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marcio-augusto-tamashiro
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Introduo: Objetivos, Tpicos e Bibliografia 1
Francisco A. Lotufo
CONTROLE LINEAR
Objetivos:
Utilizar tcnicas como: modelagem, funo de transferncia, diagrama de blocos, tcnicas clssicas e tambm tcnicas modernas, como variveis de estado, para anlise de sistemas lineares. E tcnicas como diagrama de Bode, Nyquist, Root Locus para anlise de estabilidade e para projeto de sistemas de controle lineares com realimentao.
Tpicos:
1 Conceitos e Classificaes de Sistemas 2 Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 3 Sistemas Lineares: Entrada/Sada 4 Funes Singulares 5 Transformada de Laplace 6 Funes de Transferncia 7 Diagramas de Blocos e Fluxograma 8 Variveis de Estado 9 Introduo ao problema de Sistemas de Controle 10 Sistemas com realimentao 11 Anlise de Estabilidade 12 Mtodo do lugar das Razes (Root Locus) 13 Controladores PID 14 Resposta em Freqncia 15 Compensao
Bibliografia:
MAYA, P. A.; LEONARDI, F. Controle essencial. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011.
OGATA, K. Engenharia de Controle Moderno. 5.ed. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010.
NISE, N. S. Engenharia de Sistemas de Controle. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
DORF, R.C.; BISHOP, R.H. Sistemas de Controle Modernos. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
CARVALHO, J.L.M. Sistemas de Controle Automtico. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
PHILLIPS, C.L.; HARBOR, R.D. Sistemas de Controle e Realimentao. So Paulo: Makron Books, 1996.
DAZZO, J. J.; HOUPIS, C. H. Anlise e Projeto de Sistemas de Controle Lineares. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1984.
OPPENHEIM, A. V.; WILLSKY, A. S. Sinais e Sistemas. 2.ed. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010.
GEROMEL, J.C.; PALHARES, A.G.B. Anlise Linear de Sistemas Dinmicos. So Paulo: Edgard Blcher, 2004.
HAYKIN, S.; VEEN, B. V. Sinais e Sistemas. Porto Alegre: Bookman, 1999.
BOTURA, C. P. Anlise Linear de Sistemas. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1982.
CZESLAU, L. B. Uma Introduo Anlise de Sistemas Lineares. So Paulo: Edgard Blcher, 1977.
SCHAWRZ, R.J.; FRIEDLAND, B. Linear Systems. New York: McGraw Hill, 1965.
Conceitos e Classificaes de Sistemas 2
Francisco A. Lotufo
1- Conceitos e Classificaes de Sistemas
1.1- Conceitos Fundamentais
Sinal: formalmente definido como uma funo de uma ou mais variveis, a qual veicula informaes sobre a natureza de um fenmeno fsico (Haykin & Van Veen)1.
Unidimensional: quando a funo depende de uma nica varivel. Ex.: sinal de voz (fala).
Multidimensional: quando a funo depende de duas ou mais variveis. Ex.: sinal de imagem.
Sistema: a combinao de componentes que agem em conjunto para atingir determinado objetivo. A idia de sistema no fica restrita apenas a algo fsico, podendo ser aplicada a fenmenos abstratos, dinmicos. Assim, empregada para se referir a sistemas fsicos, biolgicos, econmicos e outros.
Modelo: representao dos aspectos essenciais de um sistema tal que ele apresente conhecimento do sistema em uma forma utilizvel (Sinha)2.
Modelo Matemtico: Conjunto de equaes que descrevem o sistema. Sendo a preocupao principal com as relaes matemticas que governam o sistema linear ao invs dos detalhes de sua estrutura fsica. freqentemente adequado representar o sistema esquematicamente por meio de uma caixa contendo os terminais de entrada e sada.
S(Sistema)
u (t)1u (t)2
u (t)n
y1(t)y2(t)
y (t)n
Entrada(s): So as causas ou excitaes ou controles aplicados aos terminais de entrada.
Sada(s): So os efeitos ou respostas, ao sinal de entrada, observados nos terminais de sada.
1.2- Classificao dos Sistemas
a - Classificao quanto ao nmero de variveis de entrada e sada:
Monovarivel: Sistema de varivel nica, ou sistema de uma s entrada e uma s sada.
SistemaSISOu(t) y(t)
Multivarivel: Mltiplas entradas e/ou mltiplas sadas
SistemaMIMO
u (t)1u (t)2
u (t)n
y1(t)y2(t)
y (t)n
1 Haykin, S.; Veen, B.V. Sinais e Sistemas, Bookman, Porto Alegre, 2001.
2 Sinha, N.K. Linear Systems, John Wiley&Son, New York, 1991.
Conceitos e Classificaes de Sistemas 3
Francisco A. Lotufo
b - Classificao segundo a Varivel Temporal
Contnuos: Um sistema dito ser contnuo, se as entradas e sadas so capazes de mudar em qualquer instante de tempo. Sistema a sinal contnuo no tempo, sistema contnuo no tempo.
Discretos: So aqueles onde os sinais mudam somente em instantes discretos, digamos, cada segundo, ou hora, ou ano, ou talvez, irregularmente.
Quantizados: So aqueles onde as variveis podem assumir somente um nmero contvel de valores (nveis), mas as trocas de um nvel pra outro nvel podem ocorrer em qualquer instante.
t
v(t)
10
t
v(t)
t1 t2 t3 t4 tn
Hbridos: So sistemas em que uma parte opera em tempo discreto e a outra em tempo contnuo, como por exemplo, os conversores A/D3 e D/A4.
3 Figura copiada do livro: Garrett, P.H. Advanced Instrumentation and Computer I/O Design, IEEE Press, Piscataway, NJ, 1994.
4 Figura copiada do livro: Dailey, D.J. Operational Amplifiers and Linear Integrated Circuits: Theory and Applications, McGraw-Hill
Book Company, New York, 1989.
Conceitos e Classificaes de Sistemas 4
Francisco A. Lotufo
c - Classificao quanto ao tipo de Modelo
Lineares: O sistema linear, caso ele obedea ao princpio da Superposio.
2121 )( HxHxxxH +=+ Exemplo:
=+
+=+++
+=+++
=+
=+
222
212121
212121
111
22
11
)()()(
uydt
dy
uuyydt
yyduuyy
dtdy
dtdy
uydt
dy
yu
yu
uydtdy
Assim,
)()( 2121212121 yydtyyd
uuyydt
dydt
dy++
+=+=+++
No Lineares: Um sistema dito ser no linear se ele no segue o princpio da superposio (aditividade e homogeneidade)
Exemplos:
a. bmxy +=
bxxmyybmxy
bmxy
yxyx
2)( 212122
11
2211
++=+
+=+
+=
que diferente de bxxmyy ++=+ )()( 2121
Logo, o sistema no linear.
b.
tAxdtdx
dtxd
sen2
2
2
=+
+
Cxdtdx
xdt
xd
yxzxy
=++
+==
)1( 222
222
x
y
b
2b
-b/m-2b/m
x
y
trecho linear
Conceitos e Classificaes de Sistemas 5
Francisco A. Lotufo
d - Classificao quanto Memria
Instantneos (Estticos): Se a sada (resposta) em qualquer instante t ou (tk) depende apenas do valor da entrada (excitao) no mesmo instante.
)(1)( tvR
ti =
Dinmicos: Se a sada em qualquer instante depende de valores presentes, assim como de valores passados da entrada, tal sistema pode ser considerado um sistema com memria.
diC
tvt
= )(1)(
e - Classificao quanto ao relacionamento Causa-Efeito
Causal (Fsico ou No Antecipatrio): Diz-se que um sistema causal se o valor atual do sinal de sada depender somente dos valores presentes e/ou passados do sinal de entrada. Por exemplo, o sistema de mdia mvel descrito pela equao a diferena abaixo causal:
])2[]1[][(31][ ++= kukukuky
No Causal (Antecipatrio): Por outro lado, o sinal de sada de um sistema no causal depende dos valores futuros do sinal de entrada. Como exemplo tambm, temos que o sistema de mdia mvel descrito pela equao a diferena abaixo no causal:
])1[][]1[(31][ +++= kukukuky
Outro exemplo. Considere um sistema descrito pela caracterstica de transferncia )()( 0ttxty += , onde x(t) uma entrada, y(t) a sada correspondente, e t0 > 0. Esse sistema no causal, pois o pulso de sada aparece antes que a entrada.
(a) entrada x(t) e (b) sada y(t) de um sistema no realizvel, pois a sada antecipa a entrada que a produz.
R
v(t)
i(t)
Conceitos e Classificaes de Sistemas 6
Francisco A. Lotufo
f - Classificao quanto a Estacionaridade
Invariante no Tempo (Estacionrio ou Fixo): Se as relaes de entrada e sada no se modificam com o tempo, eles so chamados de estacionrios.
Exemplo: Seja o operador de deslocamento Q, cujo seu efeito ilustrado na figura ao lado (a sada de Q igual entrada atrasada de segundos). A relao HQu = QHu = Qy, implica que se uma entrada deslocada de segundos, a forma de onda de sada permanece a mesma exceto por um deslocamento de segundos. Em outras palavras, no importa em que instante uma entrada aplicada a um sistema invariante no tempo e relaxado, a forma de onda de sada sempre a mesma.
Variante no Tempo: aquele em que as relaes de entrada e sada se modificam. Quando os parmetros variam no tempo o sistema variante no tempo.
)()()()()()(
=
=
tytytHxty
tHxty
Ex: )(122
tuydtdy
tdtyd
=++
g - Classificao quanto ao tipo de Sinal
Determinstico: Um sistema dito ser determinstico se a funo de transferncia operacional, assim como a entrada (ou entradas) aplicada(s) ao sistema, (so) conhecida(s) exatamente. Para tais sistemas, a sada (ou sadas) para qualquer entrada dada pode ser determinada para todos os instantes futuros se todas as condies iniciais (estados) so conhecidas.
Estocstico: So aqueles para os quais ou os parmetros da funo de transferncia operacional ou as entradas no so conhecidos precisamente podendo ser descritas somente em um sentido estatstico.
Conceitos e Classificaes de Sistemas 7
Francisco A. Lotufo
1.3- Linearizao
Na tentativa de se obter um modelo linear (para poder usar o ferramental analtico disponvel) feito aproximaes lineares (linearizaes) das relaes no lineares atravs do desenvolvimento em srie de Taylor em torno de um ponto de operao de referncia, e utilizao apenas de seus termos lineares.
Suponhamos ter uma relao entrada X sada Y no linear como a da figura abaixo, e que o ponto de operao seja ),( 00 YX .
....
!2)(
!1)()()(
20
2
20
0
00
+
+
+====
XXdX
YdXXdXdYXFXFY
XXXX
(expanso em srie de Taylor)
=
+++=
=
mdXdY
eyYeyYY
XX 0
Fazendo
pequenoser dever onde ,00
Temos: )( 00 XXmYY += , ou mxy =
A idia essencial admitir somente pequenas perturbaes em torno da condio de equilbrio estacionrio de forma que tais aproximaes sejam admissveis e vlidas.
Exemplo:
amplificadoroperacional
K=105
x(t) y(t)-
+
-Vcc
+Vcc
x
y
x0
-x0
y0
-y0
Se x(t) satisfaz 0)( xtx ou y(t) satisfaz 0)( yty , 0
0
x
yK =
Vy
K 15 tenso)defontepelaadeterminad(
sadamxima
10TpicolOperacionaorAmplificad
05
Conseqentemente, podemos modelar o Amplificador Operacional como elemento proporcional, se a entrada satisfaz Vtx 150)( .
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 8
Francisco A. Lotufo
2 Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos
Modelagem significa o processo de organizao do conhecimento sobre um dado sistema (Bernard Zeigler). Uma simulao um experimento realizado em um modelo (Gramino Korn & John Wait) 1.
Espectro de modelagem e simulao (Franois E. Cellier)2
Mu (entrada) y (sada)
Na modelagem h a discusso: Complexidade x fidelidade Sistema complexo til ou intil (verdadeiro/falso)
Exemplos de modelos:
1 JFET (Junction Field Effect Transistor Transistor de efeito de campo de juno)3
Este exemplo ressalta o fato de que um sistema pode ter vrios modelos, dependendo do tipo de questo que se deseja estudar.
1 Cellier, F.E. Continuous System Modeling, Springer-Verlag, New York, 1991.
2 Cellier, F.E. Continuous System Modeling, Springer-Verlag, New York, 1991.
3 Figuras retiradas dos livros: Mims, F.M. Eletrnica Iniciao Prtica, McGraw-Hill, So Paulo, 1988. Millman, J.; Halkias, C.C. Eletrnica: dispositivos e circuitos, McGraw-Hill, So Paulo, 1981.
Baixas Freqncias
Altas Freqncias
Modelo para pequenos sinais em Baixas Freqncias
Modelo para pequenos sinais em Altas Freqncias
Sistema Fsico
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 9
Francisco A. Lotufo
2 Suspenso de um automvel4
Sistema Fsico Modelo Fsico
3 Motor Eltrico DC
Sistema Fsico
Va
Ra
Laia
e
ArmaduraCampo
Rf
vfLf
Modelo Fsico
2.1 Mtodos para Determinao dos Modelos Matemticos
Os mtodos conhecidos de identificao e modelagem podem ser divididos em dois grandes grupos: Mtodos prticos ou de Laboratrio, e mtodos tericos ou lpis e papel.
Os mtodos prticos requerem a aplicao de entradas reais ao sistema em estudo, entradas do tipo impulso, degrau, senoidal entre outras.
Caixa pretaentrada sada
4 Figura retirada do livro: Dorf, R.C.; Bishop, R.H. Modern Control Systems, Addison-Wesley Publishing Company,
Massachussets, 7th Ed., 1995.
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 10
Francisco A. Lotufo
2.2 Mtodo Terico para a Determinao de Modelos Matemticos
Requerem aplicao de conhecimentos sobre as leis da Natureza. Para sistemas eltricos, as leis de Kirchoff, para sistemas mecnicos, as leis de Newton.
2.3 Modelos Matemticos de Sistemas Mecnicos Lineares e Invariantes no Tempo
2.3.1 Sistemas Mecnicos Translacionais
As variveis usadas so:
fora)(
acelerao)()()(velocidade)()(
todeslocamen)(
=
===
==
=
tF
tatvtx
tvtx
tx
Os elementos componentes dos sistemas mecnicos translacionais so:
1 - MASSA: Dado um corpo de massa M, da 2a Lei de Newton temos:
f(t) M
dtmvdf )(= , ou seja, fora a variao da quantidade de movimento.
Se no houver variao da massa, podemos escrever:
)()()()( txMtvMtMatf
===
2 - ATRITO VISCOSO: Foras que so funes algbricas da velocidade entre dois pontos so modeladas por elementos de atrito viscoso (conhecido como amortecedor)
v1v2
f B
v
f B
B: coeficiente de atrito viscoso Representao simplificada
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 11
Francisco A. Lotufo
3 Mola Ideal: obedece a Lei de Hooke
k: coeficiente de elasticidade da mola Representao simplificada
4 Alavanca:
Admitindo-se pequenos deslocamentos temos:
)()(),()( 11
221
1
22
11
22 tvLL
tvndodiferenciatxLL
txLxLx
==
=
=
Aplicando-se a lei dos momentos em relao ao ponto de apoio, temos:
)()( 12
122211 tfL
LtfLfLf ==
Lei de DAlembert
um reenuciado da segunda lei de Newton, relacionando a variao da quantidade de movimento.
Ou seja, = 0
)(dt
tdvMf ext , onde dttdvM )( a fora de DAlembert. =
iif 0
A soma algbrica das foras em qualquer corpo nula
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 12
Francisco A. Lotufo
Exemplo: Modelar
K1K2 K3 K5
K4
M2
M1
B2
x ,v ,a4 4 4x ,v ,a55 5
x ,v ,a33 3
B1
x ,v ,a11 1
x ,v ,a22 2
M3
f(t)
De incio arbitra-se o deslocamento e sentido para cada corpo, ou juno, que se mova com velocidade diferente dos demais. A seguir, os diagramas de corpo livre devem ser estabelecidos: observe o deslocamento arbitrado para saber a colocao das foras no diagrama de corpo livre.
a)
Logo, pela Lei DAlembert, temos:
0)()()()(
0)(
1121111
2111111
=+
+
=++
txKtxtxBtxM
xxBxKxM (I)
b)
[ ] 0)()()()()( 32212122 =+
+
txtxKtxtxBtxM (II)
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 13
Francisco A. Lotufo
c)
Temos:
)()()(
0)()()(
53344232
23244533
xxKxKxxKRtf
xxKRxKxxKtf
H
H
+++=
=
(III)
[ ] [ ]
( ) ( )[ ]{ } ( ) ( )[ ]{ } ( )[ ] 0)(
0)()()(
144253322321
253314422321
=++
=++
ltxKltxtxKltxtxKltf
lxxKlxKlxxKltf (IV)
d)
1
54
2
35
21
34
lxx
lxx
llxx
=
=
+
2
21
35
34
)()()()(
lll
txtx
txtx +=
(VI)
e)
H
H
RtxKtxtxKtxBtxM
RxKxxKxBxM
=+++
=+++
)()]()([)()()(
553535253
553535253 (V)
Isolando-se RH na equao III e substituindo na equao V, ficamos com 5 (cinco) equaes que constituem o modelo matemtico deste sistema.
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 14
Francisco A. Lotufo
2.3.2 Sistemas Mecnicos Rotacionais
As variveis usadas so:
torqueTangularacelarao
angularvelocidade
angulartodeslocamen
=
===
==
=
Os elementos componentes dos Sistemas Rotacionais so:
1 - Inrcia: Dado um corpo de inrcia J, a 2a Lei de Newton estabelece que: )]([)( tJdtd
tT = ,
caso no haja variao em J, resulta )()()()( tJtJdt
tdJtT
=== 5
2 Atrito Viscoso: O atrito viscoso de Rotao surge quando dois corpos, dos quais pelo menos um est em rotao, so separados por uma pelcula de leo, etc.
JB
B
J2J11
B
2 1 2
Representaes simplificadas
3 Mola de Toro: Componente no qual o torque proporcional ao deslocamento angular:
Representaes simplificadas
5 Figura retirada do livro: Shearer, J. L.; Murphy, A. T.; Richardson, H. H. Introduction o system dynamics. Addison
Wesley. Massachusetts, 1971.
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 15
Francisco A. Lotufo
4 Engrenagem: Componente utilizado para acoplamento mecnico
a) engrenagem em viso tridimensional b) acoplamento de duas engrenagens, uma de raio maior r1, e outra de raio menor r2
4.1 Para que no haja deslizamento necessrio que distncia percorrida em um determinado tempo t, seja a mesma para as duas engrenagens.
Temos: 2
22
1
11
r
c
r
c== ,
Logo devemos impor que: )()( 21
212211 t
r
rtrr == (1)
4.2 Assumiremos que o nmero de dentes proporcional ao raio da engrenagem, logo:
2
2
1
1
r
Nr
N= , donde de (1), vem )()()()( 2
1
212
1
21 tN
Ntt
NN
t == (2)
4.3 Considerando-se engrenagens ideais e que toda a potncia seja transmitida
)()()()(
)()()(
22
112211 tTN
NtTtTtT
ttTtP
==
=
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 16
Francisco A. Lotufo
2.3.2.1 Obteno de Modelos matemticos de Sistemas Mecnicos Rotacionais
Utilizamos as mesmas leis j vistas no caso translacional
Lei de DAlembert: Assume a seguinte forma no caso Rotacional
j
ext dtdJT , onde
dtdJ o torque de inrcia e podemos reescrever 0=
jjT
Exemplo 1: Consideremos o modelo de um velocmetro
J2J1T
, ,1 1 1 , ,2 2 2
J3K2
K3
, ,3 3 3
O procedimento anlogo ao corpo translacional. Arbitra-se o deslocamento angular e sentido para cada corpo, ou juno, que girar com velocidade angular diferente dos demais. A seguir, se estabelece os diagramas de corpo livre, e ento se aplica a lei de DAlembert:
0)()()]()([)( 1121211 =++
tTtBttBtJ
0)]()([)]()([)()( 3222122122 =++
ttKttBtBtJ
0)()]()([)()( 333223333 =++
tKttKtBtJ
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 17
Francisco A. Lotufo
Exemplo 2: Consideremos o modelo de uma carga acoplada a um motor por intermdio de uma reduo
Diagrama de corpo livre
a)
=
=
)()(
)()(
21
21
22
11
tNN
t
tTNN
tT
b)
)()()( 222 tTtBtJ =+
)()()(
)()()(
1
2
2
11
2
2
1
1
21
2
11
2
1
tTtNNBt
NNJ
tTNN
tNNBt
NNJ
=
+
=
+
Obs: Se N1 for muito menor que N2, o torque ser menor.
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 18
Francisco A. Lotufo
2.3.3 Sistemas Mecnicos Mistos
Sem novidades! Bastando relacionar as partes rotacionais e translacionais convenientemente.
Exemplo: Descrever as equaes dinmicas (ou seja, determinar o modelo matemtico) relativas ao sistema.
Diagrama de corpo livre
a)
)(.)()( 1111 tTrftKtJ =++
b)
ftxM =
)(11
Notemos que 112 )( rddondexdKf ==
)()]()([)()( 1121111 tTtxtrrKtKtJ =++
0)]()([)( 11211 =+
trtxKtxM
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 19
Francisco A. Lotufo
2.3.4 Modelos Matemticos de Sistemas Eletromecnicos
As interaes entre as partes mecnica e eltrica so feitas por intermdio do campo eltrico e/ou magntico.
Exemplo 1: Servomotor DC com controle de Armadura (Corrente de Campo Constante)
Va
Ra
Laia
e
ArmaduraCampo
Rf
vfLf
a) O fluxo magntico do motor : cteKtiKt f == 11 )()( b) O torque mecnico resultante : )()()()( 22 tKKtitKtT ma == c) A fora contra-eletromotriz : )()()()( 343 tKKttKte == d) Admitindo que toda potncia eltrica seja convertida em potncia mecnica, ento:
ia
e
Armadura
T(t)w(t)
)()()()()()(
)()(
tetittTttTP
tetiP
a
m
ae
=
=
=
donde 44 )()()()( KKttiKttiK maam ==
Finalmente pode-se escrever
+=
=+++
)()()(
0)()()(
tBdt
tdJtT
tedt
tdiLtiRv aaaaa
E substituindo T(t) e e(t), temos:
=+
=++
0)()()()()()()(
tiKtBdt
tdJ
tvtKtiRdt
tdiL
am
amaaa
a
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 20
Francisco A. Lotufo
Exemplo 2: Servo motor DC com controle de campo (corrente de armadura constante)
Va
Ra
Laia
e
ArmaduraCampo
Rf
vfLf
Exemplo 3: Alto-falante
Sistema Fsico
microfone
sinal processado sinal eltricoprocessado
Modelo Fsico do alto-falante:
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 21
Francisco A. Lotufo
A interao entre as partes eltricas e mecnicas feita via e(t) e fm(t). No que se refere a e(t) temos: )()()( 11 tvKdt
tdxKte == , K1 depende do nmero de espiras e
da intensidade do im natural. Ao circular uma corrente I2 pela bobina surge uma fora f dada por: )(22 tIKf m = Caso toda a potncia eltrica seja convertida em potncia mecnica, tem-se:
122 )()();()( KKtvtfPtetIP mme ===
Finalmente:
=++
=++
=++
)3()()(2)()(
)2(0)()()]()([1)1(0)]()([1)()(
221
211
tftKxtxBtxM
tedt
tdILdttItIC
dttItIC
tRItu
m
Exemplo 4: Microfone Capacitivo
Estamos interessados no sinal y(t). Sabemos que entre duas placas com cargas +Q e Q h um campo eltrico
dVE = .
Por definio: C = capacitncia dE
QCondeVQC
==
Alm disso
QdSD =
, onde D o vetor densidade de fluxo eltrico, logo, D.A=Q (no nosso caso particular)
Ou seja, d
ACA
QEdondeEDmasAQD =
===
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 22
Francisco A. Lotufo
A energia armazenada em um capacitor :
AdQ
CQCVW
221
21 222
=== , donde: AdQW
2
2=
Devido conservao de energia
AQFWdF ee 2
2
==
Para o nosso caso particular:
AqqF
xx
AC e
2)(
e)(2
0
0
+=
=
Para a parte eltrica
vqtqA
txxtqRtqL
dttiCdt
tdiLtRiv
=+
++
=+++
])([.
)]([)()(
0)(1)()(
00
(1)
Para a parte mecnica
fAqtq
xtxKtxBtxM
fFtxxKtxxBtxxM e+
+=+++
+=+++++
2])([])([)()(
)]([)]([)]([2
01
1'
1"
1
(2)
2.4 Equao de Lagrange
Propcia uma abordagem sistemtica e unificada para modelar uma ampla classe de sistemas dinmicos.
Equao de Lagrange: ii
iii
DqV
qT
q
Tdtd
=
+
+
Onde:
T = energia cintica V = energia potencial D= energia dissipada Qi = excitaes
Adendo: as expresses de energia em funo das coordenadas generalizadas sero dadas abaixo. As coordenadas generalizadas mais utilizadas so:
q= carga eltrica x = posio linear = posio angular
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 23
Francisco A. Lotufo
1 Energia Cintica
22
22
22
21
21
21
21
21
21
==
==
==
JJT
xmmvT
qLLiT
2 Energia Potencial
2
2
2
212121
KV
KxV
CqV
=
=
=
3 Energia Dissipada
2
2
22
2121
21
21
=
=
==
BD
xBD
qRRiD
Exemplo 1: Consideremos o exemplo com acoplamento capacitivo
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 24
Francisco A. Lotufo
Como coordenadas generalizadas usaremos
)()()()(
2
1
txtqtqtq
=
=
a) Energia Cintica
22 )]([21)]([
21
txMtqLT
+=
b) Energia Potencial
210
202
1
2
))((21))(())((
21)(
21
21
txxKtxxA
qtqxxK
CqV +++=++=
c) Energia Dissipada
22 )]([21)]([
21
txBtqRD
+=
Para a coordenada generalizada carga, temos:
)()(1 tqtq =
vA
txxqtqtqRtqL
vQtqRtq
DA
txxqtqqV
tqT
qLq
TdtdqL
tq
T
=+
++
==
+
=
=
=
=
)](][)([)()(:Logo
)()(
))()()((0)(
)(
00
100
Para a coordenada generalizada deslocamento, temos:
)()(2 txtq =
)()()(
txMtxMdtd
tx
Tdtd
=
=
fA
qtqtxxKtxBtxM
fQtxBtx
D
txxKAqtq
tx
Vtx
T
=
++++
==
+++
=
=
20
1
2
1
20
])([21)]([)()(
)()(
))((.
])([21
)(0)(
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 25
Francisco A. Lotufo
Exemplo 2:
Exemplo 3: Considere um sistema representado pelo circuito eltrico da figura abaixo. Usando Lagrange determine o modelo para este sistema, e compare com o modelo obtido usando as leis de Kirchoff.
Exemplo 4: Brao mecnico (pndulo duplo) em um plano inclinado
r
1
2
a
b
1
2
MB1
B2
B3
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 26
Francisco A. Lotufo
2.5 Sistemas Discretos
2.5.1 Equaes Discretas
So por excelncia modelos matemticos de sistemas discretos.
Exemplo 1: Seja k o instante no qual se faz uma contagem, e y(k) o nmero de bactrias nesse instante. Admitindo-se que:
a: Taxa de reproduo; b: Taxa de mortalidade;
Resulta: 0)()()1()()()1( =+=+ kybakykybaky ,
Que uma equao de diferenas (ou frmula de recorrncia) de 1a ordem no forada.
Exemplo 2: Integrao numrica aproximada.
=t
duty0
)()(
Se y(k-1) for a rea no instante (k-1)T ento:
])1[(])1[()()1()1()( TkTuTkykTykTukyky +=+=
Exemplo 3: Podemos usar uma diferena para aproximar a derivada de uma funo em um dado ponto.
)()()1(])1[(1
)()()(])1[(
)()()(][])1[()(.
kTbukTyT
aTkyT
kTbukTayT
kTyTky
tbutaydt
tdyT
kTyTkydt
tdyTkt
=++
=++
=++
=
Onde T escolhido como sendo um pequeno valor para ocasionar uma pequena variao.
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 27
Francisco A. Lotufo
2.5.1.1- Solues de Equaes Discretas Lineares
Os mtodos so anlogos queles empregados na soluo de equaes diferenciais.
A - Soluo da Equao Homognea
0)]([)(0)(...)1()(
1
1
=+
=+++
=
n
i i
n
ikyaky
nkyakyaky
Admitindo-se que:
=
ZkC
ky k)()(
Seja, soluo, ento:
ticacaracters equao0)...(0...
22
11
22
11
=++++
=++++
n
nnnnk
nkn
kkk
aaa
aaa
Exemplo: Determine a soluo da equao homognea:
y(k)+1,5y(k-1)-y(k-2)=0 k 0
25,00)15,1(05,1
)(
21
22
21
==
=+
=+
=
k
kkk
kky
logo: 0,)2()5,0()( 21 += kCCky kk
Com C1 e C2 dependendo das condies iniciais y(-2) e y(-1) para k=0
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 28
Francisco A. Lotufo
O comportamento qualitativo da seqncia {y(k)} em funo de :
y(k)= k >1 Crescente =1 Constante 0
Modelagem e Anlise de Sistemas Contnuos e Discretos 29
Francisco A. Lotufo
Exemplo1: Obtenha a soluo completa da equao a diferenas dada abaixo, dar o valor de )(ky para k=0, 1, 2, 3, 4 e 5. Diga, como )(ky .
5)1(e2)0(com9)2(8)1(6)( ===++ yykykyky
Soluo Homognia
=
=
=++=++= 42
0)86(086)(2
12221
kkkkkky
kkh CCky )4()2()( 21)( +=
Soluo Particular
Aky =)(
159)(
159915986 )( ====++ pkyAAAAA
159)4()2()()()()( 21)()( ++=+= kkph CCkykykyky
Para as condies iniciais dadas, temos:
4,12159)4()2()0( 210201 =+=++= CCCCy
4,4425159)4()2()1( 211211 ==++= CCCCy
6,3 e 5 Assim, 21 == CC 159)4(6,3)2(5)( += kkky
,3527)5(,841)4(,191)3(,37)2(,5)1(,2)0( ====== yyyyyy )(ky alternada e crescente.
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5-1000
-500
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
k - inteiro
y(k)
Soluao de y(k) = crescente e alternado
Sistemas Lineares Entrada/Sada 30
Francisco A. Lotufo
3- Sistemas Lineares Entrada/Sada
3.1- Funes Singulares (Sinais Elementares Haykin)
Muitos sinais de excitao utilizados no estudo de sistemas dinmicos so funes simples no domnio do tempo, expressos matematicamente por um conjunto de funes denominadas funes singulares, que constituem um conjunto de entradas padres utilizadas para caracterizar a resposta dinmica de um sistema.
3.1.1- Degrau Unitrio
O degrau unitrio a funo bsica da famlia de funes singulares. Sua definio a seguinte:
( )
), dizemos simplesmente que )t(f de ordem exponencial.
A caracterstica principal das funes de ordem exponencial de no poder crescer em valor absoluto, mais rapidamente que tMe .
Na prtica, isto no representa restrio, pois M e podem ser escolhidos to grandes quanto se queira.
Quando a transformada de Laplace de uma funo existe, ento a integral:
( )dttfe st 0 (4)
Converge para algum valor finito. Para que isso acontea, a seguinte condio deve ser satisfeita:
( ) 0lim =
tfe stt
(5)
Sistemas Lineares Entrada/Sada 39
Francisco A. Lotufo
3.3.2- Transformada de Laplace de algumas funes simples
a- Constante
Seja k uma constante qualquer, ento:
[ ]s
ks
kedtekkst
st=
==
00
L
donde:
[ ]s
kk =L (6)
evidentemente: ( )
= 1
0tu 1 degrau unitrio
[ ]s
tu1)(1 =L (7)
b- Exponencial crescente
Seja um nmero real positivo, ento:
[ ]
=
===
ssedtedteee
tstssttt 1
0
)(
0
)(
0
L (8)
c- Exponencial decrescente
[ ]
+=
se t
1L
(9)
d- Co-seno
Seja uma onda co-senoidal de amplitude unitria e freqncia ]/[ srad . Evidentemente real e positivo. A transformada de Laplace (TL) dessa funo de acordo com a definio :
[ ] dtett st
=
0
)cos()cos( L (10)
)()cos( tjsente tj += e )()cos( tjsente tj = Sabe-se que
2cos
tjtj eet
+
=
ento a equao (10) torna-se
[ ] dteeet sttjtj
+=
0 2cos
L (11)
+
=
tje
tje
LL
21
(12)
Sistemas Lineares Entrada/Sada 40
Francisco A. Lotufo
[ ]
jstje
=1
L (13)
[ ]
jstje
+=
1L (14)
Substituindo as equaes (13) e (14) em (12), temos:
[ ] 22cos += ss
tL (15)
e- Seno
[ ] 220
)()(
+==
sdtetsentsen stL
f- Co-seno com amplitude e ngulo de fase quaisquer
Seja um co-seno de amplitude Amx e ngulo de fase . A sua transformada de Laplace dada por:
[ ] dtetAtA stmxmx
+=+0
)cos()cos( L
Pode-se escrever:
( ) ( ) ( ) ( ) ( )222
costjj
mxtjj
mxtjtj
mxmxeeAeeAeeAtA
++
+=
+=+
Seja A a constante complexa definida por:
jbaAeAA mxj
mx +===
22 e jbaAeAA mx
jmx
===
22*
( )
=
=
A
AA mx
arg2
( )( )
==
==
senImcosRe
AAbAAa
tjtjmx eAAetA
+=+ *)cos(
Ento:
[ ]
jsA
jsA
tAmx ++
=+*
)cos(L
Alternativamente pode-se fazer:
2222
sencos22
+
=
+
=
+
+
+
s
AsAs
basjsjba
jsjba mxmx
( )( ) )sen()sen()cos()cos(cos
)sen()sen()cos().cos(cos tAtAtA
BABABA
mxmxmx =+
=+
Sistemas Lineares Entrada/Sada 41
Francisco A. Lotufo
seno com amplitude e ngulo de fase quaisquer
[ ]
jsA
jsA
tsenAmx ++
=+*
)(L
=
=
22
22* pi
pi
mx
mx
AA
AA
3.3.3- Propriedades fundamentais
a- Linearidade [ ] )()()()( 2121 sbFsaFtbftaf +=+L
b- Translao na freqncia
)()( asFtfate +=
L
c- Diferenciao na freqncia
[ ]ds
sdFsFttf )()()( ' ==L
d- Transformada de Derivadas
A transformada de Laplace da derivada de uma funo )t(f pode ser expressa por qualquer uma das seguintes formas:
[ ] dtetftpftfdt
tdf st
==
=
0
)()()()( LLL
Lembrando: integrao por partes
( ) ( )tfvdttfdvdtsedueu
vduudvuvvduudvuvd
vduuvudv
stst
==
==
+=
+==
)(
( ) ( ) ( ) dtetfstfedtetf ststst
+= 000 .
)0()()()(
=
=
fssFtfdt
tdfLL
[ ] [ ] =
===
1
0
)(1)( )0()()()()(n
k
kknnnnn
n
fssFstfptfdt
tfdLLL
Esta ltima equao importantssima, pois a que permite resolver equaes diferenciais lineares invariantes no tempo atravs da transformada de Laplace, este o mtodo de soluo no qual se baseia a anlise de sistemas dinmicos lineares invariantes no tempo.
Sistemas Lineares Entrada/Sada 42
Francisco A. Lotufo
e- Transformadas de integrais
)()]([)()(1)()()1(
1)1( tfdt
tfddftfp
tfptft
====
[ ] )()0()()( )1()1()1( sFftfsdt
tdf==
LL
onde:
( ) ( ) ( )
=
01 0 dttff
Logo:
[ ]s
fsF
sdftf
t )0()(1)()()1(
)1(
+=
= LL
f- Propriedade de translao no tempo
Seja f(t) uma funo do tempo, cuja transformada de Laplace F(s). Considere-se que essa funo seja transladada de um tempo a, e anulada para t < a, conforme mostrado abaixo pela figura. Ento, a transformada de Laplace desta operao dada por
Funo transladada no tempo
[ ] )()()( 1 sFeatuatf as =L
3.3.4- Teorema do valor inicial
( ) ( ) ( )ssFtffst
+==
+limlim0
0
3.3.5- Teorema do valor final
( ) ( ) ( )ssFtffst 0limlim
==
Sistemas Lineares Entrada/Sada 43
Francisco A. Lotufo
Exerccios:
1- Dado que a resposta ao degrau de um sistema linear, invariante no tempo, inicialmente em
repouso : )(34
371)( 12 tueety tt
+=
Determinar a Transformada de Laplace da resposta do sistema entrada:
Quais os valores, inicial e final, da resposta resultante?
2- Determinar a transformada de Laplace da onda quadrada:
3.4- Transformada inversa de Laplace
O processo de se obter uma funo no tempo a partir de uma transformada de Laplace denominado transformao inversa.
[ ])()( 1 sFtf = L (16)
( )tf a transformada inversa de ( )sF , matematicamente, ( )tf obtida a partir de ( )sF atravs da seguinte expresso:
( ) ( ) ( ) +
+
==
jdc
jdcst
d
jc
jcst dsesFjdsesFjtf lim2
121
pipi, para 0t > (17)
Sistemas Lineares Entrada/Sada 44
Francisco A. Lotufo
Onde c escolhido de modo que todos os pontos singulares de ( )sF estejam localizados esquerda da reta ( ) cs =Re no plano complexo s , como:
=Re(s)
j = Im(s)Regio admissvelpara os pontossingulares de F(s)
c
A expresso da transformada inversa de uso complicado, e por isto pouco utilizada na prtica.
O procedimento normal , para expresses simples de ( )sF , buscar a expresso da transformada inversa em tabelas. Para transformadas mais complicadas, procura-se desmembrar
( )sF numa soma ponderada (combinao linear) de expresses mais simples, ou seja:
( ) ( ) ( ) ( ) ( )=
+++==N
kNNkk sFAsFAsFAsFAsF
12211 ... (18)
onde NAAA ,..., 21 so constantes. Devido propriedade da linearidade das TLs a transformada inversa ser dada pela mesma soma ponderada das transformadas inversas de cada parcela, ou seja:
( ) ( ) ( ) ( ) ( )=
+++==N
kNNkk tfAtfAtfAtfAtf
12211 ... (19)
Este procedimento o mais utilizado na obteno de transformadas inversas, especialmente quando as transformadas so funes racionais.
3.4.1- Transformadas de Laplace racionais
Definies bsicas
Funo racional - uma relao de dois polinmios da forma:
( ) ( )( ) 01221101
22
11
...
...
asasasasa
bsbsbsbsbsQsP
sFn
n
n
n +++++
+++++==
(20)
Uma caracterstica importante das funes racionais a diferena entre os graus do numerador e do denominador. Sob este ponto de vista, as funes racionais so classificadas da seguinte maneira:
- se n , ( )sF uma funo imprpria
Sistemas Lineares Entrada/Sada 45
Francisco A. Lotufo
Zeros de ( )sF : So as razes de
( ) 0=sF (21)
Ou seja, so os valores de s que anulam a funo. Se ( )sF for racional, da forma dada pela equao (20), os zeros de ( )sF so os zeros de seu numerador, isto , so as razes de:
( ) 0=sP (22)
Plos de ( )sF : So as razes de
( ) 01
=
sF (23)
Ou seja, so os valores de s que anulam o inverso da funo. Se ( )sF for racional, da forma dada pela equao (20), os plos de ( )sF so os zeros de seu denominador, isto , so as razes de:
( ) 0=sQ (24)
Forma fatorada de ( )sF : Se os zeros e os plos de uma funo racional ( )sF forem conhecidos, ento a funo poder ser escrita em forma fatorada, como segue:
( ) ( )( )( )( ) ( )( )( ) ( )nn pspspsa
zszszsbsQsP
sF
==
...
...
21
21 (25)
Onde: zzz ,..., 21 so os zeros de ( )sF
ppp ,..., 21 so os plos de ( )sF
Representao de plos e zeros no plano s
comum a representao de plos e zeros de funes racionais pelas suas coordenadas cartesianas em um par de eixos ortogonais. As partes reais dos plos e zeros so as abscissas dos pontos correspondentes e as partes imaginrias, as ordenadas. O plano definido por um par de eixos com a finalidade de representar nmeros e variveis complexas denominado plano complexo; o eixo horizontal o eixo real, e o eixo vertical o eixo imaginrio; a metade do plano esquerda do eixo imaginrio denominada semiplano esquerdo, e a regio direita denominada semiplano direito. O semiplano esquerdo o lugar geomtrico dos nmeros complexos com parte real negativa, e o semiplano direito o dos nmeros complexos com parte real positiva.
Quando um plano utilizado para representar valores da varivel complexa js += , esse plano conhecido como plano s ; o eixo real como eixo e o eixo imaginrio como eixo j .
Quando se representa quantidades complexas em planos complexos, comum o uso simultneo de coordenadas retangulares e polares. Isto implica a necessidade de se usar a mesma escala para os dois eixos, a fim de evitar deformaes dos ngulos.
Na representao de plos e zeros de uma funo racional em s , normalmente usa-se a seguinte conveno:
Sistemas Lineares Entrada/Sada 46
Francisco A. Lotufo
os plos so marcados com X (denominador) os zeros so marcados com O (numerador)
Exemplo: representao grfica de plos e zeros.
Seja a funo:
( ) ( )( )( )( )jsjssss
sF31313
210++++
+=
Pode surgir a necessidade de se representar, em um mesmo plano complexo, plos e zeros de funes diferentes. Em tais casos, pode ser conveniente o uso de smbolos diferentes para os plos e zeros de cada funo.
plo smbolo
zero smbolo
X
3.4.2- Propriedades importantes
Propriedade 1: Toda funo racional estritamente prpria pode ser desmembrada em uma soma de fraes parciais. Seja:
( ) ( )( ) 01221101
22
11
...
...
asasasasa
bsbsbsbsbsQsP
sFn
n
n
n +++++
+++++==
( )( ) ( )( )( ) ( )nn pspspsa
zszszsb
=
...
...
21
21 , n
Sistemas Lineares Entrada/Sada 47
Francisco A. Lotufo
Por frao parcial entende-se uma funo racional elementar do tipo
=
)!1()(1
ktAe
psA kpt
k L
Onde p o plo, A o resduo e k o grau da frao parcial; p e A podem ser reais ou complexos. Quando 1k = , diz-se que a frao parcial simples. Na expanso em fraes parciais, existem dois casos a considerar.
Caso1 - Plos distintos: o mais freqente, quando todos os plos da funo so distintos, isto , diferentes entre si, ou seja,
npppp ...321
Neste caso, haver uma frao parcial simples para cada plo, e a expanso em fraes parciais ser:
( )n
nn
k k
k
psA
psA
psA
psA
sF
++
+
=
= =
...
2
2
1
1
1
O resduo kA de cada plo distinto kp calculado da seguinte maneira:
( ) ( ) ( )( )kkk
pskk pQ
pPsFpsA
k
==
=
, onde ( ) ( )( )kk pssQ
sQ
=
A transformada inversa ser:
( ) 0...211
21 >++===
teAeAeAeAtf tpntpn
k
tptpk
nk
Caso 2 - Plos mltiplos: Se uma funo racional tiver plos mltiplos, isto , repetidos, ento a expanso em fraes parciais conter fraes de grau igual ou superior a dois, correspondentes aos plos mltiplos. Para apresentao da forma de clculo dos resduos dessas funes parciais, ser considerada uma funo racional que tenha um plo mltiplo qp , sendo r a sua multiplicidade. Isto quer dizer que a funo ter r plos iguais, sendo os demais distintos, ou seja:
1121 ......... +++ === rqqqnrqq pppeppppp
Nesse caso, a expanso em fraes parciais tomar a forma:
( ) ( ) ( )
( ) ( )rqqr
q
q
q
q
n
n
rq
rq
q
q
n
rqqqkk
r
kk
q
qk
k
k
ps
Aps
Aps
Aps
Aps
Aps
Aps
A
ps
Aps
AsF
++
+
+
++
+
++
=
+
=
+
+
++= =
...
......
221
1
1
1
1
1,...,1,1 1
Sistemas Lineares Entrada/Sada 48
Francisco A. Lotufo
V-se ento que a cada plo simples continuar correspondendo apenas uma frao parcial simples, j os resduos correspondentes ao plo mltiplo so dados por:
( )( )( ) ( )
qps
r
qkr
kr
qk pssQsP
dsd
krA
=
=
!1
para rk ,...,2,1=
Para outros plos mltiplos, procede-se de forma semelhante.
A transformada inversa ser:
( ) ( )
( )
+++++
+++++=
+=
+
=
++=
+
!1...
!2
......
!1
12
321
11
1
1
1,...,1,1
11
r
tAtAtAAe
eAeAeAeA
ktAeeAtf
r
qrqqqtp
tpn
tprq
tpq
tp
n
k
k
qktp
n
rqqqkk
tpk
q
nrqq
qk
Exemplo:
( ) ( ) ( ) ( ) ( )313
21211
3
2
111132
++
++
+=
+
++=
s
As
As
As
sssF
111 =A 012 =A 213 =A
( ) ( ) ( )312
11
++
+=
sssF
[ ]
+==
22)()(
21 teesFtf ttL
( ) [ ]21 tetf t +=
Exerccio:
( ) ( )( ) ( )( )4321
2 +++
+=
sss
ssF
A importncia da expanso em fraes parciais
A expanso em fraes parciais a tcnica mais importante para obteno de transformadas inversas de Laplace de funes racionais em s . Uma vez superadas as dificuldades de colocao de ( )sF em forma fatorada e de clculo dos resduos, a obteno da transformada inversa um procedimento trivial.
Uma observao importante a ser feita a de que o caso das funes racionais com plos distintos o mais freqentemente encontrado na prtica. Neste caso, seis tipos de plos podem ocorrer:
Sistemas Lineares Entrada/Sada 49
Francisco A. Lotufo
* plos reais - que podem ser negativos, nulos ou positivos. * plos complexos - com parte real negativa, nula ou positiva.
Quando a parte real de um plo complexo nula, diz-se que o plo imaginrio, ou imaginrio puro.
Como as transformadas de Laplace que esto sendo consideradas so racionais, com os respectivos polinmios do numerador e do denominador tendo coeficientes reais, quando houver plos complexos, eles sempre aparecero em pares conjugados. Logicamente, as fraes parciais correspondentes tambm ocorrero em pares conjugados. A transformada inversa de um par de fraes parciais complexas conjugadas uma funo co-senoidal, com a amplitude variando exponencialmente; a parte real do plo define a taxa de variao do expoente da exponencial que define a variao da amplitude, e a parte imaginria a freqncia de oscilao, em radianos por segundo.
Propriedade 2:
Toda funo racional no-estritamente prpria pode ser desmembrada em uma soma de um polinmio de grau ( )n e uma funo estritamente prpria, cujo denominador o mesmo da funo original. Isto , se ( )n , possvel demonstrar que
( )01
22
11
012
22
21
101
11
...
...
...
asasasasa
cscscscscBsBsBsBsFn
n
n
n
n
n
n
nn
n
n
n +++++
++++++++++=
Este desmembramento feito com base na seguinte identidade:
rDenominadoRestoQuocienteprpria teestritamen-no Frao +=
Propriedade 3:
A transformada inversa de uma funo racional no estritamente prpria possui ( )1+ n componentes impulsivas.
3.4.3- Teorema do valor final para transformadas de Laplace racionais
Para transformadas de Laplace racionais, o teorema de valor final pode ser enunciado de forma mais rigorosa, estabelecendo de forma absolutamente inequvoca as condies em que pode ser usado.
Seja )(tf uma funo do tempo, com uma transformada de Laplace racional )(sF dado por:
[ ] ( ) ( )( )( )( ) ( )( )( ) ( )nnnnnn pspspsa
zszszsbasasasasa
bsbsbsbsbsQsP
sFtf
=
+++++
+++++===
...
...
...
...)(21
21
012
21
1
012
21
1
L
Sistemas Lineares Entrada/Sada 50
Francisco A. Lotufo
Ento a existncia e o clculo do valor final podem ser estabelecidos como segue:
Se a transformada ( )sF tiver todos os seus plos com parte real negativa, ento o valor final de ( )tf nulo.
Se ( )sF tiver um nico plo nulo, e todos os seus demais plos tiverem parte real negativa, ento o valor final de ( )tf constante e no nulo, sendo dado por:
( ) ( ) ( )1
00
limlima
bssFtff
st===
Nos demais casos, ( )tf no possui valor final constante.
3.4.4- Transformada de Laplace de vetores e matrizes
Pesquisar nos livros contidos na bibliografia
Ex.: ( ) ( ) ( ) ( )[ ]tttt m ...21= dimenso m , ( )( )( )
( )
=
tx
tx
tx
tx
3
2
1
M dimenso n
( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )
( )( ) ( )
=
tata
ta
tatata
tatata
ta
lml
ij
m
m
LL
MMM
L
L
1
22221
11211
( )( ) ( ) ( )( ) ( ) ( )
( )( ) ( )
=
sAsAsA
sAsAsAsAsAsA
sA
lml
ij
m
m
LL
MMM
L
L
1
22221
11211
3.5- Convoluo
3.5.1- Convoluo escalar
Sejam ( )tf e ( )tg duas funes escalares. A convoluo destas duas funes definida como:
( ) ( ) ( ) ( )+
=t
dtgftgtf0
(26)
( ) ( ) ( ) ( )tftgtgtf = (27)
Teorema da convoluo: Se as funes ( )tf e ( )tg forem nulas para 0
Sistemas Lineares Entrada/Sada 51
Francisco A. Lotufo
Exemplo1: Convoluo de uma exponencial e um seno causais. Neste exemplo, o teorema da convoluo utilizado para determinar a transformada inversa de:
( ) ( )( )22
++=
sassF
Seja ( )as
sF+
=
11 ( ) 222
+=
ssF
De modo que: ( ) ( ) ( )sFsFsF 21=
O teorema da convoluo s pode ser aplicado se as respectivas transformadas inversas forem causais, e nulas para 0
Sistemas Lineares Entrada/Sada 52
Francisco A. Lotufo
Finalmente:
( ) 0,sen1 12222
++
+=
ta
wtgt
aa
etf
at
Um aspecto interessante deste exemplo a representao da funo seno atravs de variveis complexas. Quando se chega ao final dos clculos, as partes imaginrias das expresses se cancelam, de modo que o resultado final seja real. Isto sempre acontece quando problemas reais so tratados com variveis complexas.
Exemplo 2: Encontre a inversa ( )tf para a seguinte funo:
( ) ( )( )213++
+=
ss
ssF
Soluo:
tt eetfsFss
sF - 2.2)()]([)2(1
)1(2)( 1 ==
+
+= L
Exemplo3: ( ) ( )11
2 ++
+=
sss
ssF ( ) ( )3
2
132
+
++=
s
sssF
ADENDO: Plos e zeros
Definimos os plos da funo racional ( )sF como sendo as razes do denominador e os zeros da ( )sF como as razes do numerador. Vamos considerar alguns diagramas de plos e zeros correspondentes a sinais padres1.
a- Funo degrau e sua transformada de Laplace (Plo na Origem)
1 Figuras retiradas do livro: Sinha, N.K. Linear Systems, John Wiley & Sons, New York, 1991.
Sistemas Lineares Entrada/Sada 53
Francisco A. Lotufo
b- Uma exponencial e sua transformada (Plo no eixo real)
c- Funo rampa e sua transformada (Plo duplo na origem)
d- Funo coseno e sua transformada
e- Funo seno e sua transformada
Sistemas Lineares Entrada/Sada 54
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f- Funo coseno amortecido e sua transformada
g- Funo seno amortecido e sua transformada
Funes no tempo e suas correspondentes localizaes dos plos no plano s
Sistemas Lineares Entrada/Sada 55
Francisco A. Lotufo
Destes diagramas conclumos:
Funes decaem exponencialmente quando possuem plos sobre o eixo real negativo, tendo partes imaginrias nulas.
Os plos e zeros correspondentes s senides no amortecidas esto sobre o eixo imaginrio, tendo partes reais nulas;
Os plos e zeros de senides amortecidas devem ter partes reais, imaginrias e complexas. Quanto mais o plo estiver afastado da origem do eixo real negativo, maior ser sua razo
de amortecimento, ou seja, o plo mais afastado da origem do eixo real negativo corresponde exponencial que decai mais rapidamente.
Considerando duas ondas senoidais temos que: a distncia da origem sobre o eixo j representa a freqncia de oscilao, sendo quanto maior a distncia, maior a freqncia.
3.6- Funo de transferncia
definida como a razo entre a transformada de Laplace da sada (funo resposta) do sistema e a transformada de Laplace da entrada (funo excitao) com condies iniciais nulas. Considere o sistema linear invariante no tempo definido pela equao diferencial:
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )tubdt
tudbdt
tudbtyadt
tyda
dttyd
am
m
mm
m
mn
n
nn
n
n 01
1
101
1
1 ...... +++=+++
onde ( )ty a sada do sistema e ( )tu a entrada. A funo de transferncia obtida aplicando-se a transformada de Laplace a ambos os lados da equao sob a hiptese de que todas as condies iniciais so nulas.
Funo de Transferncia ( ) ( )( ) mnasasabsbsb
sUsY
sGn
n
n
n
m
m
m
m >+++
+++==
,
...
...
01
1
01
1
A funo de transferncia uma propriedade do sistema em si ( dada em termos dos parmetros do sistema) independente da funo excitao. Porm, ela no proporciona qualquer informao relativa estrutura fsica do sistema (Funes de transferncia de muitos sistemas fisicamente diferentes podem ser idnticas).
Usando o conceito da funo de transferncia podemos representar a dinmica do sistema por equaes algbricas em s.
A maior potncia de s no denominador da funo de transferncia igual ordem do termo de mais alta derivada da sada.
Se a mais alta potncia de s igual a n , o sistema chamado de n -sima ordem.
Exemplo:
C
R
i(t)
L
e(t)i e (t)0
Sistemas Lineares Entrada/Sada 56
Francisco A. Lotufo
( ) ( ) ( )
( ) ( )
=
=++
tedttiC
tedttiC
tRidt
tdiL
o
i
1
1)(
Laplace:
( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
==
=++
sCsEsIsEs
sIC
sEs
sIC
sRIsLsI
oo
i
1
1
( ) ( ) ( ) ( )sEsEsRCsEsELCs iooo =++2 ( )( ) 1
12 ++
=
RCsLCssEsE
i
o
Exerccios:
1-) Determine a funo de transferncia para o circuito abaixo:
C
R
i(t)e(t)i e (t)0
2-) Considere a Funo de Transferncia: 1)1(
2)( 2 +++
=
s
ssH
a) Desenhe o diagrama de Plos e Zeros e calcule a magnitude e o argumento de H(s) com js = .
b) Determine os valores da magnitude e argumento de H(s), para:
= 0,1; 0,8; 1,0; 2,0; 5,0; 10,0; 100.
3.7- Regime permanente em sistemas assintoticamente estveis
Quando a entrada aplicada a um sistema linear no tem parcelas transitrias, ento a resposta particular a resposta em regime permanente, denotada como segue:
( ) ( )tytyt
RP
= lim
primeira vista, esta equao pode parecer estranha, j que uma funo no tempo igualada a um limite para t . O significado o seguinte: ( )tyRP a parcela de ( )ty que no tende a zero quando t , mas nada impede que ela seja uma funo no tempo. Se ( )sU (Transformada
Sistemas Lineares Entrada/Sada 57
Francisco A. Lotufo
de Laplace da entrada) no tiver nenhum plo com parte real negativa, ento a resposta em regime permanente dada por
= )(
)(1sDsNy
P
PRP
-
L
Por exemplo, se ( )tu for um degrau, ( )sU tem um plo na origem (s=0); neste caso, a resposta em regime permanente ser constante. Se a entrada for senoidal, da forma ( ) +tU mx cos , ( )sU ter um par de plos imaginrios em js = ; neste outro caso, a resposta em regime permanente ser senoidal, com a mesma freqncia do sinal de entrada.
3.7.1- Regime permanente senoidal
Para um sistema linear invariante no tempo cuja entrada seja ( )tu , a sada seja ( )ty e a funo de transferncia operacional ( )pG , como:
u(t) y(t)G(p)
Ser considerado que os plos do sistema sejam conhecidos, de modo que a funo de transferncia possa ser escrita em forma fatorada como:
)).....()(()()(
21 nn
G
ssssssa
sNsG
=
( )
yppydtdp
tutaydt
tdy
=
=+ )()(
( )
( )( ) ( )aptuty
uyaptutaytpy
+=
=+
=+
1
)()()(
A entrada senoidal considerada :
( ) ( ) ( ) ( )[ ] ++ +=+= tjtjmxmx eeUtUtu 2cos
ento, a transformada de Laplace da entrada :
( )
++
=
jse
jseU
sUjj
mx
2
Como o sistema considerado estvel, quando a resposta livre sempre tem valor final nulo, supe-se condies iniciais nulas. Neste caso, a transformada de Laplace da sada :
( ) ( ) ( ) ( )
++
==
jse
jsesGU
sUsGsYjj
mx
2( )
( )( ) ( )
++
=
jse
jse
ssssssa
sNU jj
nn
Gmx
...2 21
Sistemas Lineares Entrada/Sada 58
Francisco A. Lotufo
considerando jsss n ...21 , a expresso acima admite a seguinte expanso em fraes parciais
( ) js
bjs
bss
AsY
n
k k
k
++
+
==
*
1
onde
( ) ( )[ ]ksskk
sYssA=
=
( ) ( )[ ] ( ) ( )( )( )22
jmx
js
jjmx
jsejGU
jsejs
esGU
sYjsb =
+
+===
=
Considerando a forma polar de ( )jG
( ) ( ) ( ) == jGejGjG j
Pode-se escrever
( ) ( ) ( ) +==
jmxjjmx ejGU
eejGU
b22
De forma anloga, obtm-se:
( ) ( )[ ] ( ) ( ) += =+= jmxjs ejGUsYjsb 2*
logo
( ) ( ) ( )
=
++
++
+
=
n
k
jjmx
k
k
jse
jsejGU
ss
AsY
1 2)(
Seja ( )jGUY mxmx =
+=
ento a transformada inversa ser:
( ) ( )=
++=n
k
tjjtjjmxtsk eeee
YeAty k
1 2
Finalmente
( ) ( )=
++=n
kmx
tsk tYeAty k
1cos
Se o sistema for estvel
( ) nkesR tst
kek
,...2,1,0lim0 == ); Fig. (b) atenuao de amplitude e atraso de fase ( 0
Sistemas Lineares Entrada/Sada 60
Francisco A. Lotufo
( )jG conhecida como funo de transferncia no domnio da freqncia. O grfico de ( )jG em funo de (ou [ ]Hzf
pi
2= ) conhecido como curva de mdulo do sistema, e o
grfico ( ) conhecido como curva de fase. As duas curvas so conhecidas como diagrama de resposta em freqncia ou grficos de resposta em freqncia.
Estas duas expresses, juntamente com a srie de Fourier e o princpio da superposio de efeitos, so a base de todas as tcnicas para projetos de filtros e sintonizadores, tanto nas aplicaes industriais quanto em telecomunicaes. Uma aplicao importante no projeto de filtros para eliminao de harmnicos na sada de conversores tiristorizados, e de outros elementos que provocam distores em ondas de tenso e corrente, onde o projeto do filtro feito de modo que a amplitude da curva de mdulo se aproxime de zero nas freqncias dos harmnicos que devam ser eliminados.
Exemplo: R
e (t)oCe(t)i i(t)
3.8- Diagrama de blocos de sistemas lineares
A integrao entre os diversos componentes de sistemas dinmicos lineares e sistemas de controle pode ser visualizada mais facilmente atravs dos diagramas de blocos funcionais, ou simplesmente, diagramas de blocos. Um diagrama de blocos obtido a partir das equaes dinmicas do sistema. Os blocos representam as funes que cada subsistema ou componente desempenha, e o diagrama de blocos mostra as relaes entre os sinais e o fluxo dos sinais dentro do sistema.
3.8.1- Elementos bsicos
Para os sistemas lineares, os diagramas de blocos podem ser construdos com apenas 3 tipos de elementos, que so:
(I) Bloco: representa a operao de multiplicao da entrada pela funo de transferncia ou pelo ganho do bloco. O produto resultante a sada.
u yG
)()()( tupGty =
Muitos sistemas, principalmente os que realizam amplificao de sinais ou de potncia, recebem energia de fontes externas, o que no necessrio indicar no bloco.
Sistemas Lineares Entrada/Sada 61
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(II) Somador: representa uma soma algbrica de variveis, que so as entradas, cada uma afetada pelo respectivo sinal. A sada do somador a soma resultante. Na literatura, o somador representado por:
Na figura acima, w, x e y so entradas, indicando que yxwz +=
(III) Ponto de retirada (Identidade ou Ramificao): devem aparecer sempre que um sinal for entrada para mais de um somador e/ou bloco do diagrama, como acontece nos sistemas de controle com realimentao. A figura abaixo mostra como podem aparecer os pontos de retirada, vendo-se que existe uma flexibilidade bastante grande para se colocar tais pontos no diagrama.
y
Pontos de retirada(identidade)
y
y
y
y
3.8.2- Construo de diagramas de blocos
O diagrama de blocos sempre obtido a partir das equaes do sistema em estudo. A regra bsica para a obteno de um diagrama de blocos :
"O nmero de equaes independentes necessrio e suficiente para se obter um diagrama de blocos completo de um sistema igual ao nmero de variveis incgnitas."
Note-se que esta condio a mesma para que o conjunto de equaes tenha soluo. Um diagrama de blocos completo aquele que permite obter todas as variveis do sistema, isto , resolver o sistema. interessante observar que o diagrama de blocos de um sistema pode se apresentar sob diferentes aspectos, dependendo da maneira e dos mtodos utilizados para se obter as equaes. Entretanto, se os diferentes diagramas de blocos, obtidos para um mesmo sistema, forem simplificados, todas as simplificaes tero como resultado a mesma funo de transferncia (ou ganho) global.
Sistemas Lineares Entrada/Sada 62
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Exemplo 1: Diagrama de blocos de um sistema completo.
TB
, ,1 1 1 , ,2 2 2
J1 J2
( ) ( )( ) ( )
=+
=+
012222111
&&&&
&&&&
BtJTBtJ
Obs.:
( )
( )
=+
=+
01222
211
1
Bdt
dJ
TBdt
dJ 21 TTT += (condio de continuidade)
22
211
1 TdtdJT
dtdJ ==
( ) ( ) +=+= 0101 20 22
210 11
1 tt
dtTJ
dtTJ
Diagrama de blocos operacional completo para o sistema rotacional
Sistemas Lineares Entrada/Sada 63
Francisco A. Lotufo
Obviamente se no estivermos interessados em visualizar o fluxo de energia do sistema pela observao do diagrama de blocos, podemos agrupar as equaes e obter relacionamentos de entrada/sada que simplificam o diagrama de blocos para o sistema.
Exemplo 2: Diagrama de blocos de uma carga mecnica.
T
JB
Neste exemplo, deseja-se obter um diagrama de blocos detalhado para a carga mecnica rotacional. O diagrama de blocos deve mostrar a relao entre a excitao (conjugado de acionamento) e todas as respostas do sistema, ou seja, a acelerao e a velocidade angulares e os conjugados de reao de inrcia e de atrito.
Soluo: O diagrama de blocos desejado vai ser construdo a partir das equaes mais simples onde, da expresso de conjugado de reao de inrcia, temos:
BJ TTT = (29) onde
BTB = (30)
Uma vez conhecido JT (conjugado de inrcia), obtm-se a acelerao angular , que proporcional a JT .
( ) JTJt1
= (31)
p= (onde dtdp = ) (32)
Ento, a velocidade angular dada por:
( ) ( ) ( ) ( )+== 011 0 dttTJtpt Jt
( ( )0 condio inicial) (33)
( ) ( )tpt = ( ) ( )tp
t 1=
Sistemas Lineares Entrada/Sada 64
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Com as equaes (29) a (33) constri-se o diagrama de blocos mostrado, partindo da excitao (T ) e procurando definir todas as variaes de interesse. A excitao aparece na equao (29), que indica o uso de um somador cujas entradas so o conjugado de acionamento (T ) e o conjugado de atrito ( BT ), e cuja sada o conjugado de acelerao ( JT );
- de acordo com a equao (31) JT deve ser a entrada para um bloco de ganho J1
, cuja sada a acelerao angular ;
- de acordo com a equao (32) ou (33), deve entrar em um integrador em cuja sada ter-se- a velocidade ;
- a velocidade deve entrar num bloco de ganho B para que se tenha em sua sada o conjugado BT , que a segunda entrada para o somador, completando assim o diagrama.
Note-se que o diagrama apresenta 4 incgnitas ( JT , BT , e ), e para constru-lo foram necessrias 4 equaes independentes (29) a (32) e notado que as equaes (32) e (33) so equivalentes.
Exemplo 3: R1
eoei R2i
1Reei oi = (34)
oRi eee +=
oiR eee =
1Reei oi =
iReo 2= (35)
oeie+
_
1R1Re i
2R
oe
Sistemas Lineares Entrada/Sada 65
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Exemplo 4: R
voCvi+
-
+
-
i
oRi vvv += ( ) i
Rvv oi
=
( )dttiC
tvt
o
=
1)( ( )tipC
tvo11)( =
( )tCpvti o=)(
No domnio da freqncia
R
V (s)o1sCV(s)i I(s)
+
_
R1
sC1V (s)i V (s)0
V (s)0
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3.8.3- Condies para operaes de diferenciao e integrao serem comutativas
Sejam dois sistemas sujeitos a uma mesma entrada
No sistema 1, ( )tu sofre primeiro uma derivao, e o resultado ( )tx1 integrado, resultando na sada ( )ty1 , portanto: ( ) ( ) ( )tutputx &==1 (36)
( ) ( ) ( ) ( )+==
01 10
111 ydxtxpty
t
( ) ( ) ( ) ( ) +==
00 10
yutudut
& (37)
Considerando condies iniciais quaisquer, as transformadas de Laplace das equaes (36) e (37) so, respectivamente:
( ) ( ) ( )= 01 ussUsX
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )s
ys
usU
s
ys
sXsY
+=+=000 111
1 (38)
No sistema 2, ( )tu sofre primeiro uma integrao e o resultado passa, em seguida, por uma diferenciao. Neste caso,
( ) ( ) ( ) ( )+==
01 20
2 xdutuptx
t
(39)
( ) ( ) ( )txtpxty 222 &== (40)
As transformadas
( ) ( ) ( )s
x
s
sUsX
+=02
2 (41)
Sistemas Lineares Entrada/Sada 67
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( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )sUxxsUxssXsY =+== 000 22222 (42)
Comparando as equaes (38) e (42), v-se que
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) === 00 121 yusUsYsY (43)
Portanto, os dois sistemas somente sero equivalentes se esta equao for satisfeita, pois s assim as sadas dos dois sistemas sero iguais. Evidentemente, esta equao abrange o caso de condies iniciais nulas, que considerado com freqncia em anlise de transitrios.
3.8.4- lgebra dos diagramas de blocos
Todo diagrama de blocos pode ser modificado e at reduzido a um nico bloco equivalente, para o caso de sistemas com apenas uma entrada e uma sada. Cada modificao tem que ser feita de forma a no alterar as relaes entre as variveis envolvidas. O conjunto de regras para as modificaes bsicas dos diagramas de blocos conhecido como lgebra dos diagramas de blocos. A lgebra dos diagramas de blocos se aplica tanto a diagramas de blocos operacionais quanto a blocos na freqncia.
Dedues bsicas
1- Cascata
1G 2G
U(s)
Y(s)
X(s)G .G1 2
U(s) X(s)
( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )sUGGsXsYGsX
sUGsY21
2
1=
=
=
2- Paralelo
U(s) Y(s)
W(s)
X(s)G +G1 2
G1
G2
U(s) X(s)
( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )sWsYsXsUGsW
sUGsY+=
=
=
2
1
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3- Retroao (realimentao ou feedback)
U(s)
G(s)
H(s)
U(s) Y(s)
Y(s)G(s)1 G(s) H(s).
a
b
+ -
( )( ) ( )
( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ]( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( )( )
( )( ) ( )sHsG
sGsUsY
sUsGsYsHsGsYsYsHsUsGsY
asGsYsYsHbbsUa
m
m
1=
=
==
=
=
4- Deslocamento para frente
x2x1
x2
x2
x2x1x1x1
G(s)
G(s) G(s)
( ) 12 xsGx =
5- Deslocamento para trs
( ) 12 xsGx =
Sistemas Lineares Entrada/Sada 69
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6- Eliminao de Blocos
H1
R C_ GH
_
R G
H
C
)( HCRGC =
= C
HRGHC
7- Reagrupamento de pontos de soma
( )YXRC +=
8- Reagrupamentos
8a- Bloco / Ponto de Soma
R
X
R
X
GC
G
G
8b- Ponto de Soma / N
CR
X
R
C
C
X
C
XRC =
Sistemas Lineares Entrada/Sada 70
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R
RX
C R
X
R
C
m
Exemplo 1:
4G
1H
2H
_
R(s) C(s)G1G1 G3
G2
Exemplo 2:
1G 2G
R(s) C(s)
H3
H2H1
-
+++
---
Exemplo 3:
sC1G 3G
1H
2H
4G
_
++
+
+
++
_
_
_
_
_
G2
Sistemas Lineares Entrada/Sada 71
Francisco A. Lotufo
Exerccio: Determine 2R
C para o sistema
1R
2R
1G 2G 3G
3H
2H
1H
+
+ +
+
_
_
C_
3.9- Diagrama de fluxo de sinais e regra de Mason
uma alternativa para o diagrama de blocos. Cada varivel representada por um n e cada bloco representado por um ramo.
Fonte: um n com apenas sada. Sumidouro: um n com apenas chegada.
Exemplo 1:
R G1
G2
G3 G4
H1
H2
H3
C+-
++
+
-
-
Sistemas Lineares Entrada/Sada 72
Francisco A. Lotufo
Exemplo2:
+ +
_
+
_ _
G1 G2
H1H2
H3
R C
Exemplo 3:
Exemplo 4:
Sistemas Lineares Entrada/Sada 73
Francisco A. Lotufo
Exemplo 5:
3.8.1- Regra de Mason
( )sT = funo de transferncia = ( )( )sRsC
( )
=iiPsT
=i nmero de caminhos diretos
=iP ganho de um caminho direto (entre a entrada e a sada)
= 1 ("ganhos" de todas as malhas) + (produto das malhas que no se tocam duas a duas) (produto das malhas que no se tocam trs a trs)+...
i o para as malhas que no tocam o caminho direto
Sistemas Lineares Entrada/Sada 74
Francisco A. Lotufo
Exemplo:
b d
e f h
i jl
1L 2L
3L 4L
5L
( )
==iiP
u
ysT 1=i
abxcdP1 =
bfeL =1 chgL =2 ijL =3 lL =4 mL =5
( ) ( )( )541521
45254323514121543211LLLLLL
LLLLLLLLLLLLLLLLLLL+
+++++++++++=
)()(1 54435431 LLLLLLL ++++=
( )11P
u
ysT ==
Exerccios:
1-)
C+
+
+
+
+
+
+ R G1 G2 G3
G4
H1
H2 H3
Sistemas Lineares Entrada/Sada 75
Francisco A. Lotufo
2-)
+
+
+ +
as +
1
s
s
+
+
212
ss + )1(1
R C
3-)
+ + + +
_
_
_
+ G1 G2 G3
G4
H1H2
R C
4-) Desenhar o diagrama de blocos, o diagrama de fluxo de sinal e reduzir:
C+
-
+
-
ig RbRa i2i1ig
L
igentrada i2sada
5-) Usando a frmula de Mason, determinar T2(s), para o sistema representado, abaixo, onde: )()()()()( 22113 sUsTsUsTsX +=
Sistemas Lineares Entrada/Sada 76
Francisco A. Lotufo
6-) Desenhe o diagrama de blocos e o grfico do fluxo de sinais, para o circuito abaixo, e depois determine a funo de transferncia deste circuito.
C+
-
+
-
R2
C+
-
+
-
1 2
R1
V (t)2V (t)1
7-) No sistema com dois tanques mostrado abaixo, juntamente com seu anlogo eltrico, ignorado os efeitos da inrcia fludica e assumido que os elementos do sistema so lineares. Escreva as equaes de continuidade de massa em termos dos nveis de liquido h1 e h2. Desenhe o diagrama de blocos e o grfico do fluxo de sinais, para esse sistema, e depois determine a funo de transferncia para ele.
Variveis e Equaes de Estado 77
Francisco A. Lotufo
4- Variveis e Equaes de Estado
4.1- Forma Geral
As equaes de estado formam uma classe de modelo importantssima, tanto para fins de anlise quanto de simulao e projeto. Neste tipo de modelo, definido um conjunto de variveis de estado, que diferente do conjunto de sadas, sendo geralmente mais amplo. Normalmente, o conjunto de variveis de estado (VEs) inclui uma ou mais sadas. As variveis de estado devem ser escolhidas de tal modo que o conhecimento de seus valores em qualquer instante inicial 0t e o conhecimento das entradas para todo 0tt seja suficiente para determinar as sadas e as variveis de estado tambm para todo 0tt . Uma exigncia adicional a de que as variveis de estado sejam independentes, significando que no pode ser possvel expressar uma varivel de estado como uma funo algbrica (soma, diferena, combinao linear, produto) de outras.
Este mtodo especialmente conveniente para anlise de sistemas com vrias entradas e sadas e para a obteno de solues computacionais. As variveis de estado podem justificar aspectos importantes do comportamento do sistema quaisquer que sejam as sadas. Assim, as equaes das sadas podem ser escritas como funes algbricas das variveis de estado, das entradas e do tempo. Por esta caracterstica, o modelo de estado, ou seja, a representao do sistema atravs de equaes de estado, considerada como uma representao interna do sistema, isto , contendo todos os seus detalhes.
Variveisde estado
u 1u 2
u m
y 1y 2