Produtos
b) Pesquisa
c) Comunicação Social
d) Canais
e) Clientes
f) Vendas
Estas áreas tem de trabalhar em sintonia, do
contrário tendem a desfigurar a imagem.
VII - A IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA
É muito importante o uso da estratégia correta,
pois a cada dia se torna mais difícil agradar os
clientes.
Nenhum planejamento estratégico de
marketing obtém sucesso se não conseguirmos
comunicá-lo para o público alvo.
O Planejamento estratégico deve ser
direcionado para o mercado .
Estratégia Central, devemos definir a missão
da empresa.
Posicionamento Competitivo, deve ver as
vantagens diferenciais com relação à concorrência .
Implementação de gerência Estratégica é a fase
do encontro entre a teoria e a prática.
FINALIZANDO...
O objetivo principal de toda empresa é
obter resultados que promovam a
obtenção de lucros nas suas atividades
produtivas.
Sabendo que o mercado é constituído de
compradores e vendedores, é de fundamental
importância que você domine e pratique os
conceitos e conhecimentos adquiridos nesta
unidade de Marketing.
127
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Nelson Eduardo Pereira da. Marketing
imobiliário. Goiânia: AB, 2002.
COSTA, Nelson Eduardo Pereira da. Marketing
pessoal Imobiliário, faça você mesmo. Campo
Grande: Ruy Barbosa, 2007.
GRACIOSO, Francisco. Marketing, uma
Experiência Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1971.
KOTLER, Philip e ARMSTRONG, Gary.
Introdução de Marketing. São Paulo: LTC, 1999.
KOTLER, Philip e KELLER, Kevin. Administração
de Marketing - 12a Edição. São Paulo: Prentice
Hall, 2006.
RICHERS, Raimar. O que é marketing. São Paulo:
Brasiliense, 1986.
128
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Apostila
Matemática Financeira
129
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
SUMÁRIO
PÁG.
I – INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 131
1.1. Matemática Financeira................................................................................................................ 131
II - Razões e PROPORÇÕES ................................................................................................................... 131
2.1. Razões............................................................................................................................................ 131
2.1.1. TERMOS DE UMA RAZÃO ............................................................................................ 132
2.1.2. RAZÕES INVERSAS......................................................................................................... 132
2.1.3. RAZÕES EQUIVALENTES ............................................................................................. 133
2.1.4. RAZÕES ENTRE GRANDEZAS DE ESPÉCIES DIFERENTES................................ 133
2.2. PROPORÇÕES............................................................................................................................ 133
2.2.1. ELEMENTOS DE UMA PROPORÇÃO ......................................................................... 134
2.2.2. PROPRIEDADE FUNDAMENTAL DAS PROPORÇÕES........................................... 135
2.2.3. APLICAÇÕES DA PROPRIEDADE FUNDAMENTAL............................................... 135
2.2.4. QUARTA PROPORCIONAL ........................................................................................... 136
2.2.5. PROPORÇÃO CONTÍNUA.............................................................................................. 136
2.2.6. TERCEIRA PROPORCIONAL ....................................................................................... 136
2.2.7. Média geométrica ou média proporcional........................................................................ 136
2.2.8. PROPRIEDADES DAS PROPORÇÕES......................................................................... 137
2.2.9. PROPORÇÃO MÚLTIPLA.............................................................................................. 139
III – Grandezas Proporcionais ................................................................................................................. 139
3.1. GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS............................................................. 139
3.2. GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS .......................................................... 140
IV - Regra de três simples......................................................................................................................... 141
V - Regra de três composta....................................................................................................................... 142
VI – PORCENTAGEM............................................................................................................................. 145
VII – CAPITAL ......................................................................................................................................... 146
VIiI – JUROS............................................................................................................................................. 146
8.1. TAXA DE JUROS........................................................................................................................ 147
8.2. JUROS SIMPLES........................................................................................................................ 147
8.3. JUROS COMPOSTOS ............................................................................................................... 148
VIII - DESCONTOS SIMPLES E COMPOSTOS................................................................................. 150
8.1 - DESCONTOS SIMPLES ........................................................................................................... 150
8.2 – DESCONTOS COMPOSTOS................................................................................................... 150
IX - FLUXO DE CAIXA........................................................................................................................... 150
130
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
X - TAXAS NOMINAIS............................................................................................................................ 150
XI - TAXAS EFETIVAS........................................................................................................................... 151
XII - VALOR PRESENTE e VALOR FUTURO ................................................................................... 151
XIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................... 151
GABARITO ............................................................................................................................................... 152
131
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Estamos iniciando os estudos da
Matemática Financeira. Para tanto,
expomos algumas dicas para que tenha
sucesso nos seus estudos.
Primeiro lembramos que o ensino da
Matemática está presente desde o início da
escolaridade e por todo o ensino básico.
Percebemos que, quando lançamos o olhar
para dentro da escola, a Matemática acaba sendo
caracterizada como uma disciplina difícil.
Portanto, recomendamos que discuta com o seu
tutor as dúvidas e lembre-se que os livros de
matemática do ensino médio podem lhe auxiliar na
revisão de alguns conceitos básicos.
Queremos lembrar que o estudo da
matemática ganha relevância especial para o
desenvolvimento da sua capacidade de leitura e
interpretação da linguagem gráfica e dos dados
matemáticos que estão no nosso cotidiano.
Assim, aproveite as oportunidades de se
envolver com as aplicações da matemática e
boa sorte!
I – INTRODUÇÃO
Prezado aluno, este módulo é mais um suporte
para a sua atuação profissional. Através da
aprendizagem da matemática financeira, você irá
ampliar seus conhecimentos que será de grande
relevância para a prática diária. Boa sorte e bons
estudos!!!
1.1. Matemática Financeira
A matemática financeira tem a finalidade de
estudar as diversas formas de evolução do valor do
dinheiro no tempo, e as formas de análise e comparação
de alternativas para aplicação e obtenção de recursos
financeiros.
II - RAZÕES E PROPORÇÕES
2.1. Razões
Vamos considerar um carro de corrida com 4m
de comprimento e um kart com 2m de comprimento.
Para compararmos as medidas dos carros, basta dividir
o comprimento de um deles pelo outro. Assim:
(o tamanho do carro de corrida é duas
vezes o tamanho do kart).
Podemos afirmar também que o kart tem a
metade do comprimento do carro de corrida.
A comparação entre dois números racionais,
através de uma divisão, chama-se razão.
A razão pode também ser representada por 1:2 e
significa que cada metro do kart corresponde a 2m do
carro de corrida.
Denominamos de razão entre dois
números a e b (b diferente de zero) o
quociente ou a:b.
A palavra razão, vem do latim ratio, e significa
"divisão". Como no exemplo anterior, são diversas as
situações em que utilizamos o conceito de razão.
Exemplos:
Dos 1200 inscritos num concurso, passaram 240
132
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candidatos.
Razão dos candidatos aprovados nesse concurso:
(de cada 5 candidatos inscritos, 1 foi aprovado).
Para cada 100 convidados, 75 eram mulheres.
Razão entre o número de mulheres e o número de
convidados:
(de cada 4 convidados, 3 eram mulheres).
Observações:
1) A razão entre dois números racionais pode ser
apresentada de três formas. Exemplo:
Razão entre 1 e 4: 1:4 ou ou 0,25.
2) A razão entre dois números racionais pode ser
expressa com sinal negativo, desde que seus termos
tenham sinais contrários. Exemplos:
A razão entre 1 e -8 é .
A razão entre é
Exemplo:
PIB-Percapita = População
PIB
Resolução:
1.800.000.000.000
180.000. 000
= R$ 10.000,00
2.1.1. Termos de uma razão
Observe a razão:
(lê-se "a está para b" ou "a para b").
Na razão a:b ou , o número a é denominado
antecedente e o número b é denominado conseqüente.
Veja o exemplo:
3:5 =
Leitura da razão: 3 está para 5 ou 3 para 5.
2.1.2. Razões Inversas
Considere as razões .
Observe que o produto dessas duas razões é igual a 1,
ou seja, .
Nesse caso, podemos afirmar que são razões
inversas.
133
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Duas razões são inversas entre si
quando o produto delas é igual a 1.
Exemplo:
são razões inversas, pois .
Verifique que nas razões inversas o antecedente de uma
é o conseqüente da outra, e vice-versa.
Observações:
1) Uma razão de antecedente zero não possui inversa.
2) Para determinar a razão inversa de uma razão
dada, devemos permutar (trocar) os seus termos.
Exemplo: O inverso de .
2.1.3. Razões equivalentes
Dada uma razão entre dois números, obtemos uma
razão equivalente da seguinte maneira:
Multiplicando-se ou dividindo-se os
termos de uma razão por um mesmo
número racional (diferente de zero),
obtemos uma razão equivalente.
Exemplos:
São razões equivalentes
São razões equivalentes
2.1.4. Razões entre grandezas de espécies diferentes
Para determinar a razão entre duas grandezas de
espécies diferentes, determina-se o quociente entre as
medidas dessas grandezas. Essa razão deve ser
acompanhada da notação que relaciona as grandezas
envolvidas
O conceito é o seguinte:
Denomina-se razão entre grandezas de
mesma espécie o quociente entre os
números que expressam as medidas dessas
grandezas numa mesma unidade.
Exemplo:
Arthur fez o percurso do Rio a São Paulo
(450Km) em 5 horas. Qual a razão entre a medida
dessas grandezas? E o que significa essa razão?
Resolução:
Razão = 450Km
5h = 90km / h
Essa razão significa que a cada hora foram percorridos
em média 90 km.
2.2. Proporções
Rogerião e Claudinho passeiam com seus
134
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
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cachorros. Rogerião pesa 120kg, e seu cão, 40kg.
Claudinho, por sua vez, pesa 48kg, e seu cão, 16kg.
Observe a razão entre o peso dos dois rapazes:
Observe, agora, a razão entre o peso dos cachorros:
Verificamos que as duas razões são iguais. Nesse caso,
podemos afirmar que a igualdade é uma
proporção. Assim:
Proporção é uma igualdade entre
duas razões.
2.2.1. Elementos de uma proporção
Dados quatro números racionais a, b, c, d, não-
nulos, nessa ordem, dizemos que eles formam uma
proporção quando a razão do 1º para o 2º for igual à
razão do 3º para o 4º. Assim:
ou a:b=c:d
(lê-se "a está para b assim como c está para d")
Os números a, b, c e d são os termos da proporção,
sendo:
� b e c os meios da proporção.
� a e d os extremos da proporção.
Exemplo:
Dada a proporção , temos:
Leitura: 3 está para 4 assim como 27 está para 36.
Meios: 4 e 27 Extremos: 3 e 36
2.2.2. Propriedade fundamental das Proporções
Observe as seguintes proporções:
Produto dos meios = 4.30 = 120
Produto dos extremos = 3.40 = 120
Produto dos meios = 9.20 = 180
Produto dos extremos = 4.45 = 180
Produto dos meios = 8.45 = 360
Produto dos extremos = 5.72 = 360
De modo geral, temos que:
Daí podemos enunciar a propriedade fundamental das
proporções:
Em toda proporção, o produto dos
meios é igual ao produto dos
extremos.
135
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Técnico em Transações Imobiliárias
2.2.3. Aplicações da propriedade fundamental
Determinação do termo desconhecido de uma
proporção
Exemplos:
Determine o valor de x na proporção:
Solução:
5 . x = 8 . 15 (aplicando a propriedade
fundamental)
5 . x = 120
x = 24
Logo, o valor de x é 24.
Determine o valor de x na proporção:
Solução:
5 . (x-3) = 4 . (2x+1) (aplicando a
propriedade fundamental)
5x - 15 = 8x + 4
5x - 8x = 4 + 15
-3x = 19
3x = -19
x =
Logo, o valor de x é .
Os números 5, 8, 35 e x formam, nessa ordem, uma
proporção. Determine o valor de x.
Solução:
(aplicando a propriedade
fundamental)
5 . x = 8 . 35
5x = 280
x = 56
Logo, o valor de x é 56.
Resolução de problemas envolvendo proporções
Exemplo:
Numa salina, de cada metro cúbico (m3) de água
salgada, são retirados 40 dm3 de sal. Para obtermos 2
m3 de sal, quantos metros cúbicos de água salgada são
necessários?
Solução:
A quantidade de sal retirada é proporcional ao volume
de água salgada.
Indicamos por x a quantidade de água salgada a ser
determinada e armamos a proporção:
Lembre-se de que 40dm3 = 0,04m3.
(aplicando a
propriedade fundamental)
1 . 2 = 0,04 . x
0,04x = 2
136
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Técnico em Transações Imobiliárias
x = 50 m3
Logo, são necessários 50 m3 de água salgada.
2.2.4. Quarta proporcional
Dados três números racionais a, b e c, não nulos,
denomina-se quarta proporcional desses números um
número x tal que:
Exemplo:
Determine a quarta proporcional dos números 8, 12 e 6.
Solução: Indicamos por x a quarta proporcional e
armamos a proporção:
(aplicando a propriedade fundamental)
8 . x = 12 . 6
8 . x = 72
x = 9
Logo, a quarta proporcional é 9.
2.2.5. Proporção contínua
Considere a seguinte proporção:
Observe que os seus meios são iguais, sendo, por isso,
denominada proporção contínua. Assim:
Proporção contínua é toda a proporção
que apresenta os meios iguais.
De um modo geral, uma proporção contínua pode ser
representada por:
2.2.6. Terceira proporcional
Dados dois números naturais a e b, não nulos,
denomina-se terceira proporcional desses números o
número x tal que:
Exemplo:
Determine a terceira proporcional dos números 20 e 10.
Solução
Indicamos por x a terceira proporcional e armamos a
proporção:
(aplicando a propriedade
fundamental)
20 . x = 10 . 10
20x = 100
x = 5
Logo, a terceira proporcional é 5.
2.2.7. Média geométrica ou média proporcional
Dada uma proporção contínua , o
número b é denominado média geométrica ou média
proporcional entre a e c. Exemplo:
Determine a média geométrica positiva entre 5 e 20.
137
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Solução:
5 . 20 = b . b
100 = b2
b2 = 100
b =
b = 10
Logo, a média geométrica positiva é 10.
2.2.8. Propriedades das proporções
1ª propriedade:
Numa proporção, a soma dos dois
primeiros termos está para o 2º (ou 1º)
termo, assim como a soma dos dois
últimos está para o 4º (ou 3º).
Demonstração
Considere as proporções:
Adicionando 1 a cada membro obtemos:
[Quadro1]
[Quadro2]
Exemplo:
Determine x e y na proporção , sabendo que
x+y=84.
Solução:
Assim:
x+y = 84 => x = 84-y => x = 84-48 => x=36.
Logo, x=36 e y=48.
2ª propriedade:
Numa proporção, a diferença dos
dois primeiros termos está para o 2º
(ou 1º) termo, assim como a
diferença dos dois últimos está para o 4º (ou 3º).
Demonstração
Considere as proporções:
Subtraindo 1 a cada membro obtemos:
[Quadro3]
(Mult. os 2 membros
-1)
[Quadro4]
138
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Técnico em Transações Imobiliárias
Exemplo:
Sabendo-se que x-y=18, determine x e y na proporção
.
Solução:
Pela 2ª propriedade temos que:
x-y = 18 => x=18+y => x = 18+12 => x=30.
Logo, x=30 e y=12.
3ª propriedade:
Numa proporção, a soma dos
antecedentes está para a soma dos
conseqüentes, assim como cada antecedente
está para o seu conseqüente.
Demonstração
Considere a proporção:
Permutando os meios, temos:
Aplicando a 1ª propriedade, obtemos:
Permutando os meios, finalmente obtemos:
4ª propriedade:
Numa proporção, a diferença dos
antecedentes está para a diferença dos
conseqüentes, assim como cada
antecedente está para o seu conseqüente.
Demonstração
Considere a proporção:
Permutando os meios, temos:
Aplicando a 2ª propriedade, obtemos:
Permutando os meios, finalmente obtemos:
Exemplo:
Sabendo que a-b = -24, determine a e b na proporção
.
Solução:
Pela 4ª propriedade, temos que:
139
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
5ª propriedade:
Numa proporção, o produto dos
antecedentes está para o produto dos
conseqüentes, assim como o quadrado de cada
antecedente está para quadrado do seu
conseqüente.
Demonstração
Considere a proporção:
Multiplicando os dois membros por , temos:
Assim:
Observação: a 5ª propriedade pode ser estendida para
qualquer número de razões. Exemplo:
2.2.9. Proporção múltipla
Denominamos proporção múltipla uma série de razões
iguais. Assim:
é uma proporção múltipla.
Dada a série de razões iguais , de acordo
com a 3ª e 4ª propriedade, podemos escrever:
III – GRANDEZAS PROPORCIONAIS
Entendemos por grandeza tudo aquilo que pode
ser medido, contado. As grandezas podem ter suas
medidas aumentadas ou diminuídas.
Alguns exemplos de grandeza: o volume, a
massa, a superfície, o comprimento, a capacidade, a
velocidade, o tempo, o custo e a produção.
É comum ao nosso dia-a-dia situações em que
relacionamos duas ou mais grandezas. Por exemplo:
Em uma corrida de "quilômetros contra o
relógio", quanto maior for a velocidade, menor será o
tempo gasto nessa prova. Aqui as grandezas são a
velocidade e o tempo.
Num forno utilizado para a produção de ferro
fundido comum, quanto maior for o tempo de uso,
maior será a produção de ferro. Nesse caso, as
grandezas são o tempo e a produção.
3.1. Grandezas diretamente proporcionais
Um forno tem sua produção de ferro fundido de
acordo com a tabela abaixo:
140
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Técnico em Transações Imobiliárias
Tempo
(minutos)
Produção (Kg)
5 100
10 200
15 300
20 400
Observe que uma grandeza varia de acordo com a
outra. Essas grandezas são variáveis dependentes.
Observe que:
Quando duplicamos o tempo, a produção
também duplica.
5 min ----> 100Kg
10 min ----> 200Kg
Quando triplicamos o tempo, a produção
também triplica.
5 min ----> 100Kg
15 min ----> 300Kg
Assim:
Duas grandezas variáveis dependentes
são diretamente proporcionais quando a
razão entre os valores da 1ª grandeza é
igual a razão entre os valores correspondentes
da 2ª.
Verifique na tabela que a razão entre dois valores
de uma grandeza é igual a razão entre os dois valores
correspondentes da outra grandeza.
3.2. Grandezas inversamente proporcionais
Um ciclista faz um treino para a prova de "1000
metros contra o relógio", mantendo em cada volta uma
velocidade constante e obtendo, assim, um tempo
correspondente, conforme a tabela abaixo
Velocidade
(m/s)
Tempo (s)
5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50
Observe que uma grandeza varia de acordo com a
outra. Essas grandezas são variáveis dependentes.
Observe que:
Quando duplicamos a velocidade, o tempo fica
reduzido à metade.
5 m/s ----> 200s
10 m/s ----> 100s
Quando quadriplicamos a velocidade, o tempo
fica reduzido à quarta parte.
5 m/s ----> 200s
20 m/s ----> 50s
Assim:
Duas grandezas variáveis dependentes
são inversamente proporcionais
quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual ao inverso da razão entre os valores
correspondentes da 2ª.
Verifique na tabela que a razão entre dois valores
de uma grandeza é igual ao inverso da razão entre os
141
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
dois valores correspondentes da outra grandeza.
IV - REGRA DE TRÊS SIMPLES
Regra de três simples é um processo prático para
resolver problemas que envolvam quatro valores dos
quais conhecemos três deles. Devemos, portanto,
determinar um valor a partir dos três já conhecidos.
Passos utilizados numa regra de três simples:
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas
da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma
linha as grandezas de espécies diferentes em
correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou
inversamente proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplos:
1) Com uma área de absorção de raios solares de
1,2m2, uma lancha com motor movido a energia solar
consegue produzir 400 watts por hora de energia.
Aumentando-se essa área para 1,5m2, qual será a
energia produzida?
Solução: montando a tabela:
Área (m2) Energia (Wh)
1,2 400
1,5 x
Identificação do tipo de relação:
Inicialmente, colocamos uma seta para baixo na
coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a área de absorção, a
Energia solar aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando -
aumenta), podemos afirmar que as grandezas são
diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos
outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.
2) Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de
400Km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em
quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a
velocidade utilizada fosse de 480km/h?
Solução: montando a tabela:
Velocidade (Km/h) Tempo (h)
400 3
480 x
Identificação do tipo de relação:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na
coluna que contém o x (2ª coluna).
Observe que: Aumentando a velocidade, o
142
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
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tempo do percurso diminui.
Como as palavras são contrárias (aumentando -
diminui), podemos afirmar que as grandezas são
inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos
uma outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª
coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação
temos:
Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2
horas e 30 minutos.
3) Bianca comprou 3 camisetas e pagou R$120,00.
Quanto ela pagaria se comprasse 5 camisetas do mesmo
tipo e preço?
Solução: montando a tabela:
Camisetas Preço (R$)
3 120
5 x
Observe que: Aumentando o número de
camisetas, o preço aumenta.
Como as palavras correspondem (aumentando -
aumenta), podemos afirmar que as grandezas são
diretamente proporcionais. Montando a proporção e
resolvendo a equação temos:
Logo, a Bianca pagaria R$200,00 pelas 5 camisetas.
4) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por
dia, realizou determinada obra em 20 dias. Se o número
de horas de serviço for reduzido para 5 horas, em que
prazo essa equipe fará o mesmo trabalho?
Solução: montando a tabela:
Horas por dia Prazo para
término (dias)
8 20
5 x
Observe que: Diminuindo o número de horas
trabalhadas por dia, o prazo para término aumenta.
Como as palavras são contrárias (diminuindo -
aumenta), podemos afirmar que as grandezas são
inversamente proporcionais. Montando a proporção e
resolvendo a equação temos:
V - REGRA DE TRÊS COMPOSTA
A regra de três composta é utilizada em
problemas com mais de duas grandezas, direta ou
143
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inversamente proporcionais.
Exemplos:
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3
de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão
necessários para descarregar 125m3?
Solução: montando a tabela, colocando em cada
coluna as grandezas de mesma espécie e, em cada linha,
as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem:
Horas Caminhões Volume
8 20 160
5 x 125
Identificação dos tipos de relação:
Inicialmente colocamos uma seta para baixo na
coluna que contém o x (2ª coluna).
A seguir, devemos comparar cada grandeza com
aquela onde está o x.
Observe que:
Aumentando o número de horas de trabalho,
podemos diminuir o número de caminhões. Portanto, a
relação é inversamente proporcional (seta para cima
na 1ª coluna).
Aumentando o volume de areia, devemos
aumentar o número de caminhões. Portanto, a relação
é diretamente proporcional (seta para baixo na 3ª
coluna). Devemos igualar a razão que contém o termo x
com o produto das outras razões de acordo com o
sentido das setas.
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Logo, serão necessários 25 caminhões.
2) Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam
20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão
montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:
Homens Carrinhos Dias
8 20 5
4 x 16
Observe que:
Aumentando o número de homens, a produção
de carrinhos aumenta. Portanto, a relação é
diretamente proporcional (não precisamos inverter a
razão).
Aumentando o número de dias, a produção de
carrinhos aumenta. Portanto a relação também é
diretamente proporcional (não precisamos inverter a
razão). Devemos igualar a razão que contém o termo x
com o produto das outras razões.
Montando a proporção e resolvendo a equação
temos:
144
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Logo, serão montados 32 carrinhos.
3) Dois pedreiros levam 9 dias para construir um
muro com 2m de altura. Trabalhando 3 pedreiros e
aumentando a altura para 4m, qual será o tempo
necessário para completar esse muro?
Inicialmente, colocamos uma seta para baixo na
coluna que contém o x. Depois colocam flechas
concordantes para as grandezas diretamente
proporcionais com a incógnita e discordantes para as
inversamente proporcionais, como mostra a figura
abaixo:
Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Logo, para completar o muro serão necessários 12 dias.
Agora chegou a sua vez de tentar.
Teste seus conhecimentos fazendo
esses exercícios:
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Agora chegou a sua vez de tentar. Pratique
tentando fazer esses exercícios:
1) Três torneiras enchem uma piscina em 10
horas. Quantas horas levarão 10 torneiras para encher 2
piscinas?
2) Uma equipe composta de 15 homens extrai,
em 30 dias, 3,6 toneladas de carvão. Se for aumentada
para 20 homens, em quantos dias conseguirão extrair
5,6 toneladas de carvão?
3) Vinte operários, trabalhando 8 horas por dia,
gastam 18 dias para construir um muro de 300m.
Quanto tempo levará uma turma de 16 operários,
trabalhando 9 horas por dia, para construir um muro de
225m?
4) Um caminhoneiro entrega uma carga em um mês,
viajando 8 horas por dia, a uma velocidade média
de 50 km/h. Quantas horas por dia ele deveria viajar
para entregar essa carga em 20 dias, a uma
velocidade média de 60 km/h
5) Com certa quantidade de fio, uma fábrica produz
5400m de tecido com 90cm de largura em 50
minutos. Quantos metros de tecido, com 1 metro e
20 centímetros de largura, seriam produzidos em 25
minutos?
145
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
VI – PORCENTAGEM
É freqüente o uso de expressões que refletem
acréscimos ou reduções em preços, números ou
quantidades, sempre tomando por base 100 unidades.
Alguns exemplos:
� A gasolina teve um aumento de 15%
Significa que em cada R$100 houve um
acréscimo de R$15,00
� O cliente recebeu um desconto de 10% em
todas as mercadorias.
� Significa que em cada R$100 foi dado um
desconto de R$10,00
� Dos jogadores que jogam no Grêmio, 90% são
craques.
Significa que em cada 100 jogadores que jogam
no Grêmio, 90 são craques.
Razão centesimal
Toda a razão que tem para conseqüente o número
100 denomina-se razão centesimal. Alguns exemplos:
Podemos representar uma razão centesimal de
outras formas:
As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas
taxas centesimais ou taxas percentuais.
Considere o seguinte problema:
João vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos
cavalos ele vendeu?
Para solucionar esse problema devemos aplicar a
taxa percentual (50%) sobre o total de cavalos.
Logo, ele vendeu 25 cavalos, que representa a
porcentagem procurada.
Portanto, chegamos a seguinte definição:
Porcentagem é o valor obtido ao
aplicarmos uma taxa percentual a
um determinado valor.
Exemplos:
Calcular 10% de 300.
Calcular 25% de 200kg.
Logo, 50kg é o valor correspondente à porcentagem
procurada.
EXERCÍCIO COMENTADO:
1) Se eu comprei uma ação de um clube por R$250,00
e a revendi por R$300,00, qual a taxa percentual de
lucro obtida?
Montamos uma equação, em que somando os R$250,00
iniciais com a porcentagem que aumentou em relação a
esses R$250,00, resulte nos R$300,00.
146
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Portanto, a taxa percentual de lucro foi de 20%.
Uma dica importante: o FATOR DE
MULTIPLICAÇÃO
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um
determinado valor, podemos calcular o novo valor
apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator
de multiplicação. Se o acréscimo for de 20%,
multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a
tabela abaixo:
Acréscimo ou
Lucro
Fator de
Multiplicação
10% 1,10
15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67
Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00
temos: 10 * 1,10 = R$ 11,00
No caso de haver um decréscimo, o fator de
multiplicação será:
Fator de Multiplicação = 1 - taxa de desconto
(na forma decimal)
Veja a tabela abaixo:
Desconto Fator de Multiplicação
10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10
Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00
temos: 10 * 0,90 = R$ 9,00
VII – CAPITAL
O Capital é o valor aplicado através de alguma
operação financeira. Também conhecido como:
Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor
Aplicado. Em inglês usa-se Present Value (indicado
pela tecla PV nas calculadoras financeiras).
VIII – JUROS
Juros representam a remuneração do Capital
empregado em alguma atividade produtiva. Os juros
podem ser capitalizados segundo dois regimes: simples
ou compostos.
JUROS SIMPLES: O juro de cada intervalo
de tempo sempre é calculado sobre o capital
inicial emprestado ou aplicado.
JUROS COMPOSTOS: o juro de cada
intervalo de tempo é calculado a partir do
saldo no início de correspondente intervalo.
Ou seja: o juro de cada intervalo de tempo é
incorporado ao capital inicial e passa a
render juros também.
O juro é a remuneração pelo empréstimo do
dinheiro. Ele existe porque a maioria das pessoas
prefere o consumo imediato, e está disposta a pagar um
preço por isso. Por outro lado, quem for capaz de
esperar até possuir a quantia suficiente para adquirir seu
desejo, e neste interim estiver disposta a emprestar esta
147
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
quantia a alguém, menos paciente, deve ser
recompensado por esta abstinência na proporção do
tempo e risco, que a operação envolver. O tempo, o
risco e a quantidade de dinheiro disponível no mercado
para empréstimos definem qual deverá ser a
remuneração, mais conhecida como taxa de juros.
Quando usamos juros simples e juros
compostos?
A maioria das operações envolvendo dinheiro
utiliza juros compostos. Estão incluídas: compras a
médio e longo prazo, compras com cartão de crédito,
empréstimos bancários, as aplicações financeiras usuais
como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos
de renda fixa, etc. Raramente encontramos uso para o
regime de juros simples: é o caso das operações de
curtíssimo prazo, e do processo de desconto simples de
duplicatas.
8.1. Taxa de juros
A taxa de juros indica qual remuneração será
paga ao dinheiro emprestado, para um determinado
período. Ela vem, normalmente, expressa da forma
percentual, em seguida da especificação do período de
tempo a que se refere:
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).
Outra forma de apresentação da taxa de juros é a
unitária, que é igual a taxa percentual dividida por 100,
sem o símbolo %:
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)
8.2. Juros Simples
O regime de juros será simples quando o
percentual de juros incidir apenas sobre o valor
principal. Sobre os juros gerados a cada período não
incidirão novos juros. Valor Principal ou simplesmente
principal é o valor inicial emprestado ou aplicado, antes
de somarmos os juros. Transformando em fórmula
temos:
J = P . i . n
Onde:
J= juros
P = principal (capital)
i = taxa de juros
n = número de períodos
Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1000,00 que
deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de
juros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Os juros
que pagarei serão:
J = 1000 x 0.08 x 2 = 160
Ao somarmos os juros ao valor principal temos o
montante.
Montante = Principal + Juros
Montante = Principal + ( Principal x Taxa de juros x
Número de períodos )
M = P . ( 1 + ( i . n ) )
Exemplo: Calcule o montante resultante da aplicação
de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias.
SOLUÇÃO:
M = P . ( 1 + (i.n) )
M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$72.960,42
148
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Técnico em Transações Imobiliárias
Observe que expressamos a taxa i e o período n, na
mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter
dividido 145 dias por 360, para obter o valor
equivalente em anos, já que um ano comercial possui
360 dias.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) Calcular os juros simples de R$ 1200,00 a 13 %
a.t. por 4 meses e 15 dias.
0.13 / 6 = 0.02167
logo, 4m15d = 0.02167 x 9 = 0.195
j = 1200 x 0.195 = 234
2 - Calcular os juros simples produzidos por
R$40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., durante
125 dias.
Temos: J = P.i.n
A taxa de 36% a.a. equivale a 0,36/360 dias = 0,001
a.d.
Agora, como a taxa e o período estão referidos à
mesma unidade de tempo, ou seja, dias, poderemos
calcular diretamente:
J = 40000.0,001.125 = R$5000,00
3 - Qual o capital que aplicado a juros simples de
1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros em 75 dias?
Temos imediatamente: J = P.i.n ou seja: 3500 =
P.(1,2/100).(75/30)
Observe que expressamos a taxa i e o período n em
relação à mesma unidade de tempo, ou seja, meses.
Logo,
3500 = P. 0,012 . 2,5 = P . 0,030; Daí, vem:
P = 3500 / 0,030 = R$116.666,67
4 - Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano,
quantos meses serão necessários para dobrar um
capital aplicado através de capitalização simples?
Objetivo: M = 2.P
Dados: i = 150/100 = 1,5
Fórmula: M = P (1 + i.n)
Desenvolvimento:
2P = P (1 + 1,5 n)
2 = 1 + 1,5 n
n = 2/3 ano = 8 meses
8.3. Juros Compostos
O regime de juros compostos é o mais comum
no sistema financeiro e, portanto, o mais útil para
cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a
cada período são incorporados ao principal para o
cálculo dos juros do período seguinte.
Chamamos de capitalização o momento em que
os juros são incorporados ao principal. Após três meses
de capitalização, temos:
1º mês: M =P.(1 + i)
2º mês: o principal é igual ao montante do mês
anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i)
3º mês: o principal é igual ao montante do mês
anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i)
Simplificando, obtemos a fórmula:
M = P . (1 + i)n
Importante: a taxa i tem que ser expressa na
mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de juros ao
mês para n meses.
Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o
149
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
principal do montante ao final do período:
J = M - P
Exemplo:
Calcule o montante de um capital de R$6.000,00,
aplicado a juros compostos, durante 1 ano, à taxa de
3,5% ao mês.
(use log 1,035=0,0149 e log 1,509=0,1788)
Resolução:
P = R$6.000,00
t = 1 ano = 12 meses
i = 3,5 % a.m. = 0,035
M = ?
Usando a fórmula M=P.(1+i)n, obtemos:
M = 6000.(1+0,035)12 = 6000. (1,035)12
Fazendo x = 1,03512 e aplicando logaritmos,
encontramos:
log x = log 1,03512 => log x = 12 log 1,035 =>
log x = 0,1788 => x = 1,509
Então M = 6000.1,509 = 9054.
Portanto, o montante é R$9.054,00
Relação entre juros e progressões
No regime de juros simples:
M( n ) = P + n r P
No regime de juros compostos:
M( n ) = P . ( 1 + r ) n
Portanto:
num regime de capitalização a juros simples o saldo
cresce em progressão aritmética
num regime de capitalização a juros compostos o saldo
cresce em progressão geométrica
Taxas Equivalentes
Duas taxas i1 e i2 são equivalentes, se aplicadas
ao mesmo Capital P durante o mesmo período de
tempo, através de diferentes sistemas de capitalização,
produzem o mesmo montante final.
Seja o capital P aplicado por um ano a uma taxa
anual ia .
O montante M ao final do período de 1 ano será
igual a M = P(1 + i a )
Consideremos agora, o mesmo capital P aplicado
por 12 meses a uma taxa mensal im .
O montante M’ ao final do período de 12 meses
será igual a M’ = P(1 + im)12 .
Pela definição de taxas equivalentes vista acima,
devemos ter M = M’.
Portanto, P(1 + ia) = P(1 + im)12
Daí concluímos que 1 + ia = (1 + im)12
Com esta fórmula podemos calcular a taxa anual
equivalente a uma taxa mensal conhecida.
Exemplos:
1 - Qual a taxa anual equivalente a 8% ao semestre?
Em um ano temos dois semestres, então teremos:
1 + ia = (1 + is)2
1 + ia = 1,082
ia = 0,1664 = 16,64% a.a.
2 - Qual a taxa anual equivalente a 0,5% ao mês?
1 + ia = (1 + im)12
1 + ia = (1,005)12
ia = 0,0617 = 6,17% a.a.
IX - DESCONTOS SIMPLES E COMPOSTOS
9.1. Descontos Simples
Desconto é aplicado quando um empréstimo é
saldado antes do vencimento previsto.
A fórmula é: d = N.i.n
150
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Exemplo:
Qual o desconto de um título no valor de R$
50.000,00, se ele for pago 2 meses antes do
vencimento a uma taxa de 5,5% a.m.?
Aplicando a fórmula:
d: o que você quer saber
N:50.000,00
i:5,5% - 0,055
n:2
d = 50000. 0,055. 2
d= R$ 5.500,00 de desconto
A taxa de desconto talvez seja a mais familiar de
todas. Quem nunca pediu desconto em uma compra? A
diferença entre o desconto e os juros é que o desconto é
calculado a partir do valor futuro, enquanto que os juros
sobre o valor presente.
9.2. Descontos Compostos
Conceito de desconto em juros compostos é
similar ao de desconto em juros simples.
A fórmula é: A= N. 1/ (1+i)n
Exemplo:
Suponhamos que você quer descontar um título de
R$ 25.000,00, 2 meses antes do vencimento, de um
banco que utiliza uma taxa de juros compostos de
3% a.m. Calcule o valor atual do título.
Aplicando a fórmula:
A - o que você quer saber
N - 25.000,00
i - 3 % - 0,03
n – 2
Logo: 25000.1/ (1+0,03)2 = 23.564,90
IX - FLUXO DE CAIXA
Fluxo de caixa de uma empresa, de uma
aplicação financeira ou de um empréstimo consiste no
conjunto de entradas (recebimentos) e saídas
(pagamentos) de dinheiro ao longo de um determinado
período.
X -TAXAS NOMINAIS
A taxa nominal é quando o período de formação
e incorporação dos juros ao Capital não coincide com
aquele a que a taxa está referida. Alguns exemplos:
- 34% ao semestre com capitalização mensal.
- 150% ao ano com capitalização mensal.
- 19,5% ao ano com capitalização trimestral.
Exemplo:
Uma taxa de 15 % a.a., capitalização mensal, terá
16.08 % a.a. como taxa efetiva:
15/12 = 1,25 1,2512 = 1,1608
XI - TAXAS EFETIVAS
A taxa Efetiva é quando o período de formação e
incorporação dos juros ao Capital coincide com aquele
a que a taxa está referida. Alguns exemplos:
- 11,5% ao mês com capitalização mensal.
- 25% ao semestre com capitalização semestral.
151
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
- 125% ao ano com capitalização anual.
Taxa Real: é a taxa efetiva corrigida pela taxa
inflacionária do período da operação.
Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa serve para demonstrar
graficamente as transações financeiras em um período
de tempo. O tempo é representado na horizontal
dividido pelo número de períodos relevantes para
análise. As entradas ou recebimentos são
representados por setas verticais apontadas para cima e
as saídas ou pagamentos são representados por setas
verticais apontadas para baixo. Observe o gráfico
abaixo:
Chamamos de VP o valor presente, que
significa o valor que eu tenho na data 0; VF é o valor
futuro, que será igual ao valor que terei no final do
fluxo, após juros, entradas e saídas.
XII - VALOR PRESENTE E VALOR FUTURO
Na fórmula M = P . (1 + i)n , o principal P é
também conhecido como Valor Presente (PV =
present value) e o montante M é também conhecido
como Valor Futuro (FV = future value).
Então essa fórmula pode ser escrita como
FV = PV (1 + i) n
Isolando PV na fórmula temos:
PV = FV / (1+i)n
Na HP-12C, o valor presente é representado pela
tecla PV.
Com essa mesma fórmula podemos calcular o
valor futuro a partir do valor presente.
Exemplo:
Quanto teremos daqui a 12 meses se aplicarmos
R$1.500,00 a 2% ao mês?
Solução: FV = 1500 . (1 + 0,02)12 = R$ 1.902,36
Chegamos ao fim de mais uma unidade. Antes de
darmos continuidade aos estudos, refaça os
exercícios propostos e confira as respostas.
Lembre-se que o conteúdo desta unidade
servirá de subsídio para a resolução de situações
práticas vivenciadas no cotidiano do Corretor.
XIV - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
DUARTE, Heron Márcio Ferreira. Conhecendo a
matemática financeira. Brasília: Ativa Editora Gráfica,
2000.
DUARTE, Heron M. F. Raciocínio Lógico e
Quantitativo, DF: Ativa, 1999.
PARENTE, Eduardo, CARIBÉ, Roberto. Matemática
Comercial e Financeira. São Paulo: FTD, 1996
GABARITO
Página 144.
1) 6 horas.
2) 35 dias
3) 15 dias
4) 10 horas por dia
5) 2025 metros.
152
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Apostila
Comunicação e Expressão em Língua
Portuguesa
153
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
SUMÁRIO
I - LINGUAGEM ...................................................................................................................................... 155
1.1. Função ........................................................................................................................................ 155
1.2. Instrumento de Ação ................................................................................................................. 157
1.3. Processo .................................................................................................................................... 157
1.4. Diversidade.................................................................................................................................. 157
II – TEXTO............................................................................................................................................... 158
2.1. Diversidade Textual................................................................................................................. 158
2.2. Adequação Vocabular.....................................................................................................................158
2.3. Estruturação ....................................................................................................................................158
2.4. Coerência .........................................................................................................................................158
2.5. Coesão ..............................................................................................................................................158
2.6. Hierarquia de Idéias .......................................................................................................................159
2.7. Organização.....................................................................................................................................159
2.8. Elementos da Narrativa..................................................................................................................159
2.9. Argumentação e Intencionalidade ................................................................................................160
2.10. Semântica.......................................................................................................................................160
2.11. Sinonímia, Antonímia e Polissemia..............................................................................................160
III - TEXTO TÉCNICO........................................................................................................................ 161
3.1. Organização............................................................................................................................ 161
3.2. Paragrafação .......................................................................................................................... 161
3.3. Peculiaridades ........................................................................................................................ 161
IV - ELEMENTOS GRAMATICAIS................................................................................................... 161
4.1. Frase, Oração e Período ........................................................................................................ 161
4.2. Ortografia............................................................................................................................... 161
V - DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS............................................................................................ 163
5.1 Usos do Porquê........................................................................................................................ 163
5.2 Onde/Aonde............................................................................................................................. 165
5.3 Mau/Mal .................................................................................................................................. 165
5.4 Cessão / Sessão / Secção / Seção............................................................................................. 165
5.5 Há/A ......................................................................................................................................... 165
5.6 Mas / Mais................................................................................................................................ 166
5.7 Que e Se ................................................................................................................................... 166
154
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
VI – ACENTUAÇÃO ............................................................................................................................. 170
VII – CRASE........................................................................................................................................... 172
VIII – PONTUAÇÃO ............................................................................. ............................................... 175
IX - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 178
GABARITOS .......................................................................................................................................... 178
155
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
INTRODUÇÃO
Neste módulo estudaremos Comunicação e
Expressão em Língua Portuguesa. Para
nos comunicarmos com as pessoas a necessidade de
um bom vocabulário e de uma escrita sem erros é
essencial. Por isso acreditamos que este módulo irá
ajudá-lo a enriquecer seus conhecimentos e torná-los
um profissional eficiente.
I - LINGUAGEM
1.1. Função
Nas comunicações orais ou escritas, um dos
elementos será mais enfatizado do que os outros.
Portanto, em cada texto há uma função predominante da
linguagem. As funções de linguagem que um texto pode
ter são:
Função referencial: Informa sobre uma situação
ou uma realidade de um referente.
Ex.: O ônibus parte às três horas.
Função emotiva: É a expressão da personalidade
ou dos sentimentos do emissor.
Ex.: Tenho medo de dormir no escuro.
Função conativa ou apelativa: Visa uma ação
sobre o destinatário, manifestando-se em formas de
persuasão, apelo, ordem etc.
Ex.: Não cometa a loucura de dormir no
ponto!
Função fática: Assegura a eficácia da
comunicação. Manifesta-se por interjeições ou
expressões sem conteúdo informativo preciso:
Ex.: Ah! hein?! Sim, entendi! Não vou dormir.
Função poética: Ocorre quando a linguagem é
considerada em seu significante, no seu valor rítmico,
sonoro ou visual. Utiliza-se de conotações. É centrada
na mensagem. Tem como característica a criatividade
da linguagem.
Ex.: Viaje bem, viaje VASP. (slogan
publicitário)
Função Metalingüística: É o valor explicativo
ou didático de uma mensagem: o que se fala sobre a
linguagem.
Ex.: Ônibus: veículo para transporte urbano e
interurbano de passageiros, com itinerário
preestabelecido. (Dicionário).
LEMBRE-SE: Sentido denotativo é o sentido
próprio, real, do dicionário, primário, independente
ao contexto. Sentido conotativo é um sentido
imaginário, secundário, ligado ao contexto.
LEMBRE-SE: "O signo lingüístico une não uma
coisa e uma palavra, mas um conceito (significado)
e uma imagem acústica (significante)".
TESTE SEUS CONHECIMENTOS :
Leia o texto abaixo para responder a questão que se
segue.
“Amor. [Do latim amore]. S.m. 1. Sentimento que
predispõe a desejar o bem de outrem, ou de alguma
coisa(...) 2. Sentimento de dedicação absoluta de um
ser a outro ser ou a uma coisa(...).” (Aurélio Buarque
H. Ferreira)
1) relação às funções da linguagem, qual o aspecto mais
156
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de
linguagem predominante?
a) Metalingüística
b) Fática
c) Referencial
d) Poética
Leia o texto para responder a questão que se
segue.
“Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer“.
(Luís de Camões)
2) relação às funções da linguagem, qual o aspecto mais
valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de
linguagem predominante?
a) Conativa
b) Referencial
c) Metalingüística
d) Poética
Leia o texto para responder a questão que se
segue
“Os gregos viram no amor, sobretudo uma força
unitiva e organizadora e estenderam-na sobre o
fundamento do Amor sexual, da concórdia política e
da amizade. Com o Cristianismo, a noção de Amor
sofre uma transformação; de um lado, é entendido
como uma relação ou um tipo de relações em que se
deve estender a todo “próximo”; de outro,
transforma-se em um mandamento”. (Nicola
Abbaquano)
3) Com relação às funções da linguagem, qual o
aspecto mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a
função de linguagem predominante?
a) Fática
b) Poética
c) Referencial
d) Emotiva
Leia o texto para responder a questão que se segue
“Aquela doença é uma expressão popular do interior
do Ceará para substituir o nome de certas
enfermidades incuráveis ou impressionantes, como a
lepra, o câncer, a tuberculose.”
4) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto
mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de
linguagem predominante?
a) Fática
b) Poética
c) Referencial
d) Metalingüística
Leia o texto para responder a questão que se segue
“Que frio! Que vento! Que calor! Que absurdo! Que
bacana! Que tristeza! Que tarde! Que amor! Que
besteira! Que esperança! Que modos! Assim, em
plena floresta de exclamações, vai-se tocando pra
frente”. (Drummond).
5) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto
mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de
linguagem predominante?
a) Metalingüística
b) Fática
c) Referencial
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d) Emotiva
Leia o texto para responder a questão que se segue
“Minha primeira namorada é avó / de um neto /
que não é meu”.
6) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto
mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de
linguagem predominante?
a) Conativa
b) Poética
c) Referencial
d) Fática
Leia a frase para responder a questão que se segue
“Logo você saberá a verdade, Marcos.”
7) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto
mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de
linguagem predominante?
a) Referencial
b) Conativa
c) Metalingüística
d) Poética
8) Quando em um texto predomina-se conotações,
ritmos, e ele é centrado na própria mensagem, é correto
afirmar que a função predominante desse texto é:
a) Função Poética
b) Função Referencial
c) Função Conativa
d) Função Metalingüística
Leia a frase para responder a questão que se
segue
“A Lua é o satélite da Terra.”
9) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto
mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de
linguagem predominante?
a) Conativa
b) Referencial
c) Metalingüística
d) Poética
Leia o texto para responder a questão que se segue.
“A lua é uma foice de ouro.”
10) Em relação às funções da linguagem, qual o aspecto
mais valorizado nesse texto, ou seja, qual a função de
linguagem predominante?
a) Poética
b) Referencial
c) Fática
d) Metalingüística
1.2. Instrumento de Ação
A linguagem é um instrumento de ação,
pois é pela linguagem que o homem
materializa seu discurso, podendo assim,
expressar suas manifestações a respeito de tudo que o
cerca.
1.3. Processo
A atividade com a linguagem é um processo, um
trabalho, e para tanto, se elabora, se constrói e se cria a
todo momento. E é um processo coletivo, feito de várias
partes. Cria-se um repertório constituído de palavras,
concepções, e tipos de textos.
158
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1.4. Diversidade
Podemos considerar a diversidade da linguagem
quando falamos em linguagem verbal e linguagem
não-verbal.
Uma linguagem não-verbal é considerada
linguagem, pois quando vemos uma imagem e
interpretamos as mensagens transmitidas por ela,
estamos lendo esta imagem. Essa leitura de imagens é
possível porque há nelas uma linguagem que se
manifesta a partir de uma certa organização.
As linguagens verbais são as criadas pelos
homens. Elas representam este mundo, mas não são o
mundo. A palavra não é o objeto, mas o elemento que
o representa. Essas linguagens são formadas por sinais
criados pelo homem.
II – TEXTO
2.1. Diversidade Textual
Existem muitos tipos de textos. Texto é todo
material organizado com a finalidade de informar,
comunicar, veicular sentidos. Cada um com sua
linguagem específica, seus sinais, sua organização, seus
veículos de transmissão.
2.2. Adequação Vocabular
Os textos são um dos meios que dispomos para
organizar e expressar nosso pensamento. Mas para que
nosso pensamento seja compreensível e preciso que
haja adequação vocabular, que o vocabulário utilizado
seja compreensível.
Por isso é importante atentar para alguns
elementos, tais como: a organização interna do texto; a
situação comunicativa; e o interlocutor a quem o texto
se dirige.
2.3. Estruturação
Os textos são uma forma de comunicação que
coloca em relação um emissor e um receptor. Os
elementos do processo de comunicação compreendem:
� Emissor: quem emite a mensagem.
� Receptor: quem recebe a mensagem.
� Mensagem: é o conteúdo das informações
transmitidas (visual, auditivo, olfativo...).
� Canal: é o meio que possibilita a transmissão
da mensagem: voz, foto, texto, pintura etc.
� Código: é a linguagem verbal ou não verbal
utilizada.
� Referente: é o contexto, a situação aos quais a
mensagem remete.
2.4. Coerência
Assim como uma frase não é uma simples
sucessão de palavras, um texto também não é uma
simples suscessão de frases, mas um todo organizado,
para que haja um texto com coerência.
A coerência é resultante da não-contradição entre
os diversos segmentos textuais, formando uma cadeia
em que todos eles estejam harmonicamente ligados.
2.5. Coesão
A coesão é a manifestação lingüística da
coerência e se realiza nas relações entre elementos
sucessivos – adjetivos em relação aos substantivos,
formas verbais em relação aos sujeitos, tempos verbais
nas relações espaço-temporais constitutivas do texto
159
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etc. – se realiza também na organização de períodos, de
parágrafos, das partes do todo como formadoras de uma
cadeia de sentido, capaz de apresentar e desenvolver um
tema ou as unidades de um texto. É construída com os
mecanismos gramaticais e lexicais, confere unidade
formal ao texto.
2.6. Hierarquia de Idéias
Um texto bem elaborado necessita ter hierarquia
nas idéias. Em uma narração, por exemplo, atribuímos
ações às personagens, essas ações se sucedem
temporalmente, ou seja, uma ação posterior pressupõe
uma ação anterior, com a qual não pode estar em
contradição.
Em qualquer outro tipo de texto a hierarquia de
idéias também é muito importante, pois é como se
estivéssemos conversando com alguém, não se pode
falar depois o que deveria ter sido dito antes.
2.7. Organização
A organização de um texto como um todo,
depende também da organização das palavras em uma
frase, essa organização obedece a certos padrões. Na
língua portuguesa a ordem padrão de organização é:
sujeito+verbo+complemento, embora algumas
variações sejam possíveis, desde que haja
gramaticalidade na relação entre os termos da frase,
pois sem esta gramaticalidade o falante não saberia
estabelecer relação entre duas palavras numa frase.
2.8. Elementos Da Narrativa
Ficção: é o discurso narrativo ou representação
ou fábula que nos remete a uma construção subjetiva
em que figuram entidades, ações e situações que
formam um todo organizado não veraz.
Situação: é a ordem dos elementos do universo
ficcional em dada coordenada de tempo ficcional.
Ação: são as mudanças que ocorrem no universo
ficcional. A ação pode ter vários aspectos:
1. Consumada: efetivamente ocorrida no
universo ficcional.
2. Hipotética: supõe-se consumada, mas no
decorrer da narrativa pode se mostrar como não
consumada no universo ficcional.
3. Imaginária: fruto de uma ficção dentro da
ficção estabelecida por algum dos agentes da ficção.
4. Representada: os agentes da ficção
representam dentro da ficção.
5. Onírica: resulta do sonho de um dos agentes
da ficção.
Ação cardeal: compromete a inteligibilidade da
fábula, quando suprimida.
Proposição: é a tripla situação anterior, ação,
situação posterior.
Episódio: é qualquer fragmento de narração
formado por pelo menos uma proposição. Alguns tipos
notáveis de episódio:
Inversão de tendência: podemos exemplificá-la
citando o herói que consegue inverter as expectativas
que apontavam para o seu fracasso em expectativa para
sua vitória. É um tipo de episódio útil para a obtenção
de clímax. Esse exemplo chama-se peripécia.
Revelação: ocorre quando um dos agentes da
narração - que pode ser o narrador, o personagem ou
leitor - toma conhecimento de um fato que redireciona
os caminhos da ação. Um caso de revelação é o
reconhecimento, em que um dos agentes da narração
toma conhecimento da identidade de outro.
Catástrofe: é o fato de dimensões trágicas no
universo ficcional. Na tragédia grega, por exemplo,
160
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ocorre catástrofe no clímax.
Confronto: é o encaminhamento irreconciliável
para a disputa entre dois agentes da narrativa.
Dano: é o fato que cria um desequilíbrio no
universo ficcional que por vezes condiciona toda a
ação.
Núcleo narrativo: é uma parte da narrativa em
que se prioriza a abordagem de determinado objeto. O
tipo mais comum e notável de núcleo é o que se
desenvolve em função de personagens. Cada ato se
constitui num núcleo. Pode-se dizer que uma parte da
narrativa é um núcleo, desde que nela seja preservada a
característica da parte. Para não se enxergar núcleos e
mais núcleos numa narrativa é preciso considerar
apenas as priorizações de abordagem mais gerais. Não
há uma baliza precisa para determinar que nível de
generalização deve ser empregado para caracterizar um
núcleo, por isso, a determinação dele é uma questão
subjetiva.
O foco da narrativa: Toda estória é narrada em
primeira ou em terceira pessoa. O Foco da narrativa é
determinado pelo contador da estória, ou seja, o
narrador.
Primeira pessoa - Quando o narrador faz parte da
estória, ele é uma das personagens.
Terceira pessoa - Quando o narrador não
participa, ele somente conta a estória.
Narrador onisciente - É o narrador que penetra no
mundo interior das personagens.
2.9. Argumentação e Intencionalidade
Argumentação
Argumentação é o elemento que se utiliza em um
texto para persuadir o leitor a acreditar em determinada
coisa ou agir de determinada forma.
As argumentações não visam apenas expor
conceitos, mas fazer com que o leitor partilhe de
determinada idéia como verdadeira e única.
Intencionalidade
Um componente muito importante na construção
de textos é a INTENCIONALIDADE, isto é, quem
produz um texto utiliza-se de determinados recursos
com a intenção de produzir determinados efeitos no
leitor.
2.10. Semântica
Semântica é o estudo do significado, isto é a
ciência das significações, com os problemas suscitados
sobre o significado. O homem sempre se preocupou
com a origem das línguas e com a relação entre as
palavras e as coisas que elas significam, se há uma
ligação natural entre os nomes e as coisas nomeadas ou
se essa associação é mero resultado de convenção.
Nesse estudo consideram-se também as mudanças
de sentido, a escolha de novas expressões, o nascimento
e morte das locuções.
As formas lingüísticas são símbolos e valem pelo
que significam.
2.11. Sinonímia, Antonímia e Polissemia
Sinonímia
Há sinonímia quando duas ou mais palavras são
sinônimas, quando se identificam exatamente ou
aproximadamente quanto ao significado. Por exemplo:
cara e rosto.
Antonímia
Refere-se à relação entre unidades de sentido
contrário. Essas unidades pertencem à mesma categoria
sintática e opõem-se no interior de uma classe
161
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semântica. Por exemplo: amor e ódio.
Polissemia
Quando a mesma forma fônica cobre
significações diferentes, embora correlatas, tem-se a
polissemia. Entretanto, só pode ser discernida no
contexto. Por exemplo: Ex: fino. (tecido fino; homem
fino; ambiente fino.)
III - TEXTO TÉCNICO
3.1. Organização
O texto técnico é fundamental nas atividades
empresariais. Portanto, deve ser bem organizado. Uma
parte importante da organização é a linguagem,
devendo-se levar em consideração que o sujeito é ser
inanimado, não pratica a ação, ele se torna paciente e,
assim, usa-se a voz passiva.
3.2. Paragrafação
A organização dos parágrafos de um texto técnico
deve manter uma hierarquia de idéias. Se, por exemplo,
for um requerimento, deve-se primeiro indicar a quem
se dirige, logo, mencionar a justificativa e apresentar o
que está sendo requerido, e por fim, solicitar que seu
pedido seja atendido, datar e assinar.
3.3. Peculiaridades
Cintra, Fonseca e Marquesi, definem as
peculiaridades da linguagem técnica como "... um uso
específico que se circunscreve uma dada área sócio-
profissional e que nem sempre tem uma função prática,
visa a obter assentimento das pessoas, dar reforço para
atitudes desejadas, provocar mudanças de opinião ou de
comportamento, dar orientação para novas ações, bem
como subsidiar decisões".
IV - ELEMENTOS GRAMATICAIS
4.1. Frase, Oração e Período
Frase: É todo enunciado suficiente por si mesmo
para estabelecer comunicação.
Oração: É todo enunciado estruturado em torno
de um verbo ou locução verbal, podendo ou não ter
sentido completo.
Período: É uma frase verbal formada de uma ou
mais orações.
Período Simples: frase em que só há uma
oração. Essa oração, por ser única dentro do período,
denomina-se Oração Absoluta.
Período composto: frase constituída de duas ou
mais orações.
4.2. Ortografia
A palavra Ortografia é formada por "orto",
elemento de origem grega, usado como prefixo, com o
significado de direito, reto, exato e "grafia", elemento
de composição de origem grega com o significado de
ação de escrever; ortografia, então, significa ação de
escrever direito. É fácil escrever direito? Não! É, de
fato, muito difícil conhecer todas as regras de ortografia
a fim de escrever com o mínimo de erros ortográficos.
Seguem algumas frases com as respectivas regras sobre
o uso de ç, s, ss, z, x... Vamos a elas:
01) Uma das intenções da casa de detenção é
levar o que cometeu graves infrações a alcançar a
introspecção, por intermédio da reeducação.
a) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos
terminados em TO:
intento = intenção
canto = canção
b) Usa-se ç em palavras terminadas em
TENÇÃO referentes a verbos derivados de TER:
162
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deter = detenção
reter = retenção
c) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos
terminados em TOR:
infrator = infração
trator = tração
d) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos
terminados em TIVO:
introspectivo = introspecção
relativo = relação
e) Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos
quais se retira a desinência R:
reeducar = reeducação
importar = importação
f) Usa-se ç após ditongo quando houver som de s:
eleição
traição
02) A pretensa diversão de Creusa, a poetisa
vencedora do concurso, implicou a sua expulsão,
porque pôs uma frase horrorosa sobre a diretora
Luísa.
a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos
terminados em NDER ou NDIR:
pretender = pretensão, pretensa, pretensioso
defender = defesa, defensivo
compreender = compreensão, compreensivo
repreender = repreensão
b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos
terminados em ERTER ou ERTIR:
inverter = inversão
converter = conversão
c) Usa-se s após ditongo quando houver som de
z:
Creusa
coisa
d) Usa-se s em palavras terminadas em ISA,
substantivos femininos:
Luísa
Heloísa
Obs: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de
juiz, que também se escreve com z.
e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos
terminados em CORRER ou PELIR:
concorrer = concurso
discorrer = discurso
f) Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR,
QUERER, USAR:
ele pôs
ele quis
g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE,
ESE, ISE, OSE:
frase
tese
Exceções: deslize e gaze.
h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO,
OSA:
horrorosa
gostoso
Exceção: gozo
03) I - Teresinha, a esposa do camponês inglês,
avisou que cantaria de improviso.
II - Aterrorizada pela embriaguez do marido, a
mulherzinha não fez a limpeza.
a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo
INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da
palavra de origem; com z quando a palavra de origem
não tiver o radical terminado em s:
Teresa = Teresinha
Casa = casinha
b) Os verbos terminados em ISAR serão escritos
163
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com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra
de origem; os terminados em IZAR serão escritos com
z quando a palavra de origem não tiver o radical
terminado em s:
improviso = improvisar
análise = analisar
c) As palavras terminadas em ÊS e ESA serão
escritas com s quando indicarem nacionalidade, títulos
ou nomes próprios; as terminadas em EZ e EZA serão
escritas com z quando forem substantivos abstratos
provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem
qualidade:
Teresa
Camponês
Inglês
04) O excesso de concessões dava a impressão
de compromisso com o progresso.
a) Os verbos terminados em CEDER terão
palavras derivadas escritas com CESS:
exceder = excesso, excessivo
b) Os verbos terminados em PRIMIR terão
palavras derivadas escritas com PRESS:
imprimir = impressão
deprimir = depressão
c) Os verbos terminados em GREDIR terão
palavras derivadas escritas com GRESS:
progredir = progresso
agredir = agressor, agressão, agressivo
d) Os verbos terminados em METER terão
palavras derivadas escritas com MISS ou MESS:
comprometer = compromisso
prometer = promessa
intrometer = intromissão
05) Para que os filhos se encorajem, o lojista
come jiló com canjica.
a) Escreve-se com j a conjugação dos verbos
terminados em JAR:
Viajar = espero que eles viajem
Encorajar = para que eles se encorajem
b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de
vocábulos terminados em JA:
loja = lojista
canja = canjica
sarja = sarjeta
c) Escrevem com j as palavras de origem tupi-
guarani. Ex: Jiló; Jibóia.
06) O relógio que ele trouxe da viagem ao
México em uma caixa de madeira caiu na enxurrada.
a) Escrevem-se com g as palavras terminadas em
ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO:
Pedágio, sacrilégio, prestígio, relógio, refúgio.
b) Escrevem-se com g os substantivos terminados
em GEM:
a viagem, a coragem, a ferrugem.
Exceções: pajem, lambujem.
c) Palavras iniciadas por ME serão escritas com
x:
Mexerica, México, Mexilhão, Mexer.
Exceção: mecha de cabelos
d) As palavras iniciadas por EN serão escritas
com x, a não ser que provenham de vocábulos iniciados
por ch: Enxada; Enxerto; Encher – provém de cheio
Enchumaçar – provém de chumaço.
e) Usa-s x após ditongo: Ex: ameixa; caixa;
peixe.
Exceções: recauchutar, guache.
V - DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS
5.1. Usos do Porquê
164
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Na Língua Portuguesa, há quatro maneiras
diferentes de se grafar o porquê:
1)Porquê (junto, com acento): É um
substantivo, portanto, deverá ser usado, quando surgir,
antes dele, uma palavra modificadora – artigo (o, os,
um, uns), pronome adjetivo (meu, esse, quanto) ou
numeral (um, dois, três, quatro). Como é um
substantivo, admite plural: porquês. Ex.:
a) Ninguém sabe o porquê de tanto
desdém.
b) Quantos porquês! Pare de fazer-me
perguntas.
2)Por quê (separado, com acento): É a junção
da preposição por com o substantivo quê, que só é
usado em final de frase. Aliás, sempre que a palavra
"que" for usada em final de frase, deverá ser acentuada,
independentemente do elemento que surja antes. Ex.:
a) Você não me telefonou ontem por
quê?
b) Nem eu sei por quê.
c) Você está rindo de quê?
d) Você procurou-me para quê?
Observação 1: A palavra “que” será acentuada,
quando estiver antecedida por uma palavra
modificadora, ou quando for uma interjeição que
designa espanto. Ex.:
a) Ela tem um quê de mistério.
b) Quê? Ela esteve aqui, e você não me avisou?
Observação 2: Quando, anteriormente ao "que",
surgir a palavra "o", "a", "os" ou "as", teremos pronome
demonstrativo (o, a, os, as), com o mesmo valor de
"aquele, aquela, aquilo", e pronome relativo (que). No
caso de "a que", também pode ser a preposição "a". Ex.:
a) Não entendi o que você falou = Não entendi
aquilo que você falou.
b) Dos concorrentes, o vencedor será o que mais
votos obtiver = Dos concorrentes, o vencedor será
aquele que mais votos obtiver.
c) A peça a que assisti é maravilhosa. (Esse "a" é
preposição)
3)Por que (separado, sem acento):
a) É a junção da preposição por com o pronome
interrogativo que; significa por que motivo, por qual
razão. Ex.:
b) Por que o professor faltou hoje? = Por qual
razão o professor faltou?
c) Não sei por que o professor faltou hoje = Não
sei por qual motivo o professor faltou hoje.
É a junção da preposição por com o pronome
relativo que; pode ser substituído por pelo qual, pelos
quais, pela qual, pelas quais ou por qual. Ex.:
a) O aperto por que passei foi terrível = O aperto
pelo qual passei foi terrível.
b) A causa por que luto é nobilíssima = A causa
pela qual luto é nobilíssima.
4)Porque (junto, sem acento): É uma
conjunção, portanto, estará ligando duas orações,
indicando causa (= já que), explicação (= pois) ou
finalidade (= para que). Exemplos:
a) O espetáculo não ocorreu, porque o cantor
estava gripado = O espetáculo não ocorreu já que o
cantor estava gripado.
b) Estudem, porque consigam a aprovação =
Estudem para que consigam a aprovação.
c) Pare de falar, porque está atrapalhando-me =
Pare de falar, pois está atrapalhando-me.
O emprego de quê:
165
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a) Como um monossílabo tônico (acentuado),
usa-se nas interrogações, em finais de frases:
Ex.: Eu queria comprar um carro, mas com quê?
Fale mais alto, você disse o quê?
b) Como um substantivo, sempre acentuado:
Ex.: Essa mulher tem um quê muito diferente.
Mude seu comportamento! Perca esse quê de
arrogância!
Note que, neste caso, pode ser pluralizado,
empregado no diminutivo etc.:
Ex: Esses quês de desprezo me irritam!
Ele tem um quezinho de nobre...
c) Como uma interjeição que indica espanto ou
protesto:
Ex: Quê! Nem quero pensar em sua proposta! O
quê, hein? Então, você veio mesmo!
5.2. Onde/Aonde
É empregado com verbos que não guardam a
idéia de movimento.
Ex.: Queríamos vê-lo, mas não sabíamos onde
estava.
Vem depressa de onde estás, que eu não sei onde
te encontrar.
ONDE:
Equivale a para onde. É usado com verbos que
guardam a idéia de movimento.
Ex: Aonde você pensa que vai, malandro?
De onde vens e aonde vais?
5.3. Mau/Mal
É um adjetivo, antônimo de bom. Usa-se como
uma qualificação.
Ex.: O mau tempo acabou com a temporada.
Vivia maus momentos, por isso andava irritada.
Pode ser usado como:
Conjunção temporal, equivalente a assim que,
logo que, quando.
Mal começou a andar, já brincava pela casa
inteira.
Advérbio de modo (antônimo de bem).
Os atores atuaram muito mal no espetáculo.
Cuidado com ela: sempre está mal-humorada!
Substantivo, podendo estar precedido de artigo
ou pronome e ser usado no plural.
Um mal terrível abateu-se sobre esta casa!
Há males que vêm para bem.
5.4. Cessão / Sessão / Secção / Seção
Cessão
Significa “ceder, conceder, oferecer, dar”.
Ex.: Fizemos a cessão de todos os bens ao chefe
da casa.
Finalmente o governo resolveu fazer a cessão dos
prédios aos menores.
Sessão:
Significa “intervalo de duração”.
Ex.: A Câmara dos Deputados reuniu-se em
sessão extraordinária.
Última sessão de cinema.
Secção ou Seção:
Significa “parte, segmento, subdivisão”.
Você já leu a seção de economia?
Dirija-se à seção de cobrança.
5.5. Há/A
Há
É usado para indicar um tempo já transcorrido.
Neste caso, é sinônimo de “faz”.
Ex: Há um ano, as coisas eram bem diferentes
166
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entre eles.
Não o vejo há meses; nem sei como está agora.
A:
É usado para indicar distância ou uma ação que
vai acontecer em tempo futuro.
Ex.: Espero estar na Europa daqui a dois meses.
De hoje a uma semana responderei à proposta.
O próximo retorno fica a dois quilômetros.
5.6. Mas / Mais
Mas
A conjunção coordenativa, mas equivale a,
entretanto, porém, contudo.
Ex.: Sabíamos de tudo, mas não queríamos
falar.
Todos nós queríamos muito viajar, mas não
tínhamos dinheiro.
Mais
O pronome ou advérbio de intensidade mais é o
oposto de menos.
Ex.: A moça de branco foi quem mais
perguntou.
Estava mais cansado ainda do que ontem.
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
1) Verifique, nas alternativas abaixo, qual a que contém
a correta formação da palavra composta:
a) Uma pessoa contrária aos americanos é anti-
americana.
b) O objeto que se situa além da órbita é extraorbital.
c) Uma pessoa contrária à república é anti-
republicana.
d) Alguém liberal demasiadamente é ultraliberal.
e) A ação de sugestionar-se a si mesmo é
autosugestão.
2) Verifique em qual alternativa a formação de palavras
deve obrigatoriamente ser grafada com Hífen:
a) Maria vai com as outras.
b) Passa tempo.
c) Roda pé.
d) Aero espacial.
e) Pós posto.
3) Dadas as palavras: 1 - pão duro (adjetivo); 2 - copo
de leite (substantivo); 3 - sub raça, constatamos que o
hífen é obrigatório:
a) apenas na palavra n0 1.
b) apenas na palavra n0 2.
c) apenas na palavra n0 3.
d) em todas as palavras.
e) n.d.a.
4) Verifique quais palavras podem preencher
corretamente os espaços em branco:
Compramos as.... e começamos a montar a .... estrutura
que você está vendo. Será a sede da congregação:
a) folhas de flandres, extra-ordinária, si nojaponesa
b) foi has-de-flandres, extraordinária, sino-japonesa
c) folhas de flandres, extraordinária, sinojaponesa
d) foi has-de-llandres, extra-ordinária, si nojaponesa
e) n.d.a.
5.7. Que e Se
Que:
1. Substantivo:
Quando o “que” for substantivo, terá o sentido
167
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de qualquer coisa ou alguma coisa, será modificado
geralmente pelo artigo indefinido um e será sempre
acentuado.
Ex. Esta menina tem um quê de mistério. = Esta
menina tem alguma coisa de mistério.
2. Advérbio:
Quando o “que” for advérbio, intensificará
adjetivos e advérbios e poderá ser substituído por quão
ou muito. Em geral, é usado em frases exclamativas.
Ex. Que linda é essa garota! = Quão linda é essa
garota!
Que doido fui eu não aceitando aquela proposta!
= Quão doido fui...
Que longe fica sua casa! = Quão longe fica sua
casa.
3. Preposição:
Quando o “que” funcionar como preposição,
equivalerá à preposição de, sendo usado em locuções
verbais que têm, como auxiliares, ter ou haver.
Ex.:Tenho que trazer meus documentos até
amanhã. = Tenho de trazer meus documentos até
amanhã.
4. Interjeição:
Quando o “que” for interjeição, exprimirá
emoção, estado de espírito e será sempre exclamativo e
acentuado. Poderá ser substituído por outra interjeição.
Ex. Quê! Jusperino suicidou-se? = Meu Deus!
Jusperino suicidou-se?
Quê! Você por aqui também? = Uai! Você por
aqui também?
5. Partícula Expletiva ou de Realce:
Quando o “que” for partícula expletiva, será
empregado para realçar ou enfatizar. Sua retirada não
alterará o sentido da frase. Poderá também ser usado na
locução expletiva é que.
Ex. Por pouco que a gente não brigou com ele. =
Por pouco a gente não brigou com ele.
Nós é que trouxemos o material. = Nós
trouxemos o material.
“Oh! Que saudades que tenho / Da aurora da
minha vida / Da minha infância querida / Que os anos
não trazem mais!” = Oh! Que saudades eu tenho...
6. Pronome Interrogativo
Quando o “que” for pronome interrogativo,
substituirá, nas frases interrogativas, o elemento sobre o
qual se desejar resposta.
Ex. Que você disse? = Você disse algo.
Gostaria de saber que homem me procurou. = O
homem procurou alguém.
* Nota: É inadequado o uso da palavra "o", antes
do pronome interrogativo que, ou seja, a língua culta
não admite perguntas como “O que você disse?”,
apesar de ser expressão corrente em nosso país.
7. Pronome Indefinido
Quando o “que” for pronome indefinido,
aparecerá antes de substantivos em frases geralmente
exclamativas e poderá ser substituído por quanto,
quanta, quantos e quantas.
Ex. Que sujeira havia naquele quarto. = Quanta
sujeira havia naquele quarto.
Que miséria há no Brasil! = Quanta miséria há
no Brasil!
8. Pronome Adjetivo
168
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Quando o “que” for pronome adjetivo, aparecerá
antes de substantivo, apenas modificando-o. Não o
confunda com o pronome indefinido.
Ex. Que mulher linda aquela! (Perceba que não
há a possibilidade de substituí-lo por quanto, quanta,
quantos ou quantas; ele apenas modifica o substantivo,
a fim de tornar a frase exclamativa. Por isso mesmo, é
também denominado de pronome exclamativo.)
9. Pronome Relativo
Quando o “que” for pronome relativo, aparecerá
após o substantivo substituído por ele e poderá ser
substituído por o qual, a qual, os quais, as quais.
Ex. Achei muito bela a garota que você me
apresentou. = Achei muito bela a garota a qual você
me apresentou.
10. Conjunção Coordenativa Aditiva
Quando o “que” for conjunção coordenativa
aditiva, iniciará oração coordenada sindética aditiva,
aparecerá sempre entre duas formas verbais iguais e terá
valor bastante próximo da conjunção e.
Ex. Falava que falava, mas não convencia
ninguém.
Bebia que bebia, ignorando o risco que corria.
11. Conjunção Coordenativa Explicativa
Quando o “que” for conjunção coordenativa
explicativa, iniciará oração coordenada sindética
explicativa e poderá ser substituída por pois ou porque,
que também são conjunções coordenativas explicativas.
Ex. Venha até aqui, que preciso falar-lhe. =
Venha até aqui, pois preciso falar-lhe.
12. Conjunção Coordenativa Adversativa
Quando o “que” for conjunção coordenativa
adversativa, iniciará oração coordenada sindética
adversativa, indicará oposição, ressalva e apresentará
valor equivalente a mas.
Ex. Outra pessoa, que não eu, deveria cumprir
essa tarefa. = Outra pessoa, mas não eu...
13. Conjunção Subordinativa Integrante.
Quanto o “que” for conjunção subordinativa
integrante, iniciará oração que exerce função de sujeito,
objeto direto, objeto indireto, complemento nominal,
predicativo do sujeito e aposto não iniciado por
pronome relativo. A oração iniciada pela conjunção
integrante será chamada de oração subordinada
substantiva.
Ex. Acho que você está equivocado. (A oração
“que você está equivocado” funciona como objeto
direto do verbo achar, denominada oração subordinada
substantiva objetiva direta)
Ela só pensa em uma coisa: que seu filho seja
aprovado. (A oração “que seu filho seja aprovado”
funciona como aposto, denominada oração subordinada
substantiva apositiva)
14. Conjunção Subordinativa Consecutiva
Quando o “que” for conjunção subordinativa
consecutiva, iniciará oração subordinada adverbial
consecutiva e aparecerá, em geral, nas expressões tão...
que, tanto... que, tamanho... que e tal... que.
Ex. Ele gritou tanto que ficou rouco. = A
conseqüência de ele ter gritado muito foi ter ficado
rouco.
15. Conjunção subordinativa Comparativa
Quando o “que” fora conjunção subordinativa
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comparativa, iniciará oração subordinada adverbial
comparativa e aparecerá nas expressões mais... que,
menos... que.
Ex. Ele é mais inteligente que o irmão.
SE:
O pronome "se" pode ter várias funções
diferentes da oração. Vejamos todas:
1) Pronome Reflexivo;
O pronome se será reflexivo, quando o sujeito
praticar a ação sobre si mesmo; será reflexivo
recíproco, quando um elemento praticar a ação sobre
outro, e o outro praticar a ação sobre o "um".
Geralmente o pronome se complementa verbo transitivo
direto; raramente, verbo transitivo indireto. Outros
pronomes oblíquos átonos – me, te, nos, vos - também
podem ser reflexivos.
Ex.: Carlos machucou-se, ao pular o muro. O
pronome "se", neste caso, é reflexivo, complementando
verbo transitivo direto.
Carlos e Fabiane amam-se. O pronome "se",
neste caso, é reflexivo recíproco, complementando
verbo transitivo direto.
Nós nos respeitamos. O pronome "nos" é
reflexivo recíproco, complementando verbo transitivo
direto.
2) Partícula integrante do verbo:
O pronome se será partícula integrante de verbos,
quando fizer parte de um verbo pronominal. Outros
pronomes oblíquos átonos – me, te, nos, vos – também
podem ser partícula integrante do verbo.
Ex: Feliciano suicidou-se. Não existe o verbo
"suicidar", e sim o verbo "suicidar-se"; o pronome faz
parte do verbo.
Queixei-me do zelador ao síndico. Não existe o
verbo "queixar", e sim o verbo "queixar-se"; o pronome
faz parte do verbo.
3) Partícula expletiva (ou de realce):
O pronome se será partícula expletiva, quando
acompanhar verbo intransitivo, com sujeito claro ou
oculto. Outros pronomes oblíquos átonos – me, te, nos,
vos – também podem ser partícula expletiva.
Ex: Murcham-se as flores. O verbo é "murchar", não-
pronominal e intransitivo, com sujeito claro.
Eu me morro de tristeza, vivendo sem você. O
verbo é "morrer", não-pronominal e intransitivo, com
sujeito claro.
4) Partícula apassivadora:
O pronome se será partícula apassivadora,
quando acompanhar verbo transitivo direto, e o
elemento paciente, que passa a ser sujeito, não for
iniciado por preposição. O verbo concorda com o
sujeito, ou seja, se o sujeito for plural, o verbo também
o será.
Ex: Alugam-se barcos. O verbo "alugar" é
transitivo direto (quem aluga, aluga algo); o elemento
paciente não é iniciado por preposição, funcionando
como sujeito; por isso o verbo deve ficar no plural. Essa
frase se equivale a Barcos são alugados.
Há gramáticos que admitem deixar o
verbo na terceira pessoa do singular,
indeterminando o sujeito.
5) Índice de indeterminação do sujeito:
O pronome se será índice de indeterminação do
sujeito, quando acompanhar verbo transitivo indireto
com objeto indireto, verbo de ligação com predicativo
170
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do sujeito, verbo intransitivo sem sujeito claro ou verbo
transitivo direto com o elemento paciente
preposicionado; nesse caso, o elemento paciente será
denominado objeto direto preposicionado. Os verbos
devem ficar na terceira pessoa do singular.
Ex: Precisa-se de rapazes. O verbo "precisar" é
transitivo indireto (quem precisa, precisa de algo) com
objeto indireto (rapazes).
Aqui se é feliz. O verbo "ser" é verbo de ligação
com predicativo do sujeito (feliz).
Morre-se de amores. O verbo "morrer" é
intransitivo (quem morre, morre) sem sujeito claro.
Ama-se a Deus. O verbo "amar" é transitivo
direto com o elemento paciente preposicionado.
6) Sujeito acusativo:
O pronome se será sujeito acusativo, quando for,
aparentemente, objeto direto de um verbo e sujeito de
outro ao mesmo tempo.
Ex: Mandaram-me sair da sala. O pronome
"me" é, aparentemente, objeto direto de "mandar" e
sujeito de "sair".
Elas deixaram-se ficar deitadas. O
pronome "se" é, aparentemente, objeto direto de
"deixar" e sujeito de "ficar".
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
1) Indique a alternativa em que a partícula se não tem
valor de pronome apassivador:
a) “...ouviam-se gargalhadas e pragas...”
b) “...destacavam-se risos...”
c) “...trocavam-se de janela para janela as
primeiras palavras, os bons-dias...”
d) “...já não se destacavam vozes dispersas...”
e) “...pigarreava-se grosso por toda a parte...
2) Em “O dentista acha-se estendido no chão; a defunta
aproximou-se da mesa”, o se é, respectivamente:
a) Pronome apassivador e pronome reflexivo.
b) Expletivo e expletivo.
c) Pronome apassivador e pronome apassivador.
d) Pronome reflexivo e pronome apassivador.
e) Pronome reflexivo e pronome reflexivo.
3) O que está com função de preposição em que
alternativa?
a) Veja que lindo está o cabelo de nossa amiga!
a) Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.
b) João não estudou mais que José, mas entrou na
faculdade.
c) O fiscal teve que acompanhar o candidato ao
banheiro.
d) Não chore, que eu já volto.
e) 4) Na frase: “Você é que pensa que a vida flui
segundo as leis do poder!”, a palavra classifica,
respectivamente, como:
a) Palavra de realce — pronome relativo
b) Advérbio de intensidade — conjunção integrante
c) Advérbio de intensidade — pronome relativo
d) Conjunção integrante — pronome relativo
e) Palavra de realce — conjunção integrante
VI - ACENTUAÇÃO
As palavras em Língua Portuguesa são
acentuadas de acordo com regras. Para que você saiba
aplicá-las é preciso que tenha claros alguns conceitos
como tonicidade, encontros consonantais e vocálicos...
Para você acentuar uma palavra:
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1º - Divida-a em sílabas;
2º - Classifique-a quanto à tonicidade (oxítona,
paroxítona);
3º - De acordo com sua terminação, encaixe-a nos
quadros que se seguem:
Você deve acentuar as vogais tônicas de:
6.1. Oxítonas terminadas em:
-a (s). Ex: cajá
-e (s). Ex: sapé
-o (s). Ex: jiló
-em(s). Ex: também
-en (s). Ex: reféns
6.2. Paroxítonas terminadas em:
-i. Ex.: júri
-u, -us. Ex.: vírus,
-l. Ex.: útil
-n,-ns. Ex: hífen, éden
-r. Ex.: néctar
-x. Ex.: tórax
-ã,-ãs,-ão,-ãos.
Ex.: órgão, ímã
-ditongo. Ex.:régua
-ps. Ex.:bíceps
DICA: não se acentuam as paroxítonas terminadas em -
ens. Ex.: itens, nuvens...
6.3. Proparoxítonas
TODAS
Ex: lâmpada, fábrica.
6.4. Monossílabos terminados em:
-a(s). Ex: pá
-e(s). Ex: ré
-o(s). Ex: nós
6.5. Hiatos
Quando i, u tônicos forem o segundo elemento de
um hiato e estiverem sozinhos na sílaba ou
acompanhados de s. Ex.: saída, baú, egoísta, baús...
Exceção: hiatos seguidos de nh na sílaba seguinte
não são acentuados. Ex.: rainha, bainha...
A primeira vogal tônica dos hiatos oo(s) e ee é
acentuada. Ex.:vôo, lêem. .
Os verbos que possuem EE (hiatos) são apenas
quatro: crer, dar, ler e ver. Ex.:crêem, dêem, lêem,
vêem. Seus derivados também são acentuados.
Ex.:relêem, revêem...
6.6. Ditongos
Os ditongos abertos: éu(s), éi(s), ói(s).
Ex.: pastéis, dói, céu...
6.7. Grupos Gu, Qu antes de E/I:
a - Quando o u é proferido e tônico, receberá
acento agudo: averigúe, apazigúe, argúis, etc.
b - Quando o referido u é proferido e átono,
receberá trema: freqüente, tranqüilo, etc.
c - Quando o u não for pronunciado, formará com
q e g dígrafos, ou seja, duas letras representando um
único fonema /k/ e /g /. Não apresenta nenhum tipo de
acento.
6.8. Acento Diferencial
O acento diferencial (que pode ser circunflexo ou
agudo) é usado como sinal distintivo de vocábulos
homógrafos (palavras que apresentam a mesma escrita).
Vejamos alguns exemplos:
- às (carta de baralho, piloto exímio) - as (artigo
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feminino plural)
- côa, côas (verbo coar)- coa, coas (contrações
com + a, com + as).
- pára (verbo) - para (preposição).
- péla, pélas (substantivo e verbo) - pela, pelas
(contrações de per + a, per + as).
- pêlo (substantivo) -pelo (per+o).
- pólo, pólos (extremidade, jogo) - pôlo, pôlos
(falcão).
- pêra (fruta) - péra ou péra-fita (grande pedra
antiga, fincada no chão).
- pôr (verbo) – por (preposição).
- porquê (substantivo) - porque (conjunção).
- quê (substantivo, pronome em fim de frase) -
que (conjunção).
TESTE SEUSCONHECIMENTOS
1) São acentuadas por razões diferentes:
a.( ) antipático – páginas – próximo
b.( ) cópias – monetários – intransponíveis
c.( ) acadêmica – antropóloga – sinônimo
d.( ) há – é – cós
e.( ) caráter – lábia – provável
2) Assinale a alternativa cujas palavras são acentuadas
graficamente com base na mesma regra:
a.( ) idéia – céu – porém – além
b.( ) concluí – saí – lá – está
c.( ) ingênuo – água – matéria – dromedário
d.( ) lá – já – calçá-las – saí
e.( ) época – desagradável – solícito – apanhá-los.
3) A alternativa que corresponde à série cujas palavras
não devem ser todas acentuadas é:
a.( ) abdomen – flacido – atras
b.( ) rubrica – textil – cateter
c.( ) forceps – fenix - album
d.( ) atraves – simposio – carater
e.( ) feiura – maritimo – pivo
4) Num dos itens abaixo, a acentuação gráfica de um
vocábulo não está devidamente justificada:
a.( ) além: vocábulo oxítono terminado em “em”.
b.( ) círculo: vocábulo proparoxítono.
c.( ) dócil: vocábulo proparoxítono terminado em “l”.
d.( ) pôde: acento diferencial
e.( ) órgão: vocábulo paroxítono terminado em til.
VII – CRASE
Crase é a fusão de duas vogais idênticas.
Representa-se graficamente a crase pelo acento grave.
Ex: Fomos à piscina. (à artigo e preposição)
Ocorrerá a crase sempre que houver um termo
que exija a preposição a e outro termo que aceite o
artigo.
Para termos certeza de que o "a" aparece
repetido, basta utilizarmos alguns artifícios:
1. Substituir a palavra feminina por uma
masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante
de palavras masculinas, é porque ocorre a crase.
Exemplos:
Temos amor à arte.
(Temos amor ao estudo)
Respondi às perguntas.
(Respondi ao questionário)
2. Substituir o "a" por para ou para a. Se
aparecer para a, ocorre a crase:
173
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Exemplos:
Contarei uma estória a você.
(Contarei uma estória para você.)
Fui à Holanda
(Fui para a Holanda)
3. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo
"voltar". Se aparecer a expressão voltar da, é porque
ocorre a crase.
Exemplos:
Iremos a Curitiba.
(Voltaremos de Curitiba)
Iremos à Bahia
(Voltaremos da Bahia)
Não ocorre a Crase:
- antes de verbo
Voltamos a contemplar a lua.
- antes de palavras masculinas
Gosto muito de andar a pé.
Passeamos a cavalo.
- antes de pronomes de tratamento, exceção feita
a senhora, senhorita e dona:
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza
Dirigiu-se à Sra. com aspereza.
- antes de pronomes em geral:
Não vou a qualquer parte.
Fiz alusão a esta aluna.
- em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos frente a frente
Estamos cara a cara.
- quando o "a" vem antes de uma palavra no
plural:
Não falo a pessoas estranhas.
Restrição ao crédito causa o temor a
empresários.
Crase Facultativa:
a) Antes de nome próprio feminino:
Refiro-me à (a) Juliana.
b) Antes de pronome possessivo feminino:
Dirija-se à (a) sua fazenda.
c) Depois da preposição até:
Dirija-se até à (a) porta.
Ocorre também a crase
a) Na indicação do número de horas:
Chegamos às nove horas.
b) Na expressão à moda de, mesmo que a
palavra moda venha oculta:
Usam sapatos à (moda de) Luís XV.
c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às
de instrumento:
Chegou à tarde (tempo).
Falou à vontade (modo).
d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à
medida que, à força de...
Lembre-se de que:
Há - indica tempo passado.
Moramos aqui há seis anos
A - indica tempo futuro e distância.
Daqui a dois meses, irei à fazenda.
Moro a três quarteirões da escola.
1. Quando houver a preposição a antes dos
pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo,
há que se colocar o acento grave indicativo da crase
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sobre o a dos pronomes demonstrativos. Por exemplo:
"Não mais obedecerei àquele sujeito"; "Assisti
àquela peça teatral"; "Não me referi àquilo que você
disse".
2 . Diante da palavra DISTÂNCIA, só ocorrerá
crase, se houver a formação de locução prepositiva, ou
seja, se não houver a preposição de, não ocorrerá crase.
Por exemplo: "Reconheci-o a distância" (sem crase,
pois não há a preposição de); "Reconheci-o à distância
de duzentos metros".
3. Diante do pronome relativo que ou da
preposição de, quando for fusão da preposição a com
o pronome demonstrativo a, as, ocorre crase. Estes
pronomes são sinônimos de aquela, aquelas. Por
exemplo: “Essa roupa é igual à que comprei ontem”
(é igual àquela que comprei); “Sua voz é idêntica à de
um primo meu” (é idêntica àquela de meu primo).
4. Diante dos pronomes relativos a qual, as
quais, quando o verbo da oração subordinada adjetiva
exigir a preposição a, ocorre crase. Por exemplo: “A
cena à qual assisti foi chocante” (quem assiste, assiste
a algo).
5. Quando o a estiver no singular, diante de uma
palavra no plural, não ocorre crase. Por exemplo:
"Referi-me a todas as alunas, sem exceção"; "Não
gosto de ir a festas desacompanhado".
6. Diante de pronomes possessivos femininos
[minha(s), tua(s), sua(s), nossa(s), vossa(s)], é
facultativo o uso do artigo, então, quando houver a
preposição a, será facultativa a ocorrência de crase. Por
exemplo: “Referi-me a sua professora” ou “Referi-
me à sua professora”; “Referi-me a suas
professoras” ou “Referi-me às suas professoras”.
7. Após a preposição até, é facultativo o uso da
preposição a, portanto, caso haja substantivo feminino
à frente, a ocorrência de crase também será facultativa.
Por exemplo: "Fui até a secretaria" ou "Fui até à
secretaria".
8. A palavra CASA: A palavra casa só terá
artigo, se estiver especificada, portanto só ocorrerá
crase diante da palavra casa se ela estiver especificada.
Por exemplo: "Voltarei a casa antes de todos" (sem
crase, pois a palavra casa não está especificada);
"Voltarei à casa de Ronaldo antes de todos" (com crase,
pois a palavra casa está especificada).
9. A palavra TERRA: Significando planeta, é
substantivo próprio e tem artigo, conseqüentemente,
quando houver a preposição a, ocorrerá a crase.
Significando chão firme, solo, só terá artigo quando
estiver especificada, portanto, quando significar chão
firme, solo, só poderá ocorrer a crase se vier
especificada.
Por exemplo: "Os astronautas voltaram à
Terra" (com crase, pois "terra" está caracterizando o
planeta); "Os marinheiros voltaram a terra" (sem
crase, pois significa chão firme, solo e não está
especificada); "Irei à terra de meus avós" (com crase,
pois significa chão firme, solo e está especificada).
10. Nos adjuntos adverbiais de meio ou instrumento,
até há bem pouco tempo só se admitia o acento
indicativo de crase se houvesse ambigüidade na
frase. Modernamente, porém, os gramáticos estão
admitindo tal acento em qualquer circunstância. Por
exemplo: "Preencheu o formulário à caneta";
"Paguei à vista minhas compras" (A gramática
normativa padrão condenava esse acento há
pouquíssimo tempo).
Em relação a essa última regra, acato a
dinamicidade da língua e acompanho a
modernidade, apesar de ser contra esse acento.
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TESTE SEUS CONHECIMENTOS
1) Assinalar a alternativa que completa corretamente as
lacunas da frase apresentada:
“Estamos ___ poucas horas da cidade ___ que vieram
ter, ____ tempos, nossos avós.”
a) a- a – há
b) há – a - a
c) há – à – há
d) à – a – a
e) a – à – há
2) Assinale a frase gramaticalmente correta:
a) O papa caminhava à passo firme.
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
c) Chegou à noite, precisamente as dez horas.
d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas.
Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.
3) Assinale a alternativa em que não deve ocorrer o
sinal de crase:
a) O sonho de todo astronauta é voltar a Terra.
b) As vezes, as verdades são duras de se ouvir.
c) Enriqueço, a medida que trabalho.
d) Filiei-me a entidade, sem querer.
e) O sonho de todo marinheiro é voltar a terra.
4) As frases seguintes são excertos da continuação de
um texto. Em uma delas admite-se a crase. Assinale
essa opção:
a) Um grande capitalista passa os dias a vigiar as
oscilações da bolsa.
b) Não se pode amar mais do que nossa medida de
amor.
c) O rico tem que viver a espera do ladrão.
d) O mais que ele faz é chegar a um compromisso.
e) As desgraças do excessivamente rico ainda não estão
em nada disso.
5) Marque a alternativa que preenche corretamente as
lacunas da seguinte frase:
“Dirija-se ____ secretária e entregue-lhe ___
propostas favoráveis ____compra das máquinas”.
(a). à – às – a
(b). a – às – a
c) a – as – a
(d). à – às – à
(e). à – as – à
VIII – PONTUAÇÃO
8.1. A Vírgula:
A vírgula é um sinal de pontuação que marca
uma pausa de curta duração.
8.2. O Ponto e o Ponto e Vírgula:
O ponto e vírgula marca uma pausa maior que a
da vírgula, porém, menor que a do ponto. O ponto, por
sua vez, é uma pausa maior que a vírgula e o ponto e
vírgula, é a maior pausa que se pode ter num texto.
8.3. Os Dois Pontos:
Marcam uma sensível suspensão da melodia da
frase. São utilizados quando se vai iniciar uma
seqüência que explica, identifica, discrimina ou
desenvolve uma idéia anterior; ou quando se quer
iniciar uma fala ou citação de outra pessoa.
8.4. As Aspas:
Devem ser utilizadas para isolar citação textual de
176
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outros, falas ou pensamentos de personagens em textos
narrativos, ou palavras e expressões que não pertençem
à língua culta.
8.5. O Travessão:
Serve para indicar que alguém fala por sua
própria voz.
8.6. As Reticências:
Marcam uma interrupção da seqüência lógica do
enunciado. Em geral assinalam modulação de natureza
emocional (dúvida, tristeza, nostalgia).
8.7. Os Parênteses:
Servem para isolar explicações, indicações, ou
comentários acessórios. Servem também para isolar
referências bibliográficas.
8.8. Os Usos da Vírgula:
Esse é um dos maiores problemas dos escritores
em geral, sejam jornalistas, estudantes, professores, ou
seja, qualquer cidadão, ao escrever um texto, depara
com a dúvida: devo ou não virgular tal parte do texto:
Vejamos, então, as principais regras de como usar a
vírgula:
8.8.1 Emprego da Vírgula no Período Simples:
Quando se trata de separar termos de uma mesma
oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos:
1. Para isolar adjuntos adverbiais deslocados:
Adjuntos adverbiais são termos de valor adverbial que
denotam alguma circunstância do fato expresso pelo
verbo ou intensifica o sentido deste, ou de um adjetivo,
ou de um advérbio. As principais circunstâncias são as
de tempo, lugar, causa, modo, meio, afirmação,
negação, dúvida, intensidade, finalidade, condição,
assunto, preço, etc...
Os adjuntos adverbiais estarão deslocados quando
estiverem no início ou no meio do período. Em alguns
casos, a vírgula não será obrigatória, pois, às vezes, ela
tira a linearidade, eliminando, assim, a clareza da frase.
O parágrafo anterior pode servir-nos de exemplo
para o que acabamos de ler: a não-obrigatoriedade da
vírgula. O último período também poderia ser escrito
assim: "Em alguns casos a vírgula não será obrigatória,
pois às vezes ela tira a linearidade, eliminando assim a
clareza da frase". Ex.: A maioria dos alunos, durante as
férias, viajam.
Desde o ano passado, enfrento problemas com
meu computador.
2. Para isolar os objetos pleonásticos: Haverá
objeto pleonástico quando um verbo possuir dois
complementos que se referem a um elemento só. Ex.:
Os meus amigos, sempre os respeito.
Aos devedores, perdoe-lhes as dívidas.
3. Para isolar o aposto explicativo:
Ex.: Londrina, a terceira cidade do Sul do Brasil,
é aprazibilíssima.
4. Para isolar o vocativo:
Ex.: Adalberto, traga meus documentos até aqui!
5. Para isolar predicativo do sujeito deslocado,
quando o verbo não for de ligação:
Ex.: Os jovens, revoltados, retiraram-se do
recinto.
6. Para separar elementos coordenados:
Elementos coordenados são enumerações de termos que
exercem a mesma função sintática.
Ex.: As crianças, os pais, os professores e os
diretores irão à festa beneficente.
177
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7. Para indicar a elipse do verbo: Elipse é a
omissão de um verbo já escrito anteriormente.
Ex.: Ela prefere filmes românticos; o namorado,
de aventura. (o namorado prefere filmes de aventura)
8. Para separar, nas datas, o lugar:
Ex.: Londrina, 18 de janeiro de 2001.
9. Para isolar conjunção coordenativa
intercalada: As conjunções coordenativas que nos
interessam para essa regra são: porém, contudo, no
entanto, entretanto, todavia, logo, portanto, por
conseguinte, então.
Ex. Os candidatos, porém, não respeitaram a lei.
O candidato está bem preparado; tem, portanto,
condições de ser contratado.
10. Para isolar as expressões explicativas isto é,
a saber, melhor dizendo, quer dizer...:
Ex.: Irei para Águas de Santa Bárbara, melhor dizendo,
Bárbara.
11. Para separar frases iniciadas pelas
expressões e sim, e não, mas sim:
Ex.: Não haja com imprudência, e sim com
moderação.
12. Para isolar adjetivo explicativo do
substantivo qualificado por ele: Adjetivo explicativo
é o que indica qualidade inerente ao ser, ou seja,
qualidade que não pode ser retirada. Adjetivo restritivo
é o que indica qualidade adicionada ao ser.
Ex.: O homem, mortal, age como se fosse
imortal.
8.8.2. Emprego da Vírgula no Período Composto por
Coordenação
As orações coordenadas devem sempre ser
separadas por vírgula. Orações coordenadas são as que
indicam adição (e, nem, mas também), alternância (ou,
ou... ou, ora... ora), adversidade (mas, porém,
contudo...), conclusão (logo, portanto...) e explicação
(porque, pois).
Ex.: Todos gostamos de seus projetos, no entanto
não há verbas para viabilizá-los.
Nota: as orações coordenadas aditivas
iniciadas pela conjunção e só terão
vírgula quando os sujeitos forem
diferentes ou quando o e aparecer repetido.
Ex. Ela irá no primeiro avião, e seus filhos no
próximo.
8.8.3. Emprego da Vírgula no Período Composto por
Subordinação
Orações subordinadas substantivas: não se
separam por vírgula. As orações subordinadas
substantivas são as que exercem a função de sujeito,
objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito,
complemento nominal e aposto. Elas estão explicadas
em uma das colunas anteriores.
Ex. É evidente que o culpado é o mordomo. (Que
o culpado é o mordomo é oração que funciona como
sujeito do verbo ser)
Orações subordinadas adjetivas: só a
explicativa é separada por vírgula; a restritiva não. As
orações subordinadas adjetivas são as iniciadas por um
pronome relativo. A oração subordinada adjetiva
explicativa é a que exerce a função de aposto
explicativo. A oração subordinada adjetiva restritiva é a
que exerce a função de adjunto adnominal. Elas
também estão explicadas em uma das colunas
anteriores.
Ex: Londrina, que é a terceira cidade do Sul do
Brasil, é aprazibilíssima.
Orações Subordinadas Adverbiais:
178
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
São separadas por vírgula quando estiverem no
início ou no meio do período. Elas também estão
explicadas em uma das colunas anteriores.
Ex.: Assim que chegarem as encomendas,
começaremos a trabalhar.
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
1. Julgue os itens considerando os aspectos
relacionados à pontuação:
a) Belo Horizonte 20 de abril de 1991.
b) Meu filho saiba que, numa situação dessas, é
necessário, acima de tudo, muita discrição.
c) O arco íris que, com tantas cores pairava sobre as
nossas cabeças, transformou o céu nublado numa paleta
de pintor.
d) Corre minha filha, porque, do contrário, perderemos
o trem.
e) A filosofia de Comte afirma, que o espírito humano,
no que se refere ao conhecimento da realidade, passou
por três estágios culturais.
f) Como, tudo não passara de um mal-entendido,
fizeram, pois, as pazes.
g) No pampa onde vive o homem da campanha, o
cavalo, além de ser utilizado como meio de transporte, é
também instrumento de trabalho.
h) Prometeu-nos no último encontro, que embora suas
atividades fossem múltiplas, atender-nos-ia quando dele
precisássemos.
i) Terminada, a solenidade, conquanto não estivessem
cansados, eles retiraram-se para as suas casas.
j) Economia, doméstica é o conjunto de procedimentos
da natureza econômica e financeira relacionados com os
cuidados de manutenção da casa e da família.
l) É hoje consensual, que os trabalhos do lar não sejam
atribuídos apenas à mulher, pois, abrangendo um vasto
campo de interesses humanos, devem constituir tarefa
para todos os integrantes da família.
m) Narciso, era um homem de singular beleza, filho do
deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. No dia de seu
nascimento, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso
teria, vida longa, desde que jamais contemplasse sua
figura.
n) Na psiquiatria e particularmente na psicanálise, o
termo narcisismo, designa a condição mórbida do
indivíduo que tem interesse exagerado pelo próprio
corpo.
o) Enquanto, não arruma emprego, seu pai manda-lhe
uma mesada.
p) Cumprimentando pela formatura envio-te um
abraço.
q) A água, que contém agentes químicos e agrotóxicos
não deve ser ingerida.
r) Saciada a sede, ela deitou-se para descansar.
GABARITOS
Pag. 155 - A / 2. D / 3. C / 4. D / 5. D / 6. B / 7. B / 8. A
/ 9. B/ 10. A
Pag. 166 - 1. C / 2. A / 3. D / 4. B.
Pag. 170 - 1. A / 2. E / 3. D / 4. E.
Pag. 172 - 1. E / 2. C / 3. B / 4. C.
Pag. 175 - 1. A / 2. D / 3. E / 4. C / 5. E.
Pag178 – 1 . r
IX - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
TUFANO. Douglas. Estudos da Língua Portuguesa: gramática. 2.ed. São Paulo: Moderna, 1993. SACONNI, Luiz Antonio. Gramática essencial ilustrada. São Paulo: Atual, 1994. FIORI, José Luiz. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2000.
179
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Apostila
Noções de Direito e Legislação.
180
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
SUMÁRIO
PÁG.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 182
I - NOÇÕES DE DIREITO.......................................................................................................................... 182
1.1. Situações que caracterizam o significado do termo direito .......................................................... 182
1.1.1. Direito x Moral...................................................................................................................... 182
1.2. Divisões do Direito .......................................................................................................................... 182
1.3. Fontes do Direito .............................................................................................................................. 183
1.4. Das Leis ............................................................................................................................................. 184
1.4.1. Natureza das Leis.................................................................................................................... 184
1.4.2. Fases de aprovação das leis.................................................................................................... 184
II - DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................................................................ 184
2.1. Noções Preliminares sobre o Direito Constitucional..................................................................... 184
2.2. A formação do Estado...................................................................................................................... 185
2.3. Da organização da União................................................................................................................. 185
2.4. Da organização dos Estados Federados (Estados-Membros)....................................................... 185
2.5. Da organização dos Municípios ...................................................................................................... 186
2.6. Da organização do Distrito Federal e Territórios ......................................................................... 186
2.7. Direitos e Garantias Individuais ..................................................................................................... 186
2.6.1. Direito x Garantia................................................................................................................... 186
III - DIREITO ADMINISTRATIVO........................................................................................................... 186
3.1. Da Administração Pública: entidades, órgãos destinados e agentes públicos ............................ 186
3.2. Atos Administrativos ....................................................................................................................... 187
3.3. Licitações........................................................................................................................................... 187
3.4. Contrato Administrativo ................................................................................................................. 188
IV - DIREITO DO CONSUMIDOR............................................................................................................ 189
4.1. Definição de Consumidor e Fornecedor......................................................................................... 189
4.2. Direitos Básicos do Consumidor ..................................................................................................... 189
V- DIREITO CIVIL ..................................................................................................................................... 190
5.1. Direito das Coisas............................................................................................................................. 190
5.1.1. Posse......................................................................................................................................... 190
5.1.2. Propriedade............................................................................................................................. 191
5.1.3. Diferença entre Posse e Detenção......................................................................................... 191
5.1.4. Tipos de Posse ......................................................................................................................... 191
5.1.5. Posse Direta e Posse Indireta ................................................................................................ 191
181
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
5.1.6. Posse Justa e Posse Injusta ................................................................................................... 191
5.1.7. Posse de Boa-Fé e Posse de Má-Fé ....................................................................................... 192
5.1.8. Posse Natural e Posse Civil (Jurídica) .................................................................................. 192
5.1.9. Posse Ad Interdicta e Posse Ad Usucapionem........................................................................ 192
5.1.10. Posse Nova e Posse Velha.................................................................................................... 192
5.2. Direitos Reais das Coisas Alheias .................................................................................................. 192
5.2.1. Direitos Reais de Gozo (ou Fruição) .................................................................................... 194
5.3. Compromisso de Compra e Venda ................................................................................................ 194
5.4. Direitos Reais de Garantia ............................................................................................................. 194
VI – CONTRATOS ...................................................................................................................................... 194
6.1. Proposta: Conceito e Direito de Retratação ................................................................................. 194
6.2. Aceitação: Conceito e Direito de Retratação ................................................................................ 194
6.3. Normas e Interpretação.................................................................................................................. 195
6.4. Extinção da Relação Contratual .................................................................................................... 195
VII - DIREITO COMERCIAL/EMPRESARIAL...................................................................................... 196
7.1. Definição de Empresário ................................................................................................................. 196
7.2. Da Empresa e do Nome Empresarial ............................................................................................ 197
7.3. Classificação das Sociedades Empresárias .................................................................................... 197
VIII - DIREITO DO TRABALHO .............................................................................................................. 197
8.1. Natureza Jurídica do Direito do Trabalho .................................................................................... 197
8.2. Conceito de empregado.................................................................................................................... 198
8.3. Conceito de empregador.................................................................................................................. 199
8.4. Contrato de Trabalho Individual ................................................................................................... 199
8.5. Identificação Profissional ................................................................................................................ 200
8.6. Duração do Trabalho...................................................................................................................... 200
8.7. Férias Anuais .................................................................................................................................... 201
8.8. Remuneração x Salário.................................................................................................................... 201
8.9. Extinção do Contrato de Trabalho................................................................................................. 201
IX – LEGISLAÇÃO – COFECI .................................................................................................................. 202
X - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 208
182
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
INTRODUÇÃO
Tudo que é novo desperta uma certa curiosidade que
nos move em busca do conhecimento.
Por isso, lhe damos as boas-vindas, desejando
que você seja um aluno bastante curioso em mais esta
jornada de aprendizado. Ao longo do seu estudo, você
irá consultar muitas legislações, pois o objetivo é fazer
com que você desenvolva habilidades de compreensão
e interpretação das principais normas e leis que
regulam as atividades dos setores público e privado.
Nesta unidade, vamos discutir alguns conceitos
básicos que os auxiliarão a compreender os preceitos
e princípios que norteiam a disciplina Noções de
Direito.
Então, vamos aos estudos?
I - NOÇÕES DE DIREITO
1.1. Situações que caracterizam o significado do
termo direito
Para começar, pense no significado do termo
DIREITO por alguns instantes e, só então, comece a
leitura do conteúdo.
DIREITO – Qual ou quais são os significado
que esse termo tem?
O direito, no sentido de direito objetivo, é um
preceito hipotético e abstrato, cuja finalidade é
regulamentar o comportamento humano na sociedade e
sua característica essencial é a força coercitiva atribuída
pela própria sociedade.
Segundo Silva (2002) o termo Direito é o ‘jus’
romano, na sua idéia de proteção e salvação, definido
como a arte do bom e do equitativo (‘jus est ars boni et
aequi’), que se apresenta como um conceito bem
diverso de ‘norma obrigatória’ (“norma agendi”), para
se mostrar uma “faculdade” (facultas agendi’). (SILVA,
2002, p.268-269)
Essa definição do direito pode ser simplificada
pelo disposto no inciso II, artigo 5º da Constituição
Federal de que “ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
Assim, se existe lei que obrigue a pessoa a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa, ela não tem a faculdade
de optar, ela deve simplesmente cumpri-la senão sofrerá
sanções.
Uma questão importante quando se trata de
noções de Direito é a diferença entre direito e moral.
1.1.1. Direito x Moral
O Direito não é algo adverso da Moral, mas é
uma parte dela, armada de garantias
específicas.(REALE, 1988, p.42)
Podemos dizer que a Moral é o conjunto de
regras e prescrições a respeito do comportamento, de
conduta consideradas como válidas, quer de modo
absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo
ou pessoa determinada, estabelecidas e aceitas por
determinada comunidade humana durante determinado
período de tempo.
1.2. Divisões do Direito
Para franquear uma completa visão acerca das
grandes questões do Direito, propomos uma divisão
conceitual de dados relevantes para o objeto estudado, a
partir das seguintes polarizações:
- Direito Positivo x Direito Natural
- Direito Público x Direito Privado
Direito Natural – é o direito pressuposto pela
183
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
intuição do que é o correto, dos princípios elementares
do "justo". Em outras palavras, seria o direito válido
em todos os lugares e em todos os tempos, para todos
os povos, correspondendo à clássica fórmula "direitos
do homem e do cidadão", ou em outras palavras,
"direitos humanos" .
Direito Positivo – é o conjunto de normas
jurídicas escritas e não escritas, vigentes em
determinado território e, também, na órbita
internacional na relação entre os Estados.
Direito Público - é aquele que regula todas as
situações públicas que dizem respeito a toda sociedade
de um determinado país.
E, por disciplinar os interesses da sociedade,
não pode ser afastado, nem mesmo por vontade das
partes envolvidas, já que o interesse público (interesse
da sociedade) prevalece sobre o privado (interesse das
partes envolvidas).
Direito Privado - como aquele que estabelece
normas sobre interesses privados e, portanto, na qual a
vontade das partes envolvidas prevalece em detrimento
do interesse público.
No que diz respeito ao Direito Público ou
Privado interno e externo, faz-se a seguinte distinção:
Interno - refere-se ao direito aplicado somente
no Brasil, pois cada país tem normas próprias (ex.:
direito constitucional brasileiro; direito civil brasileiro;
direito do trabalho brasileiro).
Externo - pode ser definido como aquele que
estabelece normas a serem cumpridas por toda a
comunidade internacional (ex.: acordos internacionais e
tratados internacionais, celebrados por vários países que
se comprometem em cumpri-los).
RESUMINDO...
Os interesses da sociedade encontram-se
elencadas na área de Direito Público Interno e Externo
(Direito Constitucional; Direito Administrativo; Direito
Tributário/Financeiro; Direito Processual Civil; Direito
Processual Penal; Direito Penal; Direito Eleitoral;
Direito Internacional Público).
Os interesses particulares fazem parte do
Direito Privado Interno e Externo (Direito Civil; Direito
Comercial; Direito do Trabalho; Direito Internacional
Privado).
Agora, você está preparado para
aprender sobre os elementos que deram
origem ao direito, tema que será
abordado a seguir.
1.3. Fontes do Direito
São os vários modos de onde nascem, ou
surgem, as normas jurídicas e os princípios gerais da
ciência do direito.
As fontes do direito são divididas em dois
grupos: fontes diretas e fontes indiretas.
Fontes diretas ou imediatas são “aquelas que,
por si só, pela própria força, são suficientes para gerar a
regra jurídica. São a lei e o costume” (BARROS, 1999,
p.12).
LEI “(...) é a regra jurídica escrita, instituída
pelo legislador, no cumprimento de um mandato, que
lhe é outorgado pelo povo.” (SILVA, 2002, p.481)
184
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
COSTUME (...) o princípio ou a
regra não escrita que se introduziu pelo
‘uso’, com o consentimento tácito de
todas as pessoas que admitem sua força como norma
a seguir na pratica de determinados atos. Neste
sentido, então, afirma-se que o costume tem força de
lei (...) (SILVA, 2002)
Fontes indiretas ou mediatas - são
constituídas pela doutrina e jurisprudência, e essas se
constituem fontes mediatas pelo fato de criarem o
direito sob a forma indireta, já que têm como base
aquelas. Ou seja, a doutrina e a jurisprudência são
formadas a partir das leis e dos costumes de
determinado local.
DOUTRINA - trabalhos teóricos
desenvolvidos por estudiosos do direito, que visam a
interpretação das leis e dos preceitos jurídicos;
JURISPRUDÊNCIA - conjunto de decisões
proferidas pelos tribunais de segunda instância nos
casos concretos sob sua responsabilidade.
1.4. As Leis
As leis merecem um especial destaque, já que
se constituem a principal fonte do direito. Estas
obedecem a uma hierarquia rígida, onde se destaca a
Constituição Federal, emanada de um poder originário,
a Assembléia Nacional Constituinte, e que não pode ser
contrariada por nenhuma outra legislação existente.
A Constituição Federal é a lei magna, ou lei maior.
Todas as demais leis do país devem estar em escrita
consonância com os princípios previstos na
mesma, e na hipótese de existir qualquer
contradição entre as leis, prevalecerá sempre
aquilo que estiver previsto na constituição federal.
1.4.1. Natureza das Leis
Com relação à sua natureza, podemos
considerá-las como substantivas ou adjetivas.
Leis substantivas - são leis de direito material
que definem os direitos e garantias da sociedade.
Exemplo: Código Civil, Código Penal, Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) etc.
Leis adjetivas - são leis de direito formal que
instituem regras de aplicabilidade dos direitos e
garantias estabelecidos pelas leis substantivas.
Exemplo: O Código de Direito Processual Civil e o
Código de Direito Processual Penal, que estabelecem
como proceder para pleitearmos os direitos
contidos no Direito Civil e Direito Penal,
respectivamente.
1.4.2. Fases de aprovação das leis
A palavra vigência está relacionada com o
termo vida. Destarte, vigência das Leis é o espaço de
tempo em que essas se encontram “vivas” para o mundo
jurídico.
Sendo assim, uma lei passa a existir no mundo
jurídico, a partir do momento em que entra em vigor, ou
seja, quando passa a ser exigível a todos.
II - DIREITO CONSTITUCIONAL
2.1. Noções Preliminares sobre o Direito
Constitucional.
Direito Constitucional
Complexo jurídico constitucional
consubstanciado na reunião de doutrinas,
jurisprudências e normas constitucionais
que analisam os preceitos da Constituição da
República Federativa do Brasil.
185
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
O objeto do Direito Constitucional é, portanto,
a Constituição Federal e, sendo assim, é preciso que
você entenda qual é o seu “papel”.
A palavra Constituição é sinônima de “ato ou
efeito de constituir”. Ao passo que constituir significa
“1. ser parte essencial de; formar, compor.
2.organizar, estabelecer”. (FERREIRA, 1993, p.141)
2.2. A formação do Estado
Estado consiste na reunião de um determinado
povo que, por possuírem uma finalidade comum, criam
normas a serem seguidas sob um território específico.
O sistema de governo brasileiro é o
Presidencialismo.
A forma de Estado adotada pelo Brasil é a
Federativa.
O regime político adotado pela República
Federativa do Brasil é o democrático.
Agora que você já sabe que a Constituição
Federal Brasileira é a própria organização
e elaboração do Estado brasileiro, o próximo passo é
analisar os temas dispostos no índice sistemático da
Lei Maior.
Ao observar o sumário da Constituição, você
verá que o Estado brasileiro é a junção de:
Princípios fundamentais (Título I)
Direitos e garantias fundamentais (Título II),
Organização político-administrativa (Título III),
Organização dos poderes (Título IV),
Mecanismos de defesa do Estado e das
Instituições Democráticas (Título V),
Organização tributária e orçamentária (Título
VI),
Organização econômica e financeira (Título
VII)
E organização social (Título VIII).
O Estado, portanto, é elaborado e organizado de
acordo com as determinações constitucionais dos
artigos contidos nesses títulos.
2.3. Da organização da União
O Capítulo II do Título III da Constituição,
dispõe sobre os bens, competência
administrativa/funcional, competência legislativa
privativa e concorrente da União.
No Artigo 20 (incisos e parágrafos) é possível
conhecer quais são os bens que pertencem à União, dos
quais podemos citar como exemplo as terras devolutas;
os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos
de seu domínio; o mar territorial; os recursos minerais...
As diversas modalidades de competência da
União estão estabelecidas nos Artigos 21, 22, 23 e 24
da Constituição.
2.4. Da organização dos Estados Federados
(Estados-Membros)
Os Estados organizam-se e regem-se pelas
Constituições Estaduais e leis Estaduais que estejam em
conformidade com a Constituição Federal, segundo
estabelece o Artigo 25 da Carta Magna.
São bens dos Estados Federados: as águas
superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as
decorrentes de obras da União; as áreas, nas ilhas
oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio,
excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou
terceiros; as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à
União; as terras devolutas não compreendidas entre as
186
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
da União. (Artigo 26 da Constituição).
2.5. Da organização dos Municípios
O Município é regido por lei orgânica que deve
atender aos princípios estabelecidos pela Constituição
Federal e pela Constituição Estadual do seu respectivo
Estado. (Caput do art. 29 da Constituição)
Dentre as competências atribuídas aos
Municípios (artigo 30), estão a de legislar sobre
assuntos de interesse local; suplementar a legislação
federal e a estadual no que couber; criar, organizar e
suprimir distritos, observada a legislação estadual;
promover a proteção do patrimônio histórico-cultural
local, observada a legislação e a ação fiscalizadora
federal e estadual; dentre outras.
2.6. Da organização do Distrito Federal e Territórios
Da mesma forma que os Municípios, o Distrito
Federal é regido por lei orgânica, em conformidade com
os princípios estabelecidos na Constituição Federal
(Artigo 32).
Quanto aos Territórios, é importante que se
saiba que sua organização administrativa e judiciária
será estabelecida por lei. (Artigo 33)
2.7. Direitos e Garantias Individuais
Os direitos e garantias individuais, são aqueles
tidos como indispensáveis para o indivíduo.
Eles visam a resguardar, proteger e amparar o
indivíduo, mantendo a dignidade da pessoa humana, a
cidadania, o bem de todos sem preconceitos de origem,
raça, sexo etc.
Os direitos e garantias fundamentais individuais
estão inseridos no Artigo 5º da Lei Suprema.
2.7.1. Direito x Garantia
Não devemos confundir o termo direito com a
garantia. Direito consiste na possibilidade de fazer ou
não fazer alguma coisa, enquanto que garantia é o
meio/instrumento utilizado pelo detentor a fim de que
faça ou deixe de fazer alguma coisa.
Até aqui você teve acesso aos pontos
fundamentais do Direito Constitucional.
Independente da sua área de atuação, é de
suma importância que você faça uma leitura
cuidadosa de todas as orientações contidas na
Constituição. Além disso, o conhecimento da Lei
Suprema lhe fará lembrar ao longo de sua vida
profissional que diante de decisões a serem tomadas,
paralelamente às dimensões técnicas e éticas, atua
sobre esta a dimensão legal.
III - DIREITO ADMINISTRATIVO
De forma bem simplista, conceituamos Direito
Administrativo como o conjunto de normas, julgados e
textos doutrinários que abordam como é feita a
Administração Pública.
3.1. Da Administração Pública: entidades, órgãos
destinados e agentes públicos
O termo Administração Pública, pode ser
definido como o conjunto de entidades, agentes e
órgãos destinados a exercer atividade administrativa,
em conformidade com o interesse público, para suprir
as necessidades da sociedade e alcançar o bem comum.
A Administração Pública pode ser classificada
como direta e indireta, uma vez que se divide em órgãos
187
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
públicos e entidade.
A Administração Direta é composta por órgãos
sem personalidade jurídica própria. São, na esfera
federal, os serviços integrados (por subordinação) na
estrutura administrativa da Presidência da República e
dos Ministérios (art. 4o., inciso I do Decreto-Lei n.
200/67). A Secretaria da Receita Federal e a
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional são exemplos
de órgãos integrantes da administração Pública Federal
Direta.
Será indireta quando a atividade administrativa
for realizada por entidades estranhas ao Estado, mas
que atuam paralelamente a ele com a finalidade de
tornar os serviços e atividades públicas mais eficientes e
específicos.
3.2. Atos Administrativos
Meirelles (2005, p.149) define o ato
administrativo como:
“toda manifestação de vontade da
Administração Pública que, agindo nessa qualidade,
tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir,
modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor
obrigações aos administrados ou a si própria.”
Os atos administrativos podem ser classificados
como vinculados ou discricionários.
O ato vinculado – o administrador
(Administração Pública), não possui liberdade de
decisão, pois está extremamente preso ao
comportamento exigido pela lei e não pode proceder de
outra maneira que não seja conforme o determinado por
esta (lei).
Em outras palavras, quando o ato é
vinculado, a lei sempre determina uma
única forma de proceder, não existem alternativas
passíveis de escolha.
Já o ato discricionário é a manifestação de
vontade pautada no juízo de conveniência e
oportunidade da Administração Pública. Isso não
significa que não esteja vinculado ao disposto na lei,
como ocorre com o ato vinculado, mas sim que lhe
confere dois ou mais comportamentos possíveis de
serem adotados.
Sendo assim, a escolha da Administração
Pública sobre qual comportamento irá
adotar, no caso concreto, irá depender do juízo de
conveniência e oportunidade.
O juízo de conveniência consiste na avaliação
feita sobre a utilidade e vantagem que a prática do ato
administrativo ocasionará.
O juízo de oportunidade é avaliação feita
acerca da possibilidade da pratica do ato
administrativo.
3.3. Licitações
Licitação é o procedimento administrativo
mediante o qual a Administração Pública seleciona a
proposta mais vantajosa para o contrato de seu
interesse. Como procedimento, desenvolve-se através
de uma sucessão ordenada de atos vinculantes para a
Administração e para os licitantes, o que propicia igual
oportunidade a todos os interessados e atua como fator
de eficiência e moralidade nos negócios
administrativos.
188
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
No Brasil, os procedimentos
licitatórios são orientados principalmente
pelas Leis Federais n° 8.666/1993 e
10.520/2002 que definem as seguintes modalidades
de licitação:
• Convite, que também pode ser feito
eletronicamente.
• Tomada de Preços
• Pregão - Presencial ou Eletrônico (através de
Tecnologia de Informação)
• Concorrência
• Leilão
• Concurso
1. Convite é a modalidade de licitação entre
interessados do ramo pertinente ao seu objeto,
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em
número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa,
a qual afixará, em local apropriado, cópia do
instrumento convocatório e o estenderá aos demais
cadastrados na correspondente especialidade que
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24
(vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
2. Tomada de preços é a modalidade de
licitação entre interessados devidamente cadastrados ou
que atenderem a todas as condições exigidas para
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas, observada a necessária
qualificação.
3. Pregão (Lei 10.520/2002) é modalidade de
licitação entre quaisquer interessados para a aquisição
de bens e serviços comuns com a utilização de recursos
de tecnologia da informação, nos termos de
regulamentação específica.
4. Concorrência ocorre entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos
de qualificação exigidos no edital para execução de seu
objeto.
5. Leilão é a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados para a venda de bens móveis
inservíveis para a administração ou de produtos
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a
alienação de bens imóveis prevista no artigo 19 da Lei
8.666/93, a quem oferecer o maior lance, igual ou
superior ao valor da avaliação.
6. Concurso é a modalidade de licitação entre
quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico,
científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios
ou remuneração aos vencedores, conforme critérios
constantes de edital publicado na imprensa oficial com
antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
3.4. Contrato Administrativo
Contrato Administrativo é o ajuste que a Adm.
Pública, agindo nessa qualidade, firma com o particular
ou outra entidade administrativa para a consecução de
objetivos de interesse público, nas condições
estabelecidas pela própria Administração.
Requisitos e Característica:
I. Consensual - Acordo de vontades
II. Formal - Expressa-se de forma escrita e
requisitos especiais.
III. Oneroso - deve ser remunerado na forma
pactuada
IV. Comutativo - Estabelece vantagens
recíprocas e equivalentes entre as partes.
189
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Técnico em Transações Imobiliárias
Os contratos devem estabelecer com
clareza e precisão as condições para a
sua execução, expressas em cláusulas
que definam os direitos, obrigações e
responsabilidades das partes, em conformidade
com os termos da licitação e da proposta a que se
vinculam.
IV - DIREITO DO CONSUMIDOR
O direito do consumidor é o conjunto de
normas, julgados (jurisprudência, acórdão e súmula), e
princípios direcionados à relação de consumo.
Tal direito é de suma importância, já que a
Constituição Federal o estabeleceu como direito
fundamental dos brasileiros em seu artigo 5º, inciso
XXXII.
Atendendo à determinação legal do mencionado
preceito constitucional criou-se o Código de Defesa do
Consumidor por intermédio da Lei nº 8.0787, de 11 de
setembro de 1990.
4.1. Definição de Consumidor e Fornecedor
Em seu artigo 2º, o Código de Defesa do
Consumidor (CDC) define consumidor como “toda
pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final” e, equipara
consumidor “à coletividade de pessoas, ainda que
indetermináveis, que haja intervindo nas relações de
consumo”. (Caput e Parágrafo único do art. 2º do CDC)
Já fornecedor é definido como “toda pessoa
física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem,
criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços”.
Dessa forma, podemos dizer que ...
O que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final, enquanto
que fornecedor é aquele que desenvolve
atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços.
4.2. Direitos Básicos do Consumidor
Os direitos básicos do consumidor estão
elencados no artigo 6º do Código de Defesa do
Consumidor. De acordo com esse artigo, todos os
consumidores possuem os seguintes direitos:
- A proteção da vida, saúde e segurança contra
os riscos provocados por práticas no fornecimento de
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos.
(artigos correlatos: artigo 8º ao artigo 10º do CDC)
- A educação e divulgação sobre o consumo
adequado dos produtos e serviços, asseguradas a
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações.
- A informação adequada e clara sobre os
diferentes produtos e serviços, com especificação
correta de quantidade, características, composição,
qualidade e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem. (artigos correlatos: do artigo 30 ao 35 do
CDC)
- A proteção contra a publicidade enganosa e
abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais,
bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou
190
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Técnico em Transações Imobiliárias
impostas no fornecimento de produtos e serviços.
(artigos correspondentes: do 36 ao 54 do CDC)
- O acesso aos órgãos judiciários e
administrativos com vistas à prevenção ou reparação de
danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou
difusos, assegurada à proteção Jurídica, administrativa e
técnica aos necessitados. (Artigos correspondentes: do
81 ao 107 do Código de Defesa do Consumidor)
- A facilitação da defesa de seus direitos,
inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor,
no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências.
- A adequada e eficaz prestação dos serviços
públicos em geral. (Artigo correlato: 22 do CDC)
V- DIREITO CIVIL
É o direito que rege relação jurídica do “civil”
ligada a questões familiares (direito de família), a bens
(direito das coisas), obrigações (direito das obrigações),
sucessão (direito das sucessões) e atividades
econômicas próprias de empresário (direito
empresarial).
O Direito Civil possui normas gerais e normas
especiais. E, por tal motivo, o Código Civil é dividido
em duas partes: parte geral e parte especial.
A parte geral tem como função estabelecer
normas gerais (essências) sobre pessoas, bens (noções
gerais) e fatos jurídicos necessários para o
entendimento e aplicação das normas específicas do
direito civil.
5.1. Direito das Coisas
O direito das Coisas encontra-se previsto nos
artigos 1.196 ao 1.510 do Livro III do Código Civil.
Direito das Coisas (ou Direito Real): “é o
complexo de normas reguladoras das relações jurídicas
referentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo
homem”.
O Direito real afeta direta e imediatamente a
coisa sob todos os aspectos e seguem-na em poder de
quem a detenha, é o direito de preferência, que é um
direito subjetivo.
A diferença entre direito real e direito pessoal, é
que os direitos reais são normatizados pelo direito das
coisas e os direitos pessoais pelo direito das obrigações.
Direito real é poder imediato do titular sobre a
coisa objeto do direito sem intermediação, não há
sujeito passivo nesta relação, que pode-se estabeleçer
sobre coisas corpóreas e incorpóreas. A propriedade é o
mais amplo ápice dos direitos reais.
No direito pessoal, aparecem sempre dois
sujeitos credor e devedor.
O direito real é a coisa tomada em si mesma e o
direito pessoal é uma obrigação de fazer, ou de não
fazer ou ainda uma obrigação de dar coisa certa.
5.1.1. Posse
A posse busca, em síntes,e a adequação social,
que deve ser examinada do ponto de vista axiológico,
em que a aparência é conceito de utilidade técnica.
(VENOSA, 2002)
A posse pode ser real ou presumida, de boa-fé
ou de má-fé, direta ou indireta.
São direitos reais considerados no art. 1.225 do
Código Civil: a propriedade, a superfície, as servidões,
o usufruto, o uso, a habitação, o direito do promitente
comprador do imóvel, o penhor, a hipoteca e a
anticrese.
191
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5.1.2. Propriedade
Pode-se dizer que a propriedade é o direito
conferido a alguém, ao qual lhe proporciona os poderes
de posse, uso, gozo, disposição e ainda de reavê-lo de
quem injustamente o detenha.
Incluem-se no Direito de Propriedade os
direitos de vizinhança, as árvores limítrofes, a passagem
forçada, a passagem de cabos e tubulações, as águas, os
limites entre prédios e direito de tapagem, o direito de
construir, o condomínio, a propriedade resolúvel e a
propriedade fiduciária.
5.1.3. Diferença entre Posse e Detenção
Existem algumas situações em que não
estaremos diante da chamada posse, ainda que uma
pessoa esteja exercendo poderes de fato sobre uma
coisa.
A lei (ART. 1.198, CC) é quem desqualifica a
relação para a chamada mera detenção.
A diferença básica entre posse e detenção, está
ligada ao fato de o possuidor usufruir do bem para si,
economicamente, enquanto que o detentor administra o
bem em favor de terceiro, cumprindo ordens de terceiro.
Para se saber se estamos diante de posse ou
detenção, necessário se faz analisar o caso concreto.
Basicamente, o possuidor esta protegido por lei
dos direito relativos à posse, o que não se torna
verdadeiro com relação ao detentor.
5.1.4. Tipos de Posse
Seguindo a definição trazida pelo Código, a
posse pode ser classificada em: posse direta e indireta;
posse justa e injusta; posse de boa-fé e posse de má-
fé; posse nova e posse velha; posse natural e posse
civil ou jurídica; posse ad interdicta e posse ad
usucapionem.
5.1.5. Posse Direta e Posse Indireta
Encontra-se definida na redação do artigo 1.197
do Código Civil. Nesta hipótese a relação possessória
encontra-se desdobrada. Exemplo prático da existência
de Posse Direta e Posse Indireta, ocorre no caso de
Contrato de Locação, no qual o locador (proprietário),
exerce a posse indireta (mediata) sobre o imóvel,
enquanto que o locatário (inquilino), exerce a posse
direta (imediata) por concessão do locador. Veja-se que
uma posse não anula a outra. Ambas coexistem no
tempo e no espaço.
A vantagem dessa divisão é que o possuidor
direito e o indireto podem invocar a proteção
possessória contra terceiro.
Podem inclusive utilizar-se de Proteção
Possessória um contra o outro, conforme a última parte
do artigo 1.197 retro mencionado.
5.1.6. Posse Justa e Posse Injusta
Na redação do artigo 1.200 do Código Civil, “é
justa a posse que não for violenta, clandestina ou
precária”.
Nessa definição devemos entender ser a posse
injusta somente com relação a alguém.
Posse Violenta é aquela obtida pela força ou
violência no início de seu exercício. Não existindo a
violência a posse é denominada como mansa e
pacífica. É necessário que a violência seja dirigida
contra o possuidor ou contra o seu fâmulo (detentor) e
que o ato ou fato seja ofensivo e sem permissão.
Posse Clandestina é aquela obtida às
escondidas,de forma oculta, sem que ninguém tenha
192
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conhecimento. Sendo assim, não será clandestina a
posse obtida com publicidade. A clandestinidade é
caracterizada pelo não conhecimento por parte do
possuidor esbulhado.
Posse Precária ocorre quando geralmente o
possuidor se compromete a devolver a coisa e não o faz.
Há a obrigação de restituição de uma coisa que foi
entregue com base na confiança.
À posse injusta caberá defesa sempre contra
terceiros, ou sejam o possuidor injusto tem direito de
proteção contra quem injustamente queira tomar a sua
posse.
Como diz SILVIO DE SALVO VENOSA “a
posse justa é relativa aos envolvidos na relação jurídica.
A posse pode ser justa com relação a um sujeito e ser
injusta com relação a outro. Tudo dependerá da relação
existente entre os envolvidos”.
5.1.7. Posse de Boa-Fé e Posse de Má-Fé
Na redação do Artigo 1.201 do Código Civil, “é
de boa-fé a posse se o possuidor ignora o vício, ou o
obstáculo que impede a aquisição da coisa”.
Pela redação do artigo mencionado, o possuidor
não sabe que está ferindo direito de outra pessoa.
Consiste num erro de direito. Sendo assim, quando o
possuidor sabe que sua conduta está ferindo o direito de
outra pessoa, está consciente do vício ou do obstáculo
que impede a aquisição da posse, a posse então, de má-
fé.
A boa-fé não é requisito para que o possuidor
possa utilizar-se das ações possessórias. basta somente
que a posse seja justa. Ainda que de má-fé, o possuidor
não perde o direito de ajuizar a ação possessória
competente para proteger-se de um ataque à sua posse.
O mesmo artigo, em seu Parágrafo Único, trás a
seguinte redação: “o possuidor com justo título tem por
si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou
quando a lei expressamente não admite esta presunção”.
5.1.8. Posse Natural e Posse Civil (Jurídica)
Posse Natural é a que se constitui pelo exercício
de poderes de fato sobre a coisa.
Posse Civil ou Jurídica é a que assim se
considera por força de lei, sem necessidade de atos
físicos ou materiais. Exemplo: é o chamado Constituto
Possessório. Posse Civil ou Jurídica é a que se transmite
ou se adquire pelo título, não sendo necessário o contato
com a coisa.
5.1.9. Posse Ad Interdicta e Posse Ad Usucapionem
Posse Ad Interdicta é aquela que pode ser
defendida pelos interditos e ações possessórias, quando
molestada, mas não conduz ao usucapião. Exemplo
prático é o locatário vítima de ameaça ou de efetiva
turbação ou esbulho, que tem a faculdade de defendê-la
ou de recuperá-la pela ação possessória até mesmo
contra o proprietário.
Posse Ad Usucapionem é a que se prolonga no
tempo, deferindo a seu titular a aquisição do domínio.
(art. 1.242, Código Civil).
5.1.10. Posse Nova e Posse Velha
Será considera Posse Nova aquela que estiver
configurada a menos de ano e dia (art. 924, CPC).
Será considerada Posse Velha aquela que contar
com mais de ano e dia, cuja presunção possessória será
em prol daquele que se manteve na posse da coisa
esbulhada.
Essas distinções têm mais relevância para o
âmbito do Direito Processual.
193
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5.2. Direitos Reais das Coisas Alheias
O mais completo dos direitos reais é o domínio,
pois confere ao seu titular a prerrogativa de usar, gozar
e dispor da coisa, podendo, ainda, reivindicá-la de quem
que injustamente o possua.
Nada impede, contudo, que um ou alguns dos
poderes elementares do domínio dele se destaquem para
incorporar-se no patrimônio de outrem, fazendo nascer
o que se denomina de direito real sobre coisas alheias.
Nosso Código Civil distingue nove espécies de
direitos reais sobre coisas alheias: enfiteuse, servidões,
usufruto, uso, habitação, rendas constituídas sobre
imóveis, penhor, anticrese e hipoteca.
Além dessas, a legislação especial atribui
natureza real à promessa irretratável de compra e venda,
desde que registrada no Registro de Imóveis.
Estes direitos podem ainda, ser divididos em
duas categorias: os de gozo (enfiteuse, servidões,
usufruto, uso, habitação, renda e compromisso) e os de
garantia (penhor, hipoteca e anticrese).
5.2.1. Direitos Reais de Gozo (ou Fruição)
a) Usufruto - É o direito de desfrutar
temporariamente de um bem alheio como se dele fosse
proprietário, sem alterar-lhe a substância. Usufrutuário
é aquele ao qual é conferido o usufruto. Nu-proprietário
é aquele que confere o usufruto. Consiste na
possibilidade de retirar da coisa as vantagens que ela
oferece e produz. Sua duração pode ser vitalícia ou
temporária.
b) Enfiteuse – também conhecida por
aforamento, ou aprazamento, ou foro, é o contrato pelo
qual o proprietário de um prédio concede a outro o
domínio útil, com reserva de domínio direto. É o
desmembramento do domínio, em que o senhorio
conserva o domínio direto ou o direito à substância da
coisa, transferindo ao entiteuta ou foreiro o domínio
útil, ou as vantagens materiais do imóvel, mediante o
pagamento de uma renda anual.
c) Uso - É o direito de servir-se da coisa na
medida das necessidades próprias e da família, sem dela
retirar as vantagens. Difere do usufruto, já que o
usufrutuário retira das coisas todas as utilidades que ela
pode produzir e o usuário não.
d) Habitação - É um uso limitado, porque
referente apenas a um prédio de habitação. Consiste no
direito de se servir da casa residencial com sua família.
É a faculdade de residir ou abrigar-se em um
determinado prédio. Tem por traço característico a
gratuidade. Tem por característica própria: o uso da
casa tem de ser limitado à moradia do titular e de sua
família. Não pode este servir-se dela para o
estabelecimento de um fundo de comércio, ou de sua
indústria; não pode alugá-la, nem emprestá-la; ou serve-
se dela para a sua própria residência e de sua família ou
desaparece o direito real.
e) Servidão - O imóvel que suporta a servidão
chama-se serviente. O outro, beneficiado, é dominante.
Constituem restrições que um prédio suporta para uso e
utilidade de outro prédio, pertencente a proprietário
diferente. As servidões, como direitos reais,
acompanham os prédios quando são alienados.
f) Rendas constituídas sobre imóveis – é o
direito real temporário, que grava determinado bem de
raiz, obrigando seu proprietário a pagar prestações
periódicas, de soma determinada.
5.3. Compromisso de Compra e Venda
194
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
O decreto lei nº 58/37, bem como a Lei nº
6.766/79 atribuíram natureza real à promessa
irretratável de compra e venda, desde que registrada no
Registro de Imóveis.
Também chamado contrato preliminar, o
compromisso de compra e venda, é o contrato pelo qual
o compromitente-vendedor obriga-se a compromissário-
comprador determinado imóvel, por preço, condições e
modos avençados, ficando a outorga da escritura
definitiva para quando ocorrer o adimplemento total de
obrigação.
Embora se aconselhe a escritura pública, razões
de ordem prática têm levado nossos juízes e tribunais a
aceitar sua constituição por instrumento particular, já
que sua insegurança estaria contrabalançada pela
exigência do registro no cartório imobiliário.
5.4. Direitos Reais de Garantia
a) Hipoteca - É o direito real de garantia, ou
seja, é a vinculação de um bem para responder com o
seu valor por uma dívida. Recai sobre os bens imóveis.
b) Penhor - É a garantia real sobre bens móveis
que ficarão em poder do credor, salvo nos casos
especiais de penhor rural.
c) Antricrese – é a convenção pela qual o
devedor, entregando um imóvel ao credor, lhe transfere
o direito de explorá-lo e dele retirar os frutos e
rendimentos para que com eles se pague uma parcela
dos juros devidos e do principal, até que a obrigação do
devedor seja totalmente quitada.
VI – CONTRATOS
Maria Helena Diniz (2002) define como sendo
o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da
ordem jurídica, destinado a estabelecer uma
regulamentação de natureza patrimonial.
A formação do contrato foi marcado por duas
fases distintas: proposta e aceitação. Antes porém, há
um momento que é costumeiramente chamado de
negociações preliminares. É assinalado por
conversações prévias, sondagens e estudos sobre
interesse dos possíveis contraentes.
6.1. Proposta: Conceito e Direito de Retratação
Proposta: (ou oferta) é uma declaração de
vontade dirigida por uma pessoa a outra, por força da
qual a primeira (denominada proponente) manifesta sua
intenção de se considerar vinculada, no caso da outra
(chamada destinatária ou oblato) aceitá-la.
A proposta, normalmente, tem força vinculante,
subsistindo mesmo com a morte ou incapacidade do
proponente. Não podendo, portanto, por certo tempo ser
revogada, sob pena de gerar perdas e danos.
6.2. Aceitação: Conceito e Direito de Retratação
Aceitação: é a manifestação da vontade,
expressa ou tácita por parte do destinatário de uma
proposta, aderindo a esta, em todos os seus termos.
Salvo nos contratos solenes (como, por
exemplo, nos de compra e venda de imóveis), não exige
à obediência a forma determinada, podendo, pois, ser
expressa ou tácita.
Deve, entretanto ser, oportuna, conclusiva e
coerente. Deve ainda corresponder a uma adesão
integral à oferta.
Nos contratos entre presentes, a proposta
poderá ou não estipular prazo para aceitação. Se não
contiver prazo, a aceitação deverá ser manifestada
imediatamente; se houver deverá ser pronunciada no
prazo concedido.
195
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Nos contratos dos ausentes, se houver prazo,
deverá ser observado.
Retratação: Assim como ocorre com a proposta,
também é admitido o arrependimento do aceitante. Faz-
se necessário, contudo, que a retratação chegue ao
ofertante antes da notícia da aceitação ou
conjuntamente com ele.
6.3. Normas e Interpretação
Como todo negócio jurídico, o contrato decorre
de manifestação de vontade dos contratantes e visa
realizar certo objetivo. E sua interpretação costuma
oferecer maior dificuldade do que a interpretação da
própria lei.
Por ser a interpretação uma atividade difícil,
requer saber, prudência e, principalmente, bom senso.
6.4. Extinção da Relação Contratual
Os contratos nascem do nútuo consenso, sofrem
as vicissitudes de sua carreira e, um dia, morrem, isto é,
terminam. Se esse término se der com a execução pelas
partes de todas as cláusulas do contrato, temos, então, o
que se chama de extinção normal da obrigação.
Há casos, porém, que o contrato se extingue por
motivos anteriores ou contemporâneos à sua formação.
Tais como os casos de nulidade, implemento de
condição resolutiva e exercício do direito de
arrependimento.
Nulidade – é uma sanção por meio da qual a
ele priva de efeitos jurídicos o contrato celebrado contra
os preceitos disciplinadores dos pressupostos de
validade do negócio jurídico. Poderá ser absoluta ou
relativa.
Nulidade absoluta é sanção por transgressão
de preceitos de ordem pública operando de pleno
direito. De sorte que o contrato não poderá ser
confirmado, assim como não convalescerá pelo decurso
de tempo e não produzirá efeitos, desde a sua formação.
Nulidade relativa (ou anulabilidade) é uma
sanção. Mas só pode ser pleiteada pela pessoa a quem
se aproveitar. Dirige-se contra os contratos celebrados
por pessoas relativamente incapazes ou por aquelas cujo
consentimento se deu por erro, dolo, coação ou
simulação.
Condição resolutiva – pode ser tática ou
expressa.
A condição resolutiva tácita está subentendida
em todos os contratos bilaterais, para o caso de um dos
contratantes não cumprir sua obrigação. Por presunção
legal, o lesado pelo inadimplemento pode requerer, se
lhe convier, a rescisão do ajuste, com perdas e danos.
A condição resolutiva tácita requer
interpretação judicial.
Já a condição resolutiva expressa independe de
interpretação judicial. Uma vez convencionada,
verificada a inadimplência, o contrato rescinde-se
automaticamente, autorizando-se a ação de indenização
por perdas e danos.
Direito de arrependimento – pode ser previsto
no próprio contrato, cominando-se à parte arrependida
uma pena de multa penitencial. Poderá ser exercido
dentro do prazo convencionado ou se não houver
estipulação a respeito, antes da execução do contrato,
uma vez que o seu adimplemento importará em
renúncia tácita àquele direito.
O direito de arrependimento poderá, também,
decorrer da lei, como acontece na hipótese do art. 1088
do Código Civil, que diz: “quando o instrumento
público for exigido como prova do contrato, qualquer
das partes pode arrepender-se, antes de o assinar,
196
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Técnico em Transações Imobiliárias
ressarcindo à outra as perdas e danos resultantes do
arrependimento, sem prejuízo do estatuído nos arts.
1095 a 1097.”
VII - DIREITO COMERCIAL/EMPRESARIAL
O Direito Comercial antigamente (antes da
revogação da Parte Primeira do Código Comercial)
tinha como objeto de estudo o comerciante, ou seja, a
pessoa física ou jurídica que praticasse atos de
comércio.
Hoje, de acordo com a nova redação dada pelo
Novo Código Civil, em seu Livro II (Do Direito de
Empresa – arts. 966 a 980), o direito comercial tem
como objeto o estudo do empresário, ou seja, toda
pessoa física ou jurídica que exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens ou de serviços.
7.1. Definição de Empresário
Empresário é toda pessoa física que exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para
a produção ou circulação de bens ou de serviços (artigo
966 do Código Civil).
Mas não basta que exerça profissionalmente
uma atividade, para ser considerado empresário:
É necessário, ainda, que esta atividade seja
“econômica". Ou seja, a atividade deve visar ao lucro.
O parágrafo único do artigo 966 do Novo
Código Civil dispõe:
Não se considera empresário quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão
constituir elemento de empresa.
Somente poderá exercer atividade de
empresário os que forem absolutamente capazes
(estiverem em pleno gozo da capacidade civil) e não
forem impedidos por lei (legalmente impedidos). (vide
artigo 972 do Código Civil)
São impedidos, por lei, de exercer atos
empresariais (atividade empresarial):
a. o falido que não tiver se reabilitado (proibido
pela Lei de Falências);
b. os condenados pela prática de crimes cuja
pena vede o acesso à atividade empresarial (proibição
feita pelo artigo 35, inciso II da Lei 8.934/1994);
c. o leiloeiro (proibido pelo artigo 3º, inciso VI,
IN-DNRC nº83/1999);
d. os agentes públicos (antigamente chamados
de funcionários públicos, são proibidos pelo artigo 117,
inciso X, da Lei 8.112/1990 de exercer atividade
empresarial de forma direta, ou seja, não podem ser
sócios ou acionistas majoritários e não pode ocupar
cargo de administração. Portanto, o agente público
poderá ser sócio minoritário, acionista minoritário etc.;
e. os estrangeiros ou sociedades não sediadas
no Brasil ou não constituídas segundo nossas leis
(proibição disposta nos artigos 1.123 e 1.141 do Código
Civil);
f. os devedores do INSS (artigo 95, § 2º, alínea
d, da Lei 8.212/91).
Preenchidos todos os requisitos necessários
para que possa exercer atividade empresarial
regularmente, o empresário, antes de iniciá-la, deve,
obrigatoriamente, se inscrever no Registro Público de
Empresas Mercantis denominado de Junta Comercial
(artigo 967 do Código Civil).
Observe também que o empresário rural - de
pequeno, médio ou grande porte - e o pequeno
197
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
empresário terão tratamento favorecido, diferenciado e
simplificado, quanto à inscrição no Registro Público de
Empresas Mercantis (artigos 970 e 971 do Código
Civil).
7.2. Da Empresa e do Nome Empresarial
Empresa consiste na pessoa jurídica que exerce
profissionalmente atividade econômica organizada, com
a finalidade de produção ou circulação de bens e
serviços. Nome empresarial, como a própria palavra
diz, é o nome adotado para o exercício de atos de
empresa (artigos 1.155 ao 1.168 do Código Civil).
O elemento fantasia é a designação do objeto
social da empresa; é o gênero da atividade da empresa.
7.3. Classificação das Sociedades Empresárias
Sociedades empresárias são aquelas instituídas
por pessoas que celebram contrato de sociedade a fim
de se obrigarem, reciprocamente, a contribuírem com
bens ou serviços para o exercício de atividade
econômica e a partilharem, entre si, dos resultados
(artigo 981 do Código Civil).
Importante!
As sociedades empresárias distinguem-se
das associações, pois estas são constituídas por
várias pessoas que se organizam para atividades
sem fins econômicos. Enquanto as primeiras
devem, obrigatoriamente, exercer atividade
econômica.
O Código Civil dividiu os tipos de sociedade
em sociedades empresárias e sociedades não
empresárias.
As sociedades empresárias são as que exercem
atividades típicas de empresário.
Em contrapartida, as sociedades não
empresárias são as que não exercem atividades de
empresário e registram os seus atos constitutivos no
Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
VIII - DIREITO DO TRABALHO
Compete a Justiça do Trabalho julgar e
conciliar as ações oriundas da relação de trabalho.
É importante que você saiba diferenciar a
denominada relação de emprego da relação de
trabalho.
Relação de trabalho é o gênero no qual a
relação de emprego é uma de suas espécies.
Se a relação de trabalho é gênero, significa que
é muito mais abrangente que a relação de emprego.
Portanto, é correto dizermos que a relação de emprego é
uma relação de trabalho, mas não podemos dizer o
inverso; porque a relação de emprego é muito mais
específica.
Em síntese, podemos então definir o direito do
trabalho como:
O conjunto de normas, princípios,
julgados e costumes que tem como base
(objeto de estudo) as relações de
trabalho. E como essas são mais abrangentes que a
relação de emprego, houve uma ampliação na
definição e no alcance do direito do trabalho.
8.1. Natureza Jurídica do Direito do Trabalho
Como diz o professor Nascimento (2005, p.83),
“Determinar a natureza de um ramo do direito é
encontrar o gênero próximo a que ele pertence (...)”.
198
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Assim, as teorias criadas a fim de estabelecerem
a qual classificação pertence o Direito do Trabalho, são
as seguintes, conforme mostra o quadro abaixo:
Classificação do
Direito do
Trabalho
Conceito
Teoria do Direito
Público Interno
O direito do trabalho,
segundo esta teoria, faz parte
do direito público em razão do
caráter imperativo de suas
normas e pelo fato do
trabalhador não poder
renunciar seus direitos
trabalhalistas.
Teoria do Direito
Privado Interno
Os adeptos desta teoria
entendem que o direito do
trabalho é privado, posto que
o contrato de trabalho envolve
particulares - empregado e
empregador - e as suas regras
são, preponderantemente, de
ordem privada. Esta corrente é
a majoritária. (MARTINS,
2001,p.52-55;
NASCIMENTO, 2005, p.83-
87)
Teoria do Direito
Social
Para esta teoria o direito do
trabalho não é público e nem
privado, mas, sim, social
porque é destinado a amparar
os hipossuficientes.
Teoria do Direito
Misto
O direito do trabalho é uma
“mistura” do direito público
com o privado, aqui, entende-
se que aquele pertence tanto
ao direito público como ao
privado, já que possui normas
de caráter público e privado.
Teoria do Direito
Unitário
Segundo esta, o direito do
trabalho é o resultado da fusão
entre o direito público e o
privado, criando-se um
terceiro gênero. Diferencia-se
do misto em razão de neste
não haver fusão do direito
público com o privado, mas
apenas a junção,
permanecendo a identidade
inicial de cada gênero sem
criar um terceiro.
8.2. Conceito de empregado
O artigo 3º da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) define empregado como toda pessoa
física que presta serviços de natureza habitual (não
eventual) a empregador, sob dependência deste e
mediante salário.
Portanto, será considerado empregado:
199
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
- Toda pessoa física ou natural – é o ser
humano considerado como sujeito de direitos e deveres.
O empregado não pode ser pessoa jurídica;
- Que presta serviços pessoalmente – de
acordo com o princípio da pessoalidade o empregado é
insubstituível, ou seja, não pode pedir que seu vizinho,
por exemplo, execute seu serviço, pois ele é quem deve
realizar o serviço estipulado no contrato de trabalho;
- Que presta serviço habitualmente - presta
serviços de forma não esporádica, ou seja, presta
serviços de natureza contínua para o mesmo
empregador;
Que dependente do
empregador/subordinado ao empregador – O
empregado é dirigido pelo empregador, devendo aquele
obedecer e cumprir as ordens dadas por este. Não pode,
dessa forma, o empregado não ser dirigido por
empregador porque, nesse caso, restará evidenciada a
sua condição de autônomo/trabalhador não
subordinado;
- Que recebe salário/remuneração - para
configurar a relação de emprego o empregado deve
receber, do empregado, remuneração pelo serviço
prestado.
Veja, então, que para considerarmos
qualquer indivíduo como empregado
devemos verificar se todos os requisitos
acima citados estão presentes, pois se faltar algum
não há que se falar em relação de emprego e, por
conseguinte, de empregado.
8.3. Conceito de empregador
O artigo 2º da Consolidação das Leis do
Trabalho define empregador da seguinte forma:
“Considera-se empregador a empresa - individual ou
coletiva - que assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação
pessoal de serviços”.
Portanto, empregador é:
- Toda empresa individual ou coletiva – o
empregador pode ser tanto pessoa física como pessoa
jurídica;
- Que assume os riscos da atividade
econômica – o empregador assume os riscos do
empreendimento, sendo assim, ele que corre o risco
pelo sucesso (quando há lucro) ou fracasso (quando há
prejuízo) do negócio;
- Que admite – a palavra admite, aqui, tem
sentido de contratar e estabelecer as condições do
contrato de trabalho, relação de emprego (cargo/função,
horário, remuneração, local de trabalho etc.). Na
Carteira de Trabalho e Previdência Social (C.T.P.S.)
encontramos os termos “data de admissão” (refere-se à
data em que o empregado é contratado) e “data de
saída” (data em que o empregado é dispensado pelo
empregador ou pede demissão);
- Que dirige – a palavra dirige está relacionada
com o poder de direção (estabelecer quais as funções do
empregado), de fiscalização (o empregador dá ordens e
verifica o desempenho do empregado) e de disciplina
(aplicação de penalidades: advertências, suspensão e
dispensa por justa causa etc.) do empregador;
- Que assalaria – o empregador é obrigado a
pagar remuneração ao empregado, pois se a prestação
de serviço deste for gratuita não existe relação de
emprego.
8.4. Contrato de Trabalho Individual
Contrato de trabalho é o ajuste de vontades
200
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
entre empregado e empregador sobre a relação de
emprego (leia o artigo 442 da C.L.T.)
O contrato de trabalho será individual
quando realizado entre o empregador e um único
empregado.
Tal acordo de vontades poderá ser feito de
forma tácita ou expressa e, ainda, de forma oral ou
escrita. Quando realizado implicitamente, ou seja, os
direitos e obrigações forem determinados pela
seqüência de fatos e pela conduta das partes,
independentemente de haver registro expresso, o
contrato de trabalho será caracterizado como tácito.
Já quando o acordo de vontades for realizado
explicitamente, ou seja, normalmente registrado de
forma escrita, embora também se admita a forma oral, o
contrato de trabalho será expresso.
O contrato de trabalho exige, ainda, para sua
validade agente capaz (empregador e empregado que
sejam absolutamente capazes) e objeto lícito (a
atividade a ser explorada pelo empregador não pode ser
proibida por Lei).
O contrato de trabalho pode ser por tempo
determinado ou por tempo indeterminado.
Será por tempo determinado quando for
estipulado prazo para o término do respectivo contrato.
8.5. Identificação Profissional
Consiste em direito do empregado e dever do
empregador fazer a identificação profissional daquele
por intermédio da Carteira de Trabalho e Previdência
Social.
Em regra, empregador tem o prazo de quarenta
e oito horas para anotar e devolver a Carteira de
Trabalho e Previdência Social. Mas, em locais que não
possuem órgão que emita a carteira (Delegacias
Regionais do Trabalho; órgãos federais, estaduais e
municipais da administração direta ou indireta ou
sindicatos), o empregador fica isento desta obrigação
por trinta dias. Contudo, o empregador tem a obrigação
de permitir o comparecimento do empregado ao posto
de emissão mais próximo.
8.6. Duração do Trabalho
A duração normal do trabalho compreende a
jornada de oito horas diárias e quarenta e quatro horas
semanais (inciso XIII do artigo 7º da Constituição, e
artigo 58 da C.L.T.), exceto nos casos em que a Lei
expressamente excluiu (exemplo: bancários,
professores, menores de idade, domésticos, médicos
etc.).
Veja, a jornada de trabalho ordinária (comum,
normal) não pode ser superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais e, sendo assim, as horas que
ultrapassarem essa jornada serão consideradas
extraordinárias (hora extra).
Todavia, as horas suplementares (“horas
extras”) acrescidas à jornada normal de trabalho não
poderão ser superior a duas horas. Ressaltamos, ainda,
que as horas extras deverão ser acordadas, entre
empregador e empregado, por escrito, por acordo
coletivo de trabalho ou por contrato coletivo de
trabalho.
O valor a ser pago, pelo empregador ao
empregado, a título de horas suplementares deverá ser,
no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) superior ao valor
pago pela hora normal. Dessa forma, o empregado
receberá o valor da hora normal de trabalho acrescido
do valor equivalente às horas extras.
Acerca da duração do trabalho podemos dizer,
201
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
ainda, que o empregado tem direito ao descanso
semanal remunerado de vinte e quatro horas, que deverá
ocorrer aos domingos, salvo por motivo de
conveniência pública ou necessidade imperiosa de
trabalho. (veja o Artigo 67 e 68 da C.L.T.)
No que concerne ao intervalo para repouso e/ou
alimentação a C.L.T., em seu artigo 71, determinou ser
obrigatória a sua concessão para os trabalhos contínuos,
cuja duração exceda quatro horas.
O intervalo para repouso e/ou alimentação,
neste caso, deverá ser de, no mínimo, quinze minutos.
Ao passo que se o trabalho contínuo exceder seis horas,
o intervalo deverá ser de, no mínimo, uma hora e, no
máximo, duas horas, salvo acordo escrito ou contrato
coletivo em contrário. (Artigo 71 da C.L.T.)
Por fim, é importante falar sobre o trabalho
noturno que, por previsão constitucional, deve ter
remuneração superior ao diurno. (Inciso IX do Artigo 7º
da Constituição Federal).
Em virtude desta previsão constitucional, a
Consolidação das Leis do Trabalho estabeleceu o
adicional de, no mínimo, 20% (vinte por cento) sobre a
hora diurna.
8.7. Férias Anuais
O empregado que tiver trabalhado doze meses
para o mesmo empregador terá direito a férias
remuneradas de 30 dias corridos, quando não tiver
faltado, injustificadamente, ao serviço mais de cinco
vezes. (leia o Artigo 130 da C.L.T.)
Depois que o empregado adquire o direito à
férias, surge, para o empregador, o dever em conceder
essas férias. Esse dever é chamado de período
concessivo, porque o empregador deverá conceder ao
empregado o seu direito à férias, dentro do período de
12 meses subseqüente ao período aquisitivo.
Importante!
As férias dos empregados domésticos são de 20 dias
úteis e não de 30 dias corridos.
8.8. Remuneração x Salário
O termo remuneração pode ser definido como a
soma de salário com gorjetas. Ou seja, o resultado da
soma salário mais gorjetas é a remuneração.
Salário:É a prestação em dinheiro que é paga
diretamente pelo empregador ao empregado pela
prestação de serviços.
Gorjeta: É a prestação em dinheiro paga por
terceiros (clientes) ao empregado, em razão do
contrato de trabalho. Ou seja, o empregado recebe
gorjetas porque trabalha naquele estabelecimento.
O cliente pode pagar gorjeta ao empregado de
duas formas: espontaneamente ou em razão da cobrança
daquela na nota fiscal.
8.9. Extinção do Contrato de Trabalho
A extinção do contrato de trabalho pode ocorrer
por vontade bilateral ou unilateral das partes
(empregador ou empregado) ou por fato alheio à
vontade das partes.
Sendo assim, o contrato de trabalho poderá
cessar exclusivamente pela vontade do empregador
(vontade unilateral); exclusivamente pela vontade do
empregado (vontade unilateral); pela vontade de ambos
(vontade bilateral, ambos decidem cessar,
espontaneamente, o contrato de trabalho); por fato
alheio à vontade das partes.
O contrato de trabalho cessará pela vontade
exclusiva do empregador nos seguintes casos:
202
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
a. Dispensa do empregado sem justa causa
(Artigo 477 da C.L.T.) – aqui o empregador despede o
empregado sem motivo algum, não há um motivo justo
para que este seja dispensado. Por isso, o empregador é
obrigado a pagar uma indenização ao empregado que
realizou contrato de trabalho por tempo indeterminado.
b. Dispensa do empregado com justa causa
(Artigos 482 e 508 da C.L.T.) – o empregado é
“mandado embora” porque fez ou deixou de fazer
alguma coisa que autoriza o empregador à “mandá-lo
embora”. A justa causa é o motivo justo, prevista em
lei, que autoriza o empregador a dispensar o empregado
sem ter de indenizá-lo e de pré avisá-lo (aviso prévio).
Pela vontade exclusiva do empregado, o
contrato de trabalho cessará:
a. Pelo pedido de demissão - o pedido de
demissão é a comunicação que o empregado faz ao
empregador de que não irá mais trabalhar para este. Tal
pedido não precisa ser aceito pelo empregador, mas o
empregado deve avisá-lo com a antecedência mínima
de 30 dias e cumprir o aviso prévio.
b. Pela rescisão indireta – diz-se rescisão
indireta porque o empregado somente rescinde o
contrato de trabalho em razão da justa causa praticada
pelo empregador. Assim, o empregado é indiretamente
forçado pelo empregador a pedir sua demissão -
quando, por exemplo, o empregador ordena que o
empregado realize serviços superiores à sua força física
ou intelectual. (veja Artigo 483 da C.L.T.)
c. Pela aposentadoria espontânea - ocorre
quando o empregado requer junto ao Órgão de
Previdência Social em que for filiado sua aposentadoria
por tempo de contribuição ou por idade.
Por fim, podemos dizer que o contrato de
trabalho cessará por desaparecimento de uma das
partes quando:
a. O empregado morrer – morrendo o
empregado não há como a relação de emprego persistir,
já que falta o elemento pessoalidade (o serviço prestado
pelo empregado não pode ser substituído por seu pai,
por exemplo, em razão da pessoalidade).
b. O empregador morrer – morrendo o
empregador, o empregado será dispensado somente se a
empresa não continuar com o negócio (o empregado
tem a opção de escolher se quer continuar trabalhando).
Mas se o empregador não possuía empresa ou era
empresário individual, o empregado será dispensado.
c. A empresa for extinta – “Na extinção da
empresa ou de uma de suas filiais, o
empregado fará jus a todos os direitos
previstos na legislação, pois não foi ele quem
deu causa à cessação do contrato de
trabalho”. (MARTINS, 2001, p.343)
IX – LEGISLAÇÃO – COFECI
DECRETO Nº 81.871, DE 29 DE JUNHO DE 1978.
Publicado no D.O.U. 30.6.1978
Regulamenta a Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978,
que dá nova regulamentação à profissão de Corretor
de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus órgãos
de fiscalização e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da
atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da
Constituição, e tendo em vista o artigo 24 da Lei nº
6.530, de 12 de maio de 1978,
DECRETA:
203
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Art 1º O exercício da profissão de Corretor de Imóveis,
em todo o território nacional somente será permitido:
I - ao possuidor do título de Técnico em Transações
Imobiliárias, inscrito no Conselho Regional de
Corretores de Imóveís da jurisdição; ou
II - ao Corretor de Imóveis inscrito nos termos da Lei nº
4.116, de 27 de agosto de 1962, desde que requeira a
Revalidação da sua inscrição.
Art 2º Compete ao Corretor de Imóveis exercer a
intermediação na compra, venda, permuta e locação de
imóveis e opinar quanto à comercialização imobiliária.
Art 3º As atribuições constantes do artigo anterior
poderão, também, ser exercidas por pessoa jurídica,
devidamente inscrita no Conselho Regional de
Corretores de Imóveis da Jurisdição.
Parágrafo único. O atendimento ao público interessado
na compra, venda, permuta ou locação de imóvel, cuja
transação esteja sendo patrocinada por pessoa jurídica,
somente poderá ser feito por Corretor de Imóveis
inscrito no Conselho Regional da jurisdição.
Art 4º O número da inscrição do Corretor de Imóveis ou
da pessoa jurídica constará obrigatoriamente de toda
propaganda, bem como de qualquer impresso relativo à
atividade profissional.
Art 5º Somente poderá anunciar publicamente o
Corretor de Imóveis, pessoa física ou jurídica, que tiver
contrato escrito de mediação ou autorização escrita para
alienação do imóvel anunciado.
Art 6º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais
são órgãos de disciplina e fiscalização do exercício da
profissão de Corretor de Imóveis, constituídos em
autarquias, dotada de personalidade jurídica de direito
público, vinculada ao Ministério do Trabalho, com
autonomia administrativa, operacional e financeira.
Art 7º O Conselho Federal de Corretores de Imóveis
tem por finalidade orientar, supervisionar e disciplinar o
exercício da profissão de Corretor de Imóveis em todo o
Território nacional.
Art 8º O Conselho Federal terá sede e foro na Capital
da República e jurisdição em todo o território nacional.
Art 9º O Conselho Federal será composto por 2 (dois)
representantes, efetivos e suplentes, de cada Conselho
Regional, eleitos dentre os seus membros.
Parágrafo único. O mandato dos membros a que se
refere este artigo será de 3 (três) anos.
Art 10. Compete ao Conselho Federal:
I - eleger sua Diretoria;
II - elaborar e alterar seu Regimento;
III - exercer função normativa, baixar Resoluções e
adotar providências indispensáveis à realização dos
objetivos institucionais;
IV - instituir o modelo das Carteiras de Identidade
Profissional e dos Certificados de Inscrição;
V - autorizar a sua Diretoria a adquirir e onerar bens
imóveis;
VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de
sua Diretoria, bem como elaborar a previsão
orçamentária para o exercício seguinte;
VII - criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-
regiões, fixando-lhes a sede e jurisdição;
VIII - baixar normas de ética profissional;
IX - elaborar contrato padrão para os serviços de
corretagem de imóveis, de observância obrigatória
pelos inscritos;
X - fixar as multas, anuidades e emolumentos devidos
aos Conselhos Regionais;
XI - decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos
Regionais;
XII - julgar os recursos das decisões dos Conselhos
204
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Regionais;
XIII - elaborar o Regimento padrão dos Conselhos
Regionais;
XIV - homologar o Regimento dos Conselhos
Regionais;
XV - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas
dos Conselhos Regionais;
XVI - credenciar representante junto aos Conselhos
Regionais, para verificação de irregularidades e
pendências acaso existentes;
XVII - intervir, temporariamente nos Conselhos
Regionais, nomeando Diretoria provisória, até que seja
regularizada a situação ou, se isso não acorrer, até o
término do mandato:
a) se comprovada irregularidade na administração;
b) se tiver havido atraso injustificado no recolhimento
das contribuições;
XVIII - destituir Diretor do Conselho Regional, por ato
de improbidade no exercício de suas funções;
XIX - promover diligências, inquéritos ou verificações
sobre o funcionamento dos Conselhos Regionais e
adotar medidas para sua eficiência e regularidade;
XX - deliberar sobre os casos omissos;
XXI - representar em juízo ou fora dele, em todo
território nacional, os legítimos interessados da
categoria profissional.
Art 11. O Conselho Federal se reunirá com a presença
mínima de metade mais de um de seus membros.
Art 12. Constituem receitas do Conselho Federal:
I - a percentagem de 20% (vinte por cento) sobre as
anuidades e emolumentos arrecadados pelos Conselhos
Regionais;
II - a renda patrimonial;
III - as contribuições voluntárias;
IV - as subvenções e dotações orçamentárias.
Art 13. Os Conselhos Regionais de Corretor de Imóveis
têm por finalidade fiscalizar o exercício profissional na
área de sua jurisdição, sob supervisão do Conselho
Federal.
Art 14. Os Conselhos Regionais terão sede e foro na
Capital do Estado, ou de um dos Estados ou Territórios,
a critério do Conselho Federal.
Art 15. Os Conselhos Regionais serão compostos por
27 (vinte e sete) membros, efetivos e suplentes, eleitos
2/3 (dois terços) por votação secreta em Assembléia
Geral especialmente convocada para esse fim, e 1/3 (um
terço) integrado por representantes dos Sindicatos de
Corretores de Imóveis que funcionarem regularmente
na jurisdição do Conselho Regional.
Parágrafo único. O mandato dos membros a que se
refere esse artigo será de 3 (três) anos.
Art 16. Compete ao Conselho Regional:
I - eleger sua Diretoria;
II - aprovar seu Regimento, de acordo com o Regimento
padrão elaborado pelo Conselho Federal;
III - fiscalizar o exercício profissional na área de sua
jurisdição;
IV - cumprir e fazer cumprir as Resoluções do
Conselho Federal;
V - arrecadar anuidades, multas e emolumentos e adotar
todas as medidas destinadas à efetivação da sua receita
e a do Conselho Federal;
VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de
sua Diretoria, bem como a previsão orçamentária para o
exercício seguinte, submetendo essa matéria à
consideração do Conselho.Federal;
VII - propor a criação de Sub-regiões, em divisões
territoriais que tenham um número mínimo de
Corretores de Imóveis, fixado pela Conselho Federal;
VIII - homologar, obedecidas as peculiaridades locais,
205
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
tabelas de preços de serviços de corretagem para uso
dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelo sindicatos
respectivos;
IX - decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretores
de Imóveis e de pessoas jurídicas;
X - organizar e manter o registro profissional das
pessoas físicas e jurídicas inscritas;
XI - expedir Carteiras de Identidade Profissional e
Certificados de Inscrição;
XII - impor as sanções previstas neste regulamento;
XIII - baixar Resoluções, no âmbito de sua
competência;
XIV - representar em juízo ou fora dele, na área de sua
jurisdição, os legítimos interesses da categoria
profissional;
XV - eleger, dentre seus membros, representantes,
efetivos e suplentes, que comporão o Conselho Federal;
XVI - promover, perante o juízo competente, a
cobrança das importâncias correspondentes à anuidade,
multas e emolumentos, esgostados os meios de
cobrança amigável.
Art 17. O Conselho Regional se reunirá com a presença
mínima de metade mais um de seus membros.
Art 18. Constituem receitas de cada Conselho Regional:
I - 80% (oitenta por cento) das anuidades e
emolumentos;
II - as multas;
III - a renda patrimonial;
IV - as contribuições voluntárias;
V - as subvenções e dotações orçamentárias.
Art 19. 2/3 (dois terços) dos membros dos Conselhos
Regionais, efetivos e respectivos suplentes, serão eleitos
pelo sistema de voto pessoal, secreto e obrigatório dos
profissionais inscritos, nos termos em que dispuser o
Regimento dos Conselhos Regionais, considerando-se
eleitos efetivos os 18 (dezoitos) mais votados e
suplentes os seguintes.
Parágrafo único. Aplicar-se-á ao profissional inscrito
que deixar de votar sem causa justificada, multa em
importância correspondente ao valor da anuidade.
Art 20. 1/3 (um terço) dos membros dos Conselhos
Regionais efetivos e respectivos suplentes, serão
indicados pelos Sindicatos de Corretores de Imóveis,
dentre seus associados, diretores ou não.
§ 1º Caso haja mais de um Sindicato com base
territorial na jurisdição de cada Conselho Regional, o
número de representantes de cada Sindicato será fixado
pelo Conselho Federal.
§ 2º Caso não haja Sindicato com base territorial na
jurisdição do Conselho Regional, 1/3 (um terço) dos
membros que seria destinado a indicação pelo
Sindicato, será eleito na forma do artigo anterior.
§ 3º Caso o Sindicato ou os Sindicatos da Categoria,
com base territorial na jurisdição de cada Conselho
Regional, não indiquem seus representantes, no prazo
estabelecido em Resolução do Conselho Federal, o
terço destinado à indicação pelo Sindicato, será eleito,
na forma do artigo anterior.
Art 21. O exercício do mandato de membro do
Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de
Corretor de Imóveis, assim como a respectiva eleição,
mesmo na condição de suplente, ficarão subordinados
ao preenchimento dos seguintes requisitos mínimos:
I - inscrição na jurisdição do Conselho Regional
respectivo ha mais de 2 (dois) anos;
II - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e
políticos;
III - inexistência de condenação a pena superior a 2
(dois) anos, em virtude de sentença transitada em
julgado.
206
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Art 22. A extinção ou perda de mandato de membro do
Conselho Federal e dos Conselhos Regionais ocorrerá:
I - por renúncia;
II - por superveniência de causa de que resulte o
cancelamento da inscrição;
III - por condenação à pena superior a 2 (dois) anos, em
virtude de sentença transitada em julgado.
IV - por destituição de cargo, função ou emprego,
relacionada à prática de ato de improbidade na
administração pública ou privada, em virtude de
sentença transitada em julgado;
V - por ausência, sem motivo justificado, a 3 (três)
sessões consecutivas ou 6 (seis) intercaladas em cada
ano.
Art 23. Os membros dos Conselhos Federal e Regionais
poderão ser licenciados, por deliberação do plenário.
Parágrafo único. Concedida a licença de que trata este
artigo caberá ao Presidente do Conselho convocar o
respectivo suplente.
Art 24. Os Conselhos Federal e Regionais terão cada
um, como órgão deliberativo o Plenário, constituído
pelos seus membros, e como órgão administrativo a
Diretoria e os que forem criados para a execução dos
serviços técnicos ou especializados indispensáveis ao
Cumprimento de suas atribuições.
Art. 25. As Diretorias dos Conselhos Federal e
Regionais serão compostas de um Presidente, dois
Vice-Presidentes, dois Secretários e dois Tesoureiros,
eleitos pelo Plenário, dentre seus membros, na primeira
Reunião ordinária.
Art. 26. A estrutura dos Conselhos Federal e Regionais
e as atribuições da Diretoria e dos demais órgãos serão
fixados no Regimento de cada Conselho.
Art 27. Junto aos Conselhos Federal e Regionais
funcionará um Conselho Fiscal composto de três
membros, efetivos e suplentes, eleitos dentre os seus
membros.
Art 28. A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa
jurídica será efetuada no Conselho Regional da
jurisdição, de acordo com a Resolução do Conselho
Federal de Corretores de Imóveis.
Art 29. As pessoas jurídicas inscritas no Conselho
Regional de Corretores de Imóveis sujeitam-se aos
mesmos deveres e têm os mesmos direitos das pessoas
físicas nele inscritas.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas a que se refere
este artigo deverão ter como sócio-gerente ou diretor
um Corretor de Imóveis individualmente inscrito.
Art 30. O exercício simultâneo, temporário ou
definitivo da profissão em área de jurisdição diversa da
do Conselho Regional onde foi efetuada a inscrição
originária do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica,
fica condicionado à inscrição e averbação profissional
nos Conselhos Regionais que jurisdicionam as áreas em
que exercerem as atividades.
Art 31. Ao Corretor de Imóveis inscrito será fornecida
Carteira de Identidade Profissional, numerada em cada
Conselho Regional, contendo, no mínimo, os seguintes
elementos:
I - nome por extenso do profissional;
II - filiação;
III - nacionalidade e naturalidade;
IV - data do nascimento;
V - número e data da inscrição;
VII - natureza da habilitação;
VI - natureza da inscrição;
VIII - denominação do Conselho Regional que efetuou
a inscrição;
IX - fotografia e impressão datiloscópica;
X - assinatura do profissional inscrito, do Presidente e
207
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
do Secretário do Conselho Regional.
Art 32. À pessoa jurídica inscrita será fornecido
Certificado de Inscrição, numerado em cada Conselho
Regional, contendo no mínimo, os seguintes elementos:
I - denominação da pessoa jurídica;
II - número e data da inscrição;
III - natureza da inscrição;
IV - nome do sócio-gerente ou diretor, inscrito no
Conselho Regional.
V - número e data da inscrição do sócio-gerente ou
diretor, no Conselho Regional;
VI - denominação do Conselho Regional que efetuou a
inscrição;
VII - assinatura do sócio-gerente ou diretor, do
Presidente e do Secretário do Conselho Regional.
Art 33. As inscrições do Corretor de Imóveis e da
pessoa jurídica, o fornecimento de Carteira de
Identidade Profissional e de Certificado de Inscrição e
certidões, bem como o recebimento de petições, estão
sujeitos ao pagamento de anuidade e emolumentos
Fixados pelo conselho federal.
Art 34. O pagamento da anuidade ao Conselho
Regional constitui condição para o exercício da
profissão de Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica.
Art 35. A anuidade será paga até o último dia útil do
primeiro trimestre de cada ano, salvo a primeira, que
será devida no ato da inscrição do Corretor de Imóveis
Ou da pessoa jurídica.
Art 36. O pagamento da anuidade fora do prazo
sujeitará o devedor à multa fixada pelo Conselho
Federal.
Art 37. A multa aplicada ao Corretor de Imóveis ou
pessoa jurídica, como sanção disciplinar, será,
igualmente fixada pelo Conselho Federal.
Art 38. Constitui infração disciplinar da parte do
Corretor de Imóveis:
I - transgredir normas de ética profissional;
II - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe
forem confiados;
III - exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou
facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não
inscritos ou impedidos;
IV - anunciar publicamente proposta de transação a que
não esteja autorizado através de documento escrito;
V - fazer anúncio ou impresso relativo à atividade
profissional sem mencionar o número de inscrição;
VI - anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem
mencionar o número do registro do loteamento ou da
incorporação no Registro de Imóveis;
VII - violar o sigilo profissional;
VIII - negar aos interessados prestação de contas ou
recibo de quantia ou documento que lhe tenham sido
entregues a qualquer título;
IX - violar obrigação legal concernente ao exercício da
profissão;
X - praticar, no exercício da atividade profissional, ato
que a lei defina como crime de contravenção;
XI - deixar de pagar contribuição ao Conselho
Regional;
XII - promover ou facilitar a terceiros transações ilícitas
ou que por qualquer forma prejudiquem interesses de
terceiros;
XIII - recusar a apresentação de Carteira de Identidade
Profissional, quando couber.
Art 39. As sanções disciplinares consistem em:
I - advertência verbal;
II - censura;
III - multa;
IV - suspensão da inscrição, até 90 (noventa) dias;
V - cancelamento da inscrição, com apreensão da
208
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
carteira profissional;
§ 1º Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á
o Conselho pelas circunstâncias de cada caso, de modo
a considerar leve ou grave a falta.
§ 2º A reincidência na mesma falta determinará a
agravação da penalidade.
§ 3º A multa poderá ser acumulada com outra
penalidade e, na hipótese de reincidência, aplicar-se-á
em dobro.
§ 4º A pena de suspensão será anotada na Carteira de
Identidade Profissional do Corretor de Imóveis ou
responsável pela pessoa jurídica e se este não a
apresentar para que seja consignada a penalidade, o
Conselho Regional poderá convertê-la em
cancelamento da inscrição.
§ 5º As penas de advertência, censura e multa serão
comunicadas pelo Conselho Regional em ofício
reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do
profissional punido, senão em caso de reincidência.
Art 40. Da imposição de qualquer penalidade caberá
recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho Federal:
I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da
ciência da decisão;
II - ex - officio, nas hipóteses dos itens IV e V do artigo
anterior.
Art 41. As denúncias somente serão recebidas quando
assinadas, declinada a qualificação do denunciante e
acompanhada da indicação dos elementos
comprobatórios do alegado.
Art 42. A suspensão por falta de pagamento de
anuidades, emolumentos ou multas só cessará com a
satisfação da dívida, podendo ser cancelada a inscrição,
de acordo com critérios a serem fixados pelo Conselho
Federal.
Art 43. As instâncias recorridas poderão reconsiderar
suas próprias decisões.
Art 44. O Conselho Federal será última e definitiva
instância nos assuntos relacionados com a profissão e
seu exercício.
Art 45. Aos servidores dos Conselhos Federal e
Regionais de Corretores de Imóveis aplicam-se o
regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho.
Art 46. Em caso de intervenção em Conselho Regional,
cabe ao Conselho Federal baixar instruções sobre
cessação da intervenção ou realização de eleições, na
hipótese de término de mandato.
Art 47. O disposto no artigo 15 somente será observado
nas eleições para constituição dos Conselhos Regionais
após o término dos mandatos vigentes em 15 de maio
de 1978.
Art 48. Este Decreto entrará em vigor na data da sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, DF., em 29 de junho de 1978; 157º da
Independência e 90º da República.
ERNESTO GEISEL Arnaldo Prieto
209
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
X - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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212
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
Apostila de
Organizações e Técnicas Comerciais
213
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
SUMÁRIO
PÁG.
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 216
I - A ORGANIZAÇÃO HUMANA ............................................................................................................ 216
1.1. Noções gerais...................................................................................................................................... 216
1.2. As organizações como sistema.......................................................................................................... 216
1.2.1. Sistema-Técnico .................................................................................................................... 216
1.2.2. Sistema Sócio......................................................................................................................... 217
II - PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA.............................................................. 217
2.1. Planejar ............................................................................................................................................. 217
2.2. Organizar ........................................................................................................................................... 217
2.3. Coordenar .......................................................................................................................................... 217
2.4. Controlar............................................................................................................................................ 217
2.5. Elementos básicos no processo administrativo. .............................................................................. 218
2.5.1. Comunicação......................................................................................................................... 218
2.5.2. Liderança............................................................................................................................... 218
III – EMPRESA........................................................................................................................................... 218
3.1. Conceituação de empresas................................................................................................................ 218
3.2. As principais Interferências Externas ............................................................................................. 219
3.3. As principais Interferências Internas .............................................................................................. 219
IV - CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS............................................................................................... 219
4.1. Quanto ao objetivo ............................................................................................................................ 219
4.2. Quanto à forma.................................................................................................................................. 219
V - CONCENTRAÇÃO DE EMPRESAS ................................................................................................. 220
5.1. Concentração horizontal................................................................................................................... 220
5.2. Concentração vertical ou integral.................................................................................................... 220
5.3. Concentração de acordos.................................................................................................................. 220
5.4. Formas de concentração de empresas. ............................................................................................ 221
5.4.1. Concentração por ampliação............................................................................................... 221
5.4.2. Concentração por Integração .............................................................................................. 221
5.5. Tipos de Concentração...................................................................................................................... 221
5.5.1. Trustes ................................................................................................................................... 221
5.5.2. Cartéis.................................................................................................................................... 221
5.5.3. Monopólio.............................................................................................................................. 221
5.5.4. Polipólio ................................................................................................................................. 221
214
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
5.5.5. Corners, Rings e Pools .......................................................................................................... 221
5.5.6. Look-out, Greve, Dissídio, Dumpling. .................................................................................. 221
5.5.7. Holding................................................................................................................................... 221
5.5.8. Conglomerados ..................................................................................................................... 222
VI - FRAÇÃO DE DIRETRIZES NA EMPRESA................................................................................... 222
6.1. Planos – fins ....................................................................................................................................... 222
6.2. Planos meios....................................................................................................................................... 222
VII - DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE EMPRESA .............................................................................. 222
7.1. Tipos de departamentalização.......................................................................................................... 222
7.2. O Porquê da departamentalização................................................................................................... 223
7.3. Causas da departamentalização....................................................................................................... 223
7.4. Finalidade de uma organização e de suas unidades. ...................................................................... 223
7.5. Padrões de agrupamento .................................................................................................................. 223
7.5.1. Agrupamento por produto ou serviço................................................................................. 223
7.5.2. Agrupamento por localização.............................................................................................. 223
7.5.3. Agrupamento por período de tempo................................................................................... 224
7.5.4. Agrupamento por cliente ..................................................................................................... 224
7.5.5. Agrupamento por processo.................................................................................................. 224
7.5.6. Agrupamento por projeto................................................................................................. 225
7.6. Delegação............................................................................................................................................ 225
7.6.1. Conceito ................................................................................................................................. 225
7.6.2. Principios de Delegação........................................................................................................ 225
7.6.3. Técnicas de Delegação .......................................................................................................... 225
7.6.4. O modo certo de Delegar...................................................................................................... 226
VIII - ESTRUTURAS ORGANIZATIVAS E GRÁFICOS DE ORGANIZAÇÃO .............................. 227
8.1. Conceito ............................................................................................................................................. 226
8.2. Representação.................................................................................................................................... 227
8.3. Técnicas de montagem ...................................................................................................................... 227
8.3.1. Órgãos de linha ..................................................................................................................... 227
8.3.2. Órgãos de staff ................................................................................................................... 227
8.4. Processo prático para se projetar estruturas organizacionais ...................................................... 227
8.5. Tipos de estruturas............................................................................................................................ 227
8.5.1. Estrutura Linear................................................................................................................ 227
8.5.2. Organização Linha staff................................................................................................. 228
8.5.3. Organização ou Estrutura Colegiada ............................................................................ 229
215
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
8.5.4. Organização e Estrutura Funcional............................................................................... 229
8.5.5. Organização e Estrutura Divisional............................................................................... 229
8.5.6. Organização ou Estrutura com base em Função.......................................................... 230
8.5.7. Organização por Projeto................................................................................................. 230
8.5.8. Estrutura Matricial ......................................................................................................... 231
IX - TÉCNICA COMERCIAL................................................................................................................. 232
9.1. Conceito............................................................................................................................................ . 232
X - ORGANIZAÇÃO COMERCIAL...................................................................................................... 232
10.1. Estrutura do Comércio ................................................................................................................. 233
XI - PROPAGANDA E PUBLICIDADE ................................................................................................ 234
11.1. Conceito.......................................................................................................................................... 234
11.2. Divisão ............................................................................................................................................ . 234
11.3. Conhecimento e Marketing .......................................................................................................... 234
XII - EXPOSIÇÕES E FEIRAS............................................................................................................... . 234
XIII - SERVIÇOS AUXILIARES DO COMÉRCIO............................................................................. 235
13.1. Companhias de Seguros................................................................................................................ 235
13.1.1. Riscos ................................................................................................................................. 235
13.1.2. Seguros............................................................................................................................... 235
XIV - ESTABELECIMENTO FINANCEIRO ....................................................................................... 235
14.1. Banco Central do Brasil................................................................................................................ 235
14.2. Banco do Brasil.............................................................................................................................. 235
14.3. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES ........................................ 235
14.4. Banco de Investimentos................................................................................................................. 235
14.5. Fundos Mútuos de Investimentos ................................................................................................ 235
14.6. Companhias de Crédito, financiamento e investimento............................................................. 235
14.7. Sociedade distribuidoras e valores............................................................................................... 236
14.8. Bolsas .............................................................................................................................................. 236
14.9. Tipos de ações das S/AS. ............................................................................................................... 236
XV – BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 236
216
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
INTRODUÇÃO
Estamos felizes de tê-lo conosco e
ter acompanhado seu empenho até o
momento. Queremos relembrar que, o mundo está
sempre em evolução e exige atualizações constantes.
Esperamos e acreditamos que, através deste curso
você consiga alcançar e exercer seu profissionalismo
de forma eficaz, obtendo o reconhecimento do
mercado.
Neste módulo estaremos abordando temas
sobre a disciplina “Organizações e Técnicas
Comerciais”, para que você, prezado aluno, possa
obter conhecimentos necessários da área
administrativa e se tornar um Técnico em Transações
Imobiliárias.
I - A ORGANIZAÇÃO HUMANA
1.1 NOÇÕES GERAIS
Genericamente, organização significa a
ordenação, a organização das partes como um todo
através de um conjunto de normas pré estabelecidas.
Esse conceito abrange desde a iniciativa individual até a
sistematização de uma empresa de uma instituição que
serve aos interesses sociais, políticos e econômicos.
As organizações institucionais podem ser
divididas em níveis:
Primeiro nível: está ligado à designação
atribuída a qualquer grupo de pessoas que,
conscientemente, combinam seus esforços e outros
tipos de recursos para alcançar objetivos comuns e
socialmente úteis.
Segundo nível: está ligado à área
administrativa, em que o termo aplica-se à estruturação
dos recursos existentes e das operações da instituição.
Com relação ao sistema, pode se dizer que, é
um conjunto de partes ou órgãos interdependentes que
interagem entre si. Dessa forma, cada pessoa, um
grupo, um departamento dentro de uma organização,
uma empresa, uma comunidade, um país, todos são
sistemas, pois compõe-se de partes ou órgãos, que
devem funcionar coordenada e integralmente. A
organização/Empresa é considerada como um Sistema
“Sócio-Técnico” que está inter relacionados aos níveis
do sistema de organização.
Por meio da transação do indivíduo e da
empresa, da transação Sistema Humano e Sistema
Técnico, que resultam e dependem os resultados sob a
forma de produtos ou serviços, que se avaliam segundo
parâmetros de produção e produtividade, segundo
conceitos de eficiência e eficácia. Vendas, prestação de
serviços, lucro, retorno de investimentos, fluxo de
caixa, parcela de participação no mercado, satisfação do
público ou do consumidor, etc., tudo é função dos
fatores comportamentais, tudo é função da transação
dos empregados com a empresa em que trabalham.
Podemos dizer que: “Sistema” é um conjunto
de partes ou órgãos interdependentes que interagem
entre si’ Assim, uma pessoa, um grupo, um
departamento dentro de uma organização, uma empresa,
uma comunidade, um país, todos são sistemas, pois
compõe-se de partes ou órgãos, que devem funcionar
coordenada e integradamente.
1.2. As organizações como sistema
1.2.1. Sistema-Técnico
É constituído por um conjunto de instalações,
máquinas, equipamentos e procedimentos. Somente as
pessoas podem tornar a organização viva, fazendo
217
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
funcionar o sistema técnico. Desse “Sistema Técnico-
Administrativo” fazem parte os fatores: metas ou
objetivos, economia e finanças, estruturas formais de
organização, processos administrativos (previsões,
planejamento, organização, gerência, coordenação,
controle), cargos, tarefas, informações, políticas,
normas e diretrizes;
1.2.2. Sistema Sócio
Tem como constituinte as pessoas. Nele a
organização é uma rede de relações entre pessoas. Este
“Sistema Psicossocial” ou “Humano Comportamental”
inclui dimensões como necessidades, motivações,
valores, interesses, atitudes internas, percepções,
sentimentos e emoções, expectativas, reações pessoais,
moral, clima, estilos pessoais, comunicação,
organização informal, cultura (crenças, valores, normas
informais, etc).
É da transação do indivíduo e a empresa, da
transação Sistema Humano e Sistema Técnico, que
resultam e dependem os resultados sob a forma de
produtos ou serviços, que se avaliam segundo
parâmetros de produção e produtividade, segundo
conceitos de eficiência e eficácia. Vendas, prestação de
serviços, lucro, retorno de investimentos, fluxo de
caixa, parcela de participação no mercado, satisfação do
público ou do consumidor, etc - tudo é função dos
fatores comportamentais, tudo é função da transação
dos empregados com a empresa em que trabalham.
Agora, vamos dar continuidade aos nossos
estudos partindo do princípio de uma
organização. Bom estudo!
II - PRINCÍPIOS E ORGANIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA
Administração de uma empresa é baseada no
pré suposto de que aquele que a administra está apto a
desenvolver uma série de ações que leve a atingir um
objetivo.
O objetivo primordial de uma empresa é a
satisfação do cliente, razão de ser do empreendimento.
Para atingir o objetivo estabelecido para a
empresa devemos utilizar os recursos humanos,
materiais e financeiros numa ação ordenada das
chamadas funções administrativas: planejar, organizar,
coordenar e controlar.
2.1. Planejar
É ordenar os idéias, estabelecendo o objetivo da
empresa e fixando o tempo que levará para atingi-lo. E
quantificar e qualificar os recursos que serão utilizados
e fixar as metas antes do objetivo.
2.2. Organizar
É fundamentalmente arrumar o que se faz no
dia-a-dia, pois uma pessoa desarrumada com suas
coisas pessoais jamais conseguirá organizar o que quer
que seja, e transmitirá para a empresa o seu modo
pessoal de organização. A organização deve começar
pela própria pessoa.
2.3. Coordenar
Está ligada a motivar os recursos humanos a
agir de forma harmoniosa na utilização dos recursos
materiais e financeiros, em beneficio comum dos
objetivos da empresa. É o princípio pelo qual os
218
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
esforços individuais se convergem para o alcance dos
resultados pretendidos. Trata-se da união de esforços,
por meio da implementação de instrumentos e métodos
trabalho possíveis de realizar a conjunção harmoniosa
dos esforços, fazendo prevalecer o coletivo sobre a
ótica individual.
2.4. Controlar
É estabelecer padrões de avaliação, acompanhar
operação da empresa, coletando dados relativo ao
desempenho de cada setor, avaliando este desempenho
em relação aos padrões, fixando correções no
desempenho operacional dessa empresa.
2.5. Elementos Básicos no Processo Administrativo
2.5.1. Comunicação
Comunicação entre os seres humanos é uma das
coisas mais críticas que existe, especialmente na língua
portuguesa, em que nem sempre o que se pretende
comunicar é o que acaba sendo escrito.
Uma boa comunicação exige clareza, discrição
e uma linguagem no nível de quem recebe a
comunicação. Saber ouvir é importante. Quem recebe
uma comunicação e não consegue interpretá-la, não
pode dizer que sabe se comunicar,
2.5.2. Liderança
A liderança pode ser definida como a
habilidade que uma pessoa tem de exercer influência
interpessoal, utilizando os meios de comunicação que
leve as outras pessoas a se envolverem e participar do
processo operacional de uma empresa, empregando
toda a sua criatividade para atingir um determinado
objetivo.
Existe uma diferença entre liderança encarada
como um atributo pessoal, em que o indivíduo
influencia as pessoas por ter qualidades pessoais
reconhecidas por todos, e a liderança derivada de uma
função na empresa decorrente da atribuição de
autoridade de uma cadeia de comando.
O comportamento de um líder, voltado para o
planejamento, informação, avaliação de controle, além
do estímulo e recompensa deve auxiliar o grupo a
atingir seus objetivos.
Agora, você já conhece os princípios da
organização administrativa que tal dar um
passeio pela empresa?
III - EMPRESA
3. 1. Conceituação de Empresa
As empresas podem ser vistas como um grande
sistema, em que subsistemas menores interagem para
fazer com que seja atingido um objetivo comum, que é
a geração de resultados. Como podemos observar na
tabela a seguir.
INSUMOS PROCESSAMENTOS MERCADO
Homens
Materias
Máquinas
Serviços
Combinados para produzir produtos ou
serviços.
Caixa
Lucros
Impostos
Se analisarmos a área de processamento,
poderemos verificar a existência de vários subsistemas
219
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
interdependentes e interatuantes, tais como: fabricação,
manutenção, almoxarifado, recursos humanos, e de
forma auxiliar, os sistemas de informação e controle.
A empresa não é um sistema fechado e imune à
interferências. Durante o ciclo operacional, sofre
interferências, que podem levar a alterações
significativas na forma operacional, e como
conseqüência, nos resultados esperados. Podemos dizer
que as transferências são externas e internas e as
principais são:
3.2. As principais Interferências Externas são:
� O mercado: É a força mais poderosa que pode
intervir na empresa;
� A legislação: A regra básica que norteia e
delimita a ação da empresa durante sua existência.
� As alterações constantes: São introduzidas
pelo governo determinando modificações nos
procedimentos internos da empresa, e gerando custos;
� O meio ambiente: como modificações da
qualidade de vida da região, devido a alterações
climáticas e da poluição crescente em áreas densamente
industrializadas;
� Comunidade: É um fator de sucesso quando se
dá a aceitação, e conflitos quando se dá a rejeição. Uma
empresa que polui o ambiente geralmente entra em
conflito com a comunidade que a cerca.
3.3. As principais Interferências Internas são:
� Cultura da Empresa: É o jeito de ser e de
atuar da Empresa, é sua personalidade. É formada ao
longo do tempo, estabelecendo usos e costumes.
� Relacionamento entre os subsistemas: Forma
como se inter-relacionam e interagem os diversos
subsistemas da empresa, é espelhado da sua cultura
interna.
� Política de compras: Tem a função
fundamental de interferir no capital de giro da empresa.
� Política de vendas: A forma de vender numa
empresa interfere diretamente nos subsistemas
financeiros, de compras, de estoque e de produção.
Deve ser harmonizada com os demais, caso contrário,
pode desarticular a empresa como um todo.
� Política de Pessoal: Toda empresa deve ter
uma política de pessoal clara e objetiva, em que o
empregado saiba quais as suas possibilidades de
progresso, deveres e obrigações e especialmente o que a
empresa espera dele;
� Política Operacional: o funcionamento da
empresa deve ter como base uma política que deixe
claro aos empregados como se espera que os mesmos
trabalhem e tratem as máquinas e equipamentos, e o
que se deseja em termos de qualidade ( padronização).
IV - CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS
Classificam -se as Empresas quanto ao objetivo,
quanto à forma e quanto à amplitude. Como
especificado a seguir:
4.1. Quanto ao objetivo:
� Comerciais: Compra e venda de mercadorias;
� Industriais;
� Extrativa;
� Mineral: carvão, ferro, etc;
� vegetais: borracha, fibras, etc;
� Transformação: têxtil, mecânica, bebidas, etc.
� Construção civil: casas, edifícios, estrada;
220
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
� Serviços industriais de utilidade pública:
energia, água, esgoto;
� Agrícolas: culturas de arroz, café, feijão, etc.
� Pecuária: bovinos, ovinos suínos, etc.
� Intermediários financeiros: bancos, financeiras;
� Prestação de serviços: turismo, saúde, etc.
4.2. Quanto à forma:
� Empresas privadas ou particulares:
� Individual, pessoa jurídica.
� Sociedades:
� De pessoas:
� em nome coletivo
� em comandita simples
� em conta de participação de capital e indústria.
� De capitais:
� Sociedade anônimas.
� Sociedade por cotas de responsabilidade
limitada.
� Comandita por ações.
� Mista: pública e privada.
� Cooperativas:
� De produção
� De consumo
� De crédito
� Outras.
� Empresas públicas:
� Federais
� Estaduais
� Municipais: empresa de economia mista
� Capital público e privado: fundações
� De natureza privada ou pública
� Quanto à amplitude.
� Micro
� Pequena
� Média
� Grande
V - CONCENTRAÇÃO DE EMPRESAS
Concentração significa reunião de esforços,
juntamento de interesses, intensificação de serviços. A
concentração de empresas tem o objetivo de juntar
esforços em prol de “aumentar o campo de ação
econômica e de influência” num determinado mercado.
Conforme a dimensão da concentração,
podemos dividi-la sobre dois aspectos:
� Concentração horizontal:
� Concentração vertical, integral.
5.1.Concentração Horizontal
A empresa desenvolve sua atividade no mesmo
estado de produção: reúne capitais e mão de obra cada
vez maiores, entretanto, continuando a dedicar-se à
mesmas atividades.
5.2. Concentração vertical ou integral
Trata-se da reunião de estabelecimentos
industriais complementares, sob a mesma direção, de
maneira tal que o produto de um é matéria prima de
outro.
5.3. Concentração de acordos
Ocorre quando uma empresa, para aumentar sua
221
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
influência sobre o mercado, faz um acordo com outras
empresas, com a finalidade de eliminar a concorrência.
5.4. Formas de concentração de Empresas
5.4.1. Concentração por ampliação
Constitui aumento de produção dentro da
mesma linha de produto. Ocorre quando a empresa
amplia seu campo de atividade em função exclusiva do
aumento de produção, que continua sendo da mesma
espécie.
5.4.2. Concentração por integração.
Na concentração por ampliação, a empresa
também aumenta o seu campo de atividade, porém,
produzindo outros bens diferentes daqueles que vinha
sendo produzidos. Portanto, além de conservar, a
empresa também explora outras linhas de produção.
5.5. Tipos de concentração
São vários os tipos de concentração conhecidos,
entre eles citaremos:
5.5.1. Trustes
Consiste na reunião ou fusão de várias
companhias com idêntico ramo industrial, em uma só,
com intuito de produzir sem concorrência, e impor
preços aos consumidores dos seus produtos.
5.5.2. Cartéis
O cartel é uma associação de indústrias, elas
conservam a sua independência, mas aspiram à
organização da produção e da venda dos seus produtos,
para abolição da concorrência.
5.5.3. Monopólio
Consiste na exploração exclusiva de qualquer
atividade econômica, seja a exclusividade desse
exploração por consentimento do governo ou forçada
pelo poderio econômico.
5.5.4. Polipólio
É o monopólio bilateral, multilateral ou
oligopólios.
5.5.5. Corners, Rinqs e pools
Não são empresas, são meras organizações de
duração efêmera, destinam-se a especulações no
mercado interno. Surtindo efeito e verificado o seu
resultado, positivo ou negativo, dissolvem-se sem
qualquer formalidade, assim como foram combinados.
5.5.6. Look – Out, Greve, Dissídio, Dumplipg
Look – Out: é a greve, a resistência passiva dos
empregados negando-se de produzir ou de prestar
serviços, tendo em vista, especialmente, a imposição de
preços.
Greve: é a suspensão de atividades
temporariamente, por parte dos empregados, em busca
de melhorias para a classe.
Dissídio: é a reivindicação de interesses por parte
dos empregados, recorrendo à justiça, sem abandono
das atividades, podendo chegar à greve se não houver
acordo.
Dumpling: é a venda no mercado internacional
por preços abaixo do custo.
5.5.7. Holding
É o truste dos trustes. É a reunião de trustes. É
uma sociedade que administra interesses econômicos de
outras.
222
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
5.5.8. Conglomerados
Consiste da união de várias empresas que
conservam a sua autonomia, mas estabelecem regras
comuns para compra ou venda de matérias-primas e de
mercadorias.
VI - FRAÇÃO DE DIRETRIZES NA EMPRESA
Planejar é determinar antecipadamente os
resultados a serem alcançados, definindo os meios pelos
quais a empresa poderá alcancá-los. Consiste em um
processo racional, no qual se destinam linhas de ação,
escolhendo-se alternativas com base em permissas
conhecidas.
O planejamento como característica básica da
empresa, é uma função administrativa permanente que
inclui a definição de objetivos, de metas e de
procedimentos.
O planejamento pode ser classificado em :
planos – fins e planos – meios.
6.1. Planos – fins
Definem-se pelos objetivos a curto prazo, com
referência a resultados a serem concretizados num
determinado período. Esses objetivos devem ser
definidos com precisão quanto ao tempo, espaço e
qualidade. Devem ser alcançados pela empresa como
um todo e em cada uma de suas unidades. As metas,
objetivos, ou diretrizes se encontram nas áreas
institucional, financeira, comercial, de produção e
operacional, a curto prazo ( menos de um ano) nas suas
execuções.
6.2. Planos meios
Os planos – meios são essenciais à realização
dos planos – fins. Dizem respeito à política e diretrizes
da empresa. Nenhum resultado, ainda que teoricamente
viável, poderá ser alcançado sem uma clara e adequada
definição de meios. Os objetivos e as metas são pontos
terminais do planejamento, uma vez que as políticas ou
diretrizes canalizam decisões nos percursos até estes
pontos.
Vimos na empresa vários conceitos e a sua
classificação. Agora que tal irmos até a parte
de departamentalização?
VII - DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE EMPRESA
A departamentalização é uma característica
típica das grandes organizações. Ela é diretamente
relacionada com o tamanho da organização e com a
natureza das organizações.
7.1. Tipos de departamentalização
A departamentalização reflete e enfatiza o
ponto de vista com que alguns autores clássicos
abordaram a organização. Para esses autores, o
procedimento de departamentalização envolve duas
etapas:
a) Identificação de todas as atividades inerentes à
organização;
b) A combinação e o agrupamento destas atividades em
departamentos específicos.
Como por Exemplo:
223
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
7.2. O Porquê da Departamentalização
É o processo de formação de grupos
especializados de pessoas que desempenham atividades
correlatas e a sua colocação sob a direção de
administradores ou ainda o processo de reunir as
atividades em grupos para fins administrativos. Esse
processo ocorre em todos os níveis da empresa.
7.3. Causas da Departamentalização
Uma vez que nenhuma pessoa pode administrar
um número ilimitado de subordinados, torna-se
necessário agrupar as atividades numa formação
homogênea. (amplitude administrativa)
7.4. Finalidade de uma Organização e de suas
Unidades
Desempenhar tarefas que são combinadas em
atividades, As atividades são, agrupadas em áreas
semelhantes para formar departamentos.
A maneira pela qual as atividades e tarefas são
agrupadas em departamentos deve refletir o padrão que
melhor contribui para atingir os objetivos da
organização.
7.5. Padrões de Agrupamento
7.5.1. Agrupamento por produto ou serviço
São aqueles que estão diretamente relacionados
com um serviço ou produto.
Envolvem conhecimentos especializados sobre
produtos, como também promovem a coordenação das
atividades que com eles se relacionam, como as
atividades de compras, produção, armazenagem,
vendas, etc.
Não se pode definir o padrão ideal, pois
cada organização tem suas tomadas de
decisões antecipadas. A maior parte das
organizações adota um padrão misto, ou seja, agrupa
da maneira que lhe foi mais conveniente.
Como por Exemplo:
7.5.2. Agrupamento por localização
Surge da necessidade de agrupar atividades
amplamente diversas, as canalizando para uma
administração local.
Temos como exemplo a divisão em zona de
vendas adotada por uma companhia que distribui seus
produtos em vários estados.
Esse padrão de agrupamento exige um
conhecimento íntimo da administração quanto às
condições locais.
Como por Exemplo:
EMPRESA
Divisão de Imóveis
Apartamentos
Divisão de Vendas e Aluguel
Casas
Lotes
224
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
7.5.3. Agrupamento por período de tempo
Ocorre quando em certas empresas as
operações diárias excedem em muito o horário de
normal trabalho de um indivíduo acrescentando-se por
vezes um segundo turno.
Temos como exemplo, as companhias de
utilidades públicas, os restaurantes, as indústrias de
processo contínuo, os centros de processamento de
dados.
7.5.4. Agrupamento por cliente
Diz respeito aos consumidores, usuários ou
clientes que se utilizam dos serviços ou prestam
serviços.
Esse estilo de agrupamento leva em conta certas
características dos personagens, tais como: idade, sexo,
nível socioeconômico, hábitos de compra. Deve ser
utilizada uma estratégia centrada na figura do cliente.
Temos como exemplo empresas essencialmente
comerciais, escritórios de corretagem, serviços da
administração pública (imigrantes, veteranos, índios,
crianças, agricultores e pequenos comerciantes).
Essa modalidade de agrupamento exige
conhecimentos especializados e detalhados,
na coordenação de atividades relativas aos
clientes.
7.5.5. Agrupamento por processo
Ocorre quando alocamos em um mesmo
departamento pessoas que utilizam determinado tipo de
equipamento ou fazem parte de uma seqüência do
processo produtivo ou operacional de uma indústria.
E característica dos níveis mais baixos da
estrutura organizacional das áreas produtivas ou de
operações das empresas Industriais.
7.5.6. Agrupamento por projetos
É característico de empresas de grande porte,
que produzem produtos que envolvam grandes
concentrações de recursos e prolongado tempo para sua
S. Perfumaria
Seção Lingerie
Seção Roupas
Divisão Vendas
Seção Modas
Dep. Infantil
Seção Roupa Calçados
Dep.Masculino Dep. Feminino
S. Brinquedos
225
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
produção.
Temos como exemplo estaleiros navais, obra de
construção civil ou industrial.
7.6. Delegação
7.6.1. O Que é Delegação
É a transferência de determinado nível de
autoridade de um chefe para um subordinado, criando a
correspondente responsabilidade pela execução da
tarefa delegada. Muito embora a responsabilidade
original, do chefe para com seu superior, não possa ser
delegada (“Pode-se delegar autoridade, mas não
responsabilidade”).
7.6.2. Princípios da Delegação
A autoridade deve ser delegada até o ponto e na
medida necessária para a realização dos resultados
esperados, deve ser proporcional ao nível de
responsabilidade alocada no cargo e/ou funcionário.
A responsabilidade não pode ser delegada, pois
nem o chefe nem o subordinado podem livrar-se
completamente de suas obrigações, designando outros
para realizá-las.
A clareza é fundamental, com designação
precisa, entendida e aceita.
7.6.3. Técnicas de Delegação
I. Selecionar o subordinado adequado;
II. Proporcionar um nível de autoridade compatível com
as atividades exercidas pelo subordinado;
III. Explicar com precisão e clareza as atividades e
resultados esperados;
IV. Recompensar, de alguma forma, um bom resultado
apresentado pelo subordinado;
V. Criar condições adequadas de motivação;
VI. Estabelecer controles adequados, divulgados e
aceitos;
VII. Treinar e ajudar os subordinados em suas
atividades;
VIII. Evitar perda excessiva de poder, mas estar
disposto a “abrir mão” de determinadas atividades que
provoquem uma situação inadequada de motivação nos
subordinados;
IX. Ter adequados canais de comunicação;
X. Ter disposição para aceitar erros dos outros;
XI. Incrementar o nível de participação nos
subordinados;
XII. Perceber que os subordinados têm muito a
contribuir no processo decisório na área de sua
especialização;
XIII. Desenvolver o processo de planejamento para que
a delegação possa ocorrer antes do fato, e não depois do
fato consumado;
XIV. Desenvolver adequado nível de confiança nos
subordinados, por meio de treinamento, participação,
reconhecimento e troca de idéias;
XV. Criar condições para forçar os subordinados a
tomarem decisões, dando-lhes ao mesmo tempo o apoio
que se fizer necessário;
XVI. Não criticar excessivamente quando os
226
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
subordinados cometem enganos;
XVII. Fazer com que os subordinados saibam o que tem
de ser feito e quais os resultados esperados, Incluindo o
nível de qualidade e o prazo de realização;
XVIII. Prover incentivos adequados para que os
subordinados se sintam dispostos a aceitar maior
delegação;
XIX. Desenvolver uma estrutura organizacional que
proporcione incremento no processo de delegação;
XX. Concentrar os esforços nas atividades que mais
contribuem para os objetivos desejados, delegando
as demais aos subordinados.
7.6.4. O Modo Certo de Delegar
I. Para saber o modo certo de delegar, é importante
conhecer alguns princípios da delegação de tarefas:
II. Sempre acompanhar o progresso de uma tarefa que
tenham delegado, pois caso contrário, alguns erros
caros poderão ser cometidos;
III. O gerente precisa ter certeza de que o subordinado é
capaz de conduzir a tarefa;
IV. Um subordinado nunca deve poder sub-delegar uma
tarefa sem permissão;
V. Cuidado com o subordinado super entusiasmado,
que sempre pede tarefas, mas raramente as termina;
VI. Coloque recursos à disposição dos subordinados,
não apenas dinheiro, mas também o direito de agir
adequadamente;
VII. Quando uma tarefa delegada for satisfatoriamente
conduzida, não se esqueça de dar o devido
reconhecimento ao subordinado;
VIII. Se uma tarefa não for satisfatoriamente concluída,
investigue os motivos, antes de atribuir a culpa;
IX. Pergunte a si mesmo, em intervalos regulares, “por
que eu faço isso? Por que eu faço aquilo?” . A resposta
poderá ser que você não precisa fazer “isso ou aquilo”,
e que seria um grande prazer para um subordinado ter a
oportunidade de assumir a tarefa, bem como a
autoridade que ela incorpora;
Mesmo que possamos realizar uma tarefa melhor que
um subordinado, devemos deixar que ele a faça uma
vez ou outra. Essa é a única maneira em que ele poderá
se desenvolver e adquirir experiência.
VIII - ESTRUTURAS ORGANIZATIVAS E
GRÁFICOS DE ORGANIZAÇÃO.
8.1. Conceito
É o arranjo dos elementos constitutivos de uma
organização, representando:
� Um conjunto de órgãos / funções;
� Suas relações de interdependência;
� A via hierárquica.
8.2. Representação
A estrutura é representada de forma gráfica e
abreviada, pelo organograma. (Organograma é a
representação gráfica da estrutura de uma empresa.)
8.3. Técnicas de montagem
� Manter a maior simplicidade.
� Evitar o cruzamento de linhas.
� No primeiro nível deverá figurar os órgãos
deliberativos (todos).
� No segundo nível deverá figurar os órgãos
executivos.
� No terceiro nível deverá figurar os órgãos
técnicos.
� No quarto nível deverá figurar os órgãos
operacionais.
227
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
� Hierarquia - quem está subordinado a
quem.
8.3.1. Órgãos de linha: são os órgãos pelos quais a
empresa atinge seus objetivos (são os órgãos de
produção).
8.3.2. Órgãos de staff: são órgãos de assessoramento
que orientam e aconselham os órgãos de linha. São
puramente especializados (departamento financeiro,
engenharia industrial, etc.).
8.4. Processo prático para se projetar estruturas
organizacionais
� Definição dos objetivos da empresa /
órgãos internos.
� Identificação dos pontos críticos.
� Montar estruturas alternativas.
� Testar as opções quanto às vantagens.
� Optar pela solução que utilize objetivos.
8.5. Tipos de Estruturas
8.5.1. Estrutura Linear
A) Características
� Direção singular: um só chefe em cada órgão.
� A chefia é fonte exclusiva de autoridade.
� As ordens e informações seguem pela via
hierárquica.
� Os empregados recebem ordem de um só chefe
imediato.
�
B) Vantagens
� Aplicação simples
� Fácil transmissão de ordens e recebimento de
informações.
� Definição clara dos deveres e responsabilidade.
� Decisões rápidas.
� Fácil manutenção da disciplina.
� Baixo custo de administração.
C) Desvantagens
� Organização rígida.
� Não favorece a especialização.
� Sobre carregar a direção.
� Exigir chefes excepcionais, tornando difícil a
substituição.
D) Aplicações
� Organizações de pequeno e médio porte.
� Orangizações militares e religiosas.
� Níveis mais baixos das organizações
complexas.
8.5.2. Organização linha – staff
A) Características
Os dirigentes, em quaisquer níveis, podem
dipor, segundo suas necessidades, de um órgão de
estudos, pesquisas, informações, sugestões,
planejamento e coordenação, etc. Estes órgãos são
denominados staff e tem a finalidade de prestar
acessoramento, exercendo somente a autoridade das
idéias.
Diretor
Supervisor
OP. De Maquina A
Supervisor
OP. De Maquina B
228
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
B) Vantagens
� Facilitar a participação de especialistas em
qualquer ponto da via hierárquica.
� Tornar a organização mais facilmente adaptável
às necessidade.
� Favorecer a execução dos trabalhos dos órgãos
de linha.
� Utilizar em maior grau a divisão do trabalho.
C) Desvantagens
� Exigir, por parte do executivo, hábil
coordenação das orientações emanadas do staff.
� Sugestões, às vezes, se confunde com as
ordens, ou podem entrar em conflito com estas.
� Staff tende a usurpar ( tirar, roubar), autoridade
dos chefes de linha.
� Os órgãos de linha reagem contra as sugestões
de staff.
D) Aplicações
� Organização de porte médio de caráter técnicos
– científicas.
� Níveis intermediários das organizações
complexas.
8.5.3. Organização ou Estrutura “Colegiada”
A) Características
� Direção plural ou colegiada: a tomada de
decisões pertence ao grupo.
� A responsabilidade da execução é impessoal.
� Situa-se em nível hierárquico superior.
� Embora as ordens partam de um colegiado, os
empregados se reportam a um único chefe.
� Denominações características: junta, comissão,
conselho, tribunal, diretoria etc.
B) Vantagens
� Julgamento impessoal
� Pontos de vista mais gerais
� Facilita a participação de especialistas.
� Melhoria na manutenção dos processos
políticos: conselho administrativo e diretoria
executiva.
C) Desvantagens
� Responsabilidade mais diluída.
� Decisões mais demoradas.
� Dificuldades ou falta de segurança.
D) Aplicações
� Cúpula das organizações complexas. Decisões
de matérias controvertidas ( tribunais).
8.5.4. Organização ou Estrutura “Funcional”.
A) Características
A principal característica desse tipo de
agrupamento é a natureza das atividades do trabalho.
Cada empregado pode receber simultaneamente ordens
de mais de um supervisor. Ela dá ênfase à técnica e à
especialização.
B) Vantagens
Presidente
Staff
Dir. Operações Dir. Financeiro
Dir. Planejamento
229
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
� Promover a especialização e o aperfeiçoamento.
� Possibilitar melhores salários e maior
rendimento
� Promover a cooperação e o trabalho em equipe.
� Tornar a organização da produção bem mais
flexível.
� É mais econômico a médio e longo prazo.
C) Desvantagens
� Difícil aplicação exigindo grande habilidade
gerencial.
� Exige maior cuidado no processo de
coordenação.
� Difícil manutenção da disciplina.
� Elevado custo de implantação.
D) Aplicações
Organizações de natureza industrial,
especialmente em linhas de produção e montagem.
8.5.5. Organização ou Estrutura “Divisional”
A) Características
A estrutura divisional é caracterizada por várias
atividades vinculadas a um objetivo comum, ou melhor,
específico dentro da unidade organizacional, geralmente
denominada divisão de produção. Essa divisão pode ser
constituída como uma verdadeira empresa no plano
gerencial, como um autêntico centro de lucro, devendo
seus dirigentes dispor dos recursos indispensáveis ao
pleno atendimento das responsabilidades que lhes são
conferidas pela direção superior da empresa.
B) Justificativas
� É um excelente instrumento de descentralização
operacional.
� As empresas norte–americanas adotam “profit-
center” (centro de lucro) englobando estrategicamente a
idéia de divisionalização e da descentralização
operacional controlada, sendo o gerente divisional
inteiramente responsável pelos resultados da unidade.
� Cada estrutura divisional deve ser auto
suficiente devendo gozar de ampla competência, para
conceber, desenvolver, produzir e distribuir o
respectivo produto, assim como, se for o caso, comprar
sua matéria prima, contratar seu pessoal e outras
atividades correlatas.
� Gerente divisional dentro do conceito de “profit
– center”, é inteiramente responsável pelos resultados
de uma unidade.
C) Tipos de estrutura “divisional”
� Por produto.
� Por área geográfica.
� Por função.
8.5.6. Organizações ou Estruturas com base em
“Função”
A) Características
� Sua base é exclusivamente a função.
� Cada departamento desenvolve uma única
função.
� Dá ênfase na técnica e no processo de trabalho
(especialização).
� Objetivo permanente. Longo prazo. Rotinizada.
B) Vantagens
� Solidificação da especialização.
� Flexibilidade de uso da mão de obra.
� Uniformidade em normas e procedimentos.
230
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
� Centralização de recursos similares a cada
função.
� Conhecimentos são transferidos de um projeto
para outro.
� Perspectiva de carreira para profissionais.
C) Desvantagens
� Surgimento de conflitos pela disputa de
recursos.
� Ênfase na especialidade em detrimento de
projetos e produtos.
� Do ponto de vista de projetos a organização é
considerada inflexível e pouco eficiente.
� Pode gerar no corpo de profissionais falta de
motivação.
8.5.7. Organização por Projeto
A) Pressupostos ou Características
� Estão engajados em planejar e construir grandes
fábricas ou maquinaria pesada segundo
especificações de clientes.
� Dependem das inovações dos produtos dado
que os fabricados se tornam obsoletos em
pouco tempo.
� Os produtos projetados são tecnicamente
complexos, demandando uma grande dose de
trabalho de desenvolvimento que deve ser feito
por um certo número de especialistas e
técnicos.
� Os produtos / projetos devem ser desenvolvidos
dentro de rígidos cronogramas, para satisfazer
as especificações dos clientes ou a procura do
mercado.
B) Outras Características
� Unidimensionais. Cada unidade da organização
está voltada para o desenvolvimento de um
único projeto, sob uma única gerência.
� A base da estrutura é o projeto, desenvolvido
segundo especificações dos clientes.
� Objetivos e prazos bem definidos.
� Prazo relativamente curto, sendo, portanto,
estrutura de natureza temporária.
� Depende de inovações do produto que se torna
obsoleto em pouco tempo.
� A sua departamentalização interna é funcional.
C) Vantagens
� Unidade de direção, voltada para o objetivo
único que é o desenvolvimento do projeto.
� Desenvolvimento do espírito de corpo, através
da identificação como o projeto .
� O gerente controla todos os recursos de que
necessita para desenvolver o projeto.
D) Desvantagens da estrutura
� Não é bem aceita pela organização permanente
devido ao seu caráter temporário.
� Os meios são duplicados porque cada projeto
existe uma sub-estrutura funcional.
� Os recursos são utilizados sem eficácia.
� Insegurança no emprego, quando do término do
projeto.
8.5.8. Estrutura Matricial
A) Características
� É uma excelente alternativa, principalmente
para as organizações que desenvolvem projetos.
231
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
� Multidimensional, por se utilizar de
características de estruturas permanentes, por
função e por projeto.
� É permanente, sendo temporário apenas os
grupos de cada projeto.
� Proporciona a empresa condição de
flexibilidade e de funcionalidade adequada para
atender as mudanças ambientais.
� Combina a estrutura hierárquica, vertical,
tradicional, com uma estrutura superposta
horizontal de coordenadores de projetos. A
estrutura matricial é uma solução mista em que
normalmente se combinam a estrutura com base
em função e projetos.
B) Vantagens
� Equilíbrio de objetivos tanto pela atenção
dispensada às áreas funcionais quanto às
coordenações de projetos.
� Grande flexibilidade para enfrentar ambientes
organizacionais de alta complexidade
envolvendo riscos, incertezas e conflitos.
� Visão dos objetivos dos projetos através das
coordenações.
� Desenvolvimento de um forte e coeso trabalho
de equipe que se identificam com as metas dos
projetos.
� A utilização de mão de obra pode ser flexível,
porquê se mantém uma reserva de especialistas
nas estruturas permanentes.
� Conhecimento e a experiência podem ser
transferidos de um projeto para outro.
C) Desvantagens.
� Sub utilização de recursos, com objetivo de se
obter a cobertura completa dos projetos,
gerando insucesso na obtenção de economias.
� Homem do meio, geralmente trabalha para dois
chefes: verticalmente se reporta ao seu gerente
funcional e, horizontalmente ao coordenador de
projetos, ficando em posição incômoda em caso
de conflito.
� Gerente funcional julga que o coordenador de
projeto interfere em seu território e esse por sua
vez julga que tem pouca autoridade nas áreas
funcionais.
Para minimizar estes problemas devem ser bem
definidas as áreas de cada gerente.
Gerente de Projetos:
� Atividade gerencial de direção e avaliação do
projeto.
� Planejamento, proposição e implementação do
política de gerência do projeto.
� Assegurar a compatibilidade de projeto com os
compromissos da organização.
Gerentes Funcionais
� Manter as tarefas dentro do cronograma e do
orçamento.
� Estabelecer a política funcional, e as normas de
procedimento.
� Selecionar elementos de direção devidamente
capacitados.
� Manter a qualidade técnica dos serviços
prestados por seus órgãos.
IX - TÉCNICA COMERCIAL
9. 1. Conceito.
A Técnica Comercial é a aplicação prática das
232
UNI – UNIÃO NACIONAL DE INSTRUÇÃO
Técnico em Transações Imobiliárias
abordagens técnicas a respeito do comércio, aplicando
simultaneamente os princípios administrativos,
jurídicos e econômicos.
No campo imobiliário, é importante que o
Técnico em Transações Imobiliárias observe esses
princípios, visto que seu campo de atividades e de
atuação exige explanação detalhada do empreendimento
que está proposto a realizar.
É necessário para todos que se utilizam das
técnicas comerciais, trabalhem sobre planos
elaborados para zelar pelo bom nome profissional,
para que possa ser evitados quaisquer imprevisão ou
imprevisto.
X - ORGANIZAÇÃO COMERCIAL.
É necessário que a Empresa seja dirigida por
pessoas especializadas e competentes em suas áreas
de atuação. Dentro de uma empresa devem existir
vários elementos que fazem parte de uma correta
administração. Dentre esses elementos
administrativos está presente a organização.
Para que aconteça uma boa organização é
importante que exista:
� Ordem: A ordem está intimamente ligada com
o reconhecimento da autoridade e da
obediência, e com o apego à hierarquia. Para
que a organização funcione bem é
indispensável que as ordens dadas sejam
cumpridos.
� Seleção: A seleção feita pela empresa, seja
pessoal ou material deve visar a bom
desempenho e um funcionamento eficiente.
Para que isso ocorra, alguns aspectos devem ser
levados em consideração na hora da seleção,
como: a qualidade, a capacitação profissional,
o desempenho, experiência, etc.
� Obediência ao planejamento: a empresa
comercial que obedece ao planejamento, terá
todo seu trabalho sistematizado. Os benefícios
recorrentes a este planejamento será visto no
resultado.
� Departamentalização: É o agrupamento de
setores personalizados em departamentos. O
agrupamento de serviços de uma mesma
natureza permite a chefia exercer um controle
mais eficiente, visto que todo o trabalho
necessita ser controlado, e um só homem
controla apenas um número de pessoas.
� Divisão de trabalho: Trata-se da distribuição
dos agentes produtores, com o objetivo de
aumentar com eficiência os resultados da
empresa. Para que uma organização comercial
funcione bem, é preciso dividir e distribuir
racionalmente o trabalho e o tempo.
� Conforto: Dentro do pensamento moderno de
administração deve-se considerar que o terço do
dia se passa no trabalho, portanto, é importante
tornar o ambiente de trabalho aconchegante e
desejável.
10.1 ESTRUTURA DO COMÉRCIO
É de suma importância que ao praticar ou
desenvolver o comércio se tenha e se possa contar com
uma boa estrutura, tal como:
� Transporte: O transporte é indispensável para
a locomoção das mercadorias, ou pessoas de
um lugar para outro.
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� Comunicação: É o processo de transmissão de
idéias de uma pessoa para outra através de
palavras, gestos e atitudes, que também pode se
dar por meio da escrita, símbolos entre outros.
A comunicação pode ser interna quando ocorre
por meio de avisos, ordens e memorandos
dentro da própria empresa e externa quando
ocorre com outras empresas ou pessoas, através
de cartas, telegramas e outros meios de
comunicação disponíveis. A maioria das
empresas enfrentam sérios problemas na
comunicação devido a má transmissão de
recados. A comunicação entre o produtor,
distribuidor e consumidor é indispensável, sem
ela não há comércio.
� Condições de Crédito: As condições de
crédito devem ser favoráveis às condições dos
consumidores, pois podem restringir ou facilitar
a circulação de mercadorias.
� Tempo e Espaço: Para que a empresa não
corra o risco de ficar sem estoque de produtos é
necessário que se tenha bons
acondicionamentos para cada tipo de
mercadoria, com o intuito de protegê-las. A
estabilidade nos preços é outro quesito
importante, pois se sobem desordenadamente
por falta de produtos no mercado, pode
prejudicar o equilíbrio no comércio.
XI - PROPAGANDA E PUBLICIDADE.
11.1. Conceito
Propaganda é a arte de veicular notícias ou
fatos para atingir objetivos especulativos de ordem
política, econômica, cultural e social. A propaganda
caracteriza-se pelo emprego de qualquer meio de
comunicação e visa tornar conhecido um produto e suas
qualidades a fim de induzir o consumidor a adquiri-lo.
Atribuem-se significados diferentes aos termos
“propaganda” e “publicidade”.
A publicidade é a divulgação de idéias e
atividades dirigidas ao cidadão. A publicidade tem por
objetivo tornar público um fato, uma idéia ou uma
coisa.
A propaganda é uma técnica de persuasão na
atividade de mercado, com o objetivo de induzir o
consumidor a preferir uma marca ou um produto.
11.2. Divisão
A propaganda pode ser dividida em:
2. Propaganda Institucional: Inclui patrocínio de
utilidade pública, que desenvolve uma reputação
benéfica, como a vacinação contra a paralisia
infantil. Para a empresa privada, que deve divulgar a
imagem da empresa e do produto, a propaganda
pode ser inclusive de recordação, ou seja,
relembrando propagandas anteriormente veiculadas.
3. Propaganda de produto: O objetivo é acelerar as
vendas imediatamente. A propaganda de produto é
também conhecida como sendo de “promoção de
venda”.
Segundo especialistas, os fenômenos
psicológicos da propaganda podem ser assim
ordenados:
� Despertar e fixar a atenção.
� Despertar a emoção.
� Fixar a memória.
� Despertar o interesse.
� Despertar o desejo.
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11.3. Conhecimento de Marketing
Marketing implica em conhecer o que o
consumidor necessita ou deseja. O moderno conceito de
marketing engloba toda e qualquer atividade comercial
relacionada com a movimentação, desde sua produção
física até o consumo final de serviços e mercadorias.
XII - EXPOSIÇÕES E FEIRAS
De origem tão antiga quanto a origem do
próprio comércio, feira é um local público onde são
expostas periodicamente mercadorias para venda. Para
as empresas imobiliárias, especialmente as responsáveis
por lançamento de empreendimentos imobiliários é
importante promover uma boa exposição do
empreendimento, com uma bem elaborada divulgação
promocional, através de propaganda. Podem existir as
seguintes categorias de feiras:
� Feiras Livres: Locais onde é realizado
comércio livre. São mercados do tipo popular
de caráter ambulante.
� Feiras Regionais: Geralmente são realizadas
anualmente e tem duração de duas semanas. Os
exemplos mais conhecidos são: A Feira do
Gado em Goiânia- GO. Feira do Vinho em São
Roque – SP e Caixias- RS.
� Feiras de Exposição: São organizadas com a
finalidade de divulgar o desenvolvimento e
progresso de determinado ramo da indústria do
país. São exemplos a Feira de Utilidades
Domésticas ( UD) em São Paulo, Feira
Nacional da Indústria Têxtil ( FENIT) em São
Paulo.
XIII - SERVIÇOS AUXILIARES DO COMÉRCIO.
Toda atividade comercial necessita de agentes
que o auxilia nas suas transações. Dentre esses agentes
pode-se destacar as companhias de seguro, os
estabelecimentos financeiros, as “bolsas”.
13.1 . COMPANHIAS DE SEGUROS.
São as empresas que se comprometem com
indenização por fatores que causam perdas, mediante
contrato de prestação de serviços pagos.
13.1.2 Riscos
As empresas de companhia de seguros dividem
os riscos assumidos em dois grupos:
A) RISCOS FÍSICOS: refere-se a danos físicos e
sociais.
B) RISCOS MORAIS: são aqueles que decorrem de
condições mentais.
13.2. SEGUROS
Os seguros podem ser:
A) SOCIAL: tem por objetivo garantir a classe
trabalhadora o seguro contra acidentes ou desemprego.
B) PRIVADO: trata-se de seguro individual cujo
objetivo é a segurança pessoal.
Os seguros podem garantir tanto o pessoal (
vida, acidentes, invalidez, doença, etc.) como
patrimonial ( roubo, incêndio, etc.).
O contrato de seguro é composto pelo
segurador, segurado, pelo risco e tempo. A apólice,
conhecida como o instrumento formal do contrato de
seguro, é formada por esse conjunto.
XIV - ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS
14.1. BANCO CENTRAL DO BRASIL
É uma autarquia federal que tem a função de
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cumprir e fazer cumprir a legislação e todas as normas
expedidas pelo Conselho Monetário Nacional. Este
Banco também é responsável pela confecção da moeda.
É o ponto central do sistema financeiro nacional.
14.2. BANCO DO BRASIL – BB
Trata-se de uma entidade financeira de capital
misto e tem como principais funções o recebimento de
títulos federais, executar política de preços mínimos
dos produtos agrícolas, bem como financiar o plantio e
controlar e incrementar o comércio exterior.
14.3 BANCO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
– BNDES.
Trata-se de um banco que opera em programas
que visam a desenvolvimento da economia e do
mercado.
Tem como principais programas de
investimento os: insumos básicos; produção de
equipamentos básicos; infra – estrutura; fortalecimento
da empresa privada nacional e desenvolvimento
tecnológico.
14.4. CAIXA ECONÔMICA
Trata-se do estabelecimento financeiro que visa
estimular a poupança popular. É por meio da captação
desses recursos que há investimento na casa própria e
infra-estrutura básica, entre outros projetos.
Para atender o território nacional existe a Caixa
Econômica Federal – CEF, e também existe a Caixa
Econômica que atende a nível estadual.
14.5. BANCO DE INVESTIMENTOS
São bancos que realizam investimentos de
longo e médio prazo, geralmente para a formação de
capital fixo de empresas privadas.
14.6. FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTOS
Estes fundos utilizam a poupança popular para
aplicação, em conjunto, em carteiras de títulos e valores
imobiliários.
14.7. COMPANHIAS DE CREDITO,
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO.
São companhias especializadas em
investimentos de médio e longo prazo, captam recursos
por meio da emissão de letras de câmbio.
14.8. SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS E
VALORES
Essas sociedades têm por finalidade subscritar
títulos para revenda, distribuí-los ou intermediá-los no
mercado de capitais.
14.9. BOLSAS
Trata-se de instituições que se destinam a
negociar tendo como intermediário corrretores,
mercadorias, divisas, valores mobiliários ou outros bens
fungíveis.
As bolsas se classificam de acordo com a
prestação de serviço, como:
A) BOLSA DE VALORES: Estabelecimento onde
são negociados títulos representativos dos valores
mobiliários.
B) BOLSA DE MERCADORIAS: São mercados
regulados por normas onde se pratica a compra e venda
de produtos classificados em categorias, tendo como
principais produtos o algodão, a soja, o milho, o arroz e
o boi em pé.
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Para comercializar suas ações, uma empresa
tem que se registrar na CVM (Comissão de Valores
mobiliários).
Para comprar e vender ações o interessado deve
se dirigir a uma agência de valores, pois somente por
meio dela será possível realizar a operação.
Quando os títulos de valores imobiliários são
emitidos pela União, Estado, Municípios ou privados,
pelas empresas S/A de capital aberto são denominados
de títulos públicos.
Diferença entre ação e debênture: ação é uma
fração do capital da empresa e a debênture é uma
promessa de pagamento em dinheiro segundo as
condições nela especificadas.
A liquidação ou pagamento dos títulos pode ser
à vista (quando o pagamento é efetuado em até três
dias), ou a termo, quando a liquidação for futura, com
data previamente marcada.
14.10. TIPOS DE AÇÕES DAS S/AS.
Cada uma das partes em que se considera
dividido o capital de uma sociedade anônima é
chamada de ação. Trata-se de um título ou documento
de propriedade negociável e transmissível.
Existem dois tipos de ações: as ordinárias e as
preferenciais.
As ações ordinárias nominativas (ON) ou
preferenciais nominativas são aquelas em que possuem
o nome do seu proprietário e cuja transferência desse
tipo de ação só se realiza mediante assinatura do termo
de transferência.
Quando as ações possuem o nome de seu dono
elas são denominadas de ordinárias ao portador (OP) ou
preferenciais ao portador (PP). Aqueles que a possuir
são os seus donos.
XV – REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFCAS
CHIAVANATTO, Idalberto. Administração nos novos
tempos. São Paulo: Campus, 2000.
COSTA, Nelson Eduardo Pereira da. Marketing
Pessoal Imobiliário, faça você mesmo. Campo Grande:
Editora Ruy Barbosa: 1997.
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da
Administração: da Escola científica à competitividade
da economia globalizada. São Paulo: Atlas, 2000.
SILVA, Antônio Pereira. Manual Técnico em
Transações Imobiliárias. São Paulo: AB Editora, 1994.
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Técnico em Transações Imobiliárias
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