Upload
sheila-souza-vieira
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
ÁREA DE EMPREGABILIDADE
EMREENDEDORISMO E GESTÃO
EMPREENDEDORISMO
MÓDULO 3
PROFESSORA: SHEILA VIEIRA
2014
Sua META é ser o melhor do mundo naquilo
que você faz. Não existem alternativas.
MÓDULO 3 – A DINÂMICA DOS NEGÓCIOS
INTRODUÇÃO
1. ENTENDA SEU TRABALHO
A única razão pela qual você trabalha é porque alguém precisa do
resultado do seu trabalho. No final das contas nós todos trabalhamos
para ajudar-nos mutuamente a SOBREVIVER.
Para atender às necessidades de sobrevivência, o ser humano se
organiza em indústrias, hospitais, escolas, prefeituras, etc. uma
empresa é qualquer uma dessas organizações. As pessoas trabalham
numa empresa exercendo funções dentro de uma ORGANIZAÇÃO
HIERÁRQUICA.
Fig, 1 – Funções das pessoas em uma organização.
2. DESCRIÇÃO DA DINÂMICA DOS NEGÓCIOS
Todos os negócios são sistemas abertos autossustentáveis que agregam
valor a recursos externos, transformando-os em produtos ou serviços e
interagem com outros negócios, com o ambiente empresarial, com a
sociedade e com o meio ambiente em que estão inseridos.
Fig, 2 - Negócios como sistemas abertos
Essa interação dos negócios com o ambiente empresarial, com a
sociedade e com o meio ambiente que convencionamos chamar de
dinâmica dos negócios, seguem padrões estruturais que precisam
ser considerados no desenvolvimento de um negócio.
Mercado
Concorrência por Recursos
Mercado Concorrência por clientes
Negócios Agrega Valor
Recursos
Produtos
Meio Ambiente
Sociedade
Outros negócios
FUNÇÕES
GERENCIAIS
OPERACONAIS
GERENCIAMENTO
DIREÇÃO
SUPERVISÃO
ASSESSORAMENTO
OPERAÇÃO
Portanto, o candidato a empreendedor, quando analisar a interação do
negócio que pretende desenvolver com outros negócios no mercado
usando os padrões estruturais (que veremos nesse módulo) deve
examinar também as influências do ambiente empresarial, da
sociedade e do meio ambiente sobre esses padrões estruturais.
Novas leis, novos impostos, novos incentivos, mudança nas tarifas de
importação etc. podem mudar decisivamente o ambiente empresarial.
Novos padrões de consumo, mudanças demográficas na população,
como aposentadoria dos baby boomers ou a influência hispânica nos
EUA, podem mudar a sociedade em que o negócio está inserido.
Um baby boomer é uma pessoa nascida entre 1945 e 1964 na Europa (especialmente Grã Bretanha e França), Estados Unidos, Canadá ou Austrália. Depois da segunda guerra mundial estes países experimentaram um súbito aumento de natalidade, que ficou conhecido como baby boom. A geração baby boomer torna-se uma parte substancial da população norte-americana. Representando cerca de 20% do público americano, os baby boomers ter um impacto significativo sobre a economia. Como resultado, os baby boomers são muitas vezes o foco de campanhas de marketing e planos de negócios.
A influência do meio ambiente sobre os negócios pode ser sazonal,
regida pelo clima e estações do ano, ou pode ser uma tendência, com o
aquecimento da Terra e a redução da camada de ozônio que nos
protege dos raios solares.
Os principais padrões estruturais que regem a interação dos negócios
em seus mercados são:
• Lei da oferta e da demanda;
• Ciclo de vida de produtos e serviços;
• Economia de escala e curva de experiência
• Preço, economia de escala, curva de experiência e ciclo de vida;
• Cadeia de valor;
• Participação de mercado, segmentação e diferenciação.
3. LEI DA OFERTA E DA DEMANDA
A oferta e a demanda de um produto ou serviço em um mercado ideal,
em que os compradores e os fornecedores têm todas as informações, a
demanda, a disponibilidade e o preço desse produto ou serviço
obedecem Á lei da oferta e demanda.
De acordo com essa lei, os fornecedores do produto só conseguem
cobrar o mesmo preço por seu produto. Isso porque os compradores,
com a informação dos preços, sempre optarão pelo menor preço.
Quem cobrar mais do que o menor preço não vai vender. Portanto, o
menor preço do fornecedor mais eficiente vai definir o preço para todo
o mercado, se a oferta for ilimitada. O menor preço do fornecedor mais
eficiente só valerá até ser esgotada sua capacidade de fornecer o
produto, quando então compradores negociarão, com fornecedores
com o segundo menor preço e assim por diante.
Os fornecedores com o menor preço, com a informação de preços e da
oferta de produtos, perceberão imediatamente que estão perdendo
dinheiro e podem vender seu produto a um preço melhor. Sabendo que
a oferta do produto de todos os fornecedores é limitada, eles podem
elevar o preço porque os compradores, se quiserem satisfazer sua
demanda, terão de pagar seu preço. Como nenhum fornecedor vai
querer vender a preço baixo e perder dinheiro, todos elevarão seus
preços até o limite em que alguns compradores começarão a desistir de
comprar por causa do preço elevado.
Os preços altos para produtos e serviços normalmente atraem novos
fornecedores, que aumentarão a oferta do produto até se esgotar a
demanda dos compradores a um determinado nível de preços.
Nesse momento alguns fornecedores são obrigados a baixar o preço
para divulgar seu produto e atrair novos compradores.
A entrada de novos fornecedores e a consequente necessidade de
baixarem os preços para gerar mais demanda no mercado, com a
entrada de novos compradores, continuam até que os preços baixos
não atraiam mais compradores ou os fornecedores menos eficientes
sejam obrigados a sair do negócio.
Fig, 3 – Curva de oferta e demanda.
4. CICLO DE VIDA DE PRODUTOS
Quando o candidato a empreendedor abre um negócio baseado em um
produto, ele espera que esse produto tenha uma vida longa e rentável.
Apesar de saber instintivamente que nenhum produto é eterno, ele
quer ganhar um bom lucro para cobrir o esforço e o risco de abrir seu
negócio. Ele espera que seu produto tenha boas vendas rentáveis por
muito tempo.
Para chegar ao nível de boas vendas rentáveis, o candidato a
empreendedor deve começar desenvolvendo o produto e planejando
sua introdução no mercado e o crescimento das vendas até atingir o
nível de boas vendas rentáveis ou maturidade do produto. Essa
sequencia de fases pela qual passa um novo produto –
desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio – é o
ciclo de vida de produtos ou serviços.
Fig, 4 – Ciclo de vida de produtos ou serviços.
A existência do ciclo de vida de produtos representa um duplo desafio
para o candidato a empreendedor. O primeiro desafio é encontrar um
produto que tenha o potencial de ser um sucesso em vendas. O segundo
é administrá-lo corretamente em todos os estágios de seu ciclo de vida,
e assim maximizar o lucro.
É importante também que o empreendedor reconheça quando o
produto ou serviço está em declínio para desenvolver uma nova
geração e estender sua vida, ou para desenvolver um novo produto ou
serviço. Para cada fase do ciclo de vida, podemos fazer previsões de
vendas, dos prejuízos ou lucros, do comportamento dos concorrentes e
de seu posicionamento no mercado.
Fig, 5 – Fases do ciclo de vida de produtos ou serviços.
É importante o candidato a empreendedor intuir em que fase está o
negócio que pretende desenvolver e aprimorar sua estratégia de
acordo com essa fase. Por exemplo, é importante saber se o bairro onde
pretende abrir sua loja de material de construção está em crescimento
ou em declínio. Se estiver em crescimento, haverá muita demanda para
material de construção, mas se estiver em declínio, só haverá demanda
por material para manutenção e reparos. Outro aspecto importante é
saber que quando um produto muda de fase, é necessário mudar a
estratégia do negócio.
5. ECONOMIA DE ESCALA
A economia de escala e a consequente redução de custos podem ser
obtidas por qualquer negócio que aumenta a produção ou a prestação
do seu serviço.
As razões mais comuns para isso são:
• Maior poder de negociação nas compras maiores e desconto por
volume;
• Alocação dos custos fixos de marketing, logística e administração
por um maior volume de produtos e serviços;
• Menor custo financeiro, que decresce à medida que os bancos
adquirem mais confiança no negócio maior;
• Mais confiança dos clientes, que pode se refletir na disposição a
pagar mais devido ao tamanho do negócio.
Há também a “deseconomia de escala”, quando os custos crescem com
o aumento da produção ou da prestação do serviço.
Essa deseconomia pode acontecer quando, para aumentar a produção,
é preciso comprar uma máquina adicional que, no início, ficará ociosa.
Nesse caso, o custo da ociosidade da máquina adicional necessária para
aumentar a produção onera todos os produtos, fazendo com que seu
custo aumente.
O efeito da economia de escala faz com que um fornecedor com maior
participação no mercado ou maior volume de produção ou prestação de
serviço sempre tenha vantagem de custos em relação a fornecedores
com menor participação de mercado se os produtos forem iguais.
Para fugir dessa desvantagem competitiva, os empreendedores que
estão nessa situação recorrem à diferenciação de seu produto ou
serviço procurando atender clientes não atendidos pelos grandes
fornecedores.
6. CURVA DE EXPERIÊNCIA
A curva de aprendizado e a curva de experiência são efeitos
relacionados que explicam relação entre experiência e eficiência na
produção ou na prestação de um serviço.
Ambos efeitos explicam porque os indivíduos e as organizações, à
medida que ganham experiência na execução de uma tarefa, tornam-se
mais eficientes nessa execução.
O efeito da curva de aprendizado se traduz na redução do tempo de
execução de uma tarefa com o aumento nas suas repetições.
O efeito da curva de experiência é mais amplo do que a simples redução
do tempo para executar uma tarefa: consiste na redução do custo de
execução de uma tarefa com o aumento nas repetições dessas, que pode
ser a produção de um produto ou a prestação de um serviço.
Cada vez que dobra o volume acumulado de produção ou da prestação
de um serviço, o custo do valor agregado pelo negócio pela produção se
reduz em uma porcentagem constante e previsível.
O efeito da curva de experiência se aplica, na maioria das situações,
pelas seguintes razões:
• Eficiência da mão-de-obra;
• Padronização e especialização;
• Mais uso de tecnologia, que com o aumento na repetição de tarefas,
estas podem ser automatizadas;
• Melhor uso de equipamentos: com o maior volume de produção há
melhor ocupação e utilização do uso dos equipamentos;
• Melhora nos insumos: com o crescimento da experiência, deve
haver uma melhora contínua nos custos e qualidade dos insumos;
• Melhora no produto ou no serviço;
• Melhora na cadeia de valoro efeito da curva de experiência também
se faz sentir nos fornecedores e distribuidores do produto ou
serviço.
7. PREÇOS, ECONOMIA DE ESCALA, CURVA DE EXPERIÊNCIA E
CICLO DE VIDA
O efeito da economia de escala e da curva de experiência nos leva a
concluir que, quanto maior o mercado do produto e maior o tempo que
está sendo ofertado, maiores são as possibilidades de que o custo de
produção se reduzam e, num mercado competitivo, o preço desse
produto também se reduz.
O possível maior lucro com a redução dos custos não se realiza e os
ganhos devido à economia de escala e à curva de experiência são
repassados aos clientes por meio de sucessivas reduções de preço.
O repasse dos ganhos dos negócios obtidos pela redução dos custos
para os clientes por meio de reduções de preços depende da fase do
ciclo de vida em que o produto ou serviço se encontra.
Fig, 6 – Relação entre preços, curva de experiência e ciclo de vida.