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RW-2769
Prezado autor:
- O resumo/abstract não deve conter siglas ou abreviações, por favor, rever.
-Qual a ordem dos autores podemos adotar caso o artifo seja aprovado para
publicação:
1º ordem: sistema
Sérgio Ricardo Rios Nascimento, Dante Simionato Netto, Cristiane Regina Ruiz
2º ordem: texto
Dante Simionato Netto; Sérgio Ricardo Rios Nascimento; Cristiane Regina Ruiz
- A carta de submissão não está correta falta informações, por favor inseri-la
novamente com os seguintes tópicos:
-título completo do trabalho em inglês e português;
- nome completo dos autores;(mencionar na mesma ordem);
- endereço completo;
- justificativa da importância para a publicação (já foi inserida apenas mantenha)
- As referências 1 e 10 devem ser revistas.
- As duas figuras estão em baixa resolução verificar nas especificações qual o tipo
de resolução adequada. No caso como houve interferência na imagem a alteração
correta é de 500dpi.
Informamos que agora a revista einstein deverá seguir as especificações técnicas
para imagens definidas pelo PubMed Central. Disponibilizamos uma adaptação
dessas especificações nas instruções aos autores, disponível em
http://apps.einstein.br/revista/v11n1-instrucoes-autores-port.pdf, página 143
INTRODUÇÃO
A Tomografia Computadorizada (TC) e a Ressonância Magnética (RM) são métodos
de imagem fundamentais na elucidação de malformações occipitocervicais, sendo
que a RM vem contribuindo para o diagnóstico anatômico e funcional preciso além
do desenvolvimento de novas pesquisas nesta área.
Existem pelo menos três anomalias da junção crâniovertebral: a platibasia, a
impressão basilar e a invaginação basilar. A platibasia resulta do aumento da
obtusidade do ângulo basiesfenoidal do crânio, havendo, portanto, tendência ao
nivelamento dos andares anterior e posterior do crânio, na altura da sela turca com a
fossa posterior do crânio tendo sua capacidade diminuída(1-4). A impressão basilar é
a invaginação do contorno ósseo do forame magno no interior da fossa posterior
com a base do crânio ficando com forma cupular oposta à normal – convexobasia. O
clivo é elevado e normalmente essa anomalia está associada à Síndrome de Arnold-
Chiari(2,4). O termo invaginação basilar é associado a uma anomalia do
desenvolvimento primário no qual a coluna vertebral se encontra elevada e protruída
em relação a base do crânio(4,5).
Duas das principais medidas utilizadas em diagnóstico por imagem para a
avaliação de deformidades na junção craniovertebral são a linha de Chamberlain(6,7),
e o ângulo basiesfenoidal(8,9).
A linha de Chamberlain é traçada a partir de uma imagem no plano sagital
médio, e liga a extremidade posterior do palato duro à margem posterior do forame
magno (Figura 1). Considerando-se esta linha, o dente do áxis não deve ultrapassá-
la em mais de 1mm (±6,6mm)(6,7).
Figura 1: Imagem de RM, no plano sagital médio, ilustrando a linha de Chamberlain
(linha branca).
O ângulo basiesfenoidal é medido traçando-se uma reta que tangencia a
fossa anterior do crânio, desde a base da crista etmoidal até o dorso da sela turca, e
desta até o básion (Figura 2). O valor do ângulo formado por estas duas retas é
bastante variável entre os autores, principalmente considerando-se os diversos
métodos aplicados na medição – crânios secos; radiografias convencionais, TC e
RM(3,11-15),. Sendo assim, o valor considerado normal ainda é controverso, sendo
encontrado entre 103° e 140°.
Figura 2: Imagem de RM, no plano sagital médio, ilustrando as linhas de referência
para o ângulo basiesfenoidal (linhas brancas).
OBJETIVO
Nosso objetivo foi o de mensurar estas medidas no intuito de investigar se possuem
correlação estatística entre si e com a idade e o gênero dos indivíduos.
MÉTODOS
Foram utilizados exames de RM de crânio, pertencentes ao acervo do laboratório de
imagens do Centro Universitário São Camilo, adotando-se como critérios de
exclusão exames com artefatos de movimentação do paciente ou artefatos de
susceptibilidade magnética pela presença de prótese ortodôntica, e exames de
pacientes com lesões ou aparente manipulação cirúrgica nos locais de medição. As
imagens utilizadas para realizar as medidas eram do plano sagital, em ponderação
T1 ou T2, em especial o corte mais centralizado em relação ao plano sagital
mediano. Para o traçado e medição das linhas utilizamos os programas Onis™ 2.4
(Digitalcore©) e OsiriX (Pixmeo™). As informações acerca do nome dos pacientes e
da instituição onde os exames foram realizados foram mantidas no mais absoluto
sigilo.
RESULTADOS
Foram estudados 82 exames de RM de crânio, sendo 32 homens (39%) e 50
mulheres (61%), com idades variando de 1 a 89 anos (média de 49 anos, ±22a). A
linha de Chamberlain de 6,33cm a 10,94cm (média de 8,21cm, ±0,92cm). O ângulo
basiesfenoidal variou de 96,5° a 141° (média de 115,61°, ±7,27°).
O teste da linha de Chamberlain resultou em positivo para 21 dos 82 exames
estudados (26%), com idades que variaram de 1 a 82 anos. Dentre estes, 8
indivíduos do sexo masculino (38%) e 13 do feminino (62%). Entre os indivíduos os
quais a linha Chamberlain resultou em teste positivo, apenas um indivíduo (5%), do
sexo feminino, apresentou ângulo basiesfenoidal acima de 140°, e nenhum
apresentou ângulo inferior à 103° (Tabela 1). Não há correlação estatística entre o
teste da linha de Chamberlain e o ângulo basiesfenoidal.
Sexo Idade (anos) Ang. Basiesfenoidal (°)
F 1 141F 3 121F 21 124,38F 32 126,47F 34 121,38F 53 123F 53 123,19F 58 108,5F 59 114F 60 125,04F 64 108,82F 77 116F 82 115,64M 2 120M 47 124,71M 51 117,92M 68 122,04M 69 114,59M 69 122,5M 79 116,91M 79 119,36
Tabela 1 - Distruição dos indivíduos com Chamberlain +
A partir da linha de Chamberlain traçada, aferimos também a distância entre
os pontos de referência utilizados, resultado em uma variação de 6,33cm a 10,94cm,
com média de 8,21cm, ±0,9cm. Estatisticamente, não há correlação entre esta
medida e o ângulo basiesfenoidal e entre a idade dos indivíduos estudados.
Aplicou-se o teste de Mann-Whitney, e como resultado podemos aceitar a
hipótese de que os valores do ângulo basiesfenoidal (z: 0,004), e da medida da linha
de Chamberlain (z: 0,86) possuem igual distribuição para ambos os sexos (α: 0,05).
Estatisticamente, não há correlação significativa entre a idade e as medidas aferidas
no estudo.
DISCUSSÃO
Assim como em estudos de outros autores(3), o nosso estudo não encontrou
correlação estatística entre o gênero e o ângulo basiesfenoidal. Ademais, os valores
encontrados estão dentro dos limites encontrados por outros autores que utilizaram
diversos métodos para a medição(11-15).
O pleno conhecimento destas medidas constitui condição sine-qua-non na
investigação e diagnóstico de mal-formações da transição crâniocervical. Entretanto
seus valores ainda causam controvérsia, principalmente no que se refere aos limites
normais.
Os métodos de imagem são primordiais no estudo de malformações
occiptocervicais(4), sendo o exame do crânio por RM como padrão ouro no estudo de
doenças e malformações do sistema nervoso central, principalmente por este ser um
método de exame que não utiliza radiação ionizante como a TC e a radiologia
convencional, embora tenha como ponto fraco a possibilidade de desconforto em
paciente claustrofóbicos e a necessidade de sedação e/ou anestesia em paciente
pediátricos.
Nosso estudo objetivou a correlação entre as medidas e entre o gênero dos
indivíduos, no que podemos afirmar a hipótese nula de que não há correlação
estatística entre estas variáveis.
CONCLUSÕES
Em nosso estudo, o ângulo basiesfenoidal obteve média de 115, 61°; e da linha de
Chamberlain aferiu-se 8,21cm em média para a distância entre seus pontos de
referência, com 26% dos indivíduos estudados tendo como positivo o teste de
Chamberlain.
Estatisticamente, não há correlação entre as medidas aferidas e entre estas e a
idade ou gênero dos indivíduos.
AGRADECIMENTOS
Este artigo foi concebido a partir da curiosidade cientifica de um grande mestre da
anatomia que viveu para estimular a mente de seus discípulos com novos
questionamentos que posteriormente geravam como produto um artigo cientifico.
Agradecemos a presença do Prof. Dr. Nader Wafae em nossas vidas, homem
brilhante que infelizmente não conseguiu presenciar a finalização deste trabalho.
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