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INFORMACION SENAI BRASIL
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© SENAI, 2008
Apostila: Eletrotécnica
Trabalho organizado pela escola SENAI “Mariano Ferraz” do Departamento Regional
do SENAI-SP
Equipe responsável
Ø Coordenação Geral: Norton Pereira
Ø Coordenação : Claudinei Vieira Maia
Ø Organização :
Ø Revisão:
André Carillo/Danilo Rodrigues Bezerra
Valter Florêncio
Ø Capa: Padrão SENAI
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio
ou processo. A violação dos direitos autorais é punível como crime com pena de prisão
e multa, e indenização diversas (Código Penal Leis Nº 5.988 e 6.895).
SENAI
SERVIÇO NACIONAL DE
APRENDIZAGEM
INDUSTRIAL
ESCOLA SENAI
“MARIANO FERRAZ”
CFP – 1.06
Rua Jaguaré Mirim, 71
Vila Leopoldina – SP
CEP: 05311-020
Telefax: (0XX11) 3641-0024
www.sp.senai.br
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 3
Sumário
Geração de Tensão e Corrente Alternadas...................................................................05
Sistemas de Transmissão.............................................................................................15
Proteção contra os Perigos da Energia Elétrica............................................................21
Dispositivos de Proteção...............................................................................................29
Projeto de Instalações Elétricas Residenciais...............................................................39
Quadro de Distribuição..................................................................................................45
Divisão da Instalação Elétrica em Circuitos Terminais..................................................49
Diagramas Elétricos e Simbologias...............................................................................53
Normas Técnicas...........................................................................................................57
Motores Elétricos...........................................................................................................61
Diagramas de Comandos Elétricos...............................................................................89
Fusíveis – Dispositivos de Proteção e Segurança......................................................107
Contatores...................................................................................................................117
Intertravamento de Contatores....................................................................................127
Transformadores para Comando.................................................................................131
Reostato de partida......................................................................................................135
Conjugado....................................................................................................................139
Sistemas de Partida de Motores Trifásicos..................................................................143
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 5
GGeerraaççããoo ddee TTeennssããoo ee CCoorrrreennttee AAlltteerrnnaaddaass
Geração de tensão e corrente alternadas trifásicas:
A geração de tensão e corrente alternadas é feita pelo gerador. Como já foi visto,
gerador é uma máquina elétrica que transforma energia mecânica em energia elétrica
com a ajuda da força magnética.
O gerador de tensão trifásica é constituído por um ímã indutor girando no centro de um
conjunto de três bobinas colocadas a 1200 uma da outra, com as seguintes
características:
• mesma freqüência angular, ou seja, mesma velocidade angular;
• mesmo valor eficaz;
• fases iniciais defasadas entre si 120o.
Geração de energia elétrica trifásica:
No Brasil, a energia elétrica é gerada em corrente
alternada no sistema trifásico, na freqüência de 60 Hz.
Nesse sistema, utiliza-se um gerador de CA, constituído
por um indutor (rotor) girando no centro de um sistema
fixo de três bobinas (estator) colocadas a 120o uma da
outra.
Um ciclo completo de corrente alternada corresponde a 360o, ou seja, uma volta
completa do rotor. Por isso, as três correntes alternadas monofásicas produzidas por
um gerador trifásico estão defasadas entre si de 120o elétricos ou 1/3 do ciclo.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 6
Num gráfico, as correntes das bobinas I, II e III fornecem a seguinte configuração:
A defasagem de 120o entre as correntes alternadas e as suas variações para valores
positivos e negativos ocorre tanto para os valores de tensão, quanto para os valores da
intensidade da corrente elétrica.
Ligações em um sistema trifásico:
Como já vimos, a energia elétrica é gerada industrialmente em corrente alternada no
sistema trifásico por meio de geradores trifásicos constituídos por três bobinas
dispostas de tal forma que as tensões induzidas ficam defasadas 120 o. As três fases
são independentes entre si e geram formas de onda também defasadas 120 o.
As três bobinas do gerador produzem três CA’s monofásicas. Teoricamente, para
transportar essas três CA’s monofásicas até os consumidores, seriam necessários seis
condutores.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 7
Na prática, porém, é possível diminuir esse número de condutores para apenas três ou
quatro.
Para isso, o gerador pode ser ligado de duas formas diferentes:
• por meio da ligação em estrela, representada simbolicamente pela letra Y;
• por meio da ligação em triângulo (ou delta), representada pela letra grega ∆
(delta).
Ligação em estrela:
Tem-se uma ligação em estrela quando as extremidades de cada uma das fases ou
bobinas geradoras são ligadas entre si. Essa ligação pode ser feita com condutor
neutro (4 fios) ou sem condutor neutro (3 fios).
A ligação em estrela com condutor neutro é chamada ainda de sistema a quatro fios.
Nesse tipo de ligação, os três fios por onde retornam as correntes podem ser reunidos
para formar um só condutor ou fio neutro. Esse condutor recolhe as três correntes das
cargas e as conduz ao centro das fases geradoras.
A figura que segue mostra a representação esquemática desse tipo de ligação, bem
como as respectivas curvas de tensões.
Outro dado a ser lembrado é que a soma das três tensões, num mesmo instante,
equivale a zero. Isso acontece porque a tensão na fase I assume seu valor máximo
positivo. Enquanto isso, as tensões nas fases II e III apresentam, respectivamente e no
mesmo instante, um valor máximo negativo. Matematicamente, esses valores se
anulam.
Isso significa que a soma das correntes de cada carga é nula no fio neutro. Por esse
motivo, ele pode ser retirado. Disso resulta a ligação em estrela sem condutor neutro
ou sistema a três fios.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 8
Veja a representação esquemática desse tipo de ligação:
Tensão de fase e tensão de linha na ligação estrela:
A tensão entre as duas extremidades de cada bobina é chamada de tensão de fase
(Ef). Veja a localização das tensões de fase na representação esquemática a seguir:
A tensão entre duas fases, seja entre a fase I e a fase II, entre a fase I e a fase III, ou
ainda entre a fase II e a fase III, é chamada de tensão de linha (EL).
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 9
73,1E
E ou 3
EE L
fL
f ==
Num sistema trifásico, ligado em estrela, a tensão de fase em qualquer instante
corresponde à tensão de linha dividida pela raiz de três. Isso acontece porque os
valores instantâneos de tensão em cada fase não são coincidentes, estão defasados
120 o.
Assim, a tensão de fase (Ef) é calculada com o auxílio da seguinte equação:
A tensão de linha deveria ser calculada por meio da soma das tensões Ef1 e Ef3.
Todavia, por causa da defasagem de 120o já citada, não é possível fazer a soma
aritmética das duas tensões. Portanto, deduzindo a fórmula, temos:
EL = Ef x 1,73
Como exemplo, vamos aplicar essa fórmula na ligação em estrela apresentada a
seguir:
EL = 127 x 1,73 = 219,97 = 220 V
Corrente de linha e corrente de fase na ligação em estrela:
Numa ligação em estrela, chama-se corrente de linha (IL) a corrente que se encontra
em cada uma das linhas.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 10
Na ligação em estrela, a corrente de cada bobina é chamada de corrente de fase (If).
Por exemplo, num sistema trifásico ligado em estrela, a corrente de linha é igual à
corrente de fase, isto é, IL = If. Isso acontece porque a corrente flui em série através da
fase e da carga. Como não há ramificação da corrente, a intensidade de I na fase If é
exatamente igual à corrente de linha (IL).
Ligação em triângulo:
A ligação em triângulo é feita de modo que o início de um enrolamento é ligado ao final
do outro, formando graficamente um triângulo equilátero. Os condutores externos são
ligados às junções de cada fase.
Esse tipo de ligação forma um circuito fechado. Todavia, a corrente não circula por
esse circuito, pois a tensão resultante é a soma das tensões geradas em cada fase.
Como a tensão de uma fase é igual e oposta à soma das outras duas, elas se anulam.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 11
Tensão de fase e tensão de linha na ligação em triângulo:
Como acontece na ligação em estrela, na ligação em triângulo, a tensão entre as duas
extremidades de cada bobina é chamada tensão de fase (Ef).
Por sua vez, a tensão entre qualquer dos pares de fases é chamada de tensão de linha
(EL).
Num sistema trifásico ligado em triângulo, a tensão de linha é igual à tensão de fase.
Portanto: EL = Ef
Corrente de linha e corrente de fase na ligação em triângulo:
Na ligação em triângulo, a corrente de linha (IL) é aquela que se encontra em cada uma
das linhas.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 12
Na ligação em triângulo, a corrente de fase (If) é a corrente de cada bobina.
Para estudar o comportamento das correntes de linha e de fase na ligação em
triângulo com três cargas monofásicas iguais, é preciso lembrar que cada condutor
externo é comum a duas fases.
Com os três condutores externos podemos formar três circuitos elétricos. Quando, num
instante qualquer, a corrente entra por um dos condutores, esse será o condutor de
entrada, e os outros dois, os condutores de retorno. No instante seguinte, um segundo
condutor será o de entrada, enquanto o primeiro e o terceiro serão os condutores de
retorno e assim por diante.
Como as correntes estão defasadas 120o, a corrente de linha é igual à corrente de fase
multiplicada por 1,73, ou seja:
Assim, numa ligação em que a corrente de fase é de 10 A, teremos:
IL = 10 . 1,73 = 17,3 A
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 13
Exercícios:
1) Responda às seguintes perguntas:
a) Qual é a defasagem entre as fases em um sistema trifásico?
b) Quais são os tipos de ligações que podem ser feitas em um sistema trifásico?
2) Faça os esquemas solicitados:
a) Ligação em triângulo:
b) Ligação em estrela:
3) Resolva os seguintes exercícios:
a) Calcule a tensão de linha no circuito que segue:
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 14
b) Calcule a corrente de linha no circuito que segue:
4) Relacione a segunda coluna com a primeira:
( )
( )
A tensão de linha é igual à tensão de fase
A corrente de linha é 1,73 vezes maior que a
corrente de fase
a. Ligação em triângulo
( )
( )
A tensão de linha é 1,73 vezes maior que a tensão
de fase
A corrente de linha é igual à corrente de fase
b. Ligação em estrela
5) Temos um sistema equilibrado de tensão nominal 220 volts. A corrente de linha
medida é 10 ampéres. Ligando a este sistema uma carga trifásica composta de três
cargas iguais ligadas em triângulo, qual a tensão e a corrente em cada uma das
cargas?
6) Temos uma carga trifásica composta de três cargas iguais; cada carga é feita para
ser ligada a uma tensão de 220 volts, absorvendo 5,77 ampéres. Qual a tensão
nominal do sistema trifásico em estrela que alimenta esta carga em suas condições
normais (220 volts e 5,77 ampéres)? Qual a corrente de linha?
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 15
SSiisstteemmaa ddee TTrraannssmmiissssããoo
Muitas vezes, a geração de energia elétrica ocorre em locais distantes dos centros
consumidores. No caso predominante no Brasil (geração hídrica) a natureza impõe os
locais onde sejam viáveis as construções das barragens. É comum usinas geradoras
distantes centenas ou milhares de quilômetros dos grandes centros. Assim, são
necessários meios eficientes de levar essa energia.
Após a geração da energia elétrica, a transmissão desta energia até os consumidores
ocorre em várias etapas e de diversas formas.
A transmissão da energia elétrica é feita em alta tensão ou ultra-alta tensão e pode ser
feita em linhas de CC e CA, sendo que a transmissão em CA é predominante.
Após o gerador, transformadores da subestação elevadora aumentam a tensão para
um valor alto. Dependendo da região, pode variar de 69 a 750 kV. Finda a linha
transmissão, transformadores de uma subestação redutora diminuem a tensão para
um valor de distribuição.
A transmissão em alta tensão é feita por motivos de economia, pois aumentando a
tensão, a corrente diminui proporcionalmente. Com a diminuição da corrente a ser
transportada, é possível utilizar condutores com menores seções e torres de
sustentação menos reforçadas. O exemplo a seguir ilustra esta redução de corrente.
kA 3 I 200
6.100E
E . I I
II
EE
22
112
1
2
2
1 ====
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 16
No exemplo apresentado, uma corrente de 100 kA solicitada do gerador, pode ser
transportada com apenas 3 kA.
Os condutores que transportam a energia elétrica da usina até as subestações de
distribuição, normalmente são de alumínio, pois o alumínio é mais leve que o cobre e
desta forma é possível diminuir a força de tração nas torres.
A figura a seguir ilustra um sistema de torres de sustentação dos condutores de
distribuição de energia elétrica:
Para a determinação dos valores da tensão de transmissão são considerados vários
aspectos. Como exemplos podemos citar: a distância entre a usina e os consumidores,
o trajeto, a segurança e a potência solicitada.
O esquema a seguir apresenta um exemplo de geração e transmissão de energia
elétrica:
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 17
A geração e transmissão de energia elétrica da usina de Itaipu são ilustradas a seguir:
É claro que, na prática, os sistemas de transmissão não são tão simples assim. Usinas
normalmente dispõem de vários conjuntos turbina-gerador que trabalham em paralelo.
As transmissões de diferentes usinas e diferentes centros consumidores são
interligados de forma a garantir o suprimento em caso de panes e outros problemas.
Distribuição
Uma rede de distribuição deve fazer a energia chegar até os consumidores de forma
mais eficiente possível.
A subestação redutora diminui a tensão da linha de transmissão para 13,8 kV,
chamada distribuição primária, que é o padrão geralmente usado nos centros
urbanos no Brasil. São aqueles 3 fios que se vê normalmente no topo dos postes. Essa
tensão primária é fornecida aos consumidores de maior porte os quais, por sua vez,
dispõem de suas próprias subestações para rebaixar a tensão ao nível de alimentação
dos seus equipamentos.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 18
A tensão primária também alimenta aqueles transformadores localizados nos postes
que reduzem a tensão ao nível de ligação de aparelhos elétricos comuns (127/220 V),
para consumidores de pequeno porte. É a chamada distribuição secundária.
A rede é formada pelos quatro fios (separados e sem isolação ou juntos e com
isolação) que se observam na parte intermediária dos postes.
É evidente que uma distribuição simples assim é típica de uma cidade de pequeno
porte. Cidades maiores podem ser supridas com várias linhas de transmissão,
dispondo de várias subestações redutoras e estas podem conter múltiplos
transformadores, formando assim várias redes de distribuição. Também pode haver
várias tensões de distribuição primária. Indústrias de grande porte, consumidoras
intensivas de energia elétrica, em geral são supridas com tensões bastante altas, às
vezes a da própria transmissão, para evitar altos custos da rede.
Exercícios:
1) Por que a energia elétrica é transportada em alta tensão?
2) Qual é o valor das tensões na subestação elevadora da usina hidroelétrica de
Itaipu?
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 19
3) Cite dois aspectos que devem ser considerados para a determinação dos valores da
tensão de transmissão.
Eletrotécnica
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PPrrootteeççããoo ccoonnttrraa ooss ppeerriiggooss ddaa eenneerrggiiaa eellééttrriiccaa
Muitas vezes subestimamos os perigos da energia elétrica, por não ser um perigo
visível ou palpável como ocorre em mecânica, por exemplo.
Mas uma simples troca de lâmpada pode ser fatal se não forem observados alguns
aspectos importantes com relação à segurança.
Neste capítulo serão abordados assuntos que devem ser encarados com muita
seriedade, pois sua vida é mais importante que qualquer outra coisa, inclusive seu
trabalho.
Efeitos da corrente elétrica no corpo humano:
Partindo do princípio de que tudo é formado por átomos, e corrente elétrica é o
movimento dos elétrons de um átomo a outro, o corpo humano é então um condutor
de eletricidade.
A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano pode
ser perigosa dependendo da sua intensidade, do caminho
por onde ela circula e do tipo de corrente elétrica. Assim,
uma pessoa suporta, durante um curto período de tempo,
uma corrente de até 40 mA.
Vejamos o porquê:
Com as mãos úmidas, a resistência total de um corpo
humano é de aproximadamente 1.300 Ω. Aplicando a Lei
de Ohm (V = R x I), vamos nos lembrar de que para uma
corrente de 40 mA circular em uma resistência de 1.300 Ω,
é necessária apenas uma tensão elétrica de:
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 22
V = 1300 Ω x 0,04 A = 52 V.
Por causa disso, em nível internacional, tensões superiores a 50 V são consideradas
perigosas.
Através da tabela que segue, é possível observar em valores de correntes o que pode
ocorrer com uma pessoa quando submetida à passagem de uma corrente elétrica. É
claro que cada ser humano tem valores resistivos diferentes e esses valores variam de
acordo com o metabolismo, a presença ou não de umidade, a intensidade da corrente,
a densidade (mA/mm2) e o trajeto que a corrente faz através dos membros da pessoa.
Corrente em ampères Efeito
0,005 a 0,01A Pequenos estímulos nervosos.
0,01 a 0,025 A Contrações musculares.
0,025 a 0,08 A Aumento da pressão sangüínea, transtornos cardíacos e
respiratórios, desmaios.
0,08 a 5 A Corrente alternada pode provocar a morte por contrações
rápidas do coração (fibrilação).
acima de 5 A Queimaduras na pele e nos músculos.
O gráfico ao lado nos fornece a co-relação
da Intensidade de Corrente e o Tempo de
Exposição ao Choque elétrico, indicando
O Grau do Risco Envolvido.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 23
Veja na ilustração a seguir o que pode ocorrer em alguns dos órgãos do corpo
humano, quando atravessado por uma corrente, entrando pela mão e saindo pelos pés
de uma pessoa descalça sobre um chão molhado.
1. Cérebro: detenção da circulação sangüínea;
2. Músculo: paralisação do músculo; saída de um órgão
ou parte dele;
3. Pulmões: acúmulo anormal de líquido; aumento de
pressão;
4. Coração: infarto; aumento do número de contrações e
perda da capacidade de bombear sangue;
5. Diafragma: parada respiratória; tetanização;
6. Rim: insuficiência renal; incontinência de urina;
7. Embrião (feto): tetanização; aumento do número de
contrações no coração e perda de capacidade de
bombear sangue; desprendimento da placenta;
8. Vasos circulatórios: entupimento e parada cardíaca;
9. Sangue: fuga da parte líquida, coagulável do sangue;
10. Bulbo: inibição dos centros respiratórios e cardíacos.
Devido ao que acabou de ser explicado, os seguintes
cuidados devem ser tomados:
⇒ os reparos de equipamentos elétricos devem ser sempre feitos por especialistas;
⇒ as partes do corpo expostas à tensão devem estar devidamente isoladas;
⇒ os equipamentos devem estar desligados por completo durante a execução dos
reparos.
Formas de Contato acidentais com a Eletricidade:
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 24
Classificação do Choque Elétrico:
Macrochoque:
Ocorrem quando o contato é realizado sobre a pele
intacta, ou seja, com Alta Impedância (Maior Resis-
Tência ?). É a situação mais comum de contato.
A figura ao lado ilustra essa situação.
Microchoque:
Ocorrem durante procedimentos cirúrgicos (invasivos)
ou em caso de contato interno ao corpo, situação de
Baixa Impedância ( Baixa Resistência ?).
A figura ao lado ilustra essa situação.
Medidas de proteção:
Várias medidas podem ser tomadas para proteger as pessoas contra choques
elétricos. As mais usuais são:
⇒ Proteção através do condutor terra;
⇒ Proteção por isolamento;
⇒ Proteção por separação de circuitos.
⇒ Proteção de circuitos através de Disjuntores Diferenciais Residuais (DR´s)
Proteção através do condutor terra:
A falha de isolação de qualquer equipamento cuja instalação tenha sido realizada sem
o condutor terra, fará com que a carcaça do equipamento fique energizada. Se alguém
se encostar a esta carcaça, uma corrente elétrica circulará através de seu corpo,
ocasionando um choque elétrico.
Para evitar esse tipo de acidente deve-se instalar um condutor terra na carcaça do
equipamento. Esta medida de proteção é chamada de aterramento.
Se ocorrer falha na isolação do equipamento, estando a carcaça aterrada, haverá um
curto-circuito entre o condutor fase e o de proteção (terra). Isto ocasiona a atuação
do dispositivo de proteção do circuito e elimina o perigo. A corrente elétrica vai para
terra através do condutor de proteção.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 25
As figuras abaixo ilustra 2 situações mais comuns de choque elétrico e de como ocorre
A proteção pelo condutor de terra (aterramento).
Equipamento sem proteção por aterramento.
Em caso de falha em sua isolação, o corpo
humano em contato com o solo, se torna o
melhor caminho.
Equipamento devidamente
protegido por aterramento.
O condutor de proteção deve ter
cor verde com espiras
amarelas ou somente verde
(NBR 5410).
Proteção por isolação:
Uma outra forma de proteção contra choques elétricos é através da utilização de
materiais isolantes na carcaça dos equipamentos. As ferramentas elétricas, os
aparelhos eletrodomésticos e alguns eletromédicos são envolvidos em materiais
isolantes com boa resistência mecânica.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 26
Proteção por separação de circuitos:
A proteção por separação de circuitos é feita com o auxílio de um transformador
isolador (1:1) com o secundário não aterrado. Assim é possível deixar o secundário
sem referência com a terra, deixando de existir, dessa forma, diferença de potencial
entre os terminais do secundário e a terra.
Exercícios:
1) Qual o valor limite de corrente elétrica, que uma pessoa pode suportar durante um
curto período de tempo?
2) O que pode ocorrer com uma pessoa quando submetido a passagem de uma
corrente elétrica de 30 mA ?
3) Acima de qual valor a tensão é considerada perigosa?
Eletrotécnica
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4) Cite um exemplo de dano que a corrente elétrica pode causar ao passar pelo
coração de uma pessoa.
5) Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita:
1. Proteção através do condutor terra ( ) Transformador isolador 1:1
2. Proteção por separação de circuitos ( ) Aterramento
3. Proteção por isolamento ( ) Carcaça de materiais isolantes
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 29
DDiissppoossiittiivvooss ddee PPrrootteeççããoo
Neste capítulo serão estudados dispositivos usados em instalações prediais.
Para a complementação do estudo desse assunto, é importante que você consulte
catálogos técnicos fornecidos por fabricantes desses dispositivos, nos quais é possível
obter informações técnicas que permitem dimensionar e especificar os dispositivos de
acordo com os parâmetros do circuito.
Dispositivos de proteção:
Os dispositivos de proteção dos circuitos elétricos podem ser divididos em quatro tipos:
• fusíveis;
• disjuntores termomagnéticos ;
• interruptores e disjuntores de corrente de fuga;
Fusíveis:
Os fusíveis são dispositivos de proteção destinados a interromper circuitos pelos quais
esteja circulando uma corrente de curto-circuito ou sobrecarga de longa duração.
Há vários modelos de fusíveis, de diversos fabricantes. Os mais usuais são os do tipo
cartucho, faca, diazed e NH.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 30
Os fusíveis são formados por um corpo de material isolante, normalmente fibra
prensada ou porcelana no qual está inserido um fio fusível de chumbo, cobre ou prata,
que uma vez fundido por sobrecarga ou curto-circuito, interrompe a corrente do
circuito.
O corpo de material isolante serve de proteção contra acidentes pessoais (choques).
Os fusíveis são construídos para várias intensidades de correntes e tensão máxima de
serviço até 600 V.
O fio fusível existente no interior do fusível, chamado de elo
fusível, ou lâmina fusível, é o condutor que se funde dentro do
fusível e interrompe a corrente do circuito quando há
sobrecarga de longa duração ou curto-circuito.
Quando ocorrer a queima do elo fusível, o dispositivo deverá se
substituído por outro de mesma característica.
Observação:
Os fusíveis DIAZED e NH, bem como a forma de atuação retardada ou rápida serão
estudados apropriadamente na próxima apostila.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 31
Disjuntores:
Disjuntores são dispositivos de manobra e proteção com capacidade de ligação e
interrupção de corrente quando surgem no circuito condições anormais de trabalho,
como curto-circuito ou sobrecarga.
O disjuntor é composto das seguintes partes:
⇒ caixa moldada feita de material isolante na qual são montados os componentes;
⇒ alavanca liga-desliga por meio da qual se liga ou desliga manualmente o disjuntor;
⇒ extintor de arco ou câmara de extinção, que secciona e extingue o arco que se
forma entre os contatos quando acontece sobrecarga ou curto-circuito;
⇒ mecanismo de disparo que desliga automaticamente o disjuntor em caso de
anormalidade no circuito;
⇒ relê bimetálico que aciona o mecanismo de disparo quando há sobrecarga de longa
duração;
⇒ relê eletromagnético que aciona o mecanismo de disparo quando há um curto-
circuito.
O disjuntor inserido no circuito funciona como um interruptor. Como o relê bimetálico e
o relê eletromagnético são ligados em série dentro do disjuntor, ao ser acionada a
alavanca liga-desliga, fecha-se o circuito que é travado pelo mecanismo de disparo e a
corrente circula pelos dois relês.
extintor de arco
saída
relê bimetálico
relê eletromagnético
caixa moldada de material isolante
eletroímã
bimetal
alavanca de acionamento
(liga-desliga)
mecanismo de disparo
entrada
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 32
Havendo uma sobrecarga de longa duração no circuito, o relê bimetálico atua sobre o
mecanismo de disparo abrindo o circuito. Da mesma forma, se houver um curto-
circuito, o relê eletromagnético é que atua sobre o mecanismo de disparo abrindo o
circuito instantaneamente.
Quando ocorrer o desarme do disjuntor, basta acionar a alavanca de acionamento para
que o dispositivo volte a operar, não sendo necessária sua substituição como ocorre
com os fusíveis.
Quanto às características elétricas, os disjuntores podem ser unipolar, bipolar e
tripolar; normalmente para correntes de 2 A, 4 A, 6 A, 10 A, 13 A, 16 A, 20 A, 25 A, 32
A, 40 A, 50 A, 63 A, 70 A, 80 A e outras.
Eles possuem disparo livre, ou seja, se a alavanca for acionada para a posição ligada
e houver um curto-circuito ou uma sobrecarga, o disjuntor desarma.
Observação:
O disjuntor deve ser colocado em série com o circuito que irá proteger.
O tempo de disparo da proteção térmica (ou contra sobrecarga) torna-se mais curto
quando o disjuntor trabalha em temperatura ambiente elevada. Isso ocorre
normalmente dentro do quadro de distribuição. Por isso, é necessário dimensionar a
corrente nominal do disjuntor, de acordo com as especificações do fabricante, e
considerando também essa situação.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 33
Características Técnicas:
⇒ Corrente nominal (In): valor eficaz da corrente de regime contínuo que o disjuntor
deve conduzir indefinidamente, sem elevação de temperatura acima dos valores
especificados.
⇒ Corrente convencional de não atuação (Ina): valor especificado de corrente que
pode ser suportado pelo disjuntor durante um tempo especificado (tempo
convencional).
⇒ Temperatura de calibração: temperatura na qual o disparador térmico é calibrado.
Normalmente são utilizadas as temperaturas de 20, 30 ou 40ºC.
⇒ Tensão nominal (Un): valor eficaz da tensão pelo qual o disjuntor é designado e no
qual são referidos outros valores nominais. Esse valor deve ser igual ou superior ao
valor máximo da tensão do circuito no qual o disjuntor será instalado.
⇒ Capacidade de interrupção (Icn): valor máximo que o disjuntor deve interromper
sob determinadas tensões e condições de emprego. Esse valor deverá ser igual ou
superior à corrente presumida de curto-circuito no ponto de instalação do disjuntor.
⇒ Curvas de disparo: as curvas de disparo B, C e D correspondem à característica
de atuação do disparador magnético, enquanto que a do disparador térmico
permanece a mesma.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 34
• B: 3 a 5 x In
• C: 5 a 10 x In
• D: 10 a 14 x In
Existem ainda as curvas Z, K, MA.
Dispositivo Diferencial Residual (DR):
Desde Dezembro de 1997, é obrigatório no Brasil, em todas as instalações elétricas de
baixa tensão, o uso do chamado dispositivo DR nos circuitos elétricos que atendam
aos seguintes locais: banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de
serviço e áreas externas.
O dispositivo DR é um interruptor de corrente de fuga automático que desliga o circuito
elétrico caso haja uma fuga de corrente que coloque em risco a vida de pessoas e
animais domésticos e a instalação elétrica.
Proteção contra choques elétricos Proteção contra riscos de incêndios
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 35
Isso garante a segurança contra choques elétricos e incêndios. Apesar de se ter a
sensação de choque em caso de contato da fase com o corpo humano, não há risco
de vida, caso o circuito seja protegido por esse dispositivo.
As ilustrações a seguir representam interruptores e Disjuntores de corrente de fuga:
Interruptor Diferencial Residual 2 P Interruptor Diferencial Residual 4 P
O interruptor de corrente de fuga possui um transformador de corrente, um disparador
e um mecanismo liga-desliga. Ele funciona comparando a corrente de entrada com a
de saída. Essa diferença é chamada de “Corrente Diferencial residual” (IDR).
⇒ Ideal: IDR = 0
⇒ Real: IDR ? 0 (correntes naturais de fuga)
⇒ Atuação: IDR = I∆n (corrente diferencial residual nominal de atuação)
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 36
Tipos de disjuntores ou interruptores DR:
⇒ alta sensibilidade: = 30mA
⇒ baixa sensibilidade: > 30mA
Ele deve ser ligado de modo que todos os condutores do circuito, inclusive o neutro,
passem pelo interruptor. Isso permite a comparação entre as correntes de entrada e de
saída e o desligamento da alimentação do circuito em caso de fuga de corrente.
Aplicações:
⇒ falta em aparelhos elétricos (eletrodomésticos);
⇒ falha na isolação de condutores;
⇒ circuitos de tomadas em geral;
⇒ campings, laboratórios, oficinas, áreas externas;
⇒ proteção contra riscos de incêndios de origem elétrica;
⇒ canteiros de obra.
Observação: o DR não desobriga o uso das proteções contra sobrecorrentes nem
dispensa o aterramento das massas.
Veja exemplos de esquemas de ligação para interruptores de corrente de fuga nas
ilustrações a seguir:
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 37
Há interruptores projetados para operar com correntes de fuga de 500 mA, porém eles
só protegem as instalações contra riscos de incêndio, não oferecendo segurança
contra riscos pessoais.
Observação:
Antes de substituir ou rearmar qualquer dispositivo de proteção, deve-se sanar as
causas que provocaram a interrupção do funcionamento do circuito elétrico.
Exercícios:
1) Qual é a função do interruptor de corrente de fuga?
2) Quais são os tipos de fusíveis mais usuais?
3) Como ocorre a interrupção do circuito através do fusível?
4) Qual é a diferença entre um disjuntor termomagnético e o fusível?
5) Em quais condições o disjuntor diferencial residual atua?
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 39
PPrroojjeettoo ddee IInnssttaallaaççõõeess EEllééttrriiccaass RReessiiddeenncciiaaiiss
Nos projetos elétricos residenciais, calcula-se a potência ativa aplicando os seguintes
valores de fator de potência:
⇒ 1,0 – Carga resistiva;
⇒ 0,8 – Tomadas de uso geral (TUG’s).
Os “flats” e as unidades de apart-hotéis e similares devem ser considerados como
unidades residenciais.Os equipamentos de utilização de uma instalação podem ser
alimentados diretamente através de tomadas de corrente.
A carga a considerar para um equipamento de utilização é a sua potência nominal
absorvida, dada pelo fabricante ou calculada a partir da tensão nominal, da corrente e
do fator de potência.
Nos casos em que for dada a potência nominal fornecida pelo fabricante (potência de
saída), e não a absorvida, devem ser considerados o rendimento e o fator de potência.
O levantamento das potências é feito mediante uma previsão das potências (cargas)
mínimas de iluminação e tomadas a serem instaladas, possibilitando assim, determinar
a potência total prevista para a instalação elétrica residencial.
Eletrodoméstico Potência média, em watts
Chuveiro Elétrico 5.000 a 6.500
Geladeira 400 a 800
Lâmpada incandescente 60 a 100
Máquina de lavar roupas 600 a 2.000
Microondas 800 a 1.500
Televisor 60 a 300
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 40
Torneira elétrica 4.000 a 6.000
Outros eletrodomésticos
Aspirador de pó 250 a 1.000
Batedeira 70 a 300
Ferro de passar roupas 400 a 1.650
Liquidificador 100 a 250
Máquina de costura 60 a 150
Secador de cabelos 500 a 1.500
Secador de roupas 2.500a 6.000
Torradeira 500 a 1.200
Ventilador portátil 60 a 100
Condições para se estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz
• Prever, pelo menos, um ponto de luz fixo no teto comandado por um interruptor de
parede.
• Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60 cm do limite do
boxe.
Condições para se estabelecer a potência mínima de iluminação
• A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da residência.
Para área igual ou inferior a 6 m2 Atribuir um mínimo de 100 VA.
Para área superior a 6 m2
Atribuir um mínimo de 100 VA para
os primeiros 6 m2, acrescido de 60
VA para cada aumento de 4 m2
inteiros.
• Os valores apurados correspondem à potência destinada para efeito de
dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das
lâmpadas.
• Não são estabelecidos critérios para iluminação de áreas externas em
residências, ficando a decisão por conta do projetista e do cliente.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 41
Exemplo de cálculo:
Dependência Dimensões (área – m2) Potência de iluminação (VA)
Sala A = 3,25 x 3,05 = 9,91 m2 9,91 = 6 m2 + 3,9 m2 100 VA
Tomadas de uso geral (TUG’s):
Não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são sempre ligados
aparelhos móveis ou portáteis.
Condições para se estabelecer a quantidade mínima de tomadas de uso geral
Cômodos ou dependência com área igual ou
inferior a 6 m2 No mínimo uma tomada.
Cômodos ou dependência com mais de 6 m2
No mínimo uma tomada para cada 5
m ou fração de perímetro, espaçadas
tão uniformemente quanto possível.
Cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de
serviço, lavanderias e locais análogos
Uma tomada para cada 3,5 m ou
fração de perímetro, independente
da área, sendo que, acima de cada
bancada com largura igual ou
superior a 30 cm, deve ser prevista
pelo menos uma tomada.
Halls, corredores, subsolos, garagens, sótãos e
varandas Pelo menos uma tomada.
Banheiros
No mínimo uma tomada junto ao
lavatório com uma distância mínima
de 60 cm do limite do boxe.
Condições para se estabelecer a potência mínima de tomadas de uso geral
Banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas
de serviço lavanderias e locais análogos
• Atribuir, no mínimo, 600 VA
por tomada, até 3 tomadas.
• Atribuir 100 VA para as
excedentes.
Demais cômodos ou dependências Atribuir, no mínimo, 100 VA por
tomada.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 42
Tomadas de uso específico (TUE’s):
As tomadas de uso específico são destinadas à ligação de equipamentos fixos e
estacionários como: chuveiros, torneiras elétricas, secadoras de roupas, fornos
elétricos e de microondas etc..
Condições para se estabelecer a quantidade de tomadas de uso específico
• A quantidade de TUE's é estabelecida de acordo com o número de aparelhos de
utilização com corrente superior a 10 A.
Condições para se estabelecer a potência de tomadas de uso específico
Em qualquer cômodo ou dependência Atribuir a potência nominal do
equipamento a ser alimentado
• Quando a potência nominal do equipamento não for conhecida, deve-se atribuir à
tomada de uso específico, uma potência igual a do equipamento mais potente que possa
ser ligado.
• As tomadas de uso específico devem ser instaladas, no máximo, a 1,5 m do local
previsto para o equipamento a ser ligado.
Para se prever a carga de tomadas é necessário, primeiramente, prever sua
quantidade. Essa quantidade, segundo os critérios, é estabelecida a partir do cômodo
em estudo, fazendo-se um levantamento dos seguintes dados:
• Ou o valor da área;
• Ou o valor do perímetro;
• Ou o valor da área e do perímetro.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 43
Locais comerciais e análogos
Local Área
(m2) Quantidade Mínima de TUG’s
Potência
Mínima
(VA)
Observações
Até 40
Uma para cada 3 m ou fração de
perímetro
ou
uma para cada 4 m2 ou fração de área
(adota-se o critério que conduzir ao maior
número)
Salas
Maior
que 40
Dez para os primeiros 40 m2 mais uma
para cada 10 m2 ou fração excedente
200 por
tomada
Distribuição
uniforme.
Até 20 Uma
Lojas Maior
que 20 Uma para cada 20 m2 ou fração
200 por
tomada
Não computadas
as destinadas a
vitrines,
lâmpadas e
demonstrações
de aparelhos.
Exemplo de cálculo:
Dimensões Quantidade
Dependência Área
(m2) Perímetro (m) TUG’s TUE’s
Sala 9,91 3,25x2 + 3,05x2 = 12,6 5 + 5 + 2,6
(3) -
Copa - 3,10x2 + 3,05x2 = 12,3 3,5 + 3,5 + 3,5 + 1,8
(4) 1
Cozinha - 3,75x2 + 3,05x2 + 13,6 3,5 + 3,5 + 3,5 + 3,1
(4) 1
Dormitório 1 11,05 3,25x2 + 3,40x2 = 13,3 5 + 5 + 3,3
(3) -
Dormitório 2 10,71 3,15x2 + 3,40x2 = 13,1 5 + 5 + 3,1
(3) -
Banheiro 4,14 1 1
Área de serviço 5,95 3 -
Hall 1,80
O perímetro não
interessa quando a
área for inferior a 6 m2 1 -
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TUG’s TUE’s
Dependência
Potência de
iluminação
(VA) N.º Potência
(VA) Equipamento
Potência
(VA)
Sala 100 3 300 VA
Copa
Cozinha
Dormitório 1
Dormitório 2
Banheiro
Área de serviço
Hall
Área externa
TOTAL
Reúnem-se os dados obtidos para a obtenção da potência total instalada.
Exemplo de cálculo:
Circuito Fator de
potência
Potência
(VA) Potência (W)
Iluminação (incandescente) 1,0 700 700
TUGs 0,8 7.500 6.000
TUEs
TOTAL-------------------------------------------------------------à
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QQuuaaddrroo ddee ddiissttrriibbuuiiççããoo
Também conhecido como quadro de luz, é por meio dele que se faz a distribuição dos
circuitos da instalação elétrica de uma residência. Ele é o centro de distribuição, pois:
• recebe os condutores que vêm do medidor;
• contém os dispositivos de proteção;
• é dele que partem os circuitos terminais que farão a alimentação dos aparelhos
consumidores elétricos.
BARRAMENTO DE NEUTRO
BARRAMENTO DE PROTEÇÃO (PE)
DISJUNTOR GERAL
BARRAMENTOS DE INTERLIGAÇÃO DAS FASES
DISJUNTORES DOS CIRCUITOS TERMINAIS
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 46
O quadro de distribuição deverá:
• conter um dispositivo de proteção contra choques elétricos “Diferencial
Residual”;
• ser instalado em lugar de fácil acesso, com proteção adequada às influência
externas e o mais próximo possível do centro de cargas da residência (local
onde haja maior concentração de cargas de potências elevadas: cozinha, área
de serviço, banheiro, etc.).
• possuir identificação do lado externo e dos circuitos.
Deverá ser prevista em cada quadro de distribuição uma capacidade de reserva que
permita ampliações futuras, compatível com a quantidade e tipo de circuitos
efetivamente previstos inicialmente.
Esta previsão de reserva deverá obedecer aos seguintes critérios:
⇒ quadros com até 6 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 2 circuitos;
⇒ quadros de 7 a 12 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 3 circuitos;
⇒ quadros de 13 a 30 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 4 circuitos;
⇒ quadros acima de 30 circuitos: prever espaço reserva para, no mínimo, 15% dos
circuitos.
Esta capacidade de reserva deverá se refletir no cálculo do circuito de distribuição do
respectivo quadro de distribuição.
Eletrotécnica
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Deverá fazer parte do quadro de distribuição uma proteção contra contatos diretos
acidentais com suas partes energizadas.
Porta / Moldura
Eletrotécnica
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DDiivviissããoo ddaa IInnssttaallaaççããoo EEllééttrriiccaa eemm CCiirrccuuiittooss
TTeerrmmiinnaaiiss
A instalação elétrica deve ser dividida em circuitos terminais. Esta divisão facilita a
manutenção e reduz a interferência.
A divisão da instalação em circuitos terminais segue os seguintes critérios:
• as linhas elétricas de sinal (telecomunicação, comunicação de dados, informática
controle, automação, etc.) devem ser alojadas em quadros de distribuição e em
eletrodutos independentes das outras linhas elétricas;
• os circuitos de iluminação deverão ser independentes dos de tomadas;
• deverão ser previstos circuitos independentes, exclusivos para tomadas de uso
específico.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 50
Se os circuitos ficarem muito carregados, os condutores adequados para suas ligações
resultarão numa seção nominal (bitola) muito grande, dificultando a instalação dos
mesmos nos eletrodutos e as ligações terminais (interruptores e tomadas).
Para que isso não ocorra é usual prever mais de um circuito de iluminação e tomadas
de uso geral, de tal forma que a seção nominal dos fios não seja superior a 4,0 mm2 .
Seções mínimas dos condutores isolados:
Tipo de instalação
Utilização do circuito Seção mínima do condutor isolado
(mm2)
Circuitos de iluminação 1,5
Circuitos de força (incluem-se as tomadas) 2,5 Instalações fixas
em geral Circuitos de sinalização e de controle 0,5
A tabela a seguir serve como base para o dimensionamento dos circuitos terminais:
Tipo de circuito Tensão, em volts
Potência máxima, em
watts
Seção nominal do condutor, em
mm2
Disjuntor máximo, em
ampères
Iluminação 110 1.500 1,5 15
Tomadas 110 2.000 2,5 20
Tomadas 220 4.000 2,5 20
Chuveiros e torneiras elétricas
220 6.000 6 35
Ar condicionado 220 3.600 4 25 Exemplo de divisão dos circuitos terminais:
Nº do circuito Aplicação Especificação Cômodos ou dependências envolvidas 1 Iluminação Social Sala, dormitório 1, dormitório 2, banheiro e hall 2 Iluminação Serviço Copa, cozinha, área de serviço e área externa 3 TUGs Social Sala, dormitório 1, dormitório 2, banheiro e hall 4 TUGs Serviço Copa e cozinha 5 TUGs Serviço Área de serviço 6 TUE Chuveiro Banheiro 7 TUE Tor. Elétrica Cozinha
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Recomendações da NBR-5410:
A utilização de proteção com Diferencial Residual de alta sensibilidade em circuitos
terminais que sirvam a:
⇒ tomadas de corrente em cozinhas, lavanderias, locais com pisos e/ou
revestimentos não isolantes e áreas externas;
⇒ tomadas de corrente que, embora instaladas em áreas internas, possam alimentar
equipamentos de uso em áreas externas;
⇒ aparelhos de iluminação instalados em áreas externas.
Exigências da NBR-5410
A utilização de proteção com Diferencial Residual de alta sensibilidade em circuitos
terminais que sirvam a:
⇒ instalações alimentadas por rede de distribuição pública em baixa tensão, onde não
puder ser garantida a integridade do condutor PEN (proteção + neutro);
⇒ circuitos de tomadas de corrente em banheiros.
⇒ Os circuitos não relacionados nas recomendações e exigências acima deverão ser
protegidos por disjuntores termomagnéticos (DTM).
Pode-se optar pela instalação de disjuntor DR ou interruptor DR na proteção geral.
A seguir serão apresentadas as regras e a devida aplicação no exemplo em questão.
Eletrotécnica
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DDiiaaggrraammaass EEllééttrriiccooss ee SSiimmbboollooggiiaass
Para a execução de uma instalação elétrica, o eletricista deve ter à sua disposição,
uma série de dados importantes tais como: a localização dos elementos na planta do
imóvel, a quantidade e seção dos fios que passarão dentro de cada eletroduto, qual o
trajeto da instalação, a distribuição dos dispositivos e circuitos e seu funcionamento.
Todos esses dados estão contidos neste capítulo que falará sobre diagramas de
instalação. Nele você verá que existem diversos tipos de diagramas, conhecerá suas
características, simbologia e modo de utilização.
Diagrama elétrico:
Diagrama elétrico é a representação de uma instalação elétrica ou parte dela por meio
de símbolos gráficos, definidos nas normas NBR 5259, NBR 5280, NBR 5444, NBR
12519, NBR 12520 e NBR 12523.
Dos diagramas existentes, estudaremos neste capítulo três:
⇒ diagrama funcional;
⇒ diagrama multifilar;
⇒ diagrama unifilar.
O diagrama funcional apresenta todo o sistema elétrico e permite interpretar com
rapidez e clareza o funcionamento ou a seqüência funcional dos circuitos.
Esse tipo de diagrama não se preocupa com a posição física dos componentes da
instalação elétrica.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 54
A figura a seguir mostra um exemplo de diagrama funcional de um circuito composto
por um interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada.
O diagrama multifilar é usado somente para os circuitos elementares, pois é de difícil
interpretação quando o circuito é complexo. É um diagrama que representa todo
sistema elétrico em seus detalhes e todos os condutores.
Veja na figura a seguir, um exemplo de diagrama multifilar mostrando um circuito
composto de um interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada.
O diagrama unifilar apresenta as partes principais de um sistema elétrico e identifica
o número de condutores. O trajeto dos condutores é representado por um único traço.
Esse tipo de diagrama geralmente representa a posição física dos componentes da
instalação, porém não representa com clareza o funcionamento e a seqüência
funcional dos circuitos. É o tipo de diagrama mais usado em instalações elétricas
prediais. A figura a seguir apresenta um diagrama unifilar do circuito elétrico composto
por um interruptor simples, uma tomada e uma lâmpada.
S1
S1 X1
H1
-1-
a
Eletrotécnica
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Os símbolos gráficos usados neste diagrama são definidos pela norma NBR
5444/1989, para serem usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Nesta planta
é indicada a localização exata dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus
respectivos aparelhos.
Como exemplo, é apresentado a seguir um esquema da instalação elétrica de uma
residência, na planta baixa:
Eletrotécnica
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NNoorrmmaass TTééccnniiccaass
Para iniciarmos nosso estudo das normas referentes à instalações elétricas voltadas
para ambientes odonto-médico-hospitalares, devemos primeiramente nos
familiarizarmos com o processo de criação e aplicação de normas técnicas.
Segundo definição da própria ABNT: “A ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB) e dos Organismos de
Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por comissões de estudo (CE), formadas
por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros)”.
As condições que satisfazem as instalações elétricas, a fim de garantir seu
funcionamento adequado, a segurança de pessoas e animais domésticos e a
conservação dos bens estão descritas na norma NBR 5410/1997 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
Esta norma aplica-se às instalações elétricas alimentadas sob uma tensão nominal
igual ou inferior a 1.000 V em corrente alternada, com freqüências inferiores a 400 Hz,
ou a 1.500 V em corrente contínua.
Classificação das tensões CA CC
Extra-baixa £ 50 V £ 120 V
Baixa £ 1.000 £ 1.500
Alta > 1.000 > 1.500
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 58
Sua aplicação é considerada a partir da origem da instalação, observando-se que:
• a origem de instalações alimentadas diretamente por rede pública em baixa
tensão corresponde aos terminais de saída do dispositivo geral de comando e
proteção; no caso excepcional em que tal dispositivo se encontre antes do medidor, a
origem corresponde aos terminais de saída do medidor;
• a origem de instalações alimentadas por subestação de transformação
corresponde aos terminais de saída do transformador; se a subestação possuir vários
transformadores não ligados em paralelos, cada transformador corresponderá a uma
origem, havendo tantas instalações quantos forem os transformadores;
• nas instalações alimentadas por fonte própria de energia em baixa tensão, a
origem é considerada de forma a incluir a fonte como parte da instalação.
Esta Norma aplica-se às instalações elétricas de:
• edificações residenciais, comerciais e pré-fabricadas;
• estabelecimentos industriais, de uso público, agropecuários e hortigranjeiros;
• reboques de acampamentos (trailers), locais de acampamentos (campings),
marinas e instalações análogas;
• canteiros de obra, feiras, exposições e outras instalações temporárias.
Aplica-se, também, às instalações novas e a reformas em instalações existentes.
Nota: modificações destinadas a, por exemplo, acomodar novos equipamentos ou
substituir os existentes não implicam necessariamente reforma total da instalação.
Não se aplica a:
• equipamentos de tração elétrica;
• instalações elétricas de veículos automotores, navios e aeronaves;
• equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na medida em que
eles não comprometam a segurança das instalações;
• instalações de iluminação pública;
• redes públicas de distribuição de energia elétrica;
• instalações de pára-raios;
• instalações em minas;
• instalações de cercas eletrificadas;
A listagem a seguir, apresenta algumas normas organizadas de acordo
com sua respectiva numeração por NBR:
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 59
⇒ NBR 5112 - Porta-lâmpadas de rosca Edison.
⇒ NBR 5259 - Símbolos gráficos de instrumentos indicadores e medidores.
⇒ NBR 5261 - Símbolos gráficos de eletricidade - princípios gerais para desenho de
símbolos gráficos.
⇒ NBR 5280 - Símbolos literais de identificação de elementos de circuitos.
⇒ NBR 5311 - Código de cores para resistores.
⇒ NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão.
⇒ NBR 5413 - Iluminância de interiores.
⇒ NBR 5444 - Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais.
⇒ NBR 5453 - Sinais e símbolos literais para eletricidade (será substituída em
breve).
⇒ NBR 5456 - Eletrotécnica e eletrônica - eletricidade geral.
⇒ NBR 5471 - Condutores elétricos.
⇒ NBR 5597 - Eletroduto rígido de aço carbono e acessórios com revestimento
protetor.
⇒ NBR 5598 - Eletroduto rígido de aço carbono com revestimento protetor
⇒ NBR 5624 - Eletroduto rígido de aço-carbono com costura.
⇒ NBR 6014 - Marcação impressa para resistores fixos.
⇒ NBR 6148 - Condutores isolados com isolação extrudada de PVC para tensões
até 750 V - sem cobertura.
⇒ NBR 6150 - Eletrodutos de PVC rígido.
⇒ NBR 6513 - Eletrotécnica e eletrônica - resistores.
⇒ NBR 6880 - Condutores de cobre mole para cabos isolados.
⇒ NBR 8346 - Bases e receptáculos de lâmpadas.
⇒ NBR 12519 - Símbolos gráficos de elementos de símbolos, símbolos qualificativos
e outros símbolos de aplicação geral.
⇒ NBR 12520 - Símbolos gráficos de condutores e dispositivos de conexão.
⇒ NBR 12521 - Símbolos gráficos de componentes passivos.
⇒ NBR 12522 - Símbolos gráficos de produção e conversão de energia elétrica.
⇒ NBR 12523 - Símbolos gráficos de equipamentos de manobra e controle e de
dispositivos de proteção.
⇒ NBR 13057 - Eletroduto rígido de aço carbono, com costura, zincado.
⇒ NBR IEC 50 (826) - Vocabulário eletrotécnico internacional.
⇒ NBR 13534 – Trata sobre instalações elétricas em unidades assistenciais de
saúde, visando requisitos para segurança.
⇒ Série de Normas NBR IEC 60601 – Avalia a segurança de equipamentos
eletromédicos em geral.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 60
A seguir, são apresentados os endereços e telefones da Associação Brasileira
de Normas Técnicas para contatos:
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
http://www.abnt.org.br
Sede:
Av. Treze de Maio, 13 / 280 andar
Rio de Janeiro, RJ
Caixa Postal: 1680
CEP: 20031-901
Tel.: (21) 3974-2300
Fax: (21) 3974-2346
E-mail: [email protected]
São Paulo:
Rua Minas Gerais,190 - Higienópolis
CEP: 01244-010 - São Paulo, SP.
Tel.: (11) 3017-3600
E-mail: [email protected]
Eletrotécnica
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MMoottoorreess EEllééttrriiccooss
Motor elétrico é a máquina destinada a transformar energia elétrica em energia
mecânica. Os tipos mais comuns de motores elétricos são:
a) Motores de corrente contínua
São motores de custo mais elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente
contínua, ou de um dispositivo que converta a corrente alternada. Podem funcionar
com velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a controles de grande
flexibilidade e precisão. Por isso, seu uso é restrito a casos especiais em que estas
exigências compensam o custo muito mais alto da instalação.
b) Motores de corrente alternada
São os mais utilizados, porque grande parte da energia elétrica produzida é feita em
corrente alternada (CA), o que justifica o largo uso dos motores de CA.
A construção mecânica dos motores CA é mais simples do que a dos motores de CC,
por isso são mais comumente usados na indústria. Os principais tipos são
• Motor síncrono: Funciona com velocidade fixa; utilizado somente para grandes
potências (devido ao seu alto custo em tamanhos menores) ou quando se necessita de
velocidade invariável.
• Motor assíncronos (indução) : Funciona normalmente com uma velocidade
constante, que varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a
sua grande simplicidade, robustez e baixo custo, é o motor mais utilizado de todos,
sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas acionadas, encontradas na
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 62
prática. Atualmente é possível controla a velocidade dos motores de indução com o
auxílio de inversores de freqüência.
Os motores de CA podem ser ainda monofásicos ou trifásicos. Nesse capitulo, serão
apresentados os motores monofásicos e trifásicos de indução.
Motor de indução.
Esse motor é constituído basicamente por rotor e estator. O rotor é a parte móvel do
motor, e o estator constitui a parte fixa.
Normalmente o rotor usado nesses motores é do tipo gaiola de esquilo, assim
chamado devido ao seu formato. É constituído por um pacote de chapas de ferro-silício
com barras de cobre ou alumínio colocadas em ranhuras e interligadas em curto
circuito nas extremidades.
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O motor de indução pode ser monofásico ou trifásico.
Motor monofásico:
É uma máquina de pequena potência e que é alimentada por rede monofásica.
Esse tipo de motor é utilizado com mais freqüência em residências, como, por
exemplo, em geladeiras em bombas para sucção de água.
Veja a figura abaixo, as partes componentes do motor monofásico de fase auxiliar em
posição de montagem.
Enrolamentos
No estator, há dois enrolamentos. Um deles, que é o principal, é também chamado de
enrolamento de serviço. Este enrolamento localiza-se no fundo das ranhuras.
O outro é chamado de enrolamento auxiliar e localiza-se sobre o enrolamento principal
ou em ranhuras próprias.
O enrolamento auxiliar pode ser identificado pelo fio de suas bobinas que,
normalmente, têm a metade da seção do fio do enrolamento principal.
A função do enrolamento auxiliar é criar um campo magnético em fase diferente da
produzida pelo enrolamento principal. É por isso que este motor monofásico recebe o
nome de motor monofásico de fase auxiliar.
A figura seguinte mostra as posições desses dois enrolamentos dentro do estator.
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Rotor
Vamos examinar agora o rotor desse tipo de motor. O rotor é do tipo em curto-
circuito e possui um dispositivo centrífugo. Este dispositivo serve para desligar o
enrolamento auxiliar quando o rotor atinge uma velocidade de, aproximadamente,
3/4 da velocidade nominal.
Veja o dispositivo centrífugo no rotor da figura abaixo.
Tipos de motores de fase auxiliar
Os motores monofásicos de fase auxiliar podem ser de dois tipos:
• Motores de partida sem capacitor;
• Motores de partida a capacitor.
Nos motores de partida sem capacitor, o enrolamento auxiliar, durante a partida,
fica ligado em paralelo com o enrolamento principal. Quando o motor atinge uma
velocidade de aproximadamente, 3/4 da velocidade nominal, um interruptor
automático desliga o enrolamento auxiliar. O motor passa, então, a funcionar
apenas com o enrolamento principal. Veja abaixo à esquerda, o motor de partida
sem capacitor e, à direita, o esquema de seu circuito interno.
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Nos motores de partida a capacitor, o funcionamento é parecido com o anterior. A
única diferença é que há um capacitor em série com o enrolamento auxiliar. Este
capacitor introduzido no circuito torna a partida do motor mais vigorosa. Os demais
aspectos do funcionamento deste motor são idênticos ao do motor sem capacitor.
Veja, a seguir, o motor de partida a capacitor e o esquema de seu circuito interno.
Interruptores
Os interruptores mais utilizados para desligar o enrolamento auxiliar são interruptores
de ação centrífuga. Eles são montados em duas partes: uma delas é presa ao motor e
a outra é presa à tampa. Veja abaixo o corte de um motor monofásico mostrando as
duas partes do interruptor centrífugo.
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SENAI “ Mariano Ferraz ” 66
Há outros tipos de dispositivos para o desligamento do enrolamento auxiliar. Por
exemplo, temos os que funcionam por ação térmica ou magnética. Esses tipos de
interruptores são encontrados nos motores monofásicos de geladeiras e
aparelhos de ar condicionado. Veja, a seguir, um interruptor chamado relé de
ação térmica.
Há também relés que são equipados com um dispositivo de sobre-corrente,
também chamado de salva-motor. Este dispositivo serve para proteger a máquina
em caso de excesso de corrente. Veja abaixo, dois tipos desses relés.
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Rotação
A rotação dos motores monofásicos depende do número de pólos e da freqüência da
rede de alimentação. Os motores monofásicos de fase auxiliar são encontrados com 2,
4 e 6 pólos para freqüências de 50 e/ou 60ciclos. As suas velocidades angulares são,
aproximadamente, as da tabela a seguir.
Velocidade aproximada em rpm
50 ciclos 60 ciclos
Número
de
pólos Em vazio A plena carga Em vazio A plena carga
2 3000 2920 3600 3500
4 1500 1435 1800 1730
6 1000 960 1200 1140
Observações
• Para as velocidades em vazio foram tomadas as velocidades de sincronismo
embora, na prática, essa velocidade seja ligeiramente menor.
• A velocidade marcada na placa dos motores refere-se à velocidade medida em
plena carga.
Potência
Dependendo da potência do motor e do valor da tensão da rede, o motor monofásico
será percorrido por correntes de intensidades diferentes. Este fato você pode observar
na tabela a seguir.
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Intensidade média absorvida em ampères
Potência em Cv 110V 220V 1/5 3,5 1,75 ¼ 3,6 1,9 1/3 4,6 2,3 ½ 6,5 3,3 ¾ 8,5 4,3 1 15,2 7,6 2 20 10
Mancais de motores elétricos
São peças sobre as quais se apoiam os induzidos das máquinas girantes. Há dois
tipos de mancais: de bucha e de rolamentos.
Os mancais de bucha usados nos motores elétricos utilizam buchas do tipo
bucha fixa. Nos motores com potência superior a 1/2HP, os mancais de bucha
têm depósitos de óleo. A transmissão do óleo do depósito à bucha pode ser feita
de duas maneiras: com feltro ou com anel.
Nas buchas com feltro, o óleo sobe através do feltro e lubrifica a bucha. Isto
acontece porque uma extremidade do feltro está mergulhada no depósito de óleo
e a outra está em contato com o eixo da bucha. Neste tipo de bucha, o óleo
lubrificante recomendado é o SAE-20. Veja uma bucha com feltro na figura
abaixo.
Nas buchas com anel, este fica mergulhado no óleo e em contato com o eixo. Isso
faz o anel girar levando o óleo para a bucha. O óleo lubrificante recomendado
para este caso é o SAE-30. Veja uma bucha com anel na figura abaixo.
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Observação
Os motores com mancais de bucha não podem trabalhar instalados na posição
vertical. Isto porque, nesta posição, o óleo pode escorrer e deixar o mancal seco.
quando o motor precisar ser instalado na posição vertical, deve-se escolher um que
tenha mancais de rolamento, que você vai ver a seguir.
Os mancais de rolamentos são mais usados atualmente porque não requerem
muitos cuidados e tanto a sua lubrificação como a sua revisão podem ser feitas em
períodos de tempo maiores. Vamos agora examinar os tipos de rolamentos mais
usados em motores.
Rolamento fixo de uma carreira de esferas
Este é o rolamento utilizado com mais freqüência. Ele tem pistas profundas e não tem
orifício para a entrada das esferas. É um rolamento construído para suportar grandes
quantidades de carga, mesmo em velocidades bastante elevadas. Veja, na figura, um
rolamento desse tipo.
Alguns desses rolamentos têm uma capa protetora em um ou em ambos os seus
lados. Esta capa serve para evitar a saída da graxa do rolamento, no caso em que ele
fica exposto.
Os rolamentos fixos de uma carreira de esferas são identificados por um número
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seguido pelo código Z ou 2Z. O código Z significa que o rolamento possui só uma
capa protetora em um dos seus lados. O código 2Z significa que o rolamento
possui duas capas protetoras situadas uma de cada lado.
Observe agora a tabela abaixo. Ela é utilizada pela companhia SKF do Brasil
Rolamentos,
Milímetros Rolamento nº
d D B
Velocidade máxima permitida Rpm
Capacidade básica em kg
6000 10 26 8 20000 360 6001 - - 12 28 8 20000 400 6002 - 15 32 8 20000 440 6003 - - 17 35 10 20000 465 6004 - - 20 42 12 16000 735 6200 6200-Z 6200-2Z 10 30 9 20000 400 6201 6201-Z 6201-2Z 12 32 10 20000 540 6202 6202-Z 6202-2Z 15 35 11 16000 610 6203 6203-Z 6203-2Z 17 40 12 16000 750 6204 6204-Z 6204-2Z 20 47 14 6000 1000 6205 6205-Z 6205-2Z 25 52 15 13000 1100 6206 6206-Z 6206-2Z 30 62 16 13000 1530 6300 - - 30 35 11 16000 630 6301 6301-Z - 12 37 12 16000 765 6302 6302-Z - 15 42 13 16000 880 6303 6303-Z 6303-2Z 17 47 14 13000 1060 6304 6304-Z 6304-2Z 20 52 15 13000 1250 6305 6305-Z 6305-2Z 25 62 17 10000 1660
Na tabela acima, temos o número do rolamento e seu código, o diâmetro interno,
o diâmetro externo, a largura, a velocidade angular máxima e a carga máxima
suportada.
Nesta tabela estão relacionados os rolamentos mais usados em motores de
potência até 10HP.
Rolamento de rolo cilíndrico
É um rolamento empregado em motores de grande potência, nos quais a carga
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no eixo é relativamente grande. Este tipo de rolamento suporta altas velocidades.
Em pequenas montagens, é preferível este tipo de rolamento se a carga for
acompanhada de choques. Veja um rolamento cilíndrico na figura abaixo.
Rolamento axial de esferas simples
Este tipo de rolamento só é utilizado em casos especiais como, por exemplo, em
motores que trabalham em posição vertical. Pode também ser empregado em
máquinas que exijam altas velocidades veja um rolamento axial na figura abaixo.
Conservação dos rolamentos
Os rolamentos são lubrificados, geralmente, com graxa. A graxa não requer cuidados
especiais de vedação. A lubrificação dos rolamentos também pode ser feita com óleo.
Neste caso, entretanto, a lubrificação requer cuidados especiais. É por isso que não se
emprega óleo, a não ser que a velocidade seja muito elevada.
Nos motores elétricos, a lubrificação deve ser renovada uma ou duas vezes por ano.
Se o motor trabalha em serviços contínuos, essa renovação deve ser feita com maior
freqüência.
Dependendo das condições em que o motor vai operar, empregam-se diferentes
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qualidades de graxas. Esses tipos de graxas vem especificados na própria máquina.
A limpeza e a revisão dos rolamentos dos motores devem ser feitas
periodicamente. Geralmente, as revisões podem ser feitas em intervalos de tempo
maiores que um ano. Neste caso, é conveniente controlar os rolamentos durante o
serviço. Este controle é feito observando-se a cor e o estado do lubrificante e
também auscultando a marcha do motor, ou através de instrumento próprio. Veja
abaixo à esquerda, a auscultação e à direita, o teste com instrumento.
Os rolamentos devem ser limpos com gasolina ou benzina. Após a limpeza, eles
devem ser lubrificados com graxa ou óleo para evitar que se oxidem.
Observações
• As graxas fabricadas com matérias-primas de baixa qualidade não são apropriadas
para lubrificação de rolamentos.
• Deve-se tomar cuidado, ao se realizar a auscultação, para não escapar a chave de
fenda.
• Se o teste for realizado com instrumento, deve-se seguir as orientações do
fabricante do mesmo.
Fixação dos rolamentos
Os rolamentos podem ser fixados de três maneiras diferentes.
Há o caso em que o rolamento entra na tampa do motor sob pressão não possui
proteção no local onde está instalado. Isto obriga o rolamento a ter uma capa protetora
colocada na parte interna do motor, ou seja, ser do tipo Z.
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O rolamento pode ser também colocado em uma caixa protetora, a qual é fixada à
tampa do motor por meio de parafusos. Neste caso, o rolamento fica protegido de
impurezas, podendo der do tipo sem capa protetora. Este tipo de fixação é utilizado em
motores blindados porque o rolamento fica completamente fechado.
Há, ainda, o caso em que o rolamento entra na tampa do motor sob pressão e, na
parte anterior, recebe um flange protetor. Após o motor ser fechado, o flange é
parafusado na tampa e, desta maneira, protege o rolamento. No flange há também um
encosto que força o rolamento contra a tampa. Veja a seguir a ilustração de um
rolamento fixado com flange.
Interruptor centrífugo
É um dispositivo que liga o bobinado de arranque de um motor monofásico e também o
desliga quando o motor atinge, aproximadamente, 3/4 de sua velocidade nominal. Os
dois tipos mais comuns de interruptores centrífugos são o de carretel e o Delco.
O interruptor centrífugo de carretel é composto de duas partes: uma fixa e outra
móvel. A parte fixa fica alojada em uma das tampas do motor. Ela tem dois contatos,
através dos quais pode-se ligar ou desligar o bobinado de arranque. Veja, na figura
abaixo, a parte fixa.
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A arte móvel fica localizada no eixo do rotor. Ela é composta por um suporte, duas
massas centrífugas, duas molas e um carretel de material isolante. Observe,
abaixo, a parte móvel e as peças que o compõem;
Vamos, agora, examinar o funcionamento deste tipo de interruptor. Quando o
motor está parado, as molas fazem com que as massas centrífugas empurrem o
carretel sobre a parte fixa. Isto provoca o fechamento dos contatos do bobinado de
arranque. O motor está em condições de arrancar. Verifique esta situação na
figura abaixo.
Quando a velocidade do motor for aproximadamente 3/4 da velocidade nominal, a
força centrífuga desloca as massas centrífugas. A ação das massas centrífugas
arrasta o carretel e faz abrir os contatos. Observe este fato na figura abaixo.
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Neste momento, o bobinado de arranque é desligado. Ao desligar o motor, o
dispositivo age de forma inversa, deixando o motor em condições de um novo
arranque.
O interruptor centrífugo Delco também é composto de uma parte fixa e uma parte
móvel.
A arte fixa e colocada em uma das tampas do motor. Ela possui uma plaqueta isolante
com dois contatos. Há também uma peça metálica em forma de colher que serve de
ponte entre os contatos. Veja agora a ilustração da parte fixa.
A parte móvel é acoplada ao rotor e gira junto com ele. Ela é composta de um suporte
e um peso centrado num eixo-guia. O eixo-guia é montado perpendicularmente ao eixo
do rotor. O peso, devido à força centrífuga, desliza pelo eixo-guia. Observe, abaixo, a
parte móvel.
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Vamos agora verificar o funcionamento deste tipo de interruptor. Quando o motor
está em repouso, o peso da parte móvel pressiona a parte metálica em foram de
colher. Esta ação estabelece uma ponte entre os dois contatos o bobinado de
arranque fica conectado e o motor , em condições de arrancar.
Quando a velocidade do motor atinge, aproximadamente, 3/4 da velocidade nominal, o
peso, pela ação da força centrífuga, vence a mola e se desloca. Neste momento, a
peça metálica sai e o circuito de arranque se abre.
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Motor trifásico:
Motor trifásico é a máquina elétrica construída para funcionar em redes trifásicas.
É chamado de motor de indução, pelo fato de as correntes de CA serem induzidas no
circuito do rotor pelo campo magnético rotativo do estator. É conhecido também como
motor assíncrono de CA, e é o mais empregado na industria por ser de construção
simples, forte e de baixo custo. O rotor desse tipo de motor possui uma parte auto
suficiente que não necessita de conexões externas.
Os motores de indução trifásicos podem ser de dois tipos, de acordo com a costrução
de seu rotor.
⇒ Motores de indução trifásicos com rotor em gaiola de esquilo
⇒ Motores de indução trifásicos com rotor bobinado.
Rotor em gaiola de esquilo
O rotor em gaiola de esquilo é constituído por barras de cobre ou de alumínio
colocadas nas ranhuras do rotor. As extremidades são unidas por um anel também de
cobre ou de alumínio, formando uma espécie de gaiola de esquilo; daí, a origem do
nome.
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Rotor bobinado ( anéis )
O rotor bobinado ( anéis ) usa enrolamentos de fios de cobre nas ranhuras, tal como o
do estator.
No estator do motor trifásico estão alojados três enrolamentos referentes às três fases.
Esses três enrolamentos estão montados com uma defasagem de 1200.
O enrolamento é colocado no rotor com uma defasagem de 120° e seus terminais são
ligados a anéis coletores onde, através de escovas, ocorre a condição de acesso ao
enrolamento.
Ao enrolamento do rotor bobinado deve ser ligado um reostato ou resistores,
que permitirá regular a corrente nele induzida, o que torna possível a partida sem
grandes picos de corrente e possibilita as variação de velocidades dentro de certos
limites.
Funcionamento do motor de indução
Quando a corrente elétrica trifásica é aplicada aos enrolamentos do estator, produz-se
um campo magnético rotativo ou girante que, através da atração de pólos, arrasta o
rotor, dando-lhe movimento.
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O esquema abaixo mostra a ligação interna de estator trifásico, em que as bobinas
( fases ) estão defasadas em 120° e ligadas em triângulo.
Como as correntes nos três enrolamentos estão com uma defasagem de 120°, os três
campos magnéticos apresentam também a mesma defasagem.
Os três campos individuais combinam-se, do que resulta um campo único cuja posição
varia com o tempo. Esse campo único giratório é que vai agir sobre o rotor e provocar
o seu movimento.
O esquema a seguir ilustra como agem as três correntes produzindo o campo
magnético rotativo num rotor trifásico.
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Ligação dos motores trifásicos
Os motores trifásicos são fabricados com diferentes potências e velocidades, nas
frequências de 50 e 60 Hz, levando em conta as tensões padronizadas de rede: 220V,
380V, 440V e 760V.
As bobinas do motor trifásico estão distribuídas no estator e ligadas de modo a formar
três circuitos simétricos distintos, chamamos de fases de enrolamento.
Essas fases são interligadas formando ligações em estrela ( Y ) ou em triângulo ( ∆ ),
para o acoplamento a uma rede trifásica.
Do enrolamento do estator saem os fios para a ligação do motor à rede elétrica. Dele
podem sair 3, 6, 9, ou 12 condutores.
Os motores com apenas 3 terminais permitem a alimentação somente por um valor de
tensão. Os demais podem ser alimentados por vários valores de tensão, através de
fechamentos denominados estrela ou triângulo, conforme tabela a seguir.
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Número de
terminais
Tensões
(V) Fechamentos Ligações
220
Triângulo
6
380
Estrela
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Número de
terminais
Tensões
(V) Fechamentos Ligações
220 Duplo
triângulo
380
Duplo
Estrela
440
Triângulo
9
760
Estrela
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Número de
terminais
Tensões
(V) Fechamentos Ligações
220
Duplo
triângulo
380 Duplo
estrela
440 Triângulo
12
760
Estrela
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Placa de identificação de Motores Os motores elétricos possuem uma placa indicadora, colocada pelo fabricante.
Rendimento
Como já foi visto, um motor não consome apenas potência ativa que é depois
convertida em trabalho mecânico, mas também potência reativa, necessária para
magnetização, mas que não produz trabalho.
O rendimento define a eficiência com que o motor absorve energia elétrica da rede e a
transforma em energia mecânica. Então, o rendimento será a relação da Potência Útil
(Pu) e a Potência absorvida pela rede (Pa).
? = Pu (W) = 736 x P (cv) .
Pa (W) 3 x U x I x cos f
Então, para calcular a corrente de motores trifásicos, deve-se considerar o rendimento
e fator de potência (cos ϕ), dados de placa do motor e o fator de 3 , por ser trifásico.
3 cos V
P I⋅η⋅ϕ⋅
=
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Velocidade de rotação (n)
Para determinar a velocidade de rotação do campo girante, é necessário estabelecer a
relação enter frequência ( f ) e o número de pólos ( p ) pela fórmula:
n = f . 60 f = freqüência
p .
2
p = número de pólos
Escorregamento (S)
É a diferença entre a velocidade do campo girante (velocidade de sincronismo) e a
velocidade do rotor .
Essa diferença de velocidade é dada percentualmente por:
S = Vs - Vr x 100
Vs
Vs; velocidade de sincronismo
Vr; velocidade real do rotor
Inversão de rotação
Se invertermos a seqüência de fase nos enrolamentos do estator, pela troca de dois
terminais de ligação no estator , o campo gira no sentido contrário, isto é, no sentido
anti-horário.
Desse modo inverte-se o sentido de rotação do campo girante e, conseqüentemente, a
rotação dos motores trifásicos.
Exercícios:
1) Responda as seguintes questões:
a) Como é constituído o rotor do tipo gaiola de esquilo?
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b) Qual é o outro nome dado ao motor de indução?
c) Qual é a função do enrolamento auxiliar em um motor monofásico de fase auxiliar?
d) Por que os motores monofásicos de fase auxiliar possuem capacitor e interruptor
centrífugo?
e) Faça os esquemas de ligação para 110 e 220 V, em motores monofásicos de fase
auxiliar de partida.
f) O motor de 12 pontas pode ser ligado em quais valores de tensões?
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g) Como podemos inverter o sentido de rotação de uma motor monofásico de fase
auxiliar, e de um motor trifásico de indução?
h) Faça o esquema de ligação de um motor trifásico com seis pontas, para ser ligado
em 220 V e 380 V.
2) Resolva os problemas que seguem:
a) Qual é a corrente elétrica de um motor trifásico de 3 CV, com um rendimento de
0,77 e cos ϕ = 0,83, com fechamento em triângulo?
b) Um motor monofásico de fase auxiliar de 1/2 CV, alimentado em 110 V, tem um
fator de potência de 0,78 e rendimento de 0,79. Calcule a corrente desse motor.
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c) Um motor trifásico de 4 pólos apresenta Velocidade de rotor de 1715 rpm, qual o
escorregamento desse motor?
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DDiiaaggrraammaass ddee CCoommaannddooss EEllééttrriiccooss
Nesta unidade, estudaremos os diagramas de comando e a lógica de comando. A
finalidade dos primeiros é representar os circuitos elétricos. A segunda analisa a
seqüência de entrada dos elementos componentes do circuito elétrico.
Seja qual for o tipo de projeto da área eletroeletrônica que se queira realizar, seja
instalação, montagem ou reparo, a maneira adequada de representar a disposição dos
componentes e o modo como eles se relacionam entre si é por meio do diagrama
esquemático.
Neste capítulo, estudaremos os diagramas de comando cuja finalidade é representar
os circuitos elétricos. Esse conhecimento é importante quando se necessita analisar o
esquema de uma máquina desconhecida para realizar sua manutenção. Essa análise
permite solucionar problemas "difíceis" e essa experiência é indispensável para o
profissional de manutenção eletroeletrônica.
Lógica de comando
A lógica de comando, ou lógica de funcionamento, é o sistema interativo de um ou
mais interruptores ou contatos que tem por objetivo o acionamento de um equipamento
elétrico. Vejamos, por exemplo, o circuito a seguir no qual um interruptor comanda um
relé que, por sua vez, liga um motor.
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A lógica desse comando é simples: ao ser acionado, o interruptor S1 energiza a bobina
do relé RL1 que, por sua vez atraca os contatos RL1A e RL1B. Estes, uma vez fechados,
permitem a circulação da corrente pelas bobinas do motor, que entra em
funcionamento.
No desligamento, o efeito é inverso: desligando-se o interruptor S1, a corrente deixa de
circular pelo relé. Isso desenergiza e desliga os contatos, fazendo o motor parar de
funcionar.
O circuito a seguir mostra outro exemplo de lógica de comando:
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Esse é um circuito no qual S1 liga e S2 desliga o motor. Sua lógica de comando é: ao
ser pressionado, o botão S2 estabelece a circulação de corrente pelo relé RL1 e fecha
seus três contatos: RL1A, RL1B e RL1C.
RL1A fica em paralelo com o botão S2 e fecha o circuito. Isso permite que S2 seja
desacionado e que RL1 permaneça ligado.
Ao mesmo tempo, com o acionamento do relé RL1, o motor começa a funcionar
alimentado pela rede, via RL1A e RL1B. O circuito permanecerá nessa condição mesmo
que S2 seja acionada novamente.
Para que o motor deixe de funcionar, aciona-se S1. Com isso, o circuito é interrompido
e a corrente deixa de circular pelo relé. Por esse motivo, os três contatos do relé se
abrem e desligam o motor.
S1 volta ao seu estado anterior ao ser desacionado. Porém, o circuito não será religado
porque o contato RL1A já estará aberto.
Diagrama elétrico
O diagrama elétrico é um desenho que mostra a maneira como as várias partes de um
dispositivo, rede, instalação, grupo de aparelhos ou itens de um aparelho são
interrelacionados e/ou interconectados. É a representação de uma instalação elétrica
ou parte dela por meio de símbolos gráficos.
Diagrama de comando
O diagrama de comando faz a representação esquemática dos circuitos elétricos. Ele
mostra os seguintes aspectos:
• funcionamento seqüencial dos circuitos;
• representação dos elementos, suas funções e as interligações, conforme as
normas estabelecidas;
• visão analítica das partes ou do conjunto;
• possibilidade de rápida localização física dos componentes.
Para que o profissional da área eletroeletrônica possa “ler” o esquema, ele tem que
saber reconhecer os símbolos e os modos de dispô-los dentro do esquema.
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Essas informações estão padronizadas por normas técnicas que estabelecem a
maneira pela qual devem ser elaborados os desenhos técnicos para a eletroeletrônica.
Tipos de diagramas
Os diagramas podem ser:
⇒ multifilar completo (ou tradicional),
⇒ funcional, e
⇒ de execução.
O diagrama multifilar completo (ou tradicional) representa o circuito elétrico da
forma como é montado e no qual todos os elementos componentes e todas as ligações
dos circuitos são representados por símbolos gráficos. Esse tipo de diagrama é difícil
de ser interpretado e elaborado, principalmente quando os circuitos a serem
representados são complexos. Veja exemplo a seguir.
Em razão das dificuldades de interpretação desse tipo de diagrama, os três elementos
básicos dos diagramas, ou seja, os caminhos da corrente, os elementos e suas
funções e a seqüência funcional são separados em duas partes representadas por
diagramas diferentes.
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O diagrama simplificado no qual os aspectos básicos são representados de forma
prática e de fácil compreensão é chamado de diagrama funcional. Veja exemplo na
ilustração a seguir.
A representação, a identificação e a localização física dos elementos tornam-se
facilmente compreensíveis com o diagrama de execução (ou de disposição) mostrado
a seguir.
Diagrama Principal Diagrama de Comando
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SENAI “ Mariano Ferraz ” 94
Símbolos gráficos
Os símbolos gráficos e as referencias de identificação, cuja utilização e aconselhada,
estão em conformidade com as publicações mais recentes.
A norma IEC1082-1 define ou recomenda os símbolos gráficos e as regras numéricas
ou alfanuméricas que devem ser utilizadas para referenciar os aparelhos conceber os
esquemas e realizar os equipamentos elétricos.
A utilização da normalização internacional elimina os riscos de confusão e facilita o
estudo, a colocação em serviço e a manutenção das instalações.
IEC 1082-1
Das varias novidades introduzidas pela norma IEC 1082-1 ( Dezembro 1992),
que diz respeito à elaboração dos documentos utilizados em eletrotécnica, recordamos
a seguir dois artigos que modificam os hábitos de representação nos esquemas
elétricos.
⇒ Artigo 4.1.5. - Escrita e orientação de escrita: Na utilização definitiva, tudo o
que estiver escrito num documento poderá ser lido em duas orientações do
documento, separadas por um ângulo de 90, a partir das extremidades inferior e direita
do documento.``
A modificação refere-se essencialmente a orientação das referencias dos
terminais que, em disposição vertical, são lidos de baixo para cima (ver exemplos
abaixo).
⇒ Artigo 3.3 - Estrutura da documentação: “A apresentação da documentação
segundo uma estrutura normalizada permite tratar e informatizar mais facilmente as
operações de manutenção.
Admite-se que as informações relativas às instalações e aos sistemas sejam
organizadas com base em estruturas de porte.
A estrutura representa o modo como o processo ou o produto se subdividem
em processos ou sub-produtos menores.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 95
Conforme o que se pretende, podem-se elaborar diferentes estruturas, por
exemplo uma estrutura orientada para a localização...``
Assim, devemos nos habituar a escrever antes das referencias dos aparelhos
elétricos o sinal “ - ”, sendo os sinais “ = ” e “ + ” reservados para níveis superiores
(maquinas e oficinas, por exemplo).
Natureza das correntes Natureza dos condutores Corrente alternada
Condutor,circuito auxiliar
Corrente continua
Condutor, circuito principal
Corrente retificada
Rede de 3 condutores
Corrente alternada trifásica 60Hz
Representação unifilar
Terra
Condutor neutro(N)
Massa
Condutor de proteção (PE,terra)
Terra de proteção
Condutor proteção e neutro (PEN)
Terra sem ruído
Condutores sob blindagem
Condutores torcidos
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 96
Contatos Contato NA (normalmente aberto) 1-principal 2-auxiliar
Contato inversor sem sobreposição (abertura antes do fechamento)
Contato NF (normalmente fechado) 1-principal 2-auxiliar
Contato inversor com sobreposição
interruptor
Contato inversor com posição intermediaria de abertura
Seccionador
Contatos apresentados em posição acionada
Contator
Contatos de abertura ou fechamento antecipado
Contator-interruptor
Contatos de abertura ou fechamento retardado
Disjuntor
Contato NA com posição mantida
interruptor-seccionador
Condutores sob blindagem
interruptor-seccionador de abertura automática
Contatos NA ou NF temporizados em trabalho
Seccionador-fusivel
Contatos NA ou NF temporizados em repouso
]
Sinalização
Componentes ou elementos diversos Lâmpada de sinalização
Eletroválvula
Dispositivo luminoso intermitente
Contador de impulsos
Alarme sonoro
Detector sensível a proximidade
Campainha
Detector de proximidade indutivo
Sirene
Detector de proximidade capacitivo
Cigarra
Detector fotoeléctrico
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 97
Órgãos de comando Comandos mecânicos Comando eletromagnético Símbolo geral
Comando mecânico manual por botão de impulso (retorno automático)
Comando eletromagnético Contator auxiliar
Comando mecânico manual por lingüeta (retorno automático)
Comando eletromagnético Contator
Comando mecânico manual rotativo (com travamento)
Comando eletromagnético com 2 bobinas
Comando mecânico manual tipo “soco”
Comando eletromagnético temporizado em trabalho
Comando mecânico manual por volante
Comando eletromagnético temporizado em repouso
Comando mecânico manual por pedal
Comando eletromagnético de um rele de remanência
Comando mecânico manual com acesso restrito
Comando eletromagnético com travamento mecânico
Comando mecânico manual por alavanca
Comando eletromagnético de um rele polarizado
Comando mecânico manual por alavanca com punho
Comando eletromagnético de um rele pisca-pisca
Comando mecânico manual por chave
Comando eletromagnético de um rele de impulsos
Comando eletromagnético temporizado em trabalho e em repouso
Bobina de rele RH temporizado em repouso
Bobina de rele RH de impulso ao disparo
Bobina de eletro-valvula
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 98
Quadro comparativo aos símbolos mais habituais
Natureza dos símbolos Normas Européias Normas USA
Contato normalmente aberto (NA)
Potencia e Comando
Contato normalmente fechado (NF)
Potencia e Comando
Contato temporizado em trabalho
Contato temporizado em repouso
Fusível
Rele de proteção
Bobinas
Seccionadores
Disjuntores
M Motores
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 99
Referenciação de um esquema desenvolvido
Num esquema desenvolvido, a referenciação tem regras de aplicação
rigorosas.
As referencias definem os componentes, os terminais de ligação dos
aparelhos, os condutores e respectivas placas de terminais.
A aplicação destas regras facilita as operações de fiação e de teste,
contribuindo igualmente para a melhoria da produtividade dos equipamentos pela
redução dos tempos de manutenção.
Referenciação dos terminais de ligação dos aparelhos
As referencias indicadas são as que figuram nos terminais ou na placa de
características do aparelho.
A cada órgão de comando, a cada tipo de contato, principal, auxiliar
instantâneo ou temporizado, estão atribuídas duas referencias alfanuméricas ou
numéricas especificas.
Contactos principais
Os terminais são referenciados por um único algarismo..
⇒ De 1 e 6 em tripolar,
⇒ De 1 e 8 em tetrapolar.
Os algarismos impares são colocados em cima e a progressão faz-se de cima
para baixo e da esquerda para a direita.
Nos contatores de pequena potência, o quarto polo de um contator
tetrapolar e uma exceção a esta regra. Os seus terminais têm as mesmas referencias
que o contato auxiliar NA em cujo lugar se encontra. Por outro lado, as referencias dos
pólos de interrupção são normalmente precedidas da letra ``R``.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 100
Contatos auxiliares
O terminais dos contatos auxiliares são referenciados por números de dois
algarismos.
Os algarismos das unidades, ou algarismos de função, indicam A função do
contato auxiliar..
⇒ 1 e 2..contato normalmente fechado.
⇒ 3 e 4..contato normalmente aberto.
⇒ 5 e 6..contato normalmente fechado de funcionamento especial tal como
temporizado, defasado, de passagem, de disparo térmico.
⇒ 7 e 8.. contato normalmente aberto de funcionamento especial tal como
temporizado, defasado, de passagem, de disparo através de um rele de sobrecarga.
O algarismo das dezenas indica o numero de ordem de cada Contato do
aparelho. Este numero e independente da posição Geográfica dos contatos no
esquema.
A fila 9 (e a 0 se necessário) e reservada aos contatos auxiliares dos reles de
proteção contra sobrecargas, seguida da função 5 e 6 ou 7 e 8.
Órgãos de comando (bobinas)
As referencias são alfanuméricas, vindo a letra em primeiro lugar:
⇒ bobina de comando de um contator..A1 e A2.
⇒ Bobina de comando com dois enrolamentos de um contator: A1 e A2, B1 e B2.
Identificação do contator
Símbolo gráfico de um contato de abertura (NF)
Símbolo gráfico de bobina de um Contator
Símbolo gráfico de uma derivação
Identificação do contator
Marca do Borne
Borne A2 de KM1
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 101
Quando o contator é identificado por meio de letras, sua função só é conhecida quando
diagrama de potência é analisado.
A seguir, está a tabela que apresenta as letras maiúsculas iniciais para designar
elementos do circuito.
Letra Tipos de elementos Exemplos
A Conjuntos, subconjuntos Amplificadores com válvulas ou transistores,
amplificadores magnéticos laser.
B
Transdutores de grandezas não
elétricas, para elétricas e vice-
versa.
Sensores termoelétricos, células
fotoelétricas, dinamômetros, transdutores a
cristal, microfones, alto-falantes.
C Capacitores
D
Elementos binários, dispositivos
de atraso, dispositivos de
memória
Elementos combinatórios, linhas de atraso,
elementos biestáveis, monoestáveis, núcleo
de memória, fitas magnéticas de gravação.
E Miscelânea. Dispositivos luminosos, de aquecimento ou
outros não especificados nesta tabela.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 102
F Dispositivos de proteção Fusíveis, pára-raios, dispositivos de
descarga de sobre-tensão.
G Geradores, fontes de
alimentação.
Geradores rotativos, conversores de
freqüência rotativos, baterias, fontes de
alimentação, osciladores.
H Dispositivos de sinalização Indicadores óticos e acústicos
K Relés, contatores
L Indutores.
M Motores
P Equipamento de medição e
ensaio
Dispositivos de medição, integradores,
indicadores, geradores de sinal, relógios.
Q
Dispositivos mecânicos de
conexão para circuitos de
potência.
Abridor, isolador
R Resistores Resistores ajustáveis, potenciômetros
reostatos, derivadores (shunts), termistores
S Seletores, chaves Chaves de controle, "push buttons" chaves
limitadoras, chaves seletoras, seletores.
T Transformadores Transformadores de tensão, de corrente.
U Moduladores Discriminadores, demoduladores, codifi-
cadores, inversores, conversores
V Válvulas, semicondutores Válvulas, tubos de descarga de gás, diodos,
transistores, tiristores
W Elemento de transmissão, guias
de onda, antenas.
“Jumpers”, cabos, guias de onda,
acopladores direcionais, dipolos, antenas
parabólicas.
X Terminais, plugues, soquetes. Tomadas macho e fêmea, pontos de prova,
quadro de terminais, barra de terminais.
Y Dispositivos mecânicos
operados eletricamente
Válvulas pneumáticas, freios, embreagens.
Z
Transformadores híbridos,
equalizadores, limitadores,
cargas de terminação.
Filtros a cristal, circuitos de balanceamento,
compressores expansores ("compandors").
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 103
Programação de contatos
A programação dos contatos permite que se identifique rapidamente nos diagramas os
contatos que são acionados por um contator e qual sua localização num diagrama
funcional.
O contator também é localizado mais facilmente a partir da indicação sob o contato.
Para isso, o diagrama é dividido em linhas.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 104
Interpretação
Os números sob o neutro (1, 2, 3... 8) indicam as linhas. Embaixo do esquema
funcional e, respectivamente, em cada linha estão desenhadas cruzetas com letras e
números.
A letra A indica contato abridor e o F, contato fechador. A cruzeta correspondente à
linha 1, por exemplo, indica que temos um abridor na linha 3, um fechador nas linhas
2 e 5.
O diagrama também pode ser dividido em colunas.
Quando o diagrama ocupa mais de uma folha, além dos números que identificam as
colunas, são colocados os números das folhas nas quais se encontra o contato.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 105
Assim, nas figuras acima, vamos localizar o contator C2.
a- Contato abridor localizado na coluna 2;
b- Contato abridor localizado na coluna 5;
c- Contato fechador localizado na coluna 4;
d- Contato fechador disponível no contator;
e- Contato fechador localizado na coluna 1 da folha 2.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 107
FFuussíívveeiiss -- DDiissppoossiittiivvooss ddee PPrrootteeççããoo ee SSeegguurraannççaa
Os dispositivos de segurança e proteção são componentes que, inseridos nos circuitos
elétricos, servem para interrompê-los quando algumas anormalidades acontecerem.
Neste capítulo, veremos os dispositivos empregados para proteção dos motores.
Seguranças fusíveis
As seguranças fusíveis são elementos inseridos nos circuitos para interrompê-los em
situações anormais de corrente, como curto-circuito ou sobrecargas de longa duração.
De modo geral, as seguranças fusíveis são classificadas segundo a tensão de
alimentação em alta ou baixa tensão; e, também, segundo as características de
desligamento em efeito rápido ou retardado.
Fusíveis de efeito rápido
Os fusíveis de efeito rápido são empregados em circuitos em que não há variação
considerável de corrente entre a fase de partida e a de regime normal de
funcionamento.
Esses fusíveis são ideais para a proteção de circuitos com semicondutores (diodos e
tiristores).
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 108
Fusíveis de efeito retardado
Os fusíveis de efeito retardado são apropriados para uso em circuitos cuja corrente de
partida atinge valores muitas vezes superiores ao valor da corrente nominal e em
circuitos que estejam sujeitos a sobrecargas de curta duração.
Como exemplo desses circuitos podemos citar motores elétricos, as cargas indutivas e
as cargas capacitivas em geral.
Fusíveis Cartucho e Faca
⇒ Tipo Cartucho - são limitadores de corrente usados especialmente para
proteger circuitos elétricos em geral, tais como : os condutores, os aparelhos elétricos,
os consumidores/instalações residenciais, etc. - Exemplos : Diazed, Silized e Neozed.
Os tipos Diazed e Neozed tem ação retardada, sendo que esse é utilizado em painéis
e aquele é utilizado na proteção dos circuitos de comando. O Silized é ultra-rápido -
esse é ideal para a proteção de aparelhos equipados com semi-condutores (thiristores
e diodos).
⇒ Tipo Faca - são dispositivos limitadores de corrente - utilizados
preferencialmente em instalações industriais, protegendo circuitos elétricos em geral,
tais como : os condutores, os aparelhos, os consumidores/prediais, os motores, etc. -
Exemplo são os fusíveis NH.
Esses fusíveis possuem características retardadas em função das partidas de motores
trifásicos com rotor em curto-circuito que estão sujeitos a sobrecarga de curta duração
- Exemplo : motores trifásicos com rotor em gaiola.
Os seguranças fusíveis de efeito retardado mais comumente usados são os NH,
DIAZED e NEOZED
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 109
Fusíveis NH
Os fusíveis NH suportam elevações de tensão durante um certo tempo sem que ocorra
fusão.
Eles são empregados em circuitos sujeitos a picos de corrente e onde existam cargas
indutivas e capacitivas.
Sua construção permite valores padronizados de corrente que variam de 6 a 1000 A.
Sua capacidade de ruptura é sempre superior a 70 kA com uma tensão máxima de
500 V.
Construção
Os fusíveis NH são constituídos por duas partes: base e
fusível.
É também utilizado uma punhal saca fusível para conectar
o fusível na base. Nunca se deve utilizar outra ferramenta,
exemplo alicate, para encaixar o fusível na base, pois
poderá causar sérios acidentes.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 110
A base é fabricada de material isolante como a esteatita, o plástico ou o termofixo. Nela
são fixados os contatos em forma de garras às quais estão acopladas molas que
aumentam a pressão de contato.
O fusível possui corpo de porcelana de seção retangular. Dentro desse corpo, estão o
elo fusível e o elo indicador de queima imersos em areia especial.
Nas duas extremidades do corpo de porcelana existem duas facas de metal que se
encaixam perfeitamente nas garras da base.
O elo fusível é feito de cobre em forma de lâminas vazadas em determinados pontos
para reduzir a seção condutora. O elo fusível pode ainda ser fabricado em prata.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 111
Fusíveis DIAZED e NEOZED
São usados em circuitos resistivos, ou seja, sem picos de corrente. Os de ação
retardada são usados em circuitos com motores e capacitores, sujeitos a picos de
corrente.
Esses fusíveis são construídos para valores de, no máximo, 200A. A capacidade de
ruptura é de 70 kA com uma tensão de 500V.
Construção
O fusível DIAZED (ou D) é composto por: base (aberta ou protegida), tampa, fusível,
parafuso de ajuste e anel.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 112
A base é feita de porcelana dentro da qual está um elemento metálico roscado
internamente e ligado externamente a um dos bornes. O outro borne está isolado do
primeiro e ligado ao parafuso de ajuste, como mostra afigura a seguir.
A tampa, geralmente de porcelana, fixa o fusível à base e não é inutilizada com a
queima do fusível. Ela permite inspeção visual do indicador do fusível e sua
substituição mesmo sob tensão.
O parafuso de ajuste tem a função de impedir o uso de fusíveis de capacidade superior
à desejada para o circuito. A montagem do parafuso é feita por meio de uma chave
especial.
O anel é um elemento de porcelana com rosca interna, cuja função é proteger a rosca
metálica da base aberta, pois evita a possibilidade de contatos acidentais na troca do
fusível.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 113
O fusível é um dispositivo de porcelana em cujas extremidades é fixado um fio de
cobre puro ou recoberto por uma camada de zinco. Ele fica imerso em areia especial
cuja função é extinguir o arco voltaico e evitar o perigo de explosão quando da queima
do fusível.
O fusível possui um indicador, visível através da tampa, cuja corrente nominal é
identificada por meio de cores e que se desprende em caso de queima. Veja na tabela
a seguir, algumas cores e suas correntes nominais correspondentes.
Cor Intensidade de
corrente (A) Cor
Intensidade de
corrente (A)
Rosa 2 Azul 20
Marrom 4 Amarelo 25
Verde 6 Preto 35
Vermelho 10 Branco 50
Cinza 16 Laranja 63
O elo indicador de queima é constituído de um fio muito fino ligado em paralelo com o
elo fusível. Em caso de queima do elo fusível, o indicador de queima também se funde
e provoca o desprendimento da espoleta.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 114
Características dos fusíveis NH e DIAZED
As principais características dos fusíveis DIAZED e NH são:
⇒ corrente nominal - corrente máxima que o fusível suporta continuamente sem
interromper o funcionamento do circuito. Esse valor é marcado no corpo de porcelana
do fusível;
⇒ corrente de curto-circuito - corrente máxima que deve circular no circuito e que
deve ser interrompida instantaneamente;
⇒ capacidade de ruptura (kA) - valor de corrente que o fusível é capaz de
interromper com segurança. Não depende da tensão nominal da instalação;
⇒ tensão nominal - tensão para a qual o fusível foi construído. Os fusíveis normais
para baixa tensão são indicados para tensões de serviço de até 500 V em CA e 600 V
em CC;
⇒ resistência elétrica (ou resistência ôhmica) – grandeza elétrica que depende do
material e da pressão exercida. A resistência de contato entre a base e o fusível é a
responsável por eventuais aquecimentos que podem provocar a queima do fusível;
⇒ curva de relação tempo de fusão x corrente - curvas que indicam o tempo que o
fusível leva para desligar o circuito. Elas são variáveis de acordo com o tempo, a
corrente, o tipo de fusível e são fornecidas pelo fabricante. Dentro dessas curvas,
quanto maior for a corrente circulante, menor será o tempo em que o fusível terá que
desligar. Veja curva típica a seguir.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 115
Instalação dos Fusíveis
Os fusíveis DIAZED e NH devem ser colocados no ponto inicial do circuito a ser
protegido.
Os locais devem ser arejados para que a temperatura se conserve igual à do ambiente.
Esses locais devem ser de fácil acesso para facilitar a inspeção e a manutenção.
A instalação deve ser feita de tal modo que permita seu manejo sem perigo de choque
para o operador.
Dimensionamento dos fusíveis
A escolha do fusível é feita considerando-se a corrente nominal da rede, a malha ou
circuito que se pretende proteger. Os circuitos elétricos devem ser dimensionados para
uma determinada carga nominal dada pela carga que se pretende ligar.
A escolha do fusível deve ser feita de modo que qualquer anormalidade elétrica no
circuito fique restrita ao setor onde ela ocorrer, sem afetar os outros.
Para dimensionar um fusível, é necessário levar em consideração as seguintes
grandezas elétricas:
⇒ corrente nominal do circuito ou ramal;
⇒ corrente de curto-circuito;
⇒ tensão nominal
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 117
CCoonnttaattoorreess
Neste capítulo, estudaremos um dispositivo de manobra mecânica usado no comando
de motores e na proteção contra sobrecorrente, quando acoplado a relês de
sobrecarga.
Esse dispositivo chama-se contator. Suas características, utilização e funcionamento
são aqui apresentados para que você possa utilizá-lo corretamente.
Contatores
Contatores são dispositivos de manobra mecânica, acionados eletromagneticamente,
construídos para uma elevada freqüência de operação.
De acordo com a potência (carga), o contator é um dispositivo de comando do motor e
pode ser usado individualmente, acoplado a relês de sobrecarga, na proteção de
sobrecorrente. Há certos tipos de contatores com capacidade de estabelecer e
interromper correntes de curto-circuito.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 118
Tipos de contatores
Basicamente, existem dois tipos de contatores:
• contatores para motores (pricipal);
• contatores auxiliares.
Esses dois tipos de contatores são semelhantes. O que os diferencia são algumas
características mecânicas e elétricas.
Assim, os contatores para motores caracterizam-se por apresentar:
• dois tipos de contatos com capacidade de carga diferentes chamados principais e
auxiliares;
• maior robustez de construção;
• possibilidade de receberem relês de proteção;
• câmara de extinção de arco voltaico;
• variação de potência da bobina do eletroímã de acordo com o tipo do contator;
• tamanho físico de acordo com a potência a ser comandada;
• possibilidade de ter a bobina do eletroímã com secundário.
Veja um contator para motor nas ilustrações a seguir.
Os contatores auxiliares são usados para:
• aumentar o número de contatos auxiliares dos contatores de motores,
• comandar contatores de elevado consumo na bobina,
• evitar repique,
• para sinalização.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 119
Esses contatores caracterizam-se por apresentar:
• tamanho físico variável conforme o número de contatos;
• potência do eletroímã praticamente constante;
• corrente nominal de carga máxima de 10 A para todos os contatos;
• ausência de necessidade de relê de proteção e de câmara de extinção.
Um contator auxiliar é mostrado na ilustração a seguir.
Construção
Os principais elementos construtivos de um contator são:
⇒ contatos;
⇒ sistema da acionamento;
⇒ carcaça;
⇒ câmara de extinção de arco-voltaico.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 120
Contatos dos contatores e pastilhas
Os contatos são partes especiais e fundamentais dos contatores, destinados a
estabelecer a ligação entre as partes energizadas e não-energizadas de um circuito ou,
então, interromper a
ligação de um circuito.
São constituídos de pastilhas e suportes. Podem ser fixos ou móveis, simples ou em
ponte.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 121
Os contatos móveis são sempre acionados por um eletroímã pressionado por molas.
Estas devem atuar uniformemente no conjunto de contatos e com pressão determinada
conforme a capacidade para a qual eles foram construídos.
Os contatos são construídos em formatos e tamanhos determinados pelas
características técnicas do contator. São classificados em principal e auxiliar.
Os contatos principais têm a função de estabelecer e interromper correntes de
motores e chavear cargas resistivas ou capacitivas.
O contato é realizado por meio de placas de prata cuja vida útil termina quando elas
estão reduzidas a 1/3 de seu volume inicial.
Os contatos auxiliares são dimensionados para a comutação de circuitos auxiliares
para comando, para sinalização e para intertravamento elétrico. São dimensionados
apenas para a corrente de comando e podem ser de abertura retardada para evitar
perturbações no comando.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 122
Eles podem ser do tipo NA (normalmente aberto) ou NF (normalmente fechado) de
acordo com sua função.
Sistema de acionamento dos contatores
O acionamento dos contatores pode ser feito com corrente alternada ou com corrente
contínua.
Para o acionamento com CA, existem anéis de curto-circuito que se situam sobre o
núcleo fixo do contator e evitam o ruído por meio da passagem da CA por zero.
Um entreferro reduz a remanência após a interrupção da tensão de comando e evita o
colamento do núcleo.
Após a desenergização da bobina de acionamento, o retorno dos contatos principais
(bem como dos auxiliares) para a posição original de repouso é garantido pelas molas
de compressão.
O acionamento com CC não possui anéis de curto-circuito. Além disso, possui uma
bobina de enrolamento com derivação na qual uma das derivações serve para o
atracamento e a outra para manutenção.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 123
Um contato NF é inserido no circuito da bobina e tem a função de curto-circuitar parte
do enrolamento durante a etapa do atracamento. Veja representação esquemática a
seguir.
O enrolamento com derivação tem a função de reduzir a potência absorvida pela
bobina após o fechamento do contator, evitando o superaquecimento ou a queima da
bobina.
O núcleo é maciço pois, sendo a corrente constante, o fluxo magnético também o será.
Com isso, não haverá força eletromotriz no núcleo e nem circulação de correntes
parasitas.
O sistema de acionamento com CC é recomendado para aplicação em circuitos onde
os demais equipamentos de comando são sensíveis aos efeitos das tensões induzidas
pelo campo magnético de corrente alternada. Enquadram-se nesse caso os
componentes CMOS e os microprocessadores, presentes em circuitos que compõem
acionamentos de motores que utilizam conversores e/ou CPs (controladores
programáveis).
Carcaça
É constituída de duas partes simétricas (tipo macho e fêmea) unidas por meio de
grampos ou parafusos.
Retirando-se os grampos ou parafusos de fechamento a tampa frontal do contator, é
possível abri-lo e inspecionar seu interior, bem como substituir os contatos principais e
os da bobina.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 124
Câmara de extinção de arco voltaico
É um compartimento que envolve os contatos principais. Sua função é extinguir a
faísca ou arco voltaico que surge quando um circuito elétrico é interrompido.
Com a câmara de extinção de cerâmica, a extinção do arco éprovocada por
refrigeração intensa e pelo repuxo do ar.
Funcionamento do contator
Como já sabemos, uma bobina eletromagnética quando alimentada por uma corrente
elétrica, forma um campo magnético. No contator, ele se concentra no núcleo fixo e
atrai o núcleo móvel.
Como os contatos móveis estão acoplados mecanicamente com o núcleo móvel, o
deslocamento deste no sentido do núcleo fixo movimenta os contatos móveis.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 125
Quando o núcleo móvel se aproxima do fixo, os contatos móveis também devem se
aproximar dos fixos de tal forma que, no fim do curso do núcleo móvel, as peças fixas e
móveis do sistema de comando elétrico estejam em contato e sob pressão suficiente.
O comando da bobina é efetuado por meio de uma botoeira ou chave-bóia com duas
posições, cujos elementos de comando estão ligados em série com as bobina.
A velocidade de fechamento dos contatores é resultado da força proveniente da bobina
e da força mecânica das molas de separação que atuam em sentido contrário.
As molas são também as únicas responsáveis pela velocidade de abertura do contator,
o que ocorre quando a bobina magnética não estiver sendo alimentada ou quando o
valor da força magnética for inferior à força das molas.
Vantagens do emprego de contatores
Os contatores apresentam as seguintes vantagens:
⇒ comando à distância;
⇒ elevado número de manobras;
⇒ grande vida útil mecânica;
⇒ pequeno espaço para montagem;
⇒ garantia de contato imediato;
⇒ tensão de operação de 85 a 110% da tensão nominal prevista para o contator.
Eletrotécnica
Escola SENAI “ Mariano Ferraz ” 127
IInntteerrttrraavvaammeennttoo ddee CCoonnttaattoorreess
Intertravamento
O intertravamento é um sistema de segurança elétrico ou mecânico destinado a evitar
que dois ou mais contatores se fechem acidentalmente ao mesmo tempo provocando
curto circuito ou mudança na seqüência de funcionamento de um determinado circuito.
O intertravamento elétrico é feito por meio de contatos auxiliares do contator e por
botões conjugados. Na utilização dos contatos auxiliares (K1 e K2), estes impedem a
energização de uma das bobinas quando a outra está energizada.
Nesse caso, o contato auxiliar abridor de outro contator é inserido no circuito de
comando que alimenta a bobina do contator. Isso é feito de modo que o funcionamento
de um contator dependa do funcionamento do outro, ou seja, contato K1 (abridor) no
circuito do contator K2 e o contato K2 (abridor) no circuito do contator K1. Veja
diagrama a seguir.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 128
Os botões conjugados são inseridos no circuito de comando de modo que, ao ser
acionado um botão para comandar um contator, haja a interrupção do funcionamento
do outro contator.
Quando se utilizam botões conjugados, pulsa-se simultaneamente S1 e S2. Nessa
condição, os contatos abridor e fechador são acionados. Todavia, como o contato
abridor atua antes do fechador, isso provoca o intertravamento elétrico. Assim, temos:
• Botão S1: fechador de K1 conjugado com S1, abridor de K2.
• Botão S2: fechador de K2 conjugado com S2, abridor de K1.
Observação: Quando possível, no intertravamento elétrico, devemos usar essas duas
modalidades.
O intertravamento mecânico é obtido por meio da colocação de um balancim
(dispositivo mecânico constituído por um apoio e uma régua) nos contatores. Quando
um dos contatores é acionado, este atua sobre uma das extremidades da régua,
enquanto que a outra impede o acionamento do outro contator.
Eletrotécnica
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Esta modalidade de intertravamento é empregada quando a corrente é elevada e há
possibilidade de soldagem dos contatos.
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TTrraannssffoorrmmaaddoorreess ppaarraa CCoommaannddoo
Transformadores para comando
Quando é necessário reduzir a corrente de linha e a tensão a valores que possibilitem
a utilização de relês de pequena capacidade em circuitos de comando de motores,
usam-se transformadores. Transformadores também são usados junto a chaves
compensadoras para evitar o arranque direto.
Transformadores para comando são dispositivos empregados em comandos de
máquinas elétricas para modificar valores de tensão e corrente em uma determinada
relação de transformação.
Sua instalação transformadores exige que se considere algumas características
elétricas. Elas são:
⇒ tipo de transformador;
⇒ índice de saturação para relês temporizados;
⇒ relação de transformação;
⇒ tensões de serviço;
⇒ tensões de prova;
⇒ classe de precisão;
⇒ freqüência.
Os transformadores de comando podem ser de vários tipos, conforme a necessidade
de aplicação:
• transformadores de tensão;
• transformadores para chaves compensadoras;
• transformadores de corrente.
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Transformadores de tensão
Os transformadores de tensão são usados para:
• reduzir a tensão a níveis compatíveis com a tensão dos componentes do comando
(relês, bobinas);
• fornecer proteção nas manobras e nas correções de defeitos;
• separar o circuito principal do circuito de comando, restringindo e limitando
possíveis curto-circuitos a valores que não afetem o circuito de comando;
• amortecer as variações de tensões, evitando possíveis ricochetes e prolongando,
portanto, a vida útil do equipamento.
Um transformador de tensão é mostrado a seguir:
Transformadores para chaves compensadoras
Esse tipo de transformador é usado para evitar o arranque direto do motor.
Suas derivações permitem partidas com 65 a 80% da tensão nominal, conforme o
torque necessário para a partida.
São construídos com duas colunas com ligações em triângulo; ou com três colunas
com ligação em estrela.
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Um único transformador pode ser usado para a partida em seqüência de vários
motores. Nesse caso, a partida será automática, realizada por meio de relês
temporizadores e contatores.
Transformador de Corrente
O transformador de corrente atua com relês térmicos de proteção contra sobrecarga.
Ele é associado a relês térmicos cuja corrente nominal é inferior à da rede.
Sua relação de transformação é indicada na placa. Por exemplo, uma indicação 200/5
indica que, quando houver uma corrente de 200 A na rede principal, a corrente do
relê será de 5 A.
Na proteção contra sobrecarga, esse transformador permite longos picos de corrente
de partida dos motores de grande porte. Nesse caso, ele estabiliza a corrente
secundária pela saturação do núcleo o que permite um controle mais efetivo.
Além disso, o tamanho reduzido do relê torna possível uma regulagem mais eficiente
com a redução dos esforços dinâmicos produzidos pela corrente elétrica.
Eletrotécnica
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RReeoossttaattoo ddee ppaarrttiiddaa
É um resistor de partida ajustável, construído de tal forma que permite variar sua
resistência ôhmica sem abrir o circuito no qual se encontra inserido.
Serve para regular a corrente e produzir queda de tensão. Apresentam as mais
variadas formas construtivas.
Aplicação do Reostato
Motor Monofásico (Tipo Universal)
O reostato é ligado em série com o motor.
Ele limita a corrente, provocando queda de tensão controlada, o que permite a
variação da velocidade do motor. Exemplo: motor de máquina de costura.
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Motor Trifásico de Rotor Bobinado
O reostato é ligado aos terminais do rotor, limitando a corrente no mesmo, permitindo
ao motor partida suave e controle de velocidade.
Motor Trifásico Rotor Gaiola de Esquilo
O reostato é ligado em série com duas das três linhas da rede, provocando queda de
tensão e conseqüente redução da corrente de partida.
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Motor de Corrente Contínua Tipo Série
O reostato é ligado em série com o motor, produz queda de tensão e limita a corrente
de partida.
Motor de CC Tipo Paralelo
Neste motor, o reostato atua como um divisor de tensão. Na partida, o campo está
ligado diretamente à rede; a armadura está ligada em série com toda a resistência do
reostato. Quando manobramos o reostato no sentido horário, gradativamente
inserimos resistência no campo e a retiramos da armadura. Deste modo, limita-se
inicialmente a corrente de partida (na armadura) e ao mesmo tempo ajusta-se a
rotação ao valor desejado.
Motor de CC Tipo Misto (Compound)
Neste motor o reostato é composto de dois resistores variáveis; um de fio fino (para o
campo paralelo) e outro de fio grosso (para o campo série). Na partida, o resistor do
campo série reduz a corrente de partida.
O campo paralelo é alimentado com a tensão da rede. Diminuindo-se a resistência do
resistor do campo série, aumenta a corrente. A velocidade é controlada pelo resistor
fino (do campo paralelo).
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Os tipos de reostato mais usados são: tubular, anel, placa circular, grade de ferro
fundido, carvão sob pressão e líquido.
Os reostatos do tipo tubular, anel, placa circular são construídos com fios níquel-cromo
suportados por isolantes refratários, acondicionados em caixa metálica para proteção
mecânica. Podem ainda estar imersos em óleo para sua refrigeração e podem ser de
comando automático ou semi-automático.
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CCoonnjjuuggaaddoo
Conjugado ou momento
Conjugado, ou momento, é o conjunto de forças (binário) produzido pelo eixo do rotor
que provoca o movimento de rotação.
O conjugado não é constante do momento da partida até que a velocidade nominal
seja alcançada. Essa variação chama-se curva de conjugado, cujos valores são
expressos em porcentagem em relação ao conjugado nominal, ou seja, com relação ao
conjugado na velocidade a plena carga.
Cada motor tem sua própria curva de conjugado. Essa curva varia com a potência e a
velocidade do motor. Assim, em motores de velocidade e potência iguais, mas de
fabricantes diferentes, geralmente a curva do conjugado é diferente.
O conjugado pode ser calculado pela fórmula:
Nessa igualdade, M é o momento ou conjugado; P é a potência; n é a rotação.
M = 9,55 x P(W) (em newton/metro) n
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A curva típica do conjugado motor (CCM) é mostrado a seguir.
Para a carga, temos a curva do conjugado resistente (CCR), que varia segundo o tipo
de carga.
Veja a seguir as curvas do conjugado resistente para alguns tipos de carga:
• conjugado resistente diminui com o aumento da velocidade
• conjugado resistente se mantém constante com o aumento da velocidade
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• conjugado resistente aumenta com o aumento da velocidade
A curva do conjugado motor (CCM) deve situar-se sempre acima da curva do
conjugado resistente (CCR), para garantir a partida do motor e sua aceleração até a
velocidade nominal.
De modo geral, quanto mais alta a curva do conjugado do motor em relação ao
conjugado resistente, melhor será o desempenho do motor.
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SSiisstteemmaass ddee PPaarrttiiddaa ddee MMoottoorreess TTrriiffáássiiccooss
Os motores trifásicos podem fazer uso de diversos sistemas de partida. A escolha de
cada um depende das condições exigidas pela rede, das características da carga e da
potência do motor.
Partida direta
A partida direta é realizada por meio de chaves de partida direta ou de contatores e se
presta a motores trifásicos de rotor tipo gaiola.
Nesse tipo de partida a plena tensão, o motor pode partir a plena carga e com corrente
se elevando de cinco a seis vezes o valor da corrente nominal, conforme o tipo ou
número de pólos do motor.
O gráfico a seguir mostra a relação entre a rotação e o conjugado e a corrente. A curva
A mostra que a corrente de partida é seis vezes o valor da corrente nominal. A curva B
mostra que o conjugado na partida atinge aproximadamente 1,5 vezes o valor do
conjugado nominal.
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SENAI “ Mariano Ferraz ” 144
Para cargas diferentes, as curvas características do motor permanecem constantes,
pois a carga não exerce influência no comportamento do motor. A influência da carga
se limita ao tempo de aceleração do motor. Assim, se a carga colocada no eixo do
motor for grande, ele levará mais tempo para alcançar a velocidade nominal.
O motor não atinge a rotação em duas situações:
• o conjugado de partida do motor é menor que o conjugado de partida de carga;
• o conjugado mínimo do motor é menor que o conjugado da carga na velocidade
nominal;
Se uma situação dessas ocorrer, o motor terá o rotor travado e poderá ser danificado
se as altas correntes que circulam em seu enrolamento não forem eliminadas.
Desvantagens da partida direta
A utilização da partida direta apresenta as seguintes desvantagens:
• aquecimento nos condutores da rede devido aos picos de corrente;
• elevada queda de tensão no sistema de alimentação da rede, o que provoca
interferência em equipamentos instalados no sistema;
• custo elevado devido à necessidade de superdimensionamento do sistema de proteção (cabos e condutores).
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Partida indireta
Quando não é possível o emprego da partida direta, deve-se usar a partida indireta,
cuja finalidade é reduzir o pico de corrente na partida do motor.
A redução do pico de corrente somente é possível se a tensão de alimentação do
motor for reduzida, ou se for alterada a característica do motor, mudando as ligações
dos seus terminais.
A queda da corrente de partida é diretamente proporcional à queda de tensão. E a
queda do conjugado é diretamente proporcional ao quadrado da relação entre a tensão
aplicada e a tensão nominal.
Partida por ligação estrela-triângulo (Y/?)
A partida por ligação estrela-triângulo é um tipo de partida indireta. É usada quando a
curva do conjugado do motor é suficientemente elevada para poder garantir a
aceleração da máquina com a corrente reduzida. Isso acontece nos motores para
serras circulares, torno ou compressores que devem partir com válvulas abertas.
Além disso, é necessário que o motor tenha a possibilidade de ligação em dupla
tensão (220/380 V, 380/660 V, ou 440/760 V) e que tenha, no mínimo, seis bornes de
ligação.
O motor parte em dois estágios.
⇒ No primeiro estágio, ele está ligado em estrela e pronto para receber uma
tensão v3 vezes maior que a tensão da rede. Com isso, a corrente que circulará nos
enrolamentos será três vezes menor, ou seja, será 1/3 da corrente para a ligação
triângulo (2o estágio).
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SENAI “ Mariano Ferraz ” 146
Assim, o conjugado e a corrente de partida serão, também, reduzidos a 1/3 do valor.
Observação:
Como a curva do conjugado reduz-se a 1/3 do valor, sempre que se usar esse tipo de
partida, deve-se empregar um motor com curva de conjugado elevada.
⇒ No segundo estágio, o motor é ligado em triângulo. Isso acontece quando a
rotação atinge cerca de 80% da rotação nominal.
Essa comutação leva a um segundo pico de corrente, mas de pouca intensidade, já
que o motor está girando.
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Dessa forma, o motor parte em dois pequenos picos de corrente, ao invés de um pico
de grande intensidade como na partida direta.
Vantagens
As vantagens da partida estrela-triângulo - As vantagens da partida estrela-triângulo
são:
• custo reduzido;
• ilimitado número de manobras;
• componentes de tamanho compacto;
• redução da corrente de partida para aproximadamente 1/3 da corrente de partida
da ligação triângulo.
Desvantagens
As desvantagens da partida estrela-triângulo são:
• necessidade da existência de seis bornes ou terminais acessíveis para a ligação da
chave;
• necessidade de coincidência da tensão da rede com a tensão em triângulo do
motor;
• redução do momento de partida para 1/3 como conseqüência da redução da
corrente de partida para 1/3;
• pico de corrente na comutação quase correspondente a uma partida direta caso o
motor não atinja pelo menos 85% de sua velocidade nominal. Como conseqüência,
aparecem problemas nos contatos dos contatores bem como na rede elétrica.
Em geral, esse tipo de partida só pode ser empregado em partidas de máquinas em
vazio, ou seja, sem carga. Somente depois de o motor atingir 95% da rotação, a carga
poderá ser ligada.
Partida por autotransformador
Esse sistema de partida é usado para dar partida em motores sob carga, como por
exemplo, motores para calandras, bombas, britadores.
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Ele reduz a corrente de partida e, por isso, evita a sobrecarga na rede de alimentação,
embora deixe o motor com um conjugado suficiente para a partida e a aceleração.
A partida efetua-se em dois estágios. No primeiro, a alimentação do motor é feita sob
tensão reduzida por meio do autotransformador.
Na partida, o pico de corrente e o conjugado são reduzidos proporcionalmente ao
quadrado da relação de transformação. Conforme o "tap" do transformador, esta
relação de transformação pode ser 65 ou 85%.
Desse modo, o conjugado do motor atinge, ainda no primeiro estágio, maior velocidade
do que a atingida no sistema de ligação estrela-triângulo.
No segundo estágio, decorrido o tempo inicial da partida, o ponto neutro do
autotransformador é aberto, o motor é ligado sob plena tensão, retomando suas
características nominais.
A tensão no motor é reduzida através dos "taps" de 65% ou de 80% do
autotransformador.
No "tap" de 65%, a corrente de linha é aproximadamente igual à do sistema de partida
estrela-triângulo. Entretanto, na passagem da tensão reduzida para a plena tensão, o
motor não é desligado.
O segundo pico de corrente é bastante reduzido porque o autotransformador, por um
curto período de tempo, se torna uma reatância ligada em série com o motor.
Ao utilizar um autotransformador para um motor ligado a uma rede 220 V e que
absorva 100 A, observamos que:
• se o autotransformador for ligado no "tap" de 65%, a tensão aplicada nos bornes do
motor será de:
0,65 x 220V = 143 V
• com a tensão reduzida em 65%, a corrente nos bornes do motor também será
reduzida de 65%, e será de:
0,65 x 100A = 65A
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• como o produto da tensão pela corrente na entrada do autotransformador é igual
ao produto da tensão pela corrente na saída, a corrente na rede será de 42,25 A,
conforme é demonstrado a seguir:
220V x IE = 143V x 65A
• conjugado no "tap" de 65% será então de 42%, ou seja:
M = V2
M = 0,65 x 0,65 = 0,42
Calculando da mesma maneira, encontraremos que o conjugado no "tap" de 80% será
de aproximadamente 64% do conjugado nominal, ou seja:
M = 0,80 x 0,80 = 0,64
Vantagens
As vantagens desse tipo de partida são:
• corrente de linha semelhante à da partida estrela-triângulo no "tap" de 65%;
• possibilidade de variação do "tap" de 65% para 80% ou até 90% da tensão da rede.
Conjugado maio que o Y/? na partida
Desvantagens
As desvantagens desse sistema de partida são as seguintes:
• limitação da freqüência de manobra;
• custo mais elevado quando comparado ao da partida estrela / triângulo;
• necessidade de quadros maiores devido ao tamanho do autotransformador.
IE = 143V x 65A = 42,25 220V
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Partida por resistência rotórica
A partida por resistência rotórica (ou partida do motor com rotor bobinado e reostato)
pode ser feita, conforma o caso, em dois, três, quatro ou mais estágios.
Em cada um desses casos, a partida é feita por diminuição sucessiva de resistências
previamente inseridas no circuito do rotor, enquanto o estator permanece sob tensão
plena. Isso é feito por meio de um reostato externo conectado ao circuito rotórico por
meio de um conjunto de escovas e anéis deslizantes.
O pico de corrente e o conjugado de partida são reguláveis em função do número de
estágios, ou à medida que a resistência do reostato diminui.
Esse sistema de partida é o que apresenta melhor resultado, pois permite adaptar o
conjugado durante a partida e os picos de corrente correspondentes às necessidades
da instalação.
Durante a partida, a resistência rotórica adicional é mantida no circuito para diminuir a
corrente de partida e aumentar os conjugados.
A resistência externa pode ser regulada de forma que o conjugado de partida seja igual
ou próximo do valor do conjugado máximo.
À medida que a velocidade do motor aumenta, a resistência externa é reduzida
gradualmente.
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Quando o motor atinge a velocidade nominal, a resistência externa é totalmente
retirada do circuito, o enrolamento rotórico é curto-circuitado e o motor passa a
funcionar como um rotor de gaiola.
O gráfico a seguir mostra os picos de corrente para uma partida de motor com rotor
bobinado em quatro estágios.
Curso: Eletrotécnica - “Instalações Elétrica”
SENAI “ Mariano Ferraz ” 152
Referências bibliográficas
• Instalações Elétricas Residenciais
Elektro - Eletricidade e Serviços S.A. e Pirelli Energia Cabos e SIstemas S.A. - SP-2003
• Mecatrônica Industrial
Editora Saber – Alexandre Capelli – SP - 2002
• Catalogo de Materiais Elétricos Pial Legrand
Pial Eletro-Eletrônica LTDA - SP - 2000
• Projetos de Instalações Elétricas Prediais
Editora Érica - Domingos Leite Lima Filho – SP – 2003
• Instalações Elétricas Sem Mistério
Editora Saber – Newton C. Braga – SP - 2002
• Instalações Elétricas Prediais
Editora Érica - Geraldo Cavalin e Severino Cervelin – SP – 2002
• Eletrônica para Eletricista
Editora Saber – Newton C. Braga – SP – 2002
• Curso de Especialização em Engenharia Clínica - Unicamp
Notas de aulas – Segurança de Instalações Elétricas em E.A.S
Recursos didáticos disponíveis na rede SENAI.
• Instalações Elétrica
Escola SENAI Vicente Amato – SP – 2001.
• Intranet SENAI
Apostilas / Eletricista de Manutenção (3) Novo Modelo (analógica ) Eletricidade Básica