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Ernani Pimentel • Viviane Alves • José Almir Fontella Dornelles Josimar Padilha • Érico Valverde de Souza 2013 Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico e Matemático Legislação Aplicada à EBSERH • Legislação Aplicada ao SUS Conhecimentos básicos para todos os cargos NÍVEL SUPERIOR

Apostila EBSERH - Conhecimentos Básicos_1_82

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  • Ernani Pimentel Viviane Alves Jos Almir Fontella DornellesJosimar Padilha rico Valverde de Souza

    2013

    Lngua Portuguesa Raciocnio Lgico e MatemticoLegislao Aplicada EBSERH Legislao Aplicada ao SUS

    Conhecimentos bsicos paratodos os cargos

    NVELSUPERIOR

  • 2013 Vestcon Editora Ltda.

    Todos os direitos autorais desta obra so reservados e protegidos pela Lei n 9.610, de 19/2/1998. Proibida a reproduo de qualquer parte deste material, sem autorizao prvia expressa por escrito do autor e da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrnicos, mecnicos, videogr cos, fonogr cos, repro-gr cos, microflmicos, fotogr cos, gr cos ou outros. Essas proibies aplicam-se tambm editorao da obra, bem como s suas caractersticas gr cas.

    Ttulo da obra: EBSERH Empresa Brasileira de Servios HospitalaresConhecimentos Bsicos para todos os Cargos

    Atualizada at 6-2013 (AE67)

    (Conforme Edital n 04 EBSERH - rea Administrativa, de 25 de junho de 2013 IBFC)

    Lngua Portuguesa Raciocnio Lgico e MatemticoLegislao Aplicada EBSERH Legislao Aplicada ao SUS

    Autores:Ernani Pimentel Viviane Alves Jos Almir Fontella Dornelles

    Josimar Padilha rico Valverde de Souza

    DIRETORIA EXECUTIVANorma Suely A. P. Pimentel

    PRODUO EDITORIALRosngela Sandy Tiago

    EDIO DE TEXTOCludia FreiresPaulo Henrique Ferreira

    CAPAAnderson Moraes Lopes

    ILUSTRAOLucas FuschinoMicah Abe

    PROJETO GRFICOClicktime Design

    ASSISTENTE EDITORIALGabriela Tayn Moura de Abreu

    ASSISTENTE DE PRODUOJaqueline Cmara

    EDITORAO ELETRNICAAdenilton da Silva CabralCarlos Alessandro de Oliveira FariaDiogo AlvesMarcos Aurlio Pereira

    REVISOAna Paula Oliveira PagyDinalva Fernandesrida CassianoGiselle BerthoMicheline Cardoso FerreiraRaysten Balbino Noleto

    SEPN 509 Ed. Contag 3 andar CEP 70750-502 Braslia/DFSAC: (61) 4062 0614 Tel.: (61) 3034 9576 Fax: (61) 3347 4399

    www.vestcon.com.br

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    O projeto gr co foi elaborado tendo como objetivo a leitura confortvel e a rpida localizao dos temas tratados.

    Alm disso, criamos o selo Efetividade Comprovada, que sinaliza ferramenta exclusiva da engenharia didtica da Vestcon Editora:

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  • Interpretao de texto: informaes literais e inferncias possveis ..................................................................................................................... 7 ponto de vista do autor ................................................................................................................................................... 8 signifi cao contextual de palavras e expresses ............................................................................................................ 8 relaes entre ideias e recursos de coeso ..................................................................................................................... 9 fi guras de es lo ............................................................................................................................................................ 10

    Conhecimentos lingus cos: ortografi a: emprego das letras ...................................................................................................................................... 16 diviso silbica ............................................................................................................................................................... 18 acentuao grfi ca ......................................................................................................................................................... 19 encontros voclicos e consonantais, dgrafos .................................................................................................................... classes de palavras: substan vos, adje vos, ar gos, numerais, pronomes, verbos, advrbios, preposies, conjunes, interjeies: conceituaes, classifi caes, fl exes, emprego, locues ....................................................... Sintaxe: estrutura da orao, estrutura do perodo ...................................................................................................... 42 concordncia (verbal e nominal) ................................................................................................................................... 52 regncia (verbal e nominal) ........................................................................................................................................... 61 crase .............................................................................................................................................................................. 68 colocao de pronomes ................................................................................................................................................. 72 pontuao ...................................................................................................................................................................... 75

    SUMRIO

    Lngua Portuguesa

    EBSERH

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    Viviane Alves

    INTERPRETAO DE TEXTO: INFORMAES LITERAIS E INFERNCIAS POSSVEIS

    Uma das belezas da anlise textual perceber que o texto muitas vezes diz coisas que parece no estar dizendo: alm do que explicitamente exposto, o texto geralmente traz infor-maes que fi cam implcitas: subentendidas ou pressupostas.

    Um leitor competente capaz de ler as entrelinhas do texto e perceber as informaes que aparecem por trs do que foi escrito. Essas informaes podem estar sob forma de pressupostos ou inferncias.

    Pressupostos: ideias apresentadas implicitamente pelo texto, ou seja, ideias que no esto escritas, mas podem ser verifi cadas por certas palavras e expresses con das no texto.

    Por exemplo, na frase Boco parou de beber, implicita-mente comunica-se que Boco no momento da fala no bebe mais, todavia ele bebia antes.

    Na leitura e interpretao de um texto muito impor-tante detectar os pressupostos, pois por meio deles o autor leva o leitor a aceitar o que est sendo comunicado.

    No texto, os pressupostos podem ser a vados por meio de vrios elementos lingus cos, entre eles:

    a) Certos Verbos

    Exemplo I: A violao do painel do Congresso tor-nou-se pblica.

    Pressuposto A violao no era pblica antes.

    Exemplo II: Joo esqueceu de abrir a porta.

    Pressuposto Joo deveria ou desejava abrir a porta.

    b) Certos Advrbios

    Exemplo: Priscila fi cou sabendo do fato depois de encontrar Joo.

    Pressuposto Priscila encontrou Joo/ Priscila no sabia do fato antes.

    c) Sentenas Clivadas

    Exemplo: No foi Pedro que faltou aula.

    Pressuposto Algum faltou aula.

    d) Oraes Adje vas

    Exemplo I: Os homens, que tm seu preo, so fceis de corromper.

    Pressuposto Todos os homens tm um preo.

    Exemplo II: Os homens que tm seu preo so fceis de corromper.

    Pressuposto Nem todos os homens so fceis de corromper, pois s alguns tm seu preo.

    e) Descries Defi nidas

    Exemplo: Joo viu o disco voador azul.

    Pressuposto Existe um disco voador.

    Exemplo II: O representante da turma gordo.

    Pressuposto Existe um representante da turma.

    Os autores de textos geralmente confi am que os leitores faro certas dedues lgicas com base no que foi posto ou suposto no texto. A essas dedues damos o nome de subentendidos ou inferncias.

    Inferncia: processo de deduo de informaes im-plcitas do texto, possuem uma relao lgica dentro do contexto, apesar de muitas vezes no poderem ser provadas textualmente.

    O processo de fazer inferncias parece simples para um leitor habilidoso, mas para quem no tem pr ca em uma leitura a va importante lembrar que a a vao de certos esquemas, formados pela experincia de mundo que o leitor possui, que nos permite fazer inferncias. E mais, a leitura torna-se len fi cada e a compreenso do texto comprome da quando fazemos inferncias erradas; por exemplo, quando lemos Marcos estava a caminho da escola. Ele estava pre-ocupado com a lio de Portugus. Temia no ser capaz de controlar a classe, se inferirmos que Marcos um aluno teremos difi culdades de compreender porque ele teme no controlar a turma; j se inferirmos que ele o professor de Portugus tudo se torna mais claro.

    PONTO DE VISTA DO AUTOR ERECURSOS DA ARGUMENTAO

    O Ponto de Vista do Autor

    Todo texto produzido, independentemente da forma como ele se apresenta, deixa transparecer o ponto de vista da pessoa que o produziu. Segundo alguns pesquisadores da Lingus ca Textual, pode-se afi rmar que nenhum texto, por mais informa vo que seja, neutro. Em maior ou menor grau, sempre nos u lizamos deles a favor de nossas ideolo-gias, de nossas verdades, de nossos juzos de valor. como afi rma Ingedore G. Villaa Koch, em sua obra Argumentao e Linguagem: a todo e qualquer discurso subjaz uma ide-ologia, na acepo mais ampla do termo. A exposio de um ponto de vista sobre determinado assunto pode se dar de maneira explcita, quando o autor do texto marca aber-tamente sua opinio ou de maneira implcita, quando ele usa de processos inferenciais a fi m de que o leitor perceba sua inteno. Por isso, para a localizao de pontos de vista preciso considerar tanto as informaes que aparecem registradas no texto quanto aquelas que subjazem nele.

    Observe o texto a seguir.Todos sabem que muito comum aps o casamento,

    o cnjuge no se entender com a me do parceiro. A sogra metaforicamente classifi cada em piadas, charges e at mesmo em conversas com amigos e amigas, como vbora, cascavel, jararaca e outros animais peonhentos. A origem dos problemas entre sogra e nora ou genro, no raro est

    LNGUA PORTUGUESAErnani Pimentel / Viviane Alves / Jos Almir Fontella Dornelles

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    associada maneira preconceituosa como vemos os outros e forma autopiedosa com que nos vemos. como conta aquela histria: h muito tempo atrs, uma moa chamada Lili se casou e foi viver com o marido e a sogra. Depois de alguns dias, passou a no se entender com a sogra. As per-sonalidades delas eram muito diferentes e Lili foi se irritando com os hbitos da sogra que sempre a cri cava. Anos se pas-saram e Lili e sua sogra cada vez discu am e brigavam mais.

    De acordo com an ga tradio chinesa, a nora nha que se curvar sogra e a obedecer em tudo. Lili, j no suportan-do mais conviver com a me de seu marido decidiu tomar uma a tude e foi visitar um amigo de seu pai, que a ouviu e depois com um pacote de ervas lhe disse:

    - Voc no poder us-las de uma s vez para se libertar de sua sogra porque isso causaria suspeitas. Vou lhe dar vrias ervas que iro lentamente envenenando-a. A cada dia ponha um pouco destas ervas na comida dela. Agora, para ter certeza de que ningum suspeitar de voc quando ela morrer, voc deve ter muito cuidado e agir de forma muito amigvel. No discuta, ajudarei a resolver seu problema, mas voc tem que me escutar e seguir todas as instrues que eu lhe der.

    Lili fi cou muito contente, agradeceu ao Sr. Huang e voltou apressada para casa pra comear o projeto de assassinar a sua sogra.

    Semanas se passaram e a cada dois dias, Lili servia a comi-da especialmente feita para a sogra. Ela sempre se lembrava do que Sr.Huang nha recomendado sobre evitar suspeitas e assim ela controlou o seu temperamento, obedeceu sogra e a tratou como se fosse sua prpria me.

    Depois de seis meses a casa inteira estava com outro as-tral. Lili nha controlado o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Nesses seis meses no nha do nenhuma discusso com a sogra, que agora parecia muito mais amvel e mais fcil de lidar. As a tudes da sogra tambm mudaram e elas passaram a se tratar como me e fi lha. Um dia Lili foi novamente procurar o Sr. Huang para pedir-lhe ajuda e disse:

    - Querido Sr. Huang, por favor, me ajude a evitar que o veneno mate minha sogra! Ela se transformou numa mulher agradvel e eu a amo como se fosse minha me. No quero que ela morra por causa do veneno que eu lhe dei.

    Sr. Huang sorriu e disse:- Lili, no precisa se preocupar. As ervas que eu dei eram

    vitaminas para melhorar a sade dela. O veneno estava na sua mente e na sua a tude, mas foi jogado fora e subs tudo pelo amor que voc passou a dar a ela.

    Como voc pode perceber, um ponto de vista do autor vem marcado explicitamente no penl mo perodo do 1 pargrafo, quando ele afi rma que A origem dos problemas entre sogra e nora ou genro, no raro est associada maneira preconceituosa como vemos os outros e forma autopiedosa com que nos vemos. Mas h outros juzos de valor presentes nas entrelinhas do texto, entre eles ns de-duzimos que o autor isenta as sogras de a tudes perversas com relao aos cnjuges de seus fi lhos, o que acontece , na verdade, refl exo da a tude de um no outro. Podemos at alargar o entendimento afi rmar que o autor pretende no apenas discu r a relao sogra e nora ou genro, mas transmi r uma opinio sobre os relacionamentos humanos.

    GNEROS TEXTUAIS

    O estudo dos gneros textuais consiste no reconheci-mento das caracters cas sociocomunica vas dos diferentes textos que circulam em nosso dia a dia.

    Para classifi car um gnero, o leitor leva em considerao o tema, o modo de composio, a funo, o meio de veiculao e o es lo. medida que novas formas de comunicao se de-

    senvolvem, novos gneros podem surgir. O pesquisador Mar-cuschi enfa za que os gneros so reconhecidos socialmente e possuem, no geral, nomes consagrados por pr cas sociais de referncia. So exemplos de gneros textuais, os e-mails, os manuais de instruo, as receitas de bolo, as cartas, as pia-das, os relatrios, os resumos, entre inmeros outros.

    Para sua prova os gneros mais comuns so: Editorial: texto jornals co, de carter opina vo, por

    meio do qual o editorialista veicula seus comentrios e avaliaes acerca dos assuntos a serem tratados naquela edio, em nome de toda a equipe, por isso ele no costuma vir assinado. Devido ao seu carter, o editorial no tem compromisso com a imparcialida-de. Normalmente vem com uma borda diferenciada para que o leitor perceba que se trata de um texto de cunho opina vo e no de uma no cia.

    Carta de Leitor: texto jornals co, de carter opina vo, por meio do qual o leitor expressa seu ponto de vista sobre os contedos lidos no jornal ou na revista. Mes-mo no tendo uma estrutura fi xa, por ser considerado um subgnero da carta, nesse po de texto aparece o interlocutor e a referncia direta ao assunto. impor-tante ressaltar que esse po de carta tem sempre dois des natrios: um direto o jornal ou revista a que a carta foi encaminhada e um indireto os demais leitores, que tomam conhecimento do texto aps sua publicao.

    Ar go de Opinio: texto jornals co, de carter argu-menta vo, por meio do qual o produtor expressa seu ponto de vista acerca de tema da atualidade. Nesse gnero o produtor procura convencer o leitor acerca de sua opinio, por isso usa tanto argumentos com-provveis, quanto ques onamentos que levem o leitor refl exo, ironias, impera vos e apelos emocionais. Para destacar que o ar go a opinio do jornalista que o escreve, esse gnero, diferentemente do editorial, recebe a assinatura de seu produtor e costuma ser escrito na primeira pessoa do singular, sendo vlido tambm o uso da 3 pessoa.

    No cia: texto jornals co, de carter informa vo, que serve para que o produtor informe o leitor, de maneira simples e clara, sobre acontecimentos da atualidade. As frases desse po de texto so curtas e a linguagem acessvel porque se pretende que a no cia seja entendida j numa primeira leitura. As no cias mais formais apresentam o chamado lead apresentao dos dados o que, como, onde e por qu no primeiro pargrafo.

    Crnica: texto geralmente veiculado em jornais e revistas, de carter narra vo, que serve para apre-sentar relatos sobre um tema contemporneo ao seu produtor. Esse gnero diferencia-se dos demais textos jornals cos devido linguagem po ca que u liza, mostrando o vis ar s co do produtor, j que sua fi na-lidade no a informao, mas a anlise. justamente pela linguagem que u liza que a crnica convive tanto com o jornalismo quanto com a literatura.

    Conto: texto narra vo, em que a histria gira em torno de um nico confl ito, por isso o nmero de persona-gens, o espao e o enredo so limitados.

    Fbula: texto narra vo, com cunho moralizador em que os personagens so animais que transmitem ensinamentos por meio das aes que realizam na histria. Quando a fbula apresenta como perso-nagens seres inanimados, recebe o nome de aplogo.

    Reportagem: texto jornals co, de carter inves ga -vo-informa vo que transmite informaes aprofunda-das sobre o acontecimento abordado. Diferentemente da no cia, em que o jornalista informa de maneira

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    direta e rpida sobre o acontecimento, na reportagem o produtor levanta questes, faz comentrios e argu-mentaes a par r da inves gao feita por ele ou por sua equipe. As reportagens tradicionais dividem-se em Manchete: tulo da matria que resume o que ser abordado, lead e corpo desenvolvimento da matria. A linguagem da reportagem costuma estar direcionada ao pblico-alvo.

    Resenha: texto exposi vo-argumenta vo, por meio do qual o produtor comenta outro texto, resumindo-o e levantando os aspectos relevantes, posi vos ou nega vos, sobre ele. Esse po de texto exige que o produtor tenha um conhecimento mais aprofundado sobre a rea em que o texto resenhado est inserido, para poder traar comentrios fundados sobre ele.

    Hierarquia dos Sen dos do Texto e Situao Comunica va

    O texto sempre um ato de comunicao, cujos sen -dos esto relacionados situao comunica va em que foi inserido. No processo interpreta vo preciso saber que no existem valores de sen do absoluto, segundo Azambuja, a interao entre texto e contexto exerce papel fundamental na compreenso da leitura.

    O texto tem sua l ma dimenso de signifi cados a par r do contexto. necessrio, por isso que o leitor compar lhe o mesmo conjunto de informaes, ou o mximo possvel, que subjazem ao texto.

    Tudo que o leitor usa na busca de signifi cados por meio dos elementos que formam o texto pode sofrer alteraes de sen -do quando relacionados ao contexto ou situao de produo.

    As circunstncias em que o texto produzido so, por-tanto, decisivas para sua melhor compreenso.

    No caso dos textos verbais, a efi ccia comunica va de-corre da compreenso do signifi cado das palavras no texto. Para saber que signifi cados so esses, importante dis nguir alguns conceitos, tais quais:

    Signo: Conjunto de cdigos verbais ou no verbais usados na comunicao.

    Ex.: Placas de trnsito, cones etc.

    Signo Lingus co: a relao que se estabelece entre um signifi cante (o sinal sico) e o signifi cado (o sinal mental).

    Ex.: Encher balo uma boa a vidade respiratria.Signifi cante = b/a/l//o.Signifi cado = bexiga de ar.

    Denotao: sen do nico/literal.

    Ex.: O Sol uma estrela de quinta grandeza.

    Conotao: sen do fi gurado.

    Ex.: Seus olhos so o sol que aquece os dias meus.

    Polissemia: jogo de palavras/duplo sen do.

    Na polissemia, o signifi cado apropriado estabelecido pelo contexto, como na piada seguinte:

    Por que o Manoel fi cou duas horas olhando fi xamente para a lata de suco de laranja?

    Porque nela estava escrito concentrado.

    Perceba que apesar de concentrado tanto poder signi-fi car teor da polpa quanto ateno, no contexto da lata de suco de laranja, sabe-se que o primeiro signifi cado o que se aplica.

    Ambiguidade: jogo de palavras/duplo sen do.

    Diferentemente da polissemia, na ambiguidade os dois sen dos se aplicam ao contexto, de forma que no possvel garan r o sen do exato, como na frase O nosso negcio seguro, apresentada em uma propaganda de banco, para di-vulgar a seguradora da ins tuio. Nessa situao seguro tanto pode se referir a aplices quanto confi ana que o cliente pode ter na ins tuio, as duas signifi caes so per nentes.

    Nenhum desses signifi cados pode ser considerado me-lhor ou mais importante que o outro, apenas mais adequado ou propcio quela situao de comunicao especfi ca.

    Relaes entre Ideias e Recursos de Coeso

    Em cada texto produzido, o autor deixa registradas suas ideias, intenes, ideologias. Algumas vezes essa exposio acontece de maneira obje va, direta, breve. Em outras o produtor textual explora seus conhecimentos e associa sua ideia principal a outras informaes que julga necessrias compreenso. Cabe ao leitor, para poder compreender e interpretar adequadamente o texto apresentado, perceber quais so as ideias centrais e quais as perifricas dos textos lidos.

    A ideia principal cons tui a essncia do texto. a razo maior para a apresentao de todas as demais ideias, as quais passam a ser chamadas de secundrias. Nela est con da a fi nalidade daquele texto, o porqu o autor o escreveu. Sem essa ideia, o texto perderia sua razo de exis r. Um texto pode apresentar mais de uma ideia principal, porm elas estaro segmentadas em nveis de importncia. Resumindo, pode-se dizer que a ideia principal aquela que apresenta a tem ca central, o obje vo principal do texto ao passo que as ideias secundrias so aquelas que explicam, detalham e desenvolvem esse tema.

    O autor pode marcar explicitamente a ideia central de seu texto ou deix-la implcita, por isso no h uma forma exata para a defi nio desta ideia, porm, pode-se dizer que para a localizao da ideia principal, ajuda muito verifi car trs dicas:

    O tulo costuma ter relao de sen do com a ideia central do texto.

    Quando os textos so informa vos ou cien fi cos, a ideia central costuma ser apresentada no pargrafo de introduo.

    A ideia principal a mais evocada no texto, gerando maior quan dade de conexes lgicas entre as ideias.

    Apesar de as dicas auxiliarem muito, o recurso mais se-guro para a separao entre ideias principais e secundrias a boa leitura do texto. medida que a leitura torna-se mais efi ciente, fi ca mais fcil iden fi car os obje vos centrais e perifricos do produtor textual. Apresentamos aqui as trs formas bsicas de leitura que te ajudar a separar efi ciente-mente as ideias principais das secundrias.

    Coeso Referencial

    Na coeso referencial, a conexo no texto d-se de forma lexical, em que o processo de referenciao acontece pela subs tuio de um nome por outro, e grama cal, em que a coeso dada pela referncia dos pronomes e dos ar gos, entre outras categorias grama cais, a um nome. A coeso lexical acontece por meio da subs tuio de um nome por sinnimos (detalhes/pormenores), hipnimos (colher/ talher) ou hipernimos (talher/colher). A grama cal, pela

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    subs tuio do referente por uma classe de natureza grama- cal, principalmente os pronomes, que pode fazer retomadas (anafricas) ou antecipaes (catafricas).

    Coeso Sequencial

    A coeso sequencial, por intermdio dos elementos de transio, ajuda o leitor a perceber a tecitura das ideias, como elas se relacionam. Os principais elementos de transio so:

    Mas, porm, contudo, todavia, entretanto, no entan-to, embora, contra, apesar de, conquanto, no obs-tante, ao contrrio, salvo, exceto, menos Denotam oposio, contraste, adverso, restrio ou ressalta.

    Porque, visto que, porquanto, em virtude de, uma vez que, devido a, por mo vo, graas a, sem razo de, em decorrncia de, por causa de, com efeito, por conseguinte Denotam relao de causa e conse-quncia.

    A fi m de, a fi m de que, com intuito de, para, para que, com o obje vo de Denotam fi nalidade.

    Vale dizer, ou seja, que dizer, isto , com outras pa-lavras, ou por outra, a saber Indicam uma relao de esclarecimento ou ilustrao.

    medida que, proporo que, ao passo que, tan-to quanto, tanto mais, a menos que Estabelecem relao de proporo.

    Em pouco tempo, em muito tempo, logo que, assim que, antes que, depois que, quando, sempre que Estabelecem noo temporal.

    Se, caso, contanto que, a no ser que, a menos que Indicam condio.

    Portanto, ento, assim, logo, por isso, por conseguin-te, pois, de modo que, em vista disso, em suma Denotam relao de concluso.

    Coerncia Textual

    A coeso uma auxiliar e, s vezes, uma geradora da construo da coerncia, sen do global do texto. Ao ler um texto, o leitor espera encontrar elementos interligados, explcita ou implicitamente, que confi rmem as dedues e inferncias que so feitas ao longo da leitura. Por exemplo, se algum l num texto que Joo viera leciona em Belm, por causa da coerncia espera confi rmar em algum momento que Joo professor e no um comerciante.

    So pos de coerncias a serem verifi cadas nos textos: Coerncia Narra va: incoerente narrar uma histria

    em que algum est descendo uma ladeira num carro sem freios, que para imediatamente, depois de ser brecado, quando uma criana lhe corta a frente.

    Coerncia Figura va: suponhamos que se deseje fi gura vizar o tema despreocupao. Podem-se usar fi guras como pessoas deitadas beira de uma pis-cina, drinques gelados, passeios pelos shoppings. No caberia, no entanto, na fi gura vizao desse tema, a u lizao de fi guras como pessoas indo apressadas para o trabalho, fbricas funcionando a pleno vapor.

    Coerncia Argumenta va: quando se defende um ponto de vista de que o homem deve buscar o amor e a amizade, no se pode dizer em seguida que no se deve confi ar em ningum e que por isso melhor viver isolado.

    Ernani Pimentel

    Figuras de Linguagem

    Figuras de Pensamento

    So as fi guras que atuam no campo do signifi cado.

    An tese: aproximao de ideias opostas O belo e o feio podem ser agressivos ou no.

    Paradoxo: aparente contradio Esta sua a uma beleza de feiura.

    Ironia: afi rmao do contrrio O animal estava limpo, com os cascos reluzentes, fi rme, saudvel... Muito maltratado!

    Eufemismo: suavizao do desagradvel Passou desta para a melhor (= morreu).

    Hiprbole: exagero J repe cem mil vezes.

    Perfrase: subs tuio de uma expresso mais curta por uma mais longa e pode ser es lis camente nega va ou posi va, dependendo do contexto.

    Texto: Apoio sinceramente sua deciso.Perfrase: Antes de mais nada, importante que voc

    me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros sen mentos de apoio ao resultado de suas meditaes.

    Tambm cons tui perfrase o uso de duas ou mais pala-vras em vez de uma:

    tular da presidncia (= presidente); a regio das mil e uma noites (= Arbia)

    Figuras de Sintaxe

    So as fi guras relacionadas construo da frase.

    Elipse: omisso de termo facilmente iden fi cvel (eu) cheguei, (ns) chegamos.

    Hiprbato: inverso da frase Para o p o correram todos.

    Pleonasmo vicioso: repe o desnecessria de ideia Chutou com o p, roeu com os dentes, saiu para fora, lustro de cinco anos...

    Pleonasmo es ls co: A mim, no me falaste. Aos pais, lhes respondi que...

    Assndeto: ausncia de conjuno coordena va Che-gou, olhou, sorriu, sentou.

    Polissndeto: repe o de conjuno coordena va Chegou, e olhou, e sorriu, e sentou.

    Gradao: sequncia de dados em crescendo Balbu-ciou, sussurrou, falou, gritou...

    Silepse: concordncia com a ideia, no com a palavra.

    Silepse de Gnero: Vossa Senhoria est cansado?

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    Silepse de Nmero: E o casal de garas pousaram tran-quilamente.

    Silepse de Pessoa: Todos deveis estar atentos.

    Figuras de Sonoridade

    So as fi guras relacionadas ao trabalho com os sons das palavras.

    Aliterao: repe o de sons consonantais prximos Gil engendra em Gil rouxinol

    (Caetano Veloso)

    Assonncia: repe o de sons voclicos prximos Cunh poranga na manh lou.

    Onomatopeia: tenta va de imitao do som coxixo, que-taque, zum-zum, miau...

    Paronomsia ou trocadilho Contudo... ele est com tudo.

    Tropos (Uso do Sen do Figurado ou Conotao)

    Comparao ou Analogia: relao de semelhana expl-cita sinta camente.

    Ele voltou da praia parecendo um peru assado.Teresa est para voc, assim como Jlia, para mim.Corria como uma lebre assustada.Sua voz igual ao som de panela rachada.

    Metfora: relao de semelhana subentendida, sem conjuno ou palavra compara va.

    Voltou da praia um peru assado.A sua Tereza a minha Jlia.Correndo, ele era uma lebre assustada.Sua voz era uma panela rachada.

    Metonmia: relao de extenso de signifi cado, no de semelhana.

    Con nente x contedoS bebi um copo. (Bebeu o contedo e no copo)

    Origem x produtoComeu um bauru. (Bauru a origem do sanduche)

    Causa x efeitoCigarro incomoda os vizinhos. (A fumaa que incomoda)

    Autor x obraVamos cur r um Gilberto Gil? (Cur r a msica)

    Abstrato x concretoEstou com a cabea em Veneza. (O pensamento em

    Veneza)

    Smbolo x simbolizadoA balana imps-se espada. (Jus a... Foras Armadas)

    Instrumento x ar staO cavaquinho foi a grande atrao. (O ar sta)

    Parte x todoHavia mais de cem cabeas no pasto. (Cem reses)

    Catacrese: metfora estra fi cada, que j faz parte do uso comum.

    Asa da xcara, asa do avio, barriga da perna, bico de bule, p de limo...

    Prosopopeia ou Personifi cao:O cu sorria aberto e cin lante... As folhas das palmeiras

    sussurravam aos nossos ouvidos.

    EXERCCIOS

    Agora sua vez, leia as trs letras de msica abaixo e analise os itens que propomos para elas:

    Texto I

    Que Pescar Que NadaBruno e Marrone

    Composio: Bruno/Felipe/Vincius

    J paguei quem eu deviaGraas a Deus eu t sossegadoEu pus o burro na sombraE t levando at meu cunhadoEnchi o tanque do carroComprei cigarro e uma pinga boaJuntei a traia de pescaVai ser uma festa l na lagoa

    Falei pra minha patroaQue a farra boaE bem comportadaE vou com os alguns amigosNo tem perigo nessa paradaNo ponho a cara pra foraNem jogar bola ela quer deixarO jeito que tem agora falar pra ela que eu vou pescar

    Que pescar que nadaVou beijar na bocaVer a mulherada na madrugadaFicando louca

    Que pescar que nadaVou matar a fomeL ninguem se meteL vai ter sete pra cada homem

    Texto II

    Vai Pescar MoadaGian e Giovani

    Composio: Andre/Uriel

    J pagou o que deviaT tranquilo e sossegadoPega o garrafo de pingaE o mala do seu cunhadoCompra bastante cigarroUns quinze ou vinte pacotesQue pr dar pros seus amigosAqueles bbados serrotes...

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    A sua mulher j sabeDa malandragemMas no reclamaQuando voc vai pescarEla pega o telefoneE me chamaVoc pode jogar bolaPode ir pescarFazer o que quiserQuando voc vai pr farraEu vou cuidarDa sua mulher...

    Vai pescar moadaPescar na lagoaVai, no se estressaNo tenha pressaQue eu t na boaVai pescar moadaPescar na lagoaJunta a traia e someQue eu mato a fomeDa sua patroa

    Texto III

    Composio: Jakson Luis Rosa

    L me vem ele outra vezCom essa conversa que vai pescarEu sou gata ensaboadaNessa roubada, no vou entrarMas ajudei numa boaArrumar as tralhas da pescariaE disse pra ele logoDurante a pesca aonde eu iria

    Falei pra ele:Benzinho, eu marquei hora l no saloEnto pode ir pescar tranquiloS deixe uns troco na minha moDepois liguei para a turminhaDe amigas, sobre a paradaDeixei o bobo pensarQue fui pro salo, e fui pra balada

    Hoje o bicho pega, hoje eu mato a fomeDeixe ele pescar que na madrugadaTa assim de homemMe vou pra balada, vou com a minha turmaL ningum se envolveL vai ter nove pra cada uma

    1. Pode-se afi rmar que o texto II faz uma releitura do texto I, reproduzindo a mesma ideia central.

    2. O assunto em comum garante a relao entre os trs textos.

    3. Infere-se dos textos que a pescaria pr ca corrente entre os homens.

    4. No contexto, pode-se dizer que h analogia entre o texto II e III.

    5. Pode-se afi rmar que o texto II estabelece dilogo com o texto I, assim como o III faz em relao ao II.

    6. O texto I apresenta uma viso feminina que no se confi rma nos textos II e III.

    7. possvel afi rmar, considerando-se a relao existente entre os trs textos, que o primeiro o mais an go dos trs.

    8. Os textos II e III reescrevem o texto I preservando-lhe o sen do.

    A par r da leitura do texto abaixo responda s questes que se seguem.

    A Pescaria

    Foi nas margens do Ipiranga,Em meio a uma pescaria,Sen do-se mal, D. PedroComera demais cuscuz Desaperta a barriguilhaE grita, roxo de raiva:Ou me livro desta clicaOu morro logo de uma vez!O prncipe se aliviou,Sai no caminho cantando:J me sinto independente.Safa! Vi de perto a morte!Vamos cair no fadinho,Pra celebrar o sucesso.

    A Turma de Coimbra surgeCom as guitarras afi adas,Mas as mulatas dengosas,Do Clube Flor de AbacateEntram, fi rmes no maxixeAbafam o fado com a voz,Levantam, sorrindo, as pernas...E a colnia brasileira,Toma a direo da farra.

    (Murilo Mendes)

    9. O texto escrito em tom de:a) exaltao. b) cr ca. c) s ra.d) devoo.e) elogio.

    10. O texto acima pressupe o conhecimento de:a) um fato histrico.b) msica portuguesa.c) pescaria.d) a escola literria a que se fi lia o autor.e) geografi a sica.

    11. Murilo Mendes pertence escola Modernista da lite-ratura brasileira. Nessa escola vrios poetas fi zeram a releitura de fatos importantes para o Brasil e que, geralmente, eram mis fi cados pela escola romn ca. O texto apresenta uma releitura:a) da vinda da famlia real para o Brasil.b) da regncia de D. Pedro II.c) das festas comemora vas na corte.d) das a tudes dos heris nacionais.e) da independncia do Brasil.

    Leia os texto abaixo para responder s questes 12 e 13.

    Texto I

    Amor fogo que arde sem se ver; ferida que di e no se sente, um contentamento descontente, dor que desa na sem doer;

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    um no querer mais que um bem querer; solitrio andar por entre a gente; nunca contentar-se de contente; cuidar que se ganha em se perder;

    querer estar preso por vontade; servir a quem vence o vencedor; ter com quem nos mata lealdade.

    Mas como causar pode seu favorNos coraes humanos a amizade,Se to contrrio a si o mesmo Amor?

    (Lus de Cames)

    Texto II

    Monte Castelo

    Ainda que eu falasse a lngua dos homensE falasse a lngua dos anjosSem amor eu nada seria s o amor, s amorQue conhece o que verdadeO amor bom, no quer o malNo sente inveja ou se envaidece.O amor fogo que arde sem se ver ferida que di e no se sente um contentamento descontente dor que desa na sem doerAinda que eu falasse a lngua dos homensE falasse a lngua dos anjosSem amor eu nada seria um no querer mais que bem querer solitrio andar por entre a gente um no contentar-se de contente cuidar que se ganha em se perder um estar-se preso por vontade servir a quem vence, o vencedor um ter com quem nos mata lealdadeTo contrrio a si o mesmo amorEstou acordado e todos dormemTodos dormem todos dormemAgora vejo em parteMas ento veremos face a face s o amor, s o amorQue conhece o que verdadeAinda que eu falasse a lngua dos homensE falasse a lngua dos anjosSem amor, eu nada seria.

    (Renato Russo Legio Urbana)

    Texto III

    Excelncia do Amor

    Ainda que eu falasse as lnguas dos homens e dos anjos, se no ver amor, sou como bronze que soa, ou como o cm-balo que re ne. Mesmo que eu vesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistrios e toda a cin cia; mesmo que vesse toda a f, a ponto de transportar montanhas, se no ver amor, no sou nada.

    O amor paciente, o amor bondoso. No tem inveja. O amor no orgulhoso. No arrogante. Nem escandaloso. No busca a seus prprios interesses, no se irrita, no guar-da rancor. No se alegra com a injus a, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo cr, tudo espera, tudo suporta.

    O amor jamais acabar.

    (Bblia Sagrada, I Cor. 13, 1-7)

    12. O amor um tema universal e eterno. Propagado da Bblia aos textos modernos, ele o tema central dos textos acima. A par r da leitura deles julgue os itens a seguir.a) A distncia cronolgica entre os trs textos, faz com

    que eles apresentem vises diferentes do amor.b) Pode-se afi rmar que o autor do segundo texto leu o

    primeiro e que o autor do terceiro leu o segundo.c) Renato Russo dialoga tanto com Cames quanto com

    So Paulo, provvel autor do fragmento bblico, em seu texto.

    d) Para os trs autores amar pressupe abnegao.e) Ao afi rmar que o amor tudo suporta o texto III pro-

    paga a mesma viso existente no texto I.

    13. s evidentes semelhanas entre o texto II e os outros dois d-se o nome de:a) Intertextualidadeb) Contextualidadec) Plgiod) Pardiae) Imitao

    Cespe/TJ-DF

    Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, posi -vo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei informao. Do que eu mesmo me alembro, ele no fi gurava estrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. S quieto. Nossa me era quem re-gia, e que ralhava no dirio com a gente minha irm, meu irmo e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa.

    Era a srio. Encomendou a canoa especial, de pau de vinh co, pequena, mal com a tabuinha da popa, como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, prpria para dever durar na gua por uns vinte ou trinta anos. Nossa me jurou muito contra a ideia. Seria que ele, que nessas artes no vadiava, se ia propor agora para pescaria e caadas? Nosso pai nada no dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais prxima do rio, obra de nem quarto de lgua: o rio por a se estendendo grande, fundo, calado que sempre. (...)

    Joo Guimares Rosa. A terceira margem do rio. In: Primeiras Estrias. J. Olympio, 1968.

    Considerando a pologia textual e a es ls ca, julgue os itens a seguir.14. ( ) O texto afasta-se, sistema camente, da norma pa-

    dro, no que se refere ortografi a, para demonstrar que o narrador de uma classe sociocultural desfa-vorecida.

    15. ( ) O texto tem caracters cas narra vo-descri vas, em que o escritor mostra-se onisciente.

    16. ( ) O texto caracteriza-se pelo uso de estruturas sint- cas provenientes da linguagem oral.

    17. ( ) O autor demonstra claramente sua imensa admira-o pelo seu pai e sua irritao pelo comportamento de sua me.

    18. ( ) H dois momentos de temporalidade: um, que se refere ao fato que introduz o primeiro pargrafo (redigido no pretrito perfeito), e outro, que narra o fato da compra da canoa (redigido no pretrito imperfeito).

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    Com relao ao emprego das palavras no texto, julgue os itens a seguir.19. ( ) A palavra estrdio (l.5) aparece com o mesmo

    sen do de quieto (l.6).20. ( ) O vocbulo regia (l.6) est sendo usado no sen do

    de mandava, orientava, dirigia.21. ( ) A palavra vinh co (l.11) poderia ser subs tuda

    por parreira, sem alterao de sen do.22. ( ) A expresso arqueada em rijo (l.13) aparece com

    o mesmo sen do de enrijecida em forma curva.23. ( ) A expresso obra de nem quarto de lgua (ls.18

    e 19) poderia ser subs tuda por obra de mais de um quarto de lgua, sem alterao de sen do.

    Burrice

    Agora a mira est apontada para o crebro. E quem dispa-ra o mssil Paulo Rogrio Duarte, de 23 anos. detesto mu-lher burra, diz. Prefi ro at que ela seja um pouco feminista ( olha s: ser que feminismo agora virou elogio?), mas que tenha inteligncia. No gosto de quem s fala abobrinha. Tem que ser bem-informada, pelo menos no dar fora. Sacou? Ta mais uma razo para ler jornal, ir ao cinema, ler livro, estudar e, principalmente, pensar. E tem outra coisa: cuidado com os erros de Portugus. No precisa falar di cil quando ver com algum menino, mas dizer a gente fomos no pega bem mesmo. As aulas de Portugus podem ser teis na hora da paquera. Quem diria...

    In: Capricho, maro de 1991.

    Julgue os itens seguintes.24. ( ) As linhas iniciais do pargrafo encerram expresses

    no sen do conota vo que denota vamente se re-ferem ao blica.

    25. ( ) Existem signos lingus cos no texto do redator que permitem iden fi car, como des natrio preferencial de sua mensagem, um grupo social composto por jovens e adolescentes do sexo feminino.

    26. ( ) H ocorrncia de expresses picas da oralidade no texto do redator.

    27. ( ) O segmento (olha s: ser que feminismo agora virou elogio?) contm o pressuposto: o feminismo anteriormente no era elogio.

    28. ( ) A expresso olha s tem funo predominantemente metalingus ca.

    Evidenciando a leitura compreensiva do texto Burrice, julgue os itens abaixo.29. ( ) S fala abobrinha um comportamento compa vel

    com a representao do que seja uma mulher burra.30. ( ) Um pouco atenua a afi rmao prefi ro que a mulher

    seja feminista.31. ( ) A mulher deve ser bem-informada, para P.R. Duarte,

    quando mais no, pelo menos para no incorrer em fi ascos ou gafes.

    32. ( ) A fala de P.R. Duarte permite inferir que, de sua parte, h condescendncia s reivindicaes das mulheres por direitos iguais aos homens, desde que no deixem de ser inteligentes.

    33. ( ) P.R Duarte, por empregar expresses como falar abobrinha e dar fora, caracteriza-se como um falante da classe baixa, com escolaridade incompleta.

    GABARITO

    1. E2. C3. C4. C5. E6. C7. C8. E9. C10. a11. e12. E, E, C, C, C13. a14. E15. E16. C17. E

    18. E19. E20. C21. E22. C23. E24. C25. C26. C27. C28. E29. C30. C31. C32. E33. E

    Jos Almir Fontella Dornelles

    CONHECIMENTOS LINGUSTICOS

    Aspectos Grfi cos

    Relaes entre Fonemas e Grafi as

    Fonemas e letrasFonemas so os sons da fala, a unidade mnima da pala-

    vra. As letras (grafemas) so os smbolos que representam os fonemas.

    Observaes:1) letras diferentes podem representar o mesmo fonema:

    mesa /z/, exame /z/, beleza /z/...2) a mesma letra pode representar fonemas diferentes:

    exmio /z/, xerife /x/, mximo /s/, txi / ks/, casa /k/, cedo /s/...

    3) nem sempre h correspondncia entre o nmero de letras e o de fonemas: base [/b//a//z//e/] 4 letras, 4 fonemas; chave [/x//a//v//e/] 5 letras, 4 fonemas;

    sexo [/s//e//k//s//o] 4 letras, 5 fonemas.

    Encontros consonantaisSo encontros, em um vocbulo, de dois ou mais fonemas

    consonantais: fra-se, blo-co, rit-mo, ad-vogar, subs-tn-cia, felds-pa-to...

    Observaes:1) encontros consonantais a picos ou disjuntos: em slabas diferentes: ad-ven-to, dig-no, as-pec-to, rit-mo...2) encontros consonantais ml plos: mais de dois

    fonemas: felds-pa-to, ads-trin-gente, subs-tn-cia, quart-zo...3) encontro consonantal no grafado (dfono): x = /k/ e /s/: sexo: /s//e//k//s//o/, fi xo: /f//i//k//

    s//o/...

    DgrafosDuas letras que representam um fonema.1) Dgrafos consonantais (rr, ss, sc, s, xc, ch, lh, nh, gu,

    qu): birra, osso, nascer, cresa, exceto, chama, malha, ninho, guia, quilo...

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    2) Dgrafos voclicos (am, an, em, en, im, in, om, on, um, un): campo, antes, tempo, genro, simples, tinta, sombra, onda, tumba, assunto...

    No se esquea de que, no fi nal dos vocbulos, am, em, en(s) formam ditongos e no dgrafos.

    Encontros voclicos

    DitongoDois sons voclicos na mesma slaba (vogal e semivogal

    ou vice-versa): au-la, qua-dro, po...

    Classifi cao dos Ditongos1) Crescente (semivogal e vogal): re-l-gio, srie, t-nue,

    -gua, g-meo, m-goa, gl-ria...2) Decrescente (vogal e semivogal): cai-xa, coisa, p-nei,

    pe, au-to, deu-sa...Observao: h ditongo nas terminaes am (falam:

    /f//a//l////w/), em (porm: /p//o//r//e~//y/), en(s) (po lens: /p//o//l//e~//y//s/)...

    HiatoFonemas vogais em slabas diferentes: sa--de, ra-iz,

    Sa-a-ra, xi-i-ta, le-em, hi-a-to...

    TritongoTrs sons voclicos (sv + v + sv) na mesma slaba: i-guais,

    a-ve-ri-guou, sa-guo, en-x-guam...

    DgrafosDuas letras que representam um fonema.1) Dgrafos consonantais (rr, ss, sc, s, xc, ch, lh, nh, gu,

    qu): birra, osso, nascer, cresa,exceto, chama, malha, ninho, guia, quilo...2) Dgrafos voclicos (am, an, em, en, im, in, om, on, um,

    un): campo, antes, tempo, genro,simples, tinta, sombra, onda, tumba, assunto...No se esquea de que, no fi nal dos vocbulos, am, em,

    en(s) formam ditongos e no dgrafos.

    Complementaes1) Os encontros fi nais tonos ia, ie, io, eo, ua, ue, uo, oa

    podem ser classifi cados tambm como hiatos: /gl-ria/ ou /gl-ri-a/, /s-rie/ ou /s-ri-e/, /s-rio/ ou /s-ri-o/...

    2) Quando, no encontro voclico, a sequncia for vogal, semivogal e vogal, costuma-se chamar falso hiato, uma vez que existem dois ditongos: goiaba: /g//o//i/-/i//a/-/b//a/, sereia: /s//e/-/r/e/i/-/i//a/...

    3) O nmero de fonemas no ser igual ao de letras, quando houver:

    a) dgrafo: quilo /k//i//l//o/: 5 letras, 4 fonemas;b) falso hiato: areia /a//r//e//i//i/a/: 5 letras, 6 fo-

    nemas;c) x = /k//s/: txi /t//a//k//s//i/: 4 letras, 5 fonemas;d) h e molgico: hoje /o//j//e/: 4 letras, 3 fonemas.

    EXERCCIOS DE FIXAO

    1. Ditongos crescente e decrescente, ambos na mesma palavra.a) conscincia.b) quando.c) guardam.d) toureiro.

    2. As vogais grifadas cons tuem ditongos em todos os vocbulos da alterna va:a) glria gua quota srie.b) reeleger cooperar beato caolho.c) dia lua o pai.d) sava pria gnio heri.

    3. Aponte a dupla em que a letra x representa o mesmo fonema.a) enxame inexaurvel.b) defl uxado taxar.c) intoxicado exceto.d) tx l xtase.e) txico taxa vo.

    4. No trecho abaixo, de Jos de Alencar: Quando eles se separaram, porm; Peri saltou por cima

    da estacada., os ditongos encontrados, pela ordem, so a) crescente nasal decrescente nasal decrescente

    nasal decrescente oral.b) decrescente nasal decrescente nasal decrescente

    nasal decrescente oral.c) decrescente oral.d) crescente nasal decrescente oral.e) crescente nasal decrescente nasal decrescente

    oral.

    5. Marque a opo em que todas as palavras apresentam um dgrafo.a) fi xo auxlio txico enxame.b) enxergar luxo bucho olho.c) bicho passo carro banho.d) choque sintaxe unha coxa.e) exceto carroa quase assado.

    6. Quis rar o brao, mas o dele reteve-lho com fora. Na palavra quis ha) ditongo oral crescente e duas consoantes.b) erro de ortografi a na representao do fonema /z/.c) dois fonemas consoantes e um vogal.d) dois fonemas consoantes e dois semivogais.e) um dgrafo e um fonema semivogal.

    GABARITO COMENTADO

    1. c Em guardam = /g//w//a//r/ - /d////w/: /wa/:dit. cresc. e /w/: (dit. decresc.).

    2. a gl-ria; -gua; quo-ta; s-rie: dit. cresc. Obs.: b) todos hiatos; c) di-a, lu-a, -o (hiatos), pai (dit. de-cresc.); d) sa--va (hiato), paria, gnio (dit. cresc.), heri (dit. decresc.).

    3. d tx l = /t//e//s//t//i//l/, xtase = /e//s//t//a//z//e/(x = /s/). Obs.: a) enxame = /e~//x//a//m//e/, inexaurvel = /i//n//e//z//a//w//r//i//v//e//l/; b) defl uxado = /d//e//f//l//u//c//s//a//d//o/ ou /d//e//f//l//u//s//s//a//d//o/, taxar = /t//a//x//a//r/;c) intoxicado = /~//t//o//c//s//i//c//a//d//o/, exceto = /e//s//e//t//o/; e) txico = /t////c//s//i//c//o/, taxa vo = /t//a//x//a//t//i//v//o/.

    4. a ditongos: /k//w///-/d//o/: cresc. nasal; /s//e/-/p//a/-/r//a/-/r////w/: decresc. nasal; /p//o//r//e~//y/: decresc. nasal; /s//a//l/-/t//o//w/: (decresc. oral.)

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    5. c bicho: ch = /x/; passo: ss = /s/; carro: rr = /r /; banho: nh = // (dgrafos). Obs.: a) s h dgrafo em enxa-me, em = /e~/; em fi xo e txico, x = /c//s/: dfono;b) no h dgrafo em luxo, x = /x/; d) no h dgrafo em coxa, x = /x/; e) no h dgrafo em quase, qu = /k//u/.

    6. c Em quis = /k//i//s/ (qu = /k/): 2 fon. cons.: /k/ /s/; 1 fon. vogal: /i/. Obs.: a) no h ditongo: o u faz parte do dgrafo qu = /k/; b) o verbo querer, emtodas as flexes, grafado com s; d) no h semivogal (no h ditongo); e) no h fonema semivogal (idem).

    ORTOGRAFIA OFICIAL

    O Alfabeto

    Alfabeto com 26 letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.

    Emprego das letras k, w e y: 1) para escrever smbolos : km (quilmetro),

    kg (quilograma), W (wa ), yd (yard = jarda), TWA (Trans World Airlines), K (kalium = potssio), kw (kilowatt), W (West = oeste) etc.

    2) para escrever palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): Franklin, frankliniano; Kant, kan smo; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, byronia-no; Taylor, taylorista; Kwanza, Kuwait, kuwai ano; Malawi, malawiano etc.

    Emprego das Letras

    Emprego da Letra Z (Fonema /z/)

    1) Substan vos abstratos derivados de adje vos: pobre-za, beleza, al vez, acidez...

    2) Aumenta vos ou diminu vos: copzio, balzio, pa-pelzinho, homenzarro, manzorra...

    3) Verbos terminados em zer e zir: fazer, trazer, dizer, aprazer, aduzir, franzir, conduzir, produzir, reduzir... (excees: coser e transir...).

    4) Sufi xo izar (em nomes sem s): fi nalizar, realizar, cen-tralizar, idealizar, moralizar...

    5) Desinncia triz (formadora de feminino): embaixatriz, imperatriz, atriz, geratriz...

    Emprego da Letra S (Fonema /z/)

    1) Adjetivos que indicam origem: burgus, francs, ingls, campons, monts...

    2) Desinncias de feminino esa / isa: baronesa, marque-sa, japonesa, poe sa, sacerdo sa, profe sa...

    3) Em todas as formas dos verbos pr (pus, pusemos, pusera, puseste...) e querer (quis, quisemos, quisera, quisesse...).

    4) Adjetivos terminados em oso(a): aquoso(a), me-loso(a), jeitoso(a), gostoso(a), seboso(a), vaidoso(a)...

    5) Depois de ditongos: causa, coisa, lousa, nusea, aplauso, clausura, Sousa, Neusa...

    Empregos das Letras S e SS (Fonemas /z/ e /s/)

    Substan vos derivados dos verbos terminados em:ender defender (defesa), empreender (empresa), sur-preender (surpresa), despender (despesa), compreender (compreenso), repreender (repreen so)...

    ergir imergir (imerso), submergir (submerso)...erter inverter (inverso), perverter (perverso)...pelir repelir (repulsa), compelir (compulso)...correr discorrer (discurso), percorrer (percurso)...ceder ceder (cesso), conceder (concesso)...gredir agredir (agresso), regredir (regresso)...primir exprimir (expresso), comprimir (compressa)... r permi r (permisso), discu r (discusso)...

    Emprego da Letra X (Fonema /x/)

    1) Depois de ditongos: caixa, trouxa, deixar, queixo, ameixa, baixo, paixo... (exceo: recauchutar e derivadas).

    2) Depois das slabas iniciais: me: mexer, mexerico, mexicano, mexilho... (exceo: mecha) la: laxan-te... li: lixa, lixo... lu: luxo, luxria, luxao... gra: graxa, graxeira, engraxate... bru: bruxa, bruxels...

    Emprego do G (Fonema /j/)

    1) Nas terminaes: gio: estgio, adgio... gio: privilgio, sacrilgio, egrgio... gio: pres gio, ves- gio... gio: hagiolgio, relgio... gio: refgio, subterfgio... agem: viagem, paisagem... (exceo: pajem) ege: herege, bege, sege... igem: origem, ver gem... oge: doge, metagoge... ugem: ferru-gem, penugem... (exceo: lambujem).

    2) Nos verbos terminados em ger: reger, proteger, ele-ger... e gir: agir, frigir, fi ngir...

    Emprego do J (fonema /j/)

    1) Em palavras de origem tupi-guarani: jeriv, jiboia, jirau, paj, jerimum... ou africana: canjica, acaraj, lambujem...

    2) Nos verbos terminados em jar: viajar, arranjar, are-jar... e em jear: gorjear, pajear...

    3) Na terminao aje: laje, ultraje, traje...

    Emprego do C ou (Fonema /s/)

    1) Em palavras de origem tupi-guarani: aa, ara, babau... ou africana: paoca, troa, caula...

    2) Em sufi xos: barcaa, armao, criana, carnia, canio, dentuo...

    3) Depois de ditongos: foice, loua, beio...4) Nos derivados do verbo ter: absteno, deteno,

    ateno, reteno...

    EXERCCIOS DE FIXAO

    1. Assinale a alterna va correta quanto ortografi a.a) A cultura no prezume, no pode almejar, nem

    uniformisao, nem unidade sem diversidade.b) A linguagem administra va e legal, em qualquer so-

    ciedade organizada, apresenta um hiato em relao aos usos correntes da lngua.

    c) O fenmeno da intelexo da linguagem jurdica apresenta uma srie de problemas ao cidado leigo.

    d) necessrio consiliar a tecnisidade dos textos legais com a comunicao do povo, que o principal des- natrio da lei.

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    2. Assinale o texto inteiramente correto quanto grafi a.a) H intenso de se alcanar um consenso para evitar

    as divergncias entre os parlamentares.b) preciso cessarem as disenses para se obter a

    aprovao da Lei de Diretrizes e Bases da Educao.c) Um aqurio pode ser do como um ecossistema, no

    qual os escrementos dos peixes, depois de decom-postos, fornecero elementos essenciais vida das plantas.

    d) O Sol o responsvel pela emisso de luz, indis-pensvel para a fotossntese, processo pelo qual as plantas produzem o alimento orgnico primrio assim como pra camente todo o oxignio disponvel na atmosfera.

    e) Pesquizas recentes tm atribudo a choques mete-ricos a sbita ex no dos dinossauros da face da Terra.

    3. Todos esto escritos corretamente.a) ( ) disteno, emerso, incurso, suspenso.b) ( ) bssola, emio, precesso, crasso.c) ( ) lascivo, oscilao, reciso, facnio.d) ( ) atravs, anlise, anisete, cs.e) ( ) rigidez, rugido, ultrage, viajem.

    4. Todas devem ser escritas com e:a) des_quilbrio, aborg_ne, distribu_, cas_mira.b) d_sis r, _nibir, dis_nteria, s_lvcola.c) quas_, d_s lao, p_nicilina, g_ada.d) p_xote, requ_sito, F_lipe, pt_o.e) d_scrio, tereb_n na, fem_nino, pont_agudo.

    5. Aponte a alterna va correta.a) exceo excesso espontneo espectadorb) excesso exceto espontneo espectadorc) exceo excesso expontneo expectadord) excesso excesso espontneo expectadore) esesso excesso expontnio expectador

    6. Assinale a alterna va que preencha os espaos corre-tamente.Com o intuito de ________ o trabalho, o aluno recebeu algumas incumbncias: ________ datas, ________ o contedo e ________ um es lo mais moderno.a) fi nalisar pesquisar analisar improvisarb) fi nalizar pesquisar analisar improvisarc) fi nalizar pesquizar analisar improvisard) fi nalisar pesquisar analizar improvizare) fi nalizar pesquisar analisar improvizar

    7. Que frase apresenta um ou mais vocbulos escritos incorretamente?a) Aos dezessete anos de idade, Nlson j era um rapaz

    extremamente extravagante.b) Ao marqus e a toda sua comi va foi oferecido um

    esplndido banquete.c) Atualmente, as lnguas estrangeiras esto sendo

    ensinadas atravs de processos audiovisuais.d) A dispensa de muitos funcionrios da seo de pes-

    soal causou dissenso entre os diretores.e) Homem pretencioso, o ministro no conseguia dis-

    farar sua inexgotvel presuno.

    8. Todos esto escritos corretamente.a) ( ) alazo, alcauz, capuz, coalizo.b) ( ) caixilho, enchada, remexer, chachim.c) ( ) salsicha, deboche, xiste, inxar.d) ( ) extasiar, expoente, expiao, ts l.e) ( ) rixa, salsixa, vexame, penaxo.

    9. Qual a alterna va a ser preenchida com sc?a) di_ente, a_az, au_ena, con_incia.b) a_dio, cre_er, de_er, la_ido.c) o_ilar, me_e, n_io, di_ertar.d) v_era, pre_indir, fa_inar, di_ernir.e) inso_o, fl ore_er, cra_o, intume_er.

    10. Qual a palavra que no se escreve com z?a) repre_arb) pra_oc) bali_ad) abali_adoe) despre_ar

    11. Assinale a opo que completa corretamente as lacunas. Minha _________ est ______ por culpa no sei de

    ____.a) pesquisa atrazada qub) pesquiza atrasada quc) pesquisa atrazada qued) pesquiza atrasada quee) pesquisa atrasada qu

    12. Assinale a alterna va em que a frase esteja grama cal-mente correta.a) Foi graas interseo do Diretor que consegui

    renovar a matrcula.b) Entre os ndios, a pior ofensa era ser tachado de

    covarde.c) Li, na sesso policial do matu no, que o criminoso

    cozera o desafeto a faca.d) Apresentadas aquelas provas concludentes, o ru

    foi absorto.e) A falsifi cao de minha rbrica no convenceu a

    ningum.

    13. Todos esto escritos corretamente.a) ( ) asperso canceira convulso destro.b) ( ) lassido eletrocusso aquiescncia cnscio.c) ( ) oniscincia suscitar luminiscncia dicernir.d) ( ) braza casulo ciso tris.e) ( ) chumaos machiche pixe char.

    14. Qual a alterna va a ser preenchida com j?a) o_eriza, cafa_este, _ente, gara_em.b) gor_eta, ultra_e, la_e, laran_eira.c) man_erico, _eito, here_e, ver _em.d) _ela, en_eitar, ma_estade, vir_em.e) mon_e, lambu_em, boba_em, can_ica.

    15. Qual a palavra que no se completa com s?a) improvi_arb) improvi_oc) rego_ijod) arra_are) atra_ar

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    GABARITO

    1. b Correes: a) presume // uniformizao; c) ... inteleo ou inteleco; d) conciliar a tecnicidade.

    2. d Correes: a) inteno; b) dissenses; c) excremen-tos; e) Pesquisas.

    3. d Correes: a) distenso; b) emisso; c) resciso, fascnio; e) ultraje.

    4. c quase, des lao, penicilina, geada. Obs.: a) dis-tribui, casimira, aborgene (ou aborgine); b) inibir, selvcola (ou silvcola); d) pixote, requisito, (Filipe ou Felipe), ptio; e) descrio (ou discrio), tere-bin na, feminino, pontiagudo.

    5. a Obs.: espectador (quem assiste a...), expectador (quem tem expecta va de...).

    6. b Obs.: fi nalizar (fi nal + -izar) pesquisar (pesquisa + -ar) analisar (anlise + -ar) improvisar (im-proviso + -ar).

    7. e Correes: pretensioso // inesgotvel...8. a Correes: b) enxada, xaxim; c) chiste, inchar; d)

    tx l; e) salsicha, penacho.9. d vscera, prescindir, fascinar, discernir. Obs.: a) assaz,

    aucena; b) assdio, lassido; c) messe, dissertar; e) insosso, crasso.

    10. a represar. Obs.: b) prazo; c) baliza; d) abalizado; e) desprezar.

    11. e Minha pesquisa (do espanhol pesquisa) est atra-sada (de a- + trs + -ada) por culpa no sei de qu (em fi nal de frase: mon. tnico).

    12. b Correes: a) intecesso; c) seo; cosera; d) ab-solvido; e) rubrica (s/ ac.: parox.).

    13. b Correes: a) canseira; c) luminescncia, discernir; d) brasa, triz; e) maxixe, piche, xar.

    14. b gorjeta, ultraje, laje, laranjeira. Obs.: a) gente, garagem; c) herege, ver gem; d) gela, virgem; e) monge, bobagem.

    15. c regozijo. Obs.: a) improvisar; b) improviso; d) ar-rasar; e) atrasar.

    DIVISO SILBICA

    A diviso silbica (depois do novo AOLP) deve ser estu-dada sob dois aspectos: soletrao e translineao.

    Normas para a Diviso Silbica

    Separam-se na soletrao:1) os hiatos: sa--de, ca-o-lho, te-a-tro, co-e-lho, du-e-lo,

    v-a-mos, co-ro-a.2) os encontros consonantais disjuntos: ad-je- -vo, ab-

    -d-men, sub-lu-nar, ab-rup-to, e-nig-ma, pers-pi-caz, af-ta, felds-pa-to.

    No se separam na soletrao:1) ditongos decrescentes: sau-dar, trei-no, n-sia, r-gua,

    gai-o-la, ba-lei-a.2) ditongos crescentes com u precedido de g ou q:

    -gua, am-b-guo, a-ve-ri-gueis, lon-gn-quos, lo- quaz, quais- quer etc.

    Observao:Nos demais ditongos crescentes, a diviso faculta va,

    uma vez que podem ser pronunciados tambm como hiatos: so-cie-da-de ou so-ci-e-da-de, his-t-ria ou his-t-ri-a, -rea ou -re-a, c-rie ou c-ri-e etc.

    3) tritongos: quais-quer, sa-guo, i-gual, ra-diou-vin-te, U-ru-guai-a-na.

    4) os dgrafos ch, lh, nh, qu e gu: fa-cha-da, co-lhei-ta, fro-nha, pre-gui-a, quei-jo.

    5) encontros consonantais seguidos de r ou l: re-cla-mar, re-pleto, pa-tro;

    6) encontros consonantais iniciais: gno-mo, mne-m--ni-co, pneu-mo-ni-a.

    Podem ser Separadas na TranslineaoAs vogais consecu vas que no pertencem a ditongos

    decrescentes: ala- de, re- as, ca- apeba, co- ordenar, do- er, fl u- idez, perdo- as, vo- os etc.

    Observao:Podem ser separados ditongos, iguais ou diferentes,

    ou ditongos e vogais: cai- ais, cai- eis, ensai- os, fl u- iu etc.

    Ateno!Nunca se separam:1) ditongos crescentes com u precedido de g ou q:

    -gua, am-b-guo, a-ve-ri-gueis, lon-gn-quos, lo- quaz, quais- quer etc.

    2) ditongos decrescentes: ai- roso, cadei- ra, ins - tui, ora- o, sacris- tes, traves- ses etc.

    Na translineao, quando a par o coincide com o fi nal de um dos elementos com hfen, deve, por clareza grfi ca, repe r-se o hfen no incio da linha imediata: ex- // -alferes, seren- // -los-emos ou seren-los- // -emos, vice- // -almirante.

    EXERCCIOS DE FIXAO

    1. A opo em que todas as palavras apresentam separa-o correta de slabas a) ex-ce-o cre-sci-men-to pro-fes-sor.b) ins-tru-o ex-ci-tar eu-ro-pe-u.c) ex-ce-len-te a-vi-o me-io.d) pers-pe-c -va am-b-guo trans-por-te.e) rit-mo dig-no ap-to.

    2. Dadas as palavras:I tung-st-nio,II bis-a-v,III du-e-lo,constata-se que a separao silbica est corretaa) apenas na palavra n I.b) apenas na palavra n II.c) apenas na palavra n III.d) em todas as palavras.e) em nenhuma delas.

    3. A separao silbica de: cooperar caeis tainha feldspato , respec vamente,a) coo-pe-rar ca-eis tai-nha feld-spa-to.b) co-o-pe-rar ca--eis ta-i-nha felds-pa-to.c) coo-pe-rar ca--eis ta-i-nha fel-dspa-to.d) coo-pe-rar ca--eis tai-nha fel-dspa-to.e) co-o-pe-rar cai-eis tai-nha feld-spa-to.

    4. Considerando a par o das palavras, assinale a correta:a) ba-rul-hen-ta dis-tri-bu-i-o ex-ce-o.b) e-xce-den-te ob-ter cons- -tu-in-te.c) sub-ja-cen-te ex-pec-ta- -va di-scer-nir.d) ca-rac-te-res i-dei-a ex-ces-so.e) as-cen-der ma-nu-se-vel ex-pe-di-en-te.

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    5. Assinale o item que apresenta correta diviso silbica.Atualmente, as plantas medicinais voltam a suscitar grande interesse, tanto na rea dos profi ssionais de sade como na prpria sociedade.a) mui-to su-sci-tar.b) sa-de so-cie-da-de.c) me-di-ci-na-is sa--de.d) sus-ci-tar me-di-ci-nais.e) in-te-res-se a-tual-men-te.

    6. Em que opo todas as questes tm a correta diviso silbica?a) bis-a-v as-sa-do in-tro-mis-sob) cir-cun-scri-to ab-di-car pneu-m- -coc) en-san-guen-tar re-crei-o abs-ces-sod) in-tro-ver-so ne-ces-si-da-de ri-t-moe) trans-pa-rn-cia sus-pei-tar a-bre-u-gra-fi -a

    7. S est correta a separao silbica dea) abun-dn-cia.b) pon-te-io.c) des-or-de-nard) trans-a-tln- -coe) ap- -do.

    8. Marque o item correto.a) ex-ces-si-vo cir-cuns-pec-to de-lin-qun-ci-a

    per-spi-c-ci-a des-c-sseis co-a-lha-da subs-tn-ci-a im-preg-na-re-is

    b) ex-ces-si-vo cir-cuns-pe-cto de-lin-qun-cia pers-pi-c-cia des-cs-se-is coa-lha-da subs-tn-cia im-pre-gna-r-eis

    c) e-xces-si-vo cir-cuns-pec-to de-lin-qun-ci-a pers-pi-c-cia des-cs-seis co-a-lha-da subs-tn-ci-a im-preg-na-r-eis

    d) ex-ces-si-vo cir-cuns-pec-to de-lin-qu-n-cia pers-pi-c-cia des-cs-se-is co-a-lha-da subs-tn-cia im-pre-gna-r-eis

    e) ex-ces-si-vo cir-cuns-pec-to de-lin-qun-cia pers-pi-c-cia des-cs-seis co-a-lha-da subs-tn-cia im-preg-na-r-eis

    9. Em qual houve erro de separao silbica?a) cons-ci-n-cia.b) psi-c-lo-go.c) fl ui-do.d) am-b-gu-oe) de-sa-ce-le-rar.

    10. Apresentam diviso silbica correta:a) ex-o-ne-rar M-rio sa--de nas-a.b) psi-c-lo-go ma-nh fe-iu-ra tai-nha.c) cru-el ca--eis con-fes-sor sub-tra-ir.d) coo-pe-rar a-po-teo-se pas fi -lho.e) sub-ju-gar van-glo-riar a-te-nuar nas-a.

    GABARITO

    1. e Correes: a) cres-ci-men-to; b) eu-ro-peu; c) mei-o; d) pers-pec- -va.

    2. c III du-e-lo (hiato). Obs.: I tungs-t-nio, II bi-sa-v.

    3. b co-o-pe-rar ca--eis ta-i-nha felds-pa-to.4. d Correes: a) ba-ru-lhen-ta; b) ex-ce-den-te;

    c) dis-cer-nir; e) ma-nu-se-vel.5. d Correes: a) sus-ci-tar; b) sa--de; c) me-di-ci-nais;

    e) a-tu-al-men-te.6. c Correes: a) bi-sa-v; b) cir-cuns-cri-to; d) rit-mo;

    e) a-breu-gra-fi -a.7. e Correes: a) a-bun-dn-cia; b) pon-tei-o;

    c) de-sor-de-nar; d) tran-sa-tln- -co.8. e ex-ces-si-vo (dgrafos separveis), cir-cuns-pec-to

    (enc. cons. disjuntos), de-lin-qun-cia (ditongos), pers-pi-c-cia (enc. cons. disjunto e ditongo), des-cs-seis (dgrafos separveis), co-a-lha-da (hia-to e dgrafo inseparvel), subs-tn-cia (enc. cons. disjunto e ditongo), im-preg-na-r-eis (enc. cons. disjuntos, hiato e ditongo).

    9. d Correo: am-b-guo.10. c Correes: a) e-xo-ne-rar; b) fei-u-ra, ta-i-nha;

    d) co-o-pe-rar, a-po-te-o-se, pa-s; e) van-glo-ri-ar a-te-nu-ar.

    ACENTUAO GRFICA(Conforme o novo AOLP)

    Regra das Oxtonas

    Acentuam-se as oxtonas:1) terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens): sof, anans,

    compr-lo; paj, vocs, vend-la; porm, parabns, p, f, chs, d, p...

    Observaes:a) No mais se faz dis no, para fi ns de acentuao,

    entre monosslaba tnica e oxtona.b) Incluem-se nesta regra as formas verbais com os pro-

    nomes lo(s), la(s), lhe(s): ador-lo, d-las, d-lhe, f-los-s, habit-la-amos, tr-los-, det-lo, faz-las, v-las, comp-la, rep-los, p-la...

    c) No se acentuam as oxtonas monosslabas com as terminaes em ou ens: bem, quem, cem, trens...

    2) terminadas nos ditongos abertos i(s), u(s) e i(s): anis, batis, fi is, papis; cu(s), chapu(s), ilhu(s), vu(s); corri, heri(s), remi, sis...

    Regra das Paroxtonas

    Acentuam-se as paroxtonas1) terminadas em l, n, r, x, ps: l, fssil, gil, hfen,

    plen, prton, mr r, carter, acar, trax, ltex, nix, frceps, bceps...

    2) terminadas em um(uns), i(s), us, (s), o(s), ei(s): f-rum, lbuns, jri, txis,osis, nus, vrus, m, rfs, rgo, bnos, pnei, jqueis...

    Observaes:a) no se acentua o plural das paroxtonas terminadas

    em en: hifens, liquens, regimens...b) acentua-se o plural das paroxtonas terminadas em

    on: prtons, nutons, ons...

    Regra das Proparoxtonas

    1) Acentuam-se todas as proparoxtonas: lmpada, nterim, perodo, libi, bvaro...

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    2) Acentuam-se tambm as proparoxtonas aparentes (nova classifi cao das paroxtonas terminadas em diton-gos crescentes): nusea, etreo, glria, srie, lrio, mgoa, lngua, vcuo...

    Outras Regras de Acentuao

    1) Acentuam-se o i e o u dos hiatos quando sozinhos ou seguidos de s, desde que no estejam precedidos de ditongos ou seguidos de nh: ca, sada, fasca, ba, gacho, balastre...

    Excees:a) acentuam-se quando precedidos de ditongos, em

    palavras oxtonas: Piau, tei, teis, tuiui, tuiuis...b) no se acentuam os hiatos naturais i-i e u-u: vadiice

    (va-di-i-ce), xiita (xi-i-ta), juuna (ju-u-na), paracuuba (pa--ra-cu-u-ba)...

    Observao:Embora tenha sido abolida pelo novo AOLP, ser aceita

    at 31/12/2015 (Dec. n 7.875, de 27/12/2012) a acentuao dos hiatos precedidos de ditongos em palavras paroxtonas. Portanto, at aquela data, ainda ser aceita a acentuao de palavras como feira, baica...

    2) Ocorre o acento diferencial:a) Obrigatrio em pr (verbo) para diferenar de por

    (preposio) e em pde (pretrito de poder) para diferenar de pode (presente de poder).

    b) Faculta vo em frma(s) = modelo(s) para diferenar de forma(s) = aspecto(s).

    Observao:Embora tenha sido abolida pelo novo AOLP, ser aceita

    at 31/12/2015 (Dec. n 7.875, de 27/12/2012) a acentua-o diferencial em palavras como plo, plos (substan vo), pla, plas (substan vo e verbo), pra (substan vo), plo (verbo), plo, plos (substan vo), plo, plos (substan vo), pra (verbo), ca, cas (verbo), s (substan vo).

    c) Ocorre acento circunfl exo para diferenar a 3 pessoa do plural dos verbos ter, vir e derivados: tem / tm; vem / vm; contm / contm; retm / retm; advm / advm; intervm / intervm...

    Outras Modifi caes (inseridas pelo novo AOLP)1) No mais se acentuam os ditongos abertos ei e oi

    em palavras paroxtonas: ideia, geleia, heroico, esferoide...2) No mais se acentua o penl mo o fechado do hiato

    oo(s) em palavras paroxtonas:a) em substan vos: o enjoo, o voo, o revoo, o sobrevoo,

    o meio-voo, o zoo...b) em formas verbais: abotoo, caoo, coroo, doo, enjoo,

    leiloo, magoo, perdoo, voo, moo, remoo...3) No mais se acentua o e fechado da 3 pessoa do

    plural dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados: creem, descreem; deem, desdeem; leem, releem; veem, reveem, anteveem, preveem, proveem...

    4) No mais se acentua o u tnico precedido de g ou q e seguido de e ou i de formas verbais, como argui, arguis, arguem; averigue, averigues, averigue, averiguem...

    5) No mais se usa tremaO trema ser usado apenas em nomes estrangeiros e

    seus derivados: Mller, mlleriano; Hbner, hbneriano...

    Observaes:Embora tenham sido abolidos pelo novo AOLP, sero

    aceitos at 31/12/2015 (Dec. n 7.875, de 27/12/2012):1) a acentuao em idia, gelia, herico, esferide...2) a acentuao em enjo, vo, zo, aboto, cao,

    coro, do...

    3) a acentuao das formas verbais crem, descrem; dem, desdem; lem, relem; vem, revem, antevem, prevem, provem...

    4) a acentuao das formas verbais argi, argis, argem; averige, averiges, averigem...

    5) o uso do trema em palavras como lingia, tranqilo, agentar, conseqncia...

    Palavras de Dupla Prosdia

    Podem ser grafadas com ou sem acento: acrobata (acrbata), autopsia (autpsia), amnesia (amnsia), alopata (alpata), biopsia (bipsia), boemia (bomia), crisntemo (crisntemo), hieroglifo (hierglifo), homilia (homlia), Oce-ania (Ocenia), ortoepia (ortopia), proje l (proj l), soror (sror), rep l (rp l), es ncter (es ncter), xrox (xrox), zango (zngo)...

    EXERCCIOS DE FIXAO(Conforme as normas do novo AOLP)

    1. H apenas uma palavra incorreta em:a) celuloide, ch, chafariz, itens.b) campons, capuz, cimbra, m.c) di-lo, f-lo, d-los, f-lo-eis.d) Cssio, Vnia, Carmen, Andra.e) quinquagsimo, quota, cinquenta, quo.

    2. Todos os vocbulos devem ser acentuados em:a) publico amnesia nefelibata.b) carater su l coco.c) contem canta-lo avos.d) cabera tex l pantano.e) soror anidrido homilia.

    3. No que se refere acentuao grfi ca, correto afi rmar que:a) trs, ter e ver recebem acento grfi co por serem

    palavras oxtonas, terminadas, respec vamente, em s e a.

    b) comunitrio, imprudncia e homicdio seguem a mesma regra de acentuao grfi ca.

    c) cdigo e trnsito seguem a regra de acentuao grfi ca das palavras trisslabas terminadas em o.

    d) o acento grfi co da forma verbal est jus fi ca-se pela existncia do pronome demonstra vo esta.

    4. O acento grfi co das palavras pudico, interim, aerolito, aerodromo foi, aqui, caso ocorra, propositadamente eliminado. Quanto ao acento tnico, a classifi cao de cada vocbulo a) paroxtona paroxtona paroxtona paroxtonab) paroxtona proparoxtona proparoxtona pro-

    paroxtonac) proparoxtona proparoxtona proparoxtona

    oxtonad) proparoxtona proparoxtona proparoxtona

    paroxtonae) paroxtona oxtona paroxtona proparoxtona

    5. As silabadas, ou erros de prosdia, so frequentes no uso da lngua. Assinale a alterna va em que no ocorre nenhuma silabada.a) Eis a um prot po de rbrica de um homem vaidoso.b) Para mim a humanidade est dividida em duas me-

    tades: a dos fi lntropos e a dos misntropos.c) Os arqu pos de iberos eram mais pudicos do que

    se pensa.

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    d) Nesse interim chegou o mdico com a contagem dos leucocitos e o resultado da cultura de lvedos.

    e) Avaro de informaes, segui todas as pegadas do febo.

    6. Sei de uma que est fazendo servio de escritrio, proibida de voar por mo vo de sade, e me pergun-to que podem signifi car para ela esses papis, esses telefonemas, esses recados que circulam num plano de cimento invarivel, enquanto, sobre a plataforma das nuvens, suas irms caminham, ao mesmo tempo, singelas e majest cas.I escritrio e invarivel so paroxtonas que rece-bem acento por idn ca razo.II papis recebe acento grfi co porque oxtona terminada em ditongo.III est acentuada grafi camente porque todas as oxtonas devem ser acentuadas.a) Esto corretas as afi rmaes I e II.b) Esto corretas as afi rmaes II e III.c) Esto corretas as afi rmaes I e III.d) Todas as afi rma vas esto corretas.e) Todas as afi rma vas esto incorretas.

    7. Assinale a alterna va de vocbulo corretamente acen-tuado.a) hfen.b) tem.c) tens.d) rtmo.e) rcorde.

    8. Qual a opo correta para preencher as lacunas?Eles ____ em tudo quanto _____ .a) creem leem.b) crm leem.c) crem lem.d) crem lm.e) crm lm.

    9. Qual a opo correta para preencher as lacunas?Terminado o ___, o ____ recebeu _______ aplausos.a) vo heri veemntesb) voo heroi vementesc) vo heroi veementesd) voo heri vementese) voo heri veementes

    10. Aponte a frase em que h erro de acentuao.a) Um pensamento que nos ilumine a existncia, eis o

    melhor presente que os cus nos podem dar.b) No esquema csmico tudo tm um propsito a

    preencher.c) O acaso , talvez, o pseudnimo que Deus usa,

    quando no quer assinar suas obras.d) A pessoa que no l, mal fala, mal ouve, mal v.e) S humilde, se queres adquirir a sabedoria; s mais

    humilde ainda, quando a veres adquirido.

    GABARITO

    1. b Correo: cimbra ou cibra. Obs.: a) todas corretas (pelo Dec. n 6.583, de 29/9/2008, a acentuao em celulide ser vlida at 2012); c) todas corretas; d) Correes: Crmen (parox. c/ term. em), Andrea (An-dre-a: sem acento, parox. term. em a); e) todas corretas (pelo Dec. n 6.583, de 29/9/2008, o uso do trema em qinquagsimo e cinqenta ser vlido at 2012).

    2. d caber (oxtona term. em a), tx l (parox. term. em l), pntano (proparox.). Obs.: a) publico (verbo) / pblico (subst.); amnesia ou amnsia, nefelibata ou nefelbata (dupla prosdia); b) carter; su l (tnue) / s l (cosido); coco / coc; c) contem (contar) / contm / contm (conter); canta-lo (2 pess.: tu can-tas + o = canta-lo) / cant-lo (cantar + o = cant-lo); avos (frao) / avs / avs (progenitores); e) soror ou sror, anidrido ou andrido, homilia ou homlia (dupla prosdia).

    3. b comunitrio, imprudncia, homicdio (pelo Acor-do Ortogrfi co: proparoxtonas aparentes; antes do Acordo: parox. term. em ditongos crescentes). Correes: a) trs (mon. tnica term. em es), ter e ver (oxtonas term. em as); c) cdigo, trnsito (proparoxtonas); d) est (oxtona term. em a).

    4. b pudico (parox.), nterim (proparox.), aerlito (pro-parox.), aerdromo (proparox.).

    5. c Os arqu pos (proparox.) de iberos (parox.) eram mais pudicos (parox.) do que se pensa. Correes: a) ... rubrica...; b) ... fi lantropos / misantropos; d) ... nterim (...) leuccitos; e) ... do efebo.

    6. e Correes: I (E) escritrio (proparox. aparente) e invarivel (parox. term. em l): conforme o novo AOLP/1990. II (E) papis: oxtona terminada em ditongo aberto. III (E) est: todas as oxtonas com a terminao a devem ser acentuadas.

    7. a hfen. Correes: b) item (s/ acento: parox. c/term. em); c) itens (s/ acento: parox. c/ term. ens); d) ritmo (s/ acento: parox. c/ term. o); e) recorde (s/ acento: parox. c/ term. e).

    8. a Eles creem (AOLP/1990) em tudo quanto lem (AOLP/1990). Obs.: (a acentuao em crem e lem ser vlida at 2012, Dec. n 6.583, de 29/9/2008).

    9. e voo (s/ acento: AOLP/1990). heri (oxtona ter-minada em dit. aberto) veementes (s/ acento: parox. c/ term. es). Obs.: (a acentuao em vo ser vlida at 2012, Dec. n 6.583, de 29/9/2008).

    10. b Correo: ... tudo tem (s/ acento: 3 p. sing.: conc. c/ suj. subl.).

    EMPREGO DO PORQU

    Normas Pr cas para o Emprego do Porqu

    Por que = por que mo vo ou pelo qual (fl exes). Exemplos: No sei por que faltaste ontem. Esse o ideal por que lutas?

    Por qu = por que mo vo (fi nal de orao). Exemplo: Reclamam sem saber por qu...

    Porqu = substan vo. Exemplo: Voc o porqu da minha vida!

    Porque = pois, visto que, para que, pergunta com resposta implcita. Exemplos: Estudem, porque a prova ser di cil. Ele est triste porque no passou no concurso?

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    Outros Exemplos

    1) J sei por que no s mais nosso candidato. 2) Por que as pessoas no so sinceras? 3) No deves trair os princpios por que lutaste. 4) Tanto estudo, tanto trabalho, por qu? 5) Os pol cos reclamam sem saber por qu. 6) Para tudo, sempre h um porqu. 7) Sejam perspicazes, porque a vida luta renhida. 8) A questo mais di cil porque no tem soluo. 9) Estudem porque possam fazer excelente prova.10) Eles no viajaram porque no nham di nheiro?

    EXERCCIOS DE FIXAO

    Certo / Errado

    Marque C nas corretas e E nas erradas. 1. ( ) Corram, porque a aula vai comear. 2. ( ) Quero saber porque no falas comigo. 3. ( ) jardineira, por que ests to triste? 4. ( ) Tudo nesta vida tem seu porqu. 5. ( ) Irritou-se por que no o deixaram entrar. 6. ( ) Todos, mesmo sem saber por qu, reclamavam. 7. ( ) Mostrem-me o caminho por que devo seguir. 8. ( ) Aproveite o tempo, porque ele precioso. 9. ( ) Ests triste por que teu namorado par u?10. ( ) No vejo porqu em sares sozinho.

    Ml pla escolha

    Para responder s questes de 11 a 14, assinale a alterna va que es ver incorreta.

    11. Assinale a incorreta.a) Por que ests aqui?b) Estou aqui, por qu?c) Estou aqui porque tenho algo em vista.d) Tenho algo em vista, mo vo por que estou aqui.e) No h nenhum por qu para estares aqui.

    12. Assinale a incorreta.a) No sei as razes por que cancelaram a festa.b) Esta a razo por que me recusei a falar.c) As razes por que no compareci so fteis.d) No falei por que era imprprio o momento.e) Quero saber o porqu desta odiosa a tude.

    13. Assinale a incorreta.a) Vocs no gostaram da festa, por qu?b) No fui ao treino porque estava contundido.c) Querem saber por que tomaste esta deciso.d) No me preocupo com os porqus dos fatos.e) Meu Deus, porque me abandonaste?

    14. Assinale a incorreta.a) Ningum sabia dizer porque o despediram.b) Pedro, por que no consultas um mdico?c) Voc tem sido o porqu dos meus dias.d) As ruas por que passei eram esburacadas.e) Juca, no sei por qu, vai fazer um discurso.

    15. Qual a alterna va correta para completar?1. No vejo qualquer _______ em viajarem.2. Agora entendo ______ votaram em mim.

    3. Fica quieto, _______ falando, agirs mal.4. Os pol cos, e sei bem _____ , somem depois das

    eleies.a) porqu por que por que porqub) porque porque porque por quc) por qu por que porque por qud) porqu por que porque por que) por que porque por que porqu

    GABARITO

    1. C porque = pois, visto que.2. E Correo: por que = por que mo vo.3. C por que = por que mo vo.4. C porqu: substan vo.5. E Correo: porque = pois, visto que.6. C por qu = por que mo vo, fi m de orao.7. C por que = pelo qual.8. C porque = pois.9. E Correo: porque = pergunta com resposta implcita.10. C porqu (substan vo).11. e Correo: porqu (substan vo). Obs.: a) Por que =

    por que mo vo; b) por qu = por que mo vo, fi nal de orao; c) porque = pois; d) por que = pelo qual.

    12. d Correo: porque = visto que. Obs.: a) por que = pelas quais; b) por que = pela qual; c) por que = pelas quais; e) porqu (substan vo).

    13. e Correo: por que = por que mo vo. Obs.: a) por qu = por que mo vo, fi nal de orao; b) porque = visto que; c) por que = por que mo vo; d) porqus (substan vo).

    14. a Correo: a) por que = por que mo vo. Obs.: b) por que = por que mo vo; c) porqu (substan vo); d) por que = pelas quais; e) por qu = por que mo vo, fi nal de orao.

    15. d porqu (substan vo) por que (= por que mo -vo) porque (= pois) por qu (= por que mo vo, fi nal de orao).

    QUESTES DE CONCURSOS

    Ortografi a Ofi cial Ortografi a Acentuao Grfi ca1. (Cespe)

    I Procurando absorver as importaes crescentes sem ameaar o equilbrio externo.II O nvel do cmbio, entretanto, tambm produz efeitos adversos...( ) As palavras equilbrio e cmbio recebem acento

    grfi co com base na mesma regra grama cal.

    2. (FCC) Todas as palavras esto corretamente grafadas na frase:a) A obsolecncia das ins tuies cons tue um dos

    grandes desafi os dos legisladores, cuja funo re-conhecer as solicitaes de sua contemporaneidade.

    b) Ao se denigrirem as boas reputaes, desmora-lizam-se os bons valores que devem reger uma sociedade.

    c) A banalisao dos atos an ssociais um sintoma da doena do nosso tempo, quando a barbrie dissimula-se em ro na.

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    d) Quando, numa mesma ao, converjem defeitos e mritos, confundimo-nos, na tenta va de discrimi-n-los.

    e) Os hbitos que medeiam as relaes sociais so louvveis, quando e camente ins tudos, e odiosos, quando ensejam privilgios.

    3. (Cesgranrio) A sequncia em que a letra x corresponde ao mesmo fonema em todas as palavras :a) exonerar expelir ex nto.b) sexo afi xar inexequvel.c) exuberante excitar ex co.d) mximo sintaxe trax.e) exuberante exumar exonerar.

    4. (Esaf) Assinale a opo que corresponde a erro grama- cal ou de grafi a de palavra.A Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclio, realiza-da pelo IBGE, revelou que(1) a renda das famlias parou de cair em 2004, interrompendo uma trajetria(2) de queda que acontecia desde 1997, e que houve(3) diminuio do grau de concentrao da renda do trabalho. Enquanto a metade da populao ocupada que(4) recebe os menores rendimentos teve ganho real de 3,2%, a outra metade, que tem rendimentos maiores, teve perda de 0,6%. Os resultados da PNAD mostraram, tambm, que o Brasil melhorou em tens(5) como nmero de trabalhadores ocupados, par cipao das mulheres no mercado de trabalho, indicadores da rea de educao e melhoria das condies de vida.

    (Trechos adaptados de Em Questo, Subsecretaria de Comunicao Ins tucional da Secretaria-Geral

    da Presidncia da Repblica)

    a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

    5. (NCE) Anestesia uma palavra grifada com s (e no com z) e privilgio grafada com i (e no com e); a alterna va em que ambas as palavras esto corretas quanto grafi a :a) atravez / arrepio.b) atraz / Pirineus.c) frisa / irrequieto.d) anlise / crneo.e) baroneza / campeo.

    6. (Cespe) Ns, chefes de Estado e de Governo dos 21 pases ibero-americanos, reunidos na XIII Conferncia Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, Bolvia....( ) De acordo com as regras de acentuao grfi ca da

    lngua portuguesa, a palavra ibero-americanos tambm poderia ser corretamente escrita da se-guinte forma: beroamericanos.

    7. (FCC) H palavras escritas do modo incorreto na frase:a) Gozar a vida com qualidade obje vo de muitos

    profi ssionais que no hesitam em deixar seu pas de origem, para trabalhar no exterior.

    b) Pases emergentes tm apresentado desenvolvi-mento consistente em produo cien fi ca, indicador seguro dos bene cios trazidos pela globalizao.

    c) Produo cien fi ca est deixando de ser previlgio dos pases mais ricos, pois dados rescentes apontam salto qualita vo em cincia e tecnologia na sia.

    d) Observa-se um aspecto reverso em relao ao fenmeno de migrao: profissionais altamente habilitados e capazes emigram do primeiro mundo, atualmente.

    e) A capacidade de um pas de produzir sua prpria tecnologia torna-se excelente instrumento de per-cepo da solidez de seu desenvolvimento.

    8. (Cesgranrio) Classifi que como certa (C) ou errada (E) cada afi rmao abaixo sobre acentuao grfi ca.( ) O substan vo frma pode receber acento circun-

    fl exo para diferenciar-se de forma, sua homgrafa.( ) necessrio o acento em ranha para indicar que

    se trata de um hiato.( ) Palavras terminadas em u ou i, como urubu e caqui,

    no tm acento na vogal fi nal, mesmo sendo a slaba forte.

    ( ) As palavras boemia, hieroglifo e proje l apresen-tam fl utuao na pronncia, podendo ou no ser acentuadas.

    A sequncia correta :a) C C E Cb) C E C Ec) C E C Cd) E E C Ce) E C E E

    9. (Esaf) A oscilao entre entusiasmos revoltados e inr-cia conformista uma herana de nossa adolescncia. Tivemos que decidir (e talvez estejamos eternamente decidindo) se, para nos tornar-mos adultos, seria melhor imitar os genitores, sacrifi cando nossa individualidade, ou contrari-los, encontrando a prova de nossa auto-nomia na decepo e no desespero dos pais. A soluo mais popular sempre consis u em tomar o caminho de uma normalidade que nos garan a algum confrto.

    (Adaptado de Contardo Calligaris)

    A quan dade de palavras com erro de morfologia ou de grafi a :a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

    10. (NCE) Indique a de forma mais adequada e correta, segundo a norma culta.a) H cerca de dez metros fi cava a sede da OAB.b) Cerca de dez metros fi cava a sede da OAB.c) Acerca de dez metros fi cava a sde da OAB.d) Acerca de dez metros fi cava a sede da OAB.e) A cerca de dez metros fi cava a sde da OAB.

    GABARITO

    1. C Regra das proparoxtonas aparentes (antes do AOLP: parox. term. em dit. cresc.).

    2. e Correes: a) obsolescncia (do lat. obsolescere + -ncia. = tornar-se obsoleto), cons tui (de cons- tuir). b) denegrirem (de denegrir). c) banalizao (banal + -izar + -o). d) convergem (de convergir).

    3. e exuberante, exumar e exonerar (x = /z/). Obs.: a) exonerar (x = /z/), expelir, ex nto (x = /s/); b) sexo, afi xar (x = /ks/), inexequvel (x = /z/); c) exuberan-te, ex co (x = /z/), excitar (xc = /s/); d) mximo, sintaxe (x = /s/), trax (x = /ks/).

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    4. e Correo: itens (s/ acento: parox. c/ term. ens).5. c frisa (do la m frsia = tecido grosseiro de l); irre-

    quieto (do la m irrequietu). Correes: a) atravs; b) atrs; d) crnio; e) baronesa.

    6. E Correo: A forma correta ibero (i-be-ro, sem acento por ser parox. term. em o; ibero, adje vo re-ferente Pennsula Ibrica). ibero + americanos: ibero-americanos (adj. composto p/ justaposio: hfen obrigatrio).

    7. c Correes: privilgio (do lat. privilegiu), recentes (do lat. recente).

    8. c (C) frma (modelo) / forma (aspecto): acento di-ferencial faculta vo; (E) rainha (sem acento: hiato nasalizado por nh); (C) urubu / caqui (no se acen-tuam oxtonas terminadas em u e i); (C) boemia ou bomia / hieroglifo ou hierglifo / proje l ou proj l (dupla prosdia).

    9. b Correes: tornarmos (1 pess. pl.) e conforto (sem acento: parox. term. em o).

    10. b Veja: Cerca de (= pouco mais ou menos, aproxi-madamente) dez metros... Obs.: a) H cerca de (= faz aproximadamente); c) Acerca de (= a respeito de)...