Apostila Modulo 1 - otc1[1] - contabilidade.weebly.comcontabilidade.weebly.com/uploads/1/0/2/4/1024072/apostila_modulo_… · ETEP – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – MÓDULO 1 –

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  • TCNICO EM C

    MDULO 1

    OTC ORGANIZAOTCNICAS COMERCIAIS

    ETEP TCNICO EM CONTABILIDADE

    2011

    CONTABILIDADE

    ORGANIZAO E COMERCIAIS

    MDULO 1 OTC 2011/2

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    2011-2

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    SEMANA 1 01/AGO A 05/AGO

    Planejamento x constituindo uma empresa

    Planejar, Organizar, Executar so etapas importantes ao se constituir uma empresa.

    Uma empresa passa a existir a partir de seu registro, mas seu planejamento deve ser em etapa anterior, a fim de que o registro obedea s caractersticas e legislaes pertinentes,

    Planejamento

    O planejamento uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o trmite adequado e reavaliar todo o processo a que o planejamento se destina. Trata-se de um processo de escolher e organizar aes, antecipando os resultados esperados. Esta deliberao busca alcanar, da melhor forma possvel, alguns objetivos pr-definidos.

    Um plano de negcios ento pode ser entendido como um conjunto de respostas que define o produto ou servio a ser comercializado, o formato de empresa mais adequado, o modelo de operao da empresa que viabilize a disponibilizao desses produtos ou servio e o conhecimento, as habilidades e atitudes que os responsveis pela empresa devero possuir e desenvolver. O registro da empresa o processo que viabiliza legalmente as aes da empresa.

    Pr-requisitos para constituir uma empresa

    Passo 1: Elabore um planejamento da atividade antes de inici-la (desenvolvido em informtica)

    Para aumentar as chances de sucesso de qualquer nova atividade, uma palavra fundamental: Planejamento. Um instrumento bastante simples e muito efetivo o Plano de Negcio - uma espcie de estudo de viabilidade que lhe responder questes fundamentais como:

    Identificao de oportunidades no mercado

    Anlise dos riscos envolvidos

    Definio das caractersticas do negcio

    Quais as necessidades e desejos do seu futuro cliente, como fazer para chegar at ele

    Como a concorrncia est operando hoje

    Qual o volume de investimento necessrio para montar a empresa bem estruturada

    Como conseguir o capital necessrio para o investimento

    Em quanto tempo o capital investido na empresa ser recuperado

    Esta atividade pode ser enquadrada como Micro ou Pequena Empresa?

    Alm disso, tambm preciso conhecer quais so as habilidades e caractersticas empreendedoras que voc j tem ou precisa desenvolver para poder estar frente de seu negcio (e tambm da concorrncia).

    Estes e outros questionamentos sero importantes para que voc possa avaliar se vale a pena ou no o investimento em determinado ramo de atividade, cidade ou regio em que voc tem interesse.

    3.2) Passo 2: Oriente-se sobre a melhor forma de legalizao (OTC)

    Voc sabia que pode legalizar uma atividade mesmo sem precisar abrir uma empresa para isso? Dependendo do produto ou servio que voc faz, h a possibilidade de se conseguir registros como

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    Arteso, Autnomo ou at mesmo Ambulante. Estas atividades requerem registros simplificados, normalmente feitos diretamente na Prefeitura ou Associao de Artesanato de sua cidade.

    Se o seu caso requer a abertura de uma empresa, as principais formas de registro so: Empresrio, Sociedade Ltda, Sociedade Civil e S/A. Porm, ainda antes de abrir a empresa, faz-se necessrio levar em conta algumas caractersticas referente ao seu enquadramento: quanto a natureza jurdica, quanto ao faturamento (receita bruta), quanto a atividade econmica e quanto a opo tributria.

    Os tributos que incidem sobre as empresas de modo geral, podem variar de acordo com o enquadramento como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) ou Empresa Geral (EG). Apresenta-se, a seguir, a relao destes tributos.

    Imposto de renda de pessoa jurdica (IRPJ)

    COFINS

    Contribuio Social

    Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

    Imposto sobre importao (I.I.)

    INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social)

    Imposto Estadual

    Imposto Municipal

    Contribuio Sindical

    Empregados e Trabalhadores Avulsos

    Patronal

    Outros Recolhimentos

    IRRF (Imposto de renda retido na fonte)

    FGTS (Fundo de garantia por tempo de servio)

    Rendimento do titular ou dos scios

    As opes tributrias devem ser analisadas a fim de que a empresa no pague mais impostos do que o necessrio e para que tome as melhores decises evitando impedimentos legais na hora da opo pelo simples nacional, lucro presumido ou lucro real. Os impedimentos tem relao, geralmente, com as atividades exercidas e com o valor do faturamento.

    O SIMPLES Nacional um Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e contribuies das Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), um regime tributrio diferenciado, simplificado e favorecido, aplicvel s pessoas jurdicas consideradas como Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, nos termos definidos em lei. Constitui-se em uma forma simplificada e unificada de recolhimento de tributos, por meio da aplicao de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma nica base de clculo, a receita bruta.

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    ATIVIDADE: EXERCICIOS

    Classifique as empresas: quanto natureza jurdica, faturamento, atividade econmica, enquadramento

    Empresa A um dono, vendas R$ 5.000,00 mensais, compra e vende flores,

    Empresa B dois scios, receita bruta R$ 12.000,00 mensais, assessoria tcnica computadores

    Empresa C trs scios, receita bruta R$ 20.000,00 mensais, fabrica semi-jias e as vende ao consumidor

    Empresa D - um dono, receita bruta R$ 12.000,00 mensais, compra e vende caf e salgadinhos sob encomenda.

    Empresa E dois scios, receita bruta R$ 34.000,00 mensais, produo de bolsas, cintos e botas de couro

    Empresa F quatro scios, receita bruta R$ 230.000,00 mensais, fabrica mveis de madeira, reforma mveis usados

    * NO HAVENDO OUTROS IMPEDIMENTOS LEGAIS

    Empresa FATURAMENTO ANUAL

    ENQUADRAMENTO NATUREZA JURDICA

    ATIVIDADE ECONOMICA

    PODE OPTAR PELO SIMPLES NACIONAL*

    A

    B

    C

    D

    E

    F

    Complete:

    a)MEI _______________________ME significa ______________ EPP significa _____________________ EG significa __________________

    b) Empresa mercantil aquela que tem como atividade econmica ____________, _____________, _________________ ou a combinao destas atividades.

    c) O enquadramento das empresas utilizado principalmente na hora de ser feita a opo tributria. As opes tributrias determinam os ___________ que incidiro sobre a receita bruta da empresa.

    d) MEI uma empresa com receita bruta ________ de at R$ _________.

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    SEMANA 2 08/AGO A 12/AGO

    Planejamento x constituindo uma empresa

    3.3) Passo 3: Prepare-se para gerenciar seu negcio de maneira adequada e moderna

    Mesmo uma empresa bem planejada em sua concepo pode vir a precisar de orientaes aps sua abertura.

    Para abrir sua empresa, j tendo definido o ramo de atividade e o municpio onde vai ser localizada, o prximo passo pesquisar o PDU (Plano Diretor Urbano) do municpio escolhido, para verificar quais so as regies do municpio em que aquela atividade pode ou no ser exercida. Verifique tambm, se necessrio apresentar algum tipo de projeto relacionado com impacto ambiental, trnsito de veculos pesados, etc.

    Alm de possveis exigncias especficas para um determinado ramo de atividade, podemos definir alguns passos comuns a maioria:

    Escolha do imvel onde ser o endereo do empreendimento.

    Entrada na junta comercial do contrato de constituio da empresa.

    Entrada na receita federal j com o contrato social registrado na junta comercial.

    Entrada na coletoria estadual com o contrato social e o carto de CNPJ emitido pela receita federal.

    Entrada na prefeitura do alvar de funcionamento com o contrato social, o carto de CNPJ e o nmero da inscrio estadual.

    Registro dos livros no ministrio do trabalho e na coletoria estadual.

    Caso o empreendimento seja na rea de prestao de servios, os tramites na coletoria estadual so substitudos pelos tramites junto prefeitura para pagamento de ISS.

    Registro das empresas

    O registro das empresas nas Unidades Cadastradoras o que lhes d existncia. So eles que determinam, autorizam e permitem que a empresa exera na legalidade as atividades a que se destina.

    Cada tipo de empresa tem uma caracterstica especfica e serve para um determinado fim, importante voc se informar sobre cada uma delas e ver onde est inserido o seu empreendimento. O processo de abertura de empresa, em linhas gerais, igual em todo tipo de atividade, o que difere so as categorias de sociedades existentes. Uma empresa pode ser constituda como Sociedade Civil, Mercantil ou Empresrio. Um estabelecimento que v trabalhar como prestadora de servios ser uma sociedade civil e ter o seu contrato social registrado no Cartrio de Registro Civil de Pessoas Jurdicas, enquanto uma empresa mercantil, que poder ser uma sociedade ou empresrio, constituda com o objetivo de exercer atividades comerciais ou industriais, ou comrcio e indstria, ter o seu contrato social registrado na Junta Comercial.

    As caractersticas e documentos necessrios para estar legalizando devem ser buscados nas entidades cadastradoras ou seus sites, onde estas informaes esto sempre atualizadas.

    Registro das empresas de servios sociedade civil

    a) www.cartorioportao.com.br: cartrio de registro civil das pessoas jurdicas

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    A SOCIEDADE SIMPLES, regulada no Cdigo Civil, adquire personalidade jurdica com a inscrio dos seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas Jurdicas, podendo adotar a forma tpica da SOCIEDADE SIMPLES, ou um dos tipos da sociedade empresria, dentre as quais a SOCIEDADE LIMITADA, quando dever, ento, observar as disposies especficas. Adotando a forma da SOCIEDADE LIMITADA, o Registro deve ser solicitado, nos 30 dias subseqentes sua constituio, com os seguintes documentos: 1 Requerimento dirigido ao Servio de Registro Civil das Pessoas Jurdicas de Porto-RS, assinado pelo representante da sociedade, com a qualificao completa (Art. 121 da Lei 6.015/73),com a firma reconhecida por autenticidade (Art. 1153 CC), solicitando o Registro da sociedade, no qual conste o tipo jurdico adotado SOCIEDADE SIMPLES LIMITADA ( Art. 121 da Lei 6015/73 e Art. 983 e 1052 e seguintes do CC). O modelo de requerimento poder ser obtido atravs do Site (www.cartorioportao.com.br); 2 Contrato Social, em duas vias, devidamente rubricadas e assinadas pelos scios e por duas testemunhas ( com firmas reconhecidas por autenticidade Art. 1153 CC ), e contendo visto de advogado com seu respectivo nmero de inscrio na OAB ( Art. 1, II, pargrafo segundo da Lei 8906/94), com os requisitos mnimos de lei ( Art. 997, 968, Art.46 e incisos e Art. 1052 e seguintes do Cdigo Civil e Art. 120 da lei 6015/73) 3 A aprovao da autoridade competente, quando o funcionamento da sociedade depender desta (Art. 119 da Lei 6015/73 ); 4 Recomenda-se s sociedades com atividade bsica na rea da Medicina, Odontologia, Psicologia, ou que prestem servios mdicos ou hospitalares, o registro de seus atos constitutivos no respectivo Conselho Regional. 5 Sugere-se a verificao da regularidade fiscal (perante a Receita Federal) das pessoas fsicas ou jurdicas, componentes da pessoa jurdica em constituio, ANTES do pedido de inscrio neste Ofcio. OBS.: Apresentar a documentao, no mnimo, em duas vias; todas as folhas do processo devero estar rubricadas pelo representante legal e pelo Advogado. b) www.receita.fazenda.gov.br: Inscrio no Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica - CNPJ:

    Documento Bsico de Entrada do CNPJ, em duas vias, assinado pelo Representante Legal, com firma reconhecida (emitido automaticamente atravs do programa CNP, fornecido pela Receita Federal)

    Fotocpia autenticada do Contrato Social, devidamente registrado Fotocpia autenticada do CPF, RG e comprovante de endereo dos scios Preenchimento da Ficha Cadastral da Pessoa Jurdica, Quadro de Scios e Ficha Complementar, que compe o programa do CNPJ, fornecido pela Receita Federal

    Fotocpia autenticada do IPTU da sede

    b) www.portao.rs.gov.br: Inscrio na Prefeitura:

    Para cadastro na Prefeitura necessrio consultar o municpio em que a empresa ir ser registrada, pois cada uma tem seus formulrios prprios.

    Registro das empresas mercantis comrcios e indstrias sociedades e empresrio

    Empresrio: A explorao de uma atividade comercial e/ou industrial por uma nica pessoa fsica, caracteriza uma Empresrio. Confundi-se dessa maneira, a figura da pessoa fsica com a da pessoa jurdica e essa pessoa fsica obtm lucro atravs da comercializao de mercadorias e no na prestao de servios. A pessoa fsica que decide exercer a atividade mercantil sozinha, responde ilimitadamente pelos compromissos assumidos no mercado, comprometendo, inclusive, os seus bens pessoais.

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    Sociedade: A explorao de uma atividade comercial e/ou industrial por duas ou mais pessoas fsicas, caracteriza uma Sociedade Mercantil.

    A empresa Mercantil aquela cuja atividade poder ser industrial ou comercial, ou comrcio e indstria. O seu primeiro registro feito na Junta Comercial e os procedimentos so encontrados no site:

    a) www.jucergs.rs.gov.br.

    b) www.receita.fazenda.gov.br: Inscrio no Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica - CNPJ: c) www.sefaz.rs.gov.br: Inscrio no Cadastro Estadual de Contribuinte:

    A inscrio na Secretaria da Fazenda do Estado necessria s empresas mercantis contribuintes do ICMS e dever ser feita junto ao Posto Fiscal da jurisdio do estabelecimento. A inscrio somente poder ser feita atravs da Internet, utilizando o Posto Fiscal Eletrnico. O sistema pede os dados do contador responsvel.

    d) www.portao.rs.gov.br: Inscrio na Prefeitura

    Informaes sobre as unidades cadastradoras

    JUNTA COMERCIAL DO ESTADO

    A Junta Comercial do Rio Grande do Sul tem como funes a anlise dos arquivamentos das empresas comerciais, agrcolas ou industriais, tais como atas, protocolos, registros de firmas, marcas, patentes, contratos iniciais, alteraes de contratos, falncias, etc. A riqueza dos dados disponibilizados por esta instituio possibilitam a realizao de diversos tipos de pesquisas, seja com a finalidade de resgatar nosso passado, avaliar a presente situao econmica de nosso Estado ou ainda fornecer subsdios para o planejamento futuro da economia gacha. Cabe s Juntas Comerciais executar os registros do comrcio, o assentamento dos usos e prticas mercantis, os encargos de processar a habilitao e a nomeao, bem como fiscalizar, punir, e exonerar os tradutores pblicos, os leiloeiros, os avaliadores, os corretores de mercadorias e os demais agentes auxiliares do comrcio. A Junta Comercial tambm tem a incumbncia de fiscalizar os armazns de depsito, de julgar processos e atender s consultas formuladas pelos poderes pblicos a respeito do registro do comrcio e atividades afins.

    RECEITA FEDERAL DO BRASIL

    A Secretaria da Receita Federal do Brasil um rgo especfico, singular, subordinado ao Ministrio da Fazenda, exercendo funes essenciais para que o Estado possa cumprir seus objetivos. responsvel pela administrao dos tributos de competncia da Unio, inclusive os previdencirios, e aqueles incidentes sobre o comrcio exterior, abrangendo parte significativa das contribuies sociais do Pas. Auxilia, tambm, o Poder Executivo Federal na formulao da poltica tributria brasileira, alm de trabalhar para prevenir e combater a sonegao fiscal, o contrabando, o descaminho, a pirataria, a fraude comercial, o trfico de drogas e de animais em extino e outros atos ilcitos relacionados ao comrcio internacional.

    As competncias da Receita Federal do Brasil podem ser sintetizadas como:

    administrao dos tributos internos e do comrcio exterior;

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    gesto e execuo das atividades de arrecadao, lanamento, cobrana administrativa, fiscalizao, pesquisa e investigao fiscal e controle da arrecadao administrada;

    gesto e execuo dos servios de administrao, fiscalizao e controle aduaneiro; represso ao contrabando e descaminho, no limite da sua alada;

    preparo e julgamento, em primeira instncia, dos processos administrativos de determinao e exigncia de crditos tributrios da Unio;

    interpretao, aplicao e elaborao de propostas para o aperfeioamento da legislao tributria e aduaneira federal;

    subsdio formulao da poltica tributria e aduaneira; subsdio elaborao do oramento de receitas e benefcios tributrios da Unio;

    interao com o cidado por meio dos diversos canais de atendimento, presencial ou a distncia;

    educao fiscal para o exerccio da cidadania;

    formulao e gesto da poltica de informaes econmico-fiscais; promoo da integrao com rgos pblicos e privados afins, mediante convnios para

    permuta de informaes, mtodos e tcnicas de ao fiscal e para a racionalizao de atividades, inclusive com a delegao de competncia;

    atuao na cooperao internacional e na negociao e implementao de acordos internacionais em matria tributria e aduaneira;

    gesto dos recursos materiais, financeiros, humanos e tecnolgicos.

    RECEITA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL

    A Receita Estadual, criada pela Lei Complementar n 13.452, de 26 de abril de 2010, uma instituio de carter permanente vinculada ao interesse pblico como atividade essencial ao funcionamento do Estado, organizado sob a forma de sistema, sendo rgo de execuo subordinado Secretaria da Fazenda, responsvel pela administrao tributria estadual. Funes e Competncias

    I.gerir, administrar, planejar, normatizar e executar as atividades de fiscalizao e de imposio tributria;

    II.gerir, administrar, planejar, normatizar e executar a arrecadao das receitas pblicas estaduais; III.gerir, administrar, planejar, normatizar e executar a cobrana administrativa dos crditos tributrios e no-tributrios, inclusive a inscrio como dvida ativa;

    IV.expedir, quando for sua atribuio, ou propor a expedio de atos normativos e, ainda, elaborar e propor anteprojetos de lei e regulamentos que versem sobre as matrias de sua competncia;

    V.preparar e julgar os processos administrativo-tributrios, em primeira instncia, de contencioso fiscal, inclusive nos casos de pedidos de reconhecimento de imunidade, de no-incidncia e de iseno;

    VI.prestar assessoramento na formulao da poltica econmico-tributria, inclusive em relao a benefcios fiscais e incentivos financeiros e fiscais oriundos de fundos de desenvolvimento setorial, com base em estudos e anlises de natureza econmico-fiscal;

    VII.decidir sobre o cancelamento ou qualquer outra forma de extino de crdito tributrio e no-tributrio, conforme estabelece a legislao prpria;

    VIII.gerir, administrar, planejar, normatizar e operar os sistemas e a tecnologia de informao, na rea de sua competncia;

    IX.dar soluo a consultas relativas a matria tributria; X.supervisionar, planejar e coordenar programas de promoo e de educao tributrias, podendo, inclusive, propor parcerias com outras entidades da administrao pblica e da sociedade civil;

    XI.divulgar a legislao tributria e orientar os contribuintes; XII.representar a Secretaria da Fazenda junto Comisso Tcnica Permanente do ICMS COTEPE;

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    XIII.exercer o acompanhamento e o controle das transferncias intergovernamentais, no mbito de sua competncia;

    XIV.participar de rgos colegiados de coordenao tributria de abrangncia regional, nacional ou internacional, ressalvados os de competncia exclusiva do Secretrio de Estado da Fazenda;

    XV.apurar a participao dos municpios no produto da arrecadao dos tributos, nos termos previstos em lei;

    XVI.pronunciar-se em processos de inventrios, arrolamentos e separaes sobre o valor de bens e de direitos a eles relativos, bem como representar a Secretaria da Fazenda, como assistente tcnico, nas avaliaes judiciais contraditrias;

    XVII.efetuar a estimativa do valor dos bens, inclusive a contraditria, para fins de apurao da base de clculo dos tributos estaduais e de garantias;

    XVIII.promover estudos e propor medidas de aperfeioamento e regulamentao da legislao tributria estadual, bem como efetuar sua consolidao;

    XIX.preparar e julgar os processos administrativos, em primeira instncia, de pedidos de restituio de qualquer receita pblica de competncia do Estado;

    XX.celebrar ajustes, protocolos e outros acordos, bem como prestar assessoramento nas proposies de convnios, a serem firmados com pessoas jurdicas de direito pblico ou de direito privado, de acordo com a competncia definida nas normas vigentes;

    XXI.preparar informaes a serem prestadas em mandado de segurana impetrado contra ato de autoridade em exerccio na Secretaria da Fazenda, relativamente aos tributos estaduais;

    XXII.prestar apoio tcnico aos rgos de defesa judicial do Estado e aos demais rgos e poderes do Estado, inclusive prestando assistncia tcnica em percias judiciais relacionadas com matria de sua competncia;

    XXIII.prestar assessoramento Administrao Indireta na rea de sua competncia; XXIV.orientar e supervisionar as atividades de produo e disseminao de informaes estratgicas na

    rea de sua competncia, destinadas ao gerenciamento de riscos ou utilizao por rgos e entidades participantes de operaes conjuntas, visando preveno e ao combate s fraudes e prticas delituosas no mbito da administrao tributria estadual;

    XXV.executar os procedimentos de formao e instruo de auto de notcia-crime nos crimes praticados contra a ordem tributria;

    XXVI.celebrar ajustes, protocolos e outros acordos com rgos e entidades da administrao municipal, estadual, federal e entidades de direito pblico ou privado, para permuta de informaes, racionalizao de atividades e realizao de operaes conjuntas, de acordo com a competncia definida nas normas vigentes;

    XXVII.realizar auditorias nos agentes arrecadadores, cartrios de registros de imveis e tabelionatos, nas atividades que envolvam a administrao tributria estadual;

    XXVIII.planejar, programar, orientar, coordenar, executar, supervisionar e controlar as atividades setoriais de administrao tributria estadual;

    XXIX.decidir sobre pedidos de moratria e de parcelamento de crditos tributrios e no-tributrios; XXX.exercer outras atribuies ou encargos que lhe sejam correlatos.

    Alm das funes institucionais referidas, compete Receita Estadual:

    I.elaborar sugesto de proposta oramentria do rgo a ser encaminhada ao Secretrio de Estado da Fazenda;

    II.gerenciar as despesas da sua unidade oramentria; III.submeter ao Secretrio de Estado da Fazenda a poltica de seleo e capacitao de recursos humanos.

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    ATIVIDADE: EXERCICIOS E AVALIAO

    Veja a proposta para ser entregue na prxima semana.

    SEMANA 3 15/AGO A 19/AGO

    JUNTA COMERCIAL documentos para cadastro

    Apresentar os documentos necessrios para registro da sua empresa, na Junta Comercial, para preenchimento.

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    Orientaes:

    1 Passo: Monte um grupo. Tenha em mente que a empresa criada neste estgio ser utilizada ao longo de todo o curso. O grupo poder ter, NO MXIMO, 5 componentes.

    2 Passo: Adquira um caderno de campo onde o grupo dever anotar todas as suas decises a respeito da empresa montada.

    3 Passo: O grupo deve determinar atividade econmica da empresa. A empresa dever ser um COMRCIO especificamente, o grupo determinar apenas comrcio de que (que produtos sero comercializados pela empresa).

    4 Passo: O grupo deve determinar a natureza jurdica da empresa. Se a empresa for uma sociedade dever ter, NO MXIMO, 2 scios. O empresrio ou os scios no necessariamente precisam ser os componentes do grupo (lembrem-se que vocs sero os contabilistas da empresa depois).

    5 Passo: O grupo deve determinar quem sero os donos da empresa. Aqui especificar o(s) nome(s) da(s) pessoa(s) responsvel/responsveis pela empresa.

    6 Passo: O grupo deve determinar Nome Fantasia e Razo Social da empresa (com base no que foi visto na aula passada e no que o grupo j decidiu). Estas informaes devem estar no caderno de campo conforme as decises tomadas pelo grupo e devem ser enviadas por e-mail (em formato DOC ou DOCX) para a professora [email protected] (veja formulrio abaixo) e para a professora [email protected]. O assunto do e-mail deve ser TURMA Plano de Negcios. Identificar componentes do grupo no corpo do e-mail.

    No esquea de, nos arquivos enviados, identificar NOMES DOS COMPONENTES e TURMA. Faa um cabealho no WORD.

    TURMA M1 (A ou B)(Tarde ou Noite)

    COMPONENTES DO GRUPO

    Nomes dos Componentes

    ATIVIDADE ECONMICA Comrcio de ...

    PRODUTOS Produtos que sero comercializados

    NATUREZA JURDICA Empresa Individual ou Sociedade Limitada

    SCIO(S) Nome Nome

    NOME FANTASIA Nome/Marca que o grupo definir

    RAZO SOCIAL Conforme Atividade Econmica, Natureza Jurdica e Nomes dos Scios

    SEMANA 4 22/AGO A 26/AGO

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    mep

    SEMANA 5 29/AGO A 02/SET

    JUNTA COMERCIAL preenchimento documentos para cadastro

    Atos de Sociedade Exceto por Aes Solicite e encaminhe os atos do Registro do Comrcio referentes s Sociedades Limitadas, conforme a legislao vigente.

    Atos e Eventos : descritos no site e na capa requerimento

    Formulrios e Documentos disponveis para download: www.jucergs.rs.gov.br

    Modelo de Contrato Social para Transformao de Empresrio em Ltda, Modelo de Alterao Contratual para Transformao de Ltda em Empresrio, Carto Protocolo, Comunicao de Funcionamento, Comunicao de Paralisao Temporria de Atividades, DARF - Documento de Arrecadao de Receitas Federais, FCN - Ficha de Cadastro Nacional de Empresas, Legislao Bsica do Registro do Comrcio, Enquadramento de ME ou EPP, Requerimento de Empresrio, Requerimento de Autenticao de Livros, Requerimento de Certido / Consulta a DocumentosMercantis, Formulrio de Perda de Protocolo, Capa do Processo de Empresrio (Firma Individual).

    SEMANA 6 05/SET A 09/SET

    RECEITA FEDERAL documentos e preenchimento documentos para cadastro

    Orientaes: pesquisar site receita federal preencher e entregar

    SEMANA 7 12/SET A 16/SET

    RECEITA ESTADUAL documentos para cadastro

    Orientaes: pesquisar site receita estadual

    SEMANA 8 19/SET A 23/SET

    RECEITA ESTADUAL preenchimento documentos para cadastro

    Orientaes: preencher e entregar

    SEMANA 9 26/SET A 30/SET

    PREFEITURA MUNICIPAL documentos para cadastro

    Orientaes: pesquisar

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    PREFEITURA MUNICIPAL documentos para cadastro

    Orientaes: preencher e entregar

    SEMANA 11 10/OUT A 14/OUT

    AVALIAO cadastro

    SEMANA 12 17/OUT A 21/OUT

    ORGANIZAO

    a forma escolhida para arranjar, dispor ou classificar os diversos objetos, documentos e informaes, bem como sua necessria contabilidade, atravs do CONTROLE. o processo de reunir recursos fsicos e principalmente os humanos, essenciais consecuo dos objetivos de uma empresa. A estrutura de uma organizao representada atravs do seu organograma, fluxograma e Contabilidade. Em Administrao, organizao tem sempre e necessariamente dois sentidos:

    Combinao de esforos individuais que tem por finalidade realizar propsitos coletivos. Exemplo: empresas, associaes, rgos do governo, ou seja, qualquer entidade pblica ou privada. Ou seja, a organizao em uma empresa determina o que far cada integrante para alcanar o objetivo coletivo, do grupo.

    Modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o trabalho. Ou seja, um conjunto bem determinado de procedimentos, divididos e seqenciados (geralmente em um organograma) necessrios para se realizar um trabalho, no fluxograma derivado dai.

    Organizar compreende atribuir responsabilidades s pessoas e atividades aos rgos (unidades administrativas). A forma de organizar estes rgos chama-se de departamentalizao, ou "COM - MANDOS(segundo Fayol)".

    DEPARTAMENTALIZAO

    A departamentalizao por funes da empresa tem como vantagens a especializao de tarefas, visando um uso de recursos especializados mais concentrados, levando a uma satisfao dos funcionrios maior. Porm uma grande concentrao de recursos e especializao do trabalho afeta a viso de conjunto na organizao, podendo gerar uma comunicao deficiente e uma insegurana quando ocorre um crescimento notvel na organizao;

    Quando cada unidade da empresa ocorre em regies diferentes, h o surgimento de um tipo geogrfico de departamentalizao, em que cada unidade ou regio pode ter um gestor e este se reporta ao nvel hierrquico geral (matriz da empresa), isto permite usar os diferenciais das diferentes regies como vantagens competitivas em relao aos concorrentes, dado que o gestor regional conhece a rea com maior peculiaridade permitindo um tempo que ao mais rpida para eventuais problemas. Porm este tipo de departamentalizao pode dificultar a coordenao de pessoal devido s diferentes reas de atuao e portanto interferindo em uma comunicao entre os gestores mais rpida;

    A departamentalizao por clientes consiste em separ-los por grupos semelhantes e portanto mantendo o foco ideal para cada tipo de cliente. vantajoso no que tange ao reconhecimento e atendimento aos grupos, podendo haver uma vantagem mercadolgica frente a estes. Mas

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    tambm enfrenta o problema de uma coordenao geral, pois os diferentes gestores exigiro diferentes recompensas, de acordo com os respetivos grupos;

    Departamentalizao por processos, ocorre na diviso das atividades segundo o processo produtivo, como na administrao pblica, gerando uma especializao maior dos recursos alocados e comunicao das informaes tcnicas maior tambm, mas tambm pode comprometer a flexibilidade de alguns ajustes necessrios nos processos;

    A departamentalizao por produtos e servios ocorre geralmente na indstria de bens de consumo, pois gera uma facilidade maior para a criao de novos produtos, alm de facilitar a coordenao dos resultados individuais dos produtos e servios da empresa. Porem dificulta a coordenao geral dos resultados, alm de gerar uma disparidade de poder entre funcionrios de mesma hierarquia;

    Por ltimo e no menos importante, tem-se a departamentalizao por projetos, que consiste na atribuio das atividades frente aos projetos existentes nas organizaes, como cada projeto de grande conhecimento de seu gestor, esta prtica permite um melhor cumprimento das metas e prazos, uma vez que a adaptao dos gestores aos seus projetos maior em relao ao todo. Como pontos negativos tm-se o emprego errado de recursos, ou apenas ociosos, e a tomada de deciso partindo apenas um ponto de vista (gestores individuais).

    ATIVIDADE PROPOSTA: DETERMINAR DEPARTAMENTOS, IDENTIFICANDO SUAS ATIVIDADES ESPECIFICAS, REFERENTE ATIVIDADES CONTABEIS DA EMPRESA DO GRUPO, UTILIZANDO MATERIAL COMPLEMENTAR NO FINAL DESTE POLIGRAFO.

    SEMANA 13 24/OUT A 28/OUT

    ORGANOGRAMA

    ORGANOGRAMA

    Organograma um grfico que representa a estrutura formal de uma organizao. Os rgos ou departamentos so unidades administrativas com funes bem definidas. Exemplos de rgos: Tesouraria, Departamento de Compras, Portaria, Biblioteca, Setor de Produo, Gerncia Administrativa, Diretoria Tcnica, Secretaria, etc. Os rgos possuem um responsvel, cujo cargo pode ser chefe, supervisor, gerente, coordenador, diretor, secretrio, governador, presidente, etc. Normalmente tem colaboradores (funcionrios) e espao fsico definido.

    Num organograma, os rgos so dispostos em nveis que representam a hierarquia existente entre eles. Em um organograma vertical, quanto mais alto estiver o rgo, maior a autoridade e a abrangncia da atividade. Exemplo de um organograma

  • ATIVIDADE PROPOSTA: DETERMINAR DEPARTAMENTOS, IDENTIFICANDO SUAS ATIVIDADES ESPECIFICAS, REFERENTE ATIVIDADES CONTABEIS DA EMPRESA DO GRUPO, UTILIZANDO MATERIAL COMPLEMENTAR NO FINAL DESTE POLIGRAFO

    FLUXOGRAMA

    Fluxograma um tipo de diagrama, e pode ser entendido como uma representao esquemtica de um processo, muitas vezes feito atravs de grficos que ilustram de forma descomplicada a transio de informaes entre os elementos que o compem. Podemos entenddos passos necessrios para a execuo de um processo qualquer. Muitindustrias para a organizao de produtos e processos.

    Um fluxograma simples mostrando como lidar com uma

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    DETERMINAR DEPARTAMENTOS, IDENTIFICANDO SUAS ATIVIDADES ESPECIFICAS, REFERENTE ATIVIDADES CONTABEIS DA EMPRESA DO GRUPO, UTILIZANDO MATERIAL COMPLEMENTAR NO FINAL DESTE POLIGRAFO

    SEMANA

    , e pode ser entendido como uma representao esquemtica de um muitas vezes feito atravs de grficos que ilustram de forma descomplicada a transio de

    informaes entre os elementos que o compem. Podemos entend-lo, na prtica, como a documentao dos passos necessrios para a execuo de um processo qualquer. Muito utilizada em fbricas e industrias para a organizao de produtos e processos.

    Um fluxograma simples mostrando como lidar com uma lmpada que no funciona.

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    DETERMINAR DEPARTAMENTOS, IDENTIFICANDO SUAS ATIVIDADES ESPECIFICAS, REFERENTE ATIVIDADES CONTABEIS DA EMPRESA DO GRUPO, UTILIZANDO

    EMANA 13 24/OUT A 28/OUT

    , e pode ser entendido como uma representao esquemtica de um muitas vezes feito atravs de grficos que ilustram de forma descomplicada a transio de

    lo, na prtica, como a documentao o utilizada em fbricas e

    que no funciona.

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    A complexidade crescente das corporaes e governos levou a uma preocupao da sociedade com a organizao da atividade contbil. At meados do sculo XX, muitos autores a viam como um processo (alguns a chamavam por isso de Contabilidade Histrica). Com a popularizao da viso sistmica e o advento do "Estruturalismo", que passaram a ser desenvolvidos na Economia e na Sociologia, os autores contbeis comearam a pensar a atividade em termos estruturalistas: no Brasil, diante das peculiaridades prprias da aplicao da matria, foi proposto um sistema de funes (ver Funcionalismo) que atendesse os trs principais objetivos contbeis: registro, controle e informao.

    ATIVIDADE PROPOSTA: CRIAR UM ORGANOGRAMA E UM FLUXOGRAMA DE ATIVIDADES CONTABEIS DA EMPRESA DO GRUPO, UTILIZANDO MATERIAL COMPLEMENTAR NO FINAL DESTE POLIGRAFO.

    SEMANA 14 31/OUT A 04/NOV

    AVALIAO

    SEMANA 15 07/NOV A 11/NOV

    EXECUO DO PLANEJAMENTO

    PLANEJAMENTO e EXECUO Duas questes de vital importncia no nosso dia-a-dia. No h dvida que Planejamento algo que deve ser feito e seguido em qualquer rea da vida. No cenrio profissional, sua importncia vital para otimizar resultados e gerir melhor o tempo, quase sempre escasso para tantos afazeres.

    No raro , no entanto, encontramos pessoas com dificuldade em executar o que planejou. As razes para isso so as mais variadas possveis. Passam pela falta de confiana, podendo chegar ao perfeccionismo exagerado. Seja qual for o motivo, adiar a execuo do que se planeja, sem uma razo aparente e justificvel nem sempre a melhor opo. Alis, no , pois pode custar caro, alm do risco de comprometer o resultado.

    ATIVIDADE PROPOSTA: REVISAR PROCESSO PLANEJAMENTO DO REGISTRO DA EMPRESA E PLANO DE NEGCIOS, A SUA FUNCIONALIDADE, A DISTRIBUIO DE ATRIBUIO DOS GRUPOS, PRAZOS ESTIPULADOS E CUMPRIMENTO DOS MESMOS.

    SEMANA 16 14/NOV A 18/NOV

    EXECUO DO PLANEJAMENTO

    ATIVIDADE PROPOSTA: CONTINUAO E ENTREGA ATIVIDADE DA SEMANA ANTERIOR

    SEMANA 17 21/NOV A 25/NOV

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    AVALIAO

    SEMANA 18 28/NOV A 02/DEZ

    REVISAO GERAL

    SEMANA 19 05/DEZ A 09/DEZ

    RECUPERAES

    SEMANA 20 12/DEZ A 16/DEZ

    FEEDBACK

    Material complementar

    1. Introduo ......................................................................................................................................... 02 2. Escriturao Contbil ........................................................................................................................ 02 2.1 - Incio da Escriturao ................................................................................................................... 02 2.2 - Obrigatoriedade do Livro Dirio .................................................................................................. 02 2.2.1 - Dispensa da Escriturao ......................................................................................................... 02 2.3 - Forma da Escriturao ................................................................................................................. 02 3. Escriturao Completa e Simplificada .............................................................................................. 02 3.1 - Empresas Optantes Pelo SIMPLES e Pelo Lucro Presumido ..................................................... 02 4. Escriturao Comercial .................................................................................................................... 4.1 - Regras a Observar ....................................................................................................................... 03 5. Livros Comerciais ............................................................................................................................. 03 5.1 - Livro Dirio ................................................................................................................................... 03 5.2 - Livro Razo .................................................................................................................................. 03 5.3 - Livro Registro de Inventrio ......................................................................................................... 04 5.4 - Livro Registro de Duplicatas ........................................................................................................ 04 5.5 - Livros Facultativos ....................................................................................................................... 04 6. Livros Fiscais ..................................................................................................................................... 05 6.1 - Obrigatrios Perante a Legislao do Imposto de Renda ............................................................. 05 6.1.2 - Livro Para Registro de Compras ................................................................................................. 05 6.1.3 - Livro de Apurao do Lucro Real (LALUR) ................................................................................. 05 6.1.4 - Livro Registro de Estoque de Imveis de Empresas Imobilirias ............................................... 05 6.1.5 - Livro de Movimentao de Combustveis .................................................................................... 05

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    6.2 - Obrigatrios Perante a Legislao do IPI ....................................................................................... 05 6.3 - Livros Obrigatrios Perante a Legislao do ICMS ........................................................................ 05 7. Escriturao Por Processamento de Dados ........................................................................................ 05 7.1 - Empresa Que Utilize Sistema Escritural Eletrnico ......................................................................... 06 8. Termo de Abertura e Encerramento .................................................................................................... 06 8.1 - Termo de Abertura .......................................................................................................................... 06 8.1.1 Modelo ......................................................................................................................................... 07 8.2 - Termo de Encerramento .................................................................................................................. 07 8.2.1 - Modelo .......................................................................................................................................... 06 9. Autenticao no Registro do Comrcio ............................................................................................... 07 10. Extravio ou Destruio de Livros ........................................................................................................ 07 11. Sucesso: Utilizao Dos Mesmos Livros .......................................................................................... 07 11.1 - Modelo 12. Centralizao da Contabilidade ou Incorporao Dos Resultados Das Filiais .................................. 08 13. Valor Probante da Escriturao ......................................................................................................... 08 14. Falsificao na Escriturao de Documentos ................................................................................... 08 15. Responsabilidade do Contabilista ..................................................................................................... 08 15.1 - Responsabilidade Perante a Legislao do Imposto de Renda .................................................... 08 15.2 - Alcance da Responsabilidade ....................................................................................................... 08 16. Conservao e Guarda da Documentao ....................................................................................... 09 17. Exibio Dos Instrumentos de Escriturao Contbil a Terceiros ..................................................... 09 1. INTRODUO No Cdigo Civil Brasileiro encontra-se os procedimentos contbeis das empresas, bem como a responsabilidade do contabilista. As normas apresentadas abaixo aplicam-se no s s sociedades como tambm s sucursais, filiais ou agncias, no Brasil, do empresrio ou sociedade com sede em pas estrangeiro. necessrio, portanto estar atento s possveis mudanas sempre que tiver nova verso do Cdigo Civil. 2. ESCRITURAO CONTBIL 2.1 - Incio da Escriturao Pelo Princpio Contbil da Entidade, a partir da aquisio da personalidade jurdica que se pode ter incio a Escriturao Contbil da sociedade. 2.2 - Obrigatoriedade do Livro Dirio O empresrio e a sociedade empresria so obrigados a manter um sistema de contabilidade, por meio manual, mecanizado ou por processamento de dados, com base na escriturao uniforme de seus livros, em correspondncia com a documentao comprobatria do fato contbil. Alm dos demais livros exigidos por lei, indispensvel o Dirio, que pode ser substitudo por fichas no caso de

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    escriturao mecanizada ou eletrnica. A adoo de fichas no dispensa o uso de livro apropriado para o lanamento do balano patrimonial e do de resultado econmico. 2.2.1 - Dispensa da Escriturao A dispensa de qualquer escriturao deve ser sempre analisada de forma a identificar qual rgo fiscalizador a dispensa, pois outros podem exigir, permanecendo a obrigatoriedade de sua existncia. 2.3 - Forma da Escriturao A escriturao ser feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contbil, por ordem cronolgica de dia, ms e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borres, rasuras, emendas ou transportes para as margens. permitido o uso de cdigo de nmeros ou de abreviaturas, que constem de livro prprio, regularmente autenticado. No livro Dirio sero lanadas, com individuao, clareza e caracterizao do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reproduo, todas as operaes relativas ao exerccio da empresa, observado o seguinte. I - admite-se a escriturao resumida do livro Dirio, com totais que no excedam o perodo de 30 (trinta) dias, relativamente a contas cujas operaes sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificao; II - sero lanados no livro Dirio o balano patrimonial e o de resultado econmico, devendo ambos ser assinados pelo contabilista legalmente habilitado e pelo empresrio ou administrador da sociedade empresria.

    3. ESCRITURAO COMPLETA E SIMPLIFICADA A escriturao completa aquela disciplinada pela legislao comercial e feita de conformidade com a tcnica contbil no livro Dirio, atendendo os requisitos da legislao comercial e fiscal. A escriturao simplificada, por sua vez, no atende os requisitos da legislao comercial e facultada a determinados contribuintes pela legislao fiscal. A pessoa jurdica optante pelo regime de tributao com base no lucro presumido ou no SIMPLES NACIONAL, por exemplo, est obrigada, perante a legislao fiscal, escriturao do livro Caixa. 3.1 - Empresas Optantes Pelo SIMPLES NACIONAL e Pelo Lucro Presumido Observamos que a Escriturao Contbil de uma empresa , em primeiro lugar, uma exigncia da legislao comercial, tendo em vista os interesses societrios e creditcios envolvidos na atividade empresarial. Assim sendo, todas as empresas so obrigadas manuteno da Escriturao Contbil, ainda que a legislao do Imposto de Renda permita que determinadas empresas, como o caso das empresas optantes pelo SIMPLES e pela tributao com base no lucro presumido, escriturem apenas o livro Caixa. Portanto, a escriturao to-somente do livro Caixa, para as empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL ou tributadas com base no lucro presumido, trata-se de regra permissiva da legislao fiscal. Perante a legislao societria, falimentar, de licitao, etc., essas empresas so obrigadas apresentao da escriturao do livro Dirio e das demonstraes contbeis. 4. ESCRITURAO COMERCIAL

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    4.1 - Regras a Observar A forma de escriturar suas operaes de livre escolha do contribuinte, dentro dos princpios tcnicos ditados pela Contabilidade, no cabendo s reparties fiscais opinar sobre processos de escriturao, os quais s estaro sujeitos impugnao quando em desacordo com as normas e padres de Contabilidade geralmente aceitos ou que possam levar a um resultado diferente do legtimo. A escriturao ser completa, em idioma e moeda corrente nacionais, em forma mercantil, com individuao e clareza, por ordem cronolgica de dia, ms e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borraduras, rasuras, emendas e transportes para as margens. 5. LIVROS COMERCIAIS De acordo com a Resoluo CFC n 563/1983, a pessoa jurdica obrigada a seguir ordem uniforme de escriturao, mecanizada ou no, utilizando os livros e papis adequados, cujo nmero e espcie ficam a seu critrio. 5.1 - Livro Dirio O livro Dirio de uso obrigatrio, pois constitui o registro bsico de toda Escriturao Contbil. Esse livro deve ser encadernado com folhas numeradas seguidamente, em que sero lanados dia-a-dia, diretamente ou por reproduo, os atos ou operaes da atividade, ou que modifiquem ou possam vir a modificar a situao patrimonial da pessoa jurdica (Art. 258 do RIR/1999). No tocante forma de encadernao, a legislao no fixa critrios especficos, mas na prtica as Juntas Comerciais tm exigido que as folhas do livro Dirio sejam encadernadas em livros de at 500 pginas e, se for caso, utilizando-se mais de um volume para o mesmo ano-calendrio. Observe-se que, nesse caso, as pginas tm numerao seqencial, apenas os livros tm a anotao relativa ao nmero do volume. Exemplo: Livro Dirio n 50 - ano-calendrio 2000 - volume I - pgina 01 a 500; Livro Dirio n 50 - ano-calendrio 2000 - volume II - pgina 501 a 1000. Admite-se a escriturao resumida no livro Dirio, por totais que no excedam o perodo de 1 (um) ms, relativamente s contas cujas operaes sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares para registro individualizado e conservados os documentos que permitam sua perfeita verificao. Todos os lanamentos realizados no livro Dirio devem ser feitos com individuao e clareza, de modo a permitir, em qualquer momento, a perfeita identificao dos fatos descritos, devendo conter, necessariamente, no encerramento do perodo de apurao, a transcrio das demonstraes contbeis. A critrio do contribuinte poder ser inserido, no livro Dirio, o plano de contas utilizado no ano-calendrio.

    5.2 - Livro Razo A pessoa jurdica tributada com base no lucro real dever manter, em boa ordem e segundo as normas contbeis recomendadas, livro Razo ou fichas utilizadas para resumir e totalizar por conta ou subconta os lanamentos efetuados no livro Dirio, devendo sua escriturao ser individualizada, obedecendo a ordem cronolgica das operaes (Art. 259 do RIR/1999). O livro Razo ou as fichas esto dispensados de registro e autenticao no rgo de Registro do Comrcio.

    5.3 - Livro Registro de Inventrio O art. 1.187 do Cdigo Civil/2002 reformulou a funo do livro Registro de Inventrio, estabelecendo que na coleta dos elementos para o inventrio sero observados os critrios de avaliao a seguir determinados: I - os bens destinados explorao da atividade sero avaliados pelo custo de aquisio, devendo, na avaliao dos

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    que se desgastam ou depreciam com o uso, pela ao do tempo ou outros fatores, atender-se desvalorizao respectiva, criando-se fundos de amortizao para assegurar-lhes a substituio ou a conservao do valor; II - os valores mobilirios, matria-prima, bens destinados alienao, ou que constituem produtos ou artigos da indstria ou comrcio da empresa podem ser estimados pelo custo de aquisio ou de fabricao, ou pelo preo corrente, sempre que este seja inferior ao preo de custo, e quando o preo corrente ou venal estiver acima do valor do custo de aquisio, ou fabricao, e os bens forem avaliados pelo preo corrente, a diferena entre este e o preo de custo no ser levada em conta para a distribuio de lucros, nem para as percentagens referentes a fundos de reserva; III - o valor das aes e dos ttulos de renda fixa pode ser determinado com base na respectiva cotao da Bolsa de Valores; os no cotados e as participaes no acionrias sero considerados pelo seu valor de aquisio; IV - os crditos sero considerados de conformidade com o presumvel valor de realizao, no se levando em conta os prescritos ou de difcil liquidao, salvo se houver, quanto aos ltimos, previso equivalente. Entre os valores do ativo podem figurar, desde que se proceda, anualmente, sua amortizao: a) as despesas de instalao da sociedade, at o limite correspondente a 10% (dez por cento) do capital social; b) os juros pagos aos acionistas da sociedade annima, no perodo antecedente ao incio das operaes sociais, taxa no superior a 12% (doze por cento) ao ano, fixada no estatuto; c) a quantia efetivamente paga a ttulo de aviamento de estabelecimento adquirido pelo empresrio ou sociedade. Perante a legislao do Imposto de Renda, o art. 261 do RIR/1999 estabelece que, no livro Registro de Inventrio devero ser arroladas as mercadorias, as matrias-primas, os produtos manufaturados, os produtos em fabricao e os bens em almoxarifado existentes na data do encerramento do perodo de apurao do lucro real (trimestral ou anual) ou, no caso de empresa tributada com base no lucro presumido, no ltimo dia do ano-calendrio. Observe-se, ainda, que os bens devem ser discriminados individualmente, com especificaes que indiquem a sua natureza, unidade, quantidade, valor unitrio e o valor total de cada um, bem como o valor global por agrupamento. O livro Registro de Inventrio ou as fichas que o substituem devem ser autenticados pelo rgo de Registro do Comrcio. 5.4 - Livros Facultativos Os livros auxiliares, tais como Caixa e Contas-Correntes, que tambm podero ser escriturados em fichas, tero dispensada sua autenticao, quando as operaes a que se reportarem tiverem sido lanadas, pormenorizadamente, em livros devidamente registrados. 6. LIVROS FISCAIS 6.1 - Obrigatrios Perante a Legislao do Imposto de Renda A pessoa jurdica tributada com base no lucro real, alm dos livros de Contabilidade previstos em leis e regulamentos, dever possuir os seguintes livros, para efeitos do Imposto de Renda (Arts. 260 a 262 do RIR/1999): 6.1.2 - Livro Para Registro de Compras Este livro destina-se ao registro das Notas Fiscais correspondentes s aquisies de matrias-primas, materiais auxiliares e mercadorias para revenda. A pessoa jurdica, em substituio ao livro Registro de Compras, poder utilizar o livro Registro de Entradas adotado para atendimento da legislao do ICMS/IPI. 6.1.3 - Livro de Apurao do Lucro Real (LALUR) No LALUR, a pessoa jurdica dever:

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    I - lanar os ajustes do lucro lquido do perodo de apurao; II - transcrever a demonstrao do lucro real; III - manter os registros de valores que devam influenciar a determinao do lucro real de perodos futuros e no constem da escriturao comercial (prejuzos fiscais, lucro inflacionrio, etc.); IV - manter os registros de controle dos valores excedentes a serem utilizados no clculo das dedues nos perodos subseqentes, dos dispndios com Programa de Alimentao do Trabalhador, PDTI, PDTA, etc. O LALUR poder ser escriturado mediante utilizao de sistema eletrnico de processamento de dados, observadas as normas baixadas pela Secretaria da Receita Federal. 6.1.4 - Livro Registro de Estoque de Imveis de Empresas Imobilirias As pessoas jurdicas, ou pessoas fsicas a elas equiparadas, dedicadas s atividades imobilirias, devero manter registro permanente de estoque para efeito de determinao do custo dos imveis vendidos. Esse registro poder ser feito em livro, fichas, mapas ou formulrios contnuos emitidos por sistema de processamento de dados. O livro ou conjunto de fichas, mapas ou formulrios contnuos no precisam ser registrados nem autenticados em reparties da Secretaria da Receita Federal ou em qualquer outro rgo. Ressalte-se que a exigncia do registro permanente de estoque no dispensa a pessoa jurdica que exerce atividade imobiliria de possuir e escriturar o livro Registro de Inventrio. 6.1.5 - Livro de Movimentao de Combustveis Este livro deve ser escriturado diariamente pelos postos revendedores. Este livro dispensado de autenticao no Registro do Comrcio ou no Registro Civil de Pessoas Jurdicas, no ficando dispensado da autenticao na repartio fiscal estadual, conforme a legislao pertinente. 6.2 - Obrigatrios Perante a Legislao do IPI A pessoa jurdica contribuinte do IPI, alm dos livros comerciais mencionados, dever escriturar os seguintes livros, para efeitos da legislao do IPI (Decreto n 2.637/1998): I - Registro de Entradas, modelo 1; II - Registro de Sadas, modelo 2; III - Registro de Controle da Produo e do Estoque, modelo 3; IV - Registro do Selo de Controle, modelo 4; V - Registro de Impresso de Documentos Fiscais, modelo 5; VI - Registro de Utilizao de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrncias, modelo 6; VII - Registro de Inventrio, modelo 7; VIII - Registro de Apurao do IPI, modelo 8. 6.3 - Livros Obrigatrios Perante a Legislao do ICMS A pessoa jurdica contribuinte do ICMS, alm dos livros comerciais mencionados, dever registrar os seguintes livros, para efeitos da legislao do ICMS. I - Registro de Entradas, modelo 1; II - Registro de Entradas, modelo 1-A III - Registro de Sadas, modelo 2; IV - Registro de Sadas, modelo 2-A; V - Registro de Controle de Produo e do Estoque, modelo 3; VI - Registro de Impresso de Documentos Fiscais, modelo 5; VII - Registro de Utilizao de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrncias, modelo 6; VIII - Registro de Inventrio, modelo 7; IX - Registro de Apurao do ICMS, modelo 9; X - Registro de Movimentao de Combustveis.

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    7. ESCRITURAO POR PROCESSAMENTO DE DADOS De acordo com o art. 255 do RIR/1999, os livros comerciais e fiscais podero ser escriturados por sistema de processamento eletrnico de dados, em formulrios contnuos, observado o seguinte: a) as folhas devero ser numeradas, em ordem seqencial, mecnica ou tipograficamente; b) aps o processamento, os impressos devero ser destacados e encadernados em forma de livro, seguindo-se a lavratura dos termos de abertura e encerramento e a apresentao ao rgo competente para autenticao. 7.1 - Empresa Que Utilize Sistema Escritural Eletrnico As pessoas jurdicas que utilizarem processamento eletrnico de dados para registrar negcios e atividades econmicas, ou financeiras, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contbil ou fiscal, esto obrigadas a manter disposio da Secretaria da Receita Federal os respectivos arquivos digitais e sistemas, pelo prazo decadencial previsto na legislao tributria (Art. 72 da Medida Provisria n 2.158-35/2001). Para esse efeito a Secretaria da Receita Federal expedir os atos necessrios para estabelecer a forma e o prazo em que os arquivos digitais e sistemas devero ser apresentados. Ficam dispensadas do cumprimento dessa obrigao as empresas optantes pelo SIMPLES Federal. 8. TERMO DE ABERTURA E ENCERRAMENTO A primeira e ltima pginas dos livros utilizados na escriturao da pessoa jurdica destinam-se aos termos de abertura e encerramento. Os termos de abertura e encerramento devero ser datados e assinados pelo titular de firma mercantil individual, administrador de sociedade mercantil ou representante legal e por contabilista legalmente habilitado, com indicao do nmero de sua inscrio no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). No havendo contabilista habilitado na localidade em que se situa a sede da empresa, os termos de abertura e de encerramento sero assinados apenas pelo titular de firma mercantil individual, administrador de sociedade mercantil ou representante legal. 8.1 - Termo de Abertura No Termo de Abertura, normalmente, devem constar a finalidade a que se destina o livro, o nmero de ordem, o nmero de folhas, o nome da sociedade a que pertence, o local da sede ou estabelecimento, o nmero e data do arquivamento dos atos constitutivos no rgo competente, e o nmero de inscrio no CNPJ/MF.

    8.1.1 - Modelo Termo de Abertura Este livro contm ....... folhas numeradas (mecnica ou tipograficamente) de 1 a ......, e servir de Dirio n ......da firma individual ou sociedade mercantil ................... (nome empresarial), sediada na Rua .......... n ..... , na cidade ..................... Estado ............, NIRE .................., atos constitutivos arquivados em ....../...../....., inscrita no CNPJ/MF sob n ................. (Localidade), ...... de ............ de 20..... ..................................................................... (Assinatura do titular, administrador ou representante legal da empresa) ..................................................................... (Assinatura de contabilista habilitado) 8.2 - Termo de Encerramento

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    O Termo de Encerramento indica o fim a que se destinou o livro, o nmero de ordem, o nmero de folhas e o nome da sociedade a que pertence o livro. 8.2.1 - Modelo Termo de Encerramento Este livro contm ...... folhas numeradas (mecnica ou tipograficamente) de 1 a ......, e serviu de Dirio n ...... da firma individual ou sociedade mercantil ................. (nome empresarial), sediada na Rua .............. n ......, na cidade de ........................, Estado de .............., NIRE ............, atos constitutivos arquivados em ...../...../....., inscrita no CNPJ/MF sob n ........................... (Localidade), ......... de ................de 20..... ..................................................................... (Assinatura do titular, administrador ou representante legal da empresa) ..................................................................... (Assinatura de contabilista habilitado) 9. AUTENTICAO NO REGISTRO DO COMRCIO Os livros obrigatrios adotados pelas empresas devem ser levados para autenticao na Junta Comercial, para que possam provar em favor da empresa. Essa autenticao ser prvia, antes do preenchimento dos livros, no caso dos livros escriturados manualmente ou das fichas utilizadas na escriturao mecnica, ou a autenticao ser posterior impresso dos relatrios contbeis mediante sistema informatizado, quando as folhas impressas sero encadernadas (Art. 1.181 do Cdigo Civil/2002). Somente podem levar os livros e fichas para autenticao no Registro Pblico de Empresas Mercantis os empresrios e sociedades empresrias inscritos no referido registro. No caso de serem utilizados, para efeito de Imposto de Renda, livros fiscais exigidos por outras legislaes (por exemplo, os livros Registro de Inventrio e Registro de Entradas exigidos pela legislao do ICMS, esse ltimo em substituio ao livro Registro de Compras), referidos livros, alm da autenticao a que estejam sujeitos nas reparties fiscais pertinentes, devero tambm ser autenticados pelo rgo de Registro do Comrcio. Os livros fiscais exigidos perante a legislao do ICMS/IPI podero ser autenticados na Secretaria de Estado da Fazenda ou no rgo de Registro do Comrcio, opo do contribuinte. Ficam dispensados de autenticao os seguintes livros: a) livro de Apurao do Lucro Real - LALUR; b) livros facultativos; c) livro Razo; d) livro Registro de Estoque de Imveis das empresas imobilirias. 10. EXTRAVIO OU DESTRUIO DE LIVROS Ocorrendo extravio, deteriorao ou destruio de livros, fichas, documentos ou papis de interesse da escriturao, a pessoa jurdica far publicar, em jornal de grande circulao do local de seu estabelecimento, aviso concernente ao fato e deste dar minuciosa informao, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao rgo competente de Registro do Comrcio, remetendo cpia ao rgo da Secretaria da Receita Federal de sua jurisdio. A legalizao de novos livros ou fichas s ser providenciada depois de observada as citadas formalidades. 11. SUCESSO: UTILIZAO DOS MESMOS LIVROS

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    Na hiptese de sucesso, em que o ativo e o passivo do sucedido sejam assumidos pelo sucessor, poder este ser autorizado a continuar escriturando os livros e fichas do estabelecimento, observadas as seguintes formalidades: I - dever ser aposto, aps o ltimo lanamento, o termo de transferncia datado e assinado pela pessoa jurdica ou por seu procurador e por contabilista legalmente habilitado; II - o termo de transferncia conter, alm de todos os requisitos exigidos para os termos de abertura, indicao da sucessora e o nmero da data de arquivamento no rgo de Registro do Comrcio do instrumento de sucesso; III - o termo de transferncia dever ser autenticado pela Junta Comercial. 11.1 - Modelo Termo de Transferncia A partir desta data, este livro continuar sendo utilizado como "Dirio" da firma individual ou sociedade................. (nome empresarial da sucessora), constituda em sucesso firma individual ou sociedade......................... (nome empresarial da sucedida), conforme atos constitutivos arquivados em ..../..../....., NIRE ..........., CNPJ/MF n .......................... (Localidade) ....... de .............. de 20..... ..................................................................... (Assinatura do titular, administrador ou representante legal da empresa) ..................................................................... (Assinatura de contabilista habilitado) 12. CENTRALIZAO DA CONTABILIDADE OU INCORPORAO DOS RESULTADOS DAS FILIAIS Quando a empresa, alm da matriz, possui estabelecimentos filiais, a Contabilidade poder ser feita de forma centralizada na matriz ou de forma descentralizada na matriz e em cada uma das filiais. No caso de opo pela descentralizao da Contabilidade, ou seja, quando cada estabelecimento realiza sua prpria escriturao, as demonstraes financeiras devero ser consolidadas no encerramento do perodo no livro Dirio da matriz e, para os efeitos do Imposto de Renda, dever ser entregue uma nica declarao de rendimentos em nome do estabelecimento matriz. 13. VALOR PROBANTE DA ESCRITURAO A Escriturao Contbil, quando formalmente elaborada, observando-se os princpios contbeis e requisitos essenciais de registro, tem valor probante para todos os efeitos judiciais e extrajudiciais. Portanto, cumpre ao contador assegurar na escriturao dos atos constitutivos e posteriores alteraes contratuais que demandem registros contbeis a correta evidenciao de todas as determinaes destes atos societrios, bem como evidenciar os respectivos nmeros de registro que embasem sua escriturao. 14. FALSIFICAO NA ESCRITURAO DE DOCUMENTOS Perante a legislao do Imposto de Renda, a falsificao, material ou ideolgica, da escriturao e seus comprovantes, ou de demonstrao financeira, que tenha por objeto eliminar ou reduzir o montante de imposto devido, ou diferir seu pagamento, submeter o sujeito passivo multa, independentemente da ao penal que couber (Art. 256 do RIR/1999). 15. RESPONSABILIDADE DO CONTABILISTA De acordo com o art. 1.182 do Cdigo Civil/2002, a escriturao ficar sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade. O contabilista o preposto encarregado da Escriturao Contbil da empresa, exercendo a profisso de contador ou tcnico contbil, de acordo com as normas do Decreto-lei n 806/1969 e Decreto n 66.408/1970. Os registros lanados pelo contabilista nos livros e documentos da escriturao da empresa consideram-se

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    realizados pelo prprio preponente, salvo se for verificado que o preposto agiu de m-f. No exerccio de suas funes, os prepostos (contabilistas) so pessoalmente responsveis, perante os preponentes, pelos atos culposos (falta, erro cometido por inadvertncia ou por imprudncia) e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos (ato de m-f, intuito de fraude). 15.1 - Responsabilidade Perante a Legislao do Imposto de Renda A Escriturao Contbil das pessoas jurdicas deve ficar sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, nos termos da legislao especfica, que assinar as demonstraes contbeis obrigatrias, juntamente com os scios e administradores (Art. 268 do RIR/1999). O titular de empresa, o scio, o acionista ou o diretor, desde que legalmente habilitados para o exerccio profissional anteriormente referido, podem assinar as demonstraes contbeis da empresa, tambm na qualidade de contabilista, e assumir a responsabilidade pela escriturao. Ressalte-se que a designao de pessoa no habilitada profissionalmente no exime o contribuinte da responsabilidade pela escriturao ( 1 do art. 268 do RIR/1999). 15.2 - Alcance da Responsabilidade Os atos praticados pelos prepostos dentro do estabelecimento comercial da empresa presume-se que foram autorizados pelo preponente, mesmo no existindo documento escrito. O preposto no obrigado a apresentar ao cliente ou quele que comparecer ao estabelecimento para realizar um negcio qualquer documento que comprove estar ele autorizado a praticar o ato negocial. Assim, o preponente sempre responder pelos atos que seus prepostos pratiquem dentro do estabelecimento, havendo sempre presuno de que esto autorizados. No que se refere, todavia, aos atos praticados fora do estabelecimento, o preponente somente responder pelas obrigaes contradas pelo preposto que expressamente constarem do documento ou instrumento de delegao de poderes para a prtica de atos, o que pode ser provado por certido ou cpia autenticada. Se os atos do presposto excederem os limites dos seus poderes, o preponente no pode ser demandado em razo de prejuzos eventualmente causados a terceiros. 16. CONSERVAO E GUARDA DA DOCUMENTAO O empresrio e a sociedade empresria so obrigados a conservar em boa guarda toda a escriturao, correspondncia e mais papis concernentes sua atividade, enquanto no ocorrer prescrio ou decadncia no tocante aos atos neles consignados (Art. 1.194 do Novo Cdigo Civil). 17. EXIBIO DOS INSTRUMENTOS DE ESCRITURAO CONTBIL A TERCEIROS Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poder fazer ou ordenar diligncia para verificar se o empresrio ou a sociedade empresria observam, ou no, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei (arts. 1190 e 1191 do Novo Cdigo Civil): I - o juiz s poder autorizar a exibio integral dos livros e papis de escriturao quando necessria para resolver questes relativas sucesso, comunho ou sociedade, administrao ou gesto conta de outrem, ou em caso de falncia; II - o juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ao pode, a requerimento ou de ofcio, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presena do empresrio ou da sociedade empresria a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar questo; III - achando-se os livros em outra jurisdio, nela se far o exame, perante o respectivo juiz. As restries estabelecidas ao exame da escriturao, em parte ou por inteiro, no se aplicam s autoridades fazendrias, no exerccio da fiscalizao do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.