96
www . gu i aprat i coenem . com . br

Apostila enem

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Apostila enem

w w w. g u i a p r a t i c o e n e m . c o m . b r

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 1Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 1 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 2: Apostila enem

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 2Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 2 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 3: Apostila enem

3

ÇAPRESENTAÇÃO

Para tentar minimizar esses problemas e ter um ganho de tempo foi desenvolvido o GUIA PRÁTICO DO VESTIBULAR E ENEM, que traz através de uma linguagem simples e ilustrada os principais assuntos de Ciências da Natureza, Ciências Humana, Linguagens, Literatura, Redação e Matemática.

Elaborado por professores experientes e inovadores de escolas e cursos pré-vestibulares tem um novo conceito de conteúdo, formatado com uma visão jovem e objetiva para que você revise de forma rápida os principais assuntos.

O GUIA PRÁTICO é um manual prático, ilustrado com dicas, macetes, resumos e questões resolvidas, que ajudarão você a se dar bem na hora da prova!

Leve sua Coleção GUIA PRÁTICO no dia da prova e estude pelos resumos.

Boa Sorte!!!

Prof. Bruno DantralvesCOORDENADOR DE CONTEÚDO

Caro aluno,

O Vestibular e o ENEM são momentos de decisão e expectativa para mais de 5 milhões de jovens em todo o Brasil. É uma corrida para garantir a tão sonhada vaga na universidade e o início da busca por um futuro melhor. Mas a quantidade de informações, fórmulas, aulas e simulados deixam os jovens apreensivos e ansiosos, sem contar a pressão familiar.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 3Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 3 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 4: Apostila enem

4

SUMÁRIO

CIÊNCIAS NATURAIS E MATEMÁTICA BIOLOGIAReino Plantae, Vegetalia ou Metaphyta ..................................................................................................... 6Os Vegetais Inferiores ............................................................................................................................ 6Vegetais Intermediários ......................................................................................................................... 6Semelhanças Entre Briófi tas e Pteridófi tas ....................................................................................................7Vegetais Superiores ...............................................................................................................................7Verticilos ............................................................................................................................................. 8Zoologia ............................................................................................................................................. 9Filo Protozõa ........................................................................................................................................ 9Filo das Esponjas ou Poríferos ................................................................................................................. 10Filo dos Celenterados ou Cnidários ........................................................................................................... 10Filo dos Platelmintos ............................................................................................................................ 10Filo dos Asquelmintos ou Nematelmintos ................................................................................................... 10Filo dos Anelídeos ............................................................................................................................... 11Filo dos Artrópodes .............................................................................................................................. 11Filo dos Moluscos ................................................................................................................................. 11Filo dos Equinodermos .......................................................................................................................... 12Filo Chordata ....................................................................................................................................... 12Virologia ............................................................................................................................................ 12Vamos Revisar!? .................................................................................................................................. 14

FÍSICAIntrodução à Eletricidade ....................................................................................................................... 16Introdução – A Carga Elétrica ................................................................................................................... 16Corpo Neutro/Corpo Eletrizado ................................................................................................................ 16Quantidade de Carga de um Corpo (Q) ....................................................................................................... 17Princípios da Eletricidade ....................................................................................................................... 17Condutores e Isolantes .......................................................................................................................... 17Processos de Eletrização ........................................................................................................................ 18Lei de Coulomb – Força Elétrica ................................................................................................................ 19O Campo Elétrico .................................................................................................................................. 19Corrente Elétrica .................................................................................................................................. 20Resistência Elétrica (R) ......................................................................................................................... 20Noções de Eletromagnetismo .................................................................................................................. 21Magnetismo ........................................................................................................................................ 21Eletromagnetismo ................................................................................................................................ 21Vamos Revisar!? .................................................................................................................................. 22

QUÍMICATermoquímica ...................................................................................................................................... 24Lei de Hess ......................................................................................................................................... 24Agora Vamos Estudar as Classifi cações das Entalpias (Calor de Reação) ............................................................. 24Cinética Química .................................................................................................................................. 25Equilíbrio Químico ................................................................................................................................ 26Deslocamento de Equilíbrio .................................................................................................................... 27Equilíbrio Iônico .................................................................................................................................. 27Eletroquímica ...................................................................................................................................... 28Pilhas ................................................................................................................................................ 29Pilha Seca .......................................................................................................................................... 30Pilha Alcalina ...................................................................................................................................... 30Bateria de Automóvel ............................................................................................................................ 30Vamos Revisar!? .................................................................................................................................. 31

MATEMÁTICAFatorial (!) ......................................................................................................................................... 32Princípio Fundamental de Contagem – PFC .................................................................................................. 32Permutação ........................................................................................................................................ 33Arranjo .............................................................................................................................................. 34Combinação ........................................................................................................................................ 34Noções de Estatística ............................................................................................................................ 35Média Aritmética .................................................................................................................................. 35Moda ................................................................................................................................................ 35Mediana ............................................................................................................................................ 35Noções de Matemática Financeira............................................................................................................. 37O Que é o Juro? .................................................................................................................................... 37Capitalização Simples ............................................................................................................................ 37Aumentos e Descontos .......................................................................................................................... 38Capitalização Composta ......................................................................................................................... 38Vamos Revisar!? .................................................................................................................................. 39

CIÊNCIAS HUMANAS, PORTUGUÊS, REDAÇÃO E LITERATURAHISTÓRIA GERALO Período Entre Guerras ............................................................................................................................ 42O American Way Of Life (Estilo Americano De Vida) .......................................................................................... 42

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 4Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 4 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 5: Apostila enem

5

A Crise de 1929 ....................................................................................................................................... 42O Que Foi o Crack da Bolsa de Valores? .......................................................................................................... 42O New Deal ............................................................................................................................................ 42Enquanto Isso na Alemanha e na Itália… ....................................................................................................... 43Mas, o Que Foi o Totalitarismo? ................................................................................................................... 43Estados Totalitários – Nazismo e Fascismo ..................................................................................................... 43A Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) ...................................................................................................... 43Mas, Quais Foram as Causas Desse Confl ito? .................................................................................................. 44Fases da Guerra ...................................................................................................................................... 44Mas, o Que Acontecia na Ásia Nesse Momento? .............................................................................................. 45Consequências da Guerra .......................................................................................................................... 45A Descolonização da África e da Ásia ............................................................................................................ 46Os Principais Acontecimentos do Século XX .................................................................................................... 46A Independência da Índia .......................................................................................................................... 46A Guerra do Vietnã (1961 – 1975) ................................................................................................................. 46O Confl ito Entre Israel e Palestinos .............................................................................................................. 47A Revolução Chinesa ................................................................................................................................ 47A Revolução Cubana ................................................................................................................................. 47O Fim da URSS ........................................................................................................................................ 50O Governo Brejnev (1964 a 1982) ................................................................................................................ 50O Governo de Gorbatchev (1982 a 1991) ........................................................................................................ 50

HISTÓRIA DO BRASILEstado Novo (1937-1944) ....................................................................................................................... 52O Fim do Estado Novo ............................................................................................................................ 52O Queremismo ..................................................................................................................................... 53Governo Dutra (1946-1951) .................................................................................................................... 53Governo de Getúlio Vargas (1951-1954) ..................................................................................................... 53Juscelino Kubitschek (1956-1961) ............................................................................................................ 54Jânio Quadros (1961)............................................................................................................................. 54João Goulart (1961-1964) ....................................................................................................................... 54Ditadura Militar (1964-1985) .................................................................................................................. 55

GEOGRAFIAAs Regiões Administrativas ..................................................................................................................... 56A Região Sul ........................................................................................................................................ 56A Região Sudeste ................................................................................................................................. 58O Nordeste ......................................................................................................................................... 59O Centro Oeste ..................................................................................................................................... 61Região Norte ....................................................................................................................................... 62

LÍNGUA PORTUGUESACompreensão (ou Intelecção) e Interpretação de Textos ................................................................................. 64Dicas Iniciais ....................................................................................................................................... 64

Observar Atentamente o Título .............................................................................................................. 64Observar Atentamente o Autor e/ou a Fonte ............................................................................................. 65Ler o Texto Duas Vezes ........................................................................................................................65Tipos de Questões de Interpretação ........................................................................................................ 65

Texto Um ............................................................................................................................................ 65Texto Dois ..........................................................................................................................................66Texto Três ........................................................................................................................................... 67Texto Quatro........................................................................................................................................ 67Texto Cinco .........................................................................................................................................68Armadilhas da Interpretação ...................................................................................................................68Análise Textual ....................................................................................................................................68

REDAÇÃONotícias Ortográfi cas ............................................................................................................................. 70Novo Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa ............................................................................................ 71Hífen ................................................................................................................................................ 72Português do Brasil – Português de Portugal ............................................................................................... 76Dicas Retiradas do Fórum Correio Web, Sobre a PRF em 22/01/07 ..................................................................... 79Os 10 Mandamentos Para Uma Boa Redação ................................................................................................ 81

LITERATURAE Aí Galera, Vamos de Olho no Futuro dar uma Espiada nas Vanguardas! ............................................................. 82Vamos ao Modernismo ........................................................................................................................... 82Manuel Bandeira (1886 – 1968, Recife – PE) ............................................................................................... 83Oswald de Andrade (1890 – 1954, São Paulo-SP) .......................................................................................... 83Mário de Andrade (1893 – 1945, São Paulo-SP) ........................................................................................... 84Segunda Geração do Modernismo! ............................................................................................................ 84Carlos Drummond de Andrade (MG, 1902 – Rj, 1987) ..................................................................................... 84Cecília Meireles (1901 – 1964 / RJ) ........................................................................................................... 85Vinícius de Moraes (1913 – 1980 / RJ) ....................................................................................................... 85Terceira Fase do Modernismo .................................................................................................................. 85

QUESTÕES COMENTADAS ..............................................................................................89

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 5Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 5 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 6: Apostila enem

6

BIOLOGIA

Bruno Dantralves

Neste último módulo fi nalizamos com o estudo dos vegetais, animais e os vírus. Lembre-se que a estratégia é

fundamental para garantir a vitória. Boa sorte na prova!

Neste caderno estudaremos os vegetais, animais e os vírus.

REINO PLANTAE, VEGETALIA OU METAPHYTA• VEGETAIS INFERIORES – Compreendem as algas.• VEGETAIS INTERMEDIÁRIOS – Compreendem as briófi tas

e pteridófi tas.• VEGETAIS SUPERIORES – Compreendem as

gimnospermas e angiospermas.

OS VEGETAIS INFERIORESPodem apresentar reprodução assexuada, sexuada ou metagênese.

• Clorofíceas (algas verdes) – Organismos aquáticos que podem ser unicelulares (formam o fi toplâncton) ou pluricelulares.

• Feofíceas (algas pardas) – Organismos pluricelulares predominantemente marinhos, cujo corpo (talo) se organiza em rizóides, caulóides e fi lóides.

• rodofíceas (algas vermelhas) – São organismos pluricelulares, bentônicos, predominantemente marinhos.

Agora vamos nos deter ao estudo dos vegetais intermediários e superiores.

VEGETAIS INTERMEDIÁRIOSBriófi tas (musgos, hepáticas e antóceros) e pteridófi tas (samambaias, licopódios, cavalinhas).

Eles dependem da água para a reprodução e apresentam metagênese com meiose espórica. Nunca produzem fl ores, frutos e sementes (criptógamos). O órgão reprodutor feminino é o arquegônio (produz a oosfera) e o masculino é o anterídio (produz anterozóides).

UFBA 2008 (1ª FASE) / Questão 29

Proposição VERDADEIRA.Por ser superfi cial e pouco ramifi cado diminui a área da raiz em contato com o solo seco, diminuindo a perda de água. E por possuir um elevado poder osmótico pode absorve rapidamente a água quando presente.

(02) Um sistema radical superfi cial e pouco ramifi cado e com elevado poder osmótico são aspectos característicos da vegetação da caatinga.

Nas briófi tas, o gametófi to é desenvolvido e duradouro e o esporófi to é reduzido e dependente do gametófi to, enquanto nas pteridófi tas, o gametófi to (prótalo) é reduzido e transitório e o esporófi to é o vegetal desenvolvido, complexo e duradouro. Em ambos, o esporófi to e gametófi to são verdes e independentes. Nas gimnospermas e angiospermas o esporófi to é o vegetal desenvolvido e o gametófi to (saco embrionário e tubo polínico) é reduzido e dependente do esporófi to.

Para conquistar o ambiente terrestre, as plantas tiveram que desenvolver raízes para obter água e minerais do solo, além da cutícula para evitar a

transpiração excessiva. Os estômatos possibilitaram as trocas gasosas e o tecido de sustentação possibilitou o crescimento. Já o xilema e fl oema garantiram a distribuição da seiva bruta (água e minerais) e da seiva elaborada (carboidratos). Também os vegetais se tornaram independentes da água para a reprodução.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 6Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 6 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 7: Apostila enem

7

Nas briófi tas, a fase haplóide (gametófi to) é mais longa e complexa que a fase diplóide (esporófi to) que é dependente do gametófi to. Nas pteridófi tas ocorre inversão com o esporófi to mais complexo e com vida mais longa que o gametófi to, que é simples e transitório.

As pteridófi tas são as primeiras plantas traqueófi tas (apresenta vasos condutores de seiva - fl oema e xilema). O esporófi to, planta propriamente dita, apresenta raiz, caule e folhas diferenciados. Na parte inferior das folhas formam-se os soros, esses esporângios formam os esporos que ao germinar originam o prótalo, gametófi to que contem os anterídios e arquegônios, os quais originam os gametas que são dependentes da água para a fecundação e irão produzir um novo esporófi to.

SEMELHANÇAS ENTRE BRIÓFITAS E PTERIDÓFITASApresentam metagênese, com órgãos reprodutores formados por arquegônio e anterídios. Não apresentam fl ores, frutos e sementes, e dependem da água para fecundação. Preferem ambientes úmidos e sombreados.

VEGETAIS SUPERIORESNas Gimnospermas (pinheiros) a planta propriamente dita é o esporófi to (2n), nele encontramos os cones (estróbilos) masculino - microstróbilo e feminino - megastróbilo.

Os microstróbilos formam os microesporângios que, por meiose, forma os micrósporos que origina o gametófi to, grão de pólen (formado por célula geradora e do tubo ou vegetal).

Os megastróbilos formam os megasporângios que é chamado de óvulo, onde uma célula sofre meiose formando quatro células, três se degeneram e uma origina o megásporo funcional (n).

As Angiospermas são fanerógamas e espermatófi tas que produzem frutos envolvendo as sementes (frutíferas). Está dividida em monocotiledôneas e dicotiledôneas.

O gametófi to (fase haplóide) se mostra ainda mais reduzido nas gimnospermas e angiospermas, nas quais os gametófi to masculino (tubo polínico ou microprótalo) contém 3 núcleos e o gametófi to feminino (saco embrionário ou megaprótalo) contém 8 núcleos.

As briófi tas são avasculares, pois não apresentam vasos condutores de seiva e por isso crescem pouco.

Com a evolução dos vegetais observamos uma acentuada redução do gametófi to (haplóide) e um aumento na complexidade e dominância do esporófi to (diplóide).

As gimnospermas são as primeiras plantas produtoras de fl ores (fanerógamas) e de sementes (espermatófi tas).

>> FIQUE ATENTOAs pteridófi tas eram dominantes no período carbonífero, alcançavam ate 40m de altura e originaram o carvão mineral e petróleo, utilizado hoje como combustível.

>> FIQUE ATENTONas gimnospermas a semente é nua, sem proteção dos frutos.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 7Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 7 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 8: Apostila enem

8

BIOLOGIA

Agora vamos comentar as estruturas que os compõe.

• Raiz – É responsável pela fi xação do vegetal e absorção de seiva bruta (água e sais minerais).

• Caule – Sustenta folhas, fl ores e frutos e transporta as seivas.

• Folha – Realiza fotossíntese. É formado por:• Flor – É o aparelho reprodutor das angiospermas,

pode apresentar:

VERTICILOS:a) Protetores:

• Cálice – formado por folhas verdes clorofi ladas (sépalas).

• Corola – formado por folhas modifi cadas e coloridas (pétalas).

• Perianto – conjunto formado pelo cálice e corola.

b) Reprodutores:

• Androceu – É formado pelos estames (microsporófi los), constituídos pelo fi lete, conectivo e antera. Na antera encontramos os sacos polínicos, responsáveis pela formação do grão de pólen (gameta masculino).

Observe abaixo o esquema explicativo.

• Gineceu – É formado pelos carpelos (pistilo ou macrosporófi lo) e organizam em estigma, estilete e ovário.

O estigma produz substância viscosa, possibilitando a aderência do grão de pólen e sua posterior germinação

com formação do tubo polínico. No interior do ovário pode conter um ou vários óvulos, onde se forma a oosfera (gameta feminino).

c) Brácteas – folhas modifi cadas que protegem a fl or.

O megasporângio possui uma célula volumosa que se divide por meiose originando quatro megásporos. Porém, apenas um germina e seu núcleo sofre três mitoses consecutivas originando oito células que vão organizar o saco embrionário (gametófi to feminino), onde uma dessas células é a oosfera (gameta feminino) e dois núcleos polares que após fecundados originam o tecido de reserva (endosperma), além de outras células que se degeneram.

A fecundação das fl ores é compreendida em três etapas:

• Polinização – Corresponde ao transporte do pólen da antera ao estigma. O pólen pode ser transportado pelo vento ou animais.

• Formação do tubo polínico – A membrana interna se alonga percorrendo o estilete conduzindo os anterozóides em direção ao óvulo.

• Fecundação – Consiste na fusão do anterozóide com a oosfera, formando o zigoto que originara o embrião da semente.

A germinação consiste na saída da planta jovem (plântula) do interior da semente.

Agora vamos conhecer alguns hormônios vegetais.

• Auxinas (AIA) – São produzidos nas regiões de crescimento (os meristemas apicais do caule e

UFBA 2007 (1ª FASE) / Questão 11

Proposição VERDADEIRA.As angiospermas são as únicas frutíferas e essa estrutura possibilita a dispersão das sementes por animais.

(02) O fruto é uma aquisição privilegiada das angiospermas, constituindo uma estratégia de dispersão da espécie.

Após a fecundação, o óvulo se desenvolve em semente e o ovário fecundado originará o fruto.

Alguns vegetais podem se reproduzir assexuadamente através da estaquia, mergulhia, alporquia e enxertia.

Perigônio é o termo utilizado quando o cálice e a corola apresentam a mesma forma e cor, recebendo essas folhas o nome de tépalas.

>> FIQUE ATENTOO fruto serve para proteger a semente e possibilitar a sua dispersão.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 8Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 8 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 9: Apostila enem

9

• Colênquima – É formado por células vivas com paredes celulares espessas conferindo sustentação ao vegetal, essas células podem sofrer lignifi cação se transformando em esclerênquima, principal tecido de sustentação em plantas com crescimento primário; ele é formado por esclereídeos ou fi bras.

• Floema ou líber – Conduz seiva elaborada. • Xilema ou lenho – Transporta seiva bruta, exerce função

de sustentação em plantas com crescimento secundário.

Os meristemas primários são originados de células embrionárias, já os secundários surgem da desdiferenciação de outras células.

Os primários são:

• Protoderme – Origina a epiderme.• Meristema fundamental – Origina o parênquima.• Procâmbio – Origina o sistema vascular.

Os meristemas secundários possibilitam crescimento em espessura nas gmnospermas e dicotiledôneas, são eles:

• Felogênio – Produz o súber ou felema e o feloderme, ambos compreendem a periderme.

• Câmbio interfascicular – Produz xilema e fl oema.

ZOOLOGIAI. FILO PROTOZÕACARACTERÍSTICAS• São seres unicelulares eucariontes. Possuem vida livre,

são parasitas ou comensais.• Respiração: os parasitas são anaeróbicos e os

comensais de vida livre são aeróbicos.

PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS.

raiz), nas folhas, frutos e sementes. Estimula mitoses promovendo o crescimento.

• Giberelinas – São produzidas em meristemas, sementes imaturas e frutos. Provoca o alongamento do caule, folhas e frutos e a germinação de sementes.

• Citocininas – São produzidas na raiz. Promovem a divisão celular, a germinação e aumento do metabolismo.

• Etileno – É um gás que pode estimular o início da fl oração e amadurecimento dos frutos.

O fotoperiodismo corresponde ao tempo de iluminação que é requerido pelo vegetal. As plantas de dias longos necessitam de maior quantidade de luz para formar fl ores e frutos, enquanto as de dias curtos requerem menor intensidade luminosa.

Assim como os animais, os vegetais também são compostos por vários tecidos, originados de células meristemáticas (totipotentes).

• Epiderme – Tecido de proteção.

• Parênquima clorofi liano ou clorênquima – é responsável pela fotossíntese.

Para se conservar por mais tempo um fruto deve deixá-lo em baixas temperaturas e com elevadas taxas de CO2 para inibir a produção de etileno.

À medida que a folha envelhece, a concentração de AIA diminui, provocando a abscisão (queda).

CUIDADOEnquanto o caule é estimulado por maiores concentrações e AIA, a raiz é estimulada por menores concentrações.

>> FIQUE ATENTOAplicando-se AIA e giberelina em fl ores, estimula o desenvolvimento do ovário em frutos mesmo que não ocorra a fecundação (partenocarpia).

ESPÉCIE / DOENÇA SINTOMAS TRANSMISSÃO PROFILAXIA

E. histolítica (amebíase)

Úlceras intestinais, diarréia.

Ingestão de cistos eliminados com as fezes

Água tratada, instalações sanitárias, lavar alimentos

T. cruzi (Chagas)

Lesões no miocárdio

Fezes do barbeiro através de lesões na pele

Habitação e uso de inseticidas para o barbeiro

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 9Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 9 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 10: Apostila enem

10

BIOLOGIAIV. FILO DOS PLATELMINTOS CARACTERÍSTICAS• Vermes de corpo achatado, em forma de fi ta;

triblásticos (ecto, meso e endoderma), acelomados (não possui cavidade onde se alojam órgãos).

• Aquáticos ou terrestres, parasitas ou vida livre.

CLASSES:a) Turbelária – planárias. Apresentam vida livre.

b) Trematódea – Schistosoma mansoni e fasciola hepática, parasitas.

c) Cestódia – tênias. São parasitas.

Tubo digestivo ausente; absorve os nutrientes pela epiderme. Apresenta o escolex (cabeça) com ventosas para fi xação e corpo formado por vários anéis (proglótides).

V. FILO DOS ASQUELMINTOS OU NEMATELMINTOS CARACTERÍSTICAS• Verme de corpo cilíndrico; triploblásticos, pseudo-

celomados; dióicos com dimorfi smo sexual .

• Vida livre em ambiente terrestre ou aquático, podendo ser parasitas de plantas e animais.

• Ascaridíase: doença causada pelo verme Ascaris lumbricoides.

• Amarelão: doença causada pelo verme Ancylostoma duodenale.

Os vermes adultos se alojam no intestino provocando hemorragias.

II. FILO DAS ESPONJAS OU PORÍFEROS CARACTERÍSTICAS• São animais metazoários (pluricelulares); não formam

tecidos. São ricos em poros (poríferos), sendo aquáticos marinhos ou de água doce.

III. FILO DOS CELENTERADOS OU CNIDÁRIOS CARACTERÍSTICAS• São metazoários, formam tecidos. Possuem dois

folhetos embrionários (ectoderma e endoderma) e mesogléia.

• São aquáticos marinhos (bentônicos) ou vivem em colônias fi xas (pólipos). Quando estão livres se locomovem (medusa).

• Reprodução: por metagênese – Alternância de gerações sexuada e assexuada.

T. gambiensis (doença do sono)

Lesões meningo-encefálicas

Picada da mosca (Glossina)

Uso de inseticidas

L. brasiliensis (leishmaniose)

Feridas nos rostos, braços e pernas

Picada do mosquito palha (Phlebotomus)

Uso de inseticidas, evitar água empoçada

T. vaginalis (tricomoniase)

Vaginite, uretrite e corrimento

Relação sexual e objetos contaminados

Evitar relações sexuais e uso de roupas intimas

Giardia (giardíase)

Dores intestinais e diarréia

Ingestão de cistos eliminados com as fezes

A mesma profi laxia da amebíase

Giardia (giardíase) sim não sim

São os primeiros animais a apresentar arco-refl exo simples, pois possuem célula nervosa.

>> FIQUE ATENTOPrimeiros com tubo digestivo completo (boca e ânus).

UFBA 2009 (1ª FASE) / Questão 19

Proposição FALSA.Para completar o ciclo de vida o Schistosoma mansoni precisa de um hospedeiro intermediário (caramujo) que libera as cercarias na água e estas penetram ativamente na pele.

(01) O tratamento inadequado da água pode levar à ingestão de ovos de Schistosoma mansoni, contaminando o homem sem a necessidade de um hospedeiro intermediário.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 10Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 10 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 11: Apostila enem

11

VIII. FILO DOS MOLUSCOS CARACTERÍSTICAS• Animais de corpo mole e viscoso, com ou sem concha.

São triblásticos e celomados (possui cavidade onde se alojam os órgãos).

Vejamos as principais classes:

a) Gastrópodos: possui rádula e concha univalve (caracóis) ou ausentes (lesmas).

b) Bivalvos: maioria marinhos e concha bivalve, sem rádula, brânquias para a respiração e captura de alimento (ostras).

c) Cefalópodos: marinhos, com olhos desenvolvidos e pés em forma de tentáculos partindo da cabeça (polvos e lulas).

• Elefantíase ou fi laríase: doença causada pelo verme Wuchereria bancrofti.

Os vermes se alojam nos vasos linfáticos de diversos órgãos, difi cultando o escoamento da linfa, provocando hipertrofi a destes.

VI. FILO DOS ANELÍDEOS CARACTERÍSTICAS• Animais de corpo cilíndrico, segmentado em anéis

(metâmeros), triblásticos e celomados.

Vejamos as classes que compreendem esse fi lo.

a) Oligoquetos – Poucas cerdas (minhocas).

Terrestres e dulcícolas, monóicos, fecundação externa e cruzada, desenvolvimento direto.

b) Poliquetos – muitas cerdas (nereida).

Maioria marinhos, dióicos, fecundação externa, desenvolvimento indireto (larva trocófora).

c) Hirudina – sem cerdas (sanguessuga).

Terrestres ou aquáticos, monóicos, desenvolvimento direto.

VII. FILO DOS ARTRÓPODES CARACTERÍSTICASEstão presentes em todos os ambientes, apresentando o maior número de espécies.

• São animais de patas articuladas, tripoblásticos, celomados, com corpo segmentado, simetria bilateral e exoesqueleto quitinoso ou calcário.

ESPÉCIE /DOENÇA SINTOMAS TRANSMISSÃO PROFILAXIA

A. lumbricóide (ascaridíase)

Bronquite, cólicas, obstrução intestinal

Via oral pela ingestão de ovos

Higiene pessoal e uso de sanitários

A. duodenali (ancilostomose ou amarelão)

Feridas intestinais, diarréia, anemia

Penetração das larvas rabditóides pela pele

Uso de calçados e sanitários

A. braziliensis (dermatite)

Coceira e infecção da pele

Penetração das larvas “migrans” pela pele

Evitar o contato com areia contaminada

W. bancrofti (elefantíase)

Inchaço nas pernas, seios e escroto

Picada do pernilongo Culéx

Se proteger do inseto e destruí-lo

O. vermiculares (enterobiose ou oxiurose)

Coceira anal e distúrbios intestinais

Ingestão de ovos

Higiene pessoal, tratar o alimento.

CLASSES ARACHNIDA INSECTA

ExemplosAranha, escorpião e carrapato

Formiga, abelha, gafanhoto

CorpoCefalotórax e abdômen

Cabeça, tórax e abdômen

Patas Quatro pares Três pares

Antenas Ausentes Um par

RespiraçãoTraquéia ou fi lotraquéia

Traquéia

ExcreçãoGlândulas coxais e tubos de Malpighi

Tubos de Malpighi

Habitat Terrestres Terrestres

CRUSTÁCEA CHILOPODA DIPLOPODA

Camarão, siri, lagosta

Lacraia Piolho de cobra

Cefalotorax e abdômen

Cabeça e corpoCabeça, tórax e corpo

variávelUm par por segmento

Dois pares por segmento

Dois pares Um par Um par

Brânquia Traquéia Traquéia

Glândulas verdes Tubos de MalpighiTubos de Malpighi

Aquáticos Terrestres Terrestres

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 11Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 11 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 12: Apostila enem

12

BIOLOGIAV. Mamíferos: mais desenvolvidos; pele com glândulas

sudoríparas e pelos. Coração com quatro cavidades, não ocorre mistura de sangue.

Agora passaremos ao estudo dos vírus

VIROLOGIAOs vírus são parasitas intracelular obrigatórios, pois só apresentam característica de ser vivo, como a reprodução, quando estão de dentro de uma célula. Fora da célula se cristalizam, comportando–se como seres inanimados.

Eles utilizam a maquinaria biossintética da célula hospedeira, pois não possuem orgânulos nem enzimas para a síntese de seus constituintes (proteínas, ácido nucléico).

Por não possuírem metabolismo próprio, eles parasitam células para ter acesso a substâncias orgânicas que necessitam (aminoácidos, ATP, nucleotídeos, carboidratos), além da maquinaria enzimática celular para a construção de novos vírus.

Eles podem possuir DNA e/ou RNA envolvido por uma cápsula protéica chamada de capsídio.

Os ácidos nucléicos contém as informações características de cada vírus. A especifi cidade viral é determinada pelas proteínas do capsídeo ou envoltório viral que possui afi nidade com proteínas encontradas na membrana de determinadas células, possibilitando o vírus infectar um tipo de célula específi co.

É muito importante entender que os vírus possuem ação antigênica, pois quando presentes no organismo atuam como antígenos, estimulando as defesas e propiciando a formação de anticorpos.

Os vírus podem ser classifi cados de acordo com o tipo de ácido nucléico em:

• Vírus com DNA – Ex.: bacteriófago - infectam bactérias.

• Vírus com RNA – Ex.: a infl uenza que causa a gripe, infectando a mucosa do aparelho respiratório.

• Vírus com RNA e transcriptase reversa (retrovírus) – possuem a transcriptase reversa (enzima que produz DNA a partir de um molde de RNA). Ex.: HIV que infecta células do sistema imunológico causando a AIDS. O HIV possui 2 moléculas de RNA, além de uma transcriptase reversa, e uma integrase que promove a integração do DNA viral ao DNA humano. Também se observa um folheto lipídico envolvendo o capsídio.

RNA viral t.reversa – DNA – transcreve – RNAm traduz – Proteínas virais.

IX. FILO DOS EQUINODERMOSCARACTERÍSTICAS• São exclusivamente marinhos, apresentam pele com

espinhos. São triblásticos, celomados, com simetria radiada. Animais de vida livre, predadores ou detritívoros com corpo sem cabeça, não segmentado.

Conheça as classes que pertencem a esse fi lo.

a) Equinóide: (ouriços), corpo bojudo com espinhos grandes e móveis.

b) Asteróide: (estrela), corpo em forma de estrela com 5 ou mais braços com espinhos pequenos.

c) Crinóide: (lírio), corpo em forma de estrela com braços sem espinhos.

d) Holoturóide: (pepino), corpo cilíndrico sem braços e espinhos.

e) Ofi uróide: (serpente), corpo estrelado com disco central e espinhos nos braços.

FILO CHORDATACARACTERÍSTICAS• Notocorda, fendas branquiais, triblásticos, celomados,

simetria bilateral, corpo segmentado, deuterostômios.

CRANIADOS (SUBFILO VERTEBRADOS)I. Peixes: corpo revestido por escamas, respiração

branquial (alguns pulmonados), sistema circulatório fechado, coração com 2 cavidades (aurícula e ventrículo), circulação simples, onde passa sangue venoso. Cartilaginosos (condrictes) e ósseos (osteíctes).

II. Anfíbios: pele lisa, sem escamas, rica em glândulas que a mantém úmida, possibilitando a respiração. Esqueleto ósseo com musculatura desenvolvida. Coração com 2 aurículas e 1 ventrículo; circulação dupla e incompleta (mistura o sangue venoso com o arterial).

III. Répteis: pele seca queratinizada, impermeável e sem glândulas. As cobras não possuem membros. Coração com quatro cavidades mais ocorre mistura de sangue venoso e arterial com exceção dos Crocodilianos.

IV. Aves: corpo coberto com penas, ossos pneumáticos e ossos ocos para facilitar o vôo. Coração com quatro cavidades, não ocorre mistura de sangue.

Único invertebrado deuterostômio (com o blastóporo originando o ânus).

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 12Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 12 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 13: Apostila enem

13

Os vírus de vegetais são constituídos de RNA e não apresentam envoltório. Ex.: o mosaico do tabaco pode causar manchas verde-clara ou amarela nas folhas ou em todo o vegetal. A transmissão dos vírus das plantas ocorre por meio de um vetor – inseto, fungo, verme nematódeo; a ação antrópica (do homem) também possibilita a transmissão.

Agora vamos estudar a reprodução viral, lembrem-se que os vírus não se reproduzem fora da célula.

Os bacteriófagos podem manifestar dois ciclos reprodutivos.

• O Ciclo lisogênico – vírus temperado ou não virulento. Não destrói a célula; o material genético está inativo e não altera o metabolismo da célula hospedeira. As células lisogênicas podem, a partir de agentes químicos, físicos ou mutações, sofrer indução (torna-se lítica). Quando o vírus está inativo dentro da célula dizemos que está latente e quando fora da célula cristalizado.

• O Ciclo lítico – vírus virulento. As células infectadas morrem devido a lise (ruptura) que sofrem por causa da atividade do vírus.

Agora vamos analisar a reprodução de um dos vírus mais perigosos da humaninade. O HIV tem afi nidade por linfócitos que apresentam em sua membrana um complexo protéico CD4. Essas células são responsáveis por regular e controlar o sistema imunológico. Após o reconhecimento viral, o invólucro se funde a membrana celular liberando o nucleocapsídeo no citoplasma da célula de defesa.

Há evidências de que alguns tipos de câncer humano são causados por vírus. Por exemplo, o vírus da hepatite B parece causar

câncer de fígado; o HPV está relacionado ao câncer de colo de útero. Provavelmente esses vírus ativam oncogênes (genes envolvidos na regulação

da divisão celular) e as células começam a se comportar de maneira patológica, aumentando a frequência de suas mitoses e formando tumores.

Como os vírus apresentam especifi cidade não é normal vírus de animais infectar vegetais.

>> FIQUE ATENTOOs vírus parasitam para poder reproduzir, devido a ausência de um metabolismo próprio.

>> COMENTÁRIOSNão se esqueça. Por não possuir metabolismo, antibióticos não possuem ação sobre os vírus, sendo usados no combate a doenças causadas por bactérias. No combate a doenças virais se utilizam coquetéis com inibidores enzimáticos capazes de inibir a célula de produzir as partículas virais ou inibir as enzimas virais.

Anotações:

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 13Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 13 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 14: Apostila enem

VAMOS REVISAR.

• Androceu, órgão reprodutor masculino, é formado pelos estames, constituídos pelo fi lete, conectivo e antera (saco polínico).

Hormônios vegetais – auxinas, giberelinas, citocininas. Células meristemáticas são células vegetais que podem originar outros ticos celulares (totipotentes).

Meristemas primários – protoderme, meristema fundamental e procâmbio.

Meristemas secundários – felogênio e cambio interfascicular.

Tecidos de sustentação – colênquima, esclerênquima, xilema.

Floema ou líber – conduz seiva elaborada.

Xilema ou lenho – transporta seiva bruta.

Vírus – parasita intracelular obrigatório, não possui metabolismo próprio.

Especifi cidade viral – capacidade do vírus parasitar tipos específi cos de células.

Capsídio – envoltório protéico que protege o DNA viral.

Vírus latente – inativo dentro da célula.

Vírus cristalizado – inativo, fora da célula.

Requisitos para o ambiente terrestre – raiz, cutícula, estômato, xilema e fl oema e tubo polínico.

Dependência da água para reprodução – briófi tas e pteridófi tas

Nas briófi tas o gametófi to é desenvolvido e duradouro e o esporófi to é reduzido e dependente do gametófi to, enquanto nas pteridófi tas o gametófi to (prótalo) é reduzido e transitório e o esporófi to é o vegetal desenvolvido, complexo e duradouro.

• Nas gminospermas e angiospermas o esporófi to é o vegetal desenvolvido e o gametófi to (saco embrionário e tubo polínico) é reduzido e dependente do esporófi to.

• O órgão reprodutor feminino é o arquegônio (produz a oosfera) e o masculino é o anterídio (produz anterozóides).

• As pteridófi tas são os primeiros vegetais a apresentar vasos condutores de seiva (fl oema e xilema), sendo traqueófi tas.

Gimnospermas - produzem fl ores (fanerógamas) e sementes (espermatófi tas).

Angiospermas - são fanerógamas e espermatófi tas que produzem frutos.

• Gineceu, órgão reprodutor feminino, é formado pelos carpelos e organizam em estigma, estilete e ovário.

ESPONJAS CELENTERADOS PLATELMINTOS NEMATELMINTOS

DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Diblásticos acelomados Triblásticos acelomados Triblásticos, acelomados Triblásticos,

pseudocelomados

TUBO DIGESTIVOAusente. Digestão intracelular em coanócitos e amebócitos.

Ausente. Digestão extracelular (cnidoblasto) e intracelular (gastroderma).

Ausente ou incompleto (sem ânus)

Completo, não possui estômago.

SISTEMA NERVOSO Ausente Difuso na mesogléiaInicio de cefalização com gânglios cerebrais e cordões longitudinais

Gânglios cerebrais e cordões longitudinais

SISTEMA EXCRETOR Ausente (por difusão)Ausente. Material lançado na cavidade gastrovascular saindo pela boca.

Células fl ama Metanefrídios

ÓRGÃOS REPRODUTORESAusente. Reprodução assexuada por brotamento e sexuada

Ausente. Reprodução por metagênese (alternância de geração sexuada e assexuada).

Presentes. Sexos separados (monóicos) schistosoma e hermafroditas (dióicos) Tênia e planária.

Presente

SISTEMA CIRCULATÓRIOAusente. A água com nutrientes circula pelo ósculo.

Ausente. A água com nutrientes circula pela cavidade gastrovascular

Ausente Ausente

SISTEMA RESPIRATÓRIOAusente (distribuição por difusão). Respiração aeróbia.

Ausente (por difusão). Respiração aeróbia. Ausente Ausente. Respiração

cutânea

ÓRGÃOS DE LOCOMOÇÃO Ausente (séssil) ausente Ausente. Ausente

>> BIOLOGIAVamos Revisar

14

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 14Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 14 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 15: Apostila enem

Anotações:

ANELÍDEOS ARTRÓPODOS MOLUSCOS CELENTERADOS

Triblásticos e celomados Triblásticos e celomados Triblásticos e celomados. Triblásticos, celomados e deuterostómios

Completo, com papo e moela. São protostómios.

Completo, com estomago e glândulas anexas

Completo. Os bivalves não apresentam aparelho mastigador (rádula).

Completo, podendo apresentar glândulas digestivas e aparelho mastigador formado por dentes (lanterna de Aristóteles).

Gânglios cerebrais e cordão ventral

Ganglionar; com órgãos sensoriais. Ganglionar. Pouco desenvolvido. Com células

sensitivas na ponta dos braços.

Nefrídios Tubos de Malpighi e glândulas verdes

Metanefrídios (rins rudimentares).

Ausente, Excretas eliminadas pelos pódios do sistema ambulacral

Presente Presente Presente. Sexos separados ou hermafroditas.

Presente. Maioria dióico com fecundação externa e desenvolvimento indireto.

Presente, circulação fechada com “corações laterais” e sangue com pigmentos respiratórios.

Presente, circulação aberta ou lacunar.

Presente. Circulação aberta com exceção dos polvos e lulas.

Ausente. Sem vasos; nos canais celômicos circula um liquido incolor.

Ausente na maioria. Cutânea ou por brânquias modifi cadas. Presente, traqueal e branquial Respiração cutânea, pulmonar

e branquial.Pelos pódios ou pequenas brânquias

Presente Presente, com articulações Sistema esquelético ausente. Pés ambulacrais

15

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 15Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 15 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 16: Apostila enem

16

FÍSICA

Nosso último assunto. Introdução a eletricidade. Aproveite os dias que faltam para revisar pelos resumos.

Marcelo Albuquerque (Fininho)

INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE01. INTRODUÇÃO – A CARGA ELÉTRICAA eletricidade é o ramo da física que estuda o comportamento das cargas elétricas. A carga elétrica é uma propriedade intrínseca da matéria associada a algumas partículas elementares.

A unidade de medida de carga elétrica, no SI, é o couloumb (C). É comum utilizarmos alguns submúltiplos do Coulomb.

• Carga elétrica elementar (e) – Experiências revelam que um próton, bem como um elétron, possui uma

quantidade de carga igual a 1,6 x 10-19 C da quantidade de carga de um elétron ou de um próton. Esta se chama de carga elétrica elementar (e).

02. CORPO NEUTRO/CORPO ELETRIZADOUm corpo (ou átomo) em seu estado normal possui quantidades iguais de cargas elétricas positivas e negativas sendo, portanto, considerado um corpo neutro. Em caso de desequilíbrio de cargas, dizemos que o corpo encontra-se eletrizado.

OBSERVAÇÕESPara que um corpo fi que eletrizado, alteramos sua quantidade de elétrons, pois os prótons estão situados no núcleo dos átomos, logo só podem ser manipulados através de processos especiais.

Todo corpo eletrizado neutraliza no momento que entra em contato com a Terra.

Observe o esquema abaixo:

CORPO NEUTRO: n° prótons = n° elétrons

Os prótons e elétrons são considerados portadores de cargas elétricas. Por convenção,

os prótons são dotados de cargas positivas e os elétrons de cargas negativas.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 16Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 16 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 17: Apostila enem

17

CORPO ELETRIZADO: n° prótons ≠ n° elétrons

• Positivamente: n° prótons > n° elétrons

• Negativamente: n° prótons < n° elétrons

03. QUANTIDADE DE CARGA DE UM CORPO (Q)É a quantidade de cargas em excesso de um corpo.

1 portador de carga em excesso → 1 x 1,6 x 10-19 C

2 portadores de carga em excesso → 2 x 1,6 x 10-19 C

3 portadores de carga em excesso → 3 x 1,6 x 10-19 C

n portadores de carga em excesso → n x 1,6 x 10-19 C

Assim, se quisermos calcular a quantidade de cargas em excesso de um corpo, basta multiplicar o número de portadores em excesso pela carga elementar (e).

04. PRINCÍPIOS DA ELETRICIDADEa) Atração e repulsão

• Corpos eletrizados com cargas de sinais contrários se atraem.

• Corpos carregados com cargas de mesmo sinal se repelem.

Se atritarmos um bastão de vidro, por alguns segundos, com um pedaço de lã, verifi camos que este é capaz de atrair pedacinhos de papel supostamente neutros.

b) Conservação de cargas

A soma algébrica das quantidades de carga é sempre constante.

No exemplo abaixo os corpos trocaram cargas, mas a soma algébrica não se alterou.

CONDUTORES E ISOLANTESDizemos que um corpo é um bom condutor elétrico quando é dotado de grande quantidade de portadores de carga que são facilmente movimentáveis. São eles:

• Elétrons livres (nos metais em geral).• Íons nas soluções eletrolíticas.• Íons e elétrons livres nos gases ionizados.

Já o isolante elétrico é um corpo no qual os portadores de carga encontram difi culdade para se movimentarem. São exemplos de isolantes: o ar atmosférico, borracha, vidro, seda etc.

Corpos eletrizados atraem corpos neutros.

ÍON: átomo eletrizado• ÍON CÁTION (+): perde elétrons (eletrizado

positivamente). • ÍON ÂNION (-): ganha elétrons (eletrizado

positivamente).

CUIDADO O termo “carga elétrica puntiforme” refere-se a um corpo eletrizado que possui dimensões desprezíveis em relação a outro(s) corpo(s) eletrizado(s).

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 17Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 17 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 18: Apostila enem

18

FÍSICA

É por este motivo que durante uma tempestade fi camos protegidos dentro do carro dos efeitos provocados pelas descargas elétricas (“blindagem eletrostática”).

06. PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃOExistem três maneiras de eletrizar um corpo. Vejamos quais são elas.

a) Eletrização por atrito: Consiste em esfregar dois corpos inicialmente neutros e constituídos de substâncias diferentes. Isso se deve ao fato dos corpos terem diferentes tendências a ganhar elétrons. Observe o exemplo:

Ao fi nal do processo, os corpos fi cam eletrizados com cargas de mesmo módulo, porém de sinais contrários.

b) Eletrização por contato – Consiste na transferência de portadores móveis quando um corpo eletrizado entra em contato com um corpo neutro no intuito de eletrizá-lo.

Após a eletrização por contato, os corpos fi cam eletrizados com cargas de mesmo sinal.

• Eletrização por indução – Este é o único processo no qual os corpos envolvidos (indutor e induzido) não se tocam. Vejamos as etapas do processo de eletrização por indução de uma esfera.

FDC

Resolução.Trata-se de um contato sucessivo entre corpos idênticos.1° contato (IV e I)

3Q2 3Q

4

0 +=

2

2° contato (IV e II)Q4

3Q4 Q

2

+=

2

3° contato (IV e III)Q4

Q2 +

= 02

Gabarito: letra E.

Três esferas metálicas idênticas I, II e III estão penduradas em um suporte por fi os isolantes e eletricamente carregadas com cargas indicadas no esquema. A esfera IV, idêntica às demais, também indicada no esquema, está inicialmente neutra e adaptada a um cabo isolante.

A esfera com cabo isolante é movimentada de modo a tocar, sucessivamente, nas esferas I, II e III. Após o ultimo toque, a carga da esfera IV é:

a) Q b) 3Q/4 c) Q/2 d) Q/4 e) nula

I II III IV

Q4

-Q2

3Q2

Em um condutor eletrizado em equilíbrio eletrostático, as cargas em excesso sempre se distribuem na superfície externa.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 18Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 18 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 19: Apostila enem

19

Observe que ao fi nal do processo os corpos fi cam eletrizados com cargas de sinais contrários.

OBSERVAÇÃOAs cargas elétricas distribuídas na superfície externa de um condutor têm a tendência de se acumular nas regiões pontiagudas (“Poder das pontas”). Por esse motivo, os pára-raios possuem, em suas extremidades, hastes dotadas de pontas.

07. LEI DE COULOMB – FORÇA ELÉTRICAConsidere duas partículas eletrizadas com cargas Q e q separadas por uma distância d.

Podemos dizer que a força elétrica (repulsão ou atração) é diretamente proporcional ao produto do módulo das cargas das partículas e inversamente proporcional à distância que separa os seus centros.

A constante K é chamada constante eletrostática que depende do meio em que as partículas estão imersas. Sua unidade no SI é o N.m2 / C2.

08. O CAMPO ELÉTRICOUm corpo carregado “cria” uma região de infl uência denominada campo elétrico que lhe possibilita interagir com outras cargas.

Assim, dizemos que toda carga elétrica puntiforme (q) imersa num campo elétrico (E) sofre ação de uma força elétrica (F).

F = q . E → E = F / q

Usando a defi nição, conclui-se que a unidade do campo elétrico, no SI, é o N/C.

Através do sinal da carga fonte (Q), identifi ca-se num ponto do espaço o sentido do campo elétrico (E) representado através de linhas de campo.

OBSERVAÇÃOCAMPO ELÉTRICO UNIFORME

Região do espaço delimitada entre duas placas paralelas carregadas com cargas de mesmo módulo e sentidos contrários onde o vetor campo elétrico é constante.

Os capacitores são aparelhos que acumulam energia em um campo elétrico uniforme para disparar o fl ash das máquinas fotográfi cas.

F = K. Q . qd2

A carga elétrica puntiforme (q) é também chamada de carga de prova. As fontes do campo elétrico (E) são corpos eletrizados chamados de cargas fonte (Q).

As forças elétricas entre duas partículas constituem um par ação e reação.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 19Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 19 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 20: Apostila enem

20

FÍSICA09. CORRENTE ELÉTRICAJá sabemos que um condutor metálico possui uma grande quantidade de elétrons livres que se movimentam desordenadamente.

Quando ligamos uma pilha (gerador) aos terminais de um fi o condutor, estes elétrons livres recebem uma certa quantidade de energia e passam a se movimentar de maneira parcialmente ordenada. É o que chamamos de corrente elétrica. Observe o esquema de um circuito simplifi cado.

• Diferença de potencial (U)

Podemos observar na fi gura acima que a pilha possui uma indicação que corresponde a 1,5 V. Signifi ca dizer que 1 C de carga recebe uma energia de 1,5 J para ser transportada ao longo do circuito.

A diferença de potencial, no SI, é expressa em joules por coulomb (J/C). Essa unidade recebe o nome de volt (V).

• Intensidade da corrente elétrica (i)

A intensidade da corrente elétrica é defi nida como a quantidade de carga (Q) que atravessa uma seção de um condutor por unidade de tempo.

Pela defi nição, conclui-se que a unidade da intensidade da corrente elétrica, no SI, é expressa em C/s, também chamada de ampère (A).

Quando dizemos que a intensidade de uma corrente elétrica é igual a 4 A, significa que em cada 1 s, uma quantidade de carga igual a 4 C passa por uma seção do condutor.

RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R)Numa corrente elétrica, os elétrons livres colidem com outros elétrons e também com átomos que constituem a estrutura cristalina do condutor, logo encontram resistência, à sua passagem ao longo do meio condutor.

Para calcularmos a resistência elétrica basta dividirmos a tensão (U) entre os terminais de um condutor pela intensidade da corrente que o percorre (i).

ALGUNS EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA

a) Efeito Joule

Quando colocamos a mão sobre um fio isolado por onde passa corrente elétrica, percebemos que o mesmo esquenta.

Em geral, os dispositivos que proporcionam esse aquecimento são dotados de resistência como, por exemplo, o chuveiro elétrico.

O efeito térmico produzido pela corrente elétrica chama-se efeito joule.

i = Q∆t

R = Ui

Aplicada uma mesma tensão (U) a condutores diferentes, a resistência elétrica (R) é inversamente proporcional à intensidade da corrente que os percorre (i).

A diferença de potencial é também chamada de tensão ou voltagem.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 20Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 20 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 21: Apostila enem

21

b) Efeito Magnético

Toda corrente elétrica gera um campo magnético. Quanto maior a intensidade da corrente, maior a intensidade do campo magnético.

Os disjuntores são dispositivos que protegem os circuitos elétricos contra problemas causados por sobrecargas de corrente elétrica.

Quando a intensidade da corrente supera um certo valor desejado, a chave magnética desliga automaticamente.

NOÇÕES DE ELETROMAGNETISMOMAGNETISMOQuando aproximamos um ímã de pequenos objetos metálicos notamos que os objetos são atraídos. Isso acontece porque o ímã possui uma região de infl uência denominada campo magnético, assim como as massas – campo gravitacional e as cargas elétricas - campo elétrico.

Observa-se também que certas partes do ímã conseguem atrair objetos com maior intensidade. Essas partes são chamadas polos de um ímã.

A Terra se comporta como um grande imã, possuindo um imenso campo magnético que serve de proteção contra certas radiações provenientes do Sol.

• A bússola – Trata-se de um instrumento de localização formado basicamente por uma agulha imantada, apoiada de modo a poder girar livremente.

O pólo norte (expresso por N) é aquele que aponta para o norte geográfi co (sul magnético).

ELETROMAGNETISMOO físico dinamarquês H. Oersted provou que cargas elétricas em movimento dão origem a um campo magnético. Para comprovar essa ideia, basta aproximarmos uma bússola de um fi o por onde passa uma corrente elétrica. Iremos observar que a agulha sofre desvios.

• O Eletroímã – Para obter um eleroímã basta enrolarmos um pedaço de fi o a um núcleo de ferro (Ex.: prego).

Submetendo o fi o a uma diferença de potencial, o mesmo é percorrido por uma corrente elétrica, que consequentemente irá gerar um campo magnético na região próxima a essa espira.

A intensidade do campo magnético criado pelo eletroímã, bem como a distância que ele atingirá dependerão da intensidade da corrente aplicada e do número de voltas da espira.

Com base neste princípio é possível criar inúmeros dispositivos elétricos, incluindo motores, cabeçotes de leitura/gravação para discos rígidos e toca-fi tas, alto-falantes etc.

• Polos magnéticos de mesmo nome se repelem.• Polos magnéticos de nomes diferentes se

atraem.

Anotações:

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 21Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 21 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 22: Apostila enem

Processos de eletrização

• Atrito

• Contato

• Indução

Lei de Coulomb - Força Elétrica

Campo Elétrico (E)

Intensidade da Corrente Elétrica (i)

Resistência Elétrica (R)

Carga Elementar (e)

e = + 1,6 x 10-19 C (um próton)

e = - 1,6 x 10-19 C (um elétron)

Quantidade de Carga em Excesso (Q)

n → n° de portadores de carga em excesso

Corpo Neutro:

n° prótons = n° de elétrons

Corpo Eletrizado:

n° prótons ≠ n° de elétrons

Eletrizado Positivamente:

n° prótons > n° de elétrons

Eletrizado Negativamente:

n° prótons < n° de elétrons

Anotações:

Q = n.eF = K. Q . q

d2

E = F / q

i = Q∆t

R = Ui

22

>> FÍSICAVamos Revisar

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 22Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 22 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 23: Apostila enem

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 23Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 23 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 24: Apostila enem

24

QQUÍMICA

Daniela Leite

É hora de fechar com chave de ouro. Dê todo gás agora na reta fi nal. Lembre-se, revisar nunca é demais.

TERMOQUÍMICAÉ a parte da química que estuda as trocas de calor que ocorrem durante a formação de uma reação química.

• Reação endotérmica: é aquela que só ocorre com absorção de calor (neste caso a quantidade de calor absorvido para realizar a reação é maior que o liberado).

• Reação exotérmica: é aquela que ocorre com liberação de calor (a quantidade de calor liberado é maior que o inicialmente absorvido para realizar a reação).

ENTALPIA DE UMA SUBSTÂNCIA (H)É a quantidade de energia (calor) armazenada em cada substância.

VARIAÇÃO DE ENTALPIA (∆H)Mede a variação de calor que ocorre em uma reação química.

É calculado pela fórmula:

∆H = H produtos – H reagentes

∆H > 0 → Reação endotérmica∆H < 0 → Reação exotérmica

LEI DE HESSÉ também conhecida como “Lei do estado fi nal e inicial”.

Esse cientista percebeu que a variação de entalpia envolvida em uma reação química depende somente do seu estado inicial e fi nal, não importando o caminho da reação, desde que a pressão e a temperatura do sistema sejam iguais nos estados inicial e fi nal.

AGORA VAMOS ESTUDAR AS CLASSIFICAÇÕES DAS ENTALPIAS (CALOR DE REAÇÃO)a) Entalpia de formação: é a variação de entalpia (∆H)

associada à reação de síntese de 1 mol da

>> FIQUE ATENTOA energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada. Esse fato é também conhecido como princípio da conservação da energia.

Nas reações exotérmicas a energia dos produtos é menor que a dos reagentes, pois uma parte

da energia dos reagentes foi liberada.

Quando vier uma equação pedindo para calcular a variação de entalpia fi nal, basta somar as entalpias intermediárias. ΔHf = ΔH1 + ΔH2

Nas reações endotérmicas, a energia dos produtos é maior que a dos reagentes, pois os reagentes absorvem energia para se transformar nos produtos.

CUIDADO A entalpia depende do estado físico das substâncias e seu estado alotrópico.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 24Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 24 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 25: Apostila enem

25

substância, a partir de seus elementos constituintes na forma mais estável, 25°C e 1atm.

b) Entalpia de combustão: é a variação de entalpia (∆H) associada à combvustão de 1 mol da substância, estando os participantes da reação a 25°C e 1atm (estado padrão).

c) Entalpia de ligação: é a energia absorvida (processo endotérmico) por um sistema gasoso, a 25°C e 1atm, para que sejam quebradas 1 mol de ligação entre dois átomos.

CINÉTICA QUÍMICAÉ a parte da química que estuda a velocidade das reações e os fatores que a modifi cam.

Calculamos a velocidade média de consumo dos reagentes e a velocidade média de formação dos produtos pela fórmula:

Vm = ∆C∆T

∆C: variação da concentração da substância.

∆T: Intervalo de duração do tempo.

São necessárias duas condições primárias para que ocorra uma reação.

Os reagentes têm que fi car o mais próximo possível. É por isso que os reagentes sólidos devem ser triturados ou postos em solução para reagir melhor, eles devem obedecer a teoria das colisões tais como:

1. As moléculas se chocam entre si com muita frequência e uma orientação apropriada é que elas não devem se chocar de raspão, mas sim de frente.

2. As moléculas devem se chocar com energia sufi ciente para reagir.

CATALISADORES

São substâncias que aumentam a velocidade da reação, eles agem diminuindo a “energia de ativação”.

UFBA 2007 (1ª FASE) / Questão 21

Proposição FALSA.2 mol de C4H10 libera 2873,3kJ o que quer dizer que 2 x 58g = 96g da queima desse gás libera 2873,3 Kj.

(64) A equação química 2C4H10(g) + 13CO2(l) 8CO2(g) + 10H2O(l), ƒHo = 2873,3kJ, que representa a combustão total do gás butano, evidencia que a energia liberada na queima de 58,1g desse gás é igual a 2873,3kJ.

A entalpia de uma substância simples na forma mais estável, a 25°C e 1atm é igual a ZERO.

CUIDADO As concentrações dos reagentes e dos produtos modifi cam-se com o tempo em uma reação química.

>> FIQUE ATENTOA energia mínima necessária para iniciar uma reação chama-se “ENERGIA DE ATIVAÇÃO”.

A velocidade da reação depende da ENERGIA DE ATIVAÇÃO. Aquelas reações que precisam de uma energia de ativação maior são as que demoram mais para ocorrer, pois precisam de mais energia para iniciar.

>> FIQUE ATENTOAs reações explosivas, aquelas que ocorrem muito rápido, possuem baixa energia de ativação.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 25Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 25 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 26: Apostila enem

26

QQUÍMICA

FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE DA REAÇÃO• Superfície de contato → Quanto maior for a superfície

de contato, maior será a velocidade da reação.

Ex. 1: Se colocarmos um cubo de mármore para reagir, observaremos que a reação ocorrerá apenas na superfície. Agora se dividirmos esse cubo em pedacinhos menores, veremos que a superfície de contato desse sólido aumentará, aumentando também a velocidade da reação.

Ex. 2: Isso ocorre também com um comprimido efervescente que se dissolve melhor quando quebrado, pois aumenta a superfície de contato entre o comprimido e o reagente que, neste caso, é a água.

Ex. 3: Para acender um fogo, primeiro coloca lascas de lenha para que, depois seja colocado as toras.

Ex. 4: O bombril enferruja muito mais do que uma lâmina de ferro, isso ocorre porque a superfície de contato do ferro em forma de bombril é bem maior, fazendo com que a reação entre o ferro e o oxigênio seja mais rápida.

• Pressão → Se tiver reagentes gasosos, quando há um aumento na pressão, a velocidade da reação também aumenta. (aumenta o número de choques).

• Concentração dos reagentes → Quando aumenta a concentração dos reagentes, aumenta-se também a velocidade da reação, porque existe mais moléculas para se chocar.

• Temperatura → A velocidade da reação aumenta quando aumenta a temperatura, pois as moléculas

terão maior energia cinética, que é uma energia de movimentação, aumentando o número de choques.

LEI DE AÇÃO DAS MASSAS (LEI DE GULDBERG-WAAGE)

A velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto das concentrações molares dos reagentes elevados aos respectivos coefi cientes estequiométricos.

aX(g) + bY(g) → cZ(g)

Para achar a velocidade da reação, basta usar essa fórmula:

V = K [X]a . [Y]b

Ex.: 2SO2(g) + O2(g) → 2SO3(g)

Resposta: V= K [SO2]2 . [O2]1

ORDEM DA REAÇÃO:

As reações podem ser classifi cadas como de ordem zero, primeira ordem, segunda ordem e terceira ordem.

A ordem de uma reação é identificada através da soma dos expoentes das concentrações na equação de velocidade.

Ordem = soma dos expoentes = 2 + 1 = 3.

Logo, a reação é de terceira ordem.

EQUILÍBRIO QUÍMICOEm uma reação química, os produtos vão sendo consumidos para que haja a formação dos reagentes. As reações são

O catalisador não altera o ΔH, a única infl uência que ele tem em uma reação

química é na velocidade da reação, por isso ele não interfere no equilíbrio da reação.

Esses fatores infl uenciam na velocidade da reação, porque fazem com que aumente o número de choques entre as moléculas

favorecendo o acontecimento das reações e aumentando assim sua velocidade.

CUIDADO Algumas reações ocorrem em etapa. Neste caso, a velocidade da reação é determinada pela etapa mais lenta.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 26Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 26 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 27: Apostila enem

27

reversíveis à medida que o produto vai sendo formado, ele vai sendo também consumido (degradados), formando-se os reagentes.

Equilíbrio químico só ocorre em uma reação reversível na qual a velocidade da reação direta é igual a velocidade da reação inversa.

• Velocidade direta: é a velocidade de formação dos produtos.

• Velocidade inversa: é a velocidade de formação dos reagentes.

O equilíbrio é calculado através de uma constante.

A constante de equilíbrio só é infl uenciada pela variação da temperatura K = P/ R. Isso quer dizer que quando aumenta o produto, a constante aumenta, e quando aumenta o reagente, a constante diminui.

DESLOCAMENTO DE EQUILÍBRIOQuando se altera um dos fatores que infl uencia um equilíbrio, este se desloca de modo a anular a ação aplicada.

Fatores que modifi cam o deslocamento do equilíbrio:

12A(g) + B(g) ↔ C(g) + D(g), ∆H > 0 2

CONCENTRAÇÃOQuando adiciona uma substância A ou B, o equilíbrio será deslocado no sentido 1, fazendo com que essa substância seja consumida, mantendo assim o equilíbrio.

Quando diminui C ou D, o equilíbrio será deslocado no sentido 1, fazendo com que haja maior formação dos produtos.

PRESSÃOEla só infl uência gases.

Para entender melhor, você precisa saber que quando há uma diminuição do número de mols (quantidade de moléculas) na reação, consequentemente, há uma diminuição na pressão do gás.

Quando aumenta a pressão, o equilíbrio será deslocado para o lado em que tenha o menor número de mols, no caso, sentido 1.

Volume dos produtos = 2 + 1= 3Volume dos reagentes = 1 + 1 = 2

TEMPERATURAQuando aumenta a temperatura, o equilíbrio se desloca no sentido da reação que produz um abaixamento da temperatura, portanto, no sentido da reação endotérmico (reação que absorve calor, havendo um abaixamento na temperatura).

CUIDADO Substâncias sólidas não participam da expressão da constante de equilíbrio.

>> FIQUE ATENTOQuando existir substâncias gasosas em uma reação, a constante de equilíbrio pode ser expressa em função das pressões parciais.

A pressão de um gás é inversamente proporcional ao volume, porque ao colocarmos uma

quantidade de gás em um recipiente e comprimi-lo, esse gás vai diminuindo seu volume e teremos uma maior quantidade de choques entre as moléculas,

fazendo com que haja uma maior pressão no sistema.

Verifi ca-se que em uma reação, a velocidade direta (V1) vai diminuindo, assim como a velocidade inversa (V2) vai aumentando com o tempo. Depois de certo tempo, as velocidades se igualam e as concentrações permanecem constantes. Quando ocorre isso, dizemos que a reação entrou em equilíbrio.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 27Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 27 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 28: Apostila enem

28

QQUÍMICAQuando diminui a temperatura, favorece o sentido exotérmico.

Sentido 1 → endotérmicoSentido 2 ← exotérmico

EQUILÍBRIO IÔNICO (Ki)É o equilíbrio químico que ocorre entre os íons, ou seja, é o equilíbrio que ocorre quando uma substância é adicionada a uma solução aquosa, liberando íons, essa substância pode ser um ácido ou uma base, já que eles liberam íons em solução aquosa.

PRODUTO DE SOLUBILIDADE (Kps)É o produto entre os íons que se dissociaram. Ele é defi nido como sendo:BA(s) ↔ B+

(aq) + A-(aq)

Kps = [B+] [A-]

PRODUTO IÔNICO DA ÁGUA (Kw)A água pura sempre está ionizada em pequenas quantidades.

A temperatura ambiente, observa-se que o Kw é igual a 10-14, a adição de um ácido ou uma base na água desloca o equilíbrio, alterando as concentrações dos íons H+ e OH-, porém a igualdade permanece.

[ H+] . [OH-] = 10-14

Como é inconveniente trabalhar com valores muito pequenos (potência negativa). Então, o cientista Sueco, Sorensen, sugeriu medir a acidez e basicidade das soluções por uma escala logarítmica chamada de escala de pH e pOH.

Por defi nição:pH = -log[ H+] pOH = -log[OH-]

pH + pOH = 14

ELETROQUÍMICAELETRÓLISEÉ uma reação química de oxirredução que não é espontânea, pois ela ocorre quando existe uma passagem de uma corrente elétrica provocando a reação. A eletrólise é um processo não espontâneo.

Ela pode ocorrer na ausência de água (eletrólise ígnea) e na presença de água.

Vamos aprender:

ELETRÓLISE ÍGNEAÉ realizado com um composto iônico o qual recebe o nome de eletrólito, esse composto é fundido (derretido) fi cando líquido. Neste caso, não existe a presença da água.

O Equilíbrio iônico ocorre igualmente ao molecular, a única diferença é que, nesse equilíbrio, as constantes tem nomes:• Quando a substância que está participando do

equilíbrio é um ácido, a constante pode ser referida como Ka .

• Quando essa substância for uma base, essa constante pode se chamar de Kb.

CUIDADO Quanto maior for o Ka e Kb, mais fortes serão, respectivamente, o ácido e a base.

>> FIQUE ATENTOpH antes do 7 são ácidos, e depois são básicos.

Quando uma reação for endotérmica no sentido direto, será exotérmica no sentido inverso.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 28Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 28 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 29: Apostila enem

29

ELETRÓLISE AQUOSAJá neste caso, temos que considerar a presença dos íons H+ e OH- provenientes da ionização da água, que apesar da pequena quantidade, infl uenciam na eletrólise. Nesse tipo de eletrólise, existe uma competição entre os íons da água e os íons do eletrólito.

Agora vamos falar sobre a parte mais importante da “Eletrólise” que é a ordem de prioridade dos íons. É através dessa ordem que sabemos como será feito a reação de oxirredução originária da eletrólise.

PRIORIDADES DOS ÍONS DOS ELETRODOS

• O cátion H+ da água tem prioridade sobre os cátions de metais alcalinos, alcalino-terrosos e Al3+.

• O ânion OH- da água tem prioridade sobre os ânions oxigenados (NO3-, SO42-, etc) e F-.

LEI DE FARADAYA massa do elemento eletrolisado é diretamente proporcional a carga que atravessa a solução.

Ex.: Mg2+ + 2e- → Mg (s)1 mol de Mg ————— 2 mols de elétronsou24 g de Mg ————— 2 mols de elétrons

Q = i. t

Q = força em ColombsI = corrente elétrica em Ãmperest = tempo em segundo

PILHAS

É um dispositivo capaz de gerar uma corrente elétrica através de uma reação de oxi-redução (ocorre uma transferência de elétrons de um reagente para outro), essa reação ocorre espontaneamente.

Zn0(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu0 (s)

Observe que na pilha usamos uma transferência eletrônica indireta, ou seja, não existe o contato direto entre o oxidante e o redutor. Por isso, as substâncias estão separadas, a transferência de elétrons é feita por um fi o (circuito externo).

CONVENÇÃO DA PILHA:• Polo negativo: é o eletrodo que fornece elétrons ao

circuito externo.• Polo positivo: é o eletrodo que recebe elétrons do

circuito externo.

CUIDADO Esse é um assunto que costuma cair frequentemente na UFBA, por isso requer uma maior atenção.

CUIDADO 1mol de elétrons = 6,02.1023 elétrons = 1 Faraday = 96500C

Quando se coloca uma lâmina de Zinco metálico (Zn0) numa solução aquosa de sulfato de cobre

II (CuSO4), ocorre uma reação de oxirredução.

>> FIQUE ATENTOÉ uma reação oposta a que ocorre com a eletrólise.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 29Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 29 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 30: Apostila enem

30

QQUÍMICA

POTENCIAL DE ELETRODOVimos que na pilha de Daniel, o fl uxo de elétrons vai, espontaneamente, da lâmina de zinco para a lâmina de cobre. Isso ocorre porque o zinco possui uma maior tendência em perder elétrons do que o cobre. Na prática é bastante útil conhecer o potencial de um conjunto. Por essa razão foi feito uma tabela de potencial de eletrodo, tomando o hidrogênio como eletrodo padrão como valor de zero a 25°C, pressão de 1 atm e solução 1M de íons H+.

PILHA SECA

PILHA ALCALINAO esquema geral dessa pilha é praticamente o mesmo de uma pilha seca. A diferença mais importante é que no lugar do cloreto de amônio, NH4Cl, na parte externa, usa-se hidróxido de potássio, KOH.

BATERIA DE AUTOMÓVEL

>> FIQUE ATENTOO cálculo da diferença de potencial (ddp ou ∆E°) pode ser feito através dos potenciais de oxidação ou redução.

Quanto maior for o potencial de oxidação, maior será a tendência do elemento em perder elétrons e quanto maior o potencial de redução, maior sua tendência em ganhar elétrons. Observe que ambos os potenciais possuem o mesmo valor numérico em módulo (pode observar que um é negativo e o outro é positivo).

UFBA 2007 (1ª FASE) / Questão 21

Proposição VERDADEIRA.No ânodo (polo negativo ocorre a oxidação de chumbo metálico a chumbo 2+). E no cátodo (polo positivo) ocorre a redução do chumbo 4+ a chumbo 2+).

(16) A reação global de uma bateria de automóvel, representada pela equação química Pb(s) + PbO2(s) + 2HSO4

- (aq) + 2H3O+(aq) → 2PbSO4(s) + 4H2O(l), mostra que o chumbo é o polo negativo da bateria.

Semicélula ou semicela (ou meia pilha) signifi ca metade da célula eletroquímica;

equivale a cada um dos conjuntos da pilha.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 30Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 30 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 31: Apostila enem

31

• Quando diminui a temperatura, a reação se desloca no sentido exotérmico.

Lei de ação das massas (Lei de Guldberg-Waage) – A velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto das concentrações molares dos reagentes elevados aos respectivos coefi cientes estequiométricos.

aX(g) + bY(g) → cZ(g): V = K [ X]a . [Y]b

Deslocamento de equilíbrio é infl uenciado pela:

concentração, pressão, temperatura.

Equilíbrio iônico (Ki) – Ocorre quando uma substância é adicionada a uma solução aquosa, liberando íons.

• Quando a substância que está participando do equilíbrio é um ácido, a constante pode ser referida como Ka .

• Quando essa substância for uma base, essa constante pode se chamar de Kb.

Produto de solubilidade (Kps)

BA(s) ↔ B+ (aq) + A-

(aq) → Kps = [B+] [A-]

Produto iônico da água (Kw)

[H+] . [OH-] = 10-14 → pH + pOH = 14

Eletroquímica

Eletrólise: corrente elétrica provocando uma reação. Ela pode ocorrer na ausência de água (Eletrolise Ígnea) e na presença de água.

• O cátion H+ da água tem prioridade sobre os cátions de metais alcalinos, alcalinos-terroso e Al3+.

• O ânion OH- da água tem prioridade sobre os ânions oxigenados (NO3-, SO42- etc) e F.

Lei de Faraday – 1mol de elétrons = 6,02.1023 elétrons = 1 Faraday = 96500C.

Pilhas – É um dispositivo capaz de gerar uma corrente elétrica através de uma reação de oxi-redução.

• Polo negativo: é o eletrodo que fornece elétrons ao circuito externo.

• Polo positivo: é o eletrodo que recebe elétrons do circuito externo.

O cálculo da diferença de potencial (ddp ou ∆E°) pode ser feito através dos potenciais de oxidação ou redução.

Termoquímica – Troca de calor.

• Reação endotérmica: é aquela que absorve calor.

• Reação exotérmica: é aquela que libera calor.

Entalpia de uma sustância (H) é a energia armazenada em cada substância.

Variação de entalpia (∆H) - ∆H = H produtos – H reagentes.

∆H >0 → Reação endotérmica

∆H <0 → Reação exotérmica

Lei de Hess – A variação de entalpia envolvida em uma reação depende somente do seu estado inicial e fi nal, não importando o caminho da reação.

Tipos de Entalpias – Entalpia de formação, Entalpia de combustão, Entalpia de ligação.

Cinética Química – Velocidade das reações.

Fatores que modifi cam a velocidade:

As moléculas devem possuir energia sufi ciente para formar um complexo ativado e colidir com orientação apropriada.

Energia de Ativação – A energia mínima necessária para iniciar uma reação.

Catalisadores – São substâncias que aumentam a velocidade da reação.

Fatores que infl uenciam a velocidade da reação – Superfície de contato, pressão, concentração dos reagentes, temperatura,

• Se adiciona reagente, o equilíbrio vai para o sentido dos produtos.

• Se adiciona produto, o equilíbrio vai para o sentido dos reagentes.

• Se retira produto, o equilíbrio se desloca para a formação dos produtos.

• Se retira reagentes, o equilíbrio se desloca para a formação dos reagentes.

• Quando aumenta a pressão, o equilíbrio será deslocado para o lado em que tenha o menor número de mols.

• Quando aumenta da temperatura, a reação se desloca no sentido endotérmico.

31

>> QUÍMICAVamos Revisar

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 31Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 31 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 32: Apostila enem

32

MATEMÁTICA

Maurício Barreto (Tio Chico)

Parceiros, neste módulo iniciaremos com o estudo da análise combinatória e veremos que ela está totalmente

embasada no princípio fundamental de contagem, além de contar com uma ferramenta que muito falicilitará seus cálculos, o chamado de fatorial.

Olá, amigo leitor, neste fascículo iniciaremos com o estudo da análise combinatória e veremos que ele está totalmente embasada no princípio fundamental de contagem, além de contar com uma ferramenta que muito falicilitará seus cálculos chamada de fatorial.

FATORIAL (!)O fatorial de um número é uma multiplicação decrescente desse número até o zero, observe:

6! = 6.5.4.3.2.1 = 720

3! = 3.2.1 = 6

De uma maneira mais formal, o fatorial de um número natural será igual a:

n! = n.(n - 1).(n - 2).(n - 3)…3.2.1

Ah, não podemos esquecer das seguintes convenções: 0! = 1 e 1! = 1

O fatorial de zero será igual a 1, pois 1! = (1 – 1)! . 1 = 0! . 1. Como todo número multiplicado por 1 é ele mesmo podemos dizer que 1 = 0!, assim, provamos que o fatorial de zero é 1.

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DE CONTAGEM – PFCSe a ocorrência de um evento se dá em n etapas diferentes, sendo cada etapa independente e sucessiva uma das outras, o total de possibilidades desse evento é igual ao produto das possibilidades de cada etapa.

Vamos ver o seguinte problema:

Um time de futebol possui camisas em três cores diferentes e shorts em duas cores distintas. De quantas maneiras o uniforme desse time pode ser escolhido para entrar em campo, sabendo que cada uniforme é composto por uma camisa e um short?

Resolução: o número de maneiras para se escolher uma camisa é igual a 3, já o número de maneiras de escolher um short é igual a 2. Daí, o total de maneiras de se escolher esse uniforme é 3x2=6.

Agora, amigo leitor, saiba que existem alguns modelos matemáticos que podem facilitar o seu princípio de contagem, são eles:

• Permutação (anagramas simples e com elementos repetidos)

• Arranjo• Combinação Agora chegou a hora de conhecermos detalhadamente cada modelo de princípio de contagem.

Para simplifi car seus cálculos, em alguns modelos matemáticos poderemos travar o fatorial a qualquer momento, de acordo com a sua conveniência, para serem feitas possíveis simplifi cações.Como podemos ver:

= = 101.100.99 =

999900

101!98!

101.100.99.98!98!

= = 8!9!

8!9.8!

19

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 32Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 32 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 33: Apostila enem

33

PERMUTAÇÃOA permutação de n elementos dados a toda sucessão de n termos formada com os n elementos dados.

Todo problema onde apenas a ordem em que os elementos aparecem distingue os agrupamentos é empregado o conceito de permutação.

Defi nimos por permutação a expressão: Pn = n! onde n é total de letras da palavra.

EXEMPLO:Calcular o número de anagramas da palavra QUADRO.

Podemos notar que na palavra citada não existem elementos repetidos e que nos anagramas são palavras formadas pelas mesmas letras, daí será uma permutação de seis letras.

P6 = 5.4.3.2.1 = 720

O amigo pré-vestibulando pode estar com uma formiguinha na cabeça pensando: “e quando a palavra em questão apresentar repetição de letras nela, o que fazer?”

Muita calma nessa hora, pois já temos um modelo prontinho para você aqui, essa abordagem já é clássica e chama-se permutação com elementos repetidos. Nesse

caso, deve-se observar quais os elementos que se repetem e quantas vezes eles aparecem no total.

Pna,b,c =

n!a!.b!.c!

Onde a, b, c é o número de repetições de cada letra na palavra.

EXEMPLO:Quantos anagramas têm a palavra BANANA?

Resolução:Observe que a letra A aparece 3 vezes na palavra e a letra N aparece 2 vezes, logo teremos:

P63,2 =

6!3!.2!

P63,2 = 60

A palavra BANANA possui 60 anagramas.

UFBA 2003 (1ª FASE) / Questão 09

ResoluçãoVamos observar a fi gura em questão. Basta entender que os pares de vértices não consecutivos formam as diagonais do prisma e de cada vértice parte duas diagonais. Bom, agora analisando a fi gura veremos que a diagonal que vai de B para F é a mesma que vai de F para B, logo cada diagonal é contada duas vezes.Como a fi gura tem seis vértices, teremos que o número de

diagonais do prisma será

= 66.22

Calcule o número de pares de vértices não consecutivos que se pode obter num prisma triangular.

D

A

B

C

F

E

UFBA 2002 (1ª FASE) / Questão 06

Proposição VERDADEIRA.O deslocamento do carro só pode ocorrer nos sentidos indicados na fi gura e para ir de A até B ele terá de percorrer 5 segmentos, sendo sempre três segmentos para a direita e dois segmentos para baixo. Agora veja como fi ca fácil defi nir o modelo matemático a ser seguido:Trata-se de um agrupamento de 5 segmentos, sendo que 3 se repetem para a direita e 2 se repetem para baixo, logo é uma permutação com elementos repetidos.Aplicando no modelo teremos:

Na fi gura ao lado, cada quadrado representa um quarteirão de um condomínio, e em cada cruzamento de ruas indicado por um x, foi instalado im semáforo, exceto em A e B. Um carro desloca-se de A até B, obedecendo as seguintes condições:

• O trajeto deve ser formado por segmentos de reta ligando pontos de cruzamentos consecutivos;

• Cada segmento só pode ser percorrido num dos dois sentidos indicados pelas setas na fi gura;

• O tempo fasto para percorrer cada segmento é de 2 minutos;• Cada semáforo, após ligado, funciona alternando apenas os

sinais verde e vermelho, que fi cam acesos por períodos de 3 e 2 minutos, respectivamente;

• O carro pára em cada semáforo que estiver fechado e parte no exato instante em que este abrir.

Com base nessas inforações, é correto afi rmar:

(01) Existem 10 trajetos possíveis

Ax x x x

x x x x

x x x xB

P53,2 = = = = = 10

5!3!.2!

5.4.3!3!.2.1

5.42

202

Permutação é tipo de agrupamento de elementos distintos em que todos os elementos participam.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 33Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 33 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 34: Apostila enem

34

MATEMÁTICAAgora partiremos para mais um tipo de modelo matemático chamado de arranjo.

ARRANJOSão agrupamentos formados com p elementos, (p < n) de forma que os p elementos sejam distintos entre si pela ordem ou pela espécie.

An, P = n!(n - P)!

Onde n é o total de elementos e p é o tamanho do agrupamento.

EXEMPLO:Quantos números com dois algarismos distintos podemos formar como os elementos 1, 2, 4, 7 e 9?

Para formar números de dois algarismos devemos selecionar um algarismo para a dezena e um para a unidade. Para verifi car se a ordem é importante devemos formar um agrupamento e depois invertê-lo. Se a mudança mudar o agrupamento é porque a ordem é importante, caso contrário a ordem não importa.

, = 535dezena

3unidade

, = 353dezena

5unidade

Observe que quando invertemos a ordem dos elementos, o agrupamento assume um valor diferente, logo a ordem é importante. A questão é um arranjo.

n = 5 (total de elementos: 1, 3, 4, 5 e 7)

p = 2 (tamanho do agrupamento)

A5, 2 = 5!(5 - 2)!

A5, 2 = s5!3!

A5, 2 = 20

COMBINAÇÃOOutro modelo matemático de grande importância na análise combinatória é a combinação.

Dado um conjunto A com n elementos distintos, chama-se combinação dos n elementos de A, tomados p a p, a qualquer subconjunto de A formado por K elementos (não importa a ordem).

Cpn = n!

p!.(n - p)!

n: Total de elementos

p: Tamanho do agrupamento

EXEMPLO:Quantos sabores de sucos podem ser oferecidos se dispomos apenas das seguintes frutas: acerola, limão, graviola, laranja e maracujá, sabendo que cada suco deve conter exatamente três frutas?

Resolução:

Devemos formar um agrupamento e inverter a ordem para saber se a ordem é importante.

Faremos um suco com acerola, limão e graviola.

Agora faremos outro suco com graviola, limão e acerola.

Quando se inverteu a ordem das frutas o paladar do seu suco mudou?

Claro que não, logo a ordem das frutas no preparo do suco não é importante. A questão é de combinação.

n = 5 (total de elementos: acerola, caju, mamão, laranja e maracujá)

p = 3 (tamanho do agrupamento)

C35 = 5!

3!.(5 - 3)!

C35 = 5!

3!.(5 - 3)!

C35 = 5!

3!.2!C3

5 = 10

Arranjo é o tipo de agrupamento de elementos distintos que se diferenciam tanto pela

natureza quanto pela ordem de seus elementos, ou seja, A ORDEM É IMPORTANTE.

Tipo de agrupamento de elementos distintos que se diferenciam apenas pela natureza de seus elementos, ou seja, A ORDEM NÃO É IMPORTANTE.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 34Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 34 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 35: Apostila enem

35

NOÇÕES DE ESTATÍSTICAOutro tópico cada vez mais presente em provas de vestibulares e concursos são as noções de estatística.

Você verá que estas noções se concentram nas principais medidas estatísticas de tendência central (média aritmética, moda e mediana) e na principal medida de dispersão (desvio-padrão).

MÉDIA ARITMÉTICAComeçaremos com as medidas de tendência central e com a mais popular dessas medidas: a média aritmética ( x ). Ao longo de sua vida escolar você se acostumou a calcular essa medida exatamente como ela é feita, veja:

• Quando você fazia um teste e uma prova, para tirar a média aritmética você somava os dois valores e dividia por 2.

• Quando você fazia um teste, um trabalho e uma prova, você somava as três notas e dividia por 3.

Pois é exatamente isso que bancas elaboradoras de provas esperam de você, a noção exata de média aritmética.

Então, vamos formalizar:

xn = x1 + x2 + … + xnn

onde n é o número total de valores envolvidos.

MODAEntende-se por moda como sendo o valor mais frequente numa coleção de dados.

Exemplo: Qual a moda em cada série de dados?

a) 2, 3, 5, 5, 5, 5, 6, 7, 7, 9.

A moda será o valor mais frequente , logo Mo = 5.

b) 2, 2, 3, 3, 3, 3, 3, 4, 5, 5, 5, 6, 6, 7, 7, 7, 7, 7, 8, 8, 9, 9.

Neste caso, existem dois vaores que apresentam maior frequência que é o número 3 e o número 7 que aparecem cinco vezes na distribuição, logo a moda será os dois valores citados Mo=3 e Mo=7.

MEDIANAÉ a medida de posição que divide uma série de dados , previamente colocados em ordem, em duas partes iguais.

Antes de se calcular a mediana de uma série deve-se sempre tomar o cuidado de colocar os valores em ordem crescente ou decrescente e calcular o valor da posição que a mediana ocupa (Pmd). O número de termos da série é determinístico para a determinação da mediana. Veremos então os casos que podem acontecer:

>> FIQUE ATENTOSe uma série de dados possuir apenas uma moda, a série é chamada de unimodal, se possuir duas modas, a série é chamada de bimodal e assim sucessivamente.

>> CURIOSIDADEMuita gente pergunta se a moda estatística tem a ver com a moda de roupas, seria isso uma bobagem? Claro que não!Para você ter uma ideia, imagine você passando pelas ruas de Salvador e observando as roupas que as garotas estão usando na parte inferior do corpo...Suponha que feita as anotações das 100 primeiras peças de roupas observadas, você tenha contado: 75 minissaias, 10 shorts e 15 calças.A peça de roupa mais observada por você foi a minissaia, logo minissaia está na moda.

UFBA 2003 (1ª FASE) / Questão 08

Proposição FALSA.Veremos agora como a superdica é importante na resolução de questões que envolvem média. Devemos a princípio calcular os valores do lucro para os três primeiros meses do ano.L(1) = 39.1 - 3.12 = 39 - 3 = 36, então o lucro é de R$ 36.000,00.L(2) = 39.2 - 3.22 = 78 - 12 = 66 , então o lucro é de R$ 36.000,00.Veja que se R$ 66.000,00 é a média, então a sequência deve ser uma P.A.. Sendo uma P.A., a diferença entre os termos deve ser constante, a diferença entre L(1) e L(2) é de 30, então a diferença entre entre L(2) e L(3) também deve ser 30, daí se L(3) = 96.000,00 então R$ 66.000,00 será a média aritmética.L(3) = 39.3 - 3.32 = 117 - 27 = 90 .Como L(3) ≠ 96,L(2) não é a média aritmética.

O lucro de uma empresa, em função dos meses de janeiro a dezembro do ano 2001, é dado, em milhares de reais, pela fórmula L(n) = 39n - 3n2, n ϵ {1, 2, ...,12}, em que os números naturais n, variando de 1 a 12, correspondem, respectivamente, aos meses de janeiro a dezembro.

Com base nessas informações, pode-se afi rmar:

(16) O lucro médio nos três primeiros meses foi de R$ 66.000,00.

Para a média aritmética de três termos, previamente colocados em ordem crescente, ser o termo central, essa sequência de valores

deve formar uma progressão aritmética.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 35Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 35 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 36: Apostila enem

36

MATEMÁTICAa) o número de termos da sequência é ímpar. Nesse caso,

calcula-se a posição mediana com a fórmula

Pmd = n + 12

Exemplo: Calcular a mediana da série de dados: 2, 2, 3, 3, 3, 4, 5, 6, 7, 7, 8, 9, 10.

Resolução: observe que n=12, daí teremos que

Pmd = = 713 + 1

2 , então a mediana será o termo que

ocupa a sétima posição na sequência, Md = 5.

b) o número de termos da sequência é par. Nesse caso, calcula-se a posição mediana com a fórmula Pmd = n

2 ,

acha-se o elemento que ocupa a posição encontrada e tira-se a média aritmética com o elemento posterior ao encontrado na sequência previamente organizada.

EXEMPLO:Calcular a mediana da série de dados: 3, 3, 4, 5, 7, 7, 8, 9.

Resolução: observe que n = 8, daí teremos Pmd = = 482 ,

o quarto elemento da sequência é o número 5, então tiraremos a média aritmética entre 5 e 7 que é o elemento posterior a ele, encontrando assim a mediana.

Md = = = 65 + 72

122 , logo a Md = 6.

Agora, amigo pré-vestibulando, é chegado o momento de estudarmos o desvio-padrão de uma série de valores.

O desvio padrão (S) é a medida mais comum da dispersão estatística e é defi nido como a raiz quadrada da variância (S2). É defi nido dessa forma de maneira a dar-nos uma medida da dispersão que seja um número não negativo e use as mesmas unidades de medida que os nossos dados.

É interessante que você, amigo leitor, entenda que a variância é o somatório dos quadrados dos desvios em relação a média dividida pelo número de observações do conjunto.

Vamos ver um exemplo: Calcular o desvio padrão para série de dados: 1; 8; 5; 2; 9.

Primeiro calcularemos a média aritmética

x = = 51 + 8 + 5 + 2 + 9

5 ,

depois calcularemos a variância:

S2 = = 5(1 - 5)2 + (8 - 5)2 + (5 - 5)2 + (2 - 5)2 + (9 - 5)2

5Sendo o desvio-padrão igual a raiz quadrada da variância, teremos:

S = S2 = 10 ≈ 3,162

Parece difícil, mas a abordagem dada a esse tópico em provas de vestibulares, normalmente é de maneira simples

UFBA 2007 (1ª FASE) / Questão 05

Proposição FALSA.

Pois a receita é crescente mês a mês, logo a série em ordem

crescente será R(1), R(2), R(3), R(4).

Como n=4, Pmd = = = 2n2

42 , então

Md = = = 51260,02R(2) + R(3)

251005,00 + 51515,05

2

*Para calcular R(2) e R(3), basta substituir os valores na

função receita.

A receita de uma empresa cresceu, durante o ano 2000, a uma taxa constante de 1% ao mês.

Sabendo-se que a receita do mês de fevereiro foi de R$ 51.515,05 é correto afi rmar :

(01) A receita mediana do período de janeiro a abril foi de R$ 51.515,05

UFBA 2003 (1ª FASE) / Questão 08

Proposição VERDADEIRA.Com o conhecimento acumulado de fascículos anteriores, podemos notar que o lucro é uma função do segundo grau com a concavidade voltada para baixo, tendo como vértice n=6,5, mas como n ϵ {1, 2, ...,12} os lucros crescem na seguinte ordem:L(1), L(12), L(2), L(11), L(3), L(10), L(4), L(9), L(5), L(8), L(6), L(7) tendo n=12 (par).

Pmd = = = 6n2

122 , então tiraremos a média aritmética

entre o 6º e o 7º termo. O 6º termo é L(10) = 108 e o 7º termo é L(4) = 90 (basta substituir os valores na função)

Md = = = 65 + 7

2122 , logo a mediana é R$ 99.000,00.

O lucro de uma empresa, em função dos meses de janeiro a dezembro do ano 2001, é dado, em milhares de reais, pela fórmula L(n) = 39n - 3n2, n ϵ {1, 2, ...,12}, em que os números naturais n, variando de 1 a 12, correspondem, respectivamente, aos meses de janeiro a dezembro.

Com base nessas informações, pode-se afi rmar:

(16) O lucro mediano nos doze meses foi de R$ 99.0000,00.

>> FIQUE ATENTOAntes de se calcular a variância ou o desvio-padrão devemos primeiro calcular a média aritmética.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 36Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 36 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 37: Apostila enem

37

e sem requerer cálculos trabalhosos. Como veremos na seguite questão:

Amigo leitor, observe que no dia a dia nos vemos envolvidos com problemas de pagamento de contas, cálculos de prestações, dúvidas em relação a compra de algum bem, se é mais vantajoso comprar à vista ou parcelado e até se é melhor juntar o dinheiro e comprar à vista. Observe, todas as situações em questão são meras aplicações da matemática fi nanceira.

NOÇÕES DE MATEMÁTICA FINANCEIRAUm dos principais pilares da matemática fi nanceira é o de porcentagem. Quando escrevemos 3% (lê-se: três por cento) estamos usando uma forma para representar a

fração 3100 , que também é igual a 0,03.

Para calcular um percentual sobre um valor, basta multiplicar esse valor pela fração ou pelo número decimal correspondente a porcentagem a ser calculada. Por exemplo:

a) Calcular 35% de 2000.

35% = = 0,3535100 então efetua-se o produto 2000.

(0,35) = 700.

b) um vendedor recebe de comissão 15% do valor de cada mercadoria vendida. Sabendo que certo dia o vendedor vendeu um produto que custou R$ 320,00. Qual a comissão ganhada pelo vendedor nessa negociação?

UFBA 2008 (1ª FASE) / Questão 03

Proposição FALSA.As três varetas verdes medem: 2 cm, 3cm e 4cm.A média aritmética desses três comprimentos é

= = 32 + 3 + 4

393 , então o desvio padrão será

S = = = (2 - 3)2 + (3 - 3)2 + (4 - 3)2

31 + 0 + 1

323

e não precisa ser nenhum gênio para verifi car que

23

23

≠ .

Uma caixa contém quatro varetas azuis, medindo 1cm, 3cm, 4cm e 7cm, e três varetas verdes, medindo 2 cm, 3cm e 4 cm.

Com relação às varetas da caixa, é correto afi rmar:(08) O desvio-padrão dos comprimentos das varetas verdes é

igual a 23

15% = = 0,1515100 , daí 320.(0,15) = 48.

O vendedor ganhou R$ 48,00.

O QUE É O JURO?Suponha que você, amigo leitor, tenha uma casa (patrimônio imóvel), é claro que você pode deixar seu imóvel ser usado por uma pessoa por um determinado período de tempo e depois desse período essa pessoa devolva sua casa e uma vantagem fi nanceira pela utilização dela, essa vantagem fi nanceira é chamada de aluguel. Agora suponha que seu patrimônio não seja mais imóvel, isto é, um patrimônio móvel (um capital), da mesma maneira, você pode deixar esse capital na mão de terceiros para ser utilizado por um período e depois desse período a pessoa te devolva o seu capital e mais uma vantagem fi nanceira pela utilização desse capital (juro).

O juro nada mais é que a vantagem fi nanceira obtida com o aluguel de um capital.

Quando se recebe o capital e o juro correspondente ao aluguel desse capital, o valor total recebido recebe o nome de montante.

Montante = Capital + Juros.

Existem basicamente dois tipos de capitalização: a simples e a composta.

Toda capitalização envolve um capital (c) a ser empregado na transação, a uma taxa de juro (i) por um determinado tempo (t).

CAPITALIZAÇÃO SIMPLESOcorre quando o juro é calculado sempre sobre o capital inicial empregado.

As fórmulas utilizadas na capitalização simples são:

j = c.i.t100

, que é utilizada quando a taxa for aplicada na

forma de porcentagem ou fracionária.

j = c.i.t , que é utilizada quando a taxa for aplicada na forma decimal.

EXEMPLO: Considerando que um banco empresta a uma pessoa uma quantia de R$ 5.000,00 a juros simples, pelo

>> FIQUE ATENTO1. Deve existir coerência entre taxa e tempo.2. Não se pode somar capitais em datas diferentes.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 37Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 37 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 38: Apostila enem

38

MATEMÁTICA

UFBA 2008 (1ª FASE) / Questão 01

Proposição VERDADEIRA.Considerando x como taxa do bimestre.1300 = 1000.(x + 1)2 → (x + 1)2 = 1,30 → x = 30%.

Proposição FALSA.Se a taxa mensal for de juros simples:m = c + jm = c + c.i.t1300 = 1000 + 1000. i.21300 - 1000 = 2000.i300 = 2000i

i =

3002000

i = 0,15 = 15%

Uma pessoa contraiu um empréstimo no valor de R$ 1.000,00 para ser quitado no prazo de dois meses, com pagamento de R$ 1.300,00.

Com base nessa informação é correto afi rmar:(08) A taxa bimestral de juros é de 30%

(08) A taxa mensal de juros simples é de 13%

prazo de 2 meses, a taxa de 3% ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?

Antes de iniciarmos a resolução desse problema, devemos descobrir o que é o que, ou seja, quais dados fazem parte das contas.

Capital (C): R$ 5.000,00Tempo de Aplicação (t): 2 mesesTaxa (i): 3% ou 0,03 ao mês (a.m.)

Fazendo o cálculo, teremos:

J = c.i. t → J = 5.000 x 2 x 0,03 → R$ 300,00

Você ainda pode lançar mão da fórmula de montante adaptada para a capitalização simples m = c.(1 + i.t)

AUMENTOS E DESCONTOSQuando o preço de uma mercadoria é majorado, soma-se o valor do juro correspondente a esse acréscimo. Quando o preço sofre uma diminuição percentual, o juro correspondente é subtraído do valor do capital e recebe o nome de desconto.

Considere: V = valor atual V’= valor antigo i = taxa de aumento

Fator aumento: V=V’.(1 + i)

Fator desconto: V=V’.(1 - i)

EXEMPLO: Uma bolsa é vendida por R$ 32,00. Se seu preço fosse descontado em 20% quanto passaria a custar?

V = ?V’ = 32I = 20% = 0,2V = 32.(1-0,2) = 32.(0,8) = 26,60

A bolsa passaria a custar R$ 26,60.

CAPITALIZAÇÃO COMPOSTAOcorre quando o juro é calculado sobre o montante obtido ao fi nal de cada período de capitalização.

A fórmula agora assume o seguinte aspecto m = c.(1 + i)t

EXEMPLO: Um capital de R$ 2.000,00 é aplicado em regime de capitalização composta durante 2 meses. Calcule o valor resgatado após a aplicação sabendo que a taxa de juro utilizada foi de 3% ao mês.

C = 2000t = 2 mesesi = 3%

m = 2000.(1 + 0,03)2

m = 2000. (1,0609)m = 2.121,80

Agora é hora de vermos como cai na prova:

Anotações:Toda questão de capitalização simples é um problema de progressão aritmética e pode ser interpretada como uma função do 1º grau.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 38Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 38 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 39: Apostila enem

39

Vamos RevisarNoções de estatística

xn = x1 + x2 + … + xnn

Pn = n!

Noções de matemática fi nanceira

Montante = Capital + Juros

j = c.i.t100

ou j = c.i.t

m = c.(1 + i.t)

m = c.(1 + i)t

Análise combinatória

n! = n.(n - 1).(n - 2).(n - 3)…3.2.1

Pn = n!

Pna,b,c =

n!a!.b!.c!

An, P = n!(n - P)!

Cpn = n!

p!.(n - p)!

>> MATEMÁTICA

Anotações:

39

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 39Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 39 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 40: Apostila enem

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 40Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 40 11/09/09 20:1211/09/09 20:12

Page 41: Apostila enem

CIÊNCIAS NATURAISe

MATEMÁTICA

CIÊNCIAS HUMANAS,PORTUGUÊS, REDAÇÃO

E LITERATURA

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 41Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 41 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 42: Apostila enem

42

ÇREDAÇÃO

42

HISTÓRIA GERAL

Roberto Vitório

Lembram do Tratado de Versalhes e o que ele provocou nos países perdedores? Lembram como fi cou a Alemanha pós

primeira guerra? Pois bem, vamos estudar neste Módulo os principais fatos do período entre guerras, a segunda guerra mundial e seus desdobramentos. Vamos lá?

O PERÍODO ENTRE GUERRASLembram do Tratado de Versalhes e o que ele provocou nos países perdedores? Lembram como fi cou a Alemanha pós primeira guerra? Pois bem, vamos estudar neste fascículo os principais fatos do período entre guerras, a segunda guerra mundial e seus desdobramentos. Vamos lá?

O AMERICAN WAY OF LIFE(ESTILO AMERICANO DE VIDA)

Enquanto a Europa mergulhava em destruição pós-guerra, os EUA sorriam de alegria e de prosperidade. Metade da produção industrial mundial já era norte-americana. O consumo nacional e internacional acompanhava os avanços tecnológicos norte-americanos. Carros, eletrodomésticos, roupas, tudo era do jeitinho dos EUA. Foi assim durante os anos 20. Até...

A CRISE DE 1929Diz o ditado popular: “tudo demais faz mal”. Os EUA saíram da euforia para a melancolia. Com uma superprodução desenfreada e sem analisar o mercado consumidor, os lucros foram despencando, o desemprego acelerando, as indústrias falindo, os bancos desabando e a economia... Melhor não utilizar adjetivos. Mas, por que tudo isso?

• Os salários não acompanharam a produção.• Os países europeus recuperaram suas economias e

passaram a concorrer com os EUA.• As demissões foram altíssimas e o efeito dominó

indiscutível.

Era a crise de 1929, o crack da bolsa ou a Grande Depressão que afetou o mundo inteiro.

O QUE FOI O CRACK DA BOLSA DE VALORES?Foi quando, devido a efeitos da crise de 1929, as ações da bolsa de N. York despencaram velozmente no mercado, perdendo quase todo seu valor. Algumas chegaram a valer 0% e arrastaram inúmeras indústrias e bancos para o túmulo. Maldito 29 de outubro de 1929.

O NEW DEALA solução para a crise foi o New Deal. Proposto pelo presidente Roosevelt, esse plano tinha o objetivo de abandonar a liberdade econômica e adotar o intervencionismo do estado. O controle do governo deu certo, a economia começou a apresentar sinais de recuperação.

>> VOCÊ SABIA?Que essa crise atingiu o Brasil e foi responsável pelo surgimento nacional do político Getúlio Vargas? A crise provocou o corte das remessas de café (nosso principal produto) para a Europa e principalmente para o nosso principal comprador: EUA. Houve a ruptura da política do café com leite e Minas Gerais apoiou e lançou como candidato a presidência do país Getúlio Vargas, para concorrer com Júlio Prestes candidato de São Paulo.

FGV (Adaptada)

Proposição VERDADEIRA.Após a euforia da superprodução e a realidade da crise, o governo aprendeu a controlar a produção e a frear o liberalismo comercial.

Ante a grande depressão de 1929, o economista John M. Keynes defendia o défi cit público como uma forma de enfrentar a recessão. Nos Estados Unidos, o presidente Franklin Roosevelt, a partir de 1930, fi nanciou obras públicas a fi m de diminuir o desemprego. A partir desse período, as mudanças na política econômica propiciaram:

b) A intervenção do Estado na economia como estratégia de ampliação do mercado de trabalho.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 42Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 42 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 43: Apostila enem

4343

ENQUANTO ISSO NA ALEMANHA E NA ITÁLIA…A crise de 1929 e seus feitos devastadores eram traduzidos em caos social, desempregos, misérias e queda brusca da economia. Neste contexto de crise é comum o surgimento de doutrinas e teorias que tendem a infl uenciar os operários e o povo. Dentre essas infl uências está o totalitarismo.

MAS, O QUE FOI O TOTALITARISMO?Regime político que considera os interesses do estado extremamente acima dos interesses do indivíduo. “Nada pelo indivíduo, tudo pelo Estado” era a frase mais utilizada na Alemanha e na Itália.

ESTADOS TOTALITÁRIOS – NAZISMOE FASCISMO

1 – Nacionalismo extremado2 – Unipartidarismo3 – Uso excessivo da violência4 – O militarismo5 – O expansionismo6 – Fortalecimento do Estado7 – Anti-socialismo

CONTUDO…Na Alemanha nazista o expansionismo ganhou uma relação direta entre o “espaço vital”, o antissemitismo e o racismo. Hitler acreditava na superioridade da raça alemã (ariana) e entendia como uma lei natural o domínio dos superiores sobre os inferiores, logo para que os alemães pudessem desenvolver sua potencialidade teria que eliminar os fracos (judeus) e conquistar seu espaço vital.

Mas porque os judeus? Segundo Hitler, eles seriam os verdadeiros culpados da situação de crise da Alemanha, ocupavam os cargos fi nanceiros mais elevados e possuíam farta riqueza.

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939 – 1945)

“Esta guerra é de fato a continuação da anterior”Wiston Churchill.

O presidente dos EUA tinha razão. As disparidades da primeira guerra não foram eliminadas e sim adormecidas. E voltou do sono para determinar o maior de todos os

FUVEST (Adaptada)

ResoluçãoCorporativismo, relação entre Estado e Indústria.

ResoluçãoAnticomunismo – aversão às ideias socialistas comunistas.

ResoluçãoMilitarismo – força total ao exército e seu expansionismo.

ResoluçãoRacismo – elemento bem pessoal de Hitler

Determine que tipo de característica pertence às falas dos principais totalitários da Europa:

1 – "Ao contrário das velhas organizações que vivem fora do Estado, os nossos sindicatos fazem parte do Estado." (Mussolini).

2 – "Defender os produtores signifi ca combater os parasitas. Os parasitas do sangue, em primeiro lugar os socialistas, e os parasitas do trabalho, que podem ser burgueses ou socialistas." (Mussolini).

3 – "Mesmo neste momento, tenho a sublime esperança de que um dia chegará à hora em que essas tropas desordenadas se transformarão em batalhões, os batalhões em regimentos e os regimentos em divisões." (Hitler).

3 – "Aqueles que governam devem saber que têm o direito de governar porque pertencem a uma raça superior." (Hitler).

Os regimes totalitários se tornaram fortes porque os grandes capitalistas alemães e italianos

apoiaram o movimento. Como a democracia liberal não respondia corretamente os problemas da crise, talvez um poder mais forte e centralizado

resolvesse. Além disso, o avanço das ideias socialistas não agradava os empresários e patrões, que viam com bons olhos os regimes nazistas e fascistas.

A propaganda era uma arma importante utilizada por Hitler (fuhrer) e Mussolini (Duce). Por meio dos discursos longos para uma

grande concentração de pessoas, de publicações do partido e dos desfi les militares, as ideias totalitárias eram enraizadas na população. O próprio Hitler escreveu Mein Kampf (minha luta) enquanto esteve preso após o golpe da Cervejaria. Nesse livro ele explicou toda a sua doutrina nazista.O fato é que aos poucos os nazi-fascistas passam a estender seus domínios sobre seus países e consolida a recuperação econômica e política de suas nações.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 43Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 43 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 44: Apostila enem

44

ÇREDAÇÃO

44

HISTÓRIA GERALuma barreira para o expansionismo russo. Mas, quando os alemães assinaram um pacto com os russos e invadiram a Polônia. A França e a Inglaterra decretaram guerra aos alemães. Estava determinada a segunda guerra mundial.

FASES DA GUERRAI FASE – 1939 A 1942• Período de ataques relâmpagos com grandes exércitos

e uso de força bélica máxima. As potências do eixo levaram uma sensível vantagem.

• A Dinamarca, a Holanda, a Bélgica, a Noruega e a França foram tomadas nesse período. Inclusive o general francês De Gaulle conseguiu manter a parte do sul em resistência à invasão alemã.

• A Itália entra na guerra ao lado dos alemães.

• A Alemanha tentou tomar a Inglaterra, mas não conseguiu vencer a força aérea anglo-saxônica. A derrota “impulsionou” a Alemanha para a Rússia

II FASE - 1942 A 1945• A Alemanha invade a Rússia e avança rapidamente para

Stalingrado, Leningrado e aproxima-se de Moscou. A Rússia para ganhar tempo e promover baixas nas tropas alemãs usa a tática da Terra arrasada. A vitória dos russos (Batalha de Stalingrado) derrubou o mito Hitler.

Terra Arrasada – Os russos abandonavam suas cidades e levavam tudo o que poderiam carregar. Marchando para outras regiões, os russos destruíam o que não podiam levar para deixar o invasor sem recursos.

• Os EUA entram no confl ito após sua base no Havaí (Pearl Harbour) ser bombardeada pelos Kamikazes japoneses.

• As ofensivas contra os alemães foram aumentando e territórios foram sendo recuperados. Em 06 de junho de 1944 (O Dia D), a França é libertada pelos aliados e Ingleses franceses e norte-americanos avançam sobre a Alemanha.

• Enquanto isso, os russos recuperam o leste europeu e invade a Alemanha.

confl itos que o homem já provocou. Tanques especiais, aviões a jato, foguetes, navios porta aviões, metralhadoras velozes, armas químicas e bombas atômicas. Saldo de 55 milhões de mortos, 35 milhões de feridos, 20 milhões de órfãos e 190 milhões de refugiados.

MAS, QUAIS FORAM AS CAUSASDESSE CONFLITO?• O crescimento alemão e a quebra do Tratado de Versalhes

A Alemanha saiu da primeira guerra arrasada. Os artigos impostos pelos países vencedores foram cruéis. No entanto, a crise alemã promoveu o espaço necessário para o surgimento e fortalecimento do nazismo. Mas, por que os alemães não foram impedidos de produzir armas, montar exército, se organizar separadamente como foi proposto em Versalhes?

Era interesse dos países capitalistas, em especial França, Inglaterra e EUA que a Alemanha se desenvolvesse e servisse como um “escudo” protetor da Europa, das ideias e avanços socialistas russos.

• O imperialismo e a Política de Apaziguamento

A Liga das Nações e os principais países do mundo fi zeram vistas grossas ao imperialismo japonês na Ásia (a invasão da Manchúria), da Itália (invasão a Etiópia) e principalmente da Alemanha (Europa).

• O expansionismo alemão

a) Hitler resolve testar seu poder de fogo, levando armas e destruição para a Espanha em apoio ao General Franco (Fascista espanhol).

b) A Alemanha cria o Eixo Roma-Berlim-Tóquio (Eixo Roberto) e fortalece as bases totalitárias.

c) A Alemanha anexa a Áustria sem dar um tiro se quer. É recebido com louvor pelos seus patrícios.

d) Alegando maus tratos aos alemães que viviam nos sudetos Tchecos, a Alemanha consegue autorização através da Conferência de Munique para ocupar os sudetos. Termina tomando todo o país.

e) Como deu certo com os tchecos vamos à Polônia. Mais uma vez os alemães pretenderam ocupar o corredor Polonês. Porém, dessa vez Hitler fez um acordo de não agressão com Stalin e em parceria com os russos fi rmaram a invasão à Polônia.

O ESTOPIMAté então, os países capitalistas europeus e os EUA percebiam vantagens no crescimento e avanço alemão. Era

Hitler assinou o pacto com os russos pensando na sua própria estratégia expansionista. Era necessária a proteção da parte oriental (Rússia) para ter mais liberdade e poder de fogo contra a ocidental (Europa).

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 44Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 44 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 45: Apostila enem

4545

• Em 30 de abril, Hitler e sua mulher praticam o suicídio e em 08 de maio a Alemanha se rende. Era praticamente o fi m da Segunda Guerra.

MAS, O QUE ACONTECIA NA ÁSIANESSE MOMENTO?Os EUA iam contendo o exército japonês e mesmo depois de rendidos, os nipônicos foram bombardeados com armas atômicas. Primeiro em Hiroshima e depois em Nagasaki.

Não teria necessidade de tamanha perversidade, mas, os EUA que já temiam o avanço socialista russo, para mostrar poder de fogo jogaram as bombas no Japão.

Em 02 de setembro de 1945 acabava a segunda guerra mundial.

CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA• A CONFERÊNCIA DE YALTA - 1945 – França, Inglaterra

e os EUA acertaram estratégias para vencer os alemães e seus aliados e defi niram o que fariam com os perdedores. A Rússia fi caria com o leste europeu e a Ásia e Europa seria controlada pelos vencedores europeus + EUA.

• A CONFERÊNCIA DE POTSDAM – Dividiram a Alemanha em quatro zonas de ocupação: Francesa, Inglesa, norte-americana e russa. A capital Berlim foi dividida em duas partes: a RDA Socialista (URSS) e com capital em Berlim e a RFA Capitalista (EUA) com capital em Boon.

• Em 1961 foi construído o Muro de Berlim, literalmente dividindo a Alemanha em duas partes. A Unifi cação da Alemanha só irá acontecer em 1990.

• A hegemonia mundial dos EUA, que com o Plano Marshall fi nanciou a recuperação dos países europeus com o objetivo, é obvio, de controlar suas economias.

• A FUNDAÇÃO DA ONU – A Organização das Nações Unidas foi criada com o objetivo de manter a paz internacional, substituindo a falida Liga das Nações e para colaborar com a melhoria mundial dos países no que tange a área social, econômica, política, cultural, humanitária, saúde e de relações internacionais.

• A GUERRA FRIA – Disputa econômica, política, tecnológica e propagandista entre os EUA e seus parceiros representantes do mundo capitalista, e a URSS e seus parceiros representantes do mundo socialista. O nome Guerra fria vem do fato das duas potências, apesar das rivalidades, não entrarem em conflito direto.

FUVEST

Proposição VERDADEIRA.Com o re-erguimento das economias européias pós primeira guerra, os países recomeçaram a disputa imperialista por novas áreas de riquezas e valorizavam suas nações e seus crescimentos.

"Esta guerra, de fato, é uma continuação da anterior.” (Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento em 21 de agosto de 1941) A afi rmativa confi rma a continuidade latente de problemas não solucionados na Primeira Guerra Mundial que contribuíram para alimentar antagonismos e levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Entre esses problemas, identifi camos:

a) O crescente nacionalismo econômico e o aumento da disputa por mercados consumidores e por áreas de investimentos.

UFPE

Proposição VERDADEIRA.Foi criada para manter paz e substituir a falida Liga das Nações, além de colaborar com a melhoria dos países em difi culdades.

Em 24 de outubro de 1985, chefes de Estado reunidos em Nova York comemoraram o 50° aniversário da Organização das Nações Unidas - ONU. O que representa essa organização?

e) Uma força internacional acima das nações, na defesa da paz mundial, dos direitos do homem e da igualdade dos povos.

Que seis milhões de judeus foram eliminados durante a segunda guerra mundial em campos de concentração e de extermínio, entre eles o de

Auschwitz e o de Sobebor. E que o Brasil (FEB) também participou da guerra, lutando ao lado dos norte-americanos na tomada do monte castelo na Itália?

QUADRO GERAL

EUA - Capitalista URSS – Socialista

1. Doutrina Trumam 1.

2. Plano Marshall 2. COMECOM

3. OTAN 3. Pacto de Varsóvia

4. Corrida armamentística 4. Corrida armamentística

5. Corrida espacial-homem chega à lua.

5. Corrida espacial. Primeiro a chegar ao espaço/Sputnik

6. Propaganda - Hollywood 6. Propaganda pelo Estado

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 45Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 45 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 46: Apostila enem

46

ÇREDAÇÃO

46

HISTÓRIA GERAL

A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E DA ÁSIAQuais motivos contribuíram para a descolonização da África?

• A consciência de luta dos povos dominados que nunca deixaram de reagir ao invasor.

• O próprio enfraquecimento das potências européias e o afrouxamento da pressão sobre as colônias.

• O apoio interesseiro dos EUA e da URSS na independência das colônias.

Apesar das independências, a situação dos recém formados países africanos não melhoraram. De certa forma, continuaram como fornecedores de matérias primas e produtos agrícolas e importadores de produtos industrializados, além da intensifi cação das guerras civis, alimentadas por grupos minoritários que almejam o controle dos recursos naturais dos países. Ainda é visível a participação dos países ricos nesses confl itos.

OS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS DO SÉCULO XXA QUESTÃO DO APARTHEID AFRICANOA partir de 1948, a África do Sul ofi cializa o Apartheid. Regime de segregação racial que dividia a população entre negros e brancos. Apesar da maioria da população ser negra, os principais cargos e áreas produtivas do país,

além das leis, fi cavam sob o controle dos brancos. Através da CNA - Congresso Nacional Africano, Nelson Mandela, um dos seus líderes, iniciou uma luta Anete apartheid que ganhou esferas internacionais. Suas atitudes o levaram a prisão em 1964 e somente depois de muito massacre e de forte oposição do mundo, Mandela foi libertado em 1991 e o apartheid chegou ao fi m.

A INDEPENDÊNCIA DA ÍNDIAColonizados pelos ingleses e desde a primeira guerra mundial lutando contra a opressão dos metropolitanos, os hindus tiveram em Mahatma Ghandi, impuseram uma resistência pacífi ca na não violência contra os ingleses.

Ghandi liderava marchas de protesto, greves de fome, boicote aos produtos ingleses, além da famosa desobediência civil. Apesar da repressão constante dos ingleses e do incentivo as brigas internas entre indianos e muçulmanos, os hindus com o apoio da ONU, conseguiram sua libertação em 1947.

A GUERRA DO VIETNÃ (1961 – 1975)

Colonizados pelos franceses, ainda quando pertencia a Indochina e tomado durante a segunda guerra pelos

PUC

Proposição VERDADEIRA.Essa disputa quase provoca a terceira guerra mundial em virtude das disputas com Cuba.

Usa-se o nome Guerra Fria para designar:

d) O conjunto de tensões entre Estados Unidos e União Soviética resultante da disputa, entre ambas, por uma posição hegemônica no contexto internacional do pós Segunda Guerra.

PUC (Adaptada)

Proposição VERDADEIRA.O nazismo era totalmente contra os judeus

A intolerância racial, cultural e religiosa foi a base de discursos e ações de partidos, movimentos e governos, ao longo do século XX. São exemplos dessas práticas de intolerância, À EXCEÇÃO DE:

a) As leis antissemitas em vigor na Alemanha durante o período nazista.

b) A censura à imprensa e aos meios de comunicação exercida pelo governo do Irã, a partir da Revolução Islâmica de 1979.

c) Os princípios defendidos por Gandhi contra a dominação dos brancos na Índia dos anos de 1940.

d) A política do Apartheid na África do Sul até o início dos anos 1990.

Proposição VERDADEIRA.A ideia era controlar todos os meios possíveis.

Proposição FALSA.Gandhi pregava a não violência e a desobediência civil para atingir a consciência de igualdade de todos.

Proposição VERDADEIRA.A maioria negra teve que conviver durante anos com o sistema de segregação racial, imposto pela minoria branca .

Que a Conferência de Bandung, em 1955, reunindo países afro-asiáticos decidiu condenar a colonização como princípio anti-humano? E

que se defi niram como neutros diante da guerra fria, criando a expressão terceiro mundo?

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 46Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 46 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 47: Apostila enem

4747

japoneses, o Vietnã teve que lutar para se ver livre do domínio dos colonizadores, mas não escapou da infl uência da guerra fria. Seu território foi divido em Vietnã do norte (Socialista) e Vietnã do Sul (Capitalista). Na parte sul surgiu os vietcongues, guerrilheiros socialistas que pretendiam estender o sistema para todo o país. Os EUA resolvem então enviar tropas para o Vietnã. Perdeu feio para os vietcongues e em 1975 teve que baixar a crista para o mundo e reconhecer sua derrota depois de muita pressão.

O CONFLITO ENTRE ISRAEL E PALESTINOSDesde a antiguidade, judeus (Israel) e palestinos (cananeus e fi listeus) viviam em confl itos. Disputando a “Terra Prometida” ou Canaã por muitas vezes resolveram suas diferenças com as guerras. Com a expansão do império romano, a diáspora (dispersão dos hebreus no mundo) provocou o esfacelamento das tribos monoteístas hebraicas. Durante a segunda guerra, os judeus (antigos hebreus) foram exterminados e muitos fugiram para a Palestina (antiga Canaã), atendendo ao chamado Sionista (retorno dos judeus para sua pátria). Após a segunda guerra, a ONU divide o território em dois: um para os judeus e outro para os árabes (Palestinos).

Em 1948, os Israelitas fundaram o Estado de Israel com o apoio da ONU. Para tanto, expulsou os palestinos da região e acentuou a questão Palestina.

O Território é Palestino, árabe, mas o Estado é israelense (hebraico). Daí, o confl ito existente até hoje, isso sem mencionar a disputa por Jerusalém de interesses de ambos.

A REVOLUÇÃO CHINESA Dominados por estrangeiros durante muito tempo, a China vai ao século XIX buscar sua identidade. O antigo império chinês vai se desmoronando pouco a pouco e a luta pela democracia ganha referência no Kuomintang - Partido Nacional do Povo que esperava a expulsão dos estrangeiros colonizadores. Como não conseguiu fazer frente aos problemas socais e não derrotou os estrangeiros, os Kuomintangs tiveram que “aceitar” a parceria do recém criado Partido Comunista Chinês, o PCC (não é o nosso, pelo amor de Deus), liderado por Mao Tse-Tung. Porém, a união entre nacionalistas e comunistas não durou muito tempo e a guerra civil foi determinada

Depois de muitos conflitos, inclusive durante a segunda guerra, os comunistas saem vencedores e em outubro de 1949 conquistam o poder criando a República Popular da China.

A REVOLUÇÃO CUBANAFazendo parte dos domínios econômicos dos EUA, onde o açúcar era explorado, essa região virou um negócio lucrativo e divertido para as famílias ricas norte-americanas. Contudo, o povo passava sérias difi culdades: fome, desempregos, falta de moradia

UFF (Adaptada)

Proposição FALSAExpressa o retorno dos judeus a terra prometida e construção de um estado próprio.

Proposição VERDADEIRAA criação do Estado de Israel em território palestino agravou os confl itos.

O Oriente Médio é, até os nossos dias, um dos principais "barris de pólvora" do mundo contemporâneo. Considere as afi rmativas:

I) O Movimento Sionista expressa a luta pela constituição de um Estado Palestino.

02) Em 1947, a ONU aprovou um plano de partilha da região da Palestina para formar dois estados: um judaico e outro árabe.

Em 1989, durante uma manifestação na Praça da Paz Celestial, onde exigiam aberturas

políticas e melhorias no país, cerca de 1 milhão de pessoas foram afrontadas pelo exercito chinês, nesse confl ito centenas de manifestantes

foram assassinados. Era a ação do autoritarismo socialista chinês. Hoje, os chineses estão abrindo seu país para a entrada de elementos capitalistas, mesmo estando sobre o controle socialista.

Para fugir dos nacionalistas, Mao e seus seguidores marcharam 10 mil quilômetros com 100 mil pessoas em direção ao noroeste

do país? Boa parte morreu pelo caminho, outros fi caram organizando as províncias aliadas e somente 9 mil chegaram ao destino fi nal.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 47Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 47 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 48: Apostila enem

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 48Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 48 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 49: Apostila enem

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 49Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 49 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 50: Apostila enem

50

ÇREDAÇÃO

50

HISTÓRIA GERALetc. Além disso, tinha que aceitar a Emenda Platt que autorizava aos EUA a ocupar militarmente a região sempre que se sentir prejudicado e/ou ameaçado. É nesse contexto que Fidel Castro, Ernesto Che Guevara e seus comandados derrubaram os capitalistas do poder em 1956 (Fulgêncio Batista) e através da tática das guerrilhas revolucionou o país. Nacionalizou empresas, promoveu reforma agrária, reformulou a educação etc. Insatisfeitos, os EUA deixaram de comprar o açúcar cubano, que direcionou seus negócios para a URSS. Em1961, os norte-americanos então invadem a baia dos porcos e são derrotados pelos revolucionários. Um ano depois ameaça bombardear Cuba após descobrir que a URSS havia plantado mísseis na região apontados

para os EUA, mas um acordo evitou o que seria a terceira guerra mundial. Cuba foi então expulsa da OEA e passou a enfrentar o bloqueio econômico. Hoje, Cuba que é governada por Raul Castro e tem esperanças de negociação com o atual presidente norte-americano B. Obama.

O FIM DA URSSO GOVERNO KRUCHEV (1953 a 1964)Após a morte do ditador Stalin, em março de 1953, assume o poder Nikita Kruchev, promovendo uma liberalização política. Idealizou a Coexistência Pacífi ca, entendendo a necessidade de viver sem confl itos com os norte-americanos. Durante seu governo, o astronauta Iuri Gagárin chega ao espaço e ocorre a desestalinização da Rússia. Crítico ferrenho de Stalin foi perseguido por suas ideias.

O GOVERNO BREJNEV (1964 a 1982)Continuou com certas ideias de Nikita, tentando uma aproximação com os EUA, mas ainda dava ao partido comunista muito poder. No seu governo, a URSS mergulhou numa crise econômica profunda e terminou criando hábitos vergonhosos perante o mundo, como alcoolismo, uso de drogas e violência.

O GOVERNO DE GORBATCHEV (1982 a 1991)Durante seu comando, a Rússia passou por duas reformas importantes:

• A PERESTROIKA (REESTRUTURAÇÃO ECONÔMICA) – Permitia a existência de empresas privadas, redução da interferência do Estado, atuação de multinacionais, inovações tecnológicas etc.

• GLASNOST (LIBERALIZAÇÃO POLÍTICA) – Presos políticos foram libertos, imprensa teve maior abertura, a sociedade foi mais democratizada, houve mais liberdade de produção etc.

Porém, os conservadores comunistas deram um golpe e derrubaram Gorbatchev, mas Bóris Yeltsin, líder progressista, com o apoio popular, restituiu o poder e passa a auxiliar o presidente. Porém, nesse período, os países do leste europeu começam a luta pela suas independências. Em 21 de dezembro de 1991, a antiga república soviética funda a CEI (Comunidade dos Estados Independentes) e a URSS chega ao fi m.

VUNESP

Proposição VERDADEIRA.Os estrangeiros tomavam conta de tudo.

O mundo europeu escandalizou-se com a rebelião dos Boxes (1900) e se surpreendeu depois com suas consequências, as quais, de certo modo, antecipavam os movimentos nacionalistas que iriam revolucionar a China no século XX. As relações entre os europeus e o governo imperial chinês, no entanto, contribuíram para alimentar reações e ressentimentos populares contra:

I) Os privilégios comerciais concedidos aos comerciantes estrangeiros.

II) Os navios a vapor, as estradas de ferro e os telégrafos.

III) Os missionários europeus que desfrutavam do direito de residência e de pregação.

V) A intervenção dos missionários estrangeiros na administração dos governos.

IV) A luta de boxe, patrocinada, diariamente, pelos membros das comunidades diplomáticas estabelecidas em Pequim.

Proposição VERDADEIRA.Todos estavam nas mãos dos estrangeiros.

Proposição FALSA.Eram inimigos.

Proposição VERDADEIRA.Chegava a usufruir mais poder do que os próprios chineses.

Proposição VERDADEIRA.Chegava a usufruir mais poder do que os próprios chineses.

Consideradas as proposições anteriores, assinale:

a) se apenas a proposição IV estiver correta;b) se todas estiverem corretas;c) se apenas as proposições I, II, III e V estiverem corretas;d) se apenas as proposições I e V estiverem incorretas;e) se apenas as proposições II e III estiverem incorretas.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 50Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 50 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 51: Apostila enem

5151

FUVEST

Proposição FALSA.Realmente após a denúncia de Nikita, criticando as atitudes de Stalin, os comunistas fi caram desmoralizados, mas ainda resistiram.

Qual das seguintes afi rmações explica, sucintamente, o fi m da URSS?

a) O regime entrou em colapso porque os dirigentes estavam desmoralizados, desde as denúncias de Kruchev no XX Congresso do Partido.

c) A vitória militar dos EUA na Guerra Fria tornou inviável a manutenção do regime.

b) O regime deixou de ser sustentado pelo exército, adversário tradicional do Partido Comunista.

e) Os líderes soviéticos abandonaram a crença no socialismo e decidiram transformar a URSS em um país capitalista.

d) O colapso do regime deveu-se à crise generalizada da economia estatal, combinada com o fracasso da abertura controlada de Gorbachev.

Proposição FALSA.Eram coligados e não opositores

Proposição VERDADEIRA.a economia russa já não conseguia trazer vantagens para o país, por isso, Gorbachev aplicou a Perestroika e a Glasnost, aberturas para enfrentar a crise. Contaminou-se e o sistema socialista não conseguiu se manter vivo.

Proposição FALSA.não houve confl ito militar entre os dois e a produção bélica foi disputada palmo a palmo.

Proposição FALSA.isso só aconteceu depois que os países do leste europeu começaram a buscar suas independências criando a CEI.

Anotações:

Anotações:

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 51Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 51 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 52: Apostila enem

52

ÇREDAÇÃO

52

HISTÓRIA DO BRASIL

Antonio Jorge (Pokemon)

Começaremos este nosso último Módulo entrando no Estado Novo de Vargas e chegaremos até os

governos de hoje, ou seja, a república atual, também conhecida por nova república. Durante este período passamos pela ditadura militar e pela redemocratização. É o que veremos a partir de agora...

ESTADO NOVO (1937-1944)

Também conhecido como ditadura Vargas por se tratar de uma ditadura civil

apresentou as seguintes características:

intervencionismo do Estado na economia e na sociedade e uma centralização política nas mãos do Executivo, anulando o federalismo republicano.

Vargas reprimiu toda a atividade política, adotou medidas econômicas nacionalizantes, como a criação do Conselho Nacional do Petróleo e da Companhia Siderúrgica Nacional, além do início da construção do complexo siderúrgico de Volta Redonda e criou as bases para a formação de um corpo burocrático profi ssional, com a instalação do Departamento Administrativo do Serviço Público(DASP).

Através de uma constituição altamente ditatorial conhecida como polaca em que apresentava aspectos fascistas, tornando os sindicatos dependentes e extinguindo diversos partidos.

O Estado Novo procurou controlar o movimento trabalhador através da subordinação dos sindicatos ao Ministério do Trabalho. Proibiu-se as greves e qualquer tipo de manifestação. Por outro lado, o Estado efetuou algumas concessões, tais como o salário mínimo, a semana de trabalho de 44 horas, a carteira profissional, as férias remuneradas. As leis trabalhistas foram reunidas em 1943 na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), regulamentando as relações entre patrões e empregados.

A aproximação de Vargas junto a classe trabalhadora urbana originou, no Brasil, o

• POPULISMO – Forma de manipulação do trabalhador urbano, onde o atendimento de algumas reivindicações não interfere no controle exercido pela burguesia.

O Estado Novo iniciou o planejamento econômico, procurando acelerar o processo de industrialização brasileiro. O Estado criou inúmeros órgãos com o objetivo de coordenar e estabelecer diretrizes de política econômica.

O governo interveio na economia criando as empresas estatais – sem questionar o regime privado. As empresas estatais encontravam-se em setores estratégicos, como a siderurgia (Companhia Siderúrgica Nacional), mineração (Companhia Vale do Rio Doce), hidrelétrica (Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco ).

Do ponto de vista cultural, o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) realizava a propaganda do governo. O DIP controlava os meios de comunicação por meio da censura. Foi o mais importante instrumento de sustentação da ditadura que, ao lado da polícia secreta, comandada por Filinto Müller instaurou no Brasil o período do terror: prisões, repressão, exílios, torturas. Um rígido controle cultural.

O FIM DO ESTADO NOVO Diante da segunda guerra mundial (1939-1944) Vargas é pressionado para romper a neutralidade e lutar ao lado dos aliados, contra o eixo. A participação dos brasileiros cria

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 52Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 52 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 53: Apostila enem

5353

um paradoxo externamente, onde o Brasil luta pela democracia e contra as ditaduras. Internamente há ausência democrática em razão da ditadura. Esta situação, somada à vitória dos aliados contra os regimes totalitários, favorece o declínio do Estado Novo e amplia as manifestações contra o regime.

O QUEREMISMO Em 1945 houve um movimento popular pedindo a permanência de Vargas – contando com o apoio do PCB. Este movimento fi cou conhecido como queremismo devido ao lema da campanha “Queremos Getúlio”.

O movimento popular assustou a classe conservadora, temendo a continuidade de Vargas no poder. No dia 29 de outubro foi dado um golpe, liderado por Goés Monteiro e Dutra. Vargas foi deposto sem resistência.

GOVERNO DUTRA (1946-1951)

Marcado pela aliança política PSD/PTB, apresentou aspectos conservadores.

Em setembro de 1946 foi promulgada uma nova constituição onde manteve-se a república presidencialista e o princípio federativo. Foi instituído o voto secreto e universal e a divisão do estado em três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

Externamente seu governo foi marcado pela aproximação com os Estados Unidos – início da guerra fria e a opção brasileira pelo capitalismo. Como refl exo dessa política houve o rompimento das relações diplomáticas com a União Soviética e o Partido Comunista foi colocado na ilegalidade.

No plano interno, Dutra procurou colocar em prática o primeiro planejamento global da economia brasileira, o Plano Salte (saúde, alimentação, transporte e energia). Houve a pavimentação da rodovia Rio-São Paulo e a instalação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF). Verifi cou-se uma enorme infl ação em razão do aumento da emissão de papel-moeda. Ao mesmo tempo,

elevava-se o preço do café e das matérias-primas, auxiliando a balança comercial brasileira.

GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS (1951-1954)

A segunda presidência de Vargas foi marcada pelo nacionalismo e pelo intervencionismo estatal na economia, trazendo insatisfações ao empresariado nacional e ao capital internacional.

No ano de 1951 o nacionalismo econômico de Vargas efetivou-se no projeto de estabelecer o monopólio estatal do petróleo. Esse programa, que mobilizou boa parte da população brasileira tinha como slogan “O Petróleo é nosso”, resultando na criação da Petrobrás – empresa estatal que monopolizou a exploração e o refi no do petróleo no Brasil.

Vargas planejava também a criação da Eletrobrás com o objetivo de monopolizar a geração e distribuição de energia elétrica. Propôs, no ano de 1954, um reajuste de 100% no salário mínimo como forma de compensar as perdas salariais em virtude da infl ação.

A aplicação de uma política nacionalista, bem como a aproximação de Vargas à classe trabalhadora, preocupava a classe dominante. Temia-se a criação de uma República Sindicalista como na Argentina de Perón. O líder da oposição a Vargas era o jornalista Carlos Lacerda que denunciava uma série de irregularidades do governo. Lacerda também era o porta-voz dos setores ligados ao capital estrangeiro.

Nesse contexto ocorreu o atentado da Rua Toneleiros, uma tentativa de assassinar Carlos Lacerda. No episódio foi morto o major da aeronáutica, Rubens Vaz. Os resultados da investigação apontaram Gregório Fortunato, principal guarda-costas do presidente, como o responsável pelo acontecimento.

Embora nunca tivesse fi cado provada a participação de Getúlio Vargas no episódio, este foi acusado pelos opositores como o mandante do atentado.

Em 23 de agosto o vice-presidente, Café Filho, rompeu com o presidente. No mesmo dia o Exército divulga um manifesto exigindo a renúncia de Vargas. Na madrugada de 24 de agosto, Getúlio Vargas suicidou-se com um tiro no coração.

Com a saída de Vargas em 1945, o Brasil entra no período populista. O fenômeno do

populismo consiste, enfi m, na manipulação – por parte do Estado ou dos políticos – dos interesses da classe trabalhadora. O período vai de

1945 (fi m do Estado Novo) até 1964 (golpe militar).

CUIDADO Durante o último governo de Vargas, a democracia é ampla, porém Vargas governa com forte oposição da UDN e minoria no congresso, além

da pressão do capital estrangeiro, devido ao seu nacionalismo econômico.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 53Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 53 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 54: Apostila enem

54

ÇREDAÇÃO

54

HISTÓRIA DO BRASILJUSCELINO KUBITSCHEK (1956-1961)

Governo que marcou a inserção do Brasil no capitalismo industrial propriamente dito e de grande desenvolvimento econômico e também de grandes problemas como corrupção e infl ação.

A política econômica de JK acarretou um processo infl acionário em razão de seguir um plano de metas em face da intensa emissão monetária e a política de abertura ao capital estrangeiro resultou em remessas de lucros ao exterior.

O período de JK foi marcado também pela construção de Brasília. A partir daí, a nova capital optou pela criação da Sudene (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste) na tentativa de melhor distribuir a economia.

A era JK foi também marcada por crises políticas, ocorrendo duas tentativas de golpe: o levante de Jacareacanga e o de Aragarças – insurreições por parte de alguns militares.

No fi nal de seu governo, a dívida externa brasileira aumentou consideravelmente, levando o país a recorrer ao FMI.

Em 1960 tiveram eleições e Jânio da Silva Quadros, então governador de São Paulo, foi o vencedor tendo como partido político a UDN e como vice-presidente João Goulart, da coligação PSD/PTB.

JÂNIO QUADROS (1961)

De carreira meteórica chegou a presidência pela UDN e apoiado pelo capital internacional especialmente norte-americano, porém, paradoxalmente, procurou estabelecer uma política externa independente dos Estados Unidos. Aproximou-se dos países socialistas ao restabelecer as relações diplomáticas com a União Soviética, enviou o vice-presidente à China e prestigiou a Revolução Cubana ao condecorar com a Ordem do Cruzeiro do Sul um de seus líderes, Ernesto “Che” Guevara. Semelhantes atitudes preocuparam os norte-americanos e a classe dominante nacional.

A oposição ao governo tinha em Carlos Lacerda, governador do Rio de Janeiro, seu principal representante, que articulava um golpe de estado contando a seu favor uma péssima situação econômica e alta infl ação.

Sem apoio político, Jânio acabou renunciando no dia 25 de agosto de 1961 após sete meses de governo. Sua renúncia nunca foi satisfatoriamente explicada. A renúncia gerou uma grave crise política envolvendo a posse, ou não, de seu vice-presidente João Goulart.

JOÃO GOULART (1961-1964)

Visto com desconfi ança pela elite, que tinha uma ideia de subversão e esquerdismo era rechaçado pelas forças armadas que o via como um agitador e representava um perigo a ordem nacional.

Sob essas alegações, os ministros militares pediram ao Congresso Nacional a permanência de Raniere Mazzilli na presidência – que assumiu interinamente, visto que Jango estava na China.

Contra a tentativa de golpe, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, e cunhado de João Goulart liderou a chamada “campanha de legalidade” que buscava garantir a posse de João Goulart.

Para conciliar as duas correntes – favoráveis e contra a posse – o congresso Nacional aprovou um ato adicional em 2 de setembro de 1961, estabelecendo o sistema parlamentarista no Brasil. Com o parlamentarismo, os poderes do presidente foram limitados sendo que o primeiro-ministro é que governaria de fato. O primeiro a ser eleito e exercer tal função foi Tancredo Neves.

Diante do fracasso do parlamentarismo foi convocado um plebiscito para decidir sobre a manutenção ou não do regime. O resultado foi a volta do presidencialismo (06/01/63).

Inicia-se uma segunda fase do governo de João Goulart marcada pela execução do chamado Plano Trienal, que buscava combater a infl ação e realizar o desenvolvimento econômico. O plano deveria ser acompanhado de uma série de reformas estruturais, denominadas reformas de base, que incluía a reforma agrária; a reforma eleitoral – estendendo o direito de votos aos analfabetos; a reforma universitária, ampliando o número de vagas nas faculdades públicas e a reforma fi nanceira e administrativa, procurando limitar a remessa de lucro e os lucros dos bancos.

O descontentamento com a política do governo aumentou a partir do dia 13 de março de 1964 quando num comício na Central do Brasil – diante de 200 mil trabalhadores – Jango radicalizou sua promessa de reforma agrária, lançou a ideia de uma “reforma urbana” e decretou a nacionalização das refi narias particulares de petróleo.

O período de JK é marcado pelo desenvolvimentismo, ou seja, o desenvolvimento nacional baseado no capital estrangeiro. Daí a alta dívida externa, alta infl ação e desvalorização da moeda.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 54Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 54 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 55: Apostila enem

5555

A reação uniu os grandes empresários, proprietários rurais, setores conservadores da Igreja Católica e a classe média urbana que realizaram a Marcha da Família com Deus e pela Liberdade.

Em seguida houve uma revolta dos marinheiros do Rio de Janeiro, servindo de pretexto para o golpe militar – alegava-se que a disciplina nas Forças Armadas estava em jogo. Na noite de 31 de março de 1964 o general Olympio Mourão Filho (arquiteto do falso plano Cohen) colocou a guarnição de Juiz de Fora em direção ao Rio de Janeiro. No dia 1 de abril João Goulart foi deposto e exilou-se no Uruguai no dia 2 de abril. Encerrava-se assim, o período democrático e iniciava-se a República Militar no Brasil.

DITADURA MILITAR (1964-1985)

Os governos militares existiram no Brasil de 1964-85 e deixaram marcas profundas na história brasileira.

O golpe militar de 1964 foi efetivado com o objetivo de evitar a ameaça comunista. O regime militar foi marcado pelas restrições aos direitos e garantias individuais e pelo uso da violência aos opositores do regime.

O modelo político do regime militar foi caracterizado pelo fortalecimento do Executivo que marginalizou o Legislativo (através da cassação de mandatos) e interferiu nas decisões do Judiciário (como por exemplo, a publicação dos atos institucionais) pela centralização do poder, controle da estrutura partidária, dos sindicatos e demais representações; pela censura aos meios de comunicação e intensa repressão política – os casos de tortura eram sistemáticos.

O modelo econômico do regime militar foi marcado pelo processo de concentração de rendas e abertura externa da economia brasileira, deixando uma herança de submissão e dependência ao capital estrangeiro em especial ao FMI. Este modelo econômico chegou ao auge no chamado milagre econômico (período em que o PIB crescia a números altos, dando uma sensação de prosperidade ao povo brasileiro que passa a apoiar o golpe).

Anotações:

As reformas de base assustaram a classe média que passaram a temer a permanência de Jango, daí a marcha da família com Deus pela

liberdade é um sinal verde para o golpe militar e início de um período obscuro da história do Brasil.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 55Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 55 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 56: Apostila enem

56

GEOGRAFIA

Luciano Moreno

Vamos estudar agora as regiões do Brasil e suas características. Aproveite para revisar pelos resumos

e anotações.

AS REGIÕES ADMINISTRATIVASSabemos que o Brasil é um país com extensão continental, o que lhe confere uma multiplicidade de contrastes físicos, naturais e humanos (culturais).

A REGIÃO SULA região Sul possui uma área territorial de 573.315 Km2, o que compreende cerca de 7% de todo território nacional. É a menor das macrorregiões brasileiras e tem menor número de unidades federativas, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Sua população no ano de 2005 era estimada em 27 milhões de habitantes, destacando-se como os dois estados mais populosos, o do Rio Grande do Sul com aproximadamente 11 milhões de habitantes e o do Paraná com cerca de 10 milhões de habitantes.

Em relação aos aspectos naturais, a região sul é marcada, em termos climáticos e vegetais, pela subtropicalidade, o que se deve ao fato dela estar localizada, em grande parte, na zona temperada; e em termos humanos, por sua população apresentar certa homogeneidade em relação às infl uências históricas, decorrentes da imigração européia.

Os aspectos fi toclimáticos, individualizam essa região, pois suas características físicas fogem da heterogeneidade (diversidade) proporcionada pela tropicalidade. O clima subtropical atua na maior parte dessa região do país, porém devido a sua altimetria na parte boreal do Paraná encontraremos o clima tropical de altitude. A mata de araucária

(homóclita, arbórea e aciculifoliada) estende-se do Rio Grande do Sul até o sul de São Paulo e a vegetação de campos (rasteira) é utilizada como pastagens naturais.

O RELEVOÉ constituído em sua maior parte, por domínios planálticos – Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, Planaltos e Serras do Leste e Sudeste e Planalto Sul-rio-grandense.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 56Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 56 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 57: Apostila enem

57

• Os Planaltos e as Serras do Leste-Sudeste – Formam um conjunto que possui as terras mais elevadas da porção austral do Brasil.

O sul do país é marcado, em termos geológicos, por apresentar estrutura cristalina e um bloco serrano muito expressivo, que é o da Serra do Mar.

• OS PLANALTOS E AS CHAPADAS DA BACIA DO PARANÁ - ocupam mais da metade do território e formam um conjunto constituído de estrutura sedimentar e vulcânica, apresentam na sua borda oriental um extenso domínio serrano, a Serra Geral.

• O PLANALTO SUL-RIO-GRANDENSE, constituído de rochas cristalinas, é marcado por apresentar altitude relativamente baixa e formas de relevo bastante aplainadas como resultado do intenso processo erosivo que ocorreu em seus domínios.

Nesses domínios planálticos existentes no sul do Brasil constata-se a presença de duas grandes depressões – Depressão Periférica da Borda Leste do Paraná e Depressão Periférica Sul-rio-grandense. A leste observa-se a existência da Planície da Laguna dos Patos e da Lagoa Mirim.

A HIDROGRAFIAA região Sul é rica em rios que integram a bacia do Paraná, a bacia do Uruguai e as bacias de Sudeste-Sul. Dentre as bacias do Sudeste-Sul, se incluem a do Itajaí, em Santa Catarina, cujo vale formado é uma das mais importantes áreas econômicas do estado.

A potência hidráulica disponível e instalada nessa região, a exemplo do Sudeste, é muito elevada. Nessa região encontra-se a maior usina hidrelétrica do país, a de Itaipu, no rio Paraná.

RELAÇÕES DEMOGRÁFICASA região Sul conta com a população da ordem de 27 milhões de habitantes, a terceira maior do país, uma vez que ela só é superada pelas populações do Sudeste e do Nordeste. A população dessa região, devido à ordem histórica, apresenta um padrão de vida médio acima da média nacional.

As correntes imigratórias especialmente de origem européia, como alemã, italiana, eslava, polonesa e ucraniana, tiveram um peso muito grande no processo de crescimento da população do Sul do Brasil. Sua presença marcou profundamente o processo de ocupação e de desenvolvimento.

>> FIQUE ATENTOO Sul do Brasil possui o seguinte ranking no IDH (índice de desenvolvimento humano).

A imigração responsável pela ocupação dessa porção meridional fi cou organizada historicamente da seguinte forma: no R.S e em S.C destacam-se os Italianos e Alemães, no Paraná, além dos grupos citados temos que destacar os Eslavos e Ucranianos.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 57Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 57 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 58: Apostila enem

58

GEOGRAFIAA AGROPECUÁRIA A atividade agropecuária é intensa e diversifi cada com um dos maiores padrões de qualidade e modernidade aplicada no agronegócio no Brasil. São produtos que se destacam na região: trigo, arroz, milho e soja.

A atividade agrícola é marcada pela modernidade das técnicas de cultivo e diversidade na produção. Para se ter ideia da expressividade da atividade agrícola da região sul, o setor de grãos é responsável por cerca de 40% da produção brasileira de soja, destacando os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, 2º e 3º produtores brasileiros, respectivamente.

• A região Sul é responsável por cerca de 50% da produção de arroz do Brasil, sendo que a maior parte dela é realizada no estado do Rio Grande do Sul.

• A região Sul é responsável por cerca de 80% da produção brasileira de trigo. Os estados do Paraná e Rio Grande do Sul destacam-se, respectivamente, como 1º e 2º produtores desse produto no país.

• A região Sul é responsável por cerca de 50% da produção de milho do Brasil.

A INDUSTRIALIZAÇÃONo Sul do Brasil encontram-se as principais jazidas de carvão mineral do país. Esse recurso é utilizado na região, principalmente na forma de energia primária e usinas termelétricas. Os centros produtores mais importantes desse combustível fóssil são os de Criciúma e Siderópolis, situados na região metropolitana carbonífera de Santa Catarina.

A REGIÃO SUDESTEA região Sudeste é composta pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Sua extensão territorial é da ordem de 297 mil Km2, o que corresponde a cerca de 11% da área total do Brasil.

O estado de Minas Gerais é o que possui maior extensão territorial da região sudeste (586 624 Km2), sendo maior que a da França (545 630 Km2) que depois da Rússia, é o maior país da Europa.

O Sudeste abriga em seu território mais de 80 milhões de habitantes, isto é, mais de 43% da população total do país, o que a classifi ca como a região mais populosa do Brasil. Nesta região encontramos inclusive os três estados mais populosos: São Paulo (mais de 40 milhões de habitantes), Minas Gerais (mais de 19 milhões de habitantes) e Rio de Janeiro (mais de 15 milhões de habitantes).

O Sudeste, dentre todas as macrorregiões administrativas, é a mais rica e desenvolvida, além de possuir um elevado grau de urbanização, dinâmica rede de transportes e comunicações e a maior população do Brasil.

O CLIMADentre os fatores que determinam o comportamento térmico e pluviométrico dos climas existentes no Sudeste, deve-se citar a presença de extensos domínios de terras altas em grande parte de seu território e a ação de massas de ar, como a Tropical Atlântica (responsável, por exemplo, pela ocorrência de chuvas orográfi cas no seu litoral) e a Polar Atlântida (responsável pelas acentuadas quedas de temperaturas e geadas que ocorrem em algumas áreas dessa região no inverno).

• O clima tropical de altitude ocorre, sobretudo, no domínio das terras altas, ou seja, os planaltos e as regiões serranas. Nessas áreas, as temperaturas são médias no verão e relativamente brandas no inverno, fi cando entre 17 ºC e 23 ºC.

• O clima tropical típico é encontrado em vastas extensões dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Nesse tipo de clima, as temperaturas médias fi cam quase sempre acima de 18 ºC e a quantidade de chuva se mantêm em torno de 1500 mm por ano. Em grande parte desse domínio climático, o verão é muito chuvoso e o inverno muito seco, explicando o fato dele também ser denominado de tropical semiúmido.

Além do tropical de altitude e do tropical típico, ocorre também na região Sudeste os climas tropical semiárido, subtropical e litorâneo úmido.

A VEGETAÇÃOA mata atlântica, a caatinga e a fl oresta tropical, que sofrem elevado processo de degradação, destacam-se nessa região.

RELEVOGrande parte do território do Sudeste é ocupada por planaltos que apresentam, como média, altitudes superiores a 300 metros.

É importante lembrar a relevância da pecuária (bovina, ovina e suína).

Na campanha gaúcha, os pastos naturais são aproveitados para criação bovina. O Rio Grande do Sul possui o maior rebanho ovino do país, já a

produção de suínos destaca-se em toda região.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 58Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 58 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 59: Apostila enem

59

do Brasil depois da expansão cafeeira e, posteriormente, da expansão industrial que trouxe desenvolvimento econômico acentuado a região Sudeste.

Com o fi nal da escravidão no Brasil (século XIX), os imigrantes que vieram a região Sudeste atraídos pela expansão da cultura do café fi xaram-se e contribuíram para o desenvolvimento agrícola, com mão de obra e técnicas inovadoras, bem como para o crescimento industrial regional e do país.

Em nenhuma das regiões brasileiras o crescimento urbano foi mais acentuado do que no Sudeste, o que pode ser comprovado pela presença das maiores regiões metropolitanas do país nesta região.

POTENCIAL ECONÔMICOEssa região concentra o maior número de agroindústrias e uma parcela significativa do mercado é destinada originalmente para exportação de produtos agrícolas com valores agregados, como é o caso do suco de laranja, do café solúvel e até mesmo do álcool no setor agrícola, já na pecuária a benfeitoria atinge a produção de carne bovina, suína e de aves. É sábio lembrar que os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, respondem por aproximadamente 68% da produção nacional de café.

GERANDO ENERGIAPor ser a região mais industrializada e povoada, com o maior número de metrópoles e abrigando as duas metrópoles nacionais, teve que construir uma extensa rede de hidrelétrica como:

• A hidrelétrica engenheiro Souza Dias;• Hidrelétrica de linha solteira;• Hidrelétrica engenheiro Sérgio Mota;• Hidrelétrica três irmãos;• Hidrelétrica de furnas;• Hidrelétrica de três Marias.

Além das hidrelétricas, essa é a única região do país que possui usinas nucleares (angra I e II, já em estado de fi nalização a angra III).

O NORDESTEMaranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Sua extensão total é da ordem de 1,5 milhão de quilômetros quadrados (cerca

Dentre os domínios climáticos do Sudeste, pode-se citar como exemplo os dos planaltos e serras de Leste e Sudeste e os planaltos e chapadas da bacia do Paraná.

• PLANALTOS E CHAPADAS DA BACIA DO PARANÁ – Ocupa grande parte da porção centro-ocidental do estado de São Paulo e do triângulo mineiro. É composto de rochas sedimentares e vulcânicas sendo limitado em sua porção oriental por uma extensa frente de cuestas.

Encontramos no Sudeste duas grandes depressões (Sertaneja-São Francisco e a periférica da borda leste da bacia do Paraná) e estreitas planícies denominadas de baixadas (Santista, em São Paulo e Fluminense, no Rio de Janeiro).

• PLANALTOS E SERRAS DO LESTE E SUDESTE – Ocupa grande parte da área centro-oriental do sudeste, que vai do estado do Espírito Santo ao estado de São Paulo. Tem como característica a presença de grande densidade de pequenas elevações, chamadas de mares de morros (vale do Paraíba do Sul) e várias serras (do Mar, do Espinhaço e da Mantiqueira).

HIDROGRAFIAA região Sudeste possui grande quantidade de rios planálticos, favorecendo seu potencial hidrelétrico.

Comentarios sobre os principais cursos fl uviais que integram as seguintes bacias hidrográfi cas presentes na região Sudeste:

• DO SÃO FRANCISCO – Seus rios drenam grande parte da porção centro-ocidental do estado de Minas Gerais.

• DO LESTE E DO SUDESTE-SUL – Composta por uma série de pequenas bacias hidrográfi cas, cujos rios principais são tributários do atlântico e apresentam suas nascentes no domínio das terras altas dos planaltos e serras do Leste e Sudeste.

• DO PARANÁ – Os rios formadores do seu rio principal (o Paraná) e seus afl uentes drenam vastas extensões dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

ASPECTOS DEMOGRÁFICOSCom uma população estimada em 80 milhões de habitantes e densidade demográfi ca aproximadamente de 86 habitantes por km2, a região Sudeste é a mais povoada e populosa do país.

Essa grande concentração populacional se deu pela atração de imigrantes estrangeiros e imigrantes de outras regiões

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 59Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 59 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 60: Apostila enem

60

GEOGRAFIA• A Mata dos Cocais – Composta por coqueirais como as

palmáceas de babaçu e de carnaúba. Presente em vastas extensões do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.

• Cerrado – Presente em vastas extensões da Bahia, Maranhão e Piauí.

• Mata Atlântica – Cobria vastas extensões da zona da mata, mas atualmente, se encontra muito devastada e está restrita a algumas áreas dessa sub-região nordestina.

HIDROGRAFIATrata-se de uma rede hidrográfi ca relativamente modesta quando comparada às encontradas nas regiões Norte e Sudeste. Isso ocorre, dentre outros aspectos, em função da ocorrência, em grande parte de seu território, do clima semiárido, pois este é marcado pela existência de períodos secos prolongados, fazendo com que os cursos fl uviais dessa região sejam periódicos ou intermitentes.

Destaque para os seguintes produtos:

• Bacia costeira do Nordeste ocidental;• Bacia costeira do Nordeste oriental;• Bacia do São Francisco;• Bacia do Parnaíba;• Bacia do Tocantins.

POPULAÇÃOA região Nordeste é uma das regiões menos urbanizadas do país por apresentar forte dependência econômica do setor agrícola, e também pelo fato de grande parte dessa atividade apresentar baixo nível de mecanização. A população urbana do Nordeste encontra-se distribuída de maneira irregular, estando concentrada em sua maior parte nas regiões metropolitanas: Recife, Salvador, Fortaleza, Natal e Maceió.

de 18% da área territorial brasileira), sendo o estado da Bahia o maior em extensão territorial da região.

A sua população é estimada em 53 milhões de habitantes (cerca de 30% da população do país). Bahia, Pernambuco e Ceará são os três estados mais populosos da região Nordeste e as três cidades mais populosas são Salvador, Fortaleza e Recife.

O Nordeste é subdividido em quatro regiões. A zona da mata, marcada pela faixa costeira e as grandes cidades e áreas industriais. O agreste, com seu relevo elevado e as cidades comerciais, estrategicamente fundadas em um ponto de entroncamento entre o litoral e o sertão. O sertão, marcado pela presença da caatinga, do clima semiárido, dos rios intermitentes e pela presença do desmatamento da vegetação ciliar e o assoreamento, além da imigração da sua população para outras regiões do país. E o meio-norte com seu clima e vegetação infl uenciados pelo clima equatorial e semiárido, onde se desenvolve a mata dos cocais.

O CLIMAExistem três climas dominantes no Nordeste, o tropical úmido, o tropical e o semiárido, ambos são quentes e diferenciam pela umidade, os fatores determinantes desses climas são a latitude, altitude, continentalidade, marititimidade e massa de ar. Este último é responsável pela formação das chuvas frontais no clima tropical úmido.

RELEVONo litoral, apresenta-se a planície costeira, em estrutura sedimentar recente; o planalto de bacias sedimentares, em estruturas climáticas e dobramento antigo; e as depressões cristalinas.

A Chapada Diamantina é uma região de serras e encontra-se no centro do estado da Bahia, onde nascem quase todos os rios da bacia do Paraguaçu, do Jacuípe e do rio das contas.

A VEGETAÇÃOAs vegetações encontradas no Nordeste são heteróclitas e estão organizadas em cinco biomas com grande dinamismo nas suas respectivas regiões, além dos manguezais, vegetação pneumatucora, heteróclita e fl úvio-marinha. Degradada principalmente pela expansão urbana. Vejamos as demais vegetações:

• A Caatinga – Vegetação arbustiva. heteróclita, aciculifoliada, espinhosa, desenvolvida em área de domínio do clima semiárido.

>> FIQUE ATENTOFALAREMOS UM POUCO SOBRE O RIO SÃO FRANCISCO E SUA TRANSPOSIÇÃO!O rio São Francisco possui 2,8 mil km de extensão, nasce em Minas Gerais e desemboca no Oceano Atlântico, entre Sergipe e Alagoas. Sua transposição, transferência de águas do rio para abastecer outros rios de pequeno porte e açudes da região Nordeste que se encontram com défi cit hídrico durante o período de estiagem, benefi ciaria, principalmente os estados do Rio Grande do Norte, a Paraíba e o Ceará. O rio São Francisco nasce em Minas Gerais, na Serra da Canastra, e desemboca no Oceano Atlântico, entre Sergipe e Alagoas.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 60Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 60 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 61: Apostila enem

61

A AGROPECUÁRIA A partir do plano real, o agronegócio no Nordeste ampliou-se e diversos projetos de irrigação e agroindústrias alteraram a realidade agrícola da região, com destaque para a cana de açúcar, algodão, cacau, frutíferas e soja (no oeste baiano). No meio-norte, o babaçu e a carnaúba merecem destaque.

• PECUÁRIA – A criação de gado bovino ainda é realizada no modelo extensivo, o que deprecia o valor fi nal do produto. Temos o maior rebanho de caprinos e observa-se um crescimento da criação suína e avícola.

A INDUSTRIALIZAÇÃOAcompanha-se um crescimento signifi cativo da industrialização no Nordeste, porém apresentando as mesmas regiões centralizadoras, como é o caso da RMS (Região Metropolitana de Salvador).

Que tem apresentado o maior índice de crescimento industrial da região, devido à exploração do petróleo no recôncavo e à implantação do Polo Petroquímico de Camaçari.

Na região metropolitana de Recife, destacam-se três grandes centros industriais: Cabo, Jaboatão e Paulista. Todos estão envolvidos com as indústrias têxteis e alimentícias.

O Nordeste é a segunda região com a maior produção de petróleo no Brasil. Sua energia é gerada por usinas hidrelétricas com destaque para a CHESF.

O CENTRO OESTEApresenta uma extensão territorial da ordem de 1,6 milhão de km2, o que a classifi ca como a segunda maior região brasileira em extensão territorial, estando dividida em quatro unidades político-administrativas: os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, que abriga Brasília, a capital do Brasil.

A população do Centro-Oeste é estimada em 15 milhões de habitantes, com destaque para o estado de Goiás e a cidade de Brasília, o estado mais populoso e a cidade mais populosa da região, respectivamente.

A FITOCLIMATOLOGIAÉ marcado pala infl uência do clima equatorial na sua porção boreal e pelo domínio do clima tropical típico com duas estações distintas, uma chuvosa no verão e outra seca no inverno.

A VEGETAÇÃODois biomas merecem destaque. O pantanal e o cerrado, vegetações tropófi tas e heteróclitas, degradadas pela ampliação das áreas de cultivo (principalmente da soja) e a criação do gado bovino com destino ao corte.

A HIDROGRAFIAA região Centro-Oeste é muito rica em recursos hídricos. Nela está situada parte das três maiores bacias hidrográfi cas da América do Sul: a Amazônica, a do Tocantins-Araguaia e a Platina, formada pelas bacias do Paraguai, Paraná e Uruguai.

O rio Paraguai é um rio de planície, o que facilita a navegação. Os rios Paraná e Uruguai são planálticos, contribuindo para a produção hidrelétrica na região.

RELEVOO relevo do Centro-Oeste é marcado pela ocorrência de uma série de planaltos (dominante na região), depressões e planícies.

Os planaltos e as planícies são formados em sua maior parte por rochas sedimentares. Já as depressões são formadas predominantemente por rochas cristalinas.

As principais chapadas encontradas na região Centro-Oeste são a Chapada dos Guimarães, a Chapada dos Parecis e a Chapada dos Veadeiros.

ASPECTOS URBANOSO Centro-Oeste é a segunda região mais urbanizada do país, muito infl uenciada pela construção da capital do Brasil, a cidade de Brasília. Nessa região estão situadas duas das maiores regiões metropolitanas: a de Goiânia e a da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno.

A AGROPECUÁRIA Destaque para os seguintes produtos:

• soja

• café

• arroz

• algodão

• feijão

• trigo

Na pecuária, o grande destaque é a criação bovina.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 61Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 61 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 62: Apostila enem

62

GEOGRAFIAREGIÃO NORTEO mundo inteiro está de olho na região Norte, pois lá fi ca situada a maior bacia hidrográfi ca do planeta e a maior fl oresta latifoliada do mundo, a Amazônia.

É formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Apresenta uma extensão territorial de aproximadamente 45% da área total do Brasil. Nessa região, encontramos os dois estados de maior extensão territorial do país: Amazonas e Pará.

O RELEVOA região Norte apresenta um relevo composto predominantemente por baixas atitudes. Em seu território há três formas de relevo: planaltos, planícies e depressões (dominante).

O CLIMAO clima dominante nessa região é o equatorial úmido, marcado por elevadas temperaturas e elevados índices pluviométricos ao longo do ano. A estação seca nesse domínio climático é pequena ou inexistente.

VEGETAÇÃOAs condições climáticas existentes nessa região contribuem para que grande porção dela seja recoberta, originalmente, por uma das mais exuberantes coberturas vegetais do planeta: a fl oresta ou mata amazônica. Essa mata tropical, em função, entre outros aspectos, da sua heterogeneidade fi sionômica costuma ser dividida em três grandes níveis fl orestais: mata do igapó, mata de várzea e a mata das terras fi rmes.

HIDROGRAFIANessa região do Brasil existem duas grandes bacias hidrográfi cas, a do Amazonas (a maior bacia hidrográfi ca do mundo) e a do Tocantins-Araguaia.

URBANIZAÇÃOA população absoluta da região Norte corresponde a cerca de 8% da população total do país. Esse pequeno número de habitantes para uma área tão grande faz com que essa região

seja a menos povoada do país, o que se agrava pelo fato da população regional estar muito mal distribuída, contribuindo para a existência de grandes vazios demográfi cos.

Em termos sociais observa-se que uma parte expressiva da sua população ainda sofre de problemas típicos de áreas subdesenvolvidas, como elevadas taxas de analfabetismo e mortalidade infantil.

ECONOMIAA economia da região Norte ainda hoje é dependente da atividade extrativa animal e vegetal, muito embora as atividades industriais e agropecuárias estejam em plena expansão na região.

Os recursos minerais são abundantes nessa região, fazendo com que a atividade mineradora assuma grande importância em seu território. Essa atividade tem maior expressividade no Pará, onde estão situadas duas unidades geológicas muito ricas em recursos minerais: a serra dos Carajás e o vale do rio Trombetas.

>> FIQUE ATENTONa região Norte encontra-se o ponto mais alto do país (o Pico da Neblina).

Anotações:

A região Norte é a que apresenta maior crescimento demográfi co do Brasil, devido às

elevadas taxas de fecundidade e pelo alto índice de migração proveniente de outras regiões brasileiras.

Uma das atividades que vem crescendo de forma expressiva na região Norte é o turismo, especialmente, o ecológico, denominado de ECOTURISMO.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 62Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 62 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 63: Apostila enem

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 63Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 63 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 64: Apostila enem

64

LÍNGUA PORTUGUESA

Luis Alberto

Compreensão (ou intelecção) e interpretação de textos. É o que mais cai nas provas. Aprenda de forma

defi nitiva com as dicas deste Módulo. Pare e revise todos os assuntos para fi xar melhor.

COMPREENSÃO (OU INTELECÇÃO) E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS“Interpretar exige raciocínio, discernimento e compreensão do mundo”(Ricardo Russo)

1. Compreender é entender a mensagem. Desse modo, compreensão relaciona-se à leitura do texto.

2. Interpretar é mostrar que, de fato, entendeu a mensagem. Assim, interpretação vincula-se às questões do texto.

3. Ler de tudo, um pouco, é essencial para melhorar a visão de mundo e o grau de criticidade dele.

4. Os concursos querem candidatos que não fi quem mergulhados em meras decorebas, mas que saibam analisar as questões propostas, a partir do texto. É a busca do contexto. As partes se relacionam para formar o todo: MENSAGEM.

DICAS INICIAIS

1. OBSERVAR ATENTAMENTE O TÍTULOpois ele é a grande síntese do texto em uma única expressão.

EXEMPLO UM:

VIDAS SECAS, grande obra literária do escritor modernista Graciliano Ramos, mostra, em caráter de denúncia, a vida de uma família de retirantes nordestinos que circulam pelo sertão sem oportunidades sociais e atenção do estado. O nordeste e sua seca castigam o povo da região. Ausência de água é ausência de vida. Algo seco é algo sem vida. VIDAS SECAS. Que vida é essa que o povo nordestino suporta com uma resistência incrível? O título, em si, carrega esse paradoxo de VIDA e MORTE, lado a lado: VIDAS SECAS.

http://www.portaltosabendo.com.br/editor/assets/vsecas.jpg

EXEMPLO DOIS:AS VÍTIMAS-ALGOZES – QUADROS DA ESCRAVIDÃO, obra do escritor romântico Joaquim Manuel de Macedo, não é lá um livro romântico. Esses escritos – com uma linguagem persuasiva – mostram que a escravidão é algo que deve ser extirpado do tecido social, nivelando-a a uma espécie de tumor maligno nas relações humanas. A ideia é fácil de acompanhar: o homem, na condição de escravo, é vítima de fazer algo contra sua vontade e daqueles que o animalizam. Obviamente cria dentro de si um ódio fecundo. Qualquer oportunidade de vingança será levada a cabo. Ele até matará para sair da condição que lhe foi imposta. De vítima esse escravo passa a algoz (carrasco). O que fazer

então para se livrar dessas “VÍTIMAS-ALGOZES”? Na obra são mostrados três quadros da escravidão: O jovem Simeão, a jovem Lucinda e o adulto Pai Raiol. AS VÍTIMAS-ALGOZES.

http://spiritosanto.fi les.wordpress.com/2007/08/escravos-reais-copy.jpg

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 64Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 64 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 65: Apostila enem

65

2. OBSERVAR ATENTAMENTE O AUTOR E/OU A FONTEporque, se for autor conhecido, já se sabe que tipo de texto ele costuma escrever (jornalístico, literário, religioso, crítico...). Se a fonte for jornal ou revista, a tendência é que o texto seja predominantemente denotativo e comentado (artigos, editoriais, notícias). Se a fonte for extraída da literatura, será, provavelmente, conotativo (relatado/narrado ou em verso – crônicas, romances, poesias).

EXEMPLO:Fonte: ORLANDI, E. P. Cidade dos sentidos. Campinas: Pontes, 2004. p. 11.

No último vestibular da UFBA, o texto inicial não possuía título, porém havia o autor e a fonte, geralmente obrigatórios. Conforme observado acima, Eni P. Orlandi era a autora do texto. A fonte: Cidade dos Sentidos. A ideia central do texto era mostrar outras formas de se falar da cidade. Os outros sentidos para o conceito de cidade. Releia a fonte: Cidade dos Sentidos. Tudo a ver, não é verdade? Sempre se pode estabelecer relações que facilitem o processo de leitura. Seja um detetive textual. Desvende seus signifi cados.

3. LER O TEXTO DUAS VEZES• Primeira leitura: chama-se GLOBAL, lê-se o texto

pausadamente, circulando palavras desconhecidas, para depois entendê-las dentro do contexto. Após essa leitura, tem-se uma noção geral do que o texto fala.

• Segunda leitura: chama-se PORMENORIZADA, lê-se um parágrafo e, com um lápis, escreve-se, ao lado dele, o que entendeu em poucas palavras. Faz-se isso sucessivamente até o último parágrafo. É importante notar que, ao término, o candidato terá feito um “resumo acidental”, o que torna o trabalho interpretativo mais efi caz.

4. TIPOS DE QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO• Falso ou verdadeiro (certo ou errado / correto ou

incorreto);

• Ideia central (ou ideia principal);

• Vocabulário;

• Estrutura;

• Inferência.

A primeira quer saber o que é correto ou incorreto, não se trata da ideia mais importante ou central;

basicamente você encontra a confirmação nas linhas do texto. Sublinhe, portanto, a(s) linha(s) do texto referente(s) à opção correta.

TEXTO UMEducação: avaliação mostra brasil

entre os 8 piores em ciências

Entre 57 países, o Brasil conseguiu atingir apenas a 52ª colocação (entre a 50ª e a 54ª, se levada em conta a margem de erro) em ciências no exame Pisa 2006, uma avaliação internacional feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para verifi car o nível de aprendizagem de estudantes de 15 anos.

Com 390 pontos em uma escala de 800, o País obteve o mesmo resultado de três anos antes, na edição de 2003, e revela o que exames nacionais já tinham mostrado: a qualidade da educação brasileira continua ruim.

O Pisa é uma avaliação feita a cada três anos pela OCDE com seus países membros e alguns convidados. O teste avalia estudantes de 15 anos, não importando a série em que estão - no Brasil, entram alunos de 7ª e 8ª séries do ensino fundamental e qualquer um dos anos do ensino médio - em ciências, matemática e leitura. A cada edição, uma das áreas é testada com mais profundidade. Neste ano, a ênfase foi dada a ciências e a prova revelou um Brasil estagnado.

(http://www.tribunaimpressa.com.br/Conteudo/Avaliacao-mostra-Brasil-entre-os-8-piores-em-ciencias,73460,60038)

QUESTÃODe acordo com o texto, assinale a afi rmação verdadeira.

a) A última posição, no exame Pisa 2006, mostra o baixo nível escolar no Brasil.

(Falsa. O texto não diz que o Brasil ocupa a última posição, mas a 52ª colocação num total de 57 países avaliados (primeiro parágrafo).)

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 65Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 65 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 66: Apostila enem

66

LÍNGUA PORTUGUESA

No segundo caso, pode haver várias verdadeiras, apenas uma será a central, por isso as duas leituras (global e pormenorizada) são importantes, para que se confi rme o assunto principal, separando-o dos assuntos secundários.

TEXTO DOISA melhor escola do mundo

http://3.bp.blogspot.com/_dj0lrKqIO-8/Sbay7GA6tvI/AAAAAAAABEY/7a4wjJJLTus/s1600-h/Escola.jpg

Como a Finlândia criou, com medidas simples e focadas no professor, o mais invejado sistema educacional.

Por Thomaz Favaro, de Helsinque

Revista Veja - 20/02/2008

Quem entra numa escola na Finlândia se espanta com a simplicidade das instalações. Era de esperar que o sistema educacional considerado o melhor do mundo surpreendesse também pela exuberância do equipamento didático. Na verdade, na escola Meilahden Yläaste, em Helsinque, igual a centenas de outras do país, as salas de aula são convencionais, com quadro-negro e, às vezes, um par de computadores. Apesar do despojamento, as escolas fi nlandesas lideram o ranking do Pisa, a mais abrangente avaliação internacional de educação, feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O último teste, em 2006, foi aplicado em 400.000 alunos de 57 países. O Brasil disputa as últimas posições com países como Tunísia e Indonésia. O segredo da boa educação fi nlandesa realmente não está na parafernália tecnológica, mas numa aposta nas duas bases de qualquer sistema educacional.

A primeira é o currículo amplo, que inclui o ensino de música, arte e pelo menos duas línguas estrangeiras. A segunda é a formação de professores. O título de mestrado é exigido até para os educadores do ensino básico. (...)(http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/educacao/conteudo_270947.shtml)

b) Anualmente, o Pisa tem a pretensão de avaliar o rendimento educacional em países membros da OCDE e convidados.

(Falsa. O Pisa não se realiza anualmente, e sim a cada três anos (último parágrafo).)

c) A partir do citado exame, concluiu-se que, na área de ciências, o país não sofreu avanço escolar.

(Verdadeira. O último período do último parágrafo – . “Neste ano, a ênfase foi dada a ciências e a prova revelou um país estagnado” – ratifi ca essa afi rmação.)

d) O teste do Pisa é aplicado a alunos não importando a série em que estão cursando.

(Falsa.O termo “a alunos” torna a afi rmação genérica, quando o texto informa que são alunos de 15 anos de idade. Além do mais, as séries também são especifi cadas (último parágrafo).)

e) O exame do Pisa mais recente a que submetido o Brasil torna inédita a constatação de uma educação ruim.

(Falsa. A constatação de uma educação brasileira ruim não é inédita. Esse fato já havia sido constatado na edição de 2003, conforme se encontra no segundo parágrafo.)

QUESTÃOA ideia central do texto dois poderia ser resumida no seguinte título:

a) Tecnologia: parceira maior da escola fi nlandesa. (Falsa. O texto diz que “as salas de aula são

convencionais, com quadro-negro e, ÀS VEZES, um par de computadores.”)

b) Professor: preparador máximo. (Falsa. O professor, de fato, tem que ser preparado. O

texto afi rma que o “título de mestrado é exigido até para os educadores do ensino básico”. Entretanto, esse é apenas um aspecto do texto que realça algo mais importante: A Finlândia possuir o melhor sistema educacional.)

c) Um país democrático. (Falsa. O título é muito generalizante e abrange algo além

de educação, adentra por questões políticas e afi ns.)

d) Finlândia: suas belezas. (Falsa. Parece mais um chamado turístico e a expressão

também é deveras generalizante.)

e) Dicas do sucesso educacional fi nlandês. (Verdadeira. A Finlândia consagrou-se no concerne

ao nível educacional. O texto, partir dessa afi rmação, desvenda “o segredo da boa educação fi nlandesa” no último parágrafo do texto.)

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 66Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 66 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 67: Apostila enem

67

As questões de vocabulário, em boa parte, sugerem substituições de palavras. Através do contexto, pode-se perceber o sentido de uma palavra. Não dá para saber exatamente o que signifi ca, mas pode-se ter uma noção semântica.

TEXTO TRÊS“Quando os perigosos jagunços invadiram o casarão,

aqueles que ali estavam, desesperados, sarapantaram pela janela e atoraram mata adentro.”

COMENTÁRIO:

O que seria, nesse fragmento, “sarapantar” e “atorar”? Se você respondeu algo como “pular”, “saltar”, “sair” para “sarapantar”; e “correr”, “fugir” para “atorar”, brilhou em suas conclusões. Você simplesmente percebeu o sentido dessas palavras no contexto em que estavam inseridas. Ah! Só mais um detalhe: Essas palavras não existiam até agora. Eu as inventei para provar a você como se pode perceber o sentido de palavras até mesmo estas, inventadas aqui especialmente para você!

A de estrutura exigirá do candidato a compreensão das partes do texto, dissecando-o, parágrafo por parágrafo. Cuidado: quando especifi carem somente um parágrafo do texto, não o relacione com os outros.

TEXTO QUATROINEP realiza o pré-teste do pisa 2009

De hoje, dia 27, até a próxima sexta-feira, dia 30 de maio, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizará o pré-teste do Pisa 2009. O pré-teste será aplicado em 61 escolas de ensino fundamental e médio de todo o País. Sua aplicação tem como objetivo promover a validação dos novos itens, além de desenvolver pesquisa de campo que possibilite a revisão e o ajuste das metodologias e dos instrumentos que irão compor a aplicação defi nitiva do Pisa em 2009. Estima-se que esse pré-teste envolva a participação de cerca de 2.500 alunos.

O Pisa (Programa Internacional para Avaliação de Alunos) é uma avaliação que ocorre desde 2000 e que se repete a cada três anos. São avaliados estudantes de 15 anos de idade. O objetivo do Programa é produzir, em todos os mais de 60 países envolvidos, indicadores de desempenho estudantil voltados às políticas educacionais, fornecendo orientações,

incentivos e instrumentos para melhorar a efetividade da educação. Além disso, o teste possibilita aos países participantes a comparação internacional dos desempenhos. A próxima edição será em 2009 e terá como foco a Leitura.(http://www.inep.gov.br/imprensa/noticias/outras/news08_15.htm)

Talvez a mais ambígua seja a de inferência, porque são ideias que o autor nos autoriza a ter, conclusões a que podemos chegar; deduções enfi m. Tais ideias não estão explícitas, escritas, no texto. Deve-se abstrair nas “entrelinhas” do texto.

QUESTÃO

Conforme o segundo parágrafo do texto, pode-se afi rmar que:

a) O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), ainda no mês de maio do ano em curso, realizará pré-teste do Pisa 2009.

(Falsa. Essa informação é verdadeira, mas consta apenas no primeiro parágrafo. O enunciado da questão quer o segundo.)

b) Estarão envolvidas nesse processo de pré-seleção várias escolas do ensino fundamental e médio, num total de sessenta e uma unidades educacionais.

(Falsa. Embora seja uma informação real, ela se encontra no primeiro parágrafo.)

c) Com o pré-teste, estabelece-se a certeza da participação de 2.500 jovens do corpo discente.

(Falsa. Além de estar no primeiro parágrafo. A forma verbal “estima-se”, em “Estima-se que esse pré-teste envolva a participação de cerca de 2.500 alunos”, não dá nenhuma certeza. Estimativas não são certezas, são probabilidades.)

d) Orientar, incentivar e instrumentalizar são fi nalidades do Pisa para elevar o nível educacional.

(VERDADEIRA. De fato, o segundo parágrafo presta tal informação sobre o Pisa: “fornecendo orientações, incentivos e instrumentos para melhorar a efetividade da educação”.)

e) Em virtude de uma comparação internacional, os países, nas últimas posições do teste, sofrerão traumas no campo das políticas educacionais.

(FALSA. O texto, em nenhum dos parágrafos, explicita o fato de depreciação ou valorização sofrida na comparação entre os países envolvidos no processo. Simplesmente, tal informação não está no texto.)

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 67Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 67 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 68: Apostila enem

68

LÍNGUA PORTUGUESATEXTO CINCO

O BICHO

Vi ontem um bicho Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.Quando achava alguma coisa,Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.O bicho não era um cão,

Não era um gato,Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

COMENTÁRIO:Pobreza, miserabilidade social, fome, condições subumanas, animalização do homem são palavras sentidas nesse poema de Manuel Bandeira. São INFERÊNCIAS possíveis. Note que tais palavras NÃO estão no texto, porém a força da sua mensagem nos permite INFERI-LAS, DEDUZI-LAS, ABSTRAÍ-LAS DO TECIDO POÉTICO. Bandeira demonstra um interesse pelo social esquecido: pessoas que vivem do (e no) lixo.

Logo, fi que atento ao enunciado da questão. Muitos candidatos erram, por não saberem interpretar o enunciado, embora tenham estudado. Não adianta saberem todo conteúdo programático, se não souberem entender o enunciado, não é verdade?

5. ARMADILHAS DA INTERPRETAÇÃO (TAMBÉM CHAMADOS ERROS CLÁSSICOS DA INTERPRETAÇÃO)

• REDUÇÃO (minimização do texto): Por exemplo: o texto fala sobre a importância do capitalismo e do socialismo, e a proposição afi rma que só o capitalismo é importante, quando, de acordo com o texto, os dois sistemas de governo são importantes. Houve na proposição redução da resposta certa, pois só se ateve a uma parte dela.

• EXTRAPOLAÇÃO (maximização do texto): Por exemplo: o texto fala que os nazistas, por algum motivo do autor, foram essenciais para a história da ciência. A proposição afi rma que os nazistas exterminaram milhões de judeus, insanamente. Note que a proposição vai além do texto, pois força o candidato a colocar seu ponto-de-vista. Porém, o que conta não é o que o leitor pensa, mas do que o texto trata, e ele só trata dos nazistas em relação à ciência, e não ao genocídio.

• CONTRADIÇÃO: Por exemplo: o texto fala em abolir todo tipo de preconceito, e a proposição afi rma que fumantes muito ativos e pessoas que falam “pobrema, barrio e vrido” devem ser evitadas. Precisa explicar a contradição?

É mister relevar que os estudos de compreensão e interpretação textuais não se esgotam nessas explicações básicas, antes são o primeiro passo para instigar o candidato a evoluir seu raciocínio na abordagem de textos.

ANÁLISE TEXTUALUFBA/UFRB 2008 (1ª FASE) / Questão 01

Proposição VERDADEIRA.No primeiro parágrafo, a autora defi ne o tema cidade. As expressões “em nossa refl exão” e “Como signifi ca a cidade?” ratifi cam a proposição.

Proposição VERDADEIRA.Na linha um do texto, lemos “Estabelecemos aqui uma outra forma de compreender a cidade: pelo discurso.” Ora, se é uma “outra forma”, será uma forma fora do convencional. Diferente, por assim dizer.

Proposição VERDADEIRA.“Aliamos assim, em nossa refl exão, o sujeito, a história e a língua em uma relação particular, que é a relação de signifi cação”. Essa sentença confi rma o exposto na proposição, posto que o homem é “o sujeito” da cidade, onde “a história” envolve sempre tempo e lugar. Por fi m, a “relação de signifi cação” marca os múltiplos sentidos do termo cidade.

Estabelecemos aqui uma outra forma de compreender a cidade: pelo discurso. Aliamos assim, em nossa refl exão, o sujeito, a história e a língua em uma relação particular, que é a relação de signifi cação. Como signifi ca a cidade? [...] Como os sentidos aí se constituem, se formulam e transitam? São essas as questões que nos ocupam.Quando pensamos a cidade, introduzimos de imediato uma relação face à nação. [...] Uma nação, por outro lado, é uma entidade abstrata, enquanto uma cidade tem dimensões, formas visíveis, sendo perceptível em primeira instância. Assim, podemos dizer que outra característica de cidade, importante para nossos fi ns, é o fato de que a cidade introduz a dimensão da representação sensível de suas formas, ao lado da consideração de um espaço de cidadania. Vemos, descrevemos, calculamos, organizamos, administramos a cidade de maneira perceptível. [...] E podemos dizer que um país é feito de muitas cidades distribuídas em sua superfície. Aí trazemos uma outra consideração, a de que se supõe uma localização territorial. Cidade e território são solidários.No território urbano, o corpo dos sujeitos e o corpo da cidade formam um, estando o corpo do sujeito atado ao corpo da cidade, de tal modo que o destino de um não se separa do destino do outro, em suas inúmeras e variadas dimensões: material, cultural, econômica, histórica etc. O corpo social e o corpo urbano formam um só.Para nossa época, a cidade é uma realidade que se impõe com toda sua força. Nada pode ser pensado sem a cidade como pano de fundo. Todas as determinações que defi nem um espaço, um sujeito, uma vida cruzam-se no espaço da cidade.ORLANDI, E. P. Cidade dos sentidos. Campinas: Pontes, 2004. p. 11.

A análise do texto autoriza afi rmar:

(01) A autora, ao defi nir a cidade como objeto de sua refl exão, explicita seu propósito de privilegiar o que ela signifi ca e o que nela é signifi cativo.

(02) Eni Orlandi chama a atenção do leitor para o seu modo diferente de abordar o tema.

(04) A articulação entre o homem, o tempo e o lugar é fundamental para que a cidade seja estudada em seus múltiplos sentidos.

(04) O ponto de vista escolhido pela autora para falar da cidade alicerça-se em estudos sociológicos realizados sobre o tema.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 68Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 68 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 69: Apostila enem

69

Proposição FALSA.No 1º parágrafo, a autora envolve questões relacionadas à história e à própria análise do discurso. No segundo parágrafo, encerra versando so-bre geografi a: cidade como “uma localização territorial.” Há um processo, no terceiro parágrafo, que beira uma análise psicológica do cidadão: “O corpo social e o corpo urbano formam um só.” Não se pode, desse modo, afi rmar que a autora “alicerça-se em estudos sociológicos realizados sobre o tema”, até porque ela não citou nenhum. Houve REDUÇÃO.

Proposição FALSA.O terceiro parágrafo diz justamente o contrário: “...estando o corpo do sujeito atado ao corpo da cidade...”. Houve CONTRADIÇÃO.

Proposição VERDADEIRA.A própria fonte “Cidade dos sentidos”, aliada à proposta lançada pela autora na introdução, demonstra a cidade como “um texto com múlti-plos sentidos”, que deve ser entendido, ou seja, “passível de refl exão”.

Proposição VERDADEIRA.Em nenhuma parte do texto, a autora defi ne o campo ou o cita como alternativa ao cidadão urbano. Isso simplesmente não está no texto. Houve EXTRAPOLAÇÃO.

(16) O crescimento das cidades no mundo atual sufoca os seres humanos, assim como os dispersa.

(32) A cidade funciona como um texto com múltiplos sentidos, passível de leituras ricas em refl exão.

(64) O texto defende a necessidade da volta ao campo como alternativa às difi culdades da vida nos centros urbanos.

Já há um bom tempo, esse texto vem rolando na Internet. Nossa mente não aceita o desconhecido, por isso qualquer pista que ela possa utilizar para a busca de um sentido, ela aproveita e processa uma mensagem. Muito interessante!

Pratique a análise de textos. Ela não envolve só a disciplina gramatical, mas todas as outras áreas do saber. Envolve o mundo que gira ao seu redor. Envolve o mundo que gira dentro de você. Desenvolva o hábito da leitura. Comece lendo aquilo que lhe atrai, que lhe interessa, que lhe “seduz” o olhar. Depois avance para outras leituras. Essa prática vai levá-lo à excelência. Antes de dizer “TCHAU!”, deixar-lhe-ei umas palavras muito interessantes de Paulo Freire, no afã de que você analise e refl ita sobre a importância delas.

“É PCIRESO LER O MDUNO PRAA LER A PVRALAA COM CTÊNOMPECIA”.

TCHAU!

>> NOSSO CÉREBRO É FANTÁSTICO!De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea,não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Sohw de bloa.

Anotações:

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 69Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 69 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 70: Apostila enem

70

ÇREDAÇÃO

Se você escrevia: vôo, enjôos, abençôo; eles vêem, lêem, crêem e dêem. Esqueça! O novo padrão ortográfi co

“aposentou” os acentos. Se atualize neste Módulo. Os resumos foram bolados para facilitar sua revisão. Use-os.

NOTÍCIAS ORTOGRÁFICASSe você escrevia: vôo, enjôos, abençôo; eles vêem, lêem, crêem e dêem. Esqueça!

O novo padrão ortográfi co “aposentou” os acentos. Por isso, comece a adotar a grafi a dessas palavras sem acento (voo, enjoos, abençoo; eles veem, leem, creem e deem).

E o trema? Tremeu tanto que fugiu. Palavras, como lingüiça, seqüestro e conseqüência grafadas com o trema sobre o “u” para indicar a pronúncia desse som distintivo, não serão mais acentuadas. A nova forma: linguiça, sequestro e consequência.

• Nova Regra: Não existe mais o trema em língua portuguesa. (Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano). PORTANTO: agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, freqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça PERDERÃO O TREMA E FICARÃO ASSIM: aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça.

Nosso alfabeto cresceu um pouquinho. Ele tinha 23 letras. Passará a 26. Isso porque as letras K, W e Y voltaram ao nosso abecedário, depois de terem fi cado um tempão de castigo, num exílio totalmente desnecessário.

Outra novidade é que os chamados acentos diferenciais como em PÁRA e PARA (com acento para indicar presença de VERBO e sem acento para indicar PREPOSIÇÃO) “evaporaram”. Nesse “estado gasoso”, portanto, foram embora os acentos das palavras PÁRA, PÓLO, PÉLO, PÉLA, PÊLO, PÊRA. A exceção fi ca para os diferenciais de tempo em PÔDE (pretérito perfeito/indicativo) e PODE (presente/indicativo), além de PÔR (verbo) e POR (preposição).

Até os agudos dos ditongos abertos ÉI e ÓI – nas paroxítonas – foram demitidos. Palavras como assembléia, plebéia, estréia, idéia, platéia, jóia, paranóia, bóia, jibóia, heróico perdem seus acentos e ganham “novo penteado”: assembleia, plebeia, estreia, ideia, joia, paranoia, boia, jiboia, heroico. O acento “emo” se foi.

Tudo isso e mais algumas novidades são conseqüências (esse treminha aí foi culpa do computador, que não está adaptado ainda ao novo regime, mas “vc” sabe que ele não existe mais...) do ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA, de 1990, que só foi de fato ofi cializado em maio do ano passado (2007), envolvendo países lusófonos (de língua portuguesa). Lula assinou o protocolo referente ao Acordo no dia 1º de janeiro de 2009. A contar desta data, os brasileiros terão três anos para adaptação às novas regras. Desse modo, o “bafômetro ortográfi co” vai se tornar obrigatório em 2012; mas é claro que a gente não vai fi car esperando até lá, não é verdade?

Comece a fazer sua revisão!

Para saber mais sobre o referido acordo, digite no Google a palavra “novo acordo ortográfi co” e satisfaça-se. Prefi ra sites do MEC ou de jornais conceituados. A última boa notícia é que os examinadores do ENEM, este ano, considerarão as duas formas: a antiga e a modifi cada.

Ok? Então bye! Vlw!

Luis Alberto

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 70Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 70 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 71: Apostila enem

71

• Nova Regra: Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas. PORTANTO: Estréia, assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico PERDERÃO O ACENTO E FICARÃO ASSIM: estreia, assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranóico.

OBSERVAÇÕES: Nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.

O acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.

• Nova Regra: O hiato 'oo' não é mais acentuado. PORTANTO: enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo PERDERÃO O ACENTO E FICARÃO ASSIM: enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo.

• Nova Regra: O hiato 'ee' não é mais acentuado. PORTANTO: crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem PERDERÃO TAMBÉM O ACENTO E FICARÃO ASSIM: creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem.

• Nova Regra: O alfabeto agora é formado por 26 letras. PORTANTO: 'k', 'w' e 'y', que não eram consideradas, ofi cialmente, letras do nosso alfabeto, VOLTAM A VIGORAR com toda pompa e serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: Milk shake, black out, Washington, Wellington, Walter, walk man, playground, km, watt, Byron, jet sky etc.

O acordo entrará em vigor a partir de janeiro de 2009, mas a norma atual e a prevista poderão ser usadas e aceitas ofi cialmente até dezembro de 2012. Ou seja: por enquanto, tanto faz como tanto fez, todavia recomendo a todos que comecem a entender e escrever adaptando-se às novas regras. Esteja sempre pronto!

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESAUM CONVERSOR PARA FACILITAR O TRABALHO

Para quem ainda não sabe, a partir de janeiro de 2009 entra em vigor o novo acordo ortográfi co, as mudanças no idioma visam universalizar a língua portuguesa. Facilitando o intercâmbio cultural entre os países lusófonos, entre outras coisas.

No Brasil 0,5% das palavras sofrerão modifi cações, em Portugal e nos restantes países lusófonos, as mudanças afetarão cerca de 2.600 palavras, ou seja, 1,6% do vocabulário total.

Seguindo uma sugestão do Inagaki decidi criar um conversor ortográfi co, a principal difi culdade, além das regras que já não são simples, foi encontrar essas regras resumidas em um único local.

O conversor ortográfi co está pronto e pode ser acessado aqui e para facilitar ainda mais a sua vida e a minha decidi publicar esse resumão com as principais mudanças:

• Nova Regra: Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas.

• Regra Antiga: Pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra (substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo).

• Como Será: Para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo).

OBSERVAÇÃO: O acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por'.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 71Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 71 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 72: Apostila enem

72

ÇREDAÇÃO• Nova Regra: Não se acentua mais a letra 'u' nas formas

verbais rizotônicas, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 'i' (gue, que, gui, qui).

• Regra Antiga: Argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe.

• Como Será: Argui, apazigue,averigue, enxague, ensaguemos, oblique.

• Nova Regra: Não se acentua mais 'i' e 'u' tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo.

• Regra Antiga: Baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme

• Como Será: Baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume.

HÍFEN• Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras

formadas de prefi xos (ou falsos prefi xos) terminados em vogal + palavras iniciadas por 'r' ou 's', sendo que essas devem ser dobradas.

• Regra Antiga: Ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografi a, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível.

• Como Será: Antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografi a, suprarrenal, suprassensível.

OBSERVAÇÃO:Em prefi xos terminados por 'r', permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.

• Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefi xos (ou falsos prefi xos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal.

• Regra Antiga: Auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar,

extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado.

• Como Será: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado.

OBSERVAÇÕES: Esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.

Esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h': anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.

• Nova Regra: Agora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefi xo (ou falso prefi xo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.

• Regra Antiga: Antiibérico, antiinfl amatório, antiinfl acionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico.

• Como Será: Anti-ibérico, anti-infl amatório, anti-infl acionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico.

OBSERVAÇÕES: Esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefi xo termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefi xo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen.

Uma exceção é o prefi xo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o', NÃO utliza-se hífen.

• Nova Regra: Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição.

• Regra Antiga: Manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento.

• Como Será: mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, parachoque, paravento.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 72Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 72 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 73: Apostila enem

73

OBSERVAÇÕES: O uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-fl or, couve-fl or, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.

O USO DO HÍFEN PERMANECE

• Em palavras formadas por prefi xos 'ex', 'vice', 'soto': ex-marido, vice-presidente, soto-mestre.

• Em palavras formadas por prefi xos 'circum' e 'pan' + palavras iniciadas em vogal, M ou N: pan-americano, circum-navegação.

• Em palavras formadas com prefi xos 'pré', 'pró' e 'pós' + palavras que tem signifi cado próprio: pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação.

• Em palavras formadas pelas palavras 'além', 'aquém', 'recém', 'sem': além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto.

NÃO EXISTE MAIS HÍFEN

• Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais): cão de guarda, fi m de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc.

• Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa.

CONSOANTES NÃO PRONUNCIADAS

Fora do Brasil foram eliminadas as consoantes não pronunciadas:

• Ação, didático, ótimo, batismo em vez de acção, didáctico, óptimo, baptismo.

GRAFIA DUPLA

De forma a contemplar as diferenças fonéticas existentes, aceitam-se duplas grafi as em algumas palavras:

• António/Antônio, facto/fato, secção/seção.http://educacao.ig.com.br/acordo_ortografi co/noticias/2008/09/05/homens_de_camisola_e_calcinha_1667683.html

Homens de camisola e calcinha? Algumas difi culdades de comunicação a reforma não resolve... Mônica Magalhães

Depois de dez minutos e uma grande bicha na paragem, subimos no autocarro e tivemos uma péssima surpresa: ele estava lotado por uma claque! Foi desagradável viajar ao lado daqueles homens barulhentos, todos vestidos com camisolas iguais, então perdemos a paciência e descemos antes da hora. Andamos um troço a pé e logo chegamos à praia.

Foi um sábado bué fi xe, mesmo eu tendo-me esquecido do fato de banho... fi quei um pouco envergonhado porque tive de nadar de calcinhas! Mais tarde comemos umas sandes de fi ambre, compramos umas imperiais e sumo para o puto, e também uns rebuçados e pastilhas elásticas.

No dia seguinte estava um briol, deixamos o pequeno no hotel lendo uma banda desenhada e fomos a uma casa de pasto muito gira, mas cheia de betos. À noite, pegamos o comboio de volta para casa. Com o preço das portagens, não vale a pena viajar de automóvel!

Percebeste?

TRADUÇÃO

“Em brasileiro”, como dizem os portugueses, a história fi ca assim:

Depois de dez minutos e uma longa fi la no ponto, subimos no ônibus e tivemos uma péssima surpresa: ele estava lotado por uma torcida organizada! Foi desagradável viajar ao lado daqueles homens barulhentos, todos vestidos com camisetas iguais, então perdemos a paciência e descemos antes da hora. Andamos um trecho a pé e logo chegamos à praia.

Foi um sábado muito legal, mesmo eu tendo esquecido o calção... fi quei um pouco envergonhado porque tive de nadar de cueca! Mais tarde comemos uns sanduíches de presunto, compramos uns chopes e suco para o menino, e também umas balas e chicletes.

No dia seguinte estava muito frio, deixamos o pequeno no hotel lendo uma história em quadrinhos e fomos a um restaurante muito chique, mas cheio de mauricinhos. À noite, pegamos o trem de volta para casa. Com o preço dos pedágios, não vale a pena viajar de automóvel!

Entendeu?

Palavras conhecidas, signifi cados nem tanto!Confi ra a lista de palavras com diferentes signifi cados em Moçambique e em Portugal.

Isis Nóbile Diniz

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 73Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 73 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 74: Apostila enem

74

ÇREDAÇÃOEM MOÇAMBIQUE:

Autoclismo – DescargaBanheira – Café com leiteCarrinha – CarroChapa – LotaçãoChávena – Xícara grandeFixe – Muito bacanaGiro – Bacana demaisGrelha – Grade de canais de TVMachimbombo – ÔnibusManingue nice – Muito bacana mesmoMata-bichar – Tomar o café da manhãMata-bicho – Café da manhãPica – InjeçãoPrego montado – Bife dentro do pão com batataPrego no prato – Pão e bife servidos no pratoRabo – BumbumRola – BannerSondagens – SugestõesXícara – Café expresso

EM PORTUGAL:

Alcatifa – CarpeteApelido – SobrenomeAutocarro – ÔnibusBica – CaféBicha – FilaCanadiano – CanadenseCandeeiro – Abajur ou lampiãoComboio – TremEngraçar – Tornar-se agradávelEstúpido – Pessoa sem inteligênciaGaja – FulanaGare – Estação de tremGelado – SorveteInteressante – Pessoa belaMorada – EndereçoParagem de autocarro – Ponto de ônibusPastel – Uma espécie de doceQuarto de banho – BanheiroTasca – BotecoTelemóvel – Celular

Uma palavra, mil e um signifi cadosDependendo do país onde está sendo empregada, uma palavra pode ter vários signifi cados diferentes Isis Nóbile Diniz

Chapa, em Moçambique, signifi ca lotação e em Portugal, apelido é sobrenome. As interferências de línguas nativas dos países e a época em que foram colonizados fi zeram a mesma língua (no caso, a portuguesa) ganhar aspectos diferentes, segundo a professora de fi lologia e língua portuguesa da Universidade de São Paulo (USP), Ieda Maria. “No Brasil, os portugueses se instalaram para morar e trabalhar. Nas colônias africanas, a relação era de domínio, por isso eles falam de uma forma mais semelhante à Portugal”, diz Ieda.

Atualmente, nos países africanos, além do português, é comum a população conversar em dialetos ou ainda misturar ambos. Mesmo em Angola, país de pronúncia ligeiramente semelhante ao Brasil, a maioria dos cidadãos começaram a falar português a partir da metade do século XX. Na Ásia, o site do governo de Timor Leste possui versão em inglês, português e tétum – língua nativa do local.

Para entender a mesma língua“As palavras diferentes, provenientes do outro país, não causam muita difi culdade. A conversa torna-se confusa quando os estrangeiros de língua portuguesa usam palavras iguais que possuem sentido distinto no país deles”, afi rma Ieda. Gabriel Borges, diretor de arte, que há quatro meses se mudou de São Paulo para trabalhar em Moçambique, entende perfeitamente o que a professora diz. Ao chegar ao desconhecido país, pediu um simples café com leite para o garçom. “Ele trouxe um copo de café e, ao lado, uma xícara de leite”, conta. “No país africano, o café com leite como se toma no Brasil é chamado de 'banheira'”, diverte-se.

Lucas Bonanno, jornalista que trabalha nas Nações Unidas, está há um ano e meio em Moçambique e já passou por diversas situações embaraçosas com relação ao texto. “Os africanos que falam português usam muito 'tu' e 'ti', raramente 'você'”, conta. “E as palavras também são escritas de forma diferente. Eu fi cava na dúvida se, por exemplo, escrevia 'registro' ou 'registo', respectivamente, como no Brasil e na África”, afi rma Bonanno. O carioca Vitor Chateaubriand, estagiário do Banco Mundial, estranhou o modo que os portugueses e moçambicanos pedem um suco: “'Estou a pedir um refresco'. O presente é feito no infi nitivo, não ouço gerúndio por aqui”.

O uso das palavras estrangeiras é outro detalhe que gera confusão entre os falantes da mesma língua. O Brasil é infl uenciado pela cultura norte-americana. Moçambique adota

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 74Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 74 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 75: Apostila enem

75

palavras em inglês provenientes da África do Sul. “Os moçambicanos até criaram um verbo novo para 'trabalhar', é o 'jobbar'”, afi rma Borges. “A população portuguesa possui uma relação cultural com o francês da mesma maneira que temos com os Estados Unidos”, conta Ieda. No lugar de café da manhã, os portugueses dizem “pequeno almoço” proveniente de “petit déjeuner”. Porão é intitulado “rés do chão”, do francês “rés de chaussée”. Os carros são conduzidos - de “conduire”.

Apesar de todas as diferenças, os entrevistados garantem que é fácil entender o português dos outros países. Com exceção das frases ditas rapidamente e quando o sotaque - ou acento, como se diz em Portugal – for enérgico. “A dica que dou para quem for viajar para outro país é tomar cuidado com a cultura, legislação e costumes locais. Em Moçambique, quem falar um palavrão para alguém pode até ser preso”, diz Borges. Já as demais gafes devem ser motivo de muita risada.http://educacao.ig.com.br/acordo_ortografi co/noticias/2008/09/05/uma_palavra_mil_e_um_signifi cados_1667665.html

Lula assina decreto para vigência do Acordo Ortográfi coO acordo entrará em vigor em janeiro de 2009, mas a norma atual será aceita ofi cialmente até dezembro de 2012

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira, em sessão solene na Academia Brasileira de Letras, o decreto que estabelece o cronograma para a vigência do Acordo Ortográfi co entre os países de Língua Portuguesa e orienta a sua adoção. O iG já adota, desde 7 de setembro, as normas instituídas na reforma ortográfi ca nos textos produzidos por sua redação. A antecipação é uma forma de demonstrar o apoio do portal às novas regras e colaborar para que os brasileiros se ambientem com o novo estilo de escrever.

O acordo entrará em vigor a partir de janeiro de 2009, mas a norma atual e a prevista poderão ser usadas e aceitas ofi cialmente até dezembro de 2012.

A reforma ortográfi ca foi aprovada em dezembro de 1990 por representantes de sete países que falam Português – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Em 2004, o Timor-Leste aderiu ao projeto dois anos após obter sua independência da Indonésia.

Para entrar em vigor, o acordo precisava da ratifi cação de no mínimo três países, o que foi conseguido em 2006 com Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, enquanto o Parlamento de Portugal aprovou em maio deste ano.

Segundo o Ministério da Educação, o acordo ampliará a cooperação internacional entre os oito países ao estabelecer uma grafi a ofi cial única do idioma. A medida também deve facilitar o processo de intercâmbio cultural e científi co entre as nações e a divulgação mais abrangente da língua e da literatura.

MudançasA reforma ortográfi ca estabelece 21 bases de mudanças na Língua Portuguesa. Entre as novas regras estão o retorno das letras K, W e Y ao alfabeto e a supressão defi nitiva do trema e dos acentos agudos de palavras paroxítonas cujas sílabas tônicas sejam éi e ói (como em jibóia, Coréia, jóia, que viram jiboia, Coreia e joia).

O acento diferencial de palavras como pólo e pára (que viram polo e para) e as regras de hifenização (anti-semita vira antissemita) também sofrerão mudanças – mas, como toda regra ortográfi ca, sempre acompanhada de exceções.

NO BRASIL É: EM PORTUGAL É:abridor tira-cápsulas

açougue talho

aeromoça hospedeira de bordo

água sanitária lixívia

água-viva alforreca

antiguidades velharias (antiguidades)

aposentado reformado (aposentado)

apostila sebenta

banheiro casa de banho

blusão camisola

bonde eléctrico

brega piroso

cafezinho bica (usado mais em Lisboa)

caixa, caixinha boceta

calcinha cueca

conversível descapotável

encanador picheleiro

esparadrapo penso rápido

estacionar aparcar (estacionar)

fi la bicha

grampeador agrafador

infl ável insufl ável (infl amável)

injeção pica (injecção)

meias peúgas

multa coima (multa)

ônibus autocarro

pedestre peão

peruca capachinho (peruca)

ponto de ônibus paragem

salva-vidas banheiro

sanduíche sandes

suco sumo

trem comboio

xícara chávena

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 75Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 75 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 76: Apostila enem

76

ÇREDAÇÃOPORTUGUÊS DO BRASIL – PORTUGUÊS DE PORTUGALAbsorvente feminino: Penso higiênico

Alô? Está lá?

Camisinha: Durex

Durex: Fita-cola

Cafezinho: Bica

Calcinha: Cueca

Cego: Invisual

Chiclete: Pastilha Plástica

Comissária de Bordo: Hospedeira

Dentista: Estomatologista

Embebedar-se: Enfrascar-se

Ficar Menstruda: Estar com Histórias

Fila: Bicha

Garis: Almeidas

Grupo de Crianças: Canalhas

Homessexual: Paneleiro

Impostos: Propinas

Injeção: Pica

Mulherengo: Marialva

Pãozinho francês: Cacete

Peruca: Capachinho

Professor Particular: explicador

Salva Vidas de Praia: Banheiros

Sapatão: Fufa

Sanitário: Salva-Vidas

Tesão: Ponta

Um Adolescente: Um puto

Diferenças à parte, quem for a Portugal não deve deixar de provar um delicioso tira-gosto: uma rica porção de bacalhau, cru e desfi ado. Nem deve se apoquentar se o empregado de mesa (garçom para nós) gritar bem alto:

“Uma punheta para a mesa oito!?”

Uma vez, num vilarejo do interior, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria burros por R$10,00 cada. Os aldeões sabendo que havia muitos burros na região iniciaram a caça aos burros.

O homem comprou centenas de burros a R$10,00 e então os aldeões diminuíram seu esforço na caça. Então o homem anunciou que agora pagaria R$20,00 por cada burro e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamente à caça.

Logo, os burros foram escasseando cada vez mais e os aldeões foram desistindo da busca. A oferta aumentou para R$25,00 e a quantidade de burros fi cou tão pequena que já não havia mais interesse na caça.

O homem então anunciou que agora compraria cada burro por R$50,00! Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos burros.

Na ausência do homem, seu assistente disse aos aldeões:

- Estão vendo todos estes burros que o homem vos comprou? Eu posso vendê-los por R$35,00 a vocês e quando o homem voltar da cidade, vocês podem vender-lhos de volta por R$50,00 cada.

Os aldeões, espertos, pegaram em todas as suas economias e compraram todos os burros ao assistente.

Eles nunca mais viram o homem ou seu assistente, somente burros por todos os lados.

Agora você entendeu como funciona o mercado de ações?

http://www.perguntascretinas.com.br/2008/11/25/entendendo-a-crise/

Melhor resposta - Escolhida por votaçãoCRISE ECONÔMICA

A crise econômica global que assusta a todos nós na atualidade não é nova. As suas raízes estão no início dessa década, com dois eventos: a queda do setor e os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Naquela época, com a sua economia fragilizada, o governo dos Estados Unidos reduziu os juros, o que é uma forma usada para incentivar o consumo. Com juros menores, as pessoas compram e fi nanciam mais, e a economia ganha força.

Os americanos, aos milhões, tiraram proveito dos juros baixos para fi nanciar casas e apartamentos. As suas dívidas aumentaram consideravelmente. A situação econômica era estável, e todos esperavam poder pagar os compromissos sem maiores problemas.

Pois a situação econômica foi piorando, a infl ação aumentou, e os juros tiveram que ser aumentados pelo governo. Os fi nanciamentos, muitas vezes, tinham juros variáveis, fazendo com que pessoas que fi nanciaram com juro baixo tivessem que, agora, pagar um juro mais alto.

Essa situação atingiu, em especial, os consumidores "sub-prime", justamente pessoas de baixa renda, com histórico de mau pagamento e uma vida fi nanceira instável.

Essas pessoas deixaram, aos milhões, de pagar os seus empréstimos. Com isso, as fi nanciadoras da casa própria

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 76Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 76 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 77: Apostila enem

77

foram atingidas. Essas fi nanciadoras, por sua vez, não pagaram os bancos, que também foram atingidos. Logo, companhias seguradoras, outros bancos e o mercado da bolsa de valores estavam, todos, envolvidos na crise.

A crise tem muitos culpados. Consumidores iludidos com a situação fi nanceira do país e que tomaram empréstimos que não poderiam pagar. Financiadoras que cobraram juros bem maiores que os de mercado para emprestar para quem não tinha histórico de bom pagamento. O governo central, que deixou a situação rolar sem interferir.

Em um mundo globalizado, consumidores, empresas, governos e mercados estão, todos, interligados. Isso pode ser para o bem ou para o mal de todos. Nesse caso, todos nós saímos prejudicados com a ganância dos bancos norte-americanos.

O Brasil, por fi m, perde muito com a crise. Os juros bancários aumentam, a bolsa cai, o dólar sobe e o nosso país sofre. Esperamos que nem muito e nem por muito tempo.

SOLUÇÃO PARA A CRISE ECONÔMICA?

Mês de agosto, às margens do Mar Negro. Chovia muito e o vilarejo estava totalmente abandonado. Eram tempos muito difíceis e todos tinham dívidas e viviam de empréstimos. De repente, chega ao vilarejo um turista muito rico. Entra no único hotel do vilarejo, coloca sobre o balcão uma nota de 100 euros e sobe as escadas para escolher um quarto. O dono do hotel pega os 100 euros e corre para pagar sua dívida com o açougueiro. O açougueiro pega o dinheiro e corre para pagar o criador de gado. O criador pega o dinheiro e corre para pagar a prostituta do vilarejo, que por conta da crise, trabalhou fi ado. A prostituta corre para o hotel e paga o dono pelo quarto que alugou para atender seus clientes. Nesse instante, o turista desce as escadas após examinar os quartos, pega o dinheiro de volta, diz que não gostou de nenhum dos quartos e abandona o vilarejo.Ninguém lucrou absolutamente nada, mas toda a aldeia vive hoje sem dívidas, otimista por um futuro melhor...

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA CRISE ECONÔMICAA redução das atividades econômicas nos EUA pode nos afetar de forma mais direta através da queda em nossas exportações para os EUA e indireta, pela queda em nossas exportações para outros países.

O aumento do repasse de lucros obtidos por empresas americanas no Brasil para os EUA, como forma de redução dos prejuízos em suas sedes.

Queda no nível de investimento produtivo no Brasil, principalmente por empresas com sede nos EUA e

Europa, o que poderia freiar ou reverter a ampliação do emprego no Brasil.

A depreciação cambial, embora tenha um lado compensador e muito positivo, pode gerar difi culdades em nossas importações limitando o avanço de nossa indústria, ainda dependente de maquinário importado e tecnologias estrangeiras. Principalmente grandes produtores agrícolas.

Enfi m a interferência é bastante ampla e tende a ter um efeito multiplicador negativo na economia. Mas nem tudo está perdido e está muito cedo para darmos diagnósticos precisos.

Ou seja, o Brasil é atingido por tal crise, no entanto, num ritmo bem menor do que as crises no passado (apesar da intensidade dessa ser muito maior). Isso ocorre por uma infi nidade de razões que em conjunto corroboram para o distanciamento de nossa economia da atual crise, algumas dessas razões são históricas, outras mais atuais. Algumas conjunturais, outras mercadológicas.

Historicamente falando, desde que Itamar Franco montou a equipe econômica responsável pelo que viria ser o Plano Real, o Brasil fi nalmente entrou num caminho coerente e correto. Com o advento do Plano Real veio a estabilidade e o mais importante o fi m da infl ação, que signifi cou a maior transferência de renda aos mais pobres, talvez, da história do Brasil (embora ninguém perceba e reconheça isso). Ainda no governo FHC, foram inúmeras as crises que colocaram em xeque a credibilidade do recém criado Plano e que nos afetaram imensamente mais que a atual crise, prova disso foi a empírica necessidade de fl exibilização cambial (algo que os argentinos não fi zeram e quebraram). O sucesso do Plano Real e a capacidade do país em agir de forma rápida e correta, no tempo certo, conferiu ao Brasil enorme credibilidade internacional. Algo que só poderia ser revertido com o advento do Governo Lula.

No entanto, o atual Governo, prosseguiu com os preceitos do Plano Real e sabiamente manteve como meta fulcral o controle infl acionário. A passagem de governo se fez de forma democrática e sem surpresas o que conferiu ao país um fortalecimento de nossas instituições democráticas e um compromisso efetivo de longo prazo que transcede a fi gura do governante. Este é um dos pontos mais importantes que uma economia pode almejar: CREDIBILIDADE. Ponto para Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva.

Já no campo histórico recente, temos desde o ano passado uma melhora substancial nos preços das comódites o que levou o Brasil à berlinda. Ou seja, a alta nos preços de minério de ferro, petróleo, alimentos (vide a crise de alimentos), carne (vide a crise da gripe aviária e o mal da vaca louca), leite e a cana de açúcar (biocombustíveis e etanol). Tudo isso

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 77Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 77 11/09/09 20:1311/09/09 20:13

Page 78: Apostila enem

78

ÇREDAÇÃOmanteve o Brasil na mídia internacional por quase todo o ano de 2007 e 2008, fazendo com que o mundo visse o Brasil de forma como jamais viu, ou seja, um personagem capaz de infl uenciar de fato os rumos da economia mundial. A isso tudo somasse as recentes descobertas de petróleo, pesquisas no campo de combustíveis alternativas e o surgimento de gigantes multinacionais brasileiras que passam a atuar com enorme agressividade em âmbito global (destaque para a Embraer, WEG, Vale, Cemig, Petrobrás etc.). Isso tudo conferiu ao Brasil: FOCO. Algo que até então não tinhamos. Este foco foi fundamental para que atingíssemos o tal sonhado "investment grade".

Existe ainda uma questão conjuntural na economia brasileira que não permite que nossas instituições bancárias atuem em mercados externos de forma direta. Isso protegeu nossas instituições, pois elas não foram afetadas diretamente com a crise iniciada nos EUA, da forma com que as instituições européias e asiáticas (japonesas principalmente) foram. Em outras palavras, nenhuma instituição com sede no Brasil se envolveu de forma direta e indireta com as hipotecas nos EUA. Portanto, todo o efeito que nos assola (como a derrapada do iBovespa hoje), é indireto e tem haver com expectativas dos agentes econômicos internacionais no que tange ao redirecionamento em seus investimentos para tentar minimizar os seus prejuízos e não por medo de inadimplência ou por desacordo com os pilares de nossa economia, algo que ocorreu de forma insana e infundada à época do Governo FHC. Neste quesito fi ca claro que mesmo o Brasil é atingido pela referida crise, porém de forma muito mais indireta do que antes.

Por fi m, a questão mercadológica. Embora com uma população imensamente menor que a Índia e China, nossa população está muito mais apta (e ávida) ao consumo que naqueles países. Ou seja, precisamos muito pouco para fomentar um exército de consumidores capaz de atrair investimentos produtivos e o mais importante: mudar o foco externo para interno. Mas o que isso quer dizer? Resumidamente, se a queda na demanda lá fora gerar queda em nossas exportações, seriamos capazes de focar a demanda interna com maior rapidez e dinamismo que em mercados emergentes como a China e Índia e/ou mercados em crises como os EUA e a União Européia. Isso por si só explicaria uma série de fatos em nossa economia como por exemplo: a) a vinda de capital produtivo; b) a avidez de grandes empresas e bancos internacionais em atuar no Brasil (vide a postura do Santander, por exemplo); c) o intenso crescimento de setores a muitos anos estagnados como a construção civil, por exemplo; d) o aumento astronômico na venda de carros e bens duráveis; e) o aumento na procura por passagens aéreas e pacotes turísticos internacionais etc. *Somasse a isto o PAC, que

injetará nos próximos anos, bilhões de reais na economia, estruturar nossa logística interna provocando um efeito multiplicador positivo, por meio de criação de novos postos de trabalho e aumento na arrecadação de impostos.

Enfi m, estes são alguns pontos que explicam o nosso distanciamento da atual crise mundial, que já é considerada a pior desde 1929. Mas, mesmo assim, não somos imunes a ela.

Há de se ter em mente que os EUA não estão mais sozinhos como a grande locomotiva do mundo** (embora muitos ainda relutem em aceitar isso). O fortalecimento da União Européia, a China, a Índia, a forma com que os emergentes (em certas questões lideradas pelo Brasil) agem, o avanço de nações asiáticas etc, fazem com que o mapa de poder geopolítico se dissipe e se torne mais amplo, aceitando novos personagens que tendem a partir de agora aumentar sua participação no bojo das grandes decisões mundiais e o momento é muito favorável ao Brasil.

Esta é minha opinião.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 78Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 78 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 79: Apostila enem

79

A Crise econômica nas charges do cartunista Angel Boligan!

DICAS RETIRADAS DO FÓRUM CORREIO WEB, SOBRE A PRF EM 22/01/07:Traquilidade galera!!!

Dicas preciosas para tirar nota máxima na redação do CESPE:

Foram postadas por um colega de nick GELADO no antigo fórum da PF.

Segui as dicas e quase fechei na redação.

Receita de bolo.

ATENDENDO A PEDIDOS, E SEM COBRAR, ABAIXO LISTAREI A RECEITA PARA UMA REDAÇÃO NOTA MÁXIMA.

A dica a seguir é para uma redação de 30 a 60 linhas.

1) não invente. Se não pedir para por o título, não ponha.

2) Não use, jamais, a primeira pessoa do singular.

3) SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE, para uma redação de 30 a 60 linhas, escreva, no máximo, 40 linhas.

O professor que for corrigir já vai começar *&¨%ç+ da cara a ter de corrigir redações longas. Além do que, quanto mais escrever, maiores as chances de errar.

O corretor não quer saber de seus esdrúxulos pensamentos longos. Fale *&¨%+, mas fale pouco.

4) SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE faça a seguinte estrutura:

.....uma introdução, com 6 ou, no máximo, 7 linhas.

.....APENAS dois parágrafos de desenvolvimento, com 10 a 12 linhas.

.....uma conclusão, com 7 a, no máximo, 9 linhas.

Ou seja, sua redação terá 4 parágrafos apenas. Introdução + desenvolvimento 1 + desenvolvimento 2 + conclusão.

QUANTO AO CONTEÚDO:

---- na introdução, defi na, de forma geral, o tema. Apenas defi na. Mais nada.

EXEMPLO: O tema é "a violência".

Então comece sua redação defi nindo:

" a violência é....." uma defi nição simples. Concisa... sem palavras difíceis, nem palavras excessivamente comuns.

EXEMPLO: "A violência é um grave problema social. Ela destrói os valores....etc....etc..."

Vá assim até, no máximo 7 linhas. Não passe disso. Faça frases pequenas. Não tenha medo de usar o ponto fi nal bastante. Na dúvida, entre ponto, vírgula e ponto e vírgula, use sempre o ponto.

Ainda na introdução, na última linha da introdução, faça uma chamada para os dois desenvolvimentos.

Ainda seguindo o exemplo acima, defi nindo violência, poderia usar a última frase como assim: "a violência destrói os valores da sociedade e colabora para a perpetuação das disparidades sociais".

VEJA QUE ESTA FRASE POSSUI DOIS NÚCLEOS: destruir valores da sociedade ...e... perpetuação das disparidades sociais.

Estes dois núcleos serão os núcleos de cada parágrafo dos desenvolvimentos.

No parágrafo 2 (desenvolvimento 1), use o primeiro núcleo: destruir os valores da sociedade. Fale apenas sobre isso. Cite, se for o caso, exemplos. Explique o que é isso (não esqueça que o parágrafo, obrigatoriamente, deve ter de 10 a 12 linhas).

No terceiro parágrafo (desenvolvimento 2) use o outro núcleo: "perpetuar disparidades sociais". Fale sobre isso, defi na isso. Cite exemplos. Não esqueça, também de 10 a 12 linhas.

FINALMENTE O 4º E ÚLTIMO PARÁGRAFO, CONCLUSÃO Volte ao tema inicial, agora dando a sua pessoal defi nição para isso, e mostrando uma possível solução para o problema. (cuidado com o máximo de 7 a 9 linhas).

Pronto....

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 79Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 79 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 80: Apostila enem

80

ÇREDAÇÃOApós fazer a redação dê uma lida novamente. Substitua palavras que você tem dúvida na ortografi a por sinônimas.

Passe a limpo, respeitando alinhamento (deixe sua redação "justifi cada", usando uma linguagem de informática).

CUIDADO COM A VÍRGULA. NA DÚVIDA EM POR OU NÃO VÍRGULA, INSIRA UMA EXPRESSÃO QUE ASSIM VOCÊ NÃO TERÁ DÚVIDAEXEMPLO: você tem a frase "A violência destrói os valores com uma força insuperável". Você acha que pode haver uma vírgula: "A violência destrói os valores, com uma força insuperável".

Pegue e desloque a expressão... "A violência, com uma força insuperável, destrói os valores" ou insira uma expressão estranha, "a violência destrói os valores, usando da própria natureza humana, com uma força insuperável".

Copirght, gelak, todos os direitos reservados.

Proibida a publicação ou cópias, salvo se citado a fonte e o autor.

Enfi m, amigos e secadores, esta é uma sugestão de quem, em três redações seguidas tirou 5, pelo CESPE.

Forte Abraço

Só para terminar as dicas galera... FUIIIII!

AMIGOS, MALUCOS E DEMAIS...

REDAÇÃO É COMO REGRA DE BOLO.

Um parágrafo inicial de no máximo sete ou oito linhas onde você vai defi nir o tema... apenas defi nir o tema..apenas defi nir o tema...apenas...

Dois ou três parágrafos de desenvolvimento onde você vai mostrar pontos diferentes acerca do tema que deveria ter defi nido no primeiro (cada parágrafo no máximo, no máximo, no máximo, no máximo... com 10, 11 linhas).

Finalmente, uma conclusão, de no máximo, no máximo, no máximo, 7 ou 8 linhas, onde você vai se posicionar (não use a primeira pessoa, tá fi lhinho?) sobre o tema.

Acabou...

Tirei 5 (nota máxima) e escrevi 34 linhas... e chega...

Agora tem gente que acha que é escritor... escreve quase 60 linhas... às vezes nem cabe... daí toma choque mesmo.

Tem gente que acha que tem que pôr título... toma mais choque...

Tem gente que acha que é parente do Machado de Assis... começa a escrever palavras desconhecidas... visivelmente forçando a amizade... "VOCABULÁRIO INADEQUADO" neles!!!

Tem gente que nunca foi professor na vida, muito menos de português e acha que o corretor fi ca feliz com uma redação de quase 60 linhas.

Pelo amor de Deus... escrevam 30, 31, e acabou, fi lhinhos... quanto mais escreve mais erra... sabiam?

EXEMPLO PARA VOCÊS, AMIGOS... Tema: "A REDAÇÃO EM UM CONCURSO"

Comecei..

PARÁGRAFO 1 - INTRODUÇÃO

"A redação é uma maneira subjetiva de avaliar a compreensão dos candidatos. Ela avalia tanto a correção gramatical, quanto a forma de se expressar” etc.

(Continua falando aproximadamente umas 7 linhas sobre o que é redação... na última linha você puxa os dois ou três parágrafos de desenvolvimento).

PARÁGRAFO 2 - DESENVOLVIMENTO, PARTE 1

"Por um lado, a redação possibilita a avaliação crítica do conhecimento adquirido pelo candidato etc". Neste parágrafo, amigos, falem o parágrafo todo, o parágrafo todo, o parágrafo todo sobre a frase inicial. Não mude o enfoque senão você toma choque na estruturação do período. Fale mais ou menos 10 ou 11 linhas.

PARÁGRAFO 3 - DESENVOLVIMENTO 2

"Em outro ponto, a redação permite uma maneira subjetiva de se julgar os candidatos etc."

Agora queridos, falem todo o parágrafo, todo o parágrafo, todo o parágrafo sobre este período inicial. Não mude o assunto, mesmo que você tenha ideias genais, que eu sei que tem, mas pelo amor de deus, não mude o assunto. Senão você toma mais choque.

PARÁGRAFO 4 - CONCLUSÃO

"A redação precisa ser analisada dentro de aspectos de isonomia de tratamento e de critérios pré-estabelecidos”Agora na conclusão use suas ideias geniais para propor soluções. No máximo 6 ou 7 linhas.

Você pergunta: por que esse rigor quanto ao número de linhas?

Ora, você tem de escrever entre 30 e 60, essa quantidade que sugeri refere-se a, aproximadamente, 35 linhas.

Não estou me achando o melhor de todos, apenas é um conselho de quem tirou 5,00 no último concurso, tirei 5,00 na civil e 4,90 no penúltimo para a PF.

OBS.: Não conheço nenhum professor do CESPE, e nem quero conhecer.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 80Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 80 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 81: Apostila enem

81

Em vez de você fi car procurando a mutreta dos outros candidatos, estude mais, pratique mais redação e não confunda fazer dissertação com mostrar para alguém que você tem alma de poeta.

Eles não querem poetas, nem escritores, senão teriam pedido uma poesia ou livro. Eles querem pessoas simples, diretas e sem muito nhem nhem nhem nhem...

Um abraço.

OS 10 MANDAMENTOS PARA UMA BOA REDAÇÃO:• Preste atenção quanto à modalidade de texto proposto

(dissertação, carta argumentativa ou qualquer outro);

• Leia os textos de apoio. Eles estão lá para auxiliá-lo;

• Organize suas ideias. Pense antes de começar a escrever;

• Jamais fuja do tema proposto;

• Seja coerente e coeso. Estes são pontos fundamentais para a elaboração de uma redação;

• Tenha cuidado com a gramática. Evite o uso de gírias, expressões populares e palavras estrangeiras;

• Evite o uso de parágrafos muito longos;

• Fique atento à concordância verbal. Tenha o cuidado de fl exionar corretamente os verbos quando usá-los no gerúndio ou no particípio;

• O texto deve ter uma sequência lógica;

• Faça uma letra legível, afi nal de contas não adianta nada seguir os outros conselhos e redigir seu texto com uma caligrafi a impossível de ser lida.

O SAL DA TERRA“Vós sois o sal da terra”, diz Jesus. “Se o sal perde o sabor, para que servirá?”

O sal não é um alimento. Não podemos sobreviver muito tempo comendo apenas sal. Sozinho, o sal signifi ca muito pouco.

Entretanto, na medida em que o sal se relaciona com os outros alimentos, sua presença afeta tudo. Não podemos vê-lo, mas sabemos que está ali, porque sua força se faz sentir. Uma pitada a mais pode estragar um prato. A falta de sal faz com que uma excelente comida perca o gosto e a personalidade.

Somos o sal da terra. Quando nos misturamos com os outros, quando nos fazemos presentes na medida exata – sem excesso e sem omissão – estamos justifi cando nossas vidas.http://colunas.g1.com.br/paulocoelho/2008/01/20/o-sal-da-terra/

O SAL DA TERRA – BETO GUEDESCOMPOSIÇÃO: BETO GUEDES/RONALDO BASTOS

Anda!Quero te dizer nenhum segredoFalo nesse chão, da nossa casaBem que tá na hora de arrumar...

Tempo!Quero viver mais duzentos anosQuero não ferir meu semelhanteNem por isso quero me ferirVamos precisar de todo mundoPra banir do mundo a opressãoPara construir a vida novaVamos precisar de muito amorA felicidade mora ao ladoE quem não é tolo pode ver...A paz na Terra, amorO pé na terraA paz na Terra, amorO sal da...

Terra!És o mais bonito dos planetasTão te maltratando por dinheiroTu que és a nave nossa irmãCanta!Leva tua vida em harmoniaE nos alimenta com seus frutosTu que és do homem, a maça...Vamos precisar de todo mundoUm mais um é sempre mais que doisPrá melhor juntar as nossas forçasÉ só repartir melhor o pãoRecriar o paraíso agoraPara merecer quem vem depois...

Deixa nascer, o amorDeixa fl uir, o amorDeixa crescer, o amorDeixa viver, o amorO sal da terra, amor...

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 81Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 81 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 82: Apostila enem

82

LITERATURA

Alice Lordelo

Vamos fi car de DE OLHO NO FUTURO e dar uma espiada nas VANGUARDAS! SE LIGUE! Ser vanguardista é estar à frente

de seu tempo! Agora sé com você. Faça o seu melhor.

E aí galera, vamos

DE OLHO NO FUTURO dar uma espiada

nas VANGUARDAS!

Numa época complicada do mundo, entre a 1ª e a 2ª guerra mundial, surgem os “ismos” que questionavam a herança cultural e artística do século XIX e desejavam um novo padrão para o século XX. Foram cinco novas tendências: Cubismo de Pablo Picasso que retratou perspectivas diferentes de ver a mesma coisa; o Dadaísmo que propôs o nada, totalmente ilógico; o Expressionismo que buscou demonstrar as sensações da alma; o Futurismo que negou o passado e valorizou a velocidade e o Surrealismo que enfatizou o sonho, o inconsciente, tendo destaque Salvador Dali. Essas expressões artísticas de certa forma infl uenciaram o Modernismo.

VAMOS AO MODERNISMOComo você se lembra teve 3 gerações.

Os vestibulares exploram todas.

Vamos dar uma sacada no panorama cultural do Brasil no início do século XX!

São Paulo é a locomotiva econômica, cultural e política da época. A imagem abaixo ilustrada evidencia a dura realidade da classe operária. Com imigrantes provindos de diversas regiões do país e da Europa, São Paulo começava a montar suas fábricas.

Operários (1933), óleo sobre tela. 150 x 205 cm.Palácio Boa Vista, Campos do Jordão, SP. Tarsila.

Em 1922, artistas de diversas áreas (arquitetura, pintura, escultura, música e literatura) se reuniram no Teatro Municipal de São Paulo para uma demonstração de arte vanguardista. Entre eles estavam Graça Aranha e Oswald de Andrade.

Estava dada a largada para o início da Revolução Modernista!

A semana de 11 a 18 de fevereiro registrava importantes fatos no cenário internacional: a morte do papa Bento XV e a eleição de Pio XI, a conferência do

>> FIQUE ATENTOA Semana da Arte Moderna é o marco inicial do Modernismo no Brasil!

>> FIQUE ATENTOSer vanguardista é estar à frente de seu tempo!

A palavra chave para as gerações do Modernismo é: DECORE, DE de destruição, ruptura com a literatura que se tinha até então, CO de construção, amadurecimento do primeiro momento e RE de refl exão.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 82Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 82 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 83: Apostila enem

83

desarmamento em Washington e o espanto geral diante da corajosa atitude da bailarina Isadora Duncan, que dançava a Internacional Comunista em plena Moscou, no auge do entusiasmo provocado pela "virada" de 1917. Apesar da relevância desses acontecimentos, os jornais de São Paulo abriram espaço para comentar as apresentações dos jovens artistas.

Entre os nomes que se destacaram na Semana de Arte Moderna, três marcaram a primeira Geração do Modernismo: Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Mário de Andrade.

MANUEL BANDEIRA (1886 – 1968, RECIFE – PE)

O poeta falava muito de Recife e da doença que o acompanhou em toda a vida. Tinha também saudades da infância, tema bastante presente em sua obra.

Observe como Manuel Bandeira explora a sua vida pessoal no poema abaixo.

AUTO-RETRATO

Provinciano que nunca soube

Escolher bem uma gravata;

Pernambucano a quem repugna

A faca do pernambucano;

Poeta ruim na arte da prosa

Envelheceu na infância da arte,

E até mesmo escrevendo crônicas

Ficou cronista de província;

Arquiteto falhado, músico

Falhado (engoliu um dia

Um piano, mas o teclado

Ficou de fora); sem família,

Religião ou fi losofi a;

Mal tendo a inquietação de espírito

Que vem do sobrenatural,

E em matéria de profi ssão

Um tísico profi ssional.

OSWALD DE ANDRADE (1890 – 1954, SÃO PAULO-SP)

É de grande importância para a nossa literatura a obra de Oswald de Andrade, ainda mais levando em consideração que foi ele o divulgador das ideias modernistas. Uma das

coisas que mais chama atenção na poesia de Oswald de Andrade é o aspecto linguístico. Os poemas mostram uma linguagem do cotidiano. Outra característica do autor é a ironia, presente em toda sua obra.

Observe no poema abaixo a valorização da linguagem oral e coloquial.

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Na nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro.

(Oswald de Andrade)

CANTO DO REGRESSO À PÁTRIA

Minha terra tem palmaresOnde gorjeia o marOs passarinhos daquiNão cantam como os de lá.

Minha terra tem mais rosasE quase que mais amoresMinha terra tem mais ouroMinha terra tem mais terra.

Ouro terra amor e rosasEu quero tudo de láNão permita Deus que eu morraSem que volte para lá.Não permita Deus que eu morraSem que volte pra São PauloSem que veja a Rua 15E o progresso de São Paulo

O movimento Antropófago defendeu a devoração crítica da arte européia.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 83Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 83 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 84: Apostila enem

84

LITERATURA

MÁRIO DE ANDRADE (1893 – 1945, SÃO PAULO-SP)

Mário de Andrade é considerado o “papa do Modernismo”, o cara foi contista, romancista, poeta, crítico literário, músico, folclorista etc.

A prosa MACUNAÍMA é o trabalho mais importante de Mário de Andrade. Observe o que diz Alfredo Bosi sobre Macunaíma:

“Simbolicamente, a fi gura de Macunaíma, herói sem nenhum caráter, foi trabalhada como síntese de um presumido modo de ser brasileiro, descrito como luxurioso, ávido, preguiçoso e sonhador. Macunaíma, meio epopéia, meio novela picaresca. Macunaíma que passa do primitivo solene à crônica jocosa e desta ao distanciamento da paródia. Macunaíma, um romance todo fragmentado, dá o título rapsódia”.

Vamos dar uma sacada na…

SEGUNDA GERAÇÃO DO MODERNISMO!A poesia da 2ª fase é mais madura, não esgota as propostas estéticas de 22, mas aprofunda-as, amplia-as e as consolida. O universo temático é ampliado e, ao lado das inovações da 1ª fase, verifi ca-se um acentuado enriquecimento formal com o retorno a formas regulares, aos versos redondilhos, às baladas, aos sonetos brancos e rimados.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (MG, 1902 – RJ, 1987)

Considerado o maior poeta do século, Drummond foi também contista e cronista. Estreou em 1930 com “Alguma Poesia”, obra que condensa diversos aspectos de sua carreira. Eis diversas facetas da sua produção poética: “Gauchismo”, poesia social e política, humor, ironia, a condição humana, a metalinguagem, o tempo, o cotidiano, o amor, reminiscências, experimentalismo formal.

MÃOS DADAS

Não serei o poeta de um mundo caduco.Também não cantarei o mundo futuro.Estou preso à vida e olho meus companheiros.Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças.Entre eles, considero a enorme realidade.O presente é tão grande, não nos afastemos.Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher de uma história,Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafi ns.O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,A vida presente.

(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988, p.68)

Saque só o convite de Drummond para enxergarmos a realidade, o presente sem fugas para o passado ou futuro.

Veja na questão abaixo o caráter refl exivo da poesia de Drummond!

>> FIQUE ATENTOAssista ao fi lme Macunaíma, a UFBA cobra o livro na segunda fase e o fi lme vai lhe dar uma ideia bem aproximada.

QUESTÃO“Mundo novo, vasto mundo,Se eu me chamasse RaimundoSeria uma rima, não seria uma solução.Mundo, mundo, vasto mundo,Mais vasto é meu coração”.

Nesta estrofe, o poeta:

a) Deixa claro que desejaria mudar de nome.

b) Declara que seu nome é sonoro por causa da rima

c) Afi rma que a questão central não é o nome e sim a sua origem

d) Tem dúvida quanto ao tamanho do seu coração

e) Sugere que a atividade poética não consiste apenas em “fazer rimas”

(A alternativa correta é a (e). A preocupação de Drummond é fazer poesia em que haja um pensar sobre a vida.)

O poema parodia a Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, Romantismo, poema que

começa assim: ”Minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá”. Canção do Exílio valoriza o Brasil recém independente e Canto de Regresso à

Pátria faz a paródia e mostra um pouco da realidade do Brasil do início do século XX.

Uma característica presente neste poema de Drummond e em muitos outros é a metalinguagem. A linguagem falando da própria linguagem.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 84Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 84 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 85: Apostila enem

85

CECÍLIA MEIRELES (1901 – 1964 / RJ)

Fez poesia intimista, refl exiva, fi losófi ca, abordando temas diversos como o amor, a natureza, o tempo, a criação artística, a efemeridade da vida.

Ex.: MOTIVO

Eu canto porque o instante existe E a minha vida está completa Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.

Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento.

Se desmorono ou se edifi co, se permaneço ou me desfaço, não sei, não sei. Não sei se fi co ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: - mais nada.

Cecília Meireles

VINÍCIUS DE MORAES (1913 – 1980 / RJ)

A poesia de Vinícius inicialmente é marcada por forte angústia e preocupação religiosa. O sentimento do pecado e a consciência da precariedade da existência resultam numa poesia marcada pelo desejo de superação via transcendência mística. A linguagem desse momento expressa a angústia, a insatisfação e o desespero do eu poético: será marcada pelas abstrações, alegoria, pelo tom solene e por versos e poemas longos.

Ex.: TARDE EM ITAPOAN

Um velho calção de banho O dia pra vadiar O mar que não tem tamanho E um arco-íris no ar

Depois da Praça Caymmi Sentir preguiça no corpo E numa esteira de vime Beber uma água de coco.

É bom Passar uma tarde em Itapoan Ao sol que arde em Itapoan Ouvindo o mar de Itapoan Falar de amor em Itapoan.

Nesta fase, a prosa se reveste de caráter mais maduro e construtivo, refl etindo e aproveitando as conquistas da geração de 1922. A linguagem atinge certo equilíbrio e adota uma postura mais documental ao expor a realidade brasileira e focalizar o aspecto social. Essa tendência é aplicada nos romances urbanos, voltados à exposição da vida nas grandes cidades, revelando as desigualdades sociais, observadas na vida urbana brasileira, com destaque para algumas obras de Érico Veríssimo.

Os escritores focalizam, ainda, a realidade regional do país, originando a prosa regionalista que destaca a seca e os fl agelos dela decorrentes. Os romancistas comprometidos com essa temática são: Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Jorge Amado e Graciliano Ramos.

TERCEIRA FASE DO MODERNISMOSão inúmeros os escritores e poetas, são vários estilos e tendências. Destacam-se:

• João Guimarães Rosa – Fantástico e brilhante! Sua obra-prima: “Grande sertão: Veredas”.

• Clarice Lispector – Literatura psicológica, intimista. Obra: “A hora da Estrela”.

• O tropicalismo com Caetano Veloso e Gilberto Gil

• João Ubaldo Ribeiro – “Viva o povo Brasileiro”

• Dalton Trevisan – Irreverente, estilo: crítica social.

• Nelson Rodrigues – Estilo sarcástico: “A vida como ela é”.

>> FIQUE ATENTODrummond está sempre presente nas provas do ENEM!

Você tem um encontro com Jorge Amado no vestibular da UNEB através da obra “Tenda

dos Milagres”. Essa obra que tem como espaço o Pelourinho mostra a luta de Pedro Arcanjo (protagonista) pela superação social e as

difi culdades enfrentadas diante do racismo.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 85Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 85 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 86: Apostila enem

86

LITERATURA• Lígia Fagundes Teles – O livro “As meninas” é solicitado

no vestibular da UNEB. Trata-se de uma obra feminista.

• Antonio Calado – A UFBA destacou para o vestibular de 2010 e 2011 o livro de maior sucesso: Quarup. Vamos ao resumo desse livro?

O enredo do romance tem como fi gura central o padre Nando, que vive num mosteiro, no Recife, e sonha com a ideia de criar com os índios, na fl oresta Amazônica, uma sociedade utópica (no modelo das Missões Jesuíticas do século XVIII). Não se atreve, porém, a viajar rumo ao coração do Brasil, pois teme não resistir ao espetáculo da nudez das índias e pecar contra a castidade. Mas, uma amiga inglesa resolve o problema de Nando, iniciando-o sexualmente.

Pronto para ir ao Xingu, Nando passa uma temporada no Rio de Janeiro, onde entra em contato com integrantes do Serviço de Proteção ao Índio (hoje FUNAI). Ali amplia suas experiências sexuais e participa de sessões em que as pessoas (inclusive ele) se drogam com lança-perfume. Finalmente, a expedição parte para o Xingu. Outros personagens se destacam na narrativa: Ramiro, um dos chefes do SPI, sua sobrinha e secretária, Vanda, a jovem Sônia, que todos os homens desejam fi sicamente e que acaba fugindo com um índio, o sertanista Fontoura etc.

No capítulo seguinte do romance – passado alguns anos – todos retornam ao Xingu (menos Sônia) equerem demarcar o centro geográfi co do Brasil. A nova participante é a jovem Francisca, recém-chegada da Europa e cujo noivo Levindo fora morto pela polícia por razões políticas. Nando se apaixona por ela e os dois se relacionam sexualmente dentro da fl oresta. Neste capítulo ocorrem as cenas mais dramáticas do romance como a destruição coletiva de uma tribo atingida pelas doenças trazidas pelos brancos (os índios se “dissolvem” em terríveis diarréias), e a morte do sertanista Fontoura, bêbado, o rosto sobre um gigantesco formigueiro, bem no centro geográfi co do Brasil, como se as formigas corroessem o coração do país.

Depois disso, Nando abandona a batina e volta para Pernambuco com Francisca que vai trabalhar na alfabetização de camponeses. Ocorre então o golpe de 1964 e Nando é preso, acusado de subversivo. Quando fi ca solto, Francisca havia retornado para a Europa. O ex-padre dedica-se então a uma pitoresca vida de “apóstolo do amor”, relacionando-se com inúmeras mulheres e ensinado sua (agora refi nada) técnica sexual a pescadores e a gente do povo. No fi nal do romance, Nando decide partir para o sertão, a fi m de integrar um movimento guerrilheiro de oposição à ditadura militar, assumindo a identidade de Levindo, o antigo noivo de Francisca.

TEMOS QUE FAZER ALGUMAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!

Não se esqueça!

• A ação de Quarup se passa no período que vai do suicídio de Getúlio Vargas (1954) ao golpe militar de 1964 e mostra, sob a ótica do jovem padre Nando, a realidade social e política do Brasil nesses tumultuados dez anos.

• O romance mostrou as principais questões políticas da época: a proteção dos índios, as lutas dos estudantes e das Ligas Camponesas, as razões do golpe de 1964, a revolução sexual, a mudança da postura do padre Nando que no começo queria o retorno as missões jesuíticas e depois passa a lutar pelos nordestinos é um grande exemplo da mudança de perspectiva de muitos padres em relação às questões sociais.

QUARUP é o ritual indígena de celebração dos mortos. Mas, sem lamentações, os índios realizam uma grande festa em homenagem aos que partiram (bebida, comida, alegria), pois neste dia eles revivem. Trata-se, portanto, de um ritual de renascimento.

• O ritual de preparação de quarup no livro ocorre na época de crise do presidente Getúlio Vargas que acabou levando-o ao suicidio. Getúlio era um populista, considerado “pai dos pobres” e por extensão “pai dos índios”. O ritual quarup em homenagem ao “cacique branco”.

O livro Quarup não só focaliza o Brasil da década de 60, como também mostra a cultura híbrida (mistura) do nosso povo, índios e brancos se mesclam.

Anotações:

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 86Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 86 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 87: Apostila enem

87

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 87Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 87 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 88: Apostila enem

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 88Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 88 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 89: Apostila enem

CIÊNCIAS NATURAISe

MATEMÁTICAQUESTÕES

COMENTADAS

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 89Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 89 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 90: Apostila enem

QUESTÕES COMENTADAS

90

PROVA AMARELA (ENEM 2008) - QUESTÃO 27

O potencial brasileiro para gerar energia a partir da biomassa não se limita a uma ampliação do Pró-álcool. O país pode substituir o óleo diesel de petróleo por grande variedade de óleos vegetais e explorar a alta produtividade das fl orestas tropicais plantadas. Além da produção de celulose, a utilização da biomassa permite a geração de energia elétrica por meio de termelétricas a lenha, carvão vegetal ou gás de madeira, com elevado rendimento e baixo custo.

Cerca de 30% do território brasileiro é constituído por terras impróprias para a agricultura, mas aptas à exploração fl orestal. A utilização de metade dessa área, ou seja, de 120 milhões de hectares, para a formação de fl orestas energéticas, permitiria produção sustentada do equivalente a cerca de 5 bilhões de barris de petróleo por ano, mais que o dobro do que produz a Arábia Saudita atualmente.

José Walter Bautista Vidal. Desafi os Internacionais para o século XXI. Seminário da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, ago./2002 (com adaptações).

Para o Brasil, as vantagens da produção de energia a partir da biomassa incluem

a) implantação de fl orestas energéticas em todas as regiões brasileiras com igual custo ambiental e econômico.

b) substituição integral, por biodiesel, de todos os combustíveis fósseis derivados do petróleo.

c) formação de fl orestas energéticas em terras impróprias para a agricultura.

d) importação de biodiesel de países tropicais, em que a produtividade das fl orestas seja mais alta.

e) regeneração das fl orestas nativas em biomas modifi cados pelo homem, como o Cerrado e a Mata Atlântica.

Gabarito: C - Favorável, uma vez que áreas impróprias ao desenvolvimento para agricultura poderiam ser utilizadas para o plantio de fl orestas destinadas à produção de energia que, de acordo

com o texto, pode alcançar uma elevada produção de combustível que deve ultrapassar o da Arábia Saudita.

PROVA AMARELA (ENEM 2008) - QUESTÃO 59

Na América inglesa, não houve nenhum processo sistemático de catequese e de conversão dos índios ao cristianismo, apesar de algumas iniciativas nesse sentido. Brancos e índios confrontaram-se muitas vezes e mantiveram-se separados. Na América portuguesa, a catequese dos índios começou com o próprio processo de colonização, e a mestiçagem teve dimensões signifi cativas. Tanto na América inglesa quanto na portuguesa, as populações indígenas foram muito sacrifi cadas. Os índios não tinham defesas contra as doenças trazidas pelos brancos, foram derrotados pelas armas de fogo destes últimos e, muitas vezes, escravizados.

No processo de colonização das Américas, as populações indígenas da América portuguesa

a) foram submetidas a um processo de doutrinação religiosa que não ocorreu com os indígenas da América inglesa.

b) mantiveram sua cultura tão intacta quanto a dos indígenas da América inglesa.

c) passaram pelo processo de mestiçagem, que ocorreu amplamente com os indígenas da América inglesa.

d) diferenciaram-se dos indígenas da América inglesa por terem suas terras devolvidas.

e) resistiram, como os indígenas da América inglesa, às doenças trazidas pelos brancos.

Gabarito: A - Verdadeira. Sendo um país com fortes tradições religiosas vinculadas ao catolicismo, Portugal contou com uma marcante participação de membros da Igreja na justifi cação e na ordenação do ambiente colonial lusitano. Além disso, o projeto de expansão religiosa pregado com a criação da ordem jesuítica contribuiu signifi cativamente para que o processo de conversão religiosa se desse de maneira sistemática no ambiente colonial português.

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 90Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 90 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 91: Apostila enem

91

PROVA AMARELA (ENEM 2007) - QUESTÃO 14 4

O açúcar

O branco açúcar que adoçará meu cafénesta manhã de Ipanemanão foi produzido por mimnem surgiu dentro do açucareiro por milagre.Vejo-o puroe afável ao paladarcomo beijo de moça, águana pele, fl orque se dissolve na boca. Mas este açúcarnão foi feito por mim.Este açúcar veioda mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,[dono da mercearia.Este açúcar veiode uma usina de açúcar em Pernambucoou no Estado do Rioe tampouco o fez o dono da usina.Este açúcar era canae veio dos canaviais extensosque não nascem por acasono regaço do vale.(...)Em usinas escuras,homens de vida amargae duraproduziram este açúcarbranco e purocom que adoço meu café esta manhã em Ipanema.Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1980, p. 227-8.

A antítese que confi gura uma imagem da divisão social do trabalho na sociedade brasileira é expressa poeticamente na oposição entre a doçura do branco açúcar e

a) o trabalho do dono da mercearia de onde veio o açúcar.

b) o beijo de moça, a água na pele e a fl or que se dissolve na boca.

c) o trabalho do dono do engenho em Pernambuco, onde se produz o açúcar.

d) a beleza dos extensos canaviais que nascem no regaço do vale.

e) o trabalho dos homens de vida amarga em usinas escuras.

A alternativa correta é letra E. Fique ligado: Ferreira Gullar foi um dos autores do Modernismo que refl etiu sobre a realidade brasileira através da poesia. A antítese, evidenciada na questão, é uma fi gura de linguagem que mostra a oposição (doce/amarga, claro/escuro) e está presente em vários textos literários.

UFBA 2006(1ªFASE)/ QUESTÃO 6

O custo de produção diária e a receita pela venda de um determinado produto fabricado por uma empresa, em milhares de reais, são dados, respectivamente, pelas funções C: ‘ ] 0, +∞ [ → ] 0, +∞ [ e R: ] 0,+∞ [ → ] 0, +∞ [, com C(x) = 2 +log2 (x +1) e R (x) = 2x - 1, sendo x o número de centenas de unidades produzidas.

Com base nessas informações, é correto afi rmar:

(01) As funções C e R são crescentes(02) R é a função inversa de C(04) Para uma receita igual a R$ 7.000,00, o custo é

igual a R$ 4.000,00(08) Se a produção é de 100 unidades, então um

aumento de 200% na produção acarretará um aumento de 100% no custo

(16) A função lucro, defi nida por L = R-C, satisfaz a condição L(0) = L(1), mas não é uma função constante

(32) A Figura ao lado representa um esboço do gráfi co da função C

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 91Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 91 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 92: Apostila enem

QUESTÕES COMENTADAS

92

RESOLUÇÃO:

(01) Proposição VERDADEIRA. A função custo é uma função logaritimica de base 2, e a função receita é uma função exponencial também de base 2, logo ambas são crescentes.

(04) Proposição VERDADEIRA.Pois para uma receita de 7 milhares de reais teremos que produzir 3 centenas de unidades

Então teremos que o custo será

o custo será de R$ 4.000,00

(16) Proposição VERDADEIRA.É de fundamental importância que encontremos primeiro a expressão do lucro

Agora teremos que provar que L(0)=L(1)

A função L(x) é dependente de x, logo não é constante.

(32) Proposição VERDADEIRA.A função custo é uma função logarítmica crescente (pois a base é maior que um), então basta provar que o custo para x=0 é um número positivo pois o gráfi co corta o eixo das ordenadas acima da origem, então teremos:

(01+04+16+32 = 53)

UNEB 2009/ QUESTÃO 5

Considerando-se as funções reais f(x)=log3(x+1), g(x)= log2x e h(x) = log4x, pode-se afi rmar que o valor de f(26) – g(0,125) + h(25) é

01) 802) 203) 004) - 205) -3

RESOLUÇÃO:

Um dica pra tornar a questão menos trabalhosa é calcular o valor de cada função separadamente.

Substituído cada valor na expressão

f(26) – g(0,125) + h(25)

teremos:

GABARITO: 01

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 92Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 92 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 93: Apostila enem

93

Anotações:

UNEB 2009/ QUESTÃO 8

A quantidade de maneiras distintas que 4 moças e 4 rapazes podem se sentar em uma fi la de 8 assentos, de modo que nunca haja nem dois rapazes vizinhos e nem duas moças sentadas uma ao lado da outra, é igual a

1) 23042) 11523) 5764) 3805) 256

RESOLUÇÃO:

Trata-se de uma questão onde deve ser aplicado um princípio de contagem condicionado.

As possibilidades de agrupamento são:

H,M,H,M,H,M,H,M

ou

M,H,M,H,M,H,M,H

Para escolher o primeiro homem ou a primeira mulher teremos 4 opções em cada caso, para escolher o segundo homem ou a segunda mulher teremos 3 opções e assim sucessivamente,

então teremos:

ou

Como o conectivo ou em princípio de contagem deve ser entendido como soma, o total de possíbilidades será: 576+576=1152

GABARITO: 02

(UESB/05

A fi gura representa uma onda que se propaga na direção x, com velocidade 3,20m/s.

Nessas condições, a freqüência da onda é igual, em Hz, a

a) 0,8b) 4c) 8d) 40e) 128

RESOLUÇÃO

3,20 = 0,4 . f

f = 8 hz

GABARITO: C

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 93Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 93 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 94: Apostila enem

EXPEDIENTE

PRODUÇÃO E EXECUÇÃO

Braszil Design Ltda.www.braszil.com.br

PRODUÇÃO EXECUTIVA

Robson Guimarães

COORDENADOR DE CONTEÚDO

Prof.º Bruno Dantralves

DEPARTAMENTO COMERCIAL

Robson GuimarãesLeonardo Copello

PROJETO GRÁFICO

Alan MaiaLeonardo CopelloNeri Molinero

DIAGRAMAÇÃO

Alan MaiaKauan Sales

ILUSTRAÇÕES

Neri MolineroElder FranclinLuisa CostaCamilo Cunha

REVISÃO

Juliana GalindoMárcia Carneiro

PRODUÇÃO DE CONTEÚDO

BIOLOGIA

Bruno Dantralves

FÍSICA

Marcelo Albuquerque (Fininho)

QUÍMICA

Daniela Leite

MATEMÁTICA

Maurício Barreto (Tio Chico)

HISTÓRIA GERAL

Roberto Vitório

HISTÓRIA DO BRASIL

Antônio Jorge (Pokemon)

GEOGRAFIA

Luciano Moreno

PORTUGUÊS E REDAÇÃO

Luis Alberto

LITERATURA

Alice Lordelo

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 94Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 94 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 95: Apostila enem

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 95Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 95 11/09/09 20:1411/09/09 20:14

Page 96: Apostila enem

Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 96Guia_Pratico_MOD_06_finalizado.indd 96 11/09/09 20:1411/09/09 20:14