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PALESTRA – HABEAS CORPUS DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. FLÁVIO MARTINS www.professorflaviomartins.net.br HABEAS CORPUS – 5º, LXVIII Antecedentes Históricos - O habeas corpus é um instituto originário do Direito - Os barões ingleses, em 15 de j 1215, impuseram ao rei João Sem Magna Charta Libertatum, cujos p do writ of habeas corpus se catalogaram em seu capítulo XXIX. - O ato assegurava o direito à l § 29: “"No free man shall imprisoned, disseised, outlawed, banished, or in any way destroye will we proceed against or prose except by the lawful judgmen peers and by the law of the land nenhum homem livre (nullus liber homo) será pre privado de sua propriedade, de suas liberdades o hábitos, declarado fora da lei ou exilado ou de maneira destruído, nem o castigaremos ou mandar forças contra ele salvo julgamento legal feito pares ou pela lei do país” (per legem terra - 1 – 1 João Sem Terra outorgando a Magna Charta Libertatum (afresco de Ernst Normand)

Apostila Habeas Corpus

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HABEAS CORPUS 5, LXVIII Antecedentes Histricos - O habeas corpus um instituto originrio do Direito ingls. - Os bares ingleses, em 15 de junho de 1215, impuseram ao rei Joo Sem Terra a Magna Charta Libertatum, cujos princpios do writ of habeas corpus se catalogaram em seu captulo XXIX. - O ato assegurava o direito liberdade. 29: "No free man shall be taken, imprisoned, disseised, outlawed, banished, or in any way destroyed, not will we proceed against or prosecute him, except by the lawful judgment of his peers and by the law of the land."

Joo Sem Terra outorgando a Magna Charta Libertatum (afresco de Ernst Normand)

nenhum homem livre (nullus liber homo) ser preso ou privado de sua propriedade, de suas liberdades ou de seus hbitos, declarado fora da lei ou exilado ou de qualquer maneira destrudo, nem o castigaremos ou mandaremos foras contra ele salvo julgamento legal feito por seus pares ou pela lei do pas (per legem terrae)

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- Para efetivar esse direito, a jurisprudncia entendeu pela expedio de mandados (writs) de apresentao. - Essa carta no foi respeitada por completo pelos monarcas ingleses. - Por isso, o Parlamento, em 1628 redigiu a Petition of Rights, criando o restabelecimento irrecusvel do remdio do habeas corpus. Mesmo assim, era necessria a regulamentao legislativa do processo: habeas corpus act, de 1679. - Posteriormente, houve o habeas corpus act de 1816, para suprir as falhas do habeas corpus act, de 1679, principalmente o seguinte: deixando de ser um instituto s para rus criminais, podendo ser aplicado a quaisquer prises. - As legislaes portuguesas (Ordenaes Afonsinas, Manuelinas e Filipinas), embora posteriores Magna Charta de 1215, no cuidaram do habeas corpus. - O germe do HC no Brasil foi o Decreto de 23 de maio de 1821, de D. Pedro I, enquanto prncipe regente. Previa o direito liberdade, mas no fazia meno ao habeas corpus. - A Constituio de 1824 no fazia meno ao habeas corpus, mas previa o direito liberdade (art. 179, inciso 8). Constituio Brasileira de 1824 Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidados Brazileiros, que tem por base a liberdade, a segurana-2

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individual, e a propriedade, garantida pela Constituio do Imperio, pela maneira seguinte. VIII. Ninguem poder ser preso sem culpa formada, excepto nos casos declarados na Lei; e nestes dentro de vinte e quatro horas contadas da entrada na priso, sendo em Cidades, Villas, ou outras Povoaes proximas aos logares da residencia do Juiz; e nos logares remotos dentro de um prazo razoavel, que a Lei marcar, attenta a extenso do territorio, o Juiz por uma Nota, por elle assignada, far constar ao Ro o motivo da priso, os nomes do seu accusador, e os das testermunhas, havendo-as. Cdigo de Processo Criminal de 1832 Todo o cidado que entender que ele ou outrem sofre priso ou constrangimento ilegal em sua liberdade, tem direito de pedir ordem de habeas corpus em seu favor Constituio de 1891 Art 72 - A Constituio assegura a brasileiros e a estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade dos direitos concernentes liberdade, segurana individual e propriedade, nos termos seguintes: 22 - Dar-se- o habeas corpus , sempre que o indivduo sofrer ou se achar em iminente perigo de sofrer violncia ou coao por ilegalidade ou abuso de poder. DIVERGNCIA SOBRE AMPLITUDE DO HC NA CF/91 Interpretao ampla de Ruy Barbosa: No s para amparar a liberdade fsica do indivduo. Qualquer direito individual transgredido por arbitrariedade ou ilegalidade.-3

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Interpretao restritiva de Pedro Lessa: somente relacionado ao direito liberdade de locomoo. A maioria do STF passou a considerar o habeas corpus como garantia de direitos em geral. Reforma constitucional de 1926: restrigiu o habeas corpus ao direito liberdade do indivduo. Mesmo assim, parte da doutrina, mantinha a interpretao extensiva do HC (liberdade de locomoo = liberdade pessoal ou individual). Na Constituio de 1934 (art. 113, n. 23), voltou redao original da CF de 1891. Constituio de 1934 Dar-se- habeas corpus sempre que algum sofrer, ou se achar ameaado de sofrer violncia ou coao em sua liberdade, por ilegalidade ou abuso de poder. Nas transgresses disciplinares no cabe o habeas corpus. No entanto, no teve a mesma amplitude, porque criou o Mandado de Segurana (art. 113, n. 33): Dar-se- mandado de segurana para a defesa de direito certo e incontestvel, ameaado ou violado por ato manifestamente inconstitucional ou ilegal de qualquer autoridade. O processo ser o mesmo do hbeas corpus, devendo ser ouvida a pessoa de direito pblico interessada.

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A Constituio de 1937 retirou o mandado de segurana, mas manteve o habeas corpus, com a seguinte redao: Constituio de 1937 dar-se- habeas corpus sempre que algum sofrer ou se achar na iminncia de sofrer violncia ou coao ilegal, na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punio disciplinar A Constituio de 1946 manteve o Habeas Corpus (art. 141, 23) e o mandado de segurana (art. 141, 24). Constituio de 1946 dar-se- hbeas corpus sempre que algum sofrer ou se achar ameaado de sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder. Nas transgresses disciplinares no cabe hbeas corpus. para proteger direito lquido e certo no amparado por hbeas corpus, conceder-se- mandado de segurana, seja qual for a autoridade responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder. A Constituio de 1967, manteve a redao da Constituio de 1946 (art. 153, 20): Constituio de 1967 conceder-se- habeas corpus sempre que algum sofrer ou se achar ameaado de sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder AI 5 (de 5 dezembro de 1968) artigo 10:-5

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Fica suspensa a garantia do habeas corpus nos casos de crimes polticos, contra a segurana nacional, a ordem econmica e social e a economia popular A EC 1, de 176 de outubro de 1969, manteve, em seu artigo 182, o AI 5. Natureza do Habeas Corpus - S no processo penal?-

recurso? direito ou garantia constitucional?

- Argumentos favorveis - Argumentos desfavorveis Previso constitucional art. 5, LXVIII, CF e 647 e seguintes do CPP LXVIII - conceder-se- "habeas-corpus" sempre que algum sofrer ou se achar ameaado de sofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder Sofrer est acontecendo ameaado de sofrer - h indcios de que acontecer violncia vis corporalis coao vis compulsiva-6

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Liberdade de locomoo e outros direitos? Ilegalidade contrariedade lei abuso de poder excesso de poder e desvio de poder (desvio de finalidade) HC PREVENTIVO E REPRESSIVO - HC preventivo e repressivo (ou liberatrio) Hc preventivo e CPI HC 102403/DF deciso de 18/01/2010 PACIENTE: Marcelo Toledo Watson Defiro a medida liminar para que ao paciente seja concedido o tratamento prprio condio de "investigado", assegurando-selhe o direito de: i) ser acompanhado e assistido por advogado, bem como de com ele entrevistar-se a qualquer tempo; ii) no firmar compromisso na qualidade de testemunha; e iii) permanecer calado. Expea-se o salvo-conduto, nos termos do art. 191, IV, do RISTF, at deciso final do feito, tendo em vista grave risco de consumao de constrangimento ilegal contra o ora paciente. Comunique-se, com urgncia, mediante telex, ao Ministro Fernando Gonalves, relator do Inqurito 650/2009, que tramita perante o Superior Tribunal de Justia, bem como ao Delegado da Polcia Federal Alfredo Jos de Souza Junqueira. Aps, requisitem-se informaes e abra-se vista ProcuradoriaGeral da Repblica, nos termos dos arts. 191 e 192, do RISTF. HC 80584 / PA - PAR HABEAS CORPUS-7

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Relator(a): Min. NRI DA SILVEIRA (...) Habeas corpus preventivo deferido, parcialmente, to-s, para que seja resguardado aos acusados o direito ao silncio, por ocasio de seus depoimentos, de referncia a fatos que possam constituir elemento de sua incrimi-nao. HC 83357 / DF - DISTRITO FEDERAL HABEAS CORPUS Relator(a): Min. NELSON JOBIM EMENTA: HABEAS CORPUS. CPI DA PIRATARIA. CONVOCAO PARA DEPOR. AMEAA DE PRISO. Qualquer pessoa tem o direito pblico subjetivo de permanecer calado quando for prestar depoimento perante rgo do Poder Legislativo, Executivo ou Judicirio. Habeas corpus deferido somente para assegurar o direito do paciente de permanecer em silencio. IMPETRANTE a) Qualquer pessoa

b) Precisa de advogado? c) Advogado sem procurao? O habeas corpus poder ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo MP, circunstncia que dispensa formalizao de instrumento de procurao ad judicia (TACRIM-SP HC Rel. Tomaz Rodrigues JUTACRIM-SP 65/452) d) Analfabeto (654, 1, c, CPP)?-8

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tratando-se de impetrante analfabeto, de rigor ao conhecimento de habeas corpus a assinatura de terceiro na pea inicial, a rogo do interessado, por ser indispensvel ao processado do pedido demonstrao de interesse indiscutvel de pleiteante em ver resolvido o enunciado na inicial do writ (TACRIM-SP HC Rel. Onei Raphael JUTACRIM-SP 25/112) e) habeas corpus desautorizado pelo paciente paciente que expressamente desautoriza a impetrao de habeas corpus Writ no conhecido. No se conhece de pedido de habeas corpus quando este, ajuizado originariamente perante o Supremo Tribunal Federal, expressamente desautorizado pelo prprio paciente (RIST, art. 192, pargrafo nico) (STF HC 69.889-1, Rel. Min. Celso de Mello). e) f) Menor de idade? Promotor?

g) Juiz? (conceder de ofcio 654, 2, CPP) h) Estrangeiro? A petio com que impetrado o habeas corpus deve ser redigida em portugus, sob pena de no-conhecimento do writ constitucional (CPC, art. 156, c/c CPP, art. 3), eis que o contedo dessa pea processual deve ser acessvel a todos, sendo irrelevante, para esse efeito, que o juiz da causa conhea, eventualmente, o idioma estrangeiro utilizado pelo impetrante(STF HC Rel. Celso de Mello DJU 17.3.95)

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HC apcrifo?

j) HC em favor de animais? Na relao jurdica processual do habeas corpus figura o paciente, que h de ser necessariamente pessoa fsica, o indivduo que sofre ou se encontra ameaado de sofrer constrangimento ilegal em sua liberdade de ir, ficar ou vir. Dessarte, est adstrito liberdade pessoal. Este o carter que guarda atravs da histria, consoante registram, entre ns, os termos constitucionais, usando repetida e invariavelmente a expresso algum (...). A toda evidncia, o magno instituto no alcana os animais. Os animais domsticos, selvagens ou bravios encontram proteo nos limites previstos na Lei 5.197, de 3.1.67 (dispe sobre a proteo fauna), na Lei das Contravenes Penais e no Cdigo Penal (na atual legislao ambiental). A legislao tanto cogita do direito que o homem pode ter sobre os animais como de especial proteo a estes assegurada. Porm, situam-se eles como coisa ou bem, podendo apenas ser objeto de direito, jamais integrar uma relao jurdica na qualidade de sujeito de direito. No vejo como se erigir o animal como titular do direito. Imbudos, por certo, dos melhores sentimentos, inspirados no canto potico do Pssaro Cativo, de Olavo Bilac, que o advogado Fortunato Benchimol e a Associao Protetora dos Animais vieram a juzo. Entrementes, como ficou demonstrado, o remdio constitucional do habeas corpus no ampara a pretenso (STF RHC Rel. Djaci Falco RTJ 63/399).

IMPETRADO OU AUTORIDADE COATORA

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- Impetrado ou Autoridade coatora: a) particular? No seria crime? b) Autoridade pblica QUESTES POLMICAS a) HC em favor de pessoa jurdica? A pessoa jurdica no pode figurar como paciente de habeas corpus, pois jamais estar em jogo a sua liberdade de ir e vir, objeto que essa medida visa proteger. Com base nesse entendimento, a Turma, preliminarmente, em votao majoritria, deliberou quanto excluso da pessoa jurdica do presente writ, quer considerada a qualificao como impetrante, quer como paciente. Enfatizou-se possibilidade de apenao da pessoa jurdica relativamente a crimes contra o meio ambiente, quer sob o ngulo da interdio da atividade desenvolvida, quer sob o da multa ou da perda de bens, mas no quanto ao cerceio da liberdade de locomoo, a qual enseja o envolvimento de pessoa natural. Salientando a doutrina desta Corte quanto ao habeas corpus, entendeu-se que uma coisa seria o interesse jurdico da empresa em atacar, mediante recurso, deciso ou condenao imposta na ao penal, e outra, cogitar de sua liberdade de ir e vir. HC 92921/BA, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 19.8.2008. b) HC no processo penal quando no h risco de priso? Smulas 693 e 695 do STF

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c) HC e punio disciplinar 142, 2, CF d) HC na justia do Trabalho? Art. 114, IV, CF ADI 3684 / DF - DISTRITO FEDERAL Relator(a): Min. CEZAR PELUSO Julgamento: 01/02/2007 EMENTA: COMPETNCIA CRIMINAL. Justia do Trabalho. Aes penais. Processo e julgamento. Jurisdio penal genrica. Inexistncia. Interpretao conforme dada ao art. 114, incs. I, IV e IX, da CF, acrescidos pela EC n 45/2004. Ao direta de inconstitucionalidade. Liminar deferida com efeito ex tunc. O disposto no art. 114, incs. I, IV e IX, da Constituio da Repblica, acrescidos pela Emenda Constitucional n 45, no atribui Justia do Trabalho competncia para processar e julgar aes penais. e) HC contra quebra de sigilo bancrio e fiscal? STF sim risco de priso HC 84869 / SP - SO PAULO HABEAS CORPUS Relator(a): Min. SEPLVEDA PERTENCE Julgamento: 21/06/2005 rgo Julgador: Primeira Turma EMENTA: I. Habeas corpus: cabimento. 1. Assente a jurisprudncia do STF no sentido da idoneidade do habeas corpus para impugnar autorizao judicial de quebra de sigilos, se destinada a fazer prova em procedimento penal. 2. De outro lado, cabe o habeas corpus (HC 82.354, 10.8.04, Pertence, DJ 24.9.04) - quando em jogo eventual constrangimento liberdade fsica COMPETNCIA- 12

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- Competncia Obs.: smula 690, STF HC de Daniel Dantas Pendia o exame da liminar, nesta Corte, de parecer do MP Federal quando deflagrada a operao que culminou com a priso temporria dos pacientes e de diversas outras pessoas, o que motivou novo requerimento dos impetrantes (Petio n. 97672/08), reiterando o pedido de acesso aos autos do inqurito e, diante do novo quadro, a libertao dos pacientes. Deferida, liminarmente, a consulta aos dados investigados e devidamente recebida as informaes do Juzo Federal impetrado, resta agora examinar o pedido de libertao, plenamente possvel a esta Corte nos autos do mesmo habeas corpus de natureza preventiva inicialmente impetrado. (HC 95009 STF) - Liminar em HC HC contra deciso que nega liminar e smula 691, STF HC 92148 / SC - SANTA CATARINA - Relator(a): Min. RICARDO LEWAN-DOWSKI Julgamento: 25/09/07 - rgo Julgador: Primeira Turma EMENTA: PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISO PREVENTIVA. AUSNCIA DE FUNDAMENTAO. OFENSA AO ART. 93, IV, da CF. SMULA 691 DO STF. BICE. INOCORRNCIA. ORDEM CONCEDIDA. I - manifestamente ilegal o indeferimento de medida liminar, a ensejar a superao do teor da Smula 691- 13

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do STF, quando ausente a concreta apreciao da situao fticojurdica. II - Deciso que deveria, ainda que perfunctoriamente, examinar os fundamentos que deram ensejo segregao cautelar. III - Ofensa ao art. 93, IV, da Constituio Federal. IV Ordem concedida. - efeito extensivo? - CABIMENTO: 648, CPP Concede ou nega 581, X, CPP Outro HC? ROC? Art. 102, II, CF e art. 105, II, CF Recurso de ofcio 574, I, CPP concede

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