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Apostila SENAI - Eletricista

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Sumário

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TeoriaDiagramas elétricos

Dispositivos de manobra ligação e conexão

Dispositivos de proteção acionamento e sinalização

Aterramento

Diagramas de comandos elétricos

Motores trifásicos de CA

Ajustes das escovas dos coletores

Sistemas de partida de motores trifásicos

Noções de ergonomia

Proteção contra os perigos da energia elétrica

-Prática

Ferramentas para instalações elétricas

Ferramentas para eletrodutosUtensílios para eletricistas

Emendar, soldar e isolar condutores

Serrar, abrir roscas e curvar eletrodutos

Montar rede de eletrodutosInstalar tomada, interruptor e lâmpada

Instalar duas lâmpadas incandescentes

Instalar lumináriasVerificar funcionamento de comando para inversão de rotação

de motor trifásico

Verificar funcionamento de sistema de partida estrela-triângulo

Verificar funcionamento de sistema de partida estrela triângulo

com reversão

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Page 3: Apostila SENAI - Eletricista

f'rática Profissional: Eletricidade Geral

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r-.

""""

rPara a execução de uma instalação elétrica, o eletricista deve ter à sua disposição,

uma série de dados importantes tais como: a localização dos elementos na planta do

imóvel, a quantidade e seção dos fios que passarão dentro de cada eletroduto, qual o

trajeto da instalação, a distribuição dos dispositivos e circuitos e seu funcionamento.

Todos esses dados estão contidos neste capítulo que falará sobre diagramas de

instalação. Nele você verá que existem diversos t~pos de diagramas, conhecerá suas

características, simbologia e modo de utilização.

Diagrama elétrico

Diagrama elétrico é a representação de uma instalação elétrica ou parte dela por meio

de símbolos gráficos, definidos nas normas NBR 5259, NBR 5280, NBR 5444, NBR

12519, NBR 12520 e NBR 12523.

;-..

,

Dos diagramas existentes, estudaremos neste capítulo três

. diagrama funcional;

. diagrama multifilar;

. diagrama unifilar.

o diagrama funcional apresenta todo o sistema elétrico e permite interpretar com

rapidez e clareza o funcionamento ou a seqüência funcional dos circuitos.

Esse tipo de diagrama não se preocupa com a posição física dos componentes da

instalação elétrica., ,

r-

Tecnologia aplicada: Diagramas elétricos

Page 4: Apostila SENAI - Eletricista

~-Prática Profissional: Eletricidade Geral

A figura a seguir mostra um exemplo' de diagrama funcional de um circuito composto

por um interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada.

R

N

o diagrama multifilar é usado somente para os

circuitos elementares, pois é de difícil interpretação quando o circuito é complexo. É

um diagrama que representa todo sistema elétrico em seus detalhes e todos os

condutores.

Veja na figura a seguir, um exemplo de diagrama multifilar mostrando um circuito

composto de um interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada.

o diagrama unifilar apresenta as partes principais de

um sistema elétrico e identifica o número de condutores. O trajeto dos condutores é

representado por um único traço.

Esse tipo de diagrama geralmente representa a posição física dos componentes da

instalação, porém não representa com clareza o funcionamento e a seqüência

funcional dos circuitos. É o tipo de diagrama mais usado em instalações elétricas

prediais.

A figura a seguir apresenta um diagrama unifilar do circuito elétrico composto por um

interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada.

Tecnologia aplicada: Diaaramas elétricos

Page 5: Apostila SENAI - Eletricista

, Prática Profissional: Eletricidade Geral

Os sfmbolos gráficos usados neste diagrama são definidos pela norma NBR 5444,

pára ~Qrem u~adÓS ~m plán(a 6a&a (arqultQtónícaj do imóval. NQ~tâ plâr'\ta é indicada

a lo~a- liza~ão. ~xata dos ~jr~ujto~ d~ luz. de força, de telefone e seus respec;tivos

aparelhos.

--

~

.Eletroduto embutido no teto ouparede1

"""' Para todas as dimensões emmilímetros, indicar a seção, see~t;; n~n fnr riA 1 ~ mm

--~---. m252 Eletroduto embutido no piso

3 Telefone no teto

4 Telefone no piso_1_1-Tubulação para campainha, som,anlJn~iArlnr ruI nlltrn ~i~t~m~

Indicar na legenda o sistemapassante!; _1.I1_li'-

~

Condutor de fase no interior doAIAtrnnlltnI6

Condutor neutro no interior doeletroduto

Cada traço represente umcondutor. Indicar a seção, n° docircuito e a seção dos condutores,exceto se forem de 1.5 mm2

7

1Condutor de retorno no interior doeletronlJtnR

Condutor terra no interior do~I~trnrllltn9 T

Condutor positivo no interior doeletrorl\ Jto1n

Condutor negativo no interior doAIAtrnnlltn11

Indicar a seção utilizada; em 50.c:i"nifi~~ r;n mm2

1? CQrdn~lh~ nF! t~rr~

~

25. significa 25 mm210. siqnifica 10 mm2

13Leito de cabos com um circuitopassante composto de: trêsfases, cada um por dois cabos de25 mm2 mais cabos de neutro de~A~~n 10 mm2

,..,-"'""'

~

Tecnologia aplicada: Diagramas elétricos

~

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Prática Profissional: Eletricidade Geral

fOutos e distribui~ão: cont.)

--~--Cx. passo

(200x200x100)

Caixa de passagem no piso Dimensões em mm14

--~-Cx. passo

(200x200x100)

15 Caixa de passagem no teto Dimensões em mm

=~=Cx. passo

(200x200x100)

Caixa de passagem na parede Indicar a altura e se necessáriofazer detalhe (dimensões emmm)

16

/17 Eletroduto que sobe

o' Eletroduto que desce18

19 Eletroduto que passa descendo

20 Eletroduto que passa subindo

21 Sistr-na de calha de piso

No desenho aparecem quatrosistemas que são habitualmente:1- Luz e força11- Telefone (TELEBRÁS)111- Telefone (P(A)BX, KS, ramais)IV- Especiais (COMUNICAÇÕES)

Condutor seção 1,0 mm2, fase

para campainhat--22

Se for de seção maior, indicá-Ia '"""23 Condutor seção 1,0 mm2, neutro

para campainhat-""",24 Condutor seção 1,0 mm2, retorno

para campainha

T ecnologia aplicada: Diagramas elétricos

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Quadros de distríbuicão---~.

Quadro parcial de luz e forçaaparente25

Quadro parcial de luz e forçaembutido26

-~-~

Quadro geral de luz e forçaaparente27 Indicar as cargas de luz em watts

e de força em W ou kW-~

Quadro geral de luz e forçaembutido28

-~-29 Caixa de telefones

1:Mrn30 Caixa para medidorr

Interruptores

31 Interruptor de uma seção A letra minúscula indica o pontocomandado

a(!)b32 Interruptor de duas seções As ietras minúsculas indicam os

pontos comandados

aló')b~

33 Interruptor de três seções As letras minúsculas indicam ospontos comandados

~

a, , 34 Interruptor paralelo ou three-way A letra minúscula indica o pontocomandado

35 Interruptor intermediário ouFour-Way

A letra minúscula indica o pontocomandado

36 Botão de minuteria

Nota: Os símbolos de 31 a 38 sãopara plantas; os de 39 a 46 sãopara diagramas.

37 Botão de campainha na parede(ou comando à distâncía)

38 Botão de campainha no piso (oucomando a distância)

r-

"""'

I'"'

Tecnologia aplicada: Diagramas elétricos

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~

Prática Profissional: Eletricidade Geral

(Interruotores: conto -Indicar a tensão, correntesnominais39 Fusível

40 Chave seccionadora comfusíveis, abertura sem carga

Indicar a tensão, correntesnominaisEx.: chave tripolar

41 Chave seccionadora comfusfveis, abertura em carga

Indicar a tensão, correntesnominaisEx.: chave bipolar

42 Chave seccionadora aberturasem carga-%-

Indicar a tensão, correntesnominaisEx.: chave monopo!ar

.-0/ }-43 Indicar a tensão, correntes

nominaisChave seccionadora abertura emcarga

44 Disjuntor a óleo Indicar a tensão, corrente,potência, capacidade nominal deinterrupção e polaridade

~-()o-

45Indicar a tensão, correntepotência, capacidade nominal deinterrupção e polaridade atravésde tracos

Dísjuntor a seco

o-o-

Chave reversora46

Luminárias, refletores, lâmoadas--- ~ ~

A letra minúscula indica o pontode comando e o número entredois traços o circuitocorresDondente

Ponto de luz incandescente noteto. Indicar o n° de lâmpadas e apotência em watts

a

-4-02X100W

47

48 Ponto de luz incandescente naparede (arandela)

Deve-se indicar a altura daarandelaW:X60W

a

-4-@2X100W

49 Ponto de luz incandescente noteto (embutido)

Ponto de luz fluorescente no teto(indicar o no. de lâmpadas e nalegenda o tipo de partida e reator)

A letra maiúscula indica o pontode comando e o número entredois traços o circuitocorresoondente

4- [QJ :X20Wsol

51 Deve-se indicar a altura daluminária

Ponto de luz fluorescente naparede4-I;g;J:X20W

Tecnologia aplicada: Diagramas elétricos

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Prática Profissional: Eletricidade Geral

(luminárias refletores lâmpadas: cont.)Ponto de luz fluorescente no teto(embutido)r"7ã"la.4-1 ~ '4x20W

52~-~,-~

Ponto de luz incandescente noteto em circuito vigia (emergência)53

54 Ponto de luz fluorescente no tetoem circuito vigia (emergência)

'"""'

55

$Sinalização de tráfego (rampas,entradas, etc.)

r- 56 Lâmpada de sinalização

57 Refletor Indicar potência, tensão e tipo delâmpadas

58 Poste com duas luminárias parailuminação externa

Indicar potências, tipo delâmpada~

@59 Lâmpada obstáculo

601'"'\ Minuteria Diâmetro igual ao do interruptor

r-,_o

Ponto de luz de emergência naparede com alimentaçãoindependente-$

61""'"

62@

Exaustor

-,-

Motobomba para bombeamentoda reserva técnica de água paracombate a incêndioEE63

I'""

!'"

~

r'

'""'

Tecnologia aplicada: Diagramas elétricos

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Prática Profissional: Eletricidade Geral

Tomadas

64 Tomada de luz na parede, baixo(300 mm do piso acabado)

Tomada de luz a meio a altura(1.300 mm do piso acabado)

65

A potência deverá ser indicada aolado em VA (exceto se for de 100VA), como também o número docircuito corresponden- te e aaltura da tomada, se for diferenteda normalizada; se a tomada forde força, indicar o número de Wou kW

66 Tomada de luz alta (2.000 mm dopiso acabado)

67 Tornada de luz no piso

68 Saída para telefone externo naparede (rede Telebrás)

-~-

Especificar "h"69 Saída para telefone externo na

parede a uma altura "h"~70 Sa(_Oa para telefone interno na

parede

71 Saída para telefone externo nopiso

72 Saída para telefone interno nopiso

73 ~ Tomada para rádio e televisão

74<9

Relógio elétrico no teto

~75 Relógio elétrico na parede

jas: conto

T ecnologia aplicada: Diagramas elétricos

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Prática Profissional: Eletricidade Geral

76 Saída de som, no teto

77 Saída de som, na parede Indicar a altura "h"

Cigarra78

79Campainha

Dentro do círculo, indicar o númerode chamadas em algarismosromanos.

80 Quadro anunciador

Motores e Transformadores

Indicar as característicasnominais

81 Gerador

82 Motor indicar as característicasnominais

_.(~)-83 Transformador de potência Indicar a relação de tensões e

valores nominaisr'

Indicar a relação de espiras,classe de exatidão e nível deisolamento. A barra de primáriodeve ter um traço mais grosso.

~84 Transformador de corrente

(um núcleo)/"'

~:_.-85 Transformador de potencial

86 ~e.- Transformador de corrente (doisnúcleos)

87 Retificador

-@,

"'"'

Tecnologia aplicada: Diagramas elétricos

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Prática Profissional: Eletricidade Geral

.~

Acumuladores

Acumulador ou elementos depilha

-11-

a) O traço longo representa o Ipólo positivo e o traço curto, opólo negativo

! b) Este símbolo poderá serusado para representar umabateria se não houver risco dedúvida. Neste caso, a tensãoou o n° e o tipo dos elementosdevem m ser indicado s .

Sem indicação do número deI elementos

88

Bateria de acumuladores oupilhas. Forma 189

Bateria de acumuladores oupilhas. Forma 2

Sem indicação do número deelementos-It---;l-

90

Como exemplo, é apresentado a seguir um esquema da instalação elétrica de uma

residência, na planta baixa.

"'

;sc 1:100

Tecnologia aplicada: Diagramas elétricos

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Prática Profissional: Eletrk:idade Geral

Exercícios

1. Resolva os exercícios a seguir:

a. Qual é a diferença entre os diagramas multifilar e funcional?

b. o que é diagrama elétrico?

"'"

c. Qual tipo de diagrama é mais usado em instalações elétricas prediais?

d. Qual é a norma da ABNT que define os símbolos gráficos para serem usados em

plantas baixas, em instalações elétricas prediais?

1'"-\

I'"'

I'""'

2. Complete a tabela que segue com os respectivos símbolos.r

"""'

Ia. Eletroduto embutido no teto ou parede

b. Eletroduto embutido no piso

Telefone no teto

d Condutor neutro no interior do eletroduto;'""

-- e Condutor de retorno no interior do eletroduto"""'

Tecnologia aplicada: Diagramas elétricos

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""""

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Para acender ou apagar uma lâmpada, fazer funcionar um ferro de passar roupas

elétrico ou qualquer eletrodoméstico, é necessária a utilização de dispositivos

construidos para esta finalidade. Esses dispositivos são indispensáveis em uma

instalação elétrica e são denominados de interruptores, tomadas, plugues e porta-

lâmpadas.

t-Jeste capítulo, esses dispositivos serão tratados em suas particularidades técnicas,

utilizações esimbologia, para que você possa escolher e especificar de forma correta

o que melhor se adapte às necessidades do trabalho.

Interruptores

Interruptores são dispositivos de manobra que permitem abrir, fechar ou comutar um

circuito elétrico. Geralmente são usados nas instalações elétricas prediais em circuitos

de iluminação.

Os interruptores são constituídos basicamente de duas partes: corpo e contatos. O

corpo do interruptor é feito de baquelite, porcelana ou plástico e serve para alojar as

partes metálicas compostas pelos contatos e pelos sistemas de molas.

Os contatos são feitos de latão cadmlado, ferro cadmiado e ferro. Quando acionados,

eles têm a função de abrir, fechar ou comutar um circuito elétrico. Normalmente esses

contatos são construídos para suportarem uma corrente máxima de 10 amperes, valor

este que vem impresso no corpo do interruptor.

Tecnologia aplicada: Dispositivos de manobra, ligação e conexão

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Prática Profissional: Eletricidade Geral

Tipos de interruptores

Os interruptores são fabricados basicamente em três tipos:

. interruptor simp1es;

. interruptor paralelo;

. interruptor intermediário.

o interruptor simples é o tipo de interruptor mais usado em instalações elétricas e sua

única função é interromper ou restabelecer o circuito. As figuras que seguem

representam este tipo de interruptor e um circuito utilizando um interruptor simples."

E~~J"""'

r

"'""'

Em circuitos com interruptor simples, existe a possibilidade de substituição do

interruptor por um dispositivo controlador de luminosidade denominado dimmer. Esse

dispositivo possui dois terminais de ligação, e deve ser ligado da mesma forma que o

interruptor simples.r-

,

'"'

""'

o dimmer apresenta duas vantagens em relação ao interruptor; controle de

luminosidade e economia de energia elétrica, pois pode ser regulado para

proporcionar menos lumino~jdade do que a que seria fornecida se o comando da

iluminação fosse realizado apenas por meio de um interruptos simples.I'"-'

rAs ilustrações que seguem apresentam dois modelos de dimmer: um do tipo

deslizante e outro do tipo rotativo.I'""'

,-..

,-.,

'"""

"""

Tecnologia aplicada: Dispositivos de manobra, ligação e conexão

Page 16: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Os interruptores paralelos são aqueles que permitem o comando de uma lâmpada

em dois pontos diferentes. Possuem três bornes: um é comum e os outros dois são

responsáveis pela comutação do circuito, o que permite que se ligue ou desligue o

circuito a partir de dois pontos diferentes.

Esse tipo de interruptor é muito usado para comandar iluminação de escadarias,

corredores e dormitórios.

As figuras que seguem ilustram o sistema de acíonamento interno e o esquema

elétrico desse interruptor.

-

Para esse tipo de instalação, é necessária a utilização de dois interruptores paralelos.

As figuras a seguir demonstram um circuito utilizando est( 3 interruptores.

Se os dois interruptores estiverem na mesma posição (posição I ou posição 11), a

lâmpada estará acesa. Por outro lado, se os interruptores estiverem em posições

diferentes, a lâmpada se apagará. Desta forma, independentemente da posição de um

dos interruptores, é possível comandar a lâmpada a partir de qualquer um dos pontos.

Tecnotogia aplicada: Dispositivos de manobra, ligação e conexão

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Prática Profissional: Eletricidade Geral

Quando é necessário comandar uma lâmpada ou um circuito a partir de vários pontos

diferentes (3 ou mais pontos), é necessário utilizar dois interruptores paralelos e

interruptores intermediários entre eles.

Os interruptores intermediários possuem quatro bornes de ligação, responsáveis

pela comutação dos circuitos.

,-.,

Através desses interruptores é possível a comutação do circuito em quantos pontos

forem necessários, pois a sua construção permite dois tipos de ligações que

possibilitam esta comutação. As figuras a seguir ilustram as ligações nas~ I e li./'

A seguir é mostrado o esquema de um circuito de iluminação comandado a partir de

quatro pontos diferentes, utilizando dois interruptores paralelos e dois intermediários.

r"

r

"""

Se for necessário comandar a lâmpada do circuito anterior em sete pontos diferentes,

bastaria acrescentar ao circuito mais três interruptores intermediários, entre os

interruptores paralelos.

Estes interruptores são utilizados em corredores longos com várias portas no seu

percurso, como por exemplo em hospitais, onde é necessário o comando de um

circuito em vários pontos diferentes.

o aspecto físico dos interruptores varia de acordo com o fabricante e necessidade do

ambiente onde ele será usado. Os interruptores simples e paralelo são idênticos e o

intermediário possui tecla dupla. .

Tecnologia aplicada: Dispositivos de manobra, ligação e conexão

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Prática Profissional: Eletricidade Geral

A seguir são apresentados alguns modelós como exemplo. É sempre interessante

consultar catálogos de fabricantes para conhecer a diversidade de combinações e

tipos de interruptores fabricados, a fim de escolher o que melhor se adapte ao

trabalho a ser realizado.

De acordo com o interruptor utilizado, escolhe-se um tipo de placa de proteção. As

figuras que seguem ilustram alguns modelos.

Tomadas e plugues

Tomadas e plugues são dispositivos que permitem ligações elétricas provisórias de

aparelhos portáteis industriais e eletrodomésticos. A ligação é feita por meio do

encaixe entre o plugue, que é a parte móvel, e a tomada, que é a parte fixa.

Nesses tipos de dispositivos, os valores de tensão de serviço e corrente nominal mais

comuns são: 250 V - 6 A, 10 A e 30 A.

Tecnologia aplicada: Dispositivos de manobra, ligação e conexão

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Prática Profissional: Eletricidade Geral

Os plugues e as tomadas são fabricados normalmente de baquelite, porcelana ou

nailon. Eles se diferenciam entre si pelo formato e quantidade de pinos. Os pinos

podem ser redondos ou chatos e devem corresponder ao formato e quantidade dos

contatos da tomada.

"'"" Quando o plugue possui o pino-terra, este normalmente diferencia-se dos outros pinos

pelo seu maior comprimento.J'""',

:

-"""

A tomada pode ser simples ou universal. O que diferencia uma da outra é o formato

dos pinos do plugue que podem ser encaixados. A tomada simples só pode receber

pinos redondos, enquanto que a tomada universal aceita pinos redondos e chatos,

conforme ilustrações que seguem.-"

r-

rsimples universal

,.-

A seguir, são apresentados alguns modelos de tomadas e plugues. Consu)tando

catálogos de fabricantes, é possível encontrar muitos outros tipos.

tomadas plugues

"I""

,

~

I'""'

/"'

TecnolOQla aplicada: Dispositivos de manobra. liaacão e conexão

Page 20: Apostila SENAI - Eletricista

I?rática Profissional: Eletricidade Geral

A instalação de interruptores e tomadas deve obedecer à norma NBR 5410. Essa

norma determina que o interruptor fique a 1,2 m do piso. Para tomadas existem três

alturas padronizadas: a 30 cm (baixa), a 1,2 m (média) e a 2 m (alta) do piso

acabado.

Porta-lâmpadas

Porta-lâmpadas são dispositivos de fixação e conexão elétrica usados entre a

lâmpada e os condutores. Os materiais mais utilizados na fabricação desses

dispositivos são a porcelana e o baquelite.

A norma NBR 5112 determina todos os parâmetros construtivos e ensaios desse

dispositivo.

A rosca destinada a receber a lâmpada é denominada de rosca Edison.. com vários

diâmetros diferentes. O seu código é provido da letra E (Edison) e um número que

determina o diâmetro da rosca em milímetros: E-10, E-12, E-14, E-17, E-27 e E-40.

As lâmpadas incandescentes usadas em residências possuem rosca E-27.

Alguns tipos de porta lâmpadas são mostrados nas figuras que seguem.

Tecnologia aplicada: Dispositivos de manobra, ligação e conexão

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Prática Profissional: Eletricidade Geral

Exercícios

1. Responda às seguintes perguntas.

a) Ouais são os três tipos de interruptores usados em instalações elétricas prediais?

b) Qual é a corrente máxima que pode circular por um interruptor simples, em

instalações prediais?

c) De que forma deve ser ligado um dimmer em um circuito elétrico?

d) Que vantagem o interruptor paralelo apresenta em relação ao interruptor simples?

e) Faça o esquema de um circuito de iluminação com uma lâmpada comandada apartir de três pontos diierentes.

f) Ouais são os valores de tensão de seNiço e correntes nominais mais comuns para

tomadas e plugues?

g) Qual é a diferença entre as tomadas simples e universal?

h) Qual é o tipo de rosca que é utilizado em porta-lâmpadas para lâmpadas usadas

em residências?

Tecnologia aplicada: Dispositivos de manobra, ligação e conexão

Page 22: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Neste capítulo serão estudados dispositivos usados em instalações prediais e em

comandos elétricos industriais.

Para a complementação do estudo desse assunto, é importante que você consulte

catálogos técnicos fornecidos por fabricantes desses dispositivos, nos quais é possível

obter informações técnicas que permitem dimensionar e especificar os dispositivos de

acordo com os parâmetros do circuito.

Dispositivos de proteção

Os dispositivos de proteção dos circuitos elétricos podem ser divididos em quatro

tipos:. interruptor de corrente de fuga;

. fusíveis;

. disjuntores;

. relês térmicos.

Interruptor de corrente de fuga

o interruptor de corrente de fuga é um dispositivo que faz o desligamento de qualquer

circuito que apresente uma corrente de fuga entre 15 e 30 mA. Isso garante a

segurança contra incêndios. Apesar de se ter a sensação de choque em caso de

contato da fase com o corpo humano, não há risco de vida, caso o circuito seja

protegido por esse dispositivo.

Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização

Page 23: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

A ilustração a seguir representa um interruptor de corrente de fuga.

"""'

o interruptor de corrente de fuga possui um transformador de corrente, um disparador

e um mecanismo liga-desliga. Ele funciona comparando uma corrente de entrada com

uma corrente de saída. Se a diferença estiver entre 15 e 30 mA, o disparador opera

em 30 ms.

~.IJ R

i~t

N= ~'--:--RtJ-.Ij-N---l~~~=IJ: 'D desligado1~tl~

~

L F1

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...~: :

~consim.idorcom caixametálica

..

falhapara a

carcaçaaterrado

,-- -~

J aterrado... corrente de ...

fuga,

Ele deve ser ligado de modo que todos os condutores do circuito, inclusive o neutro,

passem pelo interruptor. Isso permite a comparação entre as correntes de entrada e

de saída e o desligamento da alimentação do circuito em caso de fuga de corrente.,..,

I""'

Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção, aclonamento e sinalização

Page 24: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Veja exemplos de esquemas de ligação para interruptores de corrente de fuga nas

ilustrações a seguir.

Há interruptores projetados para operar com correntes de fuga de 500 mA, porém eles

só protegem as instalações contra riscos de incêndio, não oferecendo segurança

contra riscos pessoais.

Fusíveis

Os fusíveis são dispositivos de proteção destinados a interromper circuitos pelos quaís

esteja circulando uma corrente de curto.circuito ou sobrecarga de longa duração.

Há vários modelos de fus:",eis, de diversos fabricantes. Os mais usuais são os do tipo

cartucho, faca, diazed e NH.

Os fusíveis são formados por um corpo de material isolante, normalmente fibra

prensada ou porcelana no qual está inserido um fio fusível de chumbo, cobre ou prata,

que uma vez fundido por sobrecarga ou curto-circuito, interrompe a corrente do

circuito.

O corpo de material isolante serve de proteção contra acidentes pessoai$ (choques).

Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização

Page 25: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Os fusíveis são construídos para várias intensidades de correntes e tensão máxima deserviço até 600 V.

'usl~1cal1uC'hO lámina fusivel

/"'

o fio fusível existente no interior do fusível, chamado

elo fusível, ou lâmina fusível, é o condutor que se

funde dentro do fusível e interrompe a corrente do

circuito quando há sobrecarga de longa duração ou

curto-circuito. Quando ocorrer a queima do elo fusível,

o dispositivo deverá se substituído por outro de mesma

característica.

Disjuntores

Disjuntores são dispositivos de manobra e proteção

com capacidade de ligação e interrupção de corrente

quando surgem no circuito condições anormais de

trabalho como curto-circuito ou sobrecarga.

,.-.

o disjuntor é composto das seguintes

partes:. caixa moldada feita de material

isolante na qual são montados os

componentes;. alavanca liga-desliga por meio da

qual se liga ou desliga manual-

mente o disjuntor;

. extintor de arco ou câmara de ex-

tinção, que secciona e extingue o

arco que se forma entre os con-

tatos quando acontece sobrecarga

ou curto-circuito;

. mecanismo de disparo que desliga

automaticamente o disjuntor em

caso de sobrecarga.

relê bimetálico que aciona o mecanismo de disparo quando há sobrecarga de longa- .

duraçao;/"'

~ Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização

Page 26: Apostila SENAI - Eletricista

. relê eletromagnético que aciona o mecanismo de disparo quando há um curto-

circuito.

o disjuntor inserido no circuito funciona co

o relê eletromagnético são ligados em séri

alavanca liga-desliga, fecha-se o circuito q

a corrente circula pelos dois relês.

Havendo uma sobrecarga de longa duração no circuito, o relê bimetálico atua sobre o

mecanismo de disparo abrindo o circuito. Da mesma forma, se houver um curto-

circuito, o relê eletromagnético é que atua sobre o mecanismo de disparo abrindo o

circuito instantaneamente.

Quando ocorrer o desarme do disjuntor, basta acionar a alavanca de acionamento

para que o dispositivo volte a operar I não sendo necessária sua substituição como

ocorre com os fusíveis.

Quanto às características elétricas, os disjuntores podem ser unipolar, bipolar e

tripolar; normalmente para correntes de 6 A, 10 A, 15 A, 20 A, 25 A, 30 A, 35 A, 40 A,

50 A 60 A, 70 A, 90 A, 70 A, 1 00 A e 150 A.

bipolar tripa/ar

Eles possuem disparo livre, ou seja, se a alavanca for acionada para a posição ligada

e houver um curto-circuito ou uma sobrecarga, o disjuntor desarma.

Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização

mo um interruptor. Como o relê bimetálico e

e dentro do disjuntor, ao ser acionada a

lue é travado pelo mecanismo de disparo e

unipolar

Page 27: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Observação

O disjuntor deve ser colocado em série com o circuito que irá proteger,

o tempo de disparo da proteção térmica (ou contra sobrecarga) torna-se mais curto

quando o disjuntor trabalha em temperatura ambiente elevada. Isso ocorre

normalmente dentro do quadro de distribuição. Por isso, é necessário dimensionar a

corrente nominal do disjuntor, de acordo com as especificações do fabricante, e

considerando também essa situação.

Relês térmicos

Esse componente é também denominado de relê bimetálico. Sua função básica é

proteger motores ou outros equipamentos contra aquecimento demasiado produzido

por sobrecarga. Protege também os motores trifásicos em caso de funcionamento

bifásico, ou seja, se faltar uma fase por um motivo qualquer, o motor continuará

funcionando, mas ocorrerá uma elevação da corrente das outras duas fases. Essa

elevação da corrente provocará um aquecimento do relê, interrompendo o circuito.

o relê térmico é constituído basicamente de um bimetal, contato fixo, contato móvel e

elemento de arraste conforme ilustração a seguir.

o bimetal é formado pela união de dois metais com coeficientes de dilatação

diferentes.

Quando esse bimetal é aquecido, pela elevação da corrente, curva-se acionando o

contato fechado, abrindo-o.

Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização

Page 28: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Os dispositivos de proteção são representados pelos símbolos gráficos apresentados

na tabela a seguir conforme determina a norma NBR 12523.

ObservaçãoAntes de substituir ou rearmar qualquer dispositivo de proteção, deve-se sanar as

causas que provocaram a interrupção do funcionamento do circuito elétrico.

Dispositivos de acionamento

São considerados como dispositivos de acionamento aqueles direta ou indiretamente

responsáveis pelo acionamento de algum equipamento elétrico, como um motor por

exemplo. Nesse grupo de ~()mponentes estão as botoeiras, os contatores e as

chaves fim de curso.

Botoeiras

Botoeiras ou botões de comando, são chaves auxiliares de comando manual que

interrompem ou estabelecem um circuito de comando por meio de pulsos. A figura a

seguir ilustra um tipo de botoeira.

~

As chaves auxiliares tipo botoeira são constituídas por botão de acionamento,

contatos móveis e contatos fixos. .

Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção. acionamento e sinalização

Page 29: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

A norma NBR 12523/92 define o símbolo gráfico desse componente e a NBR 5280/83,

a letra para designação, conforme as ilustrações a seguir.

,,-.

51 E - -il

contato aberto

soE--

contato fechado

"'"'

I""'Contatores

/"'

Contatores são dispositivos de manobra mecânica acionados eletricamente, capazes

de conduzir ou interromper correntes em condições normais do circuito.

,-. Esse componente apresenta várias vantagens, entre elas:

. permite acionar equipamentos com maior segurança e precisão;

. apresenta grande durabilidade;

. é construído para uma elevada freqüência de operação;

. pode ser comandado a distância.

As figuras que seguem ilustram dois tipos de contatores.--

,,--

, ,

Através da ilustração simplificada em corte mostrada a seguir. é fácil compreender o

funcionamento de um contator.I'""'

r"

Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização

Page 30: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

A bobina, quando alimentada por um circuito externo, cria um campo magnético que é

concentrado no núcleo fixo e atrai o núcleo móvel.

Nesse deslocamento, através de um acionamento mecânico fecham os contatos

abertos e abrem os contatos fechados.

"""

Chaves fim de curso

Chaves fim de curso são chaves auxiliares de comando usadas para comandar

contatores, válvulas, sinall.l?ção e outros elementos.

Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção. acionamento e sinalização

Page 31: Apostila SENAI - Eletricista

.-,

"""'

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Esse tipo de dispositivo é constituído por um elemento de acionamento, que pode ser

uma alavanca ou haste, que quando acionado permite abrir ou fechar internamente

contatos elétricos.

""'

I'""

"-

/""'

r--r-~

Dispositivos de sinalização""'

,---Sinalização é uma forma visual ou sonora de chamar a atenção do operador para uma

situação determinada em um circuito, máquina ou conjunto de máquinas.

"""'

A sinalização pode ser:

. luminosa;

. sonora.

"""'

~

r-'\

----

A sinalização luminosa é a mais usada por ser de mais rápida visualização.r-

"'""'

r

, ,

t'"""'

~ A lente do sinalizado r deve propiciar bom brilho e, quando a lâmpada está apagada,

deve apresentar-se completamente opaca em relação à luz ambiente.

A sinalização sonora pode ser feita por meio de buzinas ou campainhas.~

r

"Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização/"'

"'"""-

Page 32: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Esse tipo de sinalização é usado normalmente em locais com ruídos, como por

exemplo na sinalização de ponte rolante, com a função de chamar a atenção em uma

emergência.

Exercícios

1. Responda às seguintes perguntas.

a. Qual é a função do interruptor de corrente de fuga?

'""

b. Ouais são os tipos de fusíveis mais usuais?

c. Como ocorre a interrupção do circuito através do fusível?

Tecnologia aplicada: Dispositivos de proteção. acionamento e sinalização

Page 33: Apostila SENAI - Eletricista

"""'

Prática Profissional: Eletricidade Geral

d. Qual é a diferença entre um disjuntor e um fusível?

r-e. Em quais condições o disjuntor desarma?

"'"'

f. Qual é a função do relê térmico?

g. o que são dispositivos de acionamento?

h. Faça o símbolo gráfico de uma botoeira,.-.I'""'

I"""'

1'"""\

i. Cite duas vantagens da utilização do contator.

/'"'

--,

I'""'

I""'

r T ecnologia aplicada: Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização

Page 34: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

j. Qual a função de uma chave fim de curso?

k. Cite dois dispositivos de sinalização.

'""\

'""'

'"

~

"""\

"""

"""I

,'"'

'"""'

,,-.,

'"

""'"'

Tecnología aplicada: Dispositivos de proteção, acionamento e sinalização

Page 35: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Segundo a ABNT, aterrar significa colocar instalações e equipamentos no mesmo

potencial de modo que a diferença de potencial entre a terra e o equipamento seja zero.Isso é feito para que, ao operar máquinas e equipamentos elétricos, o operador não

receba descargas elétricas do equipamento que ele está manuseando.

Portanto, o aterramento tem duas finalidades básicas: proteger o funcionamento das

instalações elétricas e garantir a segurança do operador e do equipamento que está

sendo usado.

Neste capítulo são apresentadas as técnicas de aterramento e 0S materiais que são

usados para esse fim. Esses conhecimentos são de fundamental importância para o

eletricista de manutenção e devem ser estudados com bastante cuidado.--

Para aprender com mais facilidade esse assunto, é necessário ter conhecimentos

anteriores sobre corrente e tensão elétrica.

1'"'\

o que deve ser aterrado

Em princípio, todo equipamento deve ser aterrado, inclusive as tomadas para máquinas

portáteis. Veja figura a seguir.

r

""'

I'"""

--Tecnologia aplicada: Aterramento

Page 36: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Outros equipamentos que devem ser aterrados são:

. máquinas fixas;

. computadores e outros equipamentos eletrônicos;

. grades metálicas de proteção de equipamentos de alta tensão;

. estruturas que sustentam ou servem de base para equipamentos elétricos e

eletrodutos rígidos ou flexíveis.

Observações

I. Em equipamentos eletrônicos e impressoras gráficas, o aterramento elimina os efeitos

da eletricidade estática.

11. O aterramento para computadores deve ser exclusivo para esse tipo de equipamento.

Na prática, é comum adotar-se o conceito de massa com referência ao material condutor

onde está contido o elemento eletrizado e que está em contato com a terra.

caixa deinspeção

conector

Assim, as bobinas de um motor, por exemplo, são os elementos eletrizados. A carcaça,

(base de ferro do motor) e a estrutura de ferro que fazem parte do conjunto constituem a

massa, formada de material condutor.

Eletrodo de aterramento

o eletrodo de aterramento tem a função de propiciar bom contato elétrico entre a terra e o

equipamento a ser aterrado. Ele p constituído por hastes de cobre ou tubos galvanizados

fincados no solo. Deve ter, no mínimo, 1,50 m de comprimento.

TecnOlogia apliCada: Aterramento

Page 37: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

ObservaçãoO ponto de conexão do condutor de proteção com o eletrodo de aterramento deverá ser

acessível à inspeção e protegido mecanicamente.

No circuito a seguir, vê-se um transformador cujo primário e secundário estão aterrados

de modo a atender aos requisitos de funcionamento e segurança.,-..

,

"'"'"

I"'"'

Se, por acidente, o secundário entrar em contato direto com o primário, haverá um curto-

circuito através dos eletrodos de aterramento. Esse curto-circuito fará com que a tensão

caia praticamente a zero. Por outro lado, a corrente de curto-circuito provocará a

interrupção do circuito através dos fusíveis.

Corrente de fuga

Corrente de fug'a (ou de falta) é a corrente que flui de um condutor para outro e/ou para a

terra quando um condutor energizado encosta acidentalmente na carcaça do

equipamento ou em outro condutor sem isolação.

,

Em quase todos os circuitos, por mais bem dimensionados que sejam, há sempre uma

corrente de fuga natural para a terra. Essa corrente é da ordem de 5a 10 mA e não causa

prejuízos à instalação.

A corrente de fuga (ou de falta) é ilustrada no diagrama a seguir no qual a carcaça de

uma máquina aterrada no ponto 1 teve um contato acidental com um resistor.I'""'

r-

,,-.

rr-

Tecnologia aplicada: Aterramento'"'

Page 38: Apostila SENAI - Eletricista

-Prática Profissional: Eletricidade Gera!

Como se pode ver, a corrente passa para a massa e retorna à fonte pela terra, partindo

do eletrodo 1 para o eletrodo 2.

Se no sistema o neutro é aterrado, a corrente de fuga (falta) retornará por ele como

mostra o diagrama a seguir.

"""

Qualquer fuga de corrente, seja por meio de isolamento defeituoso ou através do corpo de

pessoas ou animais, pode causar incêndios ou acidentes, muitas vezes fatais.

Se ela ultrapassar os 15 mA, pode haver riscos para o circuito, daí a necessidade de se

operar com os dispositivos de segurança.

Tecnologia aplicada: Aterramento

Page 39: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Condutores de proteção

o aterramento de um circuito ou equipamento pode ser feito de várias formas, e para

cada sistema é utilizada uma terminologia para o condutor de proteção:

. condutor PE;

. condutor N;

. cbndutor PEN.

o condutor PE é aquele que liga a um terminal de aterramento principal as massas e os

elementos condutores estranhos à instalação. Muitas vezes, esse condutor é chamado de

terra de proteção, terra de carcaça ou simplesmente condutor de proteção. A norma NBR

5410 prescreve que este condutor tenha cor verde com espiras amarelas.

o condutor N é aquele que tem a função de neutro no sistema elétrico e tem por

finalidade garantir o correto funcionamento dos equipamentos. Esse condutor é também

denominado condutor terra funcional.

o condutor PEN tem as funções de terra de proteção e neutro simultaneamente.

A seção dos condutores para ligação à terra é determinada pela ABNT NBR 5410 (tabela

53), que é apresentada a seguir.

Seção

S ~ 16 S

Sistemas de aterramento para redes de baixa tensão

Do ponto de vista do aterramento, os sistemas de distribuição de energia em baixa tensão

são denominados conforme determina a NBR-541 O, ou seja: sistema TT; sistema TN-S;

sistema TN-C; sistema IT.r"'

'""'

r

Tecnologia aplicada: Aterramento

Page 40: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

o sistema TT é o sistema pelo qual o condutor de proteção serve exclusivamente para

aterramento. As massas são ligadas ao cabo que está ligado à terra por um ou vários

eletrodos de aterramento.

o sistema TN-S é um sistema com condutor neutro e condutor de proteção distintos

L1

L2

L3

N '.

I~, '- -

r I.."..'..I-.~'" r .. ..,' ;'-, " -,,-,1-1,-,,-, , ,-,,-,'.-1.' ' ' "

massas

-=-

No sistema TN-C, o N e o PE formam o condutor PEN com a função de neutro (N) e

proteção (PE).

Tecnologia aplicada: Aterramento

Page 41: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

"""

ObservaçãoExistem restrições quanto ao uso desse sistema, porque oferece riscos. Em caso de

rompimento do condutor PEN, a massa do equipamento fica ligada ao potencial da linha

como mostra a ilustração a seguir.

-

Além disso, se o sistema de distribuição empregado não é conhecido, o neutro nunca

deve ser usado como terra.

No sistema IT somente a massa é aterrada, não havendo nenhum ponto de alimentação

diretamente aterrado.

I'""'

Quando o sistema não oferece condições de aterramento, liga-se a massa diretamente no

eletrodo de aterramento. Este pode atender a um ou mais equipamentos como mostra a

ilustração a seguir.

r-

,

"""

Tecnologia aplicada: Aterramento

Page 42: Apostila SENAI - Eletricista

""'

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Terramiter ou terrômetro

o instrumento usado para medir a resistência de terra é chamado de terramiter ou

terrômetro.

'""'

'""'"

'"""'

~

A condição necessária para a medição, é que a resistência de terra de um aterramento

seja de, no máximo, 2 .0.,

"""

Exercicios'""'

1. Responda às perguntas que seguem.

a} O que significa aterrar? ""'

b) o que é massa na terminologia de aterramento?

Tecnología aplicada: Aterramento

Page 43: Apostila SENAI - Eletricista

'"'"

---

r--.

Prática Profissional: Eletricidade Geral1""'\

"""'

c) Qual é o comprimento mfnimo do eletrodo de aterramento?

r-

""'

"""'

d) A partir de que valor a corrente de fuga se torna perigosa para o circuito?-'""

I"'"

e) Qual deve ser a seção de um condutor de proteção em um circuito com condutores

fase de 25 mm2r

/'""'

,,-,

I'""-

r-

"'""'

,

2. Relacione a coluna da direita com a coluna da esquerda.

1. Sistema TT ( ) Condutor neutro ede proteção distintos.

2. Sistema TN-S () Somente a massa é aterrada.

3. Sistema TN-C () Condutor de proteção exclusivo para aterramento.

4. Sistema IT (' ) Condutor terra funcional.

5. Condutor N ( ) Condutor com a função de neutro e proteção.""""

,..."

~

~

I'"""

.--I""'

'""

r--

Tecnologia aplicada: Aterramento",...

'"'

Page 44: Apostila SENAI - Eletricista

----.

'"'

""'""

Seja qual for o tipo de projeto da área eletroeletrônica que se

queira realizar, seja instalação, montagem ou reparo, a maneira

adequada de representar a disposição. dos componentes e o

modo como eles se relacionam entre si é por meio do diagrama

esquemático.

Neste capítulo, estudaremos os diagramas de comando cuja

finalidade é representar os circuitos elétricos. Esse conhecimen-

to é importante quando se necessita analisar o esquema de uma

máquina desconhecida para realizar sua manutenção. Essa

análise permite solucionar problemas "difíceis" e essa experiên-

cia é indispensável para o profissional .de manutenção eletroele-

trônica.

Diagrama elétrico""'"

rr-

o diagrama elétrico é um desenho que mostra a maneira como

as várias partes de um dispositivo, rede, instalação, grupo de

aparelhos ou itens de um aparelho são interrelacionados e/ou

interconectados. É a representação de uma instalação elétrica

ou parte dela por meio de símbolos gráficos, definidos nas

normas NBR 5259, NBR 5280, NBR 5444, NBR 12519, NBR

12520 e NBR 12523.

Diagrama de comando

O diagrama de comando faz a representação esquemática dos

circuitos elétricos. Ele mostra os seguintes aspectos:

. funcionamento seqüencial dos circuitos;

. representação dos elementos, suas funções e as interliga-

ções, conforme as normas estabelecidas;"""

Page 45: Apostila SENAI - Eletricista

~---

visão analítica das partes ou do conjunto;

possibilidade de rápida localização física dos componentes

Para que o profissional da área eletroeletrônica possa "ler" o

esquema, ele tem que saber reconhecer os símbolos e os

modos de dispô-Ias dentro do esquema.

Essas informações estão padronizadas por normas técnicas que

estabelecem a maneira pela qual devem ser elaborados os

desenhos técnicos para a eletroeletrônica.

Tipos de diagramasOs diagramas podem ser:

. multifilar completo (ou tradicional),

. funcional, e

. de execução.

o diagrama multifilar completo (ou tradicional) representa o

circuito elétrico da forma como é montado e no qual todos os

elementos componentes e todas as ligações dos circuitos são

representados por símbolos gráficos. Esse ~ipo de diagrama é

difícil de ser interpretado e elaborado, principatmente quando os

circuitos a serem representados são complexos. Veja exemplo a

seguir.

- K1

Page 46: Apostila SENAI - Eletricista

Em razão das dificuldades de interpretação desse tipo de

diagrama, os três elementos básicos dos diagramas, ou seja, os

caminhos da corrente, os elementos e suas funções e a seqüên-

cia funcional são separados em duas partes representadas por

diagramas diferentes.

o diagrama simplificado no qual os aspectos básicos são

representados de forma prática e de fácil compreensão é

chamado de diagrama funcional. Veja exemplo na ilustração a

seguir.""'

2 - OOH Z 'r2f)V

li

F'

" 1.2-F22

1""\

A representação, a identificação e a localização física dos

elementos tornam-se facilmente compreensíveis com o diagra-

ma de execução (ou de disposição) mostrado a seguir.

G00 ~F

K2

r-', BORNES.c:Jr

'"'

Page 47: Apostila SENAI - Eletricista

Símbolos literaisDe acordo com a norma NBR 5280 de abril de 1983, símbolos

literais para elementos de circuitos são representações em

forma de uma letra maiúscula inicial, podendo ser seguida por

números, outras letras ou combinações alfanuméricas paraparticularizar cada elemento do circuito. .

Exemplos:. PVI - voltímetro para tensões de O mV - 10 mV

. PA3 - amperímetro para correntes de O mA - 100 mV

. R15 - resistor de 1 M .Q

Os símbolos literais têm a função de facilitar a identificação dos

elementos do circuito, ou seja, componentes, equipamentos,

conjuntos, subconjuntos, quando relacionados em uma lista de

materiais. Sua utilização ajuda na interpretação de esquemas e

diagramas de circuitos. Eles são uti1izados somente em projetos

novos.

A seguir são apresentados alguns exemplos de representação e

identificação de componentes.

Identificação por letras e números:

~iK8!A2

, A1

KBZI=:J:M

: A1

K2c=J\A2

Identificação por símbolos gráficos

~ :8

=e=b

a

êb

Os retângulos ou círculos representam os componentes e as

letras ou símbolos indicam um determinado contator e sua

função no circuito.

(~~'-I~ CONTATOR DE lK3AOO EMESTREl.A

Page 48: Apostila SENAI - Eletricista

Quando o contator é identificado por meio de letras, sua função

só é conhecida quando o diagrama de potência é analisado.

A seguir, está a tabela referente à norma da ABNT NBR 5280

que apresenta as letras maiúsculas iniciais para designar

elementos do circuito..--"""'

Letra Tipos de elementos Exemplos"

A Conjuntos, subconjuntos

Amplificadores com válvulas ou

transistores, amplificadores magné-

ticos faser, maser.""'

Sensores termoelétricos~ células

fotoelétricas, dinamômetros,

transdutores a cristal, microfones,

alto-falantes.

Transdutores de grandezas não-

elétricas, pára-elétricas e vice-B"'"'

versa.

c Caoacitores

Elementos binários, dispositivos de

atraso, dispositivos de memóriao,...

I Elementos combinatórios, linhas deIII atraso, elementos biestáveis,

monoestáveis, núcleo de memória,

fitas magnéticas de gravação.I"""'

Dispositivos luminosos, de aqueci-

mento ou outros não especificados

nesta tabela.

E Miscelânea.

/'"

Dispositivos de proteção. Fusfveis, pára-raios, dispositivos de

descar.Qa de sobre-tensão.

I""F"

Geradores rotativos, conversares

: de freqüência rotativos, baterias,

fontes de alimentação, osciladores.

G Geradores, fontes de alimentação

H

K

Dispositivos de sinalização , Indicadores óticos e acústicos

L

Relés, contatores.

Indutores.

MotoresM

dispositivos de medição, integra-

dores, indicadores, geradores de

sinal, relógios,

p Equipamento de medição e ensaio

Dispositivos mecânicos de conexão

I para circuitos de potência.Q Abridor, isolador.

"'"'"

I'"

Page 49: Apostila SENAI - Eletricista

Resistores ajustáveis, potenciô-

metros reostatos, derivadores

(shunts), termistores.

R Resistores

Chaves de controle, "push buttons"

chaves limitadoras, chaves seleto-I! ras, seletores.

s Seletores, chaves

Transformadores de tensão, de

corrente.T Transformadores

I Discriminadores, demoduladores,

codificadores, inversores, converso-Moduladoresures.

Válvulas, tubos de descarga de

gás, diodos, transistores, tirístores

"Jumpers", cabos, guias de onda,

acopladores direcionais, dipolos,

antenas parabólicas.

v Válvulas, semicondutores.

Elemento de transmissão, guias de

onda, antenas.w

Tomadas macho e fêmea, pontos

! de prova, quadro de terminais,

barra de terminais.

x Terminais, plugues, soquetes.

Válvulas pneumáticas, freios, em-i

breaÇJens.

Dispositivos mecânicos operados

eletricamentey

Filtros a cristal, circuitos de balan-

ceamento, compressores expanso-sares ("compandors").

Transformadores híbridos, ~qua-

lizadores, limitadores, cargas de

terminacão

z

Identificação de bornes de bobinas e contatos

As bobinas têm os bornes indicados pejas letras a e b, como

mostram os exemplos a seguir.

a

(:)b

AIr '

-ra;

a/'~-( '

Page 50: Apostila SENAI - Eletricista

--~

r-

~

~

"'"

r,

,

'"""'

Nos contatores e relés, os contatos são identificados por núme-

ros que indicam:. função - contatos abridores e fechadores do circuito de força

ou de comando; contatos de relés temporizados ou relés

térmicos;. posição - entrada ou saída e a posição física dos contatores.

Nos diagramas funcionais, essa indicação é acompanhada

da indicação do contator ou elemento correspondente.

~

"'"

.---

No esquema a s~uir são mostradas as identificações de função

e posição dos contatos.

r-

"'"

"'""

--r

ENTRADAS DOS CONTATOS FECHADORES DE FORÇA

t; DEZENAS INDICAM POSIÇÃo DOS CONTATOS

NÚMERO 1 (UNIDADE) INDICA ENTRADADE CONTATO ABRIOORI! NÚMERO 3 (UNIDADE) IND~ EN1F.ADA: DE CONTATO FECHADOR-

, ~. .1 3 5 (j)3 ~ 3(j) 4(:1)

~1

~I"'"'

1"'\

NÚMERO 4 (UNIDADE) INDICA sAlDADE CONTATO FECHAOOR/"'

r NOMERO 2 (UNIDADE) INDICA sAlDADE CONTATO ABAIOOR

I"'"

""'"

sAlDAS DOS CONTATOS FECHAOORES DE FORÇAr-

,...,

Simbologia dos componentes de um circuito~

""

r-

,.-;

Por facilitar a elaboração de esquemas ou diagramas elétricos,

criou-se uma simbologia para representar graficamente cada

componente num circuito elétrico.

r-

'"""

'"""'

,...,-r-

1""'\

I""

"""'

Page 51: Apostila SENAI - Eletricista

~-

I""

"""'

Motores trifásicos de CA

--/"'

"-"'""

,.-.,. .

--~ maior palie da energia elétrica produzida é distribuída em corrente alternada

(CA), o que justifica o largo emprego dos motores de CA."""'

A construção mecânica dos motores de CA é mais simples que a dos rt:1°tores deCC. Por isso, eles são mais comumente usados na indústria.

Neste capítulo estudaremos a estrutura, os tipos e as características de funciona-

mento dos motores trifásicos de corrente alternada.

Para isso é necessário que você tenha conhecimentos anteriores sobre magne-tismo e eletromagnetismo, indução eletromagnética e corrente alternada.

~

Motores trifásicos de CA",",'

I""' Os motores trifásicos de CA são menos complexos que os motores de CC. Alémdisso, a inexistência de contatos móveis em sua estrutura garante seu funcionamen-to por um grande período, sem a necessidade de manutenção.

"

r-."""'

A velocidade dos motores de CA é determinada pela freqüência da fonte de ali-mentação, o que propicia excelentes condições para seu funcionamento a velocida-des constantes.

Os motores trifásicos de CA funcionam sob o mesmo princípio dos motores

monofásicos, ou seja, sob a ação de um can")po magnético rotativo gerado no estator,

provocando com isto uma força magnética no rotor. Esses dois campos magnéticos

agem de modo conjugado, obrigando o rotor a girar.

"""

,

Tipos de motores trifásicos de CA

~

Os motores trifásicos de CA são de dois tipos: motores assíncronos (ou de indução)

e motores síncronos.-I""'

,..,

Page 52: Apostila SENAI - Eletricista

Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

Motor assíncrono de CA

o motor assíncrono de CA é o mais empregado por ser de construção simples,resistente e de baixo custo. O rotor desse tipo de motor possu,i uma parte auto-sufici-ente que não necessita de conexões externas.

Esse motor também é conhecido comomotor de indução, porque as correntes de CAsão induzidas no circui~o do rotor pelo campomagnético rotativo do éstator. (Fig. 10.1)

No estator do motor assíncrono de CA es-tão alojados três enrolamentos referentes àstrês fases. Estes três enrolamentos estãomontados com uma defasagem de 120°,

o rotor é constituído por um cilindro de cha-pas em cuja periferia existem ranhuras ondeo enrolamento rotórico é alojado. (Fig. 10.2)Fig. 10.1

Funcionamento - Quando a correntealternada trifásica é aplicada aosenrolamentos do estator do motorassíncrono de CA, produz-se um cam-po magnético rotativo (campo girante).

A figura 10.3 mostra a ligação inter-na de um estator trifásico em que ~s bo-binas (fases) estão defasadas em 1200e ligadas em triângulo. Fig.10.2

A-C1

C-Bt

B-A1

Fig. 10.3

o campo magnético gerado por uma bobina depende da corrente que no mo-mento circula por ela. Se a corrente for nula, não haverá formação de campo magné-tico; se ela for máxima, o campo magnético também será máximo."

Page 53: Apostila SENAI - Eletricista

Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas""

"'"'

Como as correntes nos três enrolamentos estão com uma defasagem de 120°, os

três campos magnéticos apresentam também a mesma defasagem.

Os três campos magnéticos individuais combinam-se e disso resulta um campoúnico cuja posição varia com o tempo. Esse campo único, giratório, é que vai agir

sobre o rotor e provocar seu movimento./'

/'

o esquema a seguir mostra como agem as três correntes para produzir o campo

magnético rotativo num motor trifásico. (~ig. 10.4)f""-,

,

--

/"'-

"""

,,-

1"'\

"'""

I""Fig. 10.4

~

No esquema vemos que no instante 1, o valor da corrente A é nulo e, portanto,não há formação de campo magnético. Isto é representado pelo O (zero) colocado no

pólo do estator.,..

As correntes B e C possuem valores iguais, porém sentidos opostos.

Como resultante, forma-se no estator, no instante 1, um campo único direcionado

no sentido N -7 S.

No instante 2, os valores das correntes se alteram. O valor de C é nulo. A e B têmvalores iguais, mas A é positivo e B é negativo.

o campo resultante desloca-se em 60° em relação à sua posição anterior.r..

Quando um momento intermediário (d) é analisado, vemos que nesse instante ascorrentes C e A têm valores iguais e o mesmo sentido positivo. A corrente B, por suavez, tem valor máximo e sentido negativo. Como resultado, a direção do campo ficanuma posição intermediária entre as posições dos momentos 1 e 2. (Fig. 10.5)

r-

, ,

Page 54: Apostila SENAI - Eletricista

Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

Se analisarmos, em todos os instantes, a situação dacorrente durante um ciclo completo, verificaremos que ocampo magnético gira em tomo de si. A velocidade decampo relaciona-se com a freqüência das correntes con-forme já foi demonstrado. .

Tipos de motores assíncronos

Os motores assíncronos diferenciam-se pelo tipo deenrolamento do rotor. Assim, temos: .

. motor com rotor em gaiola de esquilo;

. motor de fotor bobinado.

Motor com rotor em gaiola de esquilo

o motor com rotor em gaiola de esquilo tem um rotorconstituído por barras de cobre ou de alumínio colocadasnas ranhuras do rotor. As extremidades são unidas porum anel também de cobre ou de alumínio. (Figo 10.6)

Fig. 10.5

Entre o núcleo de ferro e o enrolamento debarras não há necessidade de isolação, poisas tensões induzidas nas barras do rotor sãomuito baixas.

'"

Esse tipo de motor apresenta as seguintescaracterísticas:

. velocidade que varia de 3 a 5% à vazioaté a plena carga; '"--'

. ausência de controle de velocidade; Fig. 10.6

. possibilidade de ter duas ou mais velocidades fixas;

. baixa ou média capacidade de arranque, dependendo do tipo de gaiola de es-

quilo do rotor (simples ou dupla).

.Esses motores são usados para situações que não exigem velocidade variável e

que possam partir com carga. Por isso são usados em moinhos, ventiladores, pren-sas e bombas centrífugas, por exemplo.

c1No funcionamento do motor com rotor em

gaiola de esquilo, o rotor, fon11ado por condu-tores de cobre, é submetido ao campo mag-nético giratório, já explicado anteriormente.Como conseqüência, nesses condutores (bar-ras da gaiola de esquilo) circulam correntesinduzidas, devido ao movimento do campomagnético. (Fig. 10.7) .

-I- - -=. -=. ~.-='- -~

---.-- ----. --- -

- --- --

ti

Fig.10.7

Page 55: Apostila SENAI - Eletricista

.-

Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas,

Segundo a Lei de Lenz, as correntes induzidas tendem a se opor às variações docampo original. Por esse motivo, as correntes induzidas que circulam nos condutoresformam um campo magnético de oposição ao campo girante.

,"",

'"""'..

/'"'.

/' Como o rotor é suspenso por mancais no centro do estator, ele girará juntamentecom o campo girante e tenderá a acompanhá-lo com a mesma velocidade. Contudo,isso não acontece, pois o rotor permanece em velocidade menor que a do campo

girante.

,-

"""'

~--

Se o rotor alcançasse a velocidade do campo magnético do estator, não haveriasobre ele tensão induzida, o que o levaria a parar.

~

Na verdade, é a diferença entre as velocidades do campo magnético do rotor e ado campo do estator que movimenta o rotor. Essa diferença recebe o nome deescorregamento e é dada percentualmente por:

VS-VRVs

""" s= .100,.-.-

Onde, ,

Vs é a velocidade de sincronismo

I"'--VR é a velocidade real do rotor

"'"'

,.' Quando a carga do motor é aumentada, ele tende a diminuir a rotaçào e a aumen-

tar o escorregamento. Conseqüentemente, aumenta a corrente induzida nas barras

da gaiola de esquilo e o conjugado do motor.

~

~

Desse modo, o conjugado do motor é determinado pela diferença entre a veloci-dade do campo girante e a do rotor.

'"'"

Motor de rotor bobinado

o motor com rotor bobinado trabalha em rede de corrente alternada trifásica. Per-

mite um arranque vigoroso com pequena corrente de partida.

~ Ele é indicado quando se necessita de partida com carga e variação de velocida-de, como é o caso de compressores, transportadores, guindastes e pontes rolantes.""""'

r-

o motor de rotor bobinado é composto por um estator e um ,rotor."""'

r o estator é semelhante ao dos motores trifásicos já estudados. Apresenta o mes-

mo tipo de enrolamentos, ligações e distribuição que os estatores de induzido emcurto. (Fig. 10.8) .

,--

I'"'

I""'

r'

-..

Page 56: Apostila SENAI - Eletricista

ç

3.::::;.

~~:::~-;::;:J ~

Figo 10.8

o rotor bobinado usa enrolamentos de fios de cobre nas ranhuras, tal como oestator.

o enrolamento é colocado no rotor com uma

defasagem de 12°C, e seus terminais são

ligados a anéis coletores nos quais, através das

escovas, tem-se acesso ao enrolamento.

(Fig. 10.9)

'"Ao enrolamento do roto r bobinado deve ser

ligado um reostato (reostato de partida) que per-

mitirá regular a corrente nele induzida. Isso tor-

na possível a partida sem grandes picos de

corrente e possibilita a variação de velocidade

dentro de certos limites.

~~

,-nI ~

o motor trifásico de rotor bobinado é reco-dmendado nos casos em que se necessita de

partidas a plena carga. Sua corrente de partidaapresenta ba1xa intensidade: apenas uma veze meia o valor da corrente nominal.

Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas

,

'\ ,,'" ",_~~L~

-::-:7""!7- -

Fig.10.9

- - --

O reostato de partida é composto de trêsresistores variáveis, conjugados por meio deuma ponte que liga os resistores em estrela,em qualquer posição de seu curso. (Fig. 10.10) r---

II '.

I '""I~ '

~ I:~O

I: '"" "

L.--':

'"

.J

Fig.10.10

É também usado em trabalhos que exigem variação de velocidade, pois o

enrolamento existente no rotor, ao fazer variar a intensidade da corrente que percorre

o induzido, faz variar a velocidade do motor.

Ji,"

Page 57: Apostila SENAI - Eletricista

Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

Deve-se lembrar, porém, que o motor de rotor bobinado é mais caro que os outros

devido ao elevado custo de seus enrolamentos e ao sistema de conexão das bobi-

nas do roto r, tais como: anéis, escovas, porta-escovas, reostato.

Em pleno regime de marcha, o motor de rotor bobinado apresenta um deslizamento

maior que os motores comuns.

É importante saber que há uma relação entre o enrolamento do estator e o dorotor. Essa relação é de 3: 1 , ou seja, se a tensão do estator for 220V, a do rotor emvazio será de 220 + 3, ou 73V aproximadamente."..

A mesma relação pode ser aplicada às intensidades da corrente. Se a intensida-de no estator for 1CA, o rotor será percorrido por uma corrente de 1 C . 3 ::: 30A.

Conseqüentemente, a seção do fio do enrolamento deve ser calculada para essa

corrente. Por isso, os enrolamentos dos induzidos têm fios de maior seção que os do

indutor.

ObservaçãoÉ importante verificar na plaqueta do motor ascorrentes do estator e do rotor.

Funcionamento - O princípio de funcionamento do motor com rotor bobinado é o

mesmo que o do motor com rotor em gaiola de esquilo.

A única diferença é que a resistência do enrolamento do rotor bobinado pode ser

alterada, pois esse tipo de rotor é fechado em curto na parte externa, através de

reostatos. Isso permite o controle sobre o valor da corrente que circula no enrolamento

do rotor e, portanto, a variação de velocidade, dentro de certos limites, mantém o

conjugado constante.

"""

Em resumo, pode-se dizer que, para a formação de um campo girante homogê-neo, devem existir duas condições:

. o estator deve ser dotado de três bobinas deslocada entre si de 120°;

. nas três bobinas do estator devem circular três correntes alternadas senoidais

defasadas em 120°, ou seja, 1/3 do período.

Na figura 10.11, vemos que o campo magnético no estator gira em sentido horá-rio, porque as três correntes alternadas tomam-se ativas, seqüencialmente, nos trêsenrolamentos do estator, também em sentido horário.

Page 58: Apostila SENAI - Eletricista

Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas

'"

-CI

Figo 10.11

Se inver1ermos a seqüência de fase nos enrolamentos do estator, por meio dedois terminais de ligação, o campo gira em sentido contrário, isto é, em sentido anti-horário.

É desta maneira que se inverte o sentido de rotação do campo girante e, conse-qüentemente, a rotação dos motores trifásicos.

Para determinar a velocidade de rotação do campo girante, é necessário estabe-lecer a relação entre freqüência (f) e o número de pares de pólos (p) pela seguintefórmula:

n = (rpm)f.60

P

Motor síncrono de CA

o motor síncrono de CA apresenta a mesma construção de um alternador, eambos têm o rotor alimentado por CC. A diferença é que o alternador recebe energiamecânica no eixo e produz CA no estator; o motor síncrono, por outro lado, recebeenergia elétrica trifásica CA no estator e fornece energia mecânica ao eixo.

Esse tipo de motor apresenta as seguintes características:. velocidade constante (síncrona);

. velocidade dependente da freqüência da rede;

. baixa capacidade de arranque.

Por essas características, o motor síncrono é usado quando é necessária umavelocidade constante.

Funcionamento - A energia elétrica de CA no estator cria o campo magnético rotativo,

enquanto o roto r, alimentado com CC, age como um ímã.

Page 59: Apostila SENAI - Eletricista

Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

,,-

Um ímã suspenso num campo magnético gira até ficar paralelo ao campo. Quan-

do o campo magnético gira, o ímã gira com ele. Se o campo rotativo for intenso, a

força sobre o rotor também o será. Ao se manter alinhado ao campo magnético rotativo,

o rotor pode girar uma carga acoplada ao seu eixo. (Fig. 10.12)I'""

~

.-

I""'

/"I

---

"'""

~

"""

Fig. 10.12

~

rQuando parado, o motor síncrono não pode partir com aplicação direta de corren-

te CA trifásica no estator, o que é uma desvantagem. De modo geral, a partida é feita

como a do motor de indução (ou assíncrono). Isso porque o rotor do motor síncrono

é constituído, além do enrolamento normal, por um enrolamento em gaiola de esqui-

lo.

Ligação dos motores trifásicos"...

Como já foi estudado, o motor trifásico tem as bobinas distribuídas no estator e

ligadas de modo a formar três circuitos distintos, chamados de fases de enrolamento.

~

r

Essas fases são interligadas formando ligações em estrela (Y) ou em triângulo(~), para o acoplamento a uma rede trifásica. Para isso, deve-se levar em conta atensão que irão operar.

r

Na ligação em estrela, o final das fases se fecha em si, e o início se liga à rede.(Fig. 10.13) .

r

Page 60: Apostila SENAI - Eletricista

Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

Na ligação em triângulo, o início de uma fase é fechado com o final da outra, eessa junção é ligada à rede. (Fig. 10.14)

Os motores trifásicos podem dispor de3, 6, 9 ou 12 terminais para a ligação doestator à rede elétrica. Assim, eles podem

operar em uma, duas, três ou quatro ten-sões, respectivamente. Todavia, é mais co-mum encontrar motores com 6 e 12 termi-nais.

R1

52

T3

R

T SOs motores trifásicos com 6 terminais só

podem ser ligados em duas tensões uma a

.J 3 maior do que a outra. Por exemplo:

220/380V ou 440/760V.

Fig.10.14

Esses motores são ligados em triângulo na menor tensão e, em estrela, na maiortensão.

A figura 10.15 mostra uma placa de ligação desse tipo de motor.

y

@--@-{V

CfR

~s G(T

Fig. 10.15

Os motores com 12 terminais, por sua vez, têm possibilidade de ligação em qua-tro tensões: 220V. 380V. 440V e 760V.

Page 61: Apostila SENAI - Eletricista

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1I r ,

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1"\ I

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~

-""-

~

Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

~~

A ligação à rede elétrica é feita da seguinte maneira:

~

M para 220V

YY para 380

~

~ para 440V

Y para 760."..

Veja a representação da placa de ligação desse tipo de motor. (Fig. 10.16),.-.,

PlACA. DE ~

~

2 3--

~~

5

~

7

6,

~

,

7'"' Fig. 10.16""'

r Padronização da tensão e da dimensão dos motores trifásicos assíncronos esíncronos1"'

I""Os motores trifásicos são fabricados com diferentes potências e velocidades para

as tensões padronizadas da rede, ou seja, 220V, 380V, 440V e 760V, nas freqüênci-as de 50 e 60Hz.

-"'"

r/""" No que se refere às dimensões, os fabricantes seguem as normas NEMA, IEC e

da ABNT.r ,

1"\

~

-,/""

~

/'

"""

I"""'

---

r'"""

I""

r../"'

"'""-

8

911

9

912

Page 62: Apostila SENAI - Eletricista

~~II'::_II~~s escovas são responsáveis pelo contato elétrico entre a parte fixa (carcaça) e

a parte móvel (induzido ou armadura) da máquina.

o bom funcionamento da máquina depende da qualidade desse contato e esse,por sua vez, depende do perfeito ajuste das escovas sobre o coletor.

""-

Quando há n~cessidade de substituição das escovas, por exemplo, são necessá-rios alguns ajustes.

Assim, neste capítulo, estudaremos a escova, o porta-escovas, o coletor e osajustes que se fazem nesse conjunto.

A escova

A escova é uma peça que estabe-lece o contato elétrico deslizante en-tre uma parte fixa e uma parte móveldas máquinas elétricas giratórias.

(Fig.7.1)

Essa peça é fabricada com uma mis-tura de pó de carvão e grafite. Em al-guns casos, junta-se também pó de co-bre. Fig.7.1

Para assegurar um bom funcionamento da máquina com um mínimo de desgas-

te, deve-se levar em consideração a resistência elétrica, a dureza e a abrasividade

das escovas.

Tipos de escovas

As escovas são classificadas de acordo com a mistura empregada em sua fabri-cação. Assim, temos: .

Page 63: Apostila SENAI - Eletricista

-~

~-Eletricista de manutenção- Máquinas elétricas,.,

. escovas à base de carvão;

. escovas com agregado de pó de cobre;

. escovas à base de grafite.

As escovas à base de carvão são compostas por uma mistura de carvão (emmaior proporção) e de grafite. São usadas em máquinas de corrente contínua paratensões entre 11 O e 440V.

~

As escovas com agregado de pó de cobre são compostas por uma mistura de

carvão e grafite, à qual se agrega o pó de cobre. Isso é feito para diminuir a resistên-

cia elétrica das escovas e aumenta sua capacidade de condução de corrente.

.-

"'"

Esse tipo de escova é empregado geralmente em máquinas de baixa tensão,como, por exemplo, os motores de arranque para automóveis.

As escovas à base de grafite são fabricadas a partir de uma mistura de carvão egrafite, com uma proporção maior de grafite.

Essas escovas têm pouca resistência elétrica e melhores características lubrifi-cantes. Dessa forma, elas diminuem o desgaste do coletor.

""'"

Para selecionar o tipo mais adequado de escova a ser empregado, deve-se levar

em conta os seguintes aspectos:. a corrente que ela pode conduzir;

. a velocidade do coleto r;

. a pressão do contato;

. a resistência elétrica.

.--

Manutenção

o cuidado com as escovas deve constar da verificação periódica das seguintes

~~

/'"

Além disso, deve-se também eliminar graxa, pó e óleo aderidos às escovas.

,.-

---

/.

I""'

""'

condições:. superfície de contato;. pressão da mola;. conexão elétrica;. desgaste natural.

Page 64: Apostila SENAI - Eletricista

Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

---

~

o porta-escovas

o porta-escovas é o elemento que mantém as escovas firmemente seguras nasua posição correta em relação ao coletor. Ele é usado em todos os tipos de máqui-nas giratórias cujo induzido tenha coletor.

o por1a~escovas é constituído por uma caixa onde estão alojadas uma ou maisescovas e uma mola ou lâmina curvada que pressiona as escovas, mantendo-as emcontato CO(T1 o coletar. É fabricado de latão, cobre, baquelite ou plástlco. (Fig. 7.2)

~

~

"'"

Fig.7.2

Existem várias formas de polia-escovas, segundo o tipo de máquina e de corren-te que circula por essa máquina.

Tipos de porta-escovas -Os porta-escovas podem ser:. fixo (Fig. 7.3);

. regulável. (Fig. 7.4)

Page 65: Apostila SENAI - Eletricista

Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas

Nas máquinas grandes, os porta-escovas são montados e isolados sobre umanelou coroa. A coroa, por sua vez, é montada na parte inferior de uma das tampas.Desse modo, os porta-escovas podem se ajustar sobre os passadores no sentidolateral e no sentido vertical. (Fig. 7.5 e 7.6)

,4 ~

~"'"\/,"'\ "..-

~

Fig.7.5

Manutenção

Ao se fazer a manutenção, além da limpeza de poeira ou de graxa, é necessário

verificar o estado da caixa, do suporte, dos parafusos e rebites e do isolamento elétri-

co com relação à massa da máquina.

o coletor

o coletor é uma peça metálica, de formato circular, utilizado em todos os rotores

bobinados. Serve para ligar eletricamente, através das escovas, o bobinado móveldo rotor com os bobinados e/ou circuitos extemos.

Tipos de coletores

Os coletores podem ser classificados de duas maneiras: quanto à construção e

quanto ao formato.

~

Quanto à construção, os coletores podem ser de anéis ou laminados.

Os coletores de anéis são formados por dois ou três anéis, isolados entre si emontados sobre o eixo da máquina, da qual estão eletricamente isolados. (Fig. 7.7)

Page 66: Apostila SENAI - Eletricista

'-"~

""'

~

Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas

~,

-Os coletores laminados são formados por diversas lâminas de cobre, isolados

entre si e do eixo do induzido. São construídos montando-se certo número de lâmi-nas e igual número de segmentos de mica sobre uma bucha de ferro formada por umconjunto com dois anéis frontais. (Fig. 7.8)

LÃMINA BUCHA

j:-::-~--= /

~

~~~,

ANÉIS FRONTAIS

-"""""

'""'

SEGMENTO DE MICAFig.7.8

~I'-.A lâmina é de seção transversal, em forma de cunha, com dois entalhes em V nas

extremidades (formato de cauda de andorinha). Os anéis frontais encaixam-se nes-ses dois entalhes. (Fig. 7.9)

RANHURA

~'-'-

CAUDA DE ANDORINHAFig, 7.9

Page 67: Apostila SENAI - Eletricista

Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas

RANHURA Nas máquinas de pequena potência, as cone-xões entre as lâminas e as pontas das bobinas sãofeitas através da soldagem do condutor diretamen-te no entalhe existente na cabeça da lâmina. (Fig.

7.10)

/'"""

-- CABEÇA

""

~

/"-"" /

/ Nas máquinas de maior potência, as lâminas têmsuportes de metal rígido, nos quais são soldadas aspontas dos bobinados. (Fig'. 7.11)

/" Fig. 7.10.,/"""

Os segmentos isolantes são feitos de mica,

intercalados entre as lâminas.

Os anéis frontais são de ferro, isolados comarruelas cônicas de mica ou micanite. A buchaou casquilho é de ferro.

As características de um coletor são dadas

pelo diâmetro externo, pelo diâmetro do ferro in-

terno, pelo tamanho e quantidade das lâminas,

pelo formato de suas cabeças e também pelo

tipo de isolamento que comumente é feito com

mica, baquelite ou outro isolante.

Quanto ao formato, os coletores podem ser de dois

tipos: tambor axial e frontal radial.

Os coletores de tipo tambor axial formam a maioriados coletores laminados. (Fig. 7.12)

Os coletores do tipo frontal radial são usados nos

motores de repulsão indução e também nos motores de

ferramentas portáteis, em motores de limpadores de

pára-brisas e em qualquer máquina na qual o espaço

ocupado pelo coleto r é importante.

Manutenção

A superfície do coletor, onde estão assentadas as escovas, deve estar lisa ecentrada em relação ao eixo do rotor.

Os isolamentos de mica estão geralmente abaixo das lâminas, e as ranhurasdevem estar livres de pó de carvão, para que cada lâmina fique eletricamente isoladadas demais. .

Page 68: Apostila SENAI - Eletricista

Eletricista de manutenção. Máquinas elétricas

Os coletores devem ser mantidos limpos, livres de óleo, graxa e umidade, para

evitar arcos elétricos prejudiciais.

Periodicamente, é necessário polir as superfícies do coletor com lixa bem fina.

Quando essas superfícies apresentarem riscos, afundamentos ou estiverem ova-

lados, deve-se retificar o coleto r no torno mecânico.

Teste do conjunto e circuito entre lâminas

Esse tipo de teste deve ser realizado de acordo com a tensão da máquina onde

está colocado o coletor.

Nas máquinas de 6, 12, ou 24 volts, o teste é realizado através de uma lâmpada

em série com uma tensão duas ou três vezes o valor dessa tensão. Essa recomen-

dação vale tanto para o teste entre as lâminas quanto para a prova entre as lâminas

e a massa.

Para máquinas de maior tensão, como as de 220 volts, o teste entre coletor, con-

junto e lâminas é realizado com uma lâmpada em série de pouca potência, como a

de 25 watts. Esta lâmpada é usada para evitar a passagem de correntes altas e a

formação de arcos elétricos prejudiciais.

Ajustes das escovas

""Para fazer o ajuste das escovas, deve-se:

. colocar a escova no porta-escova;

. colocar uma lixa entre o coletor e a esco-

va, com a face áspera voltada para a escova;

. fixar a mola, dando a necessária pressão

à escova;

. lixar a escova, puxando a lixa no sentido

da rotação do induzido, forçando a escova com

a mão. O trabalho deve ser iniciado com lixa

grossa e terminado com lixa fina, para que a

superfície de contato da escova fique o mais

lisa possível; (Fig. 7.13)

. limpar a escova, o porta-escova e o coletor;

. ajustar a pressão da mola, verificando se

a escova desliza levemente no porta-escova;

Page 69: Apostila SENAI - Eletricista

~

1"'\

~

Eletricista de manutenção - Máquinas elétricas-""'

. montar a mola e prender um

dinamômetro no carvão;

. colocar um papel entre a escova e o

coletor;. para verificar a força da pressão da mola,

puxar o papel e fazer a leitura do dínamômetrono momento em que o papel começar a semovimentar. A pressão da mola deve ser de150 gramas por centímetro quadrado de es-cova (Fig. 7.14);

. colocar o rotor com os lados da bobina

marcados no ponto central dos pólos auxilia-

res;

~

.-

~r~

~

?'

"""'

,,-:,

"

r-

""

. afrouxar o colar de fixação do porta-es-

cova e deslocar o conjunto até que uma das

escovas toque as duas barras do coletor onde

são ligadas as pontas da bobina condensada.

Figo 7.14

r"

"'""

,

Observação~

r-Nas máquinas sem pólos auxiliares, o

posicionamento das escovas em relação ao

coletor (calagem) é feito um pouco avançado no

sentido da rotação para os geradores e atrasado

para os motores. Nessas máquinas, geralmente,

há uma marca no colar do porta-escova, indican-

do a posição exata da calagem.

f"'\

r

,-...-"""

;-..

Nem sempre a lâmina do coletor fica no centro

geométrico da bobina. Quando a escova é mal

calada, produz-se um intenso faiscamento no

coletor.

f"

/"'

f'""

r/"'

..-

r-r,

r""'

-'"

'"

/""+

Page 70: Apostila SENAI - Eletricista

Sistemas de partida de motorestrifásicos

,

;...

"

-,

rOs motores trifásicos podem fazer uso de diversos sistemas de

partida. A escolha de cada um depende das condições exigidas

pela rede, das características da carga e da potência do motor.

~

Para iniciar o estudo dos comandos das .máquinas elétricas,

veremos neste capítulo os tipos e os sistemas de partida para

motores trifásicos.

,-.

Para isso, é necessário que você domine os conceitos sobre

corrente alternada, transformadores e ligações estrela e triângu-

lo.

~

Conjugado ou momento

r Conjugado, ou momento, é o conjunto de forças (binário) produ-

zido pelo eixo do rotor que provoca o movimento de rotação.

r-

~

o conjugado não é constante do momento da partida até que a

velocidade nominal seja alcançada. Essa variação chama-se

curva de conjugado, cujos valores são expressos em porcenta-

gem em relação ao conjugado nominal, ou seja, com relação ao

conjugado na velocidade a plena carga./"

rCada motor tem sua própria curva de conjugado. Essa curva

varia com a potência e a velocidade do motor. Assim, em

motores de velocidade e potência iguais, mas de fabricantes

diferentes, geralmente a curva do conjugado é diferente.,

r'

~

~

-

Page 71: Apostila SENAI - Eletricista

o conjugado pode ser calculado pela fórmula:

M = 9.55'~(em newton/ metro)n

~

Nessa igualdade, M é o momento ou conjugado; P é a potência;

n é a rotação.~

A curva típica do conjugado motor (CCM) é mostrado a seguir. ~-/,-,

Cma. CURVA DE CONJUGADO 00 r~OTOR~~--""'\ (C C M )

i~'-,CP Crrw"

~.8<:(:);;;

8"""

I

0' ,-,'-'"-

"""-'~

Para a carga, temos a curva do conjugado resistente (CCR), que

varia segundo o tipo de carga.""'"

, ,.~

--

i'""\-..I"-"'\-"'"""

Veja a seguir as curvas do conjugado resistente para algunstipos de carga:. conjugado resistente diminui com o aumento da velocidade

ct

CP>-..

"

. '

.. I: I = ~~- ! I

+ I -" i NN V

Page 72: Apostila SENAI - Eletricista

conjugado resistente se mantém constante com o aumento

da velocidade

.

c

CP'"

"""'

conjugado resistente aumenta com o aumento da velocidade.

r

~

A curva do conjugado motor (CCM) deve situar-se sempre acima

da curva do conjugado resistente (CCR), para garantir a partida

do motor e sua aceleração até a velocidade nominal.-.

-r

/"'

,

r,

r

~

""'

-

Page 73: Apostila SENAI - Eletricista

De modo geral, quanto mais alta a curva do conjugado do motor

"em relação ao conjugado resistente, melhor será o desempenho

do motor"

CURVA DE CONJUGADO 00 !"OTOR(CCM)

~oo.-:~:>

~u

Tipos de partida

Os motores podem ser submetidos à partida direta ou a diversas

modalidades de partida indireta que fornecerão curvas de

conjugados diferentes.

Assim, podemos escolher um tipo de partida mais adequado à

curva do conjugado da máquina, diminuindo a corrente de

partida do motor.

Partida direta

A par1ida direta é realizada por meio de chaves de par1ida direta

ou de contatores e se presta a motores trifásicos de rotor tipo

gaiola.

Nesse tipo de partida a plena tensão, o motor pode partir a plena

carga e com corrente se elevando de cinco a seis vezes o valor

da corrente nominal, conforme o tipo ou número de pólos do

motor.

o gráfico a seguir mostra a relação entre a rotação e o conjuga*

do e a corrente. A curva a mostra que a corrente de partida é

seis vezes o valor da corrente nominal. A curva b mostra que o

Page 74: Apostila SENAI - Eletricista

conjugado na partida atinge aproximadamente 1,5 vezes o valor

do conjugado nominal.

~~~~

I

OOTAÇÃO. % ~ NOMI~

Para cargas diferentes, as curvas características do motor

permanecem constantes, pois a carga não exerce influência no

comportamento do motor. A influência da carga se limita ao

tempo de aceleração do motor. Assim, se a carga colocada no

eixo do motor for grande, ele levará mais tempo para alcançar a

velocidade nominal.

o motor não atinge a rotação em duas situações:

. o conjugado de partida do motor é menor que o conjugado

de partida de carga;

. o conjugado mínimo do motor é menor que o conjugado da

carga na velocidade nominal;

~

Se uma situação dessas ocorrer, o motor terá o rotor travado e

poderá ser danificado se as altas correntes que circulam em seu

enrolamento não forem eliminadas.

Desvantagens da partida direta

A utilização da partida direta apresenta as seguintes desvanta-I"'"

gens:

aquecimento nos condutores da rede devido aos picos de

corrente;

elevada queda de tensão no sistema de alimentação da

rede, o que provoca interferência em equipamentos instala-

dos no sistema:

Page 75: Apostila SENAI - Eletricista

~

custo elevado devido à necessidade de superdimensiona-

mento do sistema de proteção (cabos e condutores).

Partida indiretaQuando não é possível o emprego da partida direta, deve-se

usar a partida indireta, cuja finalidade é reduzir o pico de corren-

te na partida do motor.

A redução do pico de corrente somente é possível se a tensão

de alimentação do motor for reduzida, ou se for alterada a

característica do motor, mudando as ligações dos seus termi-

nais.

A queda da corrente de partida é diretamente proporcional à

queda de tensão. E a queda do conjugado é diretamente pro-

porcional ao quadrado da relação entre a tensão aplicada e a

tensão nominal.

Partida por ligação estrela-triângulo

A partida por ligação estrela-triângulo é um tipo de partida

indireta. É usada quando a curva do conjugado do motor é

suficientemente elevada para poder garantir a aceleração da

máquina com a corrente reduzida. Isso acontece nos motores

para serras circulares, torno ou compressores que devem partir

com válvulas abertas.

Além disso, é necessário que o motor tenha a possibilidade de

ligação em dupla tensão (220/380 V, 380/660 V, ou 440n60 V) e

que tenha, no mínimo, seis bornes de ligação.

Page 76: Apostila SENAI - Eletricista

,-

""'"

o motor parte em dois estágios. No primeiro estágio, ele está

ligado em estrela e pronto para receber uma tensão .J3 vezes

maior que a tensão da rede. Com isso, a corrente que circulará

nos enrolamentos será três vezes menor, ou seja, será 1/3 da

corrente para a ligação triângulo (22 estágio).

~

""'

I""

,,",~

I

"""

/""'

~

--"'"

Assim, o conjugado e a corrente de partida serão, também,

reduzidos a 1/3 do valor.1'"\

r-

ObservaçãoComo a curva do conjugado reduz-se a 1/3 do valor, sempre que

se usar esse tipo de partida, deve-se empregar um motor comcurva de conjugado elevada.

r

""""

"""' No segundo estágio, o motor é ligado em triângulo. Isso aconte-

ce quando a rotação atinge cerca de 80% da rotação nominal.

~

""'" Essa comutação leva a um segundo pico de corrente, mas de

pouca intensidade, já que o motor está girando.rr

r

rI'""'

"""'

r

~

~-

Page 77: Apostila SENAI - Eletricista

Dessa forma, o motor parte em dois pequenos picos de corrente,

'ao invés de um pico de grande intensidade como na partida

direta.

VELOCIDADE

Vantagens da partida estrela-triângulo - As vantagens da partida

estrela-triângulo são:

. custo reduzido;

. ilimitado número de manobras;

. componentes de tamanho compacto;

. redução da corrente de partida para aproximadamente 1/3

da corrente de partida da ligação triângulo.

DesvantagensAs desvantagens da partida estrela-triângulo são:

. necessidade da existência de seis bornes ou terminais

acessíveis para a ligação da chave;. necessidade de coincidência da tensão da rede com a

tensão em triângulo do motor;, redução do momento de partida para 1/3 como conseqüên-

cia da redução da corrente de partida para 1/3;. pico de corrente na comutação quase correspondente a uma

partida direta caso o motor não atinja pelo menos 85% de

sua velocidade nominal. Como conseqüência, aparecem

problemas nos contatos dos contatores bem como na rede

elétrica.

Page 78: Apostila SENAI - Eletricista

"'""

""'"

r-..

r'

Em geral, esse tipo de partida só pode ser empregado em

partidas de máquinas em vazio, ou seja, sem carga. Somente

depois de o motor atingir 95% da rotação, a carga poderá ser

ligada.

,-.

"""Partida por autotransformadorEsse sistema de par1ida é usado para dar par1ida em motores

sob carga, como por exemplo, motores para calandras, bombas,

britadores.

""""

/"--

'"-"'

r-"""

I'-"

Ele reduz a corrente de partida e, por isso, evita a sobrecarga na

rede de alimentação, embora deixe o motor com um conjugado

suficiente para a partida e a aceleração.

A partida efetua-se em dois estágios. No primeiro, a alimentação

do motor é feita sob tensão reduzida por meio do autotransfor-

mador.I'"'

"""

"...Na partida, o pico de corrente e o conjugado são reduzidos

proporcionalmente ao quadrado da relação de transformação.

Conforme o "tap" do transformador, esta relação de transforma-

ção pode ser 65 ou 85%.

Desse modo, o conjugado do motor atinge, ainda no primeiro

estágio, maior velocidade do que a atingida no sistema de

ligação estrela-triângulo.

,

r-

-----~

No segundo estágio, decorrido o tempo inicial da partida, o

ponto neutro do autotransformador é aberto, o motor é ligado

sob plena tensão, retomando suas características nominais.I'"'

r-A tensão no motor é reduzida através dos "taps" de 65% ou de

80% do autotransformador.r\

/'""'

No "tap" de 65%, a corrente de linha é aproximadamente igual à

do sistema de partida estrela-triângulo. Entretanto, na passagem

da tensão reduzida para a plena tensão, o motor não é desliga-

do.

,

1'""'

1""'\

,

,...

/',

Page 79: Apostila SENAI - Eletricista

o segundo pico de corrente é bastante reduzido porque o

áutotransformador, por um curto período de tempo, se torna uma

reatância ligada em série com o motor.

Ao utilizar um autotransformador para um motor ligado a uma

rede 220 V e que absorva 100 A, observamos que:

. se o autotransformador for ligado no I'tap" de 65%, a tensão

aplicada nos bornes do motor será de: 0,65 . 220 = 143 V;

. com a tensão reduzida em 65%, a corrente nos bornes domotor também será reduzida de 65%, e será de: 0,65 . 100 A

=65A;. como o produto da tensão peta corrente na entrada do

autotransformador é igual ao produto da tensão pela corrente

na saída, a corrente na rede será de 42,25 A, conforme é

demonstrado a seguir:220 V . tE = 143 V . 65 A

IE=143V.65A"- =42,25 A220 V

conjugado no t'tap" de 65% será então de 42%, ou seja:

M=V2M = 0,65 . 0,65 = 0,42

Calculando da mesma maneira, encontraremos que o conjugado

no "tap" de 80% será de aproximadamente 64% do conjugadonominal, ou seja: M = 0,80 . 0,80 = 0,64

Vantagens da partida com autotransformador - As vantagens

desse tipo de par1ida são:

. corrente de linha semelhante à da partida estrela-triângulo

no "tap" de 65%;. possibilidade de variação do "tap" de 65% para 80% ou até

90% da tensão da rede.

DesvantagensAs desvantagens desse sistema de partida são as seguintes:

. limitação da freqüência de manobra;

. custo mais elevado quando comparado ao da partida estrela-

triângulo;

Page 80: Apostila SENAI - Eletricista

"

necessidade de quadros maiores devido ao tamanho do

autotransformador.

Partida por resistência rotóricaA partida por resistência rotórica (ou partida do motor com rotor

bobinado e reostato) pode ser feita, conforma o caso, em dois,

três, quatro ou mais estágios.

""

Em cada um desses casos, a partida é feita por diminuição

sucessiva de resistências previamente inseridas no circuito do

roto r, enquanto o estator permanece sob tensão plena. Isso é

feito por meio de um reostato externo conectado ao circuito

rotórico por meio de um conjunto de escovas e anéis deslizan-

teso

o pico de corrente e o conjugado de p~rtida são reguláveis em

função do número de estágios, ou à medida que a resistência do

reostato diminui.

/'

,-.

,--'

Esse sistema de partida é o que apresenta melhor resultado,

pois permite adaptar o conjugado durante a partida e os picos de

corrente correspondentes às necessidades da instalação.

"Durante a partida, a resistência rotórica adicional é mantida no

circuito para diminuir a corrente de partida e aumentar os

conjugados.'"

A resistência externa pode ser regulada de forma que o conju-

gado de partida seja igualou próximo do valor do conjugado

máximo.

,

,..-

r

Page 81: Apostila SENAI - Eletricista

À medida que a velocidade do motor aumenta, a resistência

éxterna é reduzida gradualmente.

Quando o motor atinge a velocidade nominal, a resistência

externa é totalmente retirada do circuito, o enrolamento rotórico

é curto-circuitado e o motor passa a funcionar como um motor

de gaiola.

o gráfico a seguir mostra os picos de corrente para uma partida

de motor com rotor bobinado em quatro estágios.

'"""'

..

I8LU

I

VEl.OC~

Partida de motores síncronos trifásicosOs rotores dos motores síncronos podem ser construídos

apenas com o enrolamento em que será aplicada a corrente

contínua.

Neste caso, o motor não é dotado de partida. Para funcionar,

necessita ser impulsionado até a velocidade próxima à do

sincronismo, ou seja, até o momento em que o estator seja

ligado à rede e que seja aplicada corrente contínua ao rotor.

Page 82: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Quase tudo que está à nossa volta é fruto do trabalho dos homens, desde a sua

criação até a sua execução. De manhã, ao tomarmos café com leite e comermos pão

com manteiga, nem sempre somos capazes de imaginar quantas pessoas

colaboraram com seu trabalho físico e intelectual para termos esses produtos. Graças

ao trabalho e à capacidade dessas pessoas, conseguimos viver com maior conforto e

saúde.

Também não somos capazes de imaginar sob que condições esse trabalho foi

realizado. Porém, isso é muito importante porque condições inseguras, insalubres ou

perigosas podem trazer ao trabalhador doenças profissionais que o tornarão incapaz

para uma vida produtiva.

Os princípios da ergonomia ajudam a estudar as condições sob as quais o trabalho é

realizado, melhorando o conhecimento sobre a atividade real do trabalhador e

detectando pontos de desequilíbrio entre o homem e seu posto de trabalho. Isso torna

poss{vel influir tanto na organização das tarefas quanto no ambiente em que elas são

realizadas, permitindo a atuação direta sobre suas conseqüências negativas como os

acidentes de trabalho, as doenças profissionais e do trabalho, a fadiga industrial.

Neste capítulo, estudaremos algumas noções sobre ergonomia e também formas de

organizar o trabalho de modo a obter maior produtividade com menos esforço, mais

segurança e mais eficácia.

r-

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia

Page 83: Apostila SENAI - Eletricista

I:'rática Profissional: Eletricidade Geral

o que é ergonomia

Ergonomia é o-conjunto de conhecimentos científicos relativos ao ser humano que

auxiliam na concepção de máquinas, instrumentos e dispositivos, de modo que ao

serem utilizados, proporcionem aos seus usuários o máximo de conforto, segurança e

eficácia.

Por exemplo: você já viu como funciona uma guilhotina manual que serve para cortar

chapas de aço? A haste de movimentação da guilhotina, que tem contato com as

mãos do trabalhador, deve ter um formato adequado, de modo a permitir que todos os

dedos nela se apoiem, conforme mostra a ilustração abaixo. Esse formato respeita a

anatomia das mãos, proporcionando conforto ao trabalhador.

(/

A ergonomia surgiu nos anos 40 com o objetivo de compreender o trabalho humano

em suas relações dentro dos contextos social e tecnológiclJ. Trata-se de uma área de

conhecimento que utiliza informações de diversas outras áreas como a engenharia, a

fisiologia, a psicologia, a medicina, a fisioterapia, a sociologia.

A ergonomia se classifica em:

. ergonomia do produto, que trata do design dos produtos a serem oferecidos no

mercado;. ergonomia de produção, que estuda o modo como os processos produtivos são

organizados.

A ergonomia de produção, por sua vez, pode ser subdividida em:

. ergonomia de concepção, que trata dos projetos de máquinas e equipamentos,

processos de trabalho e plantas industriais, com a finalidade de evitar que seu uso

venha a causar desconforto e doenças profissionais em seus usuários;

. ergonomia de correção, que trata da correção dos problemas ergonômicos

gerados por máquinas, equipamentos, processos de trabalho e plantas industriais

e que estejam causando desconforto e doença aos trabalhadores. .

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia

Page 84: Apostila SENAI - Eletricista

"'"'

Prática Profissional: Eletricidade Geral

~

Através da observação dos postos de trabalho, os especialistas em ergonomia têmverificado que o trabalho cada vez mais se realiza por meio de tarefas manuais

repetitivas com exigências de precisão e rapidez cada vez maiores e com um ritmo de

trabalho imposto pelas máquinas.

/"

Essa exigênc,a de um grau cada vez maior de produtividade e competitividade leva a

um crescente aumento das doenças relacionadas ao trabalho, sejam elas físicas ou

mentais, particularmente os casos de Distúrbios Ósteo-musculares Relacionados com

o Trabalho (DORT). Essas doenças profissionais têm graves repercussões tanto para

o trabalhador que adoece, quanto para a sociedade que tem que arcar com os custos

de sua assistência médica e previdenciária.i"'\

/""\

r,Elas são resultado de exigências de esforço físico intenso, levantamento e transporte

manual de peso, postura inadequada no exercício das atividades, exigências rigorosas

de produtividade, jornadas de trabalho prolongadas ou em turnos, atividades

monótonas ou repetitivas etc.

",

Norma Regulamentadora 17

Segurança e saúde do tra,~alhador são assuntos muito sérios. Em virtude disso,

existem as Normas Aegulamentadoras (NA) que tratam das questões relativas à

segurança e medicina do trabalho, são de responsabilidade do Ministério do Trabalho

e Emprego e cuja aplicação é fiscalizada pela Secretaria de Segurança e Saúde doTrabalho. .

A Ergonomia é tratada na NR-17 que "visa estabelecer parâmetros que permitam a

adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos

trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e

desempenho eficiente",

"As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao 1evantamento transporte

e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos a às condições ambientais

do posto de trabalho e à própria organização do trabalho."(1)r-

r-

í"

,-.

Tecnologia aplicada: Noções de ErgonomlaI'""

Page 85: Apostila SENAI - Eletricista

prática Profissional: Eletricidade Geral

Isso significa que essa NA descreve parâmetros para estabelecimento de condições

mínimas de trabalho no que se refere a:

. levantamento, transporte e descarga individual de materiais, estabelecendo,

por exemplo, que "Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de

cargas ...cujo peso seja suscetível de comprometer',(2) a saúde ou a segurança do

trabalhador; .

. mobiliário dos postos de trabalho que exige, por exemplo, que "Para trabalho

manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas, mesas,

escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa

postura, visualização e operaçáo...,,(3);

equipamentos dos postos de trabalho que estabelece que "Todos os

equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às

características psicofisiológicas dos trabalhadores e a natureza do trabalho a ser

executado" (4);

. condições ambientais do trabalho que exige, entre outras coisas, que "Nos

locais de trabalho onde são executados atividades que exijam solicitação

intelectual e atenção constantes"... "são recomendadas E'S seguintes condições de

conforto:

a) nfveis de rufdo de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira

registrada no INMETRO;

b) fndice de temperatl;Jra efetiva entre 20 e 23° C;

c) velocidade do ar não superior a 0,75 m/s;d) umidade relativa ao ar não inferior a 40%. (5)"

organização do trabalho, que "para efeito da NA, deve levar em conta, no

mínimo:

.

a) as normas de produção;

b) modo operatório;

c) a exigência de tempo;

d) a determinação do conteúdo do tempo;

e) o ritmo do trabalho;

f) o conteúdo das tarefas. (6)0.

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomla

Page 86: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Organização do trabalho

Como vimos, organização do trabalho é um dos itens da NR-17 que trata da

ergonomia com vistas a proporcionar conforto e segurança ao trabalhador na

realização de seu trabalho. O problema surge quando é necessário elaborqr e por em

prática essa organização. Por exemplo, escolher uma forma mais rápida de realizar

uma tarefa pode afetar a qualidade do produto e a segurança do trabalhador, tornando

o trabalho perigoso.

Além disso, precisamos pensar, também, .na quantidade e qualidade dos materiais

necessários, nas condições de equipamentos e do ambiente para as pessoas que vão

operá-los, na hora e no local em que eles devem estar.

Antes de iniciar o trabalho, precisamos providenciar:

. máquinas;

. ferramentas adequadas e em bom estado;

. matéria-prima;

. equipamentos diversos, inclusive os de segurança;

. tempo necessário;

. pessoas qualificadas etc.

Quando fazemos, com antecedência, um estudo de todos os fatores que vão interferir

no trabalho e reunimos o que é necessário para a sua execução, estamos

organizando o trabalho para alcançar bons resultados.

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia

Page 87: Apostila SENAI - Eletricista

,..

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Posto de trabalho

Posto de trabalho é o local definido e delimitado para a realização de uma atividade

qualquer. Esse local deve ter tudo o que é necessário para o trabalho: máquinas,

bancadas, material, ferramentas, instalações etc. Num posto de trabalho, podem

trabalhar uma ou mais pessoas.

A organização do espaço do posto de trabalho é de grande importância para se obter

produtividade, ou seja, para se produzir mais, com menos esforço, tempo e custo, sem

perda da qualidade.

1-.~( -;1

../

\\J /

.~"--~

'~

Para essa organização. é valiosa a técnica baseada nos princípios de economia de

movimentos.

Princípios de economia de movimentos

Esses princípios orientam procedimentos para reduzir movimentos do profissional e

aumentar a produtividade. A idéia básica desses princípios é a de que não se deve

fazer nada que seja desnecessário. Normalmente, esses princípios são empregados

em trabalhos contínuos, manuais e em pequenas montagens. De acordo com tais

princípios, o trabalho deve ser organizado com base nas seguintes idéias: .

Tecnologia aplicada: Noções de Eroonomia

Page 88: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Uso de músculos adequados1

Deve haver concordância entre o esforço a ser feito e os músculos a serem utilizados

num trabalho físico. Pela ordem, devemos usar os músculos dos dedos. Se estes não

forem suficientes para o esforço despendido, vamos acrescentando a força de outros

músculos: do punho, do antebraço, do braço e dos ombros.

Essa quantidade de músculos deve ser usada de acordo com a necessidade: nem

mais, o que seria desperdício de energia; nem menos, porque a sobrecarga de um só

músculo pode causar problemas sérios ao trabalhador.

Por exemplo: quando um pintor usa um pincel médio para pintar uma porta numa

determinada altura, ele deve usar os músculos dos dedos mais os músculos dos

punhos. Se utilizasse também o antebraço, estaria fazendo esforço desnecessário.

2. Mãos e braços

As mãos e os braços devem trabalhar juntos. Sempre que possível, deve-se organizar

o trabalho de modo que ele possa ser realizado com as duas mãos ou os dois braços

num mesmo momento e em atividades iguais.

Se, por exemplo, temos de colocar uma porca num parafuso, dar meia-volta na porca

e colocar a peça numa caixa de embalagem, devemos fazer esse trabalho com as

duas mãos e os dois braços. Numa empresa, esse tipo de trabalho pode ser feito de

modo rápido e eficiente pelo trabalhador, desde que se façam as adaptações

necessárias no posto de trabalho e que o trabalhador passe por um treinamento.

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia

Page 89: Apostila SENAI - Eletricista

,r..,.

Prática Profissional: Eletricidade Geral

3. Movimentos curvos

Os movimentos dos braços e das mãos devem ser feitos em curvas contínuas, isto é,

sem paradas e, se possível, de forma combin~da.. Um exemplo de movimento em

curvas é o de encerar que, em vez de vaivém, deve ser feito em círculos contínuos.

Um exemplo de movimento combinado é o que fazemos quando pegamos um

parafuso com as mãos e o seguramos de modo que sua posição fique adequada para

encaixá-lo num furo.

4. Lançamentos

Quando necessitamos transportar coisas, poderemos lançá-Ias em vez de carregá-Ias,

se a distância assim o permitir. Esse lançamento deve seguir uma trajetória chamada

balística porque descreve uma curva igual ao caminho que faz uma bala disparada de

uma arma de fogo. É o que fazem os pedreiros ao usarem pás para lançar areia de um

local para outro.

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia

Page 90: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

5. Ritmo

o trabalho deve ser feito com ritmo, ou seja, cadência. Quando andamos uma longa

distânpia. devemos manter um ritmo constante, de modo que não nos cansemos

andando muito rápido, nem demoremos andando muito devagar.

Mas é preciso lembrar que cada pessoa tem um ritmo próprio. Assim, o trabalhador

deve seguir o seu próprio ritmo e mantê-lo constantemente.

Ao serrar uma barra de aço de bitola fina, por exemplo, com uma serra manual, o

movimento de vaivém deve ter um ritmo normal. Um movimento excessivamente rápido,

além de cansar quem está serrando, pode resultar num corte malfeito, sem boa

qualidade. Também pode causar redução da produção pois o trabalhador, após

excessivo esforço, vê-se obrigado a parar por muito cansaço.

6. Zonas de trabalho

É preciso demarcar bem a zona de trabalho, que é a área da extensão das mãos do

trabalhador quando ele movimenta os braços, sem precisar movimentar o corpo.

No plano horizontal, temos a chamada zona ótima, adequada para a realização de

tarefas mais precisas, em que são movimentados os dedos e os punhos.

,..'""

r

,

"'""' Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia

Page 91: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Quando usamos dedos, punho e antebraço na execução de um trabalho, estamos

usando a zona normal, conforme ilustra afigura abaixo.

A zona de alcance máximo dos braços corresponde à área denominada zona

máxima. Além desse limite, não é recomendável a realização de nenhuma tarefa.

Todas as ferramentas, materiais, botões de comandoeo pon~os de operação devem estar

sempre colocados nessas áreas, seguindo, se possível, a seqüênc.ia: zona ótima, zona

normal, zona máxima.

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia

Page 92: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

7. Altura do posto de trabalho

~

A altura do posto de trabalho é um dos aspe~tos importantes para manter o conforto

do trabalhador e evitar cansaço. Sempre que possível, a pessoa deve ter liberdade

para trabalhar em pé ou sentada, mudando essas duas posições de acordo com sua

disposição física. Portanto, as máquinas e bancadas devem ter altura adequada à

altura do trabalhador para ele trabalhar em pé. Para seu conforto, deve haver um

assento alto, regulável, que lhe possibilite trabalhar sentado. No entanto, existem

trabalhos que só podem ser feitos com o irabalhador sentado, como é o caso dos

motoristas, e trabalhos que só podem ser feitos em pé, como é o caso dos cozinheiros

à frente do fogão.

Em cadeira alta, o trabalhador precisa ter um apoio para os pés, de modo que haja

facilidade de circulação do sangue pelas coxas, pelas pernas ~ pelos pés.

r-

'"""

I"""'

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Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia

Page 93: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

8. Um lugar para cada coisa

Deve haver sempre um lugar para cada coisa e cada coisa deve estar sempre em seu

lugar. Pondo isso em prática, evitam-se fadiga, perda de tempo e irritação por não se

encontrar o que se necessita.

Um exemplo desse princípio de ordem e organização é o dos quadros de oficinas

mecânicas, que apresentam contornos das ferramentas a fim de que cada uma volte

sempre ao seu local.

9. Objetos em ordem

Objetos em ordem facilitam o trabalho. Se, numa seqüência de operações, você usa

ferramentas ou outros objetos, procure colocá-los na mesma ordem da seqüência de

uso e na zona em que vai trabalhar. Os objetos de uso mais freqüente devem ficar

mais próximos de você.

10. Uso da força da gravidade

A força da gravidade faz com que os

corpos sejam atraídos para o centro da

Terra. Deve ser aproveitada para

pequenos deslocamentos, como é caso

de abastecimento e retirada de materiais.

Sua bancada, por exemplo, pode ter uma

calha para você receber peças ou

transportá-Ias para outro posto.

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia

Page 94: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

11. Ferramentas

As ferramentas devem ser adequadas ao trabalho, tanto no tipo quanto no tamanho.

Por exemplo, para pregar pregos pequenos, devemos usar martelos pequenos e para

pregos grandes, martelos grandes. Devemos apertar i,Jma porca com chave de boca

com tamanho e tipo apropriados, pois o uso da ferramenta inadequada pode causar

acidentes.

Fatores ambientais

Fatores como iluminação, barulho, temperatura etc., devem ser considerados para

aumentar a produtividade, assegurar a qualidade do produto ou serviço que está

sendo feito e garantir o conforto e a saúde ocupacional do trabalhador.

o conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como as edificações, os

equipamentos, os móveis, as condições de temperatura, de pressão, a umidade do ar,

a iluminação, a ordem, a limpeza e as próprias pessoas, constituem o nosso

ambiente. Nos locais de trabalho, a combinação de alguns desses elementos gera

produtos e serviços. A todo esse conjunto de elementos e ações denominamos

condições ambientais.

Com o desenvolvimento tecnológico, é possível imaginar que, num futuro próximo, os

trabalhadores fiquem livres de desenvolver atividades em ambientes que coloquem em

risco sua integridade física e saúde.

Já estamos chegando quase lá. Hoje, existem robôs que, manipulados por controle

remoto, descem ao fundo das crateras vulcânicas para colher amostras de solo e

registrar informações que permitirão prever a ocorrência de futuras erupções. Os

cientistas fazem a sua parte em locais mais seguros. Nas linhas de montagem, os

robôs se encarregam de atividades repetitivas e perigosas.,,-.,

Entretanto, apesar de todo o avanço científico e tecnológico, ainda há situações em

que o homem é obrigado a enfrentar condições desfavoráveis em seu ambiente de

trabalho, expondo-se ao risco de contrair doenças ou sofrer lesões. E o que é pior: há

casos em que o homem desenvolve seu trabalho em condições ambientais

aparentemente inofensivas, sem ter consciência dos riscos invisíveis que estáenfrentando. .

T ecnologia aplicada: Noções de Ergonomia""""

Page 95: Apostila SENAI - Eletricista

~rática Profissional; Eletricidade Geral

Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento de suas

tarefas diárias. Alguns atingem grupos específicos de profissionais. É o caso, por

exemplo, dos mergulhadores, que trabalham submetidos a altas pressões e a baixas

temperaturas. Por isso, são obrigados a usar roupas especiais, para conservar a

temperatura do corpo, e passam por cabines de compressão e descompressão, cada

vez que mergulham ou sobem à superfície.

Outros fatores de risco não escolhem profissão: agridem trabalhadores de diferentes

áreas e níveis ocupacionais, de maneira sutil, praticamente imperceptível. Esses

últimos são os mais perigosos, porque são os mais ignorados.

Riscos físicos

Todos nós, ao desenvolvermos nossos trabalhos, gastamos uma certa quantidade de

energia para produzir um determinado resultado. Quando as condições físicas do

ambiente, como, por exemplo, o nível de ruído e a temperatura, são agradáveis,

produzimos mais com menor esforço. Mas, quando essas condições fogem muito dos

limites de tolerância, vem o cansaço, a queda de produção, a falta de motivação para

o trabalho, as doenças profissionais e os acidentes do trabalho.

Em outras palavras, os fatores físicos do ambiente de traralho interferem

diretamente no desempenho do trabalhador e na produção e, por isso, merecem ser

anali~ados com o maior cuidado.

Ruído: Os especialistas no assunto definem o ruído como todo som que causa

sensação desagradável ao homem.

Quando você se encontra em um ambiente de trabalho e não consegue ouvir

perieitamente a fala das pessoas, isso é uma indicação de que o local é barulhento ou

ruidoso.

o som e o ruído, penetrando pejos ouvidos, atingem o cérebro. Se medidas de

controle não forem tomadas, graves conseqüências podem ocorrer. Agindo no

aparelho auditivo, o ruído pode causar surdez profissional cuja cura é impossível,

deixando o trabalhador com dificuldades para ouvir rádio, televisão e para manter um

bom "papo" com os amigos.

Tecnologia aplicada: Noções de Ergonomia

Page 96: Apostila SENAI - Eletricista

,

--

Prática Profissional: Eietricidade Geral

r-

~

--

Muitas vezes subestimamos os perigos das energia elétrica, por não ser um perigo

visível ou apalpável como ocorre em mecânica, por exemplo.

Mas uma simples troca de lâmpada pode ser fatal se não forem observados alguns

aspectos importantes com relação a segurança.

Neste capítulo serão abordados assuntos que devem ser encarados com muita

seriedade, pois, sua vida é mais importante que qualquer outra coisa, inclusive seu

trabalho.

Efeitos da corrente elétrica no corpo humano

,...

Partindo do princípio de que tudo é formado por átomos, e corrente elétrica é o

movimento dos elétrons de um átomo a outro, o corpo humano é então um condutor

de eletricidade.

"""'

r,..

--Tecnologia aplicada: Proteção contra os perigos da energia elétrica..-

Page 97: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano pode ser perigosa dependendo

da sua intensidade, do caminho por onde ela circula e do tipo de corrente elétrica.

Assim, uma pessoa suporta, durante um curto período de tempo, uma corrente de até

40 mA.

Vejamos por quê.

Com as mãos úmidas, a resistência total de um corpo humano é de aproximadamente

1300.0., Aplicando a lei de Ohm (V = R . I) , vamos nos lembrar de que para uma

corrente de 40 mA circular em uma resistência de 1300 .0., é necessária apenas uma

tensão elétrica de: V = 1300 . 0,04 = 52, ou seja, 52 V. .

Por causa disso, em nível internacional, tensões superiores a 50 V são consideradas

perigosas.

Através da tabela que segue, é possível observar em valores de correntes, o que

pode ocorrer com uma pessoa quando submetida à passagem de uma corrente

elétrica. É claro que cada ser humano tem valores resistivos diferentes e esses

valores variam de acordo com o metabolismo, a presença ou não de umidade, e o

trajeto que a corrente faz através dos membros da pessoa.

Veja na ilustração a seguir, o que pode ocorrer em alguns dos órgãos do corpo

humano, quando atravessado por uma corrente, entrando pela mão e saindo pelos

pés de uma pessoa descalça sobre um chão molhado.

Tecnologia aplicada: Proteção contra os perigos da energia elétrica

Page 98: Apostila SENAI - Eletricista

-.Prática Profissional: Eletricidade Geral

-I'""'

r-

--

1. Cérebro; detenção da circulação sangüínea;

2. Músculo: paralisação do músculo; sarda de um

órgão ou parte dele;

3. Pulmões: acúmulo anormal de líquido; aumento

de pressão;

4. Coração: infarto; aumento do número de

contrações e perda da capacidade de bombear

sangue;

5. Diafragma: parada respiratória; tetanização;

6. ~im: insuficiência renal; incontinência de urina;

7. Embrião (feto): tetanização; aumento do

número de contrações no coração e perda de

capacidade de bombear sangue;

desprendimento da placenta;

8. Vasos circulatórios: entupimento e parada

cardíaca;

9. Sangue: fuga da parte líquida, coagulável do sangue;

10. Bulbo: inibição dos centros respiratórios e cardíacosr

rr

I'""'"

r-

Devido ao que acabou de ser explicado, os seguintes cuidados devem ser tomados:

. os reparos de equipamentos elétricos devem ser sempre feitos por especialistas;

. as partes do corpo expostas à tensão devem estar devidamente isoladas;

. os equipamentos devem estar desligados por completo durante a execução dos

reparos.-r-

Medidas de proteção

"-,,

r-

r

Várias medidas podem ser tomadas para proteger as pessoas contra choques

elétricos. As mais usuais são:

. proteção através do condutor terra;

. proteção por isolamento;

. proteção por separação de circuitos. .r-

r'

r

r

Tecnologia aplicada: Proteção contra os perigos da energia elétrica

r

Page 99: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Proteção através do condutor terra

A falha de isolação de qualquer equipamento cuja instalação tenha sido realizada sem

o condutor terra, fará a carcaça do equipamento ficar energizada. Se alguém se

encostar nesta carcaça, uma corrente elétrica circulará através de seu corpo,

ocasionando um choque elétrico.

Para evitar esse tipo de acidente deve-se instalar um condutor terra na carcaça do

equipamento. Esta medida de proteção é C?hamada de aterramento.

Se ocorrer falha na isolação do equipamento, estando a carcaça aterrada, teremos

um curto-circuito entre a fase e o terra. Isto faz romper o fusível e elimina o perigo. A

corrente de curto-circuito passa à terra pelo condutor de proteção.

o condutor de proteção deve ter cor verde com espiras amarelas (NBR 5410)

Tecnologia aplicada: Proteção contra os perigos da energia elétrica

Page 100: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Proteçãoporlsolação

Uma outra forma de proteção contra choques elétricos é através da utilização de

materiais isolantes na carcaça dos equipamentos. As ferramentas elétricas e os

aparelhos eletrodomésticos são envolvidos em materiais isolantes com boa resistência

mecânica.

"""'

r

Proteção por separação de circuitos

r A proteção por separação de circuitos é feita com o auxílio de um transformador

isolador (1:1) com o secundário não aterrado. Assim é possNel deixar o secundário

sem referência com o terra, deixando de existir, dessa forma, diferença de potencial

entre os terminais do secundário e o terra.

,.--,

I'""'

r

r"'

Tecnologia aplicada: Proteção contra os perigos da energia elétrica

Page 101: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Exercícios

1. Responda às questões que seguem.

a) Qual é o valor limite de corrente elétrica que uma pessoa pode suportar durante um

curto período de tempo?

b) o que pode ocorrer com uma pessoa quando submetida a passagem de uma

corrente elétrica de 30 mA ?

c) Acima de qual valor a tensão é considerada perigosa?

"'"'

d) Cite um exemplo de danC' que a corrente elétrica pode causar ao passar pelo

coração de uma pessoa.

2. Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita.

1. Proteção através do condutor terra. ( ) Transformador isolador 1 :1.

2. Proteção por separação de circuitos. ( ) Aterramento.

3. Proteção por ísolação. ( ) Carcaça de materiais isolantes.

Tecnologia aplicada: Proteção contra os perigos da energia elétrica

Page 102: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Para a realização de suas tarefas do dia-a-dia, o profissional da área eletroeletrônica

necessita não só do conhecimento teórico, mas lambem de uma série de equipamentos,

componentes e ferramentas que o auxiliam nesse trabalho.

Neste capítulo serão estudadas as ferramentas mais usadas em eletricidade, ou seja,

alicates e chaves de fenda.

Alicates""'"

~ .. o alicate é uma ferramenta de aço forjado composta de dois braços e um pino de. articulação. Cada uma das extremidades de cada braço (cabeça) pode ser em formato de

garras, de lâminas de corte ou de pontas que servem para segurar, cortar, dobrar ou

retirar peças de determinadas montagens.

,

'""'

Tecnologia aplicada Ferramentas para instalações elétricas

Page 103: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Existem vários modelos de alicates, cada um adequado a um tipo de trabalho. Em

serviços de eletricidade, os alicates mais usuais são os seguintes:

. alicate universal;

. alicate de corte diagonal;

. alicate de bico;

. alicate decapador;

. alicate gasista.

o alicate universal é o modelo mais conhecido e usado de toda a família dos alicates.

Os tipos existentes no mercado variam principalmente em relação ao acabamento e ao

formato da cabeça.

Esse tipo de alicate é uma das principais ferramentas usadas pelo eletricista, pois serve

para prender, cortar ou dobrar condutores.

Este alicate é composto de dois braços articulados por um pino ou eixo, que permite abri-

10 e fechá-lo. e em uma das extremidades se encontram suas mandíbulas. São

encontrados nos comprimentos de 150 mm, 165 mm, 175 mm, 190 mm, 200 mm,

210 mm e 215 mm.

o alicate de corte

diagonal serve para col1ar condutores. É encontrado nos comprimentos de 130 mm e

160 mm.

Tecnologia aplicada: Ferramentas para instalações elétricas

Page 104: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Alicate de bico redondo é utilizado para fazer olhal em condutores com diâmetros,

diferentes, de acordo com o parafuso de fixação. E encontrado nos comprimentos de 130

mm e 160 mm.

r.

o alicate decapador possui mandíbulas reguláveis para decapar a isolação com rapidez

e sem danificar o condutor. Tem comprimento padronizado conforme o diâmetro do

condutor.

~;;1~

~

'-f"I'""""

Outro alicate usado pelo eletricista instalador é o alicate gasista, também chamado de

alicate bomba d'água, que possui mandíbulas reguláveis, braços não isolados e não tem

corte. Serve para montar rede de eletrodutos, e especificamente buchas e arruelas. É

encontrado nos comprimentos de 160 mm, 200 mm e 250 mm.

,

r-

Tecnologia aplicada: Ferramentas para instalações elétricas

Page 105: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Chave de fenda

A chave de fenda comum ou chave de parafuso é uma ferramenta manual utilizada para

apertar e desapertar parafusos que apresentam uma fenda ou ranhura em suas cabeças.

Ela é constituída por uma haste de aço-carbono ou aço especial, com uma das

extremidades forjada em forma de cunha e outra, em forma de espiga prismática ou

cilíndrica esfriada, encravada solidamente em um cabo.

o cabo normalmente é feito dr material isolante rígido com ranhuras longitudinais que

permitem uma boa empunhadura do operador e impedem que a ferramenta escorregueda mão.

A região da cunha da chave de fenda é temperada para resistir à ação cortante das

ranhuras existentes nas fendas dos parafusos. O restante da haste deve apresentar uma

boa tenacidade para resistir ao esforço de torção quando a chave de fenda estiver sendo

utilizada.

Para permitir o correto ajuste na fenda do parafuso, as chaves de fenda comuns de boa

qualidade apresentam as faces esmerilhadas em planos paralelos, próximo ao topo.

Tecnologia aplicada: Ferramentas para instalações elétricas

Page 106: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

--

'"""-'

""'

A finalidade dessas faces esmerilhadas é dificultar o

escorregamento da cunha na fenda do parafuso

quando ele está sendo apertado ou desapertado. Isso evita que

a fenda do parafuso fique danificada e protege o operador de acidentes devidos ao

escorregamento da ferramenta

"

Além da chave de fenda comum, existem alguns outros modelos indicados para o uso em

trabalhos da área eletroeletrônica. Elas são:. chave PhiJips;. chave tipo canhão.

Chave Philips

A chave Philips é uma variante da chave de fenda. Nela, a "!xtremidade da haste, oposta

ao cabo, tem o formato de cruz. É usada em parafusos que usam este tipo de fenda.

"""

r-

""" Chave tipo canhão

A chave tipo canhão tem na extremidade de sua haste um alojamento com dimensões

iguais às dimensões externas de uma porca. Esse tipo de chave serve para a colocação

de porcas., ,

r

rTecnologia aplicada: Ferramentas para instalações elétricas

Page 107: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Conservação e condições de uso

Como qualquer outra ferramenta, a chave de fenda requer cuidados especiais de

manuseio e armazenamento.

Para que a chave de fenda se mantenha em perfeito estado para uso, deve-se seguir os

seguintes cuidados de manuseio:

. não usar o cabo da chave como um martelo;

. não usar a chave para cortar, raspar ou traçar qualquer material;

. usar a chave adequada ao tamanho e tipo do parafuso;

. jamais esmerilhar ou limar a cunha da chave.

Para evitar acidentes, ao apertar parafusos, a peça deve estar apoiada em um lugar

firme. Do contrário, a chave poderá escorregar e causar ferimentos na mão que estiver

segurando a peça.

Exercícios

1. Responda às seguintes questões:

a) Ouais são as ferramentas mais usada nas atividades da área eletroeletrônica?

b) Qual dos alicates estudados nesta lição serve para prender, cortar e dobrar

condutores?

Tecnologia aplicada: Ferramentas para instalações elétricas

Page 108: Apostila SENAI - Eletricista

..C;~C:C(~(;:~~C:(;;(;~c:c~c:c:C:(;CCC~(;:~cccoQooccoooooçooooooo

Prática Profissional: Eletricidade Geral

c) Qual é a função do alicate bomba d'água?

2. Associe a coluna da esquerda com a coluna da direita.

a) alicate decapador ( ) Serve para cortar condutores.

b) alicate de bico ( ) Tem uma fenda no formato de cruz.

c) alicate de corte diagonal ( ) Decapa a isolação de condutores.

d) chave tipo canhão ( ) Serve para montar redes de eletrodutos.

e) chave Philips ( ) Faz olhal em condutores.

( ) Serve para colocação de porcas.

Tecnologia aplicada: Ferramentas para instalações elétricas

Page 109: Apostila SENAI - Eletricista

--

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Para executar seu trabalho, além dos materiais e acessórios para redes de eletrodutos, o

eletricista necessita também de ferramentas. Algumas delas serão estudadas neste

capítulo.

Ferramentas

Dentre as ferramentas que o eletricista pode usar em seu trabalho diário, podem ser

citadas a serra manual para cortar eletrodutos metálicos e as tarraxas para abrir roscas

nesses mesmos eletrodutos.

Serra manual

A serra manual é uma ferramenta composta de um arco de aço e uma lâmina de aço

rápido ou carbono dentada e temperada. Ela é usada para cortar ou abrir fendas em

materiais metálicos.

Tecnologia aplicada: Ferramentas para eletrodutos

Page 110: Apostila SENAI - Eletricista

-Prática Profissional: Eletricidade Geral

. A lâmina de serra, que pode ser alternada ou ondulada, possui um lado dentado com

trava, permitindo a execução de um corte com largura maior que a espessura da lâmina.

"'"

No comércio, são encontradas lâminas de serra éom comprimentos de 8, 10 e 12

polegadas e 14, 18, 24 e 32 dentes por polegada.

Os dentes das lâminas de serra não têm sempre o mesmo tamanho. Ess.e tamanho

depende do passo, ou seja, do número de dentes, contidos em determinada distância

(25,4 cm ou 1 ti).

Peças finas, tais como chapas e tubos, devem ser serradas com serra de dentes finos, ou

seja, aquelas que têm maior quantidade de dentes por polegada. Por outro lado, material

muito macio ou blocos inteiriços podem ser serrados com serras de dentes relativamente

mais grossos, isto é, aquelas que têm menor quantidade de dentes por polegada. Veja

tabela a seguir.

i~~nhQ;i9S" flustracã~~;'/""

L:~~32 dentes por polegada Tubos, eletrodutos e

chapas finas

Dentes finos

24 dentes por polegada Perfis de aço em T, L,U, latão e cobre ~

"18 dentes por polegada Aços resistentes

Dentes grossos

14 dentes por polegada Material macio e

grandes superffcies

"""'

r'

~

Tecnologia aplicada: Ferramentas para eletrodutos

Page 111: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Utilização da serra manual

Para utilizar a serra manual, primeiramente seleciona-se a lâmina de acordo com o

material a ser serrado. Na montagem da lâmina no arco, deve-se observar o sentido dos

dentes que devem obedecer o avanço do corte.

Ao serrar, o ritmo de corte deve ser mantido em aproximadamente sessenta golpes por

minuto. A serra deve ser usada em todo o seu comprimento. Ao se aproximar do término

do corte, deve-se diminuir a velocidade e a pressão sobre a serra para evitar acidentes.

A

:>,/

Inicialmente, a lâmina de serra deve ser guiada com o dedo polegar, a fim de que seja

mantida ligeiramente inclinada para a frente.

Tecnologia aplicada: Ferramentas para eletrodutos

Page 112: Apostila SENAI - Eletricista

~

Prática Profissional: Eletricidade Geral

. Tarraxa para eletroduto metálico rígido"""'

"'"

A tarraxa para tubos é uma ferramenta destinada a fazer roscas nos eletrodutos

metálicos e plásticos. É fabricada basicamente em dois tipos:

1. tarraxa universal e

2. tarraxa simples de cossinete ajustável.

J""-

I'"'

/"'

Basicamente as tarraxas compõe-se das seguintes peças mostradas na ilustração a

seguir.

/""\

, ,

"'""'

A tarraxa universal, é assim chamada em

virtude de permitir, com apenas dois jogos de cossinetes, fazer roscas em qualquer tubo,

cujo diâmetro esteja compreendido entre 1/2" e 2".I'""'

I'""

,...,.,

,

_.r-

Tecnologla aplicada: Ferramentas para eletrodutos

Page 113: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

- - - --- --- Em virtude do sistema mecânico dessas tarraxas, é

necessário que cada cossinete tenha o seu lugar próprio,

não sendo possível trocá-lo de posição. Para isso, eles são numerados, bem como seus

alojamentos no corpo da tarraxa.

Toda a vez que houver necessidade de montar cossinetes em tarraxa universal, deve-se

verificar se o número gravado no cossinete corresponde ao gravado no corpo da tarraxa,

ao lado do alojamento de cada cossínete.

Com exceção da tarraxa universal, todos os outros tipos de tarraxa utilizam um jogo de

cossinetes para cada diâmetro de eletroduto a ser roscado.

Utilização da tarraxa

Para a utilização desta tarraxa, deve-se escolher a guia de acordo com o diâmetro do

eletroduto, prendendo-a firmemente com o parafuso de fixação.

Tecnología aplicada: Ferramentas para eletrodutos

Page 114: Apostila SENAI - Eletricista

~

~

~~

/reto .Darrei: diâmetro

As marcas contidas nos cossinetes

~

.-

~~~~~~~~~~

,...

""'"

'""'

"'"'

,,-..Prática Profissional: Eletricidade Geral

~.

" " guia

r

, ,

, "'""

""

I'""

--,-. O par de cossinetes deve ser montado com a parte escareada para dentro, e os,,-..

parafusos devem ser ligeiramente apertados., ,

!'"'\

I"'"

,---,

, ~ ! /~ ret: diâmetro reto par

,..,.~

"""" -~,- ~ ~"~'~~-'~~ ~~-~.

, e na tarraxa são referências para dar simetria à abertura.

"'"',,

" ,r""'

, I'""

/"""'-

~

r

,, '\ Os cossinetes devem ser fixados de forma que o eletroduto fique preso na altura da

r '- metade dos filetes da rosca de corte.---

I"""'

.-

~

Tecnologia aplicada: Ferramentas para eletrodutos

~

Page 115: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

parafuso de

ajusteI~

""

espessura

Ao se fazer a rosca, deve-se manter um movimento de vaivém, avançando 1/2 volta e

retornando 1/4 de volta. Então, os cossinetes são novamente apertados dando um novo

passo.

.AI'

"

-

Esse procedimento deve ser repetido até que o comprimento necessário de rosca seja

atingido.

Tecnologia aplicada: Ferramentas para eletrodutos

Page 116: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Tarraxa para eletroduto de plástico rígido

-'"'

A montagem desta tarraxa é bem mais simples, pois o guia e o cossinete são encaixados

e fixados com parafusos.-.~

:;:::::t

1~-/'""'

"'"""'

/'-

A tarraxa é movimentada no sentido horário. Esse movimento força a ferramenta para

dentro do tubo para formar os sulcos iniciais.."...

,

"""

r,

.-.

,",.

A cada meia volta de avanço no sentido horário, deve-se voltar duas vezes no sentido

anti-horário.I'""'

'""

Exercícios,

"'""'

"'""' 1. Responda às questões abaixo.

a) Qual é o cuidado a ser tomado quando se prende a lâmina de serra no arco?

I'""

b) Ouais são as peças que compõem uma tarraxa para eletroduto metálico?r

r-

~

Tecnologia aplicada: Ferramentas para eletrodutos

Page 117: Apostila SENAI - Eletricista

----, ,

Prática Profissional: Eletricidade Geral

c) o que é passo da lâmina?

d) Qual é o passo da lâmina a ser usado para serrar eletrodutos e tubos?

'"""

'"""

e) Por que a tarraxa universal tem essa denominação?

--""'

~~ I'""-

~

'"'"

"'"\

'""'-

Tecnologia aplicada: Ferramentas para eletrodutos

Page 118: Apostila SENAI - Eletricista

~

""'"

Prática Profissional: Eletricidade Geral

""'"

I"-'

----

~

I'"

/'\ Para executar seu trabalho, muitas vezes o eletricista precisa, além de ferramentas

como alicates e chaves, de equipamentos adicionais que o auxiliem na execução de

determinadas tarefas.'""'-

Neste capítulo, serão apresentados três utensílios que ajudam o eletricista em seu

trabalho. Serão mostradas também as formas corretas de sua utilização.

,

, Escadas,..,

"""

,.-

~

I"'-

r-

A escada é um equipamento utilizado pelo eletricista para que possa realizar

trabalhos em diferentes alturas. Elas são encontradas basicamente em três

modelos diferentes:. escada simples;. " escada dupla; ".

. escada com apoio.

"""

r A escada simples é constituída

basicamente por degraus e pernas. Esse

tipo de escada só pode ser usado em locais

que ofereçam apoio a sua parte superior I

como por exemplo paredes.

""'"

~

r-

r

r

I""'"

""'

Tecnologia aplicada: Utensnios para eletricistas

Page 119: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

o apoio contra as paredes deve ter uma inclinação tal, que os pés fiquem distantes

da parede aproximadamente 1/4 do comprimento "L",

""'"'""'""

Antes de subir na escada, é necessário certificar-se de que os pés da escada estejam

firmemente apoiados ao chão. Se o piso for escorregadio, use um tapete de

borracha no apoio dos pés da escada.

Ao utilizar essa escada, deve-se solicitar o auxílio de

outra pessoa para segurá-Ia firmemente antes da

subida. Se possível, o último degrau deve ser

amarrado no ponto de apoio para que a escada não

escorregue de lado.

Tecnologia aplicada: Utensffios cara eletricistas

Page 120: Apostila SENAI - Eletricista

~

"'""

Prática Profissional; Eletricidade Geral

As escadas dupla e com apoio são semelhantes na forma construtiva, diferindo

apenas na utilização. A escada dupla permite a subida de duas pessoas, enquanto

que a escada com apoio permite a subida de somente uma.

Esses tipos de escada não precisam ser apoiadas em paredes, porque possuem dois

lados que se abrem com o auxílio de uma dobradiça. Além disso, um braço articulado

mantém a escada na posição aberta.'"'""-,.

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"'"'

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Cinto poria-ferramentasI'"'-

'""'

~

r-I'"'"

r-..

,

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I"--

r,

~

Esse cinto é um equipamento de segurança usado não só para proteger o eletricista

contra quedas, mas também para transportar as ferramentas de forma prática e

organizada, uma vez que, para evitar acidentes nunca se deve carregar ferramentas

no bolso. .

~

r-"""

Tecnologia aplicada: Utensílios para eletricistas

Page 121: Apostila SENAI - Eletricista

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C

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c

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o

cc

Prática Profissional: Eletricidade Geral

o cinto deve ser colocado na cintura com as ferramentas encaixadas nos espaços

separados para cada uma; alicates, chaves de fendas e canivete.

Guia de náilon

o guia de náilon é utilizado para facilitar a passagem dos condutores nos eletrodutos.

Na ponta desse utensílio existe uma mola com uma esfera para guiar a haste de

nailon através das curvas.

Na outra extremidade do guia, a fixação dos condutores é feita por meio do olhal

metálico, conforme ilustração a seguir.

Após feitas as amarrações, e antes de introduzir o guia através do eletroduto, estas

devem ser isoladas com fita isolante. As amarrações devem receber uma camada de

vaselina ou talco industrial, fabricados para esse fim, à medida que o guia e as fiações

forem sendo introduzidas. Isto é feito para facilitar a passagem dos condutores pelos

eletrodutos..

Tecnologia aplicada: Utensílios para eletricistas

Page 122: Apostila SENAI - Eletricista

~ocooc'ocococ()o()o(jooco~()(';\)ooc"Coot')oco-oc.oo()coooocoo

Prática Profissional: Eletricidade Geral

Exercícios

1. Responda as questões a seguir.

a) Quais são os modelos de escadas existentes?

b) o que deve ser feito quando se utiliza uma escada simples em pisos

escorregadios? .

c) Qual é a diferença entre a escada simples e a dupla?

d) Qual é a função do cinto porta-ferramentas?

e) Quando a guia de nailon deve ser usada?

Tecnologia aplicada: Utensílios para eletricistas

Page 123: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletricidade Geral

/"-.----

/'"'-,

/"'-

I'""i Nesta atividade você vai executar várias emendas, de acordo com as informações

tecnológicas já estudadas, de modo que apresentem boa resistência mecânica, bom

contato elétrico e boa isolação.

J"--

I'""

~

Equipamentos e ferramentas

. Ferro de soldar;

. 2 alicates universais;

. Alicate decapador.

Material necessário

Faça a lista de materiais a partir dos passos 1 a 4 da sessão Procedimento desta

atividade prática. Consulte catálogos de fabricantes de fita isolante, ligas de solda e

condutores elétricos.r"'""

""""'

"""'

.-

r,,--

I'"'

"...

,

Ensaio 1: Emendar soldar e isolar condutores/"'

Page 124: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletricidade Gera!

Procedimento

1. Execute a emenda do tipo prolongamento. Utilize fio de cobre 2,5 mm2 com

isolação de PVC.

2. Para executar a emenda, desencape os condutores a serem unidos com o auxílio

de um alicate decapador.

Observação

O condutor deve ser desencapado numa extensão de aproximadamente 50 vezes

seu diâmetro.

3. Cruze os fios sem isolação enrolando as primeiras espiras com os dedos.

4. Continue o enrolamento das espiras com o auxílio de um alicate.

~fi

Ensaio 1: Emendar snldRr e l~nlRr cnndutores

Page 125: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletricidade Geral

5. Dê o aperto final usando dois alicates.

I~.

,

6. Utilizando ferro de soldar e o metal de adição, solde todas as emendas de forma

que o metal fundido preencha todos os espaços entre as espiras.-.I""'-

}"o,

"""'

metal de "adição """irot""

.;::

7. Isole a emenda com, no mfnimo, duas camadas de fita isolante sem cortá-Ia,

procurando deixá-Ia bem esticada e com a mesma espessura do isolamento do

condutor.

r'"

r-

I""'

,...,8. Execute a emenda do tipo rabo de rato. Utilize fio de cobre de 2,5 mm2 e isolação

de PVC.,

rabo de rato

"4f

r

I""'

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I!'"""'

r Ensaio 1: Emendar, soldar e isolar condutores

Page 126: Apostila SENAI - Eletricista

p'rática profissional: Eletricidade Geral

9. Puxe as pontas dos condutores para fora da caixa e desencape-os como foi feito

no passo 2.

10. Inicie a emenda torcendo os condutores com os dedos.

11. Dê o aperto final com o auxilio do alicate.

-..

12. Dobre a emenda ao meio para fazer o travamento.

""'

-g

Ensaio 1: Emendar, soldar e isolar condutores

Page 127: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletricidade Geral

13. Isole a emenda como indicado no passo 7.

14. Execu~e a emenda do tipo derivação. Utilize fio de cobre de 2,5 mm2 com isolação

de PVC.

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I'"""

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r'

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15. Para executar a emenda, desencape o condutor a ser derivado em um

comprimento aproximado de 50 vezes seu diâmetro. Use um alicate decapador.

16. Desencape a região do condutor principal na qual se efetuará a emenda em um

comprimento aproximado de 10 vezes seu diâmetro../""

r-

r-

17. Cruze o condutor em um ângulo de 900 em relação ao condutor principal,

segurando-os com o alicate universal.

condutorprincipal

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r-

condutorderivado

alicate

""""'

18. Com os dedos, enrole o condutor derivado sobre o principal. Mantenha as espiras

uma ao lado da outra. Faça, no mínimo, seis espiras.""""'

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".-

r'

r

Ensaio 1: Emendar, soldar e isolar condutores

,..

Page 128: Apostila SENAI - Eletricista

p;rática profissional: Eletricidade Geral

19. Dê o aperto final e 1aça o arremate com o auxflio de dois alicates universais.

alicate""'-

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20. Solde a emenda como foi feito no passo 6.

21. Isole a emenda como foi feito no passo 7.

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Ensaio 1: Emendar. soldar e isolar condutores

Page 129: Apostila SENAI - Eletricista

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Prática profissional: Eletricidade Geral

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"'"'

Nesta atividade você vai utilizar ferramentas manuais para executar curvas e desvios

em eletrodutos rígidos, metálicos e de PVC, tendo que serrar e abrir roscas conforme

especificações.

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Equipamentos e ferramentas~

/"'--I'""'

I'"'

. Metro;

. Arco de serra;

. Tripé ou dobra-tubos;

. Tarraxas com acessórios para 0 Y2";

. Giz"'-'

I'-'

I"""'

Material necessárior, ,

Faça a lista de materiais a partir dos passos da sessão Procedimento desta atividade

prática. Consulte catálogos de eletrodutos e as normas NBR 5597 e

NBR 6150.

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Ensaio 2: Serrar. abrir roscas e curvar eletrodutos/'"

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Page 130: Apostila SENAI - Eletricista

F;'rátlca profissional: Eletricidade Geral

Procedimento

1. Serre a barra do eletroduto metálico dividindo-a em duas partes de 1,5 m cada.

~

ObservaçõesI. Use a serra em todo o seu comprimento.

11. O ritmo do corte deve ser mantido em aproximadamente sessenta golpes por

minuto.

Precaução '

Ao se aproximar do término do corte, diminua a velocidade e a pressão sobre a

serra para evitar acidentes.

2. Serre os pedaços de roscás existentes nas barras de eletroduto,

Ensaio 2: Serrar, abrir roscas e curvar eletrodutos

Page 131: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletricidade Geral

3. Fixe os cossinetes na tarraxa, de forma que o eletroduto fique preso na altura da

metade dos filetes da rosca de cor1e.

4. Abra roscas com 50 mm de comprimento nas extremidades dos dois pedaços de

eletrodutos.

5. Para abrir a rosca, mantenha um movimento de vaivém da tarraxa, avançando Y2

volta e retornando 1/4 de volta.

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~

.~)r-

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Ensaio 2: Serrar, abrir roscas e curvar eletrodutos

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Page 132: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletricidade Geral

6. Utilizando uma parte do eletroduto com a rosca já executada, faça um desvio

conforme o desenho a seguir.

7. Para fazer o desvio, apoie o

eletroduto no chão, segure o dobra-tubos com as mãos e prenda o eletroduto com

os pés.

8. Puxe o cabo do dobra-tubos aos poucos e dobre o eletroduto conforme a inclinação

da curva desejada.

9. Curve a outra parte do eletroduto, deixando-o com uma curva de 90°.

Ensaio 2: Serrar, abrir roscas e curvar eletrodutos

Page 133: Apostila SENAI - Eletricista

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1'-\

Prática profissional: Eletricidade Geral

10. Para curvar o eletroduto no ângulo pedido, faça marcações no eletroduto. Elas

devem ser eqüidistantes e equivalentes a 12 vezes seu diâmetro.

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I-

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11. Repita os passos 1 e 2,

utilizando uma barra de eletroduto rígido de PVC.

12. Abra rosca com 50 mm de comprimento nas extremidades dos dois pedaços de

eletroduto. Utilize a tarraxa para eletroduto de PVC.

"""'

r13. Para abrir a rosca, movimente a tarraxa no sentido horário. A cada meia volta de

avanço no sentido hora-ia, volte duas vezes no sentido anti-horário./""",,

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"'""'

14. Faça um desvio em um dos pedaços do eletroduto e uma curva de 90° no outro,

conforme ilustrações a seguir.r-

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Ensaio 2: Serrar. abrir roscas e curvar eletrodutosI""

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Page 134: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletricidade Geral

15. Para fazer o desvio, marque com dois traços a zona a ser curvada.

16. Selecione a mola correspondente ao eletroduto,

17. Introduza a mola de maneira que coincida com a zona a ser curvada.

18. Aqueça a zona a ser curvada sobre uma fonte de calC-:-($uave para que o plástico

amoleça e desloque o eletroduto em um e outro sentido.

.. .._~~ ")~W/~ '-"

fonte de calor

19. Comece a curvar o eletroduto lentamente quando perceber que o material plástico

está cedendo.

Observação

Evite queimar ou amolecer o plástico demasiadamente.

Ensaio 2: Serrar, abrir roscas e curvar eletrodutos

Page 135: Apostila SENAI - Eletricista

" Prática Profissional: Eletricidade Geral

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r---"...,

,,"",'

Sempre que se monta uma rede de eletrodutos, é necessário uni-los às caixas ou a

outro eletroduto, fixando-os no local conforme o traçado previsto na instalação.

Durante a montagem de instalações elétricas com proteção de eletrodutos, também é

feita a introdução, com a ajuda de uma guia de firo ou fita de aço, dos condutores nos

eletrodutos. Para isso, é necessário marcar a localização dos elementos da instalação

e tratar o percurso dos condutores de acordo com a planta e as normas específicas de

instalação.

Neste ensaio, você vai aprender a realizar as operações necessárias para a

montagem da rede de eletrodutos.

Material necessário

. eletroduto metálico;

. buchas e arruelas para eletrodutos;

. caixas de passagem

Ferramentas, instrumentos e utensílios

. alicates adequados para a execução

da tarefa;

. chave de fenda;

. arco de serra;

. tarraxa;

. martelo;

.

.

.

.

.

.

prumo;nível;

metro;

escada;

régua;fio guia;

bancada com morsa para tubos.

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos

Page 136: Apostila SENAI - Eletricista

F?rátJca Profissional: Eletricidade Gera!

Procedimento

- Marcar, localizar os elementos e traçar o percurso da instalação

1 Para marcar um ponto no teto, inicialmente determine as distâncias de referência

na planta baixa.

2. Marque no piso um ponto com as medidas de referência.

3. Segure o fio de prumo, apoiando-o no teto, conforme figura a seguir.

Precaução

Use uma escada em bom estado e assegure-se de que ela está firme e não

deslizará quando você subir nela.

4. Desloque o fio ,de prumo até que coincida com o ponto marcado no piso e marque

o ponto no teto.

5. Para fazer o traçado vertical, determine o ponto de referência que coincida com a

localização do elemento a ser instalado.

6. Coloque o prumo de maneira que o cordão coincida com o ponto marcado.

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos

Page 137: Apostila SENAI - Eletricista

-"'"""'

Prática Profissional: Eletricidade Geral

, ,

7. Marque outro ,ponto na direção do fio de prumo afastado do ponto anterior.

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I'"""

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8. Com o auxnio de uma régua e um pedaço de giz, trace uma linha que passe pelos

dois pontos marcados.

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9. Para fazer o traçado horizontal, inicialmente determine um ponto de referência na

altura desejada.rrr--

10. Coloque uma régua de maneira que a borda superior coincida com o ponto de

referência e coloque o nível sobre a régua./""

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rObservação

Ao manusear o nível, tome cuidado para não derrubá-Ia ou batê-Ia.r

11. Mova a régua até que o nível indique a horizontal idade e marque o segundo ponto.

/""12. Retire o nfvel e realize o traçado da linha.

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r

rEnsaio 3: Montar rede de eletrodutosI""'-

r"

Page 138: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

II - Montar rede embutida de eletrodutos

1. Para fixar as caixas, abra os furos nas caixas forçando o disco com um toca-pino e

acabando de removê-lo com um alicate (figura 32).

2. Fixe a caixa de acordo com a localização dos elementos na instalação.

3. Emende os eletrodutos, prendendo um dos eletrodutos na morsa para tubos e

atarraxando a luva até a metade.

4. Atarraxe o outro eletroduto na luva montada sobre o primeiro, torcendo-o com a

mão até sentir o primeiro aperto.

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos

Page 139: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

5. Use uma chave de grifo e dê o aperto final.

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'""'

Observação

Os topos dos eletrodutos .devem ficar unidos dentro da luva.

-

6. Ajuste o tubo no local a ser instalado.

7.

,Coloque as arruelas até o fim da rosca.

8. Coloque uma das pontas do tubo numa das caixas e experimente enfiar a outra

ponta do tubo na outra caixa.

9. Retire o tubo e faça ajustes finais.

"""'

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos

Page 140: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

10. Coloque o eletroduto com as pontas enfiadas nas caixas, ajuste as arruelas na

altura definitiva e coloque as buchas.

11. Dê o aperto final através da arruela, usando-se alicate bomba d'água ou chave

apropriada.

111 - Montar rede exposta de eletrodutos

1. Faça a emenda dos eletrodutos.

2. Enrosque as caixas de passagem nos eletrodutos.

Nota

As caixas de passagem para instalação exposta são do tipo condulete.

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos

Page 141: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

3. Fixe o conjunto na superfície com braçadeiras apropriadas (figura 41 )

r-.

~

""'"

Nota

Quando as caixas forem do tipo condulete, primeiramente montam-se as caixas nos

eletrodutos e posteriormente fixa-se o conjunto no local da instalação.""""

1""'\

r, IV - Introduzir condutores em eletrodutos

I"""'

""""

"""'1. Selecione o fio pescador com o comprimf!nto com 1 metro a mais, no mínimo, da

distância entre caixas.r

,

1 -~I

Figura 44

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I'""'

r- Precaução

Para criar uma proteção contra ferimentos acidentais, dobre as pontas do fio pescador.

2. Limpe e seque internamente a tubulação.

,.-.,

r-

rEnsaio 3: Montar rede de eletrodutos

Page 142: Apostila SENAI - Eletricista

.Prática ProfISsional: Eletricidade Geral

Introduza o fio pescador no eletroduto até que ele saia na outra caixa,3.

3. Amarre uma mecha de estopa num arame e engate-o ao fio pescador.

Observação

A estopa deve entrar justa no eletroduto.

Puxe o fio pescador até que a estopa saia do outro lado (caixa seguinte) deixando

o eletroduto internamente seco e limpo.

4.

Precaução

Utilize luvas para não ferir as mãos:.

5. Introduza novamente o fio pescador no eletroduto.

6. Prenda os condutores à extremidade do fio pescador.

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos

Page 143: Apostila SENAI - Eletricista

Prática Profissional: Eletricidade Geral

7. Desencape os extremos dos condutores aproximadamente 1Ocm.

8. Amarre os extremos dos condutores desencapados na alça do fio pescador.

""

9. Cubra a união dos condutores com a alça com fita isolante.

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I"""

I'"""'

10. Introduza talco industrial na boca do eletroduto e sopre-o

I'"""

r--

I'""'

r"

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos

Page 144: Apostila SENAI - Eletricista

Prática ProfISsional: Eletricidade Geral

Puxe o fio pescador até que os condutores fiquem próximos da boca de entrada do

eletroduto.

~~Condutores

~

União 'Guia de aço

11. Introduza os condutores, puxando o fio pescador suavemente à medida que o

ajudante for guiando os condutores até que estes apareçam na boca da saída..

12. Continue puxando até que os condutores tenham sobressaído o necessário para

sua utilização.

Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos

Page 145: Apostila SENAI - Eletricista

,

Prática Profissional: Eletricidade Geral

13. Corte os condutores no extremo da amarração com o fio pescador.

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Ensaio 3: Montar rede de eletrodutos""""

Page 146: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletroeletrônica

Neste ensaio, você vai realizar algumas atividades relacionadas a instalações

elétricas. Nele, você vai interpretar diagramas e montar uma instalação elétrica com

uma tomada e uma lâmpada incandescente comandada por interruptor simples em

rede de eletrodutos.

Equipamento

Multímetro digital

Cinto porta-ferramenta

Ferramentas

. Metro

. Canivete

. Guia de nailon

. Alicate de bico

. Alicate de corte

. Alicate universal

. Chave de fenda 1/8" x 1 O"

. Chave de fenda 3/16" x 12"

Ensaio 8: Instalar tomada, interruptor e lâmpada

Page 147: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletroeletrônica

Material necessário

Faça a lista de materiais necessários a partir dos passos da descrição do

procedimento deste ensaio. Consulte catálogos técnicos de fita isolante, condutores

elétricos, lâmpadas incandescentes, interruptores simples, porta-lâmpadas e as

normas NBR 5112, 5444, 5471,6148,12520 e 12523.

Procedimento

1. Faça um diagrama multifilar correspondente ao circuito mostrado a seguir.

2. Meça o percurso da fiação. Se isso não for possível, por imposstbilidade de

localização do percurso da tubulação, use o guia de nailon para obter essa

medida.

Observação

Ao cortar os fios, não se esqueças de deixar sobras.

Ensaio 8: Instalar tomada, interruptor e lâmpada

Page 148: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletroeletrônica

3. Corte os fios desse percurso, amarre-os no olhal da guia de nailon e isole a

amarração.

condutores

íguia de nailon isolaç&o

r-

4, Introduza o guia/fiação no eletroduto. Se necessário, passe vaselfna ou talco

industrial na introdução da fiação.

5. Faça as emendas e insta:r os componentes.

6. Energize o circuito e teste-o.

Ensaio 8: Instalar tomada. interruptor e lâmpada

Page 149: Apostila SENAI - Eletricista

-. Prática profissional; Eletricidade Gera!

-~

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I""'

,

~

Neste ensaio, você vai praticar leitura e interpretação de diagramas elétricos. Vai

também montar uma instalação elétrica com duas lâmpadas incandescentes

comandadas por interruptores simples em rede de eletrodutos.

Equipamentos e ferramentas

1'""-\ .r

.

.I""'

.

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.

Multímetro digitalCinto porta ferramentas

Metro

Canivete

Guia de nailon

Alicate de bico

Alicate de corte

Alicate universal

Chave de fenda 1/8" x 10"

Chave de fenda 3/16" x 12".

""""

.,-Material necessário

Faça a lista de materiais a partir dos passos da descrição do Procedimento deste

ensaio. Consulte catálogos técnicos de fita isolante, condutores elétricos, lâmpadas

incandescentes, interruptores de duas seções, porta-lâmpadas e as normas NBR

5112,5444,5471,6148,12520 e 12523."r--,

r"'

Ensaio 9: Instalar duas lâmpadas incandescentes

Page 150: Apostila SENAI - Eletricista

~

Prática profissional: Eletricidade Geral

~

Procedimento

1. Faça um diagrama unifilar correspondente ao circuito a seguir.

2. Meça o percurso da fiação e cone os fios com comprimento correto, não se

esqueça de deixar sobras.

3. Amarre os condutores no olhal da guia de nailon e isole a amarração.

Ensaio 9: Instalar duas lâmpadas incandescentes

Page 151: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletricidade Geral

4. Introduza o guia/fiação no eletroduto. Se necessário passe vaselina ou talco

industrial na introdução da fiação.

-"-,...,

5. Faça as emendas e instale os componentes.

"""'

r,6. Energize o circuito e teste-o.

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Ensaio 9: Instalar duas lâmpadas incandescentes

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Page 152: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletricidade Geral

Neste ensaio, você vai montar uma luminária para lâmpada fluorescente comandada a

partir de dois pontos diferentes por interruptores paralelos. Vai montar, também, uma

instalação elétrica em rede de eletrodutos para essa luminária.

Equipamentos e ferramentas

. Multímetro digital

. Metro

. Canivete

. Guia de nailon

. Alicate de bico

. Alicate de corte

. Alicate universal

. Cinto porta ferramentas

. Chave de fenda 1/8" x 1 O"

. Chave de fenda 3/16" x 12"

Material necessário

Faça a lista de materiais a partir dos passos da descrição do Procedimento deste

ensaio. Consulte catálogos técnicos de fabricantes de lâmpadas fluorescentes e

respectivos receptáculos, reatores, starters, fita isolante, condutores elétricos,

interruptores paralelos e a norma NBR 5444.

Ensaio 10: Instalar luminária

Page 153: Apostila SENAI - Eletricista

118'0.

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Prática profissional: Eletricidade Geral

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r- Procedimento

1. Monte a luminária fluorescente, utilizando o esquema de ligação impresso na

carcaça do reator.

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2~ Meça o percurso da fiação e corte os fios, deixando sobras.r.

I'"""

3. Passe a fiação da instalação na tubulação, de acordo com o diagrama da

instalação. Se necessário, passe vaselina ou talco industrial para facilitar a

introdução da fiação.

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Ensaio 10: Instalar luminária

1'"""'\

,

Page 154: Apostila SENAI - Eletricista

Prática profissional: Eletricidade Geral

ObservaçãoSe este diagrama não estiver coerente com a tubulação de sua bancada, refaça-o de

forma a atender às necessidades da sua instalação.

5. Faça as emendas e ligações dos componentes.

6. Energize o circuito e teste-o.

'"'

Ensaio 10: Instalar luminária

Page 155: Apostila SENAI - Eletricista

Verificar funcionamento de comandopara inversão de rotação de motortrifásico

,...

,

I'""'

"""'"

"""'

Neste ensaio você vai montar e verificar o funcionamento de um

circuito de comando que inverterá o sentido da rotação de um

motor trifásico, utilizando chaves auxiliares fim de curso.

As chaves auxiliares fim de curso comandam os contatores.

Estes, por sua vez, comandam as correntes de acionamento dos

motores.

Equipamentor-

Motor trifásico, 1 cv 220 V, 60Hz

~r Material necessário

. Fusíveis NH 16 A com base

Fusíveis diazed 4 A com base

. Contatores com bobinas para 220 V

. Botoeiras com três botões

. Relé térmico com faixa de regulagem compatível com motor

. Chaves fim de curso

. Cabos de conexão

Procedimento1. Com o auxílio de catálogos de fabricantes, faça a especi-

ficação de todos os componentes necessários à montagem

do circuito, simulando a capacidade do motor indicada por

seu instrutor.

Page 156: Apostila SENAI - Eletricista

2. Monte o circuito de comando conforme diagrama a seguir.

3. Acione 81. Anote o que acontece.

4. Acione 80. Anote o que acontece.

5. Acione 82. Anote o que acontece.

6. Desligue o circuito.

7. Teste o intertravamento por botões: pulse 81, depois 82 e

torne a pulsar 81. Descreva o que aconteceu.

-"""

"8. Teste o funcionamento das chaves fim de curso: seguin-

do a ordem, pulse 81, 83, 82 e 84.

Page 157: Apostila SENAI - Eletricista

Monte o circuito principal conforme o diagrama a seguir.9.

""'

I'"'

r"'

,-.,

Teste o funcionamento do circuito principal, repetindo os

passos 2 a 7.

10.

Pulse S2 mantendo 84 pressionado. Observe e explique o

que aconteceu.

11.

r'fi

r-

12, Pulse 81 mantendo 84 pressionado. Explique o que

aconteceu.

I"""

13. Se o contato 13.14 de K1 não ligar quando S1 for aciona-

do, o que acontece com o funcionamento do circuito? Simule

essa situação e explique o que acontece.".-.

14. Meça e anote a corrente de partida, a corrente na reversão e

a corrente em funcionamento normal.

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IP

IRr

rI"""

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r-

Page 158: Apostila SENAI - Eletricista

Verificar funcionamento de sistemade partida estrela-triângulo

Neste ensaio, em que você vai instalar um motor trifásico com

comando para partida estrela-triângulo, será possível comprovar

as variações das correntes desse sistema de partida.

Equipamento

Motor trifásico

Amperímetro 0-30 A CA

Material necessário

3 contatores

1 relé temporizador

3 fusíveis para proteção da linha do motor

2 fusíveis para proteção da linha de comando

1 botão liga

1 botão desliga

Cabos de ligação

Procedimento

Ligue o motor trifásico fechado em estrela e coloque o

amperímetro em série com uma das fases de modo a medir

a corrente de linha. Não energize o circuito.

2. Faça a representação esquemática do circuito montado.

3. Energize O circuito.

Page 159: Apostila SENAI - Eletricista

5. Indique abaixo quais são os valores de corrente de linha e

corrente de fase que o motor proporciona.

IL

IF

"""

"'""'

,

6. Desenergize o motor e desfaça as ligações.

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r'

"'""

7. Ligue o motor trifásico em triângulo e coloque o amperímetro

em série com uma das fases de modo a medir a corrente de

linha. Não energize o circuito.

8. Faça a representação esquemática do circuito montado.

J'"""\

Energize o circuito.9.

"'""'

/""

/"'

11. Indique abaixo quais são os valores de corrente de linha e de

corrente de fase que o motor proporciona.

IL

IF

r---

(calculado)

12. Desenergize o motor e desfaça as ligações.

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"'"'

,.-.

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~

Page 160: Apostila SENAI - Eletricista

-'""'

13. Responda:

a) Qual a relação entre as correntes da partida estrela e da

partida triângulo?

b) Qual a relação entre as correntes nominais em estrela e

triângulo?

14. Teste os elementos e monte o circuito de comando conformeo diagrama a seguir.

~

--

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"""'

~

15. Teste o circuito e faça as correções necessárias.

Page 161: Apostila SENAI - Eletricista

16. Monte o circuito principal conforme o diagrama a seguir.

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"'"'

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17. Energize o circuito e comprove seu funcionamento.

r18. Desenergize o circuito e insira o amperímetro em série com

uma das fases.Ê'

r'

,..."

1'"""

19. Energize o circuito e anote os valores pedidos.

Corrente de partida estrela -

Corrente nominal estrela -

Corrente de partida triângulo

Corrente nominal triângulo -

"'"""

r-

~

/"'"

r

r-.i""""

rr-..

Page 162: Apostila SENAI - Eletricista

ObservaçãoA partida em estrela pode ser dada com o eixo do motor sem

rotação.

20. Compare os valores de corrente do passo 19 com os dos

passos 4 e 1 O e responda:

a) Por que existe diferença de valores de corrente na parti-

da em triângulo?

b) Se o ajuste do relé temporizador provocar um tempo de

comutação muito curto, isso gera um aumento da corren-

te de partida triângulo? Por quê?

21. Diminua ao mínimo o valor do temporizador. O que aconte-

ceu?

22. Meça a corrente de linha do motor.

IL

23. Meça a corrente que passa pelo relé térmico.

IRT

24. Responda:

a) Qual é a relação que existe entre a corrente de linha e a

corrente no relé?

Page 163: Apostila SENAI - Eletricista
Page 164: Apostila SENAI - Eletricista

Verificar funcionamento de sistemade partida estrela-triângulo comreversão

Neste ensaio, você vai comandar a reversão de rotação do

motor trifásico por meio de botões e relés temporizadores. A

partida desse motor é em estrela-triângulo com contatores.

Equipamento

Motor trifásico

Amperímetro 0-30 A CA

Material necessário

4 contatores

1 relé térmico

3 botões pulsadores

1 relé temporizador

Procedimen to

1 Com o auxílio de catálogos de fabricantes dimensione os

componentes do circuito de acordo com a potência de motor

fornecida pelo instrutor.

Page 165: Apostila SENAI - Eletricista

Teste todos os dispositivos que serão utilizados e disponha-

os no painel.

2.

3. Monte e teste o circuito de comando conforme o diagrama a

seguir.

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Page 166: Apostila SENAI - Eletricista

5. Descreva a seqüência operacional do circuito após o pulso

de b1.

6. Descreva a seqüência operacional após o pulso de b2.

7 o que poderá ocorrer se os contatores b2 (1,2) ou b1 falha-

rem quando pulsados?

8. Insira o amperímetro no circuito e meça a corrente de pico

na partida e na reversão

VPpart

VPRev