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Instituto Physion de Ensino em Saúde Excelência em Educação Continuada Página | 1 COLUNA CERVICAL ANATOMIA DA COLUNA CERVICAL Características da Coluna Cervical - estruturas de pouco suporte de peso - A maior parte dos sentidos está acima do pescoço - Grande ADM - Medula aumentada nesta região - Lâmina fina Coluna Cervical Superior

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Quiropraxia

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COLUNA CERVICAL

ANATOMIA DA COLUNA CERVICAL Características da Coluna Cervical

- estruturas de pouco suporte de peso - A maior parte dos sentidos está acima do pescoço - Grande ADM - Medula aumentada nesta região - Lâmina fina

Coluna Cervical Superior

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NETTER, F.H. Atlas de Anatomia Humana. 2a. Ed. Elsevier.

A CÁPSULA

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A COLUNA CERVICAL INFERIOR

PROCESSOS UNCIFORMES

NETTER, F.H. Atlas de Anatomia Humana. 2a. Ed. Elsevier.

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OS DISCOS INTERVERTEBRAIS

O FORAME INTERVERTEBRAL

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O NERVO OCCIPITAL MAIOR

O SISTEMA NERVOSO DA COLUNA CERVICAL

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O NERVO VAGO

O NERVO MENÍNGEO

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AS ARTÉRIAS VERTEBRAIS

AS VEIAS VERTEBRAIS E AS VEIAS CERVICAIS PROFUNDAS

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OS MÚSCULOS ANTERIORES

OS MÚSCULOS POSTERIORES

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BIOMECÂNICA DA COLUNA CERVICAL

UNIDADE MOTORA MOVIMENTO GRAU *

Occipito-atlas flexão 10

Extensão 15

Inclinação Lateral 07

Rotação 03

Atlas-axis flexão 11

Extensão 01

Inclinação Lateral 02

Rotação 45

* Estes graus são aproximados. Os autores diferem em vários graus nos achados publicados. Esta tabela é uma composição destes achados.

AVALIAÇÃO FUNCIONAL

1. Testes Radiculares

Motor

- Flexão da Cabeça (C1-C2)

- Inclinação lateral da Cabeça (C3)

- Elevação de Ombro (C4)

- Abdução do Ombro (C5)

- Flexão e Extensão do Cotovelo (C6)

- Flexão e Extensão do Punho (C7)

- Extensão do Polegar (C8)

- Abdução dos Dedos (T1)

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2. Sensitivo

- C1: “topo” da cabeça

- C2: região posterior do crânio

- C3: região póstero-lateral do pescoço

- C4: região anterior do ombro e peito

- C5: região interna do braço e antebraço

- C6: região externa do braço e antebraço e dorso da mão

- C7: região medial do braço e antebraço e II, III e IV dedos

- C8: região medial da mão e I V e V dedos

- T1: aspecto medial do antebraço e palma da mão

3. Reflexos Tendíneos Profundos:

- Bíceps

- Radial

- Tríceps

4. Testes Ortopédicos Especiais

- Compressão Cervical

- Distração Cervical

- Percussão Cervical

- Teste de Adson

- Teste de Allen

5. Testes Vasculares

- Dekleyn ????

6. Reflexo de Hoffman

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7. Testes Dinâmicos

EXTENSÃO LONGITUDINAL – C0/C2 – C7/T1

Técnica: este é o único movimento que fisiologicamente não é possível de ser feito sem o auxílio de uma força externa. A tração axial separa as facetas articulares na direção longitudinal.

Contato: dedo médio ou indicador no arco posterior do segmento que será aplicado o teste dinâmico.

Pressão, força e velocidade: faremos a tração na direção longitudinal até a barreira elástica do movimento. Se não houver mobilidade articular, aplicaremos o impulso na direção da extensão longitudinal.

OCCIPITAL-ATLAS

Testes Dinâmicos:

Dedo indicador no Processo Transverso de Atlas

Mão de apoio guia os movimentos de:

- Rotação Póstero-Anterior

- Rotação Antero-Posterior

- Inclinação Lateral

- Flexão

- Extensão

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- Deslizamento Anterior

AJUSTE PARA ARTICULAÇÃO OCCIPITAL-ATLAS

Paciente em Decúbito Dorsal

Técnica: para cada hipomobilidade encontrada no teste dinâmico da região occipito-atlas.

Contato: pisiforme na base do occipital e a mão de apoio segura o crânio.

Direção: cranial

Pressão, força e velocidade: a pressão é feita com ambas as mãos, a mão de apoio estabiliza e a mão ativa aplica o impulso na direção cranial.

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Paciente Sentado

Técnica: para hipomobilidade encontrada no teste dinâmico específico para a região occipito-atlas.

Contato: crânio do paciente é apoiado no esterno do terapeuta. Dedo médio passa pela frente e segura o occipital, com outra mão apoiando e estabilizando. Ombros do paciente estão paralelos aos do terapeuta.

Direção: cranial (superior)

Pressão, força e velocidade: a pressão é feita com ambas as mãos, com cuidado para não perder contato com o occipital. Leve até a barreira parafisiológica e impulso.

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Paciente em Decúbito Ventral

Técnica: para hipomobilidade encontrada no teste dinâmico da articulação occipito-atlas, mas, indica especialmente para idosos ou pacientes crônicos ou ainda, naqueles pacientes em que o teste vascular foi positivo.

Contato: eminência hipotênar da mão ativa faz contato com a articulação subluxada, e a eminência hipotênar da mão de apoio estabiliza em C7 ou T1.

Direção: abertura das mãos.

Pressão, força e velocidade: body drop.

TESTES DINÂMICOS ESPECÍFICOS (C1-2 / C7-T1)

ROTAÇÃO PA, INCLINAÇÃO LATERAL, EXTENSÃO, ROTAÇÃO AP E FLEXÃO

Técnica: os testes dinâmicos específicos da região cervical, nos permite localizar as subluxações nos movimentos específicos de Rotação Póstero-Anterior, Inclinação Lateral, Extensão, Rotação Antero-Posterior e Flexão.

Contato 01: com o dedo meio no arco posterior do segmento testado (ex. C2-3, o dedo médio fica em C2); faremos o teste dos movimentos de: Rotação Póstero-Anterior, extensão e inclinação lateral.

Contato 02: com o dedo indicador anteriormente no processo transverso do segmento testado (ex. C2-3, o dedo indicador fica em C2) faremos o teste dos movimentos de: Rotação Antero-Posterior e flexão.

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Pressão, força e velocidade: aplicaremos pressão na direção do Movimento que queremos avaliar, levando até a barreira parafisiológica e verificamos e a Amplitude de Movimento está completa.

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ROTAÇÃO POSTERO-ANTERIOR (C1-2 / C7-T1)

Técnica: nesta manobra, faremos a manipulação em rotação postero-anterior e abriremos as facetas articulares. É possível de aplicar esta manobra com o paciente em decúbito ventral, decúbito dorsal ou sentado.

Paciente em Decúbito Dorsal:

Contato: falange intermédia do dedo indicador no arco posterior do segmento que queremos aplicar a manobra. A mão de apoio fica no mesmo nível segmentar.

Pressão, força e velocidade: levaremos até a barreira elástica em rotação póstero-anterior e no final do movimento aplicaremos o impulso.

Paciente Sentado

Contato: mão ativa virada para baixo, segurando a cabeça. Faremos contato com o dedo indicador no arco posterior do segmento que queremos aplicar a manipulação.

Pressão, força e velocidade: levaremos até a barreira elástica do movimento de rotação póstero-anterior e no final do movimento aplicaremos o impulso.

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Paciente em Decúbito Ventral:

Contato: polegares são posicionados em 45 graus do arco posterior do segmento que sera aplicada a técnica.

Pressão, força e velocidade: levaremos até a barreira elástica em rotação Póstero-Anterior e no final do movimento aplicaremos a técnica com recoil.

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AJUSTES ESPECÍFICOS DE INCLINAÇÃO LATERAL (C1-2 / C7-T1)

TÉCNICA: nesta manobra, faremos as manipulações em inclinação lateral, onde fecharemos as facetas articulares. Serão mostradas manipulações com o paciente em decúbito dorsal, decúbito ventral e sentado.

Paciente em Decúbito Dorsal

Contato: falange intermédia do dedo indicador. Posicionaremos no arco posterior do segmento em que será aplicada a manobra. A mão de apoio fica no mesmo nível.

Pressão, força e velocidade: levaremos até a barreira elástica em inclinação lateral e no final do movimento aplicaremos o impulso na direção do ombro contralateral.

Paciente Sentado

Contato: mão ativa virada para baixo, segurando a cabeça do paciente. Faremos contato com o dedo indicador no arco posterior do segmento que queremos aplicar a manipulação.

Pressão, força e velocidade: levaremos até a barreira elastic da inclinação lateral e no final do Movimento aplicaremos um impulse na direção do ombro-cotovelo oposto.

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Paciente em Decúbito Ventral

Contato: polegares posicionados a 90 graus no arco posterior do segmento que sera aplicada a manobra.

Pressão, força e velocidade: levaremos até a barreira elastic na inclinação lateral e no final do Movimento aplicaremos a técnica de recoil.

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AJUSTES ESPECÍFICOS EM EXTENSÃO (C1-2 / C7-T1)

Técnica: nesta manobra, faremos a manipulação em extensão, que será aplicada preferencialmente em retificação cervical. Esta manipulação poderá ser aplicada com o paciente em decúbito ventral, decúbito dorsal e sentado.

Paciente em Decúbito Dorsal

Contato: falange media do dedo indicador. Colocaremos no arco posterior do segmento que queremos aplicar a técnica específica. A mão de apoio fica no mesmo nível.

Pressão, força e velocidade: faremos um pouco de rotação póstero-anterior e levaremos até a barreira elástica em extensão e no final do movimento aplicaremos impulso na direção anterior (para o teto).

Paciente em Posição Sentada

Contato: mão ativa virada para baixo, segurando a cabeça do paciente. Faremos contato com o dedo indicador no arco posterior do segmento que queremos aplicar a manobra.

Pressão, força e velocidade: fazer leve rotação póstero-anterior e levaremos até a barreira elástica da extensão e no final do movimento aplicaremos impulso na direção anterior.

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Paciente em Decúbito Ventral

Contato: os polegares são posicionados a 0 grau no arco posterior do segmento que será aplicada a manipulação e o dedo indicador apóia o lado oposto.

Pressão, força e velocidade: levaremos até a barreira elástica em extensão e no final do movimento aplicaremos a técnica em recoil.

AJUSTES ESPECÍFICOS PARA ROTAÇÃO ANTERO-POSTERIOR E FLEXÃO (c2 / C7-T1)

TÉCNICA: nesta manobra, aplicaremos os ajustes específicos em rotação antero-posterior e flexão (geralmente, é uma hipomobilidade combinada). Este ajuste poderá ser aplicado com o paciente em decúbito dorsal.

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Paciente em Decúbito Dorsal

Contato: falange intermédia do dedo indicador da mão contralateral, será posicionada anteriormente no processo transverso (ou arco posterior) do segmento que queremos aplicar o ajuste específico. A mão de apoio é colocada onde o fisioterapeuta achar melhor e mais seguro para estabilizar a cabeça do paciente.

Pressão, força e velocidade: levaremos até a barreira elástica em rotação Antero-posterior e combinar com leve flexão. No final da amplitude de movimento aplicaremos o impulso na direção da rotação Antero-posterior.

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MEMBROS SUPERIORES

A manipulação extra vertebral é tão importante quanto na coluna vertebral.

Como na coluna e na pelve, a dor das articulações das extremidades ocorre quando a articulação é forçada a mover em um plano restrito.

Do ponto de vista da Quiropraxia, a fibrose pode desenvolver tecido cicatricial.

O tecido cicatricial restringe o movimento articular normal, e apresenta conseqüências biomecânicas, neurológicas e vasculares.

Portanto, devemos tratar o paciente até que todos estes sinais de inflamação tenham desaparecido.

TIPOS DE RESISTÊNCIA

• Elástica = encurtamento do tecido mole ou cartilagem

• Forte, antes da ADM normal, em algumas direções e não em outras = ligamento, ou adesão ou espessamento capsular

• Movimento livre até certo ponto e movimento descontínuo sem dor – crescimento ósseo

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• Limitação de movimento desde o início. Em outras palavras, a resistência e a dor aumentam assim que o examinador sente o bloqueio – espasmo muscular

• A limitação articular depende da posição de outra articulação = extra articular.

• Dor no movimento resistido = lesão de periósteo, fratura, bursite, ou quando uma massa sensível é comprimida pelo músculo (ex. neuroma)

• Dor no movimento passivo em uma direção e no movimento ativo em outra direção = pode ser um problema do músculo/tendão

OMBRO

• O comprimento do braço oferece uma alavanca longa em uma articulação relativamente pequena. Isto permite grande amplitude de movimento com pouca estabilidade.

• A estabilidade do ombro é feita principalmente pelo tecido mole.

Envolve:

- Escápula, Úmero e clavícula

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Glenohumeral

Acromioclavicular

Esternoclavicular

Escapulotorácica

A dor no ombro é muito frequente.

Lesão de ombro geralmente não são agudas. A articulação geralmente não apresenta edema.

Mas a articulação apresenta rigidez, e outros sinais de fibrose logal e rigidez intra-articular.

DOR NO OMBRO

ORIGEM INTRÍNSECA

Artrite

Bursite

Fratura

Capsulite Adesiva

Instabilidade

Estiramento neural

Distrofia Simpático Reflexa

Entorse

Fixação / Subluxação

Tendinite

ORIGEM EXTRÍNSECAS

Neuropatia

Dor referida

Diagrágma

Coração

Pulmão

Fígado

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Pleura

Ponto Gatilho

Cancer (ex. pulmão) Desordens Vasculares

EFEITOS DA ATIVIDADE:

• Overuse do tecido mal condicionado é uma das causas mais frequentes de dor no ombro

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Imobilização

ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL

Bola e soquete

Cavidade glenóide mais aprofundada pelo labro

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ÚMERO NA CAVIDADE GLENÓIDE

Deslize Lateral

Técnica: com o paciente deitado em decúbito dorsal, testaremos e ajustaremos a articulação glenoumeral no movimento de deslize lateral.

Contato: mão ativa segura pela parte interna o úmero na porção mais próxima ao ombro. Mão de apoio estabiliza pelo cotovelo (parte externa).

Pressão, força e velocidade: fazer o movimento de deslize lateral, limite e impulso se houver restrição.

Deslize Anterior

O contato e o procedimento é praticamente o mesmo do deslize lateral, diferenciando apenas a direção do movimento, que é anterior. Impulso se houver limitação de movimento.

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Deslize Posterior a 10º. E a 90º.

Técnica: com o paciente em decúbito dorsal, cotovelo fletido e a mão solta no tórax, testaremos e ajustaremos o movimento de deslize posterior a 10º e a 90º. Pela articulação glenoumeral ser uma articulação esferoidal, pode apresentar restrições de movimento em qualquer angulação. Portanto, o deslize posterior poderá ser realizado em outras angulações, não somente nessas transmitidas aqui.

Deslize Lateral-Posterior-Inferior

Técnica: Pela articulação glenoumeral ser uma articulação esferoidal, pode apresentar restrições em várias amplitudes de movimento e em direções combinadas. Neste procedimento, realizaremos o deslize lateral + posterior + inferior, com o paciente deitado em decúbito dorsal, com o cotovelo fletido e o braço apoiado no tórax.

Contato: gumes externos da mão abarcam o úmero o mais próximo da articulação glenoumeral, cotovelo do paciente apoiado no ombro do fisio.

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Deslize Lateral-Posterior-Superior

Técnica: neste procedimento, realizaremos o deslize lateral + posterior + superior, com o paciente deitado em decúbito dorsal, como cotovelo fletido e o braço apoiado no tórax.

Contato: gumes externos da mão abarcam o úmero o mais próximo da articulação glenoumeral, cotovelo do paciente apoiado no ombro do fisio.

Pressão, força e velocidade: testaremos o movimento de deslize lateral, associado ao movimento posterior (maca) e superior (cranial). Limite e impulso (cranial) se houver restrição.

Rotação Externa

Técnica: com o paciente em decúbito dorsal, ombro abduzido a 90º, antebraço apoiado na coxa do fisio, testaremos e ajustaremos a articulação glenoumeral em rotação externa.

Contato: antebraço apoiado no antebraço do paciente, gumes internos das mãos no úmero o mais próximo possível da articulação glenoumeral.

Pressão, força e velocidade: testar o movimento de rotação externa, limite e leve body drop, caso haja restrição de movimento.

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Movimentos Globais

Técnica: conforme comentado anteriormente, pela articulação glenoumeral ser uma articulação esferoidal há a possibilidade de vários movimentos, e, também de ocorrer hipomobilidades em diversos sentidos.

Paciente deitado em decúbito ventral, ombro para fora da maca, é testado e ajustado todos os movimentos possíveis.

Contato: úmero do paciente estabilizado entre as coxas do fisio, gumes internos das mãos seguram o úmero o mais próximo da articulação glenoumeral.

Pressão, força e velocidade: fazer todos os movimentos possíveis. Limite e impulso se houver restrição.

Rotação Interna

Técnica: com o paciente em pé, é testado e ajustado o movimento de rotação interna.

Contato: gumes internos das mãos seguram o punho em rotação interna. Ombro do fisio estabiliza o paciente.

Pressão, força e velocidade: testar o movimento de rotação interna. Se houver restrição, leve ao limite e impulso (sentido caudal).

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ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR

Geralmente, o movimento específico da clavícula não deveria ser notada até elevação do braço em aproximadamente 35º

Acromio-clavicular

Teste

Técnica: com o paciente sentado, testaremos a mobilidade da articulação acromioclavicular.

Contato: fisio posteriormente ao paciente, uma das mãos na articulação acromioclavicular e a outra mão pelo cotovelo guia o movimento cranial e caudal.

Pressão, força e velocidade: com o movimento acima descrito, é verificado a presença do movimento da articulação acromioclavicular.

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AJUSTES

Variação 01

Com o paciente deitado em decúbito dorsal, mãos do fisio apoiados na articulação acromioclavicular e body drop.

Variação 02

Com o paciente em decúbito dorsal, o fisio fica posicionado superiormente (acima da cabeça) e segura com o polegar e o indicador a articulação acromioclavicular. Mão de apoio faz a flexão do ombro até ficar na lateral da cabeça, e impulso.

Variação 03

Com o paciente sentado ou em pé, esta manobra É feita pelo efeito de alavanca no cotovelo. Cotovelo e ombro do paciente fletido a 90º, mãos do fisio apóiam pelo cotovelo do paciente e estabilizam com o corpo (esterno) a escápula do paciente. Impulso.

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ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR

- Está envolvida nos movimentos do ombro e da coluna cervical.

- Sintomas da torácica superior, cair para frente com o braço em extensão.

- A articulação esternoclavicular é conhecida como a articulação menos estável do corpo. Mas, luxação é rara.

Esterno-clavicular

Testes

TESTE 01

Com o paciente sentado ou em pé, posicionar os dedos indicador e médio na articulação esternoclavicular. Solicitar ao paciente para realizar movimentos de extensão e flexão da cabeça e inclinação lateral. A articulação esternoclavicular deve corresponder a estes movimentos.

TESTE 02

Com o paciente sentado, fisio posteriormente ao paciente, cruzando a mão pela frente, colocando o indicador da mão ativa na articulação esternoclavicular do lado oposto e a mão de apoio direciona através do apoio pelo cotovelo os movimentos póstero-anterior e supero-inferior.

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AJUSTES

Variação 01

Paciente sentado, fisio posteriormente com esterno junto ao corpo do paciente. Espaço entre eminências tênar e hipotênar na articulação esternoclavicular, antebraços apoiados nos ombros e impulso.

Variação 02

Paciente em decúbito dorsal, fisio apóia o espaço entre eminências tênar e hipotênar na articulação esternoclavicular, fica bem perpendicular ao paciente e impulso.

Variação 03

Paciente sentado, braço fletido a 10º e a 90º, uma das mãos sente o movimento na articulação esternoclavicular e a outra mão guia pelo cotovelo o movimento. Impulso.

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ARTICULAÇÃO ESCAPULO-TORÁCICA

Não é uma articulação verdadeira

O movimento da escápula é de um músculo deslizando em outro músculo

Teste

Com o paciente deitado em decúbito lateral, verificaremos o deslize da escápula no gradil costal. Mão superior estabiliza anteriormente o ombro e a mão inferior segura a escápula. Testar todos os movimentos possíveis da escápula.

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AJUSTE

Técnica: com o paciente em decúbito ventral, mão apoiada na região lombar para evidenciar a escápula (se possível), liberaremos a mobilidade da escápula em relação ao gradil costal.

Contato: paciente lateralmente, mão de apoio estabiliza o ombro anteriormente,e a mão ativa no espaço formado entre a escápula e o gradil costal.

Pressão, força e velocidade: onde for encontrada a restrição, levar ao limite e adicionar o impulso para recuperar a mobilidade.

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INTERCOSTAIS

Testes

Com o paciente sentado, na posição básica de teste, dedo indicador posicionado no intervalo intercostal, fazer a inclinação lateral e verificar o fechamento e a abertura entre uma costela e outra.

AJUSTE

Variação 01

Com o paciente em decúbito ventral, o fisio posiciona seu gume externo da mão ativa no intervalo intercostal, mão de apoio reforça o movimento e impulso (sentido cranial).

Variação 02

Com o paciente sentado, o fisio também sentado lateralmente ao paciente, cruza um braço pela frente e o outro por trás, coloca o dedo médio no intervalo intercostal e a mão de apoio no mesmo nível, limite e impulso, sentido cranial.

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Costo-Esternal

Teste

Com o paciente sentado ou em pé, posicionamos a mão ativa na articulação costoerternal e a mão de apoio na articulação costotransversa, fazemos uma leve pressão com ambas as mãos e verificamos a presença do movimento articular.

AJUSTE

Técnica: Com o paciente em decúbito dorsal, posicionamos o pisiforme na fixação, mão de apoio reforça e impulso.

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COTOVELO

O cotovelo é uma articulação que facilita o movimento da mão, especialmente devido a sua capacidade de fazer pronação-supinação.

É formado por 03 articulaçÕes:

- Radio-Umeral

- Ulna – Umeral

- Radio-Ulna superior

LIGAMENTOS

• Ligamento Colateral

Radial

Ulnar

• Ligamento Anular

INERVAÇÃO

• Nervo Músculocutaneo (parte anterior)

• Nervo Mediano: parte anterior-externa

• Nervo Radial: parte posterior-externa

• Nervo Ulnar: parte posterior-interna

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VASCULARIZAÇÃO

Artéria Braquial

COTOVELO

Radio-Ulnar Superior

Deslize AP

Técnica: com o paciente em decúbito dorsal, cotovelo fletido a 90º, apoiado na maca, testaremos e ajustaremos o deslize AP da radio/ulnar no úmero.

Contato: mão ativa apóia na palma da mão do paciente (como se fosse um prolongamento do antebraço do paciente) para pressionar a rádio/ulnar, mão de apoio estabiliza o movimento no cotovelo.

Pressão, força e velocidade: será feito um movimento para baixo, no sentido à maca, limite e body drop.

Extensão Longitudinal

Técnica: com o paciente em pé, cotovelo fletido a 90º, será testado e caso necessário, ajustado o movimento de extensão longitudinal.

Contato: a mão ativa segura rádio/ulna e a mão de apoio estabiliza o úmero o mais próximo do cotovelo.

Pressão, força e velocidade: é realizada uma tração no sentido do antebraço com o úmero estabilizado. Limite e impulso se houver resistência.

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Extensão

Técnica: com o paciente em pé, cotovelo estendido, testaremos e ajustaremos o movimento de extensão.

Contato: polegar e indicador da mão ativa no olécrano, mão de apoio guia pelo punho o movimento de extensão.

Pressão, força e velocidade: é realizado a extensão do cotovelo e verificado a presença do movimento. Caso esteja restrito, limite e impulso.

Deslize Lateral-Medial

Técnica: com o paciente em pé, cotovelo semi-estendido, testaremos e ajustaremos o movimento de deslize lateral/medial e medial/lateral.

Contato: o braço do paciente fica levemente estendido e segurado entre o braço e o corpo do fisio, gumes internos das mãos seguram radio/ulna.

Pressão, força e velocidade: com o posicionamento acima, testaremos o deslize medial/lateral ou lateral/medial e verificaremos a mobilidade de radio/ulna em relação ao úmero. Se houver resistência, adicionar o impulso.

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PROTOCOLO DE TRATAMENTO DE EPICONDILITE LATERAL (OU MEDIAL)

Mill`s Manipulation

1. Testar e ajustar, se necessário C5/C6, em rotação AP e flexão.

2. Massagem transversa no tendão do músculo extensor do lado do epicôndilo lesionado por 12 minutos.

3. Mão de apoio flexiona o punho, faz rotação interna do cotovelo e leva em extensão (movimentos combinados) e impulso com o gume interno da mão ativa.

PUNHO E MÃO

Falanges

Metacarpo

Carpo

Radio

Ulna

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É o órgão efetor da extremidade superior

Não é só um órgão EFETOR, mas um receptor sensorial

Integração com o córtex cerebral e com a visão

O radio distal cresce para articular com o cilindro proximal de ossos do carpo.

O cilindro proximal de ossos do carpo se articulam com a ulna somente durante extrema adução do punho (desvio ulnar)

INERVAÇÃO

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O nervo radial não tem função motora na palma da mão.

SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

Dor, sensibilidade e fraqueza dos músculos do polegar devido a pressão do nervo mediano quando ele passa no túnel carpal do punho.

Teste de Phalen

Teste de Tinel

VASCULARIZAÇÃO

Artéria Radial e ulnar

(continuação da artéria braquial)

- Teste de Allen

MÃOS

INTERFALANGIANAS E METACARPO-FALANGIANAS

TESTES E AJUSTES

Técnica: com o paciente sentado ou em pé, poderemos realizar o teste e ajuste das articulações interfalangianas e metacarpo/falange proximal dos seguintes movimentos: extensão longitudinal, deslize lateral/medial, planto/dorsal e rotação externa/interna.

Contato: com o polegar e o indicador da mão ativa em garra, é testado e se houver limitação do movimento, ajustado no movimento desejado. A mão de apoio estabiliza o segmento estático.

Pressão, força e velocidade: quando houver restrição do movimento, é realizado o impulso no sentido da restrição.

Obs.- Para o polegar, o contato poderá ser feito com o indicador e o polegar no polegar e a outra mão estabiliza o segmento estático.

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INTERMETACARPO

Técnica:nos três procedimentos seguinte serão realizados procedimentos para a liberação do movimento dos intermetacarpos, que, embora não forme uma articulação verdadeira, o seu movimento deve estar livre e amplo. Com o paciente sentado ou em pé, faremos os movimentos de deslize AP/PA, rotação intermetacarpal e rotação global.

1. Deslize AP/PA: polegares na região palmar e os demais dedos na porção dorsal. Testar o movimento articular e impulso se houver restrição.

2. Rotação Intermetacarpal: mãos apoiadas lateralmente, faremos o movimento rotacional (enquanto uma sobe, a outra desce).

3. 3. Rotação Global: com os polegares da mão ativa na região palmar, os demais dedos na região dorsal, mão de apoio estabiliza o punho. Faremos os movimentos em forma de “8” nos dois sentidos.

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PUNHOS

RADIO-ULNAR NO CILINDRO PROXIMAL

Extensão Longitudinal

Técnica: com o paciente em pé, cotovelo fletido a 90º, é possível realizarmos o teste e ajuste em extensão longitudinal.

Contato: gume interno da mão ativa do fisio apóia no cilindro proximal. Mão de apoio estabiliza radio/ulna.

Pressão, força e velocidade: levar até o limite da extensão longitudinal e testar a mobilidade articular. Se houver restrição, adicionar impulso.

Deslize PA/AP

Técnica: com o paciente em pé, palma da mão virada para baixo, cotovelo fletido a 90º, testaremos e ajustaremos o movimento de deslize AP e PA.

Contato: mão ativa do gume interno nos ossos cárpicos, gume interno da mão de apoio em rádio/ulna.

Pressão, força e velocidade: testar o movimento de deslize AP e PA, se houver restrição, limite e impulso.

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CILINDRO DISTAL NO CILINDRO PROXIMAL

Extensão

Técnica: com o paciente em pé, será testado o movimento de extensão do punho, que ocorre principalmente entre os cilindros distal e proximal.

Contato: fisio apóia os polegares nos ossos cárpicos que forma o cilindro distal.

Pressão, força e velocidade: testar o movimento de extensão. Se houver restrição, levar ao limite e adicionar impulso.

FLEXÃO

Técnica: com o paciente em pé, será testado o movimento de flexão do punho, que ocorre principalmente entre o cilindro proximal e rádio/ulna.

Contato: fisio apóia os polegares nos ossos cárpicos que formam o cilindro proximal.

Pressão, força e velocidade: testar o movimento de flexão. Se houver restrição, adicionar impulso.

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Deslize Medial/Lateral

Técnica: com o paciente em pé, testaremos o movimento de deslize medial/lateral entre os cilindros.

Contato: indicadores nas laterais dos cilindros.

Pressão, força e velocidade: testar o movimento de deslize medial/lateral e impulso quando encontrada a restrição.

Ulna/Piramidal

Extensão Longitudinal

Técnica: com o paciente em pé, testaremos e ajustaremos, caso necessário, a articulação formada entre ulna e piramidal, no movimento de extensão longitudinal.

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Contato: mão ativa posicionada como aperto de mão, escorregando o indicador até a articulação formada pela ulna e piramidal. Mão de apoio estabiliza pelo antebraço.

Pressão, força e velocidade: testar o movimento de extensão longitudinal (como se estivesse apertando a mão num cumprimento), e, impulso se houver restrição.

Deslize AP/PA

Técnica: com o paciente em pé, cotovelo fletido e apoiado no joelho do fisio,t estaremos e ajustaremos o deslize AP/PA do piramidal em relação à ulna.

Contato: polegar e indicador seguram o piramidal.

Pressão, força e velocidade: testaremos o movimento de deslize, e adicionaremos impulso, caso encontre restrição de movimento.

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RADIO-ULNAR INFERIOR

Deslize AP/PA

Técnica: com o paciente em pé, cotovelo fletido e apoiado no joelho do fisio, testaremos e ajustaremos o movimento de deslize AP e PA.

Contato: polegar e indicador segura rádio e o polegar e indicador da outra mão segura a ulna.

Pressão, força e velocidade: é testado o movimento de deslize AP e PA (enquanto uma sobe, a outra desce). Adicionar impulso se encontrar restrição.

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Pronação e Supinação

A partir da posição anterior, caso encontre limitação na supinação (rotação externa) ou na pronação (rotação interna) adicionar impulso no sentido do movimento restrito.

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SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA)

Porção do sistema nervoso responsável pelo controle involuntário e inconsciente das funções dos órgãos internos, ou seja, de todas as funções vitais do organismo humano

Dentre as funções vitais estão: a respiração, a circulação sanguínea, o metabolismo, a temperatura corporal, o metabolismo hídrico, a digestão, a secreção e a procriação

Classicamente descrita como Sistema Nervoso Visceral, consiste em fibras motoras que estimulam o músculo liso (involuntário), o músculo cardíaco (o complexo estimulante do coração) e as células glandulares (secretoras).

A principal função do SNA é manter a homeostase

Homeos = igual

Stasis = estável

Capacidade que um sistema tem de manter estável seu meio interno

As fibras nervosas eferentes e os gânglios são organizados em dois sistemas ou partes:

- Sistema Nervoso Simpático

É o sistema do estresse

Catabólico

- Sistema Nervoso Parassimpático

É o sistema de reposição

Anabólico

Sistema Nervoso Simpático

Compreende ao sistema nervoso simpático uma cadeia de gânglios simpáticos paravertebrais situados de ambos os lados da coluna vertebral, nos níveis de T1 a L2.

O sistema simpático encontra-se assim na região tóraco-lombar.

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Neurônios Simpáticos

Encontramos 2 tipos de neurônios:

Pré-ganglionares

Pós-ganglionares

Os neurônio pré-ganglionares encontram-se na coluna intermédiolateral da medula

Os neurônios pós-ganglionares encontram-se nos gânglios da cadeia simpática ou nos gânglios periféricos.

Trajeto das fibras do simpático

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Gânglios Autonômicos Abdominais

Gânglio Celíaco ( T5 – T10 ): Fígado/Vesícula Biliar, Estômago, Duodeno (D1,D2), cabeça do Pâncreas e Baço.

Gânglio Mesentérico Superior ( T11 – 12 ): Duodeno (D3, D4), cauda do Pâncreas, Intestino Delgado, Cecum e Colon Ascendente e Transverso

Gânglio Mesentérico Inferior (T12 – L2 ): Colon Descendente, Sigmóide e Reto

Sistema Nervoso Parassimpático

O sistema nervoso parassimpático encontra-se na região cranio-sacral.

No crânio, as fibras parassimpáticas abandonam o SNC através do III, VII, IX e X pares cranianos

No sacro, as fibras saem dos segmentos de S2 a S4

X par (nervo vago)

Inerva: estômago, fígado, VB, baço, pâncreas, duodeno, intestino delgado e grosso (até flexura esplênica).

Pontos de compressão:

- Forame jugular

- Occipital e atlas

- Fáscias cervicais anteriores (ECOM)

- Primeiras costelas

- Dobradiça cérvico-torácica (C7-T1)

- Diafragma

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Nervo Esplânico Pélvico ( S2 – S4 )

Inerva: Cólon descendente, sigmóide e reto

Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático

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MANIPULAÇÃO VISCERAL

Todas as vísceras devem funcionar adequadamente, sem nenhuma restrição, fixação ou adesão em outra estrutura, porque, por menor que seja, implicará num dano funcional do órgão. A mudança no movimento, repetida centenas de vezes diariamente no corpo, implicará em alterações significantes, tanto no próprio órgão como também em qualquer outra estrutura relacionada.

ARTICULAÇÕES VISCERAIS

O movimento esquelético é o resultado de atividade muscular voluntária originada no Sistema Nervoso Central. Os músculos mobilizam contiguamente às estruturas esqueléticas, que são ligadas por um sistema de articulação. A natureza dessas articulações determinam os eixos e as amplitudes dos movimentos voluntários.

Elas também definem eixos e amplitudes de movimentos de estruturas viscerais, o que nos conduz ao conceito de articulações viscerais. As articulações viscerais têm em comum com as articulações esqueletais, o deslizamento de superfícies e um sistema de ligamentos. A diferença existe na ausência de tendões para fornecer a força para o movimento.

OS DIFERENTES MOVIMENTOS

O movimento visceral ocorre, direta ou indiretamente devido a 04 fatores, de acordo com o sistema que o influencia ou controla:

Sistema Nervoso Somático: Influência do sistema motor no movimento passivo da víscera. Por exemplo, durante a caminhada, corrida, a flexão de tronco.

Sistema Nervoso Autônomo: movimento cardíaco, movimento diafragmático e movimento peristáltico.

Ritmo Crânio-sacral

Motilidade Visceral: é o movimento ativo próprio.

SUPERFÍCIES DESLIZANTES

As superfícies deslizantes das articulações viscerais são as membranas serosas, que são chamadas:

- Meninges (Sistema Nervoso Central)

- Pleura (pulmões)

- Peritôneo (cavidade abdominal)

- Pericárdio (coração)

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SISTEMAS DE LIGAÇÃO

Os órgãos estão seguros em seu lugar por diferentes estruturas, e os pontos de ligação são múltiplos e variados. Os sistemas são:

- Sistema de Camada Dupla: as duas camadas lisas se encontram uma contra a outra e são separadas somente por uma película líquida fina. Fisiologicamente, não podem ser separadas. O único movimento possível é o deslizamento de uma sobre a outra. Atua nos sistemas pulmonar, cardíaco, peritoneal e cerebroespinhal.

- Sistema Ligamentar: os ligamentos que ligam as vísceras são diferentes daqueles que ligam as estruturas esqueléticas. Os ligamentos das vísceras pulmonares e abdominais são as dobras da pleura ou do peritôneo que ligam um órgão à parede da cavidade ou ligam dois órgãos juntos. O seu papel é manter a víscera no seu lugar adequado. Geralmente são avasculares, mas tem um rico suprimento nervoso.

- Turgor e Pressão Intracavitária: são fatores essenciais para manter a víscera em seu lugar. As vísceras individualmente podem mudar o seu volume, e isto é possível por causa do turgor. O turgor age em cima dos órgãos intraperitoneais ocos. A pressão intracavitária é a soma das pressões internas de cada órgão mais a pressão entre os órgãos.

- Sistema Mesentérico: o mesentério existe somente na cavidade abdominal. É formado por dobras do peritônio. Existe uma rede complexa de veias e nervos entre as dobras refletindo sua função nutritiva.

- Sistema Omental: o omento, assim como o mesentério, é encontrado somente na cavidade abdominal e consiste em dobras do peritôneo que liga dois elementos do trato digestório.

ALTERAÇÕES DO MOVIMENTO

Cada órgão move-se em direção própria ao longo dos eixos próprios. Mudanças desses movimentos podem resultar numa variação do eixo ou da amplitude, e pode envolver a mobilidade do próprio órgão ou a mobilidade determinadas pelas estruturas das articulações viscerais.

As restrições viscerais ocorrem quando um órgão perde parte ou toda a sua capacidade de se mover. Isso leva a uma perda de mobilidade e motilidade devido a deficiência no deslizamento do órgão e das estruturas à sua volta.

Quando ocorre uma redução da MOTILIDADE, mas em mobilidade normal, chamamos esta restrição articular de “ADESÃO”.

Se a MOBILIDADE e a MOTILIDADE estão afetadas, chamamos então de “FIXAÇÃO”.

Elas podem ser parciais ou totais e, geralmente, são seqüelas de uma patologia infecciosa ou uma intervenção cirúrgica.

LASSIDÃO LIGAMENTAR (PTOSES)

É a perda da elasticidade ligamentar devido a um alongamento prolongado, normalmente secundário a uma adesão.

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RESTRIÇÃO MUSCULAR (VISCEROESPASMO)

O visceroespasmo afeta quase que exclusivamente a cavidade dos órgãos. É um fenômeno local que usualmente afeta somente parte do órgão. No visceroespasmo, a MOTILIDADE é a primeira a ser afetada. Quanto mais estreita a luz da cavidade do órgão, mais importantes serão as implicações funcionais do visceroespasmo.

PROBLEMAS DE RITMO

Um órgão trabalha mais eficientemente quando seguido de uma amplitude e ritmo bem definidos. O órgão traça um movimento e volta para sua posição original, depois de um período de descanso, começa de novo. Uma diminuição de vitalidade, muda os eixos de movimento, causa tanto um alongamento do período de descanso ou uma irregularidade do ritmo. Este tipo de problema afeta mais freqüentemente a motilidade visceral.

RITMOS

Ritmo respiratório diafragmático: 15 a 18 ciclos por minuto.

Ritmo Crânio-Sacral: 8 a 12 ciclos por minuto.

Ritmo Visceral: 7 a 8 ciclos por minuto.

EFEITOS

Em geral, a manipulação visceral afeta:

- mobilidade e motilidade

- circulação de fluidos

- espasmos musculares e de esfíncter

- produção hormonal e química

- imunidade (localizada e sistêmica)

CONTRA-INDICAÇÕES

- Infecção

- Corpos estranhos: DIU, cálculos

- Trombose

- Aneurisma

- Úlcera perfurada

- Trauma recente

- Aumento dos linfonodos supraclaviculares

- Perda inexplicável repentina de peso (Câncer)

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AVALIAÇÃO

É utilizado os seguintes recursos:

- Identificação dos sinais e sintomas referidos pelo paciente e suas correlações viscerais.

- Palpação: nos informa sobre a tonicidade das paredes das cavidades, assim como dores e espasmos viscerais.

TRATAMENTO

- Manipulação visceral é um método de reiniciar a mobilidade ou motilidade de um órgão utilizando forças suaves e específicas. Manipularemos até o ponto onde o corpo pode se colocar em ordem até atingir a auto-correção, não forçaremos a correção no corpo.

FORMAS DE TRATAMENTO

- Lei da precisão e de menos força: quanto mais preciso o movimento, menos força é requerida para a manipulação.

- Ritmo e amplitude: para cada caso, você deve estar em sintonia com o paciente e sentir o ritmo, vitalidade e resistência dos tecidos que você está trabalhando. O órgão não se adapta a uma mudança de velocidade imposta. Seu papel é reiniciar o órgão. A amplitude de movimento nunca é muito grande.

DIAFRAGMA

O músculo diafragma é uma divisão musculotendínea cupuliforme que separa as cavidades torácica e abdominal. É o principal músculo da respiração, movendo a sua parte central, que desce na inspiração. Sua periferia como origem fixa no músculo não se move.

Possui 3 grandes aberturas, que permitem a passagem de diferentes estruturas do tórax ao abdome:

- Forame da veia cava

- Hiato esofágico

- Hiato aórtico

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Netter, F. Atlas de Anatomia Humana

Avaliação

Palpação da tensão dolorosa do diafragma, no bordo costal, com o paciente em decúbito supino

Sintomatologia - O diafragma influencia diversas estruturas (“interferência tecidual”), podendo contribuir nas disfunções:

- Respiratórias

- Viscerais

- Coluna cervical, dorsal e lombar

- Pelvis

Tratamento

Protocolo

- Avaliar e tratar C3 (coluna cervical)

- Avaliar e tratar as colunas torácica e lombar, especialmente a dobradiça tóraco-lombar (T11-L2)

- Avaliar e tratar as disfunções em costelas

- Avaliar e tratar o diafragma

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TÉCNICAS PARA LIBERAÇÃO DO DIAFRAGMA

1. Massagem das arcadas do diafragma

- Paciente em decúbito dorsal, MMII fletidos.

- Fisio na lateral do paciente.

- com a polpa dos dedos vai massageando todo o caminho do diafragma (em volta da costela).

2. Liberação dos rebordos diafragmáticos

- mesmo posicionamento anterior do paciente e do fisio.

- um polegar estabiliza no esterno e o outro faz o deslizamento no trajeto do diafragma.

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3. Diafragma Lift

OBJETIVOS:

- Estender o diafragma levantando o tórax e o conteúdo abdominal

TÉCNICA:

- Paciente supino, membros inferiores ligeiramente fletidos.

- Fisioterapeuta posterior ao paciente, com a polpa dos dedos nas últimas costelas. A técnica é realizada em duas fases:

- 1) Durante a inspiração, o fisio levanta o bordo inferior do tórax, superior e lateralmente e na fase expiratória o fisio acompanha o movimento de fechamento das costelas. Realizar o movimento de 3 a 5 vezes.

- 2) O movimento de inspiração não se altera, porém, na fase expiratória, o fisio mantém o ganho de amplitude respiratória, não permitindo a volta das costelas enquanto o paciente expira (expiração resistida). Realizar a mesma quantidade de movimentos da fase 1

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ESÔFAGO

É um tubo fibromuscular que se estende da faringe até o estômago. É o condutor do alimento até estômago. O esôfago está fixado às margens do hiato esofágico no diafragma pelo ligamento frenicoesofágico. A parte abdominal do esôfago vai do hiato esofágico até o óstio cárdico do estômago, funcionando como um esfíncter.

Avaliação

- Verificar através da palpação da Cárdia (Foto - ver em Estômago)

- Verificar a restrição da mobilidade fascial em nível torácico

Sintomatologia:

- Refluxo gastroesofágico

- Queimação em nível do esterno

- Dor na região da cárdia (boca do estômago)

- Disfagia

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Tratamento

Técnica de liberação da Cárdia (ver foto em Estômago)

Mobilidade fascial torácica

ESTÔMAGO

O estômago é a parte expandida do trato digestório entre o esôfago e o intestino delgado (duodeno)

- Armazena a comida

- Secreta o suco gástrico (função digestória)

- Induz a quebra química de nutrientes e os prepara para absorção

- Destrói germes invasores (provenientes da alimentação)

- Sua principal função é a digestão enzimática.

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Avaliação

Sintomatologia:

- Dor epigástrica

- Queimação estomacal

- Gastrite

- Refluxo gastroesofágico

- Dor em ombro esquerdo (região do músculo trapézio)

- Má digestão

- Verificar a Cárdia (palpação do esfíncter esofágico inferior)

- Verificar o Piloro (palpação do esfíncter pilórico)

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- Verificar a motilidade (relação do estômago com o diafragma) – Ver foto em Tratamento

- Verificar a motricidade (relação do estômago com o sistema somático) – Ver foto em Tratamento

Tratamento

Técnica de Liberação da Cárdia

Técnica de Liberação do Piloro

- Idem foto acima, porém, contato no Piloro

Técnica de para ganho de Mobilidade

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Técnica para ganho de Motricidade

MANIPULAÇÃO PARA REDUÇÃO DE HÉRNIA DE HIATO

OBJETIVO:

- Tirar a hérnia da posição sobre-diafragmática, por tração sobre o estômago.

TÉCNICA: dividida em 5 partes

- Manobras fasciais

- Fixação (contato) do polegar

- Mudança de posição do fisio

- Fixação (contato) do pisiforme

- Thrust final da expiração

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FÍGADO

- situado na porção abdominal superior

- é a maior glândula do sistema digestório

- armazena glicogênio e secreta bile, que é armazenada na vesícula biliar

- pesa 1,5 kg

- contém 500 a 1000 g de sangue

- é o maior órgão metabólico, envolvido no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras

- apresenta papel importante na desintoxicação

Avaliação

- Avaliar a motricidade do fígado com o paciente sentado (ver foto em tratamento)

- Avaliar a mobilidade do fígado em decúbito supino (ver foto em tratamento)

- Palpação do fígado em decúbito supino

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Sintomatologia:

- Dor hipocondrio direito

- Dor de cabeça

- Dor em ombro direito (região do músculo trapézio)

- Fadiga (cansaço)

- Má digestão

Tratamento

Técnica para ganho da motricidade

Técnica para ganho da mobilidade

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BOMBEIO DO FÍGADO

OBJETIVO:

Favorecer a circulação hepática e sobretudo o retorno venoso nas veias hepáticas comprimindo o órgão.

TÉCNICA:

- Paciente em decúbito dorsal.

- Fisio à esquerda do paciente, com a mão esquerda amplamente apoiada no lado póstero-lateral do tórax, acima da décima segunda costela direita. A mão direita espalmada sobre a face anterior do abdome.

REDUÇÃO:

- Pede-se ao paciente que realize a respiração. Na expiração, com ambas as mãos, o fisio leva todo o conteúdo abdominal em direção ao fígado, provocando uma compressão. Manter até as próximas expirações (3 ciclos respiratórios)

- Repetir o procedimento por no máximo 3 vezes.

VESÍCULA BILIAR

- localizada na superfície inferior do fígado

- Armazena aproximadamente 40 ml de bile

- não tem células secretoras

- absorve e armazena a bile

- tem papel importante na digestão da gordura (preparar a gordura para absorção)

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Avaliação

Palpação da vesícula biliar (com o pacte sentado) que pode estar em uma área tensa e dolorosa (ver foto em tratamento)

Sintomatologia:

- Dor hipocondrio direito

- Má digestão (principalmente na ingestão de alimentos gordurosos)

- Dor de cabeça

- Vômitos

- Diarréia

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Tratamento

Técnica de esvaziamento da Vesícula Biliar

LIBERAÇÃO DO ESFINCTER DE ODDI

OBJETIVO:

- aumentar o transito do material na região e diminuir os espasmos das fibras musculares.

TÉCNICA:

Posição do paciente: Decúbito Dorsal

Técnica de liberação do esfíncter de Oddi

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DUODENO

Netter, F. Atlas de Anatomia Humana.

- Continuação do piloro

- Tem a forma de U (abriga a cabeça do pancreas)

- Dividido em 4 partes: superior, descendente, horizontal e ascendente

(o intestino delgado começa a partir daí)

- Realiza a quebra dos nutrientes e prepara para absorção no intestino

delgado

Localização:

- Piloro (5 cm acima do umbigo )

- desce em direção ao umbigo

- Atravessa para a esquerda (na linha do umbigo)

Avaliação

Sintomatologia:

- Dor região epigástrica e/ou umbilical

- Dor torácica (interescapular)

- Vômitos

- Azia

- Queimação

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Palpação do duodeno com o paciente em Decúbito Dorsal; palpar o ângulo duodenojejunal e procurar por uma área mais tensa (válvula duodenojejunal) e possivelmente dolorosa

Tratamento

- Técnica de Liberação da Válvula duodenojejunal

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INTESTINO DELGADO (jejuno e íleo)

- Tem 3 a 4 metros de comprimento;

- Responsável pela absorção de nutrientes;

- Protege do ataque de substâncias patológicas do organismo.

Avaliação

Palpação do intestino delgado com o paciente em decúbito dorsal. Buscar por áreas tensas e possivelmente dolorosas

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Sintomatologia:

- Dor na região mesogástrica

- Dor lombar

- Cólicas

- Diarréia ou Constipação

Tratamento

Manipulação do Intestino Delgado

- Paciente em Decúbito dorsal (mãos espalmadas no abdome, procurar por zonas de restrição)

- Segurar com as mãos o conteúdo do Intestino Delgado e fazer movimentos oscilatórios em direção ao fisio

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INTESTINO GROSSO

- Composto pelo:

ceco

cólon ascendente

flexura direita do colo

cólon transverso

flexura esquerda do colo

cólon descendente

cólon sigmóide

reto

- Função:

- elimina resíduos de comida indigestos

- reabsorve o suco digestório secretado no intestino delgado

- Reabsorve diariamente 400 a 700 ml de água

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Avaliação

Sintomatologia:

- Dor em fossas ilíacas direita e esquerda e em flanco direito e esquerdo

- Dor lombar

- Cólicas

- Diarréia ou Constipação

- Aerocolia

Palpação do intestino grosso com o paciente em decúbito dorsal. Buscar por áreas tensas e possivelmente dolorosas.

Palpar:

- ceco e cólon ascendente

- cólon descendente e cólon sigmoide

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Tratamento

Técnicas de pontos gatilhos intestinais

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TERAPIA CRANIANA

Também conhecida como SOT – Sacro-Occipital Technique (Técnica Sacro-Occipital), ou Osteopatia Craniana, Terapia Cranio-Sacral, entre outras denominações, a Terapia Craniana apresenta origem nos Estados Unidos, porém, seu maior destaque ocorre na Osteopatia Francesa.

Foi desenvolvida pelo Dr. William Gardner Sutherland, um estudante do final do século 19 e que ao ver um crânio desarticulado, resolveu observar suas suturas e chanfraduras. Foi jornalista e abandonou a profissão para estudar com Still, o pai da Osteopatia, e começou a se fazer uma série de perguntas: essas articulações chanfradas indicam uma mobilidade articulada? Simples mobilidade? Mecanismo respiratório?

William Gardner Sutherland

Então, ele fez experiência colocando feijões dentro de um crânio que se separou. Trinta anos após esta primeira observação, em 1939, publicou “The Cranial Bowl” (A bola craniana).

Em 1946 foi criada nos Estados Unidos, a primeira Associação de Osteopatia Craniana. Outros profissionais seguiram o Dr. Sutherland, como Harold Magoun, Denys Brookes, Viola Frymann e John Upledger.

MOVIMENTO RESPIRATÓRIO PRIMÁRIO

MRP – Movimento Respiratório Primário: é um mecanismo involuntário funcional de flexão-extensão, se reproduzindo ciclicamente 8 a 12 vezes por minuto. É responsável pela micromobilidade de cada uma das células do corpo humano. É o ciclo de expansão-contração celular. Interfere na:

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• Mobilidade do Sistema Nervoso

• Flutuação do LCR - líquido céfalo-raquidiano

• Mobilidade da dura-máter craniana e espinhal

• Troca rítmica de tensão nos diferentes ossos do crânio

• Mobilidade involuntária do sacro

MEMBRANAS DE TENSÃO RECÍPROCAS

As membranas de tensão recíprocas são extensões das meninges. A partir delas, podemos entender melhor o mecanismo crânio-sacral.

A dura-máter se fixa em 02 pontos, na região crânio-cervical e na região sacral (2º tubérculo sacral). Qualquer tensão nessas regiões ou em qualquer extensão das meninges, levará a uma alteração craniana, devido ao seu prolongamento intracraniano.

- Foice do Cérebro

- Tentório do cerebelo

- Foice do cerebelo

- Diafragma da sela

CHAITOW, L. Teoria e Prática da Manipulação Craniana. Manole. 2001

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RICARD, F & SALLÉ, J. L. Tratado de Osteopatia. Robe. 1996.

Os movimentos que guiam toda a mobilidade craniana, ocorre no eixo da flexão-extensão, devido a ligação do occipital com o esfenóide - a SEB (sincondrose esfeno basilar).

A Flexão Craniossacra é caracterizada por:

- contração ântero-posterior e uma expansão do cérebro;

- produção do LCR e preenchimento dos ventrículos cerebrais;

- descida das membranas intracranianas, do diafragma e do períneo;

- a sínfise esfenobasilar se eleva, a abóboda craniana se dilata e efetua uma rotação externa.

- movimento sincrônico de flexão do occipital entre os temporais e do sacro entre os ilíacos; ( é considerado na terapia craniana, a flexão do sacro o movimento de contra-nutação).

“Na fase de flexão (inspiração) do movimento sacral e craniano diz-se que o ápice do sacro se move anteriormente conforme a base se move posteriormente” – CHAITOW, L. Teoria e Prática da Manipulação Craniana. Manole. 2001: 100.

A Extensão Craniossacra é caracterizada pelas ações inversas às da flexão.

A alternância da flexão-extensão realiza um bombeamento que facilita a drenagem arteriovenosa intracraniana, a irrigação dos elementos nervosos, a secreção e a difusão do LCR e de suas propriedades, assim como a função hipofisária.

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MOVIMENTOS DOS OSSOS DURANTE A FLEXÃO CRANIANA:

RICARD, F & SALLÉ, J. L. Tratado de Osteopatia. Robe. 1996.

AVALIAÇÃO e TRATAMENTO

Protocolo dos 10 passos de Upledger (Upledger´s 10 steps protocol)

Método de avaliação e tratamento de áreas chaves do corpo, que possibilitam compreender e trabalhar as habilidades palpatórias necessárias para o terapeuta e, ao mesmo tempo, obter resultados efetivos para os pacientes.

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1º passo: Still Point / CV4

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2º passo: Liberação Sacro-Ilíaca / Descompressão L5-S1

3º passo: Frontal Lift

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4º passo: Parietal Lift

5º passo: Compressão / Descompressão Esfenobasilar

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6º passo: Técnica de Oscilação dos Temporais (Temporal Wobble)

CHAITOW, L. Teoria e Prática da Manipulação Craniana. Manole. 2001

7º passo: Descompressão do Temporal (Ear Pull)

8º passo: Compressão / Descompressão da ATM

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9º passo: Balanço do Tubo Neural

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10º passo: Still Point / CV4 (idem 1º passo)

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ATM

A ATM – Articulação Temporo-Mandibular faz parte de um sistema complexo que envolve deglutição, respiração, mastigação e fonação que é o SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO, palavra originária do grego STOMA = BOCA e GNATHOS = MAXILA/MANDÍUBLA.

Dessa forma, não poderemos abordar somente a ATM sem também falarmos das diversas estruturas envolvidas.

A ATM é uma articulação sinovial do tipo gínglimo, que permite o deslizamento e um pequeno grau de rotação, além dos movimentos de flexão (elevação) e extensão (abaixamento).

É composta pelos côndilos, cavidade articular, ligamentos, cápsula e disco.

O disco (menisco) está conectado com vários músculos mastigatórios. Ele recebe fibras dos músculos masseter, temporal e pterigoideo lateral. É muito provável que estes músculos participem do deslizamento dos meniscos.

O disco divide a articulação em 2 compartimentos separados; um superior e outro inferior, com membranas sinoviais superior e inferior também separadas

Os movimentos deslizantes ocorrem no compartimento superior, e os movimentos de dobradiça, rotação ou giro no compartimento inferior

NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 3a. Ed. Artmed.

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Músculos que atuam na ATM

SINTOMATOLOGIA

As alterações decorrentes desta articulação, podem apresentar sintomatologia diversa, tais como: dor de cabeça e pescoço, zumbido no ouvido, alterações de mobilidade (diminuição da abertura da boca) e sons (estalido) na ATM, dor facial, e também, alteração postural.

AVALIAÇÃO

Além da inspeção, verificando a simetria de face, a abertura e fechamento da boca (analisar amplitude de movimento, se ocorre desvios e sons, etc), devemos realizar a palpação para verificar a parte muscular (tensão equilibrada dos músculos masseter, temporal e etc...), com contração, e também a palpação da própria ATM.

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Avaliação da Abertura da Boca

Palpação da ATM

Avaliação e Tratamento dos Pontos Gatilhos Musculares

1) LIBERAÇÃO DO MASSETER

Com indicador pressionando pela cavidade intraoral e o polegar apoiando contrariamente o indicador, localizar pontos gatilho no masseter e desativar. A desativação deve ser realizada pela digito-pressão.

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2) LIBERAÇÃO DO PTERIGÓIDEO MEDIAL

Indicador do fisio no assoalho da boca (face lingual), vai em direção ao ângulo da mandíbula, movendo inferiormente até que entre em contato com o músculo pterigóideo medial. Fazer pressão no músculo.

3) LIBERAÇÃO DO PTERIGÓIDEO LATERAL

Indicador do físio na cavidade intraoral, levar em direção à fóvea pterigódea, atrás do último molar. Pressionar (levemente) até desativação da tensão.

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4) LIBERAÇÃO DO TEMPORAL

Palpar o músculo temporal, na fossa temporal, com os dedos indicador e médio. Pressionar levemente até desativar a tensão.

MANOBRAS DE TRAÇÃO DA MANDÍBULA (Técnica Articular)

Liberação da Cápsula Inferior

Polegar em cima dos molares inferiores, os demais dedos seguram a mandíbula. A outra mão fica posicionada no crânio do paciente para melhor estabilização da manobra. A mão manipulativa traciona a mandíbula inferiormente, em direção aos pés do paciente.

Liberação da Cápsula Superior

Polegar em cima dos molares inferiores, os demais dedos seguram a mandíbula. A outra mão fica posicionada no crânio do paciente para melhor estabilização da manobra. A mão manipulativa traciona a mandíbula para baixo (em direção à maca) e inferiormente (em direção aos pés do paciente)