316
Língua Portuguesa Matemática Conhecimentos Específicos PETROBRÁS Técnico de Administração e Controle Júnior Eventuais erratas e complementos referentes a esta apostila estarão disponíveis em nossas unidades e no site. RIO DE JANEIRO ALCÂNTARA: Rua Manoel João Gonçalves , 414 / 2º andar * (21) 2603-8480 CINELÂNDIA: Praça Mahatma Gandhi, 2 / 2º andar * (21) 2279-8257 CENTRO: Rua da Alfândega, 80 / 2º andar * (21) 3970-1015 COPACABANA: Av. N. Sra. Copacabana, 807 / 2º andar * (21) 3816-1142 DUQUE DE CAXIAS: Av. Pres. Kennedy, 1203 / 3º andar * (21) 3659-1523 MADUREIRA: Shopping Tem-Tudo / Sobreloja 18 * (21) 3390-8887 MÉIER: Rua Manuela Barbosa , 23 / 2º andar * (21) 3296-8857 NITERÓI: Rua São Pedro, 151 / Sobreloja * (21) 3604-6234 TAQUARA: Av. Nelson Cardoso, 1141 / 3º andar * (21) 2435-2611 SÃO PAULO SÃO PAULO: Rua Barão de Itapetininga, 163 / 6º andar * (11) 3017-8800 SANTO ANDRÉ: Av. José Cabalero, 257 * (11) 4437-8800 SANTO AMARO: Av. Santo Amaro, 5860 * (11) 5189-8800 ALPHAVILLE: Calçada das Rosas, 74 * (11) 4197-5000 GUARULHOS: Av. Dr. Timóteo Penteado, 714 - Vila Progresso * (11) 2447-8800 OSASCO: Av. Deputado Emílio Carlos, 1132 * (11) 2284-8800 00 rosto.pmd 22/12/2010, 11:11 1

apostila petrobras técnico de administrção e controle júnior

Embed Size (px)

Citation preview

  • Tcnico de Administrao - Petrobrs

    Degrau Cultural 1

    Lngua Portuguesa

    Matemtica

    Conhecimentos Especficos

    PETROBRSTcnico de Administrao

    e Controle Jnior

    Eventuais erratas e complementos referentesa esta apostila estaro disponveis em

    nossas unidades e no site.

    RIO DE JANEIROALCNTARA: Rua Manoel Joo Gonalves , 414 / 2 andar * (21) 2603-8480

    CINELNDIA: Praa Mahatma Gandhi, 2 / 2 andar * (21) 2279-8257CENTRO: Rua da Alfndega, 80 / 2 andar * (21) 3970-1015

    COPACABANA: Av. N. Sra. Copacabana, 807 / 2 andar * (21) 3816-1142DUQUE DE CAXIAS: Av. Pres. Kennedy, 1203 / 3 andar * (21) 3659-1523

    MADUREIRA: Shopping Tem-Tudo / Sobreloja 18 * (21) 3390-8887MIER: Rua Manuela Barbosa , 23 / 2 andar * (21) 3296-8857NITERI: Rua So Pedro, 151 / Sobreloja * (21) 3604-6234

    TAQUARA: Av. Nelson Cardoso, 1141 / 3 andar * (21) 2435-2611SO PAULO

    SO PAULO: Rua Baro de Itapetininga, 163 / 6 andar * (11) 3017-8800SANTO ANDR: Av. Jos Cabalero, 257 * (11) 4437-8800SANTO AMARO: Av. Santo Amaro, 5860 * (11) 5189-8800

    ALPHAVILLE: Calada das Rosas, 74 * (11) 4197-5000GUARULHOS: Av. Dr. Timteo Penteado, 714 - Vila Progresso * (11) 2447-8800

    OSASCO: Av. Deputado Emlio Carlos, 1132 * (11) 2284-8800

    00 rosto.pmd 22/12/2010, 11:111

  • 2 Degrau Cultural

    Tcnico de Administrao - Petrobrs

    Proibida a reproduo no todo ou em partes, por qualquer meio ou processo,sem autorizao expressa. A violao dos direitos autorais punida como crime: CdigoPenal, Art n 184 e seus pargrafos e Art n 186 e seus incisos. (Ambos atualizados pela Lein 10.695/2003) e Lei n 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais.

    EDITORA EXECUTIVAAndra Martins

    GERENTE DE EDITORAORodrigo Nascimento

    SUPERVISO DIDTICA E PEDAGGICAClaudio Roberto Bastos

    Marceli LopesRosangela Cardoso

    DIAGRAMAOMariana Gomes

    CAPAMarcelo FragaIgor Marraschi

    [email protected]

    PETROBRSTcnico de Administrao

    e Controle Jnior

    00 rosto.pmd 22/12/2010, 11:112

  • Tcnico de Administrao - Petrobrs

    Degrau Cultural 3

    Prezado(a) Candidato(a),

    A equipe pedaggica da Degrau Cultural elaborou este material para auxiliar atodos aqueles que pretendem prestar o concurso da Petrobrs, para o cargo deTcnico de Administrao e Controle Jnior. Este material possui noes de LnguaPortuguesa, Matemtica e Conhecimentos Especficos.

    Esperamos que nosso material possa ser til na conquista de seus objetivos e,desde j, desejamos-lhe sucesso na sua empreitada.

    Aproveitamos o ensejo para solicitar-lhe a gentileza de, ao trmino de seus es-tudos, preencher a carta-resposta que se encontra ao final da apostila e entregar emqualquer agncia dos Correios, pois sua opinio fundamental para que possamostrabalhar de modo a atender, cada vez mais, s suas expectativas.

    Atenciosamente,

    Os Editores.

    Sumrio

    05 Lngua Portuguesa

    79 Matemtica

    159 Conhecimentos Especficos

    00 rosto.pmd 22/12/2010, 11:113

  • 4 Degrau Cultural

    Tcnico de Administrao - Petrobrs

    00 rosto.pmd 22/12/2010, 11:114

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 5

    07 Compreenso e Interpretao de Textos26 Ortografia31 Morfossintaxe58 Concordncia Nominal e Verbal64 Regncia Verbal e Nominal71 Colocao Pronominal72 Crase75 Pontuao77 Semntica

    Lngua Portuguesa

    00_Sumario port.pmd 22/12/2010, 11:115

  • 6 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    00_Sumario port.pmd 22/12/2010, 11:116

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 7

    INTERPRETAO DE TEXTOSI. Tipologia Textual

    Narrao

    Descrio

    Obs.: s vezes, um fragmento pode apresentar caractersticas que o assemelham a uma descrio e tambm a umanarrao. Nesse caso, interessante observar que em um fragmento narrativo a relao entre os fatos relacionados de anterioridade e posterioridade, ou seja, existe o fato que ocorre antes e aquele que ocorre depois. Em uma narraoocorre a progresso temporal. J na descrio a relao entre os fatos de simultaneidade, ou seja, os fatos relacio-nados so concomitantes, no ocorrendo progresso temporal.

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:117

  • 8 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    Dissertao

    Classifique os trechos abaixo. Marque:(A) Narrao(B) Descrio(C) Dissertao

    1. Ocorreu um pequeno incndio na noite de ontem, em um apartamento de propriedade do Sr. Marcos da Fonseca.No local habitavam o proprietrio, sua esposa e seus dois filhos. O fogo despontou em um dos quartos que, porsorte, ficava na frente do prdio.

    2. O mundo moderno caminha atualmente para sua prpria destruio, pois tem havido inmeros conflitos interna-cionais, o meio ambiente encontra-se ameaado por srio desequilbrio ecolgico e, alm do mais, permanece operigo de uma catstrofe nuclear.

    3. Qualquer pessoa que o visse, quer pessoalmente ou atravs dos meios de comunicao, era logo levada a sentirque dele emanava uma serenidade e autoconfiana prprias daqueles que vivem com sabedoria e dignidade.

    4. De baixa estatura, magro, calvo, tinha a idade de um pai que cada pessoa gostaria de ter e de quem a nao tantoprecisava naquele momento de desamparo.

    5. Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar na possibilidade de estarmos a caminho do nossoprprio extermnio. desejo de todos ns que algo possa ser feito no sentido de conter essas diversas forasdestrutivas, para podermos sobreviver s adversidades e construir um mundo que, por ser pacfico, ser maisfacilmente habitado pelas geraes vindouras.

    6. O homem, dono da barraca de tomates, tentava, em vo, acalmar a nervosa senhora. No sei por que brigavam,mas sei o que vi: a mulher imensamente gorda, mais do que gorda, monstruosa, erguia os enormes braos e, comos punhos cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me assustar, com medo de que ela destrusse a barraca e talvez o prprio homem devido sua fria incontrolvel. Ela ia gritando e se empolgando com sua raivacrescente e ficando cada vez mais vermelha, assim como os tomates, ou at mais.

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:118

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 9

    Texto para a questo 7(...) em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglo-merao tumultuosa de machos e fmeas. Uns aps outros,lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de gua queescorria da altura de uns cinco palmos. O cho inundava-se.As mulheres precisavam j prender as saias entre as coxaspara no as molhar, via-se-lhes a tostada nudez dos braos edo pescoo que elas despiam suspendendo o cabelo todopara o alto do casco; os homens, esses no se preocupavamem no molhar o plo, ao contrrio metiam a cabea bemdebaixo da gua e esfregavam com fora as ventas e asbarbas, fossando e fungando contra as palmas das mos. Asportas das latrinas no descansavam, era um abrir e fecharde cada instante, um entrar e sair sem trguas. No se demo-ravam l dentro e vinham ainda amarrando as calas ou saias;as crianas no se davam ao trabalho de l ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrs da estala-gem ou no recanto das hortas.

    (Alusio Azevedo, O Cortio)

    7. O fragmento acima pode ser considerado:a) narrativo, pois ocorre entre seus enunciados uma

    progresso temporal de modo que um pode ser con-siderado anterior ao outro.

    b) um tpico fragmento dissertativo em que se obser-vam muitos argumentos.

    c) descritivo, pois no ocorre entre os enunciados umaprogresso temporal: um enunciado no pode serconsiderado anterior ao outro.

    d) descritivo, pois os argumentos apresentados soobjetivos e subjetivos.

    8. Filosofia dos EpitfiosSa, afastando-me dos grupos e fingindo ler os epitfios. E,alis, gosto dos epitfios; eles so, entre a gente civilizada,uma expresso daquele pio e secreto egosmo que induz ohomem a arrancar morte um farrapo ao menos da sombraque passou. Da vem, talvez, a tristeza inconsolvel dos quesabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que apodrido annima os alcana a eles mesmos.

    (Machado de Assis, Memrias Pstumas de Brs Cubas)

    Do ponto de vista da composio, correto afirmar queo captulo Filosofia dos Epitfios

    a) predominantemente dissertativo, servindo os da-dos do enredo do ambiente como fundo para a di-gresso.

    b) predominantemente descritivo, com a suspenso docurso da histria dando lugar construo do cenrio.

    c) equilibra em harmonia narrao e descrio, me-dida que faz avanar a histria e cria o cenrio desua ambientao.

    d) predominantemente narrativo, visto que o narradorevoca os acontecimentos que marcaram sua sada.

    II. Roteiro para Leitura de Textos ler atentamente o texto, tendo noo do conjunto compreender as relaes entre as partes do texto sublinhar momentos mais significativos

    fazer anotaes margem

    III. Entendimento do TextoO que deve ser observado para chegar melhor com-

    preenso do texto?

    1. PALAVRAS-CHAVEPalavras mais importantes de cada pargrafo, emtorno das quais outras se organizam, criando umaligao para produzirem sentido. As palavras-chaveaparecem, muitas vezes, ao longo do texto de diver-sas formas: repetidas, modificadas ou retomadaspor sinnimos. As palavras-chave formam o alicer-ce do texto, so a base de sua sustentao, levam oleitor ao entendimento da totalidade do texto, dandocondies para reconstru-lo.

    ateno especial para verbos e substantivos; o ttulo uma boa dica de palavra-chave.Observe o texto de Bertrand Russel, Minha Vida, a fim decompreender a forma como ele est construdo:

    Trs paixes, simples mas irresistivelmente fortes, go-vernaram minha vida: o desejo imenso do amor, a procurado conhecimento e a insuportvel compaixo pelo sofri-mento da humanidade. Essas paixes, como os fortes ven-tos, levaram-me de um lado para outro, em caminhos capri-chosos, para alm de um profundo oceano de angstias,chegando beira do verdadeiro desespero.

    Primeiro busquei o amor, que traz o xtase xtase togrande que sacrificaria o resto de minha vida por umaspoucas horas dessa alegria. Procurei-o, tambm, porqueabranda a solido aquela terrvel solido em que umaconscincia horrorizada observa, da margem do mundo, oinsondvel e frio abismo sem vida. Procurei-o, finalmente,porque na unio do amor vi, em mstica miniatura, a visoprefigurada do paraso que santos e poetas imaginaram.Isso foi o que procurei e, embora pudesse parecer bomdemais para a vida humana, foi o que encontrei.

    Com igual paixo busquei o conhecimento. Desejei com-preender os coraes dos homens. Desejei saber por queas estrelas brilham. E tentei apreender a fora pitagricapela qual o nmero se mantm acima do fluxo. Um poucodisso, no muito, encontrei.

    Amor e conhecimento, at onde foram possveis, con-duziram-me aos caminhos do paraso. Mas a compaixosempre me trouxe de volta Terra. Ecos de gritos de dorreverberam em meu corao. Crianas famintas, vtimastorturadas por opressores, velhos desprotegidos odiosacarga para seus filhos e o mundo inteiro de solido, po-breza e dor transformaram em arremedo o que a vida huma-na poderia ser. Anseio ardentemente aliviar o mal, mas noposso, e tambm sofro.

    Isso foi a minha vida. Achei-a digna de ser vivida e viv-la-ia de novo com a maior alegria se a oportunidade mefosse oferecida.

    (RUSSEL, Bertrand, Revista Mensal de Cultura,Enciclopdia Bloch, n. 53, set.1971, p.83)

    O texto constitudo de cinco pargrafos que se encadei-am de forma coerente, a partir das palavras-chave vida epaixes do primeiro pargrafo:

    1

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:119

  • 10 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    palavras-chave 1 pargrafo vida / paixes 2 pargrafo - amor 3 pargrafo - conhecimento 4 pargrafo - compaixo 5 pargrafo vidaAs palavras-chave vida e paixes prolongam-se em: amor,conhecimento e compaixo. Cada pargrafo ir ater-se acada uma dessas paixes.

    Leia o texto abaixo para responder s questes 9 e 10.

    universalmente aceito o fato de que sai mais cara a repa-rao das perdas por acidentes de trabalho que o investi-mento em sua preveno. Mas, ento, por que eles ocorremcom tanta frequncia?Falta, evidentemente, fiscalizao. Constatar tal fato exigeapenas o trabalho de observar obras de engenharia civil,ao longo de qualquer trajeto por nibus ou por carro nacidade. E quem poderia suprir as deficincias da fiscaliza-o oficial os sindicatos patronais ou de empregados no o faz; se no for por um conformismo cruel, a tomar porfatalidade o que perfeitamente possvel de prevenir, tersido por nosso baixo nvel de organizao e escasso inte-resse pela filiao a entidades de classe, ou por desviodessas de seus interesses primordiais.Falta tambm a educao bsica, prvia a qualquer treina-mento: com a baixssima escolaridade do trabalhador brasi-leiro, no h compreenso suficiente da necessidade e be-nefcio dos equipamentos de segurana, assim como damais simples mensagem ou de um manual de instrues.E h, enfim, o fenmeno recente da terceirizao, que podeestar funcionando s avessas, ao propiciar o surgimento ea multiplicao de empresas fantasmas de servios, quecontratam a primeira mo de obra disponvel, em vez deselecionar e de oferecer mo de obra especializada.(O Estado de S.Paulo 22 de fevereiro de 1998 adaptado)

    9. Assinale a opo que apresenta as palavras-chavedo texto.

    a) aceitao universal constatao benefcio escolaridade.

    b) investimento em preveno deficincias entida-des equipamentos.

    c) falta de fiscalizao organizao benefcio mode obra.

    d) preveno de acidentes fiscalizao educao terceirizao.

    e) crescimento conformismo treinamento empresas.

    10. Assinale a opo incorreta em relao aos elemen-tos do texto.

    a) O pronome eles (l.3) refere-se a acidentes de tra-balho (l.2).

    b) A expresso tal fato (l.5) retoma a ideia anteceden-te de falta de fiscalizao (l.5).

    c) Para compreender corretamente a expresso noo faz (l.10), necessrio retomar a ideia de supriras deficincias da fiscalizao oficial (l.8-9).

    d) A palavra primordiais (l.14) vincula-se ideia debsicos, principais.

    e) dessas (l.14) refere-se a deficincias da fiscaliza-o oficial (l.8-9).

    2. IDEIAS-CHAVESe houver dificuldade para chegar sntese do textos pelas palavras-chave, deve-se buscar a ideia-chave, que deve refletir o assunto principal de cadapargrafo, de forma sintetizada.

    A partir da sntese de cada pargrafo, chega-se ideia central do texto.

    Observe o texto:

    Existem duas formas de operao marginal: a que toma a clas-sificao genrica de economia informal, correspondente a maisde 50% do Produto Interno Bruto (PIB), e a representada pelostrabalhadores admitidos sem carteira assinada. Ambas so por-tadoras de efeitos econmicos e sociais catastrficos.A atividade econmica exercida ao largo dos registros oficiaisfrustra a arrecadao de receitas tributrias nunca inferioresa R$ 50 bilhes ao ano. A perda de receita fiscal de tal portetorna precrios os programas governamentais para atendi-mento demanda por sade, educao, habitao, assistn-cia previdenciria e segurana pblica.Quanto aos trabalhadores sem anotao em carteira, formamum colossal conjunto de excludos. Esto margem dos bene-fcios sociais garantidos pelos direitos de cidadania, entre osquais vale citar o acesso aposentadoria, ao seguro-desem-prego e s indenizaes reparadoras pela despedida semjusta causa. De outro lado, no recolhem a contribuio previ-denciria, mas exercem fortes presses sobre os serviospblicos de assistncia mdico-hospitalar.A reforma tributria poder converter a expresses toler-veis a economia informal. A reduo fiscal incidente sobre asmicro e pequenas empresas provocar, com certeza, a regu-larizao de grande parte das unidades produtivas em aoclandestina. E a adoo de uma poltica consistente para per-mitir o aumento do emprego e da renda trar de volta ao mer-cado formal os milhes de empregados sem carteira assina-da. preciso entender que o esforo em favor da insero daeconomia no sistema mundial no pode pagar tributo ao de-semprego e marginalizao social de milhes de pessoas.

    (Correio Braziliense 13.7.97)

    1 pargrafo:palavras-chave: economia informal e trabalhadores ad-mitidos sem carteira assinadao ltimo perodo do primeiro pargrafo apresenta umainformao que vai nortear todo o texto: Ambas so por-tadoras de efeitos econmicos e sociais catastrficos.Ideia-chave: Economia informal e trabalhadores admiti-dos sem carteira assinada trazem prejuzos econmicose sociais.

    2 pargrafo:palavra-chave: economia informalefeitos econmicos - perda de receitas tributriasefeitos sociais - precariedade dos programas sociais dogovernoIdeia-chave: A perda de receitas tributrias causada pelaeconomia informal prejudica os programas sociais dogoverno.

    1

    5

    10

    15

    20

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1110

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 11

    3 pargrafo:palavra-chave: trabalhadores admitidos sem carteiraassinadaefeitos econmicos - no recolhem contribuio previ-denciriaefeitos sociais no tm garantia de direitos sociaisIdeia-chave: Trabalhadores admitidos sem carteira assi-nada causam prejuzos econmicos por no recolheremcontribuio previdenciria e sofrem os efeitos sociais,por no terem seus direitos assegurados.

    4 pargrafo:h uma proposta de soluo para cada um dos proble-mas apresentados no texto:para a economia informal: reforma tributria reduofiscal para micro e pequenas empresaspara os trabalhadores sem carteira assinada: polticaconsistente para aumento do emprego e da rendaIdeia-chave: A reforma tributria poder minimizar os efei-tos da economia informal e uma poltica consistente paraaumento do emprego e da renda pode provocar a forma-lizao de contratos legais para milhes de empregados.

    Ideia-central do texto:A economia informal tem efeitos econmicos e sociais pre-judiciais ao indivduo e ao sistema, mas aes polticas,como a reforma tributria, podero estimular a regulariza-o de empresas, beneficiado, tambm, os trabalhadores.

    3. COERNCIACoerncia perfeita relao de sentido entre as diversaspalavras e/ou partes do texto. Haver coerncia se formantido um elo conceitual entre os diversos segmentosdo texto.

    4. COESOQuando lemos com ateno um texto bem construdo,percebemos que existe uma ligao entre os diversossegmentos que o constituem. Cada frase enunciada devemanter um vnculo com a anterior ou anteriores para noperder o fio do pensamento. Cada enunciado do textodeve estabelecer relaes estreitas com os outros a fimde tornar slida sua estrutura. A essa conexo internaentre os vrios enunciados presentes no texto d-se onome de coeso. Diz-se, pois, que um texto tem coesoquando seus vrios enunciados esto organicamentearticulados entre si, quando h concatenao entre eles.

    4.1. PerfraseObserve:O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.Utilizou-se a expresso povo lusitano para substituir osportugueses. Esse rodeio de palavras que substituiu umnome comum ou prprio chama-se perfrase.Perfrase a substituio de um nome comum ou prpriopor um expresso que a caracterize. Nada mais do queum circunlquio, isto , um rodeio de palavras.Outros exemplos:- astro rei (Sol)- ltima flor do Lcio (lngua portuguesa)

    - Cidade-Luz (Paris)- Rainha da Borborema (Campina Grande)- Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro)Observao: existe tambm um tipo especial de perfra-se que se refere somente a pessoas. Tal figura de estilo chamada de antonomsia e baseia-se nas qualidadesou aes notrias do indivduo ou da entidade a que aexpresso se refere.Exemplos:- A rainha do mar (Iemanj)- O poeta dos escravos (Castro Alves)- O criador do teatro portugus (Gil Vicente)

    4.2 Coeso ReferencialOs dois processos mais comuns desse tipo de coeso so:Anfora: o uso de um recurso gramatical ou semnticopara referir-se a algum elemento j citado no contexto afim de retom-lo.Ex.: O carteiro trouxe a correspondncia de hoje?

    No, ainda no a trouxe.Catfora: o processo contrrio ao da anfora.Ex.: S queremos isto: sua felicidade.

    11. Primeira noite ele conheceu que Santina no eramoa. Neste perodo, o pronome ele usado an-tes do nome a que se refere, Bento. Denomina-secatfora esse processo. Sublinhe os termos cataf-ricos das frases a seguir.

    1. Ns o chamamos rei das selvas e Tarzan merecebem o nome.

    ___________________________________________________________

    2. Maria compreendeu tudo: ela poderia sair quandoquisesse.

    ___________________________________________________________

    3. Aproximei do meu, seu rosto coberto de luz.___________________________________________________________

    4. O senhor sabe muito bem disso: a verdade sempreaparece.

    ___________________________________________________________

    5. Convidei estas pessoas: Pedro, Maria e Ceclia.__________________________________________________________

    12. Numere o conjunto de sentenas de acordo com oprimeiro, de modo que cada par forme uma sequ-ncia coesa e lgica. Identifique, em seguida, a le-tra da sequncia numrica correta (Baseado emDlio Maranho).

    (1) Cumpre, inicialmente, distinguir a higiene do traba-lho da segurana do trabalho.

    (2) Na evoluo por que passou a teoria do risco profis-sional, abandonou-se o trabalho profissional comoponto de referncia para colocar-se, em seu lugar, aatividade empresarial.

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1111

  • 12 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    (3) H que se fazer a distino entre acidentes do traba-lho e doena do trabalho.

    (4) O Direito do Trabalho reconhece a importncia dafuno da mulher no lar.

    (5) Motivos de ordem biolgica, moral, social e econ-mica encontram-se na base da regulamentao le-gal do trabalho do menor.

    ( ) A culminao desse processo evolutivo encontra-seno conceito de risco social e na ideia correlata deresponsabilidade social.

    ( ) Da as restries da jornada normal e ao trabalhonoturno.

    ( ) A necessidade de trabalhar no deve prejudicar onormal desenvolvimento de seu organismo.

    ( ) Enquanto esta inerente a determinados ramosde atividade, os primeiros so aqueles que ocor-rem pelo exerccio do trabalho, provocando lesocorporal.

    ( ) Constitui aquela o conjunto de princpios e regrasdestinados a preservar a sade do trabalhador.

    A sequncia numrica correta :a) 1, 3, 4, 5, 2.b) 3, 2, 1, 5, 4.c) 2, 5, 3, 1, 4.d) 5, 1, 4, 3, 2.e) 2, 4, 5, 3, 1.

    13. As propostas abaixo do seguimento coerentee lgico ao trecho citado, exceto uma delas.Aponte-a:Provavelmente devido proximidade com os perigos ea morte, os marinheiros dos sculos XV e XVI erammuito religiosos. Praticavam um tipo de religio popularem que os conhecimentos teolgicos eram mnimos eas supersties muitas.

    (Janana Amado, com cortes e adaptaes)

    a) Entre essas, figuravam o medo de zarpar numasexta-feira e o de olhar fixamente para o mar meia-noite.

    b) Cristvo Colombo, talvez o mais religioso entre to-dos os navegantes, costumava antepor a cada coi-sa que faria os dizeres: Em nome da SantssimaTrindade farei isto.

    c) Apesar disso, os instrumentos nuticos representa-ram progressos para a navegao ocenica, facili-tando a tarefa de pilotos e aumentando a seguranae confiabilidade das rotas e viagens.

    d) Nos navios, que no raro transportavam padres, pro-moviam-se rezas coletivas vrias vezes ao dia e, nosfins de semana, servios religiosos especiais.

    e) Constituam expresso de religiosidade dos mari-nheiros constantes promessas aos santos, indivi-duais ou coletivas.

    Leia o texto para solucionar as questes 14 e 15.

    Cientistas de diversos pases decidiram abraar, em 1990,um projeto ambicioso: identificar todo o cdigo gentico con-tido nas clulas humanas (cerca de trs bilhes de caracte-res). O objetivo principal de tal iniciativa compreendermelhor o funcionamento da vida, e, conseqentemente, aforma mais eficaz de curar as doenas que nos ameaam.Como esse cdigo que define como somos, desde a cordos cabelos at o tamanho dos ps, o trabalho com amos-tras genticas colhidas em vrias partes do mundo estajudando tambm a entender as diferenas entre as etniashumanas. Chamado de Projeto Genoma Humano, desde oseu incio ele no parou de produzir novidades cientficas. Amais importante delas a confirmao de que o homemsurgiu realmente na frica e se espalhou pelo resto doplaneta. A pesquisa contribuiu tambm para derrubar ve-lhas teorias sobre a superioridade racial e est provandoque o racismo no tem nenhuma base cientfica. mais umaconstruo social e cultural. O que percebemos como dife-renas raciais so apenas adaptaes biolgicas s condi-es geogrficas. Originalmente o ser humano um s.

    (ISTO 15.1.97)

    14. Assinale o item em que no h correspondnciaentre os dois elementos.

    a) tal iniciativa (l.4) refere-se a projeto ambicioso.b) ele (l.12) refere-se a Projeto Genoma Humano.c) delas (l.13) refere-se a novidades cientficas.d) A pesquisa (l.15) refere-se a Projeto Genoma

    Humano.e) mais (l.17) refere-se a Pesquisa.15. Marque o item que no est de acordo com as idei-

    as do texto.a) O Projeto Genoma Humano tem como objetivo pri-

    mordial reconhecer as diferenas entre as vriasraas do mundo.

    b) O ser humano tem uma estrutura nica independen-te de etnia e as diferenas raciais provm da neces-sidade de adaptao s condies geogrficas.

    c) O cdigo gentico determina as caractersticas decada ser humano, e conhecer esse cdigo levar oscientistas a controlarem doenas.

    d) As amostras para a pesquisa do Projeto GenomaHumano esto sendo colhidas em diversas partesdo mundo.

    e) O racismo no tem fundamento cientfico; um fe-nmeno que se forma apoiado em estruturas soci-ais e culturais.

    16. Numere os perodos na ordem em que formem umtexto coeso e coerente, e marque o item corres-pondente.

    ( ) Essa mudana trazida pela nova Medida Provis-ria (MP) do Cadastro Informativo de Crditos noQuitados (Cadin)

    1

    5

    10

    15

    20

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1112

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 13

    ( ) Esse esforo se traduz na modificao de um dispo-sitivo legal que torna mais atraente s empresas adesistncia de algumas aes judiciais que so, naverdade, casos considerados perdidos.

    ( ) O que a Fazenda Nacional quer com essa nova re-dao transformar em caixa os valores deposita-dos em juzo pelas empresas nas batalhas judiciaisque j tiveram deciso desfavorvel ao contribuinteem julgamento no Supremo Tribunal Federal.

    ( ) De acordo com a nova redao do artigo 32 dessaMedida Provisria, a Fazenda Nacional abre mo deseus honorrios (10% a 15% sobre os valores envol-vidos nas aes perdidas) caso as empresas desis-tam de algumas brigas tributrias contra a Unio.

    ( ) A Fazenda Nacional est investindo em mais umaarma para reduzir o volume de aes tributriasna Justia.

    (Gazeta Mercantil 17.7.97. com adaptaes)a) 5, 3, 1, 2, 4b) 2, 4, 3, 1, 5c) 5, 2, 3, 1, 4d) 3, 2, 5, 4, 1e) 4, 1, 5, 3, 2

    17. Indique a ordem em que as questes devem seorganizar no texto, de modo a preservar-lhe acoeso e coerncia (Baseado no texto de JosOnofre).

    1. O Pas no um velho senhor desencantado com avida que trata de acomodar-se.

    2. O Brasil tem memria curta.3. mais como um desses milhes de jovens mal nas-

    cidos cujo nico dote um ego dominante e predador,que o impele para a frente e para cima, impedindo quea misria onde nasceu e cresceu lhe sirva de freio.

    4. No lembro, responde, faz muito tempo.5. Lembra o personagem de Humphrey Bogart em

    Casablanca, quando lhe perguntaram o que fizerana noite anterior.

    6. Mas esta memria curta, de que polticos e jornalis-tas reclamam tanto, no , como no caso de Bogart,uma tentativa de esquecer os lances mais penososde seu passado, um conjunto de desiluses e per-das que leva ao cinismo e indiferena.

    a) 1, 2, 6, 5, 4, 3. b) 2, 5, 4, 6, 3, 1.c) 2, 6, 1, 3, 5, 4. d) 1, 5, 4, 6, 3, 2.e) 2, 5, 4, 1, 6, 3.

    4.2 ConexesOs conectivos tambm so elementos de coeso. Uma leitura eficiente do texto pressupe, entre outros cuidados,

    o de depreender as conexes estabelecidas pelos conectivos.

    Principais ConectivosConjunes Coordenativas

    Conjunes Subordinativas Adverbiais(tambm locues conjuntivas, preposies e locues prepositivas)

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1113

  • 14 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    Pronomes Relativos

    18. A alternativa que substitui, correta e respectiva-mente, as conjunes ou locues grifadas nosperodos abaixo :

    I. Visto que pretende deixar-nos, preparamos uma fes-ta de despedida.

    II. Ter sucesso, contanto que tenha amigos influentes.III. Casaram-se e viveram felizes, tudo como estava

    escrito nas estrelas.IV. Foi transferido, portanto no nos veremos com mui-

    ta frequncia.a) porque, mesmo que, segundo, ainda que.b) como, desde que, conforme, logo.c) quando, caso, segundo, to logo.d) salvo se, a menos que, conforme, pois.e) pois, mesmo que, segundo, entretanto.

    19. Assinale a alternativa em que o pronome relativoonde obedece aos princpios da lngua culta escrita.

    a) Os fonemas de uma lngua costumam ser repre-sentados por uma srie de sinais grficos denomi-nados letras, onde o conjunto delas forma a palavra.

    b) Todos ficam aflitos no momento da apurao, ondeser conhecida a escola campe.

    c) Foi discutida a pequena carga horria de aulas deClculo e Fsica, onde todos concordaram e dese-jam mais aulas.

    d) No se pode ferir um direito constitucional onde visaa garantir a educao pblica e gratuita para todos.

    e) No se descobriu o esconderijo onde os seques-tradores o deixaram durante esses meses todos.

    20. Nos perodos abaixo, as oraes sublinhadas es-tabelecem relaes sintticas e de sentido comoutras oraes.

    I. Eles compunham uma grande coleo, que foi sedispersando medida que seus filhos se casavam,levando cada qual um lote de herana. (PROPORCI-ONALIDADE)

    II. Mal se sentou na cadeira presidencial, Itamar Fran-co passou a ver conspiraes. (MODO)

    III. Nunca foi professor da UnB, mas por ela se aposen-tou. (CONTRARIEDADE)

    IV. Mesmo que tenham sido s esses dois, (...) j nose configuraria a roubalheira (...)? (CONCESSO)

    A classificao dessas relaes est correta somentenos perodosa) I, II e III. d) II, III e IV.b) II e IV. e) I, III e IV.c) I e III.

    21. Os princpios da coerncia e da coeso no foramviolados em:

    a) O Santos foi o time que fez a melhor campanha docampeonato. Teria, no entanto, que ser o campeoeste ano.

    b) Apesar da Sabesp estar tratando a gua da Repre-sa de Guarapiranga, portanto o gosto da gua nasregies sul e oeste da cidade melhorou.

    c) Mesmo que os deputados que deponham na CPI eajudem a elucidar os episdios obscuros do caso dosprecatrios, a confiana na instituio no foi abalada.

    d) O ministro reafirmou que preciso manter a todocusto o plano de estabilizao econmica, sob penade termos a volta da inflao.

    e) Antes de fazer ilaes irresponsveis acerca dasmedidas econmicas, deve-se procurar conhecer asrazes que, por isso as motivaram.

    As questes 22 e 23 referem-se ao texto que segue.Imposto

    A insistncia das secretarias estaduais de Fazenda emcobrar 25% de ICMS dos provedores de acesso Internetdeve acabar na Justia. A paz atual entre os dois lados apenas para celebrar o fim do ano. Os provedores argumen-tam que no tm de pagar o imposto porque no so, por lei,considerados empresas de telecomunicao, mas apenasprestadores de servios. Com o caixa quebrado, os Estadospermanecem irredutveis. O Ministrio da Cincia e Tecnologiaalertou formalmente ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, quea imposio da cobrana ser repassada para o consumidore pode prejudicar o avano da Internet no Brasil. Hoje, pagam-se em mdia 40 reais para se ligar rede.

    (Veja 8/1/97, p. 17)

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1114

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 15

    Sinnimos Imperfeitos - Se os significados so prximos,porm no idnticos.Exemplos: crrego riacho

    belo formoso

    Antnimos: So palavras que apresentam significadosopostos, contrrios.Exemplo:Precisamos colocar ordem nessa baderna, pois j estvirando anarquia.Cinco jurados condenaram e apenas dois absolveramo ru.

    Homnimos: So palavras que apresentam a mesmapronncia ou grafia, mas significados diferentes.Exemplo:Eles foram caar, mas ainda no retornaram.(caar prender, matar)Vo cassar o mandato daquele deputado.(cassar ato ou efeito de anular)Os homnimos podem ser:Homnimos homgrafos;Homnimos homfonos;Homnimos perfeitos.Homnimos homgrafos: So palavras iguais na grafiae diferentes na pronncia.Exemplos:Almoo () substantivoAlmoo () verboJogo () substantivoJogo () verboPara preposioPra verboHomnimos homfonos: So palavras que possuem omesmo som e grafia diferente.Exemplos:Cela quarto de prisoSela arreioCoser costurarCozer cozinharConcerto espetculo musicalConserto ato ou efeito de consertarHomnimos perfeitos: So palavras que possuem amesma pronncia e mesma grafia.Exemplos:Cedo verboCedo advrbio de tempoSela verbo selarSela arreioLeve verbo levarLeve pouco peso

    Parnimos: So palavras que possuem significados di-ferentes e apresentam pronncia e escrita parecidas.Exemplos:Emergir vir tonaImergir afundarInfringir desobedecerInfligir aplicar Relao de alguns homnimosAcender pr fogoAscender subir

    22. Infere-se do texto quea) as empresas caracterizadas como prestadoras de

    servio esto isentas do ICMS.b) todas as pessoas que desejam ligar-se Internet

    devem pagar 40 reais de ICMS.c) os provedores de acesso Internet esto proces-

    sando os consumidores que no pagam o ICMS.d) os Estados precisam cobrar mais impostos dos pro-

    vedores para no serem punidos pelo Ministrio daCincia e Tecnologia.

    e) o desenvolvimento da Internet no Brasil est sendoprejudicado pela cobrana do ICMS.

    23. A conjuno mas no texto estabelece uma relao dea) tempo. d) causa.b) adio. e) oposio.c) consequncia.

    24. Assinale a nica conjuno incorreta para com-pletar a lacuna do texto.

    A partir do ofcio enviado pelo fisco, comeou-se a levantarinformaes sobre a sonegao de imposto de renda no mun-do do esporte no Brasil. O futebol j o quarto maior mercadode capitais do mundo, diz Ives Gandra Martins, advogadotributarista e conselheiro do So Paulo Futebol Clube,______________ s agora a Receita comea a prestar aten-o nos jogadores. Em outros pases no assim. Nos Esta-dos Unidos, ano passado, a contribuio fiscal do astro dobasquete Michael Jordan chegou a 20,8 milhes de dlares.

    (Exame 27 de agosto de 1997)a) todavia.b) conquanto.c) entretanto.d) no obstante.e) no entanto.

    IV. Semntica

    1. SIGNIFICAO DAS PALAVRASSinnimos: So palavras que possuem significadosiguais ou semelhantes.Exemplo:O faturista retificou o erro da nota fiscal.O faturista corrigiu o erro da nota fiscal.A criana ficou contente com o presente.Eles ficaram alegres com a notcia.Eufemismo: Alguns sinnimos so tambm utilizadospara minimizar o impacto, normalmente negativo, de al-gumas palavras (figura de linguagem conhecida comoeufemismo).Exemplos: gordo - obeso

    morrer - falecer

    Sinnimos Perfeitos e Imperfeitos: Os sinnimos podemser perfeitos ou imperfeitos.

    Sinnimos Perfeitos - se o significado idntico.Exemplos: avaro avarento;

    lxico vocabulrio;falecer morrer;escarradeira cuspideira;lngua idioma.

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1115

  • 16 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    Acento sinal grficoAssento tampo de cadeira, bancoAo metalAsso verbo (1 pessoa do singular, presente do indicativo)Banco assento com encostoBanco estabelecimento que realiza transaes finan-ceiras.Cerrar fecharSerrar cortarCesso ato de cederSesso reunioSeco/seo diviso, repartioCesto - cesta pequenaSexto numeral ordinalCheque ordem de pagamentoXeque lance no jogo de xadrezXeque entre os rabes, chefe de tribo ou soberanoConcerto sesso musicalConserto reparo, ato ou efeito de consertarCoser costurarCozer cozinharExpiar sofrer, padecerEspiar espionar, observarEsttico imvelExttico posto em xtase, enlevadoEstrato tipo de nuvemExtrato trecho, fragmento, resumoIncerto indeterminado, imprecisoInserto introduzido, inseridoChcara pequena propriedade campestreXcara narrativa popular

    Relao de parnimosAbsolver perdoarAbsorver sorverAcostumar habituar-seCostumar ter por costumeAcurado feito com cuidadoApurado refinadoAfear tornar feioAfiar amolarAmoral indiferente moralImoral contra a moral, devassoCavaleiro que anda a cavaloCavalheiro homem educadoComprimento extensoCumprimento saudaoDeferir atenderDiferir adiar, retardarDelatar denunciarDilatar estender, ampliarEminente alto, elevado, excelenteIminente que ameaa acontecerEmergir sair de onde estava mergulhadoImergir mergulharEmigrar deixar um pasImigrar entrar num pasEstdio praa de esporteEstgio aprendizadoFlagrante evidenteFragrante perfumadoFluir proceder, escorrer

    Fruir - aproveitarIncidente circunstncia acidentalAcidente desastreInflao aumento geral de preos, perda do poderaquisitivoInfrao violaoIntercesso intervenoInterseo ou Interseco corte, cruzamentoMal ope-se a bem. tambm sinnimo de doena.Mau ope-se a bom.Nenhum antnimo de algum.Nem um nem um sequer, nem um nico.tico relativo ao ouvidoptico relativo visoPeo homem que anda a pPio brinquedoPlaga regio, pasPraga maldioPrecedente anterior, antecedenteProcedente originrrioPreeminente superiorProeminente que sobraPrescrio ordem, vencimento do prazoProscrio - banimentoPleito disputa eleitoralPreito homenagemRatificar confirmarRetificar corrigirSano aprovaoSanso heri bblicoSoar fazer-se ouvirSuar transpirarSob debaixo deSobre em cima de, a respeito deTrs atrsTraz flexo do verbo trazerVultoso volumosoVultuoso com a face congestionada

    SAIBA MAISExistem tambm expresses que apresentam semelhan-as entre si, e tm significao diferente. Tal semelhanapode levar os usurios da lngua a usar uma expressoem vez de outra.

    Ao invs de: ao contrrio de: O preo subiu, ao invsde cair.Em vez de: em lugar de. Se estiver em dvida, prefira emvez de, que serve para os dois casos. Foi ao cinema emvez de ficar em casa.

    A par: ciente: Estou a par do assunto.Ao par: de acordo com a conveno legal, sem gio, semabatimentos (cmbio, aes, ttulos, etc.): O real est aopar do dlar.

    -toa (adjetivo): ordinrio, imprestvel. Vida -toa. toa (advrbio): sem rumo. Andar toa.Onde: empregado em situaes estticas (com verbosque no do ideia de movimento): Onde moras?Aonde: empregado em situaes dinmicas (com ver-bos de movimento). Equivale a para onde: Aonde vais?

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1116

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 17

    Afim de: semelhante, da mesma natureza: O espanhol afim do portugus.A fim de: para, finalidade: Estude a fim de ser aprovado.

    Polissemia: o fato de uma palavra pode assumir maisde uma significao.

    Exemplo:Estou com uma dor terrvel na minha cabea.(parte do corpo)Ele o cabea do projeto. (chefe)Graves razes fizeram-me contratar esse advo-gado. (importante)O piloto sofreu um grave acidente (trgico)Ele comprou uma nova linha telefnica. (conta-to ou conexo telefnica)Ns conseguimos traar a linha corretamente.(trao contnuo duma s dimenso)

    EXERCCIOS DE FIXAO

    25. Na frase O carreto que contratei para transportarminhas coisas... a palavra coisas pode ser subs-tituda por que palavra mais especfica?_______________

    26. A mesa velha, me acompanha desde menino:destas antigas, com uma gradinha de madeira emvolta... Qual a diferena de significado entre velhae antiga?

    _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    27. ...no cumprimento da humilde profisso. . . A pala-vra destacada tem um parnimo, a palavra compri-mento. Preencha as lacunas das frases a seguir comuma das palavras colocadas entre parnteses.

    a) Algumas lembranas do cronista ____________ deseu passado. (emergiram - imergiram)

    b) Algumas coisas passaram ______________ ao cro-nista. (despercebidas - desapercebidas)

    c) A mudana partiu ______________ chegar. (em vezde ao invs de)

    28. Algumas palavras podem ser escritas com s ouz, possuindo significados diferentes. Completeas lacunas com a forma adequada das palavrasindicadas.

    1.a) Maria pretendia _____________ todo o milho de

    uma vez.b) Deveria _______________ toda a roupa antes de

    viajar. (coser cozer)

    2.a) O co comeu o____________da porta.b) O carpinteiro pretendia ______________ a porta.

    (alisar alizar)

    29. Preencha as lacunas com a forma adequada daspalavras indicadas.

    1.a) Era considerado____________ em selos brasileiros.b) Era_______________ o bastante para escapar.

    (experto esperto)2.a) Todos devemos _______________ nossas culpas.b) No devemos ______________ pelas fechaduras.

    (espiar expiar)3.a) O Brasil ainda depende de auxlio __________.b) A radiografia mostrava o _______________. (esterno

    externo)4.a) O___________ foi servido s cinco.b) O ________ da Prsia viveu em Paris. (ch x)5.a) O ___________ foi devolvido pelo banco.b) O ___________ rabe comprou o hotel. (cheque

    xeque)6.a) O povo reclamava das altas _________ impostas.b) As ______________ perfuram o pneu do caminho.

    (tacha taxa)7.a) Convinha______________ as mercadorias de ime-

    diato, antes de abrirmos a loja.b) Devemos ______________ os produtos para que

    cheguem a tempo. (aprear apressar)8.a) Quem tem bom __________ no casa.b) O ltimo __________ mostrou que somos cento e

    quarenta e cinco milhes. (censo senso)9.a) Devemos ___________ o cereal antes das chuvas.b) Quis ____________ o animal durante a luta.

    (segar cegar)10.a) Puxou o fio de alta _________ sem sofrer danos.b) Tinha a ___________ de lev-Io festa. (tenso

    teno)11.a) O monge vivia em sua _______________b) O cavalo sentia o espinho embaixo da __________.

    (sela cela)12.a) O___________ do carro demorou duas horas.b) O___________ da Orquestra Sinfnica no agradou

    ao pblico. (conserto concerto)13.a) No havia __________ suficientes no teatro.b) Os __________ traziam-Ihes problemas na aula.

    (acento assento)

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1117

  • 18 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    14.a) Em suas provas no havia muitos ____________.b) No foram ouvidos seus__________ na tribuna. (as-

    sertos acertos)15.a) Foi necessrio ________ os ttulos dos campo-

    neses.b) Os camponeses no podiam mais _________ os

    animais. (caar cassar).

    30. ... ele conheceu que Santina no era moa. Mui-tas vezes, para atenuar uma expresso, em lugarde diz-la na forma afirmativa, negamos o seu con-trrio (no era moa = era mulher). Proceda damesma forma nas frases a seguir, fazendo asadaptaes necessrias.

    1. Jos era corrupto.________________________________

    2. O poltico dizia mentiras.________________________________

    3. O marido desprezava a mulher.________________________________

    4. O operrio descansou no domingo.________________________________

    5. O acusado emudeceu diante do juiz.________________________________

    2. ESTILSTICA2.1 SIGNIFICAO LITERAL E CONTEXTUAL DOS

    VOCBULOSComo vimos, as palavras so polissmicas e para queconsigamos entender o significado assumido por elasnos textos, basta que atendemos ao contexto. Observe oexemplo:Primeiro busquei o amor, que traz o xtase - xtase togrande que sacrificaria o resto de minha vida por umaspoucas horas dessa alegria.Alegria e xtase no so sinnimos, mas nesse contextoalegria o xtase trazido pelo amor, portanto so sinni-mos contextuais.Alm disso, as palavras podem ser usadas em sentidoque no prprio, como veremos a seguir.

    2.2 A DENOTAO E A CONOTAOOs vocbulos podem ser empregados no sentido prprio(denotativo) ou no sentido figurado (conotativo).

    Observe os exemplos seguintes:A jovem, no leito, gemia de dor. (sentido prprio)O diretor gemeu um discurso. (sentido figurado)

    Denotao: a palavra empregada em seu sentido real,prprio, dicionarizado.Conotao: Sentido subentendido, s vezes de teor sub-jetivo, que uma palavra ou expresso pode apresentarparalelamente ao sentido em que empregada.

    Observar, ento, que algumas palavras tm cargas se-mnticas que sugerem muito mais do que a princpioapresentam.Metfora: uma comparao abreviada: Minha vida eraum palco iluminado.Exerccio 31:Coloque nos parnteses D ou C, indicando os sentidosDenotativo ou Conotativo:01. ( ) Ningum suportava os gemidos do enfermo.02. ( ) O cachorro mordeu a menina.03. ( ) Assisti ao desfile das escolas de samba.04. ( ) Suas palavras soavam gemidas.05. ( ) Ele me mordeu em dez reais.06. ( ) As estrelas desfilavam no cu.07. ( ) Ele nadava em dinheiro.08. ( ) Seu corao parecia de pedra.09. ( ) Em 1888, libertaram-se os escravos.10. ( ) O atleta quebrou a perna.11. ( ) As guas dos rios estavam poludas.12. ( ) O burro um animal de grande utilidade no interior.13. ( ) O rapaz era chamado de burro pelos amigos.14. ( ) O jovem quebrou o silncio.15. ( ) Os cometas so astros luminosos.

    CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS COMDETERMINADOS VOCBULOS E EXPRESSES

    No que diz respeito ao aspecto semntico, algumasobservaes devem ser levadas em considerao.Substantivo:a) Nem sempre aumentativos e diminutivos nos do ideiade tamanho. Podem exprimir carinho, ternura, afetivida-de, desprezo, depreciao, intensidade.Exemplos: narigo, livreco, filhinho, amarelo, supermer-cado, minicalculadora.b) Outras formas aumentativas e diminutivas, com o tem-po, adquiriram significados especiais, dissociados daspalavras de origem.Exemplos: carto, porto, folhinha ( calendrio ), lingueta.Artigos:a) O artigo definido pode ser usado com fora distributiva.Exemplo: A carne j est custando dez reais o quilo.(= cada)b) O artigo definido, anteposto a nome de pessoas, apre-senta um tom de afetividade ou de familiaridade.Exemplo: Compare:Antnio faltou reunio. / O Antnio faltou reunio.(no segundo exemplo, o sujeito goza de certa intimidadejunto ao emissor)c) H profunda modificao de sentido na frase quando aartigo definido antecede a palavra todo.Exemplo: Compare:Todo prdio deve ser vistoriado. (todos, em geral)Todo o prdio deve ser vistoriado. (um prdio especfico)d) H modificao significativa quando o artigo definidovem anteposto a um pronome substantivo possessivo.Exemplo: Compare:Este meu livro. (ideia de posse)

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1118

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 19

    Este o meu livro. (ideia de distino de outros de mes-ma espcie. Dentre outros, este o meu.)e) Os artigos indefinidos uns, umas antepostos a nu-merais indicam aproximao numrica.Exemplo: Ela devia ter uns vinte anos.f) Os artigos indefinidos antes de nomes prprios indi-cam semelhana, elemento pertencente a determinadafamlia; podem, ainda, designar obras de um artista.Exemplos:Provou ser um Judas. ( = traidor )Ele era um verdadeiro Silva.Trata-se de um Picasso.Adjetivos:a) Algumas formas aumentativas e diminutivas equiva-lem a superlativos.Exemplos:Menina branquinha = muito branca.Doce gostoso = gostosssimo.b) Outras formas de obteno de superlativos de um modono convencional:- O caf extrafino.

    (atravs da prefixao)- As pernas da menina eram brancas, brancas.

    (atravs da repetio do adjetivo)- Ele forte como um touro.

    (atravs de uma comparao)- O dono da escola podre de rico.

    (atravs de uma expresso idiomtica)- Ele no apenas uma cantora, a cantora.

    (atravs da repetio do artigo e do substantivo, dando-se nfase ao artigo)

    Pronomes:Os pronomes possessivos podem indicar afetividade,carinho.Compare:Esta a minha casa. (posse)Minha filha, disse o professor, voc melhora a cada dia.(afetividade)Podem, ainda, indicar aproximao numrica.Exemplo: Ele deve ter seus dezoito anos.Numerais:Indicam tambm superlativao:Exemplo: J assisti a este filme mais de mil vezes.Conjunes e Locues Conjuntivas:Deve-se estudar a equivalncia que h entre elas.Exemplos:Quebrei a cabea, porque fui imprudente.Como fui imprudente, quebrei a cabea. (Causa)Irei ao cinema se voc pagar o ingresso.Irei ao cinema caso voc pague o ingresso. (Condio)Fui praia embora chovesse.Fui praia apesar de chover. (Concesso)Preposies:Deve-se estudar o valor semntico que uma preposioapresenta.Exemplos:Ele foi a So Paulo. (destino, direo)Ele veio de So Paulo. (procedncia)Ele saiu a seu pai. (semelhana)

    Este um anel de ouro. (matria)Fui ao cinema com ela. (companhia)Fiz o trabalho a caneta. (instrumento)Voltaremos a qualquer momento. (tempo)Ele morria de fome. (causa)Compras s em dinheiro. (condio)Exerccio 32:Estabelea a diferena de sentido, existente entre os pa-res abaixo:

    1.Todo morro merece ateno governamental.Todo o morro merece ateno governamental.2.Joo um bom rapaz.O Joo um bom rapaz.3.Esta minha caneta.Esta a minha caneta.

    4.Estes livros so seus.Ele deve ter seus quinze anos.

    5.Meu filho estudioso.Meu filho, seus pais no aprovariam o que voc fez.

    6.Simples exemplo.exemplo simples.

    7.nico trabalho.Trabalho nico.

    8.Pobre mulher.Mulher pobre.

    Exerccio 33:O que indicam as frases seguintes?01. Ele est superalimentado.02. A pobre mulher era gorda, gorda.03. Isto claro como a gua.04. Ela uma pianista de mo cheia.05. Pel no foi apenas um jogador de futebol, foi o jogador.

    V. ParfraseO texto reescrito de formas diversas, mantendo o sentido.

    34. Assinale a opo que mantm o mesmo sentido dotrecho sublinhado a seguir:Uma das grandes dificuldades operacionais encontradasem planos de estabilizao o conflito entre perdedores eganhadores. s vezes reais, outras fictcios, estes confli-tos geram confrontos e polmicas que, com freqncia,podem pressionar os formuladores da poltica de estabiliza-o a tomar decises erradas e, com isto, comprometer osucesso das estratgias antiinflacionrias.

    (Folha de S.Paulo, 7/5/94)

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1119

  • 20 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    a) Estes conflitos, reais ou fictcios, geram confrontose polmicas que, frequentemente, podem pressio-nar os formuladores da poltica de estabilizao atomar decises erradas, sem, com isso, compro-meter o sucesso das estratgias antiinflacionrias.

    b) O sucesso das estratgias antiinflacionrias podeficar comprometido se, pressionados por conflitos,reais ou fictcios, os formuladores da poltica de es-tabilizao tomarem decises erradas.

    c) Os conflitos, s vezes reais, outras fictcios, que po-dem pressionar os formuladores da poltica de es-tabilizao a confrontos e polmicas, comprometemo sucesso das antiinflacionrias.

    d) O sucesso das estratgias antiinflacionrias podeficar comprometido se os formuladores da polticade estabilizao, pressionados por confrontos e po-lmicas decorrentes de conflitos, tomarem deci-ses erradas.

    e) Os formuladores da poltica de estabilizao podemtomar decises erradas se os conflitos, gerados porconfrontos e polmicas os pressionarem; o suces-so das estratgias antiinflacionrias fica, com istocomprometido.

    35. Marque a opo que no constitui parfrase dosegmento abaixo:O abolicionismo, que logrou pr fim escravido nas Anti-lhas Britnicas, teve peso pondervel na poltica antinegrei-ra dos governos britnicos durante a primeira metade dosculo passado. Mas tiveram peso tambm os interessescapitalistas, comerciais e industriais, que desejavam ex-pandir o mercado ultramarino, de produtos industriais e viamna inevitvel misria do trabalhador escravo um obstculopara este desiderato.

    (P. Singer, A formao da classe operria,So Paulo, Atual, 1988, p.44)

    a) Na primeira metade do sculo passado, a despeitoda forte presso do mercado ultramarino em criarconsumidores potenciais para seus produtos indus-triais, foi o movimento abolicionista o motor que pscobro misria do trabalhador escravo.

    b) A poltica antinegreira da Gr-Bretanha na primeirametade do sculo passado foi fortemente influenci-ada no s pelo iderio abolicionista como tambmpela presso das necessidades comerciais e in-dustriais emergentes.

    c) Os interesses capitalistas que buscavam ampliar omercado para seus produtos industriais tiveram pesoconsidervel na formulao da poltica antinegreirainglesa, mas teve-o tambm a conscincia liberalantiescravista.

    d) Teve peso considervel na poltica antinegreira bri-tnica, o abolicionismo. Mas as foras de mercadotiveram tambm peso, pois precisavam dispor deconsumidores para seus produtos.

    e) Ocorreu uma combinao de idealismo e interes-ses materiais, na primeira metade do sculo XIX, naformulao da poltica britnica de oposio es-cravido negreira.

    36. A linguagem do texto predominantemente deno-tativa, empregando-se as palavras em sentido pr-prio, na alternativa:

    a) Editores, escritores, professores e alunos tm opi-nies divididas. A maioria, no entanto, concorda: oacordo inoportuno e, no raro, contraditrio.

    b) O brasileiro gosta muito de ignorar as prprias virtu-des e exaltar as prprias deficincias, numa inversodo chamado ufanismo. Sim, amigos, somos uns Nar-cisos s avessas, que cospem na prpria imagem.

    c) Poludo por denncias de corrupo, (...) Luiz Anto-nio de Medeiros considerado fsforo riscado.

    d) Incumbidos de animar a exploso hormonal da ju-ventude uberabense, Zez Di Camargo e Lucianolevaram 30 mil reais por sua apresentao.

    e) Levou o nome de fria legiferante o perodo entre1964 e 1967, que cimentou com profuso de leis oedifcio institucional da nova ordem econmica.

    Leia o texto para responder s questes 37 e 38.

    No faz muito tempo assim, um deputado-cartola disse paraquem quisesse ouvir que quando vendeu um craque para oLa Corua, da Espanha, ele teve um trabalho para depositarnuma conta na Sua parte do dinheiro devido ao jogador,como havia sido combinado. Comunicou o fato a telespecta-dores de uma mesa-redonda com a mesma tranqilidade comque sonegou a informao Receita. Quem tem dinheiro,poder, notoriedade ou um bom advogado no costuma pas-sar por grandes apertos. No retrato da nossa ptria-me todistrada, jogadores de futebol so os adventcios que che-gam aos andares de cima da torre social, como recompensapor um talento excepcional, o que convenhamos, mritoraro. Mas isso no lhes confere isenes fiscais.Se o Leo ficar arisco para repentinos sinais exteriores deriqueza, vai empanturrar-se de banquetes fora dos gramados.

    (Flvio Pinheiro, VEJA, 27 de agosto de 1997,com adaptaes)

    37. Assinale o item incorreto em relao ao texto.a) O pronome ele (l.3) refere-se a deputado-cartola (l.1).b) O substantivo jogador (l.4) se refere a um craque (l.2).c) O agente dos verbos Comunicou (l.5) e sonegou

    (l.7) o mesmo dos verbos disse (l.1), vendeu(l.2) e teve (l.3).

    d) As palavras trabalho (l.3) e apertos (l.9) contri-buem para conferir informalidade ao texto.

    e) A expresso devido ao (l.4) indica relao sintticade causa.

    38. Assinale o item incorreto em relao ao texto.a) A expresso andares de cima da torre social

    (l.11) est sendo utilizada em sentido figurado oumetafrico.

    b) Uma parfrase correta para o ltimo perodo do textoseria: Se a Receita Federal fiscalizar rigorosamen-te aqueles que mostram sinais de enriquecimentosbito, vai aumentar sua arrecadao em outras re-as que no apenas o futebol.

    1

    5

    10

    15

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1120

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 21

    c) A palavra adventcios (l.10) significa, no texto, per-severantes, obstinados, msticos.

    d) O uso do se em Se o Leo ficar arisco (l.14) esta-belece uma relao sinttica de condio.

    e) O uso do se em empanturrar-se (l.15) tem funoreflexiva.

    VI. Erros Clssicos de Interpretao de Textos1. Extrapolao: Ir alm dos limites do texto. Acres-

    centar elementos desnecessrios compreensodo texto.

    2. Reduo: Ater-se apenas a uma parte do texto, que-brar o conjunto, isolar o texto do contexto.

    3. Contradio: Chegar a uma concluso contrria do texto, invertendo seu sentido.

    39. Leia o poema:J sobre a fronte v se me acinzentaO cabelo do jovem que perdi.Meus olhos brilham menos.J no tem jus a beijos minha boca.Se me ainda amas por amor, no ames:Trairias-me comigo.

    (Ricardo Reis/Fernando Pessoa)A ideia principal que o texto nos mostra :a) um amante que encontra uma antiga paixo, dos

    seus tempos de mocidade.b) um amante que fica lembrando as emoes no pa-

    pel e confessa que nunca a esqueceu.c) um amante que j est com os cabelos grisalhos

    em sua fronte.d) um amante pedindo que o amor continue, como an-

    tes, seno ele vai ser trado.e) a autodescrio do amante, revelando o seu enve-

    lhecimento e sua perda de vitalidade.

    VII. Questes de Provas AnterioresTexto para responder s questes 40 a 49.

    Como a Internet est transformando (de verdade) avida nas empresas

    Sim, caro leitor, vamos falar aqui sobre a Internet. No a Internetdos modelos de negcios delirantes das ponto-com. No da pro-messa de dinheiro fcil e rpido, vindo da especulao comaes de companhias sem vendas, sem lucro, sem clientes.Vamos falar da Internet que vem, de verdade, ajudando a revo-lucionar os negcios, a aumentar os lucros, baixar os custos,incrementar a produtividade, acelerar o desenvolvimento de no-vos produtos, encantar o cliente inovar radicalmente. verdade que, hoje, poucas pessoas se atrevem a acrescen-tar a letra e (de eletrnico) antes de qualquer novo negcio. como se ela tivesse se transformado numa espcie de estigma,a negao de tudo, inclusive de todos os inegveis benefciosque a era digital pode nos trazer. A histria recente da Internetficou marcada por uma certa ciclotimia. Primeiro, veio a euforia,alimentada pelo espetacular ganho de 86% nas aes cotadasna Nasdaq em 1999. Depois, a depresso. Em 2000, o ndiceregistrou queda de 39%. Neste ano, j acumula menos 12%.

    Mas cuidado. Essa fase de ressaca pode ser justamente amais perigosa, porque, em meio a eufricos e deprimidos, hum terceiro grupo. Seus integrantes no ignoram as mudan-as que a tecnologia da informao pode ajudar a acelerar.Nem acreditaram nas promessas mirabolantes de dinheiroabundante, rpido e fcil. So essas empresas, espcies decamalees corporativos, que esto se preparando para dei-xar a concorrncia comendo poeira num futuro bem prximo.Uma das poucas certezas em torno da Grande Rede talveza nica que ela veio para ficar, e um dos seus principaisefeitos a revoluo que est promovendo nas empresas.Apesar do fim da especulao com aes de fumaa e dosjovens desiludidos com promessas frustradas, elas continu-am a investir em processos como o comrcio eletrnico, agesto do conhecimento e o estreitamento das relaes comseus fornecedores e clientes. Algumas delas poucas, naverdade j conseguiram usar a Internet como uma potenteferramenta de reconstruo de seus negcios.

    (InfoExame online, junho-2001)

    40. A proposta do texto discutir a Internet do pontode vista

    a) dos grandes prejuzos que causou a todos os gran-des investidores.

    b) do grande faturamento que tm todas as empresasque a utilizam.

    c) do desencanto de jovens desiludidos com promes-sas frustradas.

    d) das inovaes que vm revolucionando muitas em-presas.

    e) Da sua influncia na bolsa Nasdaq, com quedade 39%.

    41. Assinale a alternativa em que a frase, no contexto,est associada ideia contida no verbo transfor-mando, que aparece no ttulo.

    a) ... jovens desiludidos com promessas frustradas ...b) Essa fase de ressaca pode ser justamente a mais

    perigosa, ...c) ... ajudando a revolucionar os negcios, ...d) ... vamos falar aqui sobre a Internet.e) Depois, a depresso.

    42. De acordo com o texto, correto afirmar quea) muitas empresas consideram os prs e contras para

    poderem tirar maior proveito da Internet.b) todas as empresas se recusam a utilizar a Internet

    atualmente.c) os investidores eufricos sempre tm prejuzos com

    a Internet.d) todos os investidores aceitam, sem nenhuma restri-

    o, a Internet.e) as empresas no querem investir porque fracassam

    com promessas frustradas na Internet.

    43. A ideia de que a Internet capaz de proporcionarmuitas vantagens ao homem moderno est conti-da no seguinte trecho de texto:

    a) Essa fase de ressaca pode ser justamente a maisperigosa.

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1121

  • 22 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    b) como se ela tivesse se transformado numa esp-cie de estigma.

    c) ... vindo da especulao de companhias sem ven-das, sem lucro, sem clientes.

    d) ... inclusive de todos os inegveis benefcios que aera digital pode nos trazer.

    e) Uma das poucas certezas em torno da Grande Rede talvez a nica que ela veio para ficar.

    44. As expresses de verdade e talvez a nica, des-tacadas no texto, exprimem, respectivamente,ideias de

    a) exagero condio.b) possibilidade dvida.c) exagero afirmao.d) dvida certeza.e) afirmao dvida.

    45. Os altos e baixos dos negcios na Internet influ-enciaram as empresas, fazendo com que, atual-mente, elas

    a) optem por pequenos investimentos apenas.b) tenham cautela para investimentos na Internet.c) no desenvolvam atividades via Internet.d) faam, com euforia, apenas grandes investimentos.e) sintam-se mais atradas pelos negcios via Rede.

    46. No trecho a negao de tudo, inclusive de todos osinegveis benefcios que a era digital pode nos trazer, a palavra destacada pode ser substituda por

    a) exceto.b) pelo menos.c) somente.d) at mesmo.e) menos.

    47. Em vindo da especulao com aes de compa-nhias sem vendas, sem lucro, sem clientes , a ideiaexpressa pelas preposies destacadas de

    a) lugar.b) modo.c) ausncia.d) tempo.e) causa.

    48. No trecho Essa fase pode ser justamente a maisperigosa, porque, em meio a eufricos e deprimi-dos, h um terceiro grupo , a conjuno destaca-da pode ser substituda por

    a) j que.b) porm.c) por isso.d) portanto.e) medida que.

    49. Assinale a alternativa em que a expresso em des-taque est empregada em sentido conotativo.

    a) ... vamos falar aqui sobre a Internet.b) ... ajudando a revolucionar os negcios, ...c) Em 2000, o ndice registrou queda de 39%.d) ... para deixar a concorrncia comendo poeira ...e) Neste ano, j acumula menos 12%.

    Leia o texto abaixo para responder s questes 50 a 59.

    A invaso dos brbarosNos pases desenvolvidos, h uma neurose nova: a invasodos brbaros. No mais aquele temor que no passado aco-metia as cidades-Estado, a confrontao dos imprios com ashordas desconhecidas que avanam para o saque e a des-truio. No so os hunos, nem os turcos, nem os mongis:so os emigrantes fugitivos da misria, desejosos de melhorfuturo, que se esgueiram pelos aeroportos, se escondem nasestradas, atravessam, sorrateiros, rios e cercas de aramefarpado, enfrentam policiais, leis de restrio imigrao (...).A Europa est ferida por essa face das migraes humanas.Nos Estados Unidos, a sociedade fracionada, de tantos gru-pos e etnias, recusa-se a aceit-los, repelindo suas culturase suas crenas. Nessa paisagem humana, o exemplo da Am-rica Latina diferente. Nossas razes ibricas trouxeram acapacidade de promover a miscigenao cultural (...).Quando ocorreu o encontro entre as civilizaes pr-colombia-nas e pr-cabralinas, os colonizadores foram capazes de supe-rar a tragdia do enfrentamento e de comear um processo deassimilao e mestiagem que construiu a sociedade racial quetemos, com valores prprios, expresso da nova identidade.Com eles resistimos uniformizao da globalizao (...).A globalizao econmica incomparvel com a globaliza-o das raas. Aquela quer um mundo de ricos e faz comque os outros se afastem e fiquem presos misria, aodesemprego e fome.O Brasil, particularmente, j venceu o gargalo da segregaoracial. Temos uma sociedade democrtica, fora das superiori-dades (?) tnicas.Nossas discriminaes so outras: a maior de todas a daconcentrao de renda, que gera problemas sociais. Esses,sim, nos separam, o que uma coisa brbara, mas sem afobia de brbaros.

    (Folha de S.Paulo, 15.06.01)

    50. Segundo o texto,a) em muitos pases desenvolvidos, h a propagao

    da doena nervosa, gerada pela globalizao.b) os brbaros voltaram a invadir os pases desenvol-

    vidos para defender os fugitivos da misria.c) somente nos pases desenvolvidos, as migraes

    humanas causaram a segregao racial.d) grupos marginalizados em seus pases se estabe-

    lecem em outros para ter uma vida digna.e) a invaso dos brbaros promoveu e continua a pro-

    mover unio entre espanhis e portugueses.

    51. De acordo com o texto, a globalizao econmicaa) congrega pessoas independentemente de origem

    e raa.b) neutraliza, de forma irreversvel, as diferenas raciais.c) ressalta a fobia dos pases ricos em relao aos

    pases pobres.d) manipula dados em favor dos ricos.e) acentua a distncia entre as classes sociais.52. Segundo o texto, as migraesa) promovem a miscigenao cultural entre os ricos.b) prejudicam a Europa porque causam o desemprego.c) representam a busca de um futuro promissor.

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1122

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 23

    d) apontam trajetrias marcadas por lutas vitoriosas.e) geram identificao estreita com a ptria escolhida.

    53. correto afirmar que, na Amrica Latina,a) as razes comuns dos povos levaram a uma fuso

    de culturas.b) a rejeio aos imigrantes tem sido uma constante

    ao longo de sua histria.c) a populao vivem em grupos fechados, sem comu-

    nicao entre eles.d) a convivncia entre pessoas de origens diversas

    nunca foi tranquila.e) um nacionalismo arraigado impede a circulao dos

    bens culturais.

    54. Os latino-americanos resistem uniformidade daglobalizao por causa

    a) das caractersticas dos povos pr-colombianos.b) da capacidade de assimilao das diferenas raciais.c) da busca incessante de uma identidade cultural.d) do esprito de aventura dos colonizadores.e) das polticas nacionalistas dos governos.

    55. Em relao s emigraes, o Brasila) apresenta um comportamento hostil para os emi-

    grantes.b) restringe o acesso s classes de baixa renda.c) abre-se, exclusivamente, s chamadas etnias su-

    periores.d) submete-se a polticas ditadas pelos pases desen-

    volvidos.e) supera, em funo de um modelo democrtico, os

    problemas raciais.

    56. Com o adjetivo brbara na frase Esses, sim, nosseparam, o que uma coisa brbara, mas sem afobia de brbaros. , o autor

    a) reconhece que os emigrantes so perigosos.b) admite que h povos brbaros em todas as pocas

    da Histria.c) considera uma indignao a injusta distribuio de

    renda.d) confessa o velado preconceito racial brasileiro.e) expressa admirao pela democracia brasileira.

    57. Na frase Quando ocorreu o encontro entre ascivilizaes pr-colombianas e pr-cabralinas, oscolonizadores foram capazes de superar a trag-dia do enfrentamento ... , a conjuno grifada podeser substituda, sem alterao do sentido, por

    a) assim que.b) contudo.c) sempre que.d) medida que.e) antes que.

    58. O sinnimo de sorrateiros, em destaque no texto, a) rpidos.b) medrosos.c) agitados.d) espertos.e) deprimidos.

    59. Assinale a alternativa em que a expresso grifadaest empregada em sentido conotativo.

    a) Nos Estados Unidos, a sociedade fracionada, degrupos e etnias, recusa-se a aceitar os emigrantes.

    b) O Brasil, particularmente, j venceu o gargalo dasegregao racial.

    c) Nossas razes ibricas trouxeram a capacidade depromover a miscigenao cultural.

    d) Os espanhis e os portugueses aprenderam a con-viver com a divergncia.

    e) Nos pases desenvolvidos, h uma neuroses nova:a invaso dos brbaros.

    Leia o texto abaixo para responder s questes 60 a 66.

    Os prejuzos do Aedes Aegypti no sculo 19Velho Conhecido

    Que as autoridades andam um pouco perdidas com o mosqui-to transmissor de dengue, todo mundo j sabe. Que elas te-nham sido pegas de surpresa, isso que surpreendente. OAedes Aegypti um velhssimo conhecido no Brasil: em mea-dos do sculo 19, o veterano inseto causou enormes proble-mas ao empresrio Irineu Evangelista de Souza, o Baro deMau, quase inviabilizando a construo da primeira compa-nhia de gs do Rio de Janeiro. O episdio est descrito no livroMau, Empresrio do Imprio, de Jorge Caldeira:Justamente quando as obras comeavam, aportou no Rio deJaneiro um navio vindo de Havana com doentes a bordo. En-quanto durava a quarentena (...), uma nova doena se alas-trou pelo pas: a febre amarela. S muitos anos mais tarde sesaberia que a doena era transmitida por um mosquito, o Ae-des Aegypti, que se cria em guas paradas e para o qual opntano da usina era o paraso. No demorou muito e os ope-rrios comearam a morrer. Em menos de dois meses, a equi-pe foi devastada. Havia 11 engenheiros e tcnicos inglesesnos canteiros em funes essenciais. Na primeira onda dadoena, dez morreram de febre. Sobrou apenas o chefe. Wi-lliam Gilbert Ginty. Ele s se convenceu a ficar porque o patroaumentou o seu salrio a nveis compatveis com o risco, pa-gando-se mais do que ganhavam os ministros brasileiros, do-nos dos maiores salrios do pas. Ao mesmo tempo, em cartasdesesperadas para a Inglaterra, Irineu pedia a seus sciosque encontrassem substitutos para os mortos. Como a notciada febre j havia atravessado o oceano, tambm esses ho-mens lhe custaram muito caro.

    (Exame, 03.2002)

    60. Segundo o texto,a) o Aedes Aegypti foi descoberto pelo Baro de Mau, que

    realizava grandes empreendimentos no sculo 19.b) muitos operrios da antiga companhia de gs do

    Rio de Janeiro permaneceram em quarentena numnavio para Havana.

    c) depois de muito tempo, o Aedes Aegypti foi associ-ado aos episdios descritos, ocorridos durante aconstruo da primeira companhia de gs.

    d) a periculosidade do mosquito Aedes Aegypti tinhasido constatada poca da construo da primeiracompanhia de gs.

    e) a febre amarela se alastrou de maneira surpreen-dente, aniquilando todos os operrios estrangeirosque trabalhavam para o Baro de Mau.

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1123

  • 24 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    61. De acordo com o texto, certo dizer que o mosquitoa) ainda no foi estudado devidamente pelos cientistas.b) foi transportado nos navios ingleses durante o s-

    culo passado.c) inviabilizou a construo da companhia de gs.d) atravessou o oceano, causando mortes na Europa.e) foi um grande obstculo construo da companhia.

    62. No trecho ... e para o qual o pntano da usina erao paraso. , a palavra em destaque se refere

    a) ao local onde eram sepultados os operrios ingleses.b) ao hbitat ideal para a reproduo do mosquito.c) s vantagens da construo em rea com custo baixo.d) ao estgio mais avanado do empreendimento do

    Baro.e) ao perodo de acontecimentos sombrios durante a

    obra.

    63. De acordo com o texto, o problema causado pelomosquito nos ltimo tempos

    a) temporriob) indito.c) recorrente.d) insolvel.e) regional.

    64. No trecho Ele s se convenceu a ficar porque opatro aumentou seu salrio a nveis compatveiscom o risco ... o fator determinante no aumentosalarial

    a) a insalubridadeb) a experincia.c) o tipo de empresa.d) o desempenho.e) o nvel tcnico.

    65. No trecho Que elas tenham sido pegas de sur-presa, isso que surpreendente... o termo emdestaque expressa

    a) indeciso.b) incerteza.c) satisfao.d) indignao.e) apatia.

    66. Assinale a alternativa em que o termo em desta-que introduz uma ideia de oposio.

    a) Muito se investiu no combate doena, incluindoum grande contingente de agentes comunitrios.

    b) Como as bolsas no mundo inteiro despencaram,tambm a brasileira teve desempenho sofrvel.

    c) O engenheiro concordou em ficar porque lhe foi ofe-recido um polpudo salrio durante a construo.

    d) Os cientistas conseguiram identificar o agente trans-missor, contudo esto distantes de um tratamentoeficaz.

    e) Fechamos um grande contrato internacional, logoteremos fluxo de caixa para pagar os salrios dosengenheiros.

    67. Leo de 20-07 a 22-08Aquele seu primo do Imposto de Renda anda de olho em voc.Da prxima vez que trouxer muamba do Paraguai, cuidadopara no acabar atrs das grades, no zoolgico da 5a. D.P.Desista desta vida de sacoleiro e v se arruma um empregodecente! Voc pode comear como leo-de-chcara em algu-ma boate e depois, quem sabe, at virar garota propagandade Ch Mate!!!

    No trecho ... at virar garota propaganda de Ch Mate!!! o termo em destaque enfatizaa) desconfiana.b) impacincia.c) possibilidade.d) distanciamento.e) dificuldade.

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1124

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 25

    Gabarito

    1. A 2. C 3. B 4. B 5. C6. A 7. C 8. A 9. D 10. E

    11. 1. o; 2. tudo; 3. meu; 4. disso; 5. estas pessoas.12. E 13. C 14. E 15. A 16. D17. B 18. B 19. E 20. E 21. D22. A 23. E 24. B25. Pertences.

    26. Velha representa algo que tem muitos anos e antigarefere-se a algo que adquiriu certa qualidade esttica.

    27. a emergiram; b despercebidas; c ao invs de.

    28. 1. a cozer / b coser.2. a alizar / b alisar.

    29. 1. a experto / b esperto.2. a expiar / b espiar.3. a externo / b esterno.4. a ch / b - x.5. a cheque / b xeque.6. a taxas / b tachas.7. a - aprear / b apressar.8. a senso / b censo.9. a segar / b cegar.10. a tenso / b teno.11. a cela / b sela.12. a conserto / b concerto.13. a assentos / b acentos.14. a acertos / b assertos.15. a cassar / b caar.

    30. 1. Jos no era honesto.2. O poltico no dizia verdades.3. O marido no dava ateno mulher.4. O operrio no trabalhou no domingo.5. O acusado no falou nada diante do juiz.

    31.D: 1, 2, 3, 9, 10, 11, 12, 15.C: 4, 5, 6, 7, 8, 13, 14.

    32.01.Qualquer morro.Um morro especfico.02.A segunda frase, diferentemente da primeira; indica graude amizade, conhecimento.03.Na primeira frase, o vocbulo indica posse.Na segunda, dentre outras, esta a minha.04.Na primeira frase, h a ideia de posse.Na segunda, o vocbulo indica aproximadamente.05.Na primeira, posse;Na segunda, aproximadamente.

    06.Pouco importante.Acessrio singelo, comum.07.Um s trabalho.Trabalho exclusivo, excepcional.08.Infeliz.Sem recursos.

    33.01. Superlativao, atravs da prefixao.02. Superlativao, atravs da repetio de adjetivo.03. Superlativao, atravs de uma comparao.04. Superlativao, atravs de uma expresso idiomtica.05. Superlativao, atravs da repetio do artigo e do

    substantivo.

    34. D 35. A 36. A 37. E 38. C39. E 40. D 41. C 42. A 43. D44. E 45. B 46. D 47. C 48. A49. D 50. D 51. E 52. C 53. A54. B 55. E 56. C 57. A 58. D59. B 60. C 61. E 62. B 63. C64. A 65. D 66. D 67. C

    01_Interpretacao de textos.pmd 22/12/2010, 11:1125

  • 26 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    ORTOGRAFIA1. ConceitoA grafia de uma palavra pode ter carter:- fontico: que leva em conta a pronncia.- etimolgico: levando-se em conta a sua origem.

    2. Novo Acordo Ortogrfico

    IntroduoAtualmente o nosso idioma o quinto mais falado nomundo e abrange mais de 260 milhes de falantes, comolngua nativa.O Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa abrange ospases lusfonos (Portugal, Brasil, Angola, Moambique,Guin-Bissau, So Tom e Prncipe e Timor-Leste) e sur-giu a partir da necessidade de fortalecer a unidade dalngua portuguesa diante do cenrio mundial.Foi assinado em Lisboa em 16 de dezembro de 1990e, aps inmeros ajustes e alteraes, teve decretadoum perodo de transio entre 1 de janeiro de 2009 e31 de dezembro de 2012, aps o qual passa a vigoraroficialmente.Acompanhe as principais mudanas para o caso do Bra-sil e, como existe muitos casos que podem gerar dvi-das, procure sempre consultar um dicionrio oficial comoVOLP - Vocabulrio Oficial da Lngua Portuguesa da Aca-demia Brasileira de Letras.

    Principais AlteraesO alfabeto, que era formado por 23 letras, passa a ter 26,incluindo: k -w -y.Essas letras sero usadas para nomes estrangeiros depessoas e lugares e seus derivados e tambm para sm-bolos, siglas e medidas internacionais.Os dgrafos no final dos nomes hebraicos mantm-se,eliminam-se ou simplificam-se.Tambm mantm-se ou eliminam-se as consoantes fi-nais de origem bblica ou espanhola.

    Quanto acentuao:No se acentuam mais os ditongos abertos i, i, uparoxtonos (ideia, jiboia...), mas continua-se acentuan-do os ditongos abertos finais (anis, heri...).No se acentuam mais os encontros oo - ( voo, perdoo..)No se acentuam os verbos ver, ler, crer, dar e seusderivados na 3 pessoa do plural.No se acentuam o i/u tnico ps-ditongo nas paroxto-nas (feiura, baiuca...), nos oxtonos tnicos continuam comacento (tei...).No se acentuam o a/e/o em paroxtonas homgrafas(acento diferencial: pelo, pera, polo...)Ateno: Mantem-se o acento obrigatrio para pr e pde.Fica abolido o uso do trema, exceto para nomes prpriosestrangeiros e seus derivados (mlleriano, de Mller...).

    Quanto ao uso do hfen:Quando o prefixo ou falso prefixo terminar em vogal e osegundo elemento comear com r/s suprime-se o hfene dobra-se a consoante do segundo elemento (antisse-mita, minissaia, biorritmo...).Quando o prefixo ou falso prefixo terminar em vogal e osegundo elemento comear com vogal diferente supri-me-se o hfen formando um s elemento (autoescola,antiareo, aeroespacial...).Emprega-se o hfen nas formaes em que o segundoelemento comea com a mesma vogal que termina oprimeiro (micro-onda, contra-almirante...).

    3. Dificuldades Ortogrficas

    Uso do S:a) depois de ditongos:

    coisa, faiso, mausolu, maisena, lousab) em nomes prprios com som de /z/:

    Neusa, Brasil, Sousa, Teresac) no sufixo OSO (cheio de):

    cheiroso, manhoso, dengoso, gasosod) nos derivados do verbo querer:

    quis, quisessee) nos derivados do verbo pr:

    pus, pusessef) no sufixo ENSE, formador de adjetivo:

    canadense, paranaense, palmeirenseg) no sufixo ISA , indicando profisso ou ocupao femi-

    nina:papisa, profetisa, poetisa

    h) nos sufixos S/ESA, indicando origem, nacionalida-de ou posio social:

    japons, marqus, camponsjaponesa, marquesa, camponesa

    i) nas palavras derivadas de outras que possuam S noradical:

    casa = casinha, casebre, casaro, casarioatrs = atrasado, atraso

    paralisia = paralisante, paralisar, paralisaoanlise = analisar, analisado

    j) nos derivados de verbos que tragam o encontro ND:suspender = suspenso

    expandir = expanso

    Uso do Za) nas palavras derivadas de primitiva com Z:

    cruz = cruzamentodeslize = deslizar

    b) no sufixo EZ/EZA, formadores de substantivos abs-tratos, a partir de adjetivos:

    02_Ortografia.pmd 22/12/2010, 11:1126

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 27

    altivo = altivezmacio = maciezbelo = beleza

    c) no sufixo IZAR formador de verbos:hospital = hospitalizar

    social = socializarcatequese = catequizar

    d) nos verbos terminados em UZIR e seus derivados:conduzir, conduziu, conduzo

    deduzir, deduzo, deduzie) no sufixo ZINHO, formador de diminutivo:

    cozinho, pezinho, paizinho, mezinha, pobrezinha

    Observao: Se acrescentarmos apenas INHO, apro-veitamos a letra da palavra primitiva:

    casinha, vasinho, piresinho, lapisinho, juizinho

    Uso do H

    O emprego do H regulado pela etimologia.a) o H inicial deve ser usado quando a etimologia o justi-

    fique:hbil, harpa, hiato, hspede,

    hmus, herbvoro, hlice

    Observao: Escreve-se com H o topnimo Bahia, quan-do se aplica ao Estado.b) o H deve ser eliminado do interior das palavras, se

    elas formarem um composto ou derivado sem hfen:desabitado, desidratar, desonra,

    inbil, inumano, reaver

    Observao: Nos compostos ou derivados com hfen, o Hpermanece:

    anti-higinico, pr-histrico, super-humanoc) no final de interjeies:

    ah!, oh!, ih!

    Uso do X

    a) normalmente aps ditongo:caixa, peixe, faixa, trouxa

    Observao: Caucho e seus derivados (recauchutar, re-cauchutagem) so com CH.b) normalmente aps a slaba inicial EN:

    enxaqueca, enxada, enxoval, enxurrada

    Observao: Usaremos CH depois da slaba inicial ENcaso ela seja derivada de uma com CH:

    de cheio = encher, enchimento, enchentede charco = encharcado, encharcamentode chumao = enchumaado

    c) depois da slaba inicial ME:mexer, mexilho, mexerica

    Observao: Mecha e seus derivados so com CH.

    Uso do CHNo h regras para o emprego do dgrafo CH.

    Uso do SSEmprega-se nas seguintes relaes:a) ced cess

    ceder cessoconceder concesso concessionrio

    b) gred gressagredir agresso

    regredir regressoc) prim press

    imprimir impressooprimir opresso

    d) tir ssodiscutir discussopermitir permisso

    Uso do a) nas palavras de origem rabe, tupi ou africana:

    aafro, acar, muulmano, ara,Paiandu, mianga, caula

    b) aps ditongo:loua, feio, traio

    c) na relao ter teno:abster absteno

    reter reteno

    Uso do Ga) nas palavras terminadas em gio, gio, gio, gio,

    gio:pedgio, colgio, litgio, relgio, refgio

    b) nas palavras femininas terminadas em gem:garagem, viagem, escalagem, vagem

    Observao: Pajem e lambujem so excees regra.

    Uso do Ja) na terminao AJE:

    ultraje, traje, lajeb) nas formas verbais terminadas em JAR e seus deri-

    vados:arranjar, arranje, viajar, viajaremos,

    c) em palavras de origem tupi:paj, jenipapo

    d) nas palavras derivadas de outras que se escrevemcom J:

    ajeitar, laranjeira, canjica

    Uso do Ia) no prefixo ANTI, que indica oposio:

    antibitico, antiareo

    02_Ortografia.pmd 22/12/2010, 11:1127

  • 28 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    b) nos verbos terminados em AIR, OER, UIR e seusderivados:

    sair saio, sai, sais moer mi, mis

    retribuir retribui, retribuis

    Uso do Ea) nas formas verbais terminadas em OAR e UAR e

    seus derivados:perdoar perdoe, perdoes

    continuar continue, continuesb) no prefixo ANTE, que expressa anterioridade:

    anteontem, antepasto, antevspera

    Uso do SCNo h regras para o emprego do dgrafo SC.

    Formas VariantesAlgumas palavras admitem dupla grafia correta, sem

    alterao de significado. So as formas variantes.aluguel/aluguer, assobiar/assoviar,

    bbado/bbedo, blis/bile, cibra/cimbra,carroceria/carroaria, catorze/quatorze, laje/lajem,

    cota/quota, cociente/quociente, flecha/frecha,cotidiano/quotidiano, infarto/enfarte, enfarto,

    chimpanz/chipanz, percentagem/porcentagem,espuma/escuma, crisntemo/crisantemo,

    toucinho/toicinho, taverna/taberna

    Merecem Ateno Especial:Tome cuidado com a grafia de certas palavras. Algumasque no quotidiano apresentam problemas so:

    Aterrissar - Beneficncia - Beneficente - Chuchu -Cabeleireiro - De repente - Disenteria - Empecilho -

    Exceo - xito - Hesitar - Jil - Manteigueira -Mendigo - Meritssimo - Misto - Prazerosamente -

    Por isso - Privilgio - Salsicha

    4. Emprego do HfenEmprega-se o hfen:a) Palavras compostas por justaposio, cujos elemen-

    tos mantenham unidade sintagmtica e semntica, econservando a acentuao prpria.

    mdico-cirrgico, norte-americanoExcees: girassol, madressilva, paraquedas e todosaqueles em que se perdeu a noo de composio.b) Nos topnimos iniciados por:

    gro-/gr- Gr-Bretanha verbos Passa-Quatro

    c) Nos topnimos ligados por artigo:Baa de Todos-os-Santos

    Observao: Os demais casos sem hfen exceto Guin-Bissau.

    d) Palavras compostas que designem espcies zoolgi-cas e botnicas:

    erva-doce, bem-te-vie) Advrbio mal quando o segundo elemento comece por

    h ou vogal:mau-educado, mal-afortunado

    f) Advrbio bem dependendo da situao:bem-humorado, bem-estar

    Excees: benfeitoria, benfeito, benfeitor, Benfica...g) Com os elementos alm-, aqum-, recm-, sem-:

    alm-mar, aqum-mar, recm-casadoh) Quando o segundo elemento comea com h:

    pr-histria, super-homemi) Quando o segundo elemento comear com a mesma

    vogal que termina o primeiro:micro-onda, arqui-irmandade

    Observao prefixo co-:coordenar, cooperao...

    j) Com circum- e pan-, quando o segundo elemento co-mear com m, n ou vogal:

    circum-navegao, pan-africano

    k) Nos prefixos inter-, hiper- e super-, quando o segundoelemento comear com r:

    super-revista, hiper-requintado

    l) Com os prefixos ex-, sota-, soto-, vice-, vizo-:ex-presidente, vice-reitor, soto-mestre

    m) Com os prefixos ps-, pr-, pr- tnicos:ps-operatrio, pr-histria, pr-ecologia.

    Observao: Os prefixos pos, pre, pro quando tonos,admitem duas situaes:1. Sem hfen, formando um nico vocbulo.

    posposto, previsto, probitico2. Admitem duas grafias.

    preeleito, pr-eleiton) Com os prefixos ab-, ad-, ob-, sob-, sub-:

    ad-rogar, sob-roda, sub-raa, ob-repo.

    Observao: O prefixo sub- tambm se separa por hfenantes de palavras iniciadas por B (sub-base...).o) Palavras que combinam formando encadeamento vo-

    cabular:Ponte Rio-Niteri, voo Rio-So Paulo

    p) Com sufixos tipi-guarani quando o primeiro elementotermine em vogal acentuada ou a pronncia exija dis-tino:

    anaj-mirim, capim-auq) Na nclise e tmese:

    am-lo, am-lo-ei

    02_Ortografia.pmd 22/12/2010, 11:1128

  • Lngua Portuguesa

    Degrau Cultural 29

    Observao: Com o presente do indicativo do verbo havernas formas monossilbicas ligadas a preposio, nose usa hfen ( hei de, ho de...).r) Nas formas pronominais enclticas ao advrbio eis:

    eis-me, ei-lo

    No se emprega hfen:a) Quando o prefixo ou falso prefixo terminar em vogal e

    o segundo elemento comear com r/s suprime-se ohfen e dobra-se a consoante do segundo elemento.

    antissemita, minissaia, biorritmob) Quando o prefixo ou falso prefixo terminar em vogal e o

    segundo elemento comear com vogal diferente su-prime-se o hfen formando um s elemento.

    autoescola, antiareo, aeroespacialc) Nas seguintes locuesSubstantivas: sala de aula, fim de semana...Adjetivas: cor de rosa, cor de vinho...Pronominais: ela mesma, ns mesmos...Adverbiais: parte, vontade...Prepositivas: abaixo de, acima de...Conjuncionais: ao passo que, visto que...d) Frases nominalizadas: Deus nos acuda...

    5. Acentuao Grfica

    Acentos Grficos:Marcam a slaba tnica:a) grave para indicar crase.b) agudo para som aberto: caf, cip.c) circunflexo para som fechado: voc, compl.Observao 1: o til (~) no acento grfico e sim sinalgrfico nasalizador de vogais.

    rom, ma, m, rfo

    Observao 2: o til substitui o acento grfico quando osdois recaem sobre a mesma slaba.

    irm, roms

    Regras Gerais1. Monosslabas Tnicas: terminadas em a(s), e(s), o(s):

    p, j, m, l, trs, ms, chsp, f, S, ms, trs, rsp, s, d, cs, ss, ns

    Ento:mar, sol, paz, si, li, vi, nu, crume, lhe, mas (conjuno), ti

    2. Oxtonas: recebem acento as terminadas em a(s), e(s),o(s), em (ens):

    sof, maracuj, Paran, anans, marajs, atrsPel, caf, voc, fregus, holands, viscompl, cip, tren, retrs, comps, avsamm, tambm, armazmparabns, refns, armazns

    Ento:pomar, anzol, jornal, maciezsaci, caqui, anu, urubu

    3. Paroxtonas: as terminadas em l, i(s), n, u(s), r, x, (s),o(s), um(uns), ps, ditongo:

    fcil, til, jri, txi, lpis, tnis, hfen, plen, eltron,nutron, meincu, vrus, Vnus, revlver, mrtir,

    m, ms, rf, rfs, sto, rgo, rfos,lbum, mdium, fruns, pdiuns, pnei,

    frceps, bceps, gua, histria, srie, tnues

    Observaes:a) palavras terminadas em N, no plural:ONS: com acento

    eltrons, nutrons.ENS: sem acento

    hifens, polens.b) prefixos paroxtonos terminados em i ou r no so acen-tuados:

    anti, multi, super, hiper

    4. Proparoxtonas: Todas so acentuadas:lnguido, fsica, trpico, libi, dficit, lpide

    Regras Especiais1. I e U tnicos:Recebem acento se cumprirem as seguintes determinaes:a) devem ser precedidos de vogal.b) devem estar sozinhos na slaba (ou com o s).c) no devem ser seguidos de nh.

    sada, juzes, sade, viva, caste, sastes, balastreEnto:

    Raul, ruim, ainda, sair, juiz, rainhaObservao: no se acentua a vogal do hiato quando pre-cedida de outra idntica:

    xiita, paracuuba2. pr (verbo)

    por (preposio)3. porqu (substantivo)

    porque (conjuno)4. qu (substantivo, interjeio ou pronome no fim da frase)

    que (conjuno, advrbio, pronome ou partcula expletiva)

    Formas varianteshbitat ou habitatacrbata ou acrobataamnsia ou amnesiahomlia ou homiliaortoepia ou ortopiaprojetil ou projtilrptil ou reptilsror ou sororxrox ou xerox

    02_Ortografia.pmd 22/12/2010, 11:1129

  • 30 Degrau Cultural

    Lngua Portuguesa

    6. Uso do PORQUPor que

    preposio + pronomeEm frases interrogativas (diretas ou indiretas):

    Por que no veio? Gostaria de saber por