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1AnncioBANCO BRASCAN2AnncioBANCO CRUZEIRO DO SUL3AnncioBANCO FATOR4FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011ndiceFUNDOS DE PENSORevista da ABRAPP / ICSS / SINDAPP EditorWagner de GesReg Profissional MTB n 155Programao visual e CapaVirgnia Carraca ColaboradoresFlvia Pereira da Silva, Dbora Diniz,Magali Cabral de Almeida, eMartha Elisabeth [email protected]: Abrapp Atende(11) 3043-8783 (Renata, Tatiany),(11) 3043-8784 (Bia Felix),(11) 3043-8785 (valria),(11) 3043-8739 (Fax)E-mail: [email protected] de Comercializao AbrappTelefone: (11) 3805-9347EndereoAv. Naes Unidas, 12.551 20o andar World Trade Center - Brooklin NovoCEP 04578-903 So Paulo, CapitalImpressoIntergraf Solues Grficas Ltda.www.portaldosfundosdepensao.org.brAno XXX - Nmero 376 Setembro/Outubro 201109O Brasil carente de produtos securitrios que ofeream suporte aos planos preciso haver, no Brasil, mercados de seguros e resseguros mais eficazes ecompetitivos que ofeream produtos que dem suporte aos fundos fechados.EntrevistacomColinPugh.19Produtos e Servios Abrapp. A fora institucional dos fundos de pensoA estratgia institucional daAbrapp consiste em oferecer s suas associadas umvasto conjunto de produtos e servios, necessrio ao contnuo incremento da suaqualidade.H,tambm,serviosdisponveisparaasociedadeemgeraldestinadosadisseminaraculturadoSistema.31Sindapp: tica, governana e gesto de riscos em defesa do SistemaEstemcursoumaagendaquepretendefortalecerotrabalhodaComissodeticaeaorganizaodeumasriedeeventosinstitucionaissobreaprevenoderiscos.39IGMI-C amplia base amostral e cresce como referncia Oobjetivotransformaroindicadoremumarefernciaderentabilidadequeajudeaaumentaratransparncianaformaodospreosdecompra,vendaelocaodeimveis.47A Psicologia Econmica e a AposentadoriaA maioria das pessoas veria com bons olhos a oferta de ajuda especializada noplanejamento da aposentadoria. a que entra em cena a Psicologia Econmicae como ela pode ser utilizada no desenho de programas prescritivos eficazes queenvolvamdecisesfinanceirasrelevantes.57Auditoria por planos exige negociao qualificada para ajustar custosNohouveumamudanasubstancialporqueosauditoresjtinhamaobrigaodeolharosplanos,entonohmotivoquejustifiqueaumentarduasatrsvezesospreoscobrados.67O seguro do Sindapp legal, pois protege os atos regulares de gestoOseguroD&OamericanofoiadaptadosexignciasdaRes.CGPC13e,portanto,perfeitamentelegal.73Reposio das perdas do Fator por via judicial est em andamentoAmatria,jdecididaem1.Instncia,encontrasenoSupremoTribunalFederalaguardandoaanliseereconhecimentodarepercussogeral.81IR 1989-95: cresce a expectativa por ato normativo e critrio de clculoOdebatetcnicocomaAbrappjfoiconcludo,resultandonaemissodaSoluodeDivergnciadepoisdeumlongoperododediscusses.85A Smula 288 DO TST e sua inaplicabilidade no mbito da Previdncia ComplementarNosepodedesconhecer,eesteopontodaquesto,queaintelignciadaSmula288doTST,estnacontramodalei.ArtigodeSergioLuizAkaouiMarcondes.89Plataforma eletrnica para educao previdenciria e financeiraOprogramafoiamoldadoparaatenderafundaesmdiasepequenasaummesmocusto.103Principais caractersticas do robusto sistema previdencirio suoSegundo a OCDE, o sistema suo um dos mais bem preparados do mundopara lidar com o aumento da longevidade e as constantes e recentes mudanasvivenciadaspeloambientefinanceirointernacional.111Elevado o nus dos participantes do sistema de Seguridade chinsAsomadascontribuiesvertidasaoscincotiposdeseguro(maternidade,invalidez,sade,previdencirioedesemprego)podeconsumirmaisque50%dosalriomdiodotrabalhador.119Como os Fundos de Penso gerenciam seus riscos de investimentoPesquisa mundial, depois da crise de 2008, mostra como os fundos de pensomonitoram os riscos de portiflio associados gesto ativa dos investimentos.ArtigodeSandyHalim,TerrieMillereDavidDupont.127Assets e os fundos de penso: saindo da zona de confortoComo o gestor pode se antecipar e oferecer um produto personalizado e maisadequadoaoqueadiretoriaougernciadosfundosdepensotmemmente.ArtigodeVivianeWerneck.5FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Carta do EditorPresidente Nlia Maria de Campos Pozzi Vice-PresidenteLuis Ricardo Marcondes MartinsDiretoresAntonio Sergio de Souza GuetterCarlos Alberto PereiraEvandro Couceiro Costa JniorManoel Moacir Costa MacedoConselho FiscalPresidente Geraldo de Assis Souza JniorDiretoresClaudia TrindadeLeandro Antonio da Silva Tavares Diretora TcnicaMarise Theodoro da Silva GaspariniDiretor-PresidenteJos de Souza MendonaDiretor Vice-PresidenteJos Ribeiro Pena NetoDiretores ExecutivosRegional NordesteJussara Carvalho Salustino Jos Tarcsio Ferreira Bezzera Regional Centro-Norte Dilson Joaquim de Morais Roberto Teixeira de Carvalho Regional LesteMarcelo Calonge Maria do Carmo Porto Oliveira Regional SudesteMilton Lus de Araujo LeobonsRicardo Jos Machado da Costa EschRegional SudoesteAlvaro Jos Camassar de GonzagaAntonio Massinelli Regional Sul Emlio Keidann JniorJos Manoel de Oliveira Conselho DeliberativoPresidenteFernando Pimentel Vice-presidenteReginaldo Jos Camilo1. SecretrioAlexej Predtechensky2. SecretrioWilson Carlos Duarte DelfinoConselho FiscalPresidenteCarlos Magno RamosEntre o 1. Congresso Brasileiro dos Fundos de Penso, realizado no Rio de Janeiro em 1979, e o 32. Congresso, que ocorrer em setembro, em Florianpolis, a Previdncia Complementar brasileira percorreu um longo e vitorioso caminho. Entre os temas Regulamentao das Entidades Fechadas de Previdncia Privada em seus diversos aspectos, daquele 1. evento, que revelava a preocupao com os alicerces do Sistema ento emergente, e o Viso de Futuro: Inovar no Presente, deste 32 Congresso, que convida a um olhar para o futuro, transcorre a histria da edificao dos pilares tcnicos e da cultura da Previdncia Complementar no Brasil. Por trs dessa histria est a Abrapp, uma das mais vigorosas instituies associativas do Pas, que, no decorrer de uma bem sucedida jornada, impulsionou a Previdncia Complementar, seja atuando diretamente nos diversos foros onde seus interesses eram equacionados, seja auxiliando as suas associadas a alcanar o mais alto nvel de gesto no qual se encontram.A matria de capa desta edio um retrato compacto da Abrapp. A sua leitura possibilitar perceber-se o amplo espectro das atividades que ela desenvolve, as quais decorrem da acumulao de conhecimento que a tornou um centro de excelncia, o maior do Pas, em Previdncia Complementar.Esta revista entrevistou o aturio canadense Colin Pugh, bastante conhecido no Brasil e um dos palestrantes do prximo 32. Congresso, e ouviu deles muitos elogios ao avano alcanado pelas fundaes brasileiras, e tambm criticas s regras de investimento em vigor para os fundos brasileiros que contribuem para a elaborao de carteiras ineficientes. Pugh tambm lamenta que o Brasil seja carente de produtos securitrios que ofeream suporte aos planos. A entrevista uma das boas matrias desta edio.H outras tambm. O crescimento do IGMI-C (ndice Geral do Mercado Imobilirio-Comercial), cuja base de dados ganha corpo rapidamente, uma abordagem da Psicologia Econmica, ferramenta importante para o desenho de programas prescritivos eficazes que envolvam decises financeiras relevantes e, entre muitas outras matrias, a descrio do robusto sistema previdencirio suo, visitado este ano pelo seminrio Estrutura da Previdncia na Europa, tradicional iniciativa da Abrapp.O Editor6AnncioBANCO SAFRA7AnncioBANCO VOTORANTIM8AnncioAnncio IGI9FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011EntrevistaCOLIN PUGHO BRASIL CARENTE DE PRODUTOS SECURITRIOS QUEOFEREAM SUPORTE AOS PLANOS preciso haver, no Brasil, mercados de seguros e ressegurosmais eficazes e competitivos que ofeream produtos que dem suporte aos fundos fechadosO sistemabrasileirodePlanosde Benefcio Definido bem desenvolvido e equiparvel ao de pases comforte tradio previdenciria comoEstadosUnidoseInglaterra,aopasso que os planos de ContribuioDefinida e Varivel do pas aindarequeremdiversosaprimoramentos.Essaaopiniodoaturiocanadense Colin Pugh, que em 2012 completa50anosnoexercciodaprofisso.justamentedevidosuavastaexperincia internacional e profundo conhecimento do sistema brasileiro que o consultor independente, que se declara um apaixonadopelopas,profereopiniessobreasquais vale refletir. Para Pugh quetrabalha junto a organismos internacionais relevantes como OCDE(Organizao para Cooperao eDesenvolvimento Econmico) eIOPS (Organizao Internacional10FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011ENTREVISTA | Colin PughdeFiscaisdePrevidnciaPrivada),asregrasdeinvestimentoemvigorparaosfundosbrasileirospoderiam ser mais flexveis, o pas carente de produtossecuritriosqueofereamsuporteaosplanose preciso cautela por parte das autoridades paraque o sistema no sofra com o excesso de regulao.EsseseoutrosassuntosforamtratadosporeleementrevistaexclusivaconcedidaaestarevistadiretamentedaFrana,pasonderesideedoqualviraoBrasilemsetembrocomopropsitodeparticipar como palestrante do 32 Congresso BrasileirodeFundosdePenso.Como o senhor avalia o atual estgio de desenvolvimento da Previdncia Complementar Fechada brasileira?PughOBrasilpodeseorgulhardaformacomvem gerenciando seus planos BD. O sistema deBenefcio Definido do pas altamente desenvolvidoepossuiumahistriabemsucedidaemtermosdegesto.Oambienteregulatrioparecetersedesenvolvidonaturalmenteapartirde1997,maisespecificamente desde a edio das Leis 108 e 109,alm de resolues subsequentes do CGPC.Aindaprecisotornarmaisclarootratamentonormativoparadeterminadasreaseeuesperoqueissovenhaaacontecersemqueasautoridadescaiamnaarmadilhadoexcessoderegulao.Agestodosinvestimentosdealtaqualidade,devendocontinuarasedesenvolvereseaprimorar.Osgestoresdosfundostambmtmbuscadomonitorar,deformacontnua,as melhores prticas adotadas em outros pases, oquemuitopositivo.Eseaaltaqualidadedosaturiosqueconhecinopasforcaractersticadetodosos que exercem a profisso, o Brasil tambm estmuitobemservidonesseaspecto.Ento o senhor diria que o sistema brasileiro encontra-se bem posicionado em relao aos demais sistemas ao redor do mundo? PughPararesponderessapergunta,euprecisareifazerumadistinoentreplanosBDeCD.Osplanos BD dominaram a cena brasileira por muitotempo,eapesardeamaioriaestarfechadaanovosentrantes,seusativosepassivossemantmempatamaresbastantealtos,umasituaoquetambmsefazpresentenaAmricadoNorteenaEuropa.Emcomparaocomospasesdessasregies,ainfraestrutura e a governana dos planos BD brasileirosencontramsebemdesenvolvidas,masmuitosdesafios ainda persistem.A gesto dos planos deBenefcioDefinidoqueestejamfechadosanovosparticipantes ainda mais difcil do que a gestodeplanosaindaabertos.Asatuaiscondieseconmicasemercadolgicasmundiaisnofacilitamtaltarefa,emboraoBrasilestejaemposiomaisfavorvelemrelaoaesseassuntodoqueoutrospases nos quais os planos BD j predominaram.Almdisso,hogranderisco(quesefazpresentetantonoBrasilquantoemoutraspartesdomundo)dosdirigentesnodaremadevidaatenoaoplanoBD,sejaporqueelejfoifechadoouporquetodasasatenesestofocadasnoplanoCDqueoestsubstituindo.E quanto aos planos CD, que tm uma histria bem mais recente no pas?PughNoquetangeaosplanosCDbrasileiros,ahistriabemdiferente.AexemplodoquevemocorrendoemoutrospasesondeosplanosBDpredominavam, a transio para o sistema de ContribuioDefinida ainda est acontecendo. Contudo, acreditoquenaescomoosEUA,CanadeReinoUnidoestejammaisadiantadasdoqueoBrasilnesseprocesso.Issonoquerdizerqueelestenhamtodasasrespostas ou que determinados erros no tenham sidocometidos.Masessespasesseencontramnosegundoestgiodeevoluo,eporissojconseguemreconhecer as principais fraquezas dos desenhos iniciais dos planos CD. Eles tentam agora implantarregulaes melhores, bem como novos produtos deinvestimento e opes de pagamento de benefcios,dentreoutrassolues.AchoimportantesalientaralgunsaspectosdodesenvolvimentodeplanosCDemsubstituio aos planos BD no Brasil, embora noseja a minha inteno, nesse momento, fazer crticas a quaisquer prticas atuais. Alis, a agenda do32 Congresso Brasileiro dos Fundos de Penso j um reconhecimento da necessidade desse debate.Fiqueimuitofelizemserconvidadoparaparticipardoeventonaverdade,sempreficofelizdeserconvidadoparairaoBrasil!Tambmficofelizemsaberque os especialistas previdencirios brasileiros aparentementecompartilhamalgumasdasminhasideiasepreocupaes.11FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011EntrevistaDeformabreve,eudiriaqueumdostemasquemerece mais ateno o das escolhas de investimento que so disponibilizadas aos participantesdeplanosCD.Jhouvealgumprogressonessaesfera no ambiente domstico, e ao redor do mundoparticularenfoquevemsendodadoaosfundospadro e aos fundos do tipo ciclo de vida. Tambmprecisoajudarosparticipantesaescolherosfundosdeinvestimentoquelhessejammaisapropriados,levandoseemcontaasuaidade,nvelcontributivo,tempodefiliaoaoplanoeperfilderisco.Similarmente,necessriorevisarasopesdepagamento de benefcios na aposentadoria, assuntotratadopormimnotextoquedevercomporocaderno tcnico do Congresso. Outros pases j implantaram as mudanas requeridas nessa rea, e oBrasildeveintegraressedebate.Asideiasincluemabordagens mais sofisticadas de saques programados, que podem estar diretamente associados aonovo e excitante conceito das anuidades de longevidade, que so seguros individuais cujo objetivoprotegerosparticipantesdosplanosquesuperamumadeterminadafaixaetriaequeporissoacabamexaurindoseucapitaldeaposentadoria.Por fim, preciso haver, no Brasil, mercadosde segurose resseguros mais eficazese competitivos que ofeream produtos que dem suporte aosfundos fechados. De forma coletiva, tais produtosincluem seguros para os benefcios de morte e invalidez(benefciosderisco)emplanosCDeoressegurodosbenefciosderiscoempequenosplanosBD,quenaterminologiaanglosaxnicasoconhecidoscomosegurodevidaemgrupoesegurodeinvalidez de longo prazo em grupo. Dessa forma,em nvel individual, seria possvel disponibilizaranuidades vitalcias com preos competitivos e,eventualmente,asanuidadesdelongevidade.Jfazalguns anos que eu comecei a discutir esse assuntocomoMarceloMansur,umespecialistadarea,masopblicoeosistemabrasileirostmsidolentosemaceitartaisideias.Paraquemquisermaisinformaessobreoassunto,bastaprocurarumartigodeminhaautoriaquefoipublicadonestarevistaemabrilde2009.O senhor acredita que os reguladores brasileiros deveriam angariar mais esforos com vistas promoo do mercado de anuidades, que ainda incipiente no pas?PughPodesedizerqueosreguladorespoderiamfazermaisemproldoprovimentodeanuidadesvitalcias, dentre os outros produtos que eu acabeidemencionar.Contudo,meparecequeoproblemareal a falta de interesse por parte da prpria indstriadesegurosdevida.Humditadoeminglsquediz:Vocpodelevarocavaloatagua,masnopodeforloabeber.Mesmoqueasautoridades reguladoras e tributrias buscassem promovero desenvolvimento da indstria de seguros, aindaassim no haveria garantia alguma de que a mesmairiareagir.Emesmoqueaindstriapassasseaofereceranuidadesvitalciasapreoscompetitivos,nohgarantiasdequealgumiriacomprlas!Em2007,fiqueibastanteanimadocomoadventodaLeiComplementarn126edaResoluoCNSPn168quetratavamdaflexibilizaodomercadoressegurador. Eu esperava que essa legislao no mnimofacilitasse o provimento mais amplo, bem como obarateamentodosegurodevidaemgrupoedosegurodeinvalidezdelongoprazoemgrupo,maseuacabeimedecepcionando.O senhor mencionou o seguro de longevidade que, alis, tambm um dos temas a serem abordados em sua apresentao no 32 Congresso Brasileiro de Fundos de Penso. Trata-se de uma modalidade de seguro muito difundida em outros pases? O senhor pode nos dar uma ideia sobre os valores envolvidos nesse tipo de contrato? Pugh Primeiramente fazse necessrio distinguir o que so os seguros de longevidade em grupoeossegurosindividuaisdelongevidade.Osseguros em grupo, por vezes chamados de longevityswaps,socompradospeloprpriofundodepensoparacobrirumdeterminadogrupodeparticipantesaposentados.Tratasedeumprodutocompletamente diferente que no faz parte do atual debate envolvendoosplanosCD.Omercadomaisativoparaessamodalidadedeseguroobritnico,ondetaiscontratosforamdesenvolvidoscomoumaalternativasanuidadesemgrupo,queerambastanteteisnombitodosplanosBD,masqueinfelizmentesetornaramdemasiadamenteonerosas.Em contrapartida, os principais mercados paraossegurosindividuaisdelongevidadesoosEUA12FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011ENTREVISTA | Colin Pughe o Canad. O benefcio se traduz numa anuidade que comea a ser paga aos 8590 anos, caso oseguradoatinjaessafaixaetria,eseestendeatasua morte.A anuidade tambm pode incluir pagamentos indexados ou no para o cnjuge, mas bvio que tais caractersticas contribuiro paraque o seu custo aumente. Segundo dados levantados por mim para um relatrio da OCDE de 2008intitulado Formas de Pagamento de Benefcio naAposentadoria,estimasequeosaposentadosprecisemdespenderentre10%e15%docapitalprevidencirioparaacompradosegurodelongevidade,podendooptarporgerenciaros85%90%remanescentesporcontaprpriaoupormeiodeumprograma de saques programados. Um prmio nico deUS$100milpagoaos65anoscompraumaanuidadedeUS$92.760anuaisapartirdos85anos(seguradora Metropolitan Life). J um chefe de famliaque esteja disposto a reduzir o consumo na aposentadoria pode alocar apenas 15% de seu capitalaos60anosparaadquirirumsegurodelongevidadecompagamentosindexadosquepassaravigorar aos 85 anos. Uma anuidade de 10 mil dlaresindexada inflao, com pagamento de penso dedoisterosaocnjuge,custarsomenteUS$37.000aos60anosouUS$41.140aos65.Caso anuidades vitalcias competitivas fossemdisponibilizadasnoBrasil,euacreditoqueelasdeveriam custar mais barato devido s altas taxas dejurosemenorlongevidadedopas.Entretanto,tendoemvistaqueosbrasileirosestoacostumadosadeixar uma penso para o cnjuge e ter os benefcios constantemente corrigidos, os preos do produto poderiam vir a sofrer aumentos no ambientedomstico.Ofatoqueestamosfalandodeumcontratodeseguros propriamentedito contraacatstrofe da vida longa! O comprador deve ponderarquaissoosbenefciosalmejados,semprelembrandoqueoprmiopagopeloprodutonodeveexceder15%deseucapitalprevidencirio.Qual a sua opinio sobre os ttulos de longevidade? PughEssesttulosestosendodiscutidosprincipalmente no contexto da cobertura dos riscos delongevidade assumidos por fundos de penso BDecompanhiasseguradorasqueoferecemanuidadesvitalciasedefatoparecehaverumpapelaserdesempenhadoporeles.OnveldeinteressebastantealtoespecialmentenoReinoUnido,masomercadoaindaprecisasedesenvolver,emuito.Hdiversasexplicaesparaalentapopularizaodoproduto,masumaparticularmenteclara.Asinstituiesquedesejamadquirirtaisttulosfrequentementevemogovernocomoemissordospapis.Contudo,osgovernosafirmamquejestoassumindoosenormesriscosdelongevidadepresentesemseussistemasdesade,PrevidnciaeAssistnciaSocial,eelesnodeixamdeterrazo!No ambiente internacional, h alguma novidade em termos de tratamento para o passivo? PughEunoestoucientedenenhumagrandemudana nos clculos dos passivos previdenciriosdeplanosBDemoutrospases.Asnaescomos maiores sistemas BD do mundo como Canad,Holanda,ReinoUnidoeEUAjtinhamreformadosuasfrmulasdeclculoantesqueeucomeasseadiscutiroassuntoaquinoBrasil,porvoltade2008e2009.Naquelapoca,lembromedetersalientadoque todos esses pases haviam percorrido diferentescaminhosequeseriadifcilparaoBrasilchegaraquaisquerconclusesapartirdessasexperincias.EsseumassuntoqueadquireaindamaiscomplexidadedevidoaodebateemocionalsobreEconomiaFinanceira e seu papel na avaliao de planos BDque se faz presente atualmente. Preocupame umaidiaquedetemposemtemposressurgenoBrasil,e cujo propsito a total convergncia das regrasde fundeamento com as exigncias em vigor paraa profisso contbil acerca do registro das obrigaes do plano nos demonstrativos da empresa patrocinadora(DeliberaoCVMn371,NPCn276,IASn19,dentreoutras).Acreditoquetalpropostatemefeitoscontraproducentes,almdeserimpraticvelemtermosdeimplantao.As regras de investimento em vigor para as fundaes brasileiras, a seu ver, esto alinhadas com as melhores prticas internacionais, que valorizam a abordagem prudencial? Pugh Esse um debate que h tempos vemsendo travado no Brasil. A Resoluo CMN n3.792 de setembro de 2009 foi um grande passo13FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Entrevistaadiante,maisaindahumlongocaminhoaserpercorridoatqueopastenhaaregradapessoaprudente ou do especialista prudente conforme sugereaOCDE.OslimitespercentuaisnoBrasilsocomplicados,almdefiguraremcomoumimpedimento em potencial para que os fundos sofisticados, que utilizam modelos deALM e outras ferramentas, possam desenvolver carteiras eficientes,ouseja,ummixdeativosqueofereaasmaisaltastaxasderetornopossveisdentrodosnveisderiscoqueofundotemcondiesdeassumir.Ademais,olimitede10%impostoaosinvestimentosestrangeirosmuitosevero,emboraeuacreditequeamaioriadosfundosbrasileirosnotenha,nomomento,aintenodeultrapassaresseteto.Tambmreconheo que diversas fundaesnoesto tendoproblemasemgerenciarseusrecursosconformeoslimitesimpostospelaResoluon3.792.Porm,issosignificaquearesoluofoibemelaboradaouqueosfundos simplesmente no esto maximizando suasoportunidadesdeinvestimento?Alguns crticos argumentam haver no sistema fechado muito debate e pouca ao. O que o senhor acha disso, tendo em vista que acompanha a maior parte das discusses ocorridas no ambiente domstico nos ltimos anos? Pugh Eu acredito que discusses so semprebem vindas, independente dos resultados obtidos.Tenhoparticularconvicodissoporquevivohojena Frana, um pas cujo governo no tem interesse em pesquisas profissionais, comisses independentes e debates saudveis! Creio que a situaosejamaisfavorvelnoBrasil,equeasrecentesdiscussestenhamsidoprofcuas.Parecehavervriosfrunsdedebates,aexemplodaComissoNacionaldeAturia,criadapelaantigaSPCem2009,daqualeuparticipeicomopalestrantenasessoinaugural.Hdeseressaltaraindaoenvolvimentodasassociaesdefundosdepensoedeoutrosstakeholdersimportantesquevmcontribuindodeformaextremamentepositivaparaatrocadeidias.O senhor est prestes a completar 50 anos como aturio. Como a profisso evoluiu durante esse perodo? Pugh Cinquenta anos um tempo considervel,porissonopossocitartodasasmudanasqueme ocorrem no momento. Parece difcil de acreditar, mas eu comecei a trabalhar como aturio antesque os computadores fossem inventados! Como tinha apenas uma caneta, algumas folhas de papel eumacalculadoramecnicabsica,eueraobrigadoadesenvolver tcnicas exatas de aproximao, compreenderosconceitosportrsdosclculosereavalilosconstantementeafimdemecertificardequeeramlgicosecoerentes.Atualmente,todoessetrabalho,einfelizmentetodooprocessoderaciocnio,feitoporcomputadores.Euficomuitofelizdetersidoforadoaempregaressasabordagensmaisrsticasporqueelas,combinadascomatecnologiamodernaqueeuamo,fizeramdemimumprofissionalmaiscompleto.Outra grande mudana observada durante essescinquentaanosfoioabandonodosplanosBD,queofereciammuitosdesafiose,aomesmo,tempomuitas oportunidades de emprego para os aturios. Defato, nos meus primeiros anos de profisso, os planos BD predominavam. Quando fui transferido deLondresparaMontreal,em1964,minhaprimeiratarefafoiconverterosineficazeseobsoletosplanosBDemplanosCD.Comosev,eujtestemunheiociclocompleto!Como o aumento da longevidade tem afetado a atuao dos profissionais de Cincias Atuariais? Pugh A questo da longevidade , simplesmente,maisumdosdesafiosqueseimpemnossaprofisso.Noqueromenosprezaraimportnciadotema,mastenhoaconvicodequecedooutardesoluesserodesenvolvidas.Emanosrecentes,muitos desses desafios vm sendo compartilhadoscom especialistas de investimentos e de contabilidade, entre outros. Em contrapartida, bem verdade que a mortalidade e as taxas de sobrevivncia ainda se encontram quase que exclusivamentesoboescopodosaturios.Emrelaoaofuturo,euvislumbroumatendnciaque,naverdade,jbastanteclara:osaturiosseenvolverocadavezmaiscom a gesto de riscos num contexto empresarialmuitomaisamplo,semficaremlimitadosaoplanodepensocorporativo.Creioquetalenvolvimentosera bastante interessante.u14AnncioBIC BANCO 15AnncioBNP PARIBAS16AnncioBNY MELLON17AnncioBRADESCO18AnncioBVA19FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Produtos e Servios AbrappProdutos e Servios AbrappA fora institucional dos Fundos de PensoA estratgia institucional da Abrapp consiste em oferecer s suas associadas um vasto conjunto de produtos e servios, necessrio ao contnuo incremento da sua qualidade. H, tambm, servios disponveis para a sociedade em geral destinados adisseminar a cultura do SistemaCapacitao e treinamento permanentes dos quadros profissionaise dirigentes dos Fundos de Penso, desenvolvimento da culturatcnica e jurdica do Sistema, sua defesaem todas as instncias do poder pblico,difusodosprincpioseobjetivosdaPrevidnciaComplementarnasociedade,soatividades que, dada a excelncia comque tm sido desenvolvidas, tornaram aAssociao Brasileira das Entidades Fechados de Previdncia Complementar Abrappumadasentidadeslderesdosistemaassociativobrasileiro.Os Fundos de Penso, entidades operadorasdaPrevidnciaComplementarFechada, tm como misso complementar aaposentadoria oferecida aos trabalhado20FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Produtos e Servios Abrapprespelosistemapblicodeprevidncia,oRGPS,demodoapreservarasuaqualidadedevidanoperodopslaboral.Paraatenderaessamisso,elesaplicamas contribuies recolhidas a fim de auferirem rendimentossuscetveisdeconferirseguranaaosseusplanosdebenefcios.Emfacedessaatividademeio,osFundosdePensotornaramseosmaioresinvestidores institucionais do Pas, atuando nos diversosmercados como grandes propulsores do desenvolvimentonacional.Essaatividadeacessriatemsidomuito exitosa. O patrimnio dos fundos de pensobrasileiros reservas garantidoras dos benefcioscontratadossolderesemcrescimentonomundo,oquerefleteasuacapacidadetcnica.AAbrapp, refletindo o desejo e os esforos dassuasassociadas,temsidocriadoradascondiesquepropiciaram esse xito. Sua estratgia institucionaltemcomobaseovastoconjuntodeprodutoseserviosqueoferecesassociadas,almdaquelesdisponveistambmparaasociedadeemgeralvisandodifundiraculturadoSistema.NestamatriaapresentamososprincipaisprodutoseserviosoferecidospelaAbrappparaestimularo desenvolvimento tcnico das suas associadas pormeiodoqualalcanaramoelevadonveldegovernanaemqueseencontram.EDUCAO, CAPACITAO E TREINAMENTOCom um tradicional programa de treinamento,capacitaoequalificaodosprofissionaisqueatuam no Sistema de Previdncia Complementar brasileiro,aAbrappmantm,hmaisde30anos,umaampla grade de cursos. Sua estratgia est apoiadanaestruturaoeofertadetreinamentosquebuscama excelncia tcnica desses profissionais gestorese tcnicos por meio de uma permanente comunicaocomomercado.Dessemodo,aentidadeconsegue alinhar seus cursos e eventos s diversas necessidades apresentadas pelos fundos de penso dediferentesportes,caractersticaseregiesdopas.Os programas de formao e treinamento daAbrapptmcomometapromoverareciclagem,capacitaoecrescentequalificaodamodeobra,essenciais para que o sistema possa enfrentar umambientecadavezmaiscompetitivo.Orientadoporesse objetivo, a associao elabora seu calendriode cursos e eventos a partir de pesquisa que realiza sistematicamente junto ao mercado e tem investidodemaneiracrescentenaregionalizaodesseatendimento.Acadaanotreinadoourecicladoum contingente superior a 4.000 dirigentes e profissionais.Em 2010, o segmento atingiu um novo paradigma com o advento da certificao de profissionais,queconstituiumachanceladoprocessodeeducao continuada, essencial para a manuteno daboa gesto e governana das entidades. Em linhacom esse objetivo, aAbrapp reconstruiu a sua gradedetreinamentosecapacitaoprofissional,encadeandoosdiversostemasquecompemoarcabouoconceitualemumaestruturadeaprendizadolgicaecompleta.EssearcabouoestrefletidonoPrograma de Educao, que engloba todo o conjunto detreinamentosecapacitao.O Programa tem por finalidade capacitar osgestores,proporcionandocondiesparaasuaparticipaoemprocessosdecertificao,assimcomoaqualificaoereciclagemdosprofissionaisatuantesnas entidades independentemente da certificao.Ele concentra seu foco nos nveis conceituais e decompreensodosinstrumentosquecompemarotinadosFundosdePenso,derivadadedispositivolegalouderecomendaodeboasprticas.Apartirdeumacomposiomodular,agradeenvolveasseisreasdeconhecimentoqueconstituema estrutura temtica do segmento de previdnciacomplementar:Administrao Geral,Aturia, Contabilidade,ControlesInternoseFiscalizao,FinanaseJurdico.OProgramaindicadoparaGestoresdasEFPCs(preparatrio para exame de certificao) e demaisprofissionaisquebuscamqualificaoereciclagem.Contedo ProgramticoOProgramadeEducaocompostopor13cursos,divididosemdoisnveis(umconceitualeoutroavanado,combasenaprticaeinstrumentos),quetotalizam172horasdetreinamento.Em2010,oprogramateve900participantese400pessoasjparticiparamdoprimeiroprogramarealizadoem2011.Oscursostmumacargade172horasdetreinamento presencial em dois nveis de aprendizado: oprimeiro, conceitual e o segundo, de aplicao prtica.ApropostadaAbrappagoratransformarpelomenosoprimeironvelemumprogramadeensinoadistncia,aindaesteano.Essedesafiofoipropos21FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Produtos e Servios Abrapptocomaintenodeampliaroacessoaosprofissionaisdetodoopas.Educao a distnciaAassociaojmantmcursosespecficosdeensinoadistnciaabrangendoControlesInternoseGesto de Riscos Operacionais. Os dois cursos, criadosrespectivamente no final de 2009 e em 2010, j tmmais de 300 alunos. No modelo educativo a distncia,cadaalunoestabelececaminhoseritmosprpriosdeaprendizado,oquegarantemaiorflexibilidadeaoprocessoalmdeestmuloaoautodesenvolvimento.OPortaldeEducaoaDistnciadaPrevidnciaComplementar proporciona a expanso do j reconhecidoprogramadetreinamentodaAbrapp.EVENTOS INSTITUCIONAISA agenda de eventos institucionais daAbrapp outro item fundamental para a estratgia de manutenodeumpermanentedebate.Omaiordeles,porsuas dimenses, o Congresso Brasileiro dos FundosdePenso,queestemsua32edioecontinuaampliando o seu pblico assim como o nmero depatrocinadores.OeventorenemaisdetrsmilpessoasentreparticipantesdoSistema,palestrantesbrasileiroseestrangeiroseautoridades.Comumpapelinstitucionalforte,oCongressotemcomocaractersticaaescolhadetemasestratgicosqueconstituemocentrotemticodecadaeventoanual.Os temas escolhidos incluem questesprovocativasedegranderelevnciaparaofuturodosistema como, por exemplo, neste ano, Viso deFuturo,InovarnoPresente,colocandoemdebateofomentodosistemaparalevloaabsorverovastopotencialrepresentadopor15milempresasecincomilsindicatosemcondiesdepatrocinarplanosdebenefcios.OCongressopossuiumpapelestratgiconodesenvolvimento dos fundos de penso brasileiros,dadaasuagrandeforamobilizadoradoSistemaemtornodadiscussodasgrandesquestesquelhedizemrespeito.Naagendadeeventospossuemimportncia,tambm,osEncontrosRegionaiseEncontrosSetoriais,quepermitemoaprofundamentodadiscussodetemas atuais e acaba funcionando tambm como ummomento de prestao de contas da Abrapp juntoaos seus associados. O calendrio de seminrios eworkshops mantm uma extensa programao quecumpre, tambm, o papel de integrar profissionaisdediversasreasassimcomoosdirigentesdasseisregionaisdaAbrapp.OsEncontrosSetoriaisincluemdebatespromovidosnasreasdeAssuntosJurdicos,Comunicao e Relacionamento, Recursos HumanoseSustentabilidade.Programa de EducaoMatria Tema Carga HorriaJurdico I/A Aspectos Jurdicos Fundamentais da Previdncia Complementar 08 horasAdministrao Geral I Conceitos de Governana e Gesto Estratgica nas EFPCs 16 horasAturia I Entendendo os Conceitos Essenciais de Aturia na Prtica das EFPCs 16 horasFinanas IAspectos Fundamentais e Funcionamento dos Mercados Financeiros, de Capitais e Imobilirio16 horasContabilidade I Contabilidade para EFPCs 16 horasControles Internos e Auditoria I Conceitos e Procedimentos de Controles e de Auditoria para EFPCs 08 horasJurdico I/B Tributao Aplicvel Previdncia Complementar 08 horasAdministrao Geral II Instrumentos de Governana e Gesto Estratgica nas EFPCs 12 horasAturia II Avaliao Atuarial: Anlise e Abordagem Prtica 16 horasFinanas II Polticas de Investimentos e Gesto de Riscos 16 horasContabilidade II Anlise dos Aspectos Fundamentais das demonstraes Contbeis 16 horasJurdico II Dimensionamento e Preveno do Risco Legal 08 horasControles Internos e Auditoria II e FiscalizaoInstrumentos de Controle de Auditoria para EFPCs e Princpios a serem observados no Processo de Fiscalizao16 horasTotal (13 cursos) 172 horas22FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Produtos e Servios AbrappNa rea internacional, um destaque o seminrio internacional Estrutura da Previdncia na Europa,realizadoanualmenteemumoumaispases,com a finalidade de absorver a sua experincia emprevidnciacomplementar.Outrodestaqueoseminrio na Wharton School, importante escola de negcios da University of Pennsylvania, do qual participamdirigentesdasfundaesqueobtmalumaimersoemaltosestudossobregestodeinstituiesprevidencirias.A agenda de eventos institucionais verstil ecompreendegrandediversidadedeassuntos: !EncontroNacionaldeComunicaoeRelacionamentodosFundosdePenso !Seminrio A Sustentabilidade e o Papel dosFundosdePensonoBrasil !Seminrio Cenrios Alternativos de InvestimentosdosFundosdePenso !CongressoBrasileirodosFundosdePenso !PrmioNacionaldeSeguridadeSocial !EncontroNacionaldeAdvogadosdaPrevidnciaComplementar !EncontroNacionaldosProfissionaisdeRecursosHumanosdosfundosdepenso !DiadoAposentadoSo promovidos, tambm, encontros regionaisde dirigentes do Leste, Nordeste, Sudeste, SudoesteeSul.COMISSES TCNICAS NACIONAISAtuando como instncias consultivas de apoiotcnicodiretoriadaAbrapp,almdeinstrumentospara o intercmbio de conhecimento, as ComissesTcnicas tm sido fundamentais para o trabalho daassociaocomosuportesagendadedebatescomomercadoeosrgosreguladores,abrangendotodosostemasdeinteressedaprevidnciacomplementar.Comaemissodeestudos,pareceresepreparaodetrabalhosaseremapresentadostantoemeventosinternoscomoexternos,asComissesintegramoPlanoBsicodeOrganizao.Atualmente esto em atividade treze CTNs Assuntos Jurdicos Investimentos ContabilidadeAturia Comunicao Fomento RelacionamentocomosParticipantesGovernanaPlanosdeAutogestoemSadeSeguridadeSustentabilidadeRecursosHumanoseTecnologiadaInformaoalmde comisses Regionais que atuam dentro dessasmesmasreasdeatribuio.Almdisso,humaterceiramodalidadedeComissoTcnica,ascomissesAdHoc,quesoconstitudas com um objetivo especfico e prazo paradurao do trabalho. H, tambm, comisses especialmenteconstitudasdeacordocomasnecessidadesequeatuamjuntoSuperintendnciaNacionaldePrevidnciaComplementarPREVICeaSecretaria de Polticas de Previdncia Complementar SPPC e junto tambm a outras instituies parceirasdoSistema.AAbrapptemdisposio,pormeiodessearcabouoinstitucional,maisde700tcnicosempermanenteprocessodedilogoedebate.Nomomento,estoematividadeasseguintescomissesAdHoc: !ADHOC EDUCAO PREVIDENCIRIA Essa comisso promove o debate de aes deeducaofinanceiraeprevidenciriaparaospblicos interno e externo.Alm disso, auxilia asassociadasemsuasatividadeseducacionais,sendoseupropositopassaraauxiliarnacriaodematerial didtico de apoio aos dirigentes e profissionaisdoSistemaparaqueobtenhamassuascertificaes. Orienta tambm a formulao doProgramadeEducaodaAbrappeodesenvolvimentodeseucontedoprogramtico. !ADHOCEXPURGOINFLACIONRIOFoicriadaparaintervirjuntoaostribunaissuperioresparaevitarasaesrelativasaplicaodosexpurgos inflacionrios aos valores das reservas garantidoras de benefcios, aos benefciosdeprestaocontinuadaeaoresgatedareservadepoupanapagaaosexparticipantes. !ADHOCFUNPRESPConstitudaparaestudaroprojetodecriaodaFUNPRESPFundaodePrevidnciaComplementardoServidorPblicoFederal. !ADHOC IDG II Criada com o objetivo deconhecer e sugerir novas funcionalidades emelhoriasnosistemaIDGII. !ADHOC INVESTIMENTOS IMOBILIRIOS Criada para desenvolver um ndice derefernciaderentabilidadedomercadoimobiliriobrasileiro,emparceriacomaFGVFundaoGetlioVargas,instrumentocujoobjetivo23FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Produtos e Servios AbrappmedirarentabilidadedosativosnoBrasil.Cominformaessobrevalores,transaes,despesasereceitas,ondicepossibilitaraavaliaoprviadavalorizaodosativosimobilirios,almde possibilitar a comparao do setor com outrossegmentosdaeconomia.Modelo para a poltica de RelacionamentoAComissoTcnicaNacionaldeRelacionamentocomoParticipanteelaboroueatualizapermanentemente o contedo de um Modelo de Poltica deRelacionamento,disponvelparaasfundaesassociadasutilizemnocomoumaferramentadeorientaoparaassuaspolticasnessarea.OtextoatualizadopublicadonoPortaledivulgadoemveculosde comunicao e publicaes daAbrapp. Na ltimaatualizao,esseroteirorecebeualteraesparaadequloaocenrioeconmicodoPaseaoseuusonasredessociais.Acrescenteutilizaodessasredescomo instrumentos de relacionamento provoca impactossignificativosnosmodosdetrabalhodasfundaesenosrequisitostcnicosnecessriosparaumatendimentodequalidade,assimcomonaqualificaodosprofissionaisenosprazosderespostassolicitaesdosparticipantes.OroteiroabrangeaspectospossveiseaplicveissEntidadesFechadasdePrevidnciaComplementar,comoDiretrizes,CanaisdeRelacionamento,Requisitos parao atendimento de qualidade,Estruturaideal,DiferenciaisdesejadoseOfatorhumano.Manual de Planejamento Estratgico para Fundos de PensoFoicriadoem2007pelaComissoTcnicaNacional de Gesto Corporativa. Com acesso gratuitoparaasassociadas,aferramentatemporobjetivoorientareapoiarasfundaesnaelaboraoeacompanhamentodoseuprocessodePlanejamentoEstratgico,observadasascaractersticaspeculiareseinerentesgestodeEFPCs.Atendendo aos requisitos da Resoluo CGPCn13/2004,bemcomoaderentesboasprticasdegovernana,aferramentadefciluso,disponibilizamecanismos que apiam a gesto da alta administraodasentidades(elaborao,execuoeacompanhamentodeprocessos)desmitificandoousoexclusivo do Planejamento Estratgico nas grandescorporaes.Calendrio de ObrigaesO Calendrio de Obrigaes uma ferramentaWEBparaocontroleemonitoramentodeprazosestabelecidospelalegislaoedeobrigaesprpriasdosfundosdepensoqueexigemconstantemonitoramento de prazos de execuo.As obrigaes cadastradaseatualizadasperiodicamentepelaComisso Tcnica Regional Sudeste de Governana sosegregadasporperiodicidade(anual,semestral,mensal,quinzenaleetc.)eosusuriosaelasassociadosrecebemumalertadevencimentoporcorreioeletrnicoapartirdeumasemanaantesdovencimento.Ocontrole complementado pelos relatrios disponveis,atravsdosquaisasentidadespodemmonitorarotratamentodasobrigaes.Atualmente,200associadas usufruem desse servio, que possui mais de1.300usurioscadastrados.CDI E BIBLIOTECA DIGITALNombitodoCDICentrodeDocumentaoeInformaoOswaldoHerbsterdeGusmo,ainaugurao, em 2010, da biblioteca digital daAbrapp,refletiuumtrabalhorigorosodedigitalizaodetodooacervode6.000obras,omaioracervotcnicosobre esse setor em todo o Brasil. O sistema permiteconsultas e tambm d acesso s obras sempre queautorizadaspelosautores.Com 650 atendimentos/ano e 1.300 exemplaresdelivrosvendidos,oCDImantmumaextensaatividadeeditorialvoltadaaopblicointeressadoemprevidnciacomplementarfechadanoBrasil.OacervodoCDIinclui:Publicaes Abrapp !AdministraodePlanosdeBenefcios,ABRAPP !AturiaparanoAturios,NewtonCezarCondeeIvanSantAnaErnandes !DicionriodePrevidnciaComplementar,ABRAPP !DVDOFuturoHoje,ABRAPP !FundosdePenso:AspectosJurdicosFundamentais,ABRAPP !GestodeFundosdePenso:AspectosJurdicos,ABRAPP24FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Produtos e Servios Abrapp !GestodeInvestimentosemFundosdePenso,ABRAPP !GestoEstratgicadosFundosdePenso,ABRAPP !GovernanaCorporativaeosFundosdePenso,ABRAPP !IntroduoPrevidnciaComplementar,ABRAPP !ManualdeBoasPrticasdeAvaliaodeRisco,ABRAPP !ManualdeControlesInternos,ABRAPP !PapeldosFundosdePensonaFormaodaEconomiaBrasileira.CapitalismoSocial,ABRAPP !Previdncia Complementar Um Plano Solidrio sem Risco para o Patrocinador, RenatoFolladoreRitaPasqualAnzolin !PrevidnciaSocialnaSociedadedeRisco:odesafiodasolidariedadecomsustentabilidade,SilvioRenatoRangelSilveira !Abrapp30Anos,nAbrappREDE DE CREDENCIADOS o mais novo produto para o mercado que serelacionacomosFundosdePensoouteminteresse em se aproximar e estreitar relacionamento comeste segmento. Ela nasceu do antigoTitular de Cadastro,quefoireformuladocomobjetivodeseadequarrealidadedomercadoeaosconceitosinovadoresdomarketingderelacionamento,propiciandoassimmaiorbenefcioaosparceiros.Os planos Tradicional, Plus e Mega Plus oferecem pacote de benefcios variados, atrativos e adequadosacadaestratgia.Ser a maior vitrine de fornecedores, produtos eservios de qualidade e especficos para os fundosdepensoeaomesmotempopossibilitarageraodenegciosessaapropostadaRededeCredenciados.Um produto que funciona como instrumento deaproximao, acompanhamento e apoio do sistemade Previdncia Complementar. A adeso na condiodeMembroPremiumouMasterproporcionaaoassociadooportunidadesdenegciosedeexposiodentrodosistemadefundosdepenso.NCLEO JURDICOCEJUPREVO Centro de Estudos Jurdicos da PrevidnciaComplementartemcomoobjetivoaorganizaodeeventos voltados para a Magistratura, a edio depublicaes e monografias e o desenvolvimento deaesdestinadasaconsolidaroconceitodecontratoprevidencirio. O CEJUPREV atua em vrias frentes,acompanhandoprocessoseeventosemtribunaisepromoveapresentaesdiversas,comoSeminriosparaMagistradoseEncontroscomosadvogadosquemilitamnoSistema.LegNormas Eletrnico um sistema de acesso verso eletrnica doacervo completo sobre legislao previdenciria.Possuiinmerasferramentasqueatendem,especificamente,asentidadesassociadas.Informativo JurdicoPublicaoeletrnicaquedivulgatodososprincipais temas relevantes e funciona, tambm, comoum canal de relacionamento para os advogados dosistema.OInformativodistribudoadirigentes,escritriosdeadvocaciaecontatosjurdicosquetrabalhamcomasEFPCs.BancodeJurisprudnciaPassade1.100onmero de acrdos j disponveis no Banco de Jurisprudncia.As decises dizem respeito, em sua maioria,aassuntoscomoinaplicabilidadedoCdigodeDefesadoConsumidor(CDC),redutoretrio,migraodeplanos, tributao, saldamento, expurgos inflacionrios,cestaalimentaoecompetnciaounodaJustiadoTrabalhoparajulgaraesrelativasaosfundosdepenso.Todoesseserviooferecidosemnussreas jurdicas das associadas. Nos prximos mesessercriadooBancodeDoutrinas,iniciativaquecontacomforteapoiodoCEJUPREV(CentrodeEstudosdaPrevidnciaComplementar)daAbrapp.NCLEO TCNICOIndicadores de Gesto de Investimentos - IGIReferncia do mercado para a anlise deperformance de fundos de investimento de investi25FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Produtos e Servios Abrappdores institucionais. Tratase da primeira base dedados brasileira focada exclusivamente em fundosde investimento utilizados por Fundos de Penso.EsseprodutodeusoexclusivodasassociadasdaAbrappeoferecidogratuitamente.OIGIdefcilusoerequerummnimodetrabalhoextraparaseusparticipantes. O relatrio feito com base nas informaes que constam no Demonstrativo dos InvestimentosenoRelatriodeFundos.Atualmente,so148Entidadesfiliadasquejfizeramaadeso. um relatrio de periodicidade semestral queanalisa o desempenho dos fundos de investimentodas entidades participantes em dois perodos: ltimos 12 e 24 meses.Adicionalmente, no incio decadaclassedefundo(ex.RendaFixa,Aes,etc.) apresentada uma listagem dos fundos analisadosenelasooferecidasinformaescomobenchmarkealocaodaentidadenestascarteiras.Na12versodorelatriodoIGI(dez/2010)foramanalisados844 fundos de investimento com patrimnio aproximadodeR$368bilhes.Indicadores de Desempenho de Gesto - IDGIIumsistemadeinformaescomparativasdosprincipaisindicadoresdedesempenhodegestodosegmento de Previdncia Complementar FundosePlanos.Eleoferecesentidadesfiliadasumaferramenta de gerenciamento, em tempo real, dos indicadores de desempenho de gesto evoluo ecumprimento de metas, permitindo a comparao(benchmark)dagestodosFundosdePensofundoseplanosepermiteacessoseguroonline,atravs da Internet, a banco de dados com agilidade esegurana.Atualmente,132associadasjaderiramaoIDGII.umprodutoqueaAbrappfornecesemnusssuasassociadas.ndice Geral do Mercado Imobilirio Comercial (IGMI-C)OIGMICumndicederentabilidadedomercado brasileiro de imveis comerciais, cujo objetivo retratar, da forma mais abrangente possvel,a evoluo da valorizao dos preos e dos rendimentos do segmento de imveis comerciais emtodo o Brasil. Nasceu a partir do esforo dos fundosdepenso,atravsdacomissoAdHocdeInvestimentos Imobilirios da Abrapp, que contrataram o Instituto Brasileiro de Economia IBRE/ FGV, para realizao de um projeto piloto queculminou com o desenvolvimento pela FGV, comoapoioeparticipaode26entidadesdosegmentoimobilirio,financeiroedosFundosdePenso,nondiceGeraldoMercadoImobilirioComercial(IGMIC).Este ndice mede a rentabilidade de uma carteira de ativos imobilirios composta por escritrios, shopping centers, hotis, estabelecimentoscomerciais e industriais, dentre outros. Estes ativos imobilirios fazem parte de um banco de dadosalimentadopelasempresasefundosdepensoqueparticipamdoprocesso,fornecedoresdedadose apoiadores do ndice, com informaes relativasrendaauferidapelasempresaseastransaesdecompraevenda/avaliaesrealizadasnoperodo.O IGMIC permanece aberto para novos participantes, com o intuito de aprimorar a quantidadeequalidadedeinformaesanalisadasaolongodotempo.Oobjetivodoindicadorserumarefernciaderentabilidadedeimveiscomerciaisescritrios,hotis,shoppingseoutros,contribuindoparaamaiortransparncianaformaodospreosdecompra,vendaelocao.Consolidado EstatsticoA consolidao de dados estatsticos, a partirdos Balancetes, dos Demonstrativos Estatsticosenviados pelas EFPCs um servio que aAbrappprestaatodoosistemadeprevidnciacomplementar.OConsolidadoEstatsticopublicadonarevistaFundosdePensoe,tambm,encontrasedisponvelparaconsultanoportaldaAbrappnainternet.PESQUISA SALARIALAPesquisaSalarialjatingiusuastimaedioe oferece aos associados a possibilidade de acesso gratuito a produto de alto custo no mercado e,maisimportante,totalmenteaderenteeadequadorealidade das estruturas das entidades fechadas deprevidncia complementar (por rea de competncia).Pormeiodaferramentadeconsultapossvelcompararonvelderemuneraocomentidadesdemesmoporte,permitindoqueosdirigentestenhamumabasepreciosadedadosapartirdaqualpossamformularsuaspolticasderecursoshumanosOsresultadosdapesquisa,acessveisapenassentidades participantes do projeto, so apresenta26FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Produtos e Servios Abrappdosemmeiodigitalecomgrandeinteratividade,atravs de tabelas e grficos, de modo a facilitaracomparaodosvaloresmdiosdosvriosmercados,nosdiferentesnveisderemunerao.RELATRIO SOCIALAolanar,em2010,aterceiraediodoRelatrioSocial das Entidades Fechadas de PrevidnciaComplementar,aAbrappavanounotrabaylho de integrar os Fundos de Penso a umtema cada vez mais relevante para todos os pblicosestratgicoscomosquaisessasentidadesestoenvolvidas.Aatuaoemsintoniacomoconceito de desenvolvimento sustentvel hojeumaexignciadasociedade.Odocumentoumrelatrio consolidado sobre Polticas e PrticasdeResponsabilidadeSocialnosFundosdePenso, cujos dados so levantados junto s entidades por meio de um questionrio respondidoporelas.OobjetivodoRelatrioSocial,almdefortalecer a cultura de Responsabilidade Social(RSE) dentro do sistema de previdncia complementar, tambm demonstrar sociedade oenvolvimento e o compromisso dos Fundos dePenso com aes socialmente responsveis esustentveis.A Abrapp apia o CDP Carbon Disclosure Project e ao PRI Principles for ResponsibleInvestment.Apreocupaoambiental,assimcomoocompromissoticoesocial,umadasprioridades do Sistema, segundo compreende aAbrapp,umavezqueosinvestimentosfeitospelosFundosdePensoemcentenasdeempresaspodemcontribuirpositivamenteparaapreservao dos ecossistemas onde elas operam e parainfluenciar sua atuao dentro dos padres sustentveis.COMUNICAO INTERNA E EXTERNAAtendimentoAportadeentradaparaaAbrappestnoservio Abrapp Atende, com 4.300 atendimentos/ano(somenteporemail),divulgaodecursos,produtos e iniciativas da Associao e recebimentodequase8milinscries/anoparaoscursos e eventos.A partir desse servio, a associaomantmumextensotrabalhodeatendimentoaosassociadoseaosdiversospblicosinteressadoseminformaesesoluesdedvidasligadasaotemadaprevidnciacomplementarfechada.OAbrapp Atende um dos mais importantes servios oferecidos s associadas e est interligadocomtodosossistemasdeinformaodaentidade.Revista dos Fundos de PensoUma publicao que promove o debate emprofundidade das principais questes ligadas aosistema de previdncia complementar. A revistaatendeaspreocupaestcnicaseintelectuaisdeseu pblicoalvo e abre espao para anlises feitas por dirigentes, tcnicos, profissionais, acadmicos,reguladoreseespecialistasnacionaiseestrangeiros.Dirio dos Fundos de PensoUm veculo com capacidade de oferecer informaescomaagilidadeeconsistncianecessrias. Tratase de um informe emitido via correio eletrnico, com mais de 5.000 endereoscadastrados, que seleciona e organiza para leituraosprincipaisacontecimentosnacionaiseinternacionais ligados ao Sistema de Fundos dePenso. Em situaes especiais, o Dirio transmitedeimediatoenantegramudanasnalegislaoqueforamtornadaspblicas.Graasaesseveculopossvelfazerumaamplaerpidaconvocao do Sistema para a discusso de assuntos emergenciais ou transmitir esclarecimentosdeautoridadesdoSetor.A presena da associao no Facebook e noTwitterofereceumacoberturaaindamaisgildosassuntosdeinteresse.Enessecasocontanoapenasaagilidade,mastambmaproximidadecomos leitores, caracterstica das redes sociais. Sodezenasdenotasdirias,comasnotciasdahora.Portal dos Fundos de PensoAmplocanaldeinformao,naWEB,comteses, notcias, pareceres, estudos, eventos e tudoo que acontece de mais relevante no setor. ,tambm, o principal canal de acesso aos produtos e servios que aABRAPP oferece ao quadroassociativo e parceiros.u27AnncioCEF28AnncioAnncio Produtos e servios29Anncio30AnncioCEMIG31FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Agenda tica do SindappSindapp: tica, governanaEst em curso uma agenda que pretende fortalecer o trabalho da Comisso de tica e a organizao de uma srie de eventos institucionais sobre a preveno de riscose gesto de riscosem defesa do SistemaTornar convergentes as agendasdas diversas entidades do sistema representativo dos fundosde penso Abrapp/Sindapp/ICSSafimdepoderematenderascarncias do Sistema como um todo, ameta definida pelo Sindapp SindicatoNacionaldasEntidadesFechadasdePrevidncia Complementar. O sindicatoaceleraatualmenteumplanejamentodetrabalhoparadefinir,comaajudadeumaconsultoriaexterna,comotransformarosprincipaispontosdecarnciajdiagnosticados Sistema em aes concretasdentrodesuaesferadeatuao.O principal aspecto desse trabalhodiz respeito aos esforos de comunicao, explica a presidente do Sindapp,Nlia Pozzi. Isso porque, embora sejao rgo oficial, formal e representante legal dos fundos de penso, apenas50% das fundaes afiliadas Abrapptambm integram o quadro de associadosdosindicato.Humespaograndepara esclarecer o papel do Sindapp,fortaleclo e atrair novos afiliados demodo a promover uma convergnciaentreaatuaodorgo,adaAbrappeadoICSS,processonoqualacomunicaoseressencial.32FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Agenda tica do SindappOobjetivoutilizaroeixodacomunicaoemduasvertentes:ainstitucional,paraaumentarapercepodaimportnciadorgojuntosfundaesedelinearclaramente quais so as diferenas entre a sua atuao eadaAbrapp,quesoentidadescomplementares,pormdistintas,eexploraracomunicaoconjuntacomaAbrappnosmeiosdecomunicaoexistentes.Gesto de riscos Entre as principais atribuies do Sindapp estooreforoeadivulgaodequestesligadasaosconceitos de tica, governana e riscos envolvidosna gesto das EFPCs. O sindicato atua na disseminaodoconceitodeticatantoemdefesadosistema de previdncia complementar fechada, visandoseuconstanteaprimoramentoepotencialdefomento, quanto em defesa dos dirigentes das fundaes.ParaissoestemcursoumaagendadefortalecimentodaComissodeticaeaorganizaodeumasriedeeventosinstitucionaisqueintegramaestratgiadeorientaosobreaprevenoderiscos.A criao de um ambiente mais seguro para osfuturos dirigentes dos fundos de penso um alvoprioritriodaatuaodosindicato,oqueincluiiniciativas e debates em torno da defesa dos atuais edosexdirigentes.Umpapelprimordialdosindicatoadefesadosdirigentes,exdirigentesedosistemacomoumtodo,noapenasdemodoreativo(pormeiosjudiciais)mas,principalmente,nadefesaprativaparaqueodirigente,emseusatosregularesdegesto,nopreciserecorreraumadefesareativa.Como parte dessa atuao em busca de uma defesa prativa est a negociao da aplice de segurosD&O(DirectorsandOfficers)lanadapelaseguradoraCHUBBemparceriacomoSindapp,cujaaceitaotemcrescidoexpressivamentejuntosEFPCs,afirmaPozzi.Seminrio aborda tica e prevenoNaagendadeeventosinstitucionais,oSeminrio sobre tica, que acontecer este ano no Rio deJaneiro, inclui alguns temas que integram os principais tpicos discutidos pelo sistema de fundos depenso,explicaodiretordoSindapp,CarlosAlbertoPereira.Almdotemabsico,voltadosprticasticas, essa lista inclui assuntos correlatos e vinculadossprticaspreventivasdeirregularidades.Entreeles,aResponsabilidadedosDirigentesacaracterizao adequada deAto Regular de Gesto ConflitodeInteressesSeguroD&OnacoberturadadefesadosdirigentesCertificaodosDirigentescomoprevenosprticasirregularesTermosdeAjustedeConduta(TAC),outraferramentapreventivaquepermiteaindaacorreodeatosirregularesRiscosAbstratos como caracterizar e controlar prejuzosabstratos.OseminriodeverserintegradoagendadoSindappcomooseugrandeeventoanual.AComissodeticadosistemaAbrapp/Sindapp/ICSS, explica Pereira, tem como pblico alvo os dirigentes (diretores e conselheiros) das EFPC e temdesenvolvido uma srie de iniciativas que incluem areviso do Cdigo de Conduta e Princpios ticos,atualmente em curso, assim como uma pesquisa sobreasmelhoresprticasverificadaspelasEFPCs,queserdivulgadasobaformadeumbancodedados.Publicaes O sindicato organiza, ainda,a edio de publicaestcnicasvoltadasprevenoderiscosedeverlanaragoraaterceiraediodoManualdosDirigentes. J foram lanadas tambm publicaes voltadasespecificamente para os conselheiros fiscais, que assumemumpapelfundamentalnagestoderiscosdasEFPC,cominformaesqueajudamnaprevenoderiscosedaexposiodosprpriosconselheiros.Apartirdoeixodecomunicao,oSindapppretendeatingirsuametadefomentoeatraodenovasadeses,masquer,tambm,definirumperfildeatuaocadavezmaisvoltadoparaatica.medidaque a comunicaoenfatiza a questoda ticae daprevenoderiscos,asquesteslegaistendemaserreduzidas,explicaapresidente.Delegados sindicaisUm dos aspectos fundamentais na programaodo sindicato a revitalizao da figura do delegadosindical,quecumpreumpapellegaleestatutrioimportanteedeveagregarvalortantosfundaeseaosistemacomoumtodo,pormaindapoucoreconhecidopelosfundosdepenso.Estamostrabalhandopararecomporogrupodedelegadosejhum encontro desses profissionais programado paraeste ano, como parte de um programa que ir tratardotreinamentoereciclagempara2012.Asfundaes precisam compreender o delegado como umagente agregador de valor. Ele o representante dasEFPCjuntosbasesestaduaisetemcomofunofa33FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Agenda tica do Sindapplaremnomedosindicatopatronalcomossindicatosde trabalhadores, atuando como interlocutor para receberpautasdenegociao,conduzirasnegociaese fechar convenes coletivas, alm de atuar comoagente facilitador nos acordos individuais. Como odelegado tem o trnsito facilitado e treinado paraessecontatosindical,podeserumapoiadorimportante em todos os processos que envolvem os diversossindicatos, explica Pozzi.Alm disso, como o Sindapp eliminou a figura do coordenador seccional epassou suas atribuies aos delegados, eles tambmagemcomoseusrepresentantesemdiversoseventos.Sistema SINDUma ferramenta essencial ao trabalho dos delegadososistemaSIND,quecolheinformaessobresalriosdomercadoecompeumbancodedadosaoqualasentidadestmacessoequefuncionacomo subsdio para as negociaes. O SIND umsistema de informaes com o registro das polticasderecursoshumanos,seusbenefcioseasprincipais prticas de negociao sindical existentes nosegmentodosfundosdepenso.Elefuncionacomoumaferramentadegestodisponibilizada,semcustos,atodasassociadasdoSindapp.Obancodedadosdeapoiogestodosbenefciospraticadospelasentidadesconsideradoimportanterefernciaparapesquisasdasreasderecursoshumanosdasentidades,permitindoavaliarseusbenefciosfrenteaosnmeros,dadoseinformaesdasdemaisentidadesparticipantesdessesistema.Com a adeso da entidade associada, o sistemaliberaoacessoparaqueelaregistreosdadosdasuaprpria poltica de recursos humanos e realize consultas,comfinalidadecomparativa,emtodoobancodedadosdosistema.Comessesistema,oSindappofereceumapoiosentidadesassociadas,integrandoasdiversasvises:prpria,setorialemacro.OsistemafoidesenhadocomoobjetivodedarsuportesatividadesdosprofissionaisdeRH,delegadossindicaiseComissesTcnicasNacionais(RHeJurdica).NoSINDainclusodedadoseconsultasinformaes restrito ao grupo de fundos cadastrados,sendosuaoperaoregidaporprincpiosdequalidade,critriosticosdeseguranaemanutenodedados.Cdigo de CondutaPorsetratardeumassuntoestratgicodentrodasentidades,osparticipantesdoSINDassumemosseguintesprincpiosnaoperaoeusodestaferramentaedosseusdados.Princpio da legalidade !Se houver qualquer pergunta em potencial sobrealegalidadedeumaatividade,cadaparticipantedeveconsultarseuconselhocorporativo. !Eviteasdiscussesouasaesqueimpliquememrestriodecomrcio,mercadoe/ouesquemaderateiodosclientes,fixaodepreo,relaes comerciais ou suborno. No discutir oscustoscomosconcorrentesseestesforemfundamentaisnaformaodepreo. !Evitar aquisio de segredos por quaisquermeiosquepoderiamserinterpretadoscomoimprprio, incluindo a violao ou a induo violaodesigilo. !No divulgar ou usar nenhum segredo comercial obtido atravs de meios imprprios ou reveladoporalgumatravsdeviolaodesigilo. !Nodivulgar,comoconsultoroucliente,osdadoseinformaesaoutraempresasem,primeiramente,assegurarsedequeosdadosestejamdevidamenteannimosdemodoqueasidentidadesdosparticipantessejamprotegidas.Princpio da troca !EstardispostoareceberomesmotipoenveldainformaoqueforfornecidaaogrupoparticipantedoSIND.Aofinal,somenteseroremetidos aos participantes os resultados compiladosparaasquestesnasquaisestesforneceramsuasprpriasinformaes. !Estabelecer prvia e claramente o relacionamento entre os participantes, esclarecendo expectativas, evitando desentendimentos e determinando os interesses mtuos na troca deinformaes. !Serhonestoentegro.Princpio da confidencialidade !Considerar a troca de informaes do SINDconfidencial para os indivduos e as empresasenvolvidas.Asinformaesnodeveroserdivulgadasforadasorganizaessemoconsentimentoprviodetodososparceiros. !A participao de uma empresa no sistema confidencial e no deve ser comunicada externamente sem sua permisso.u34AnncioCETIP35AnncioCLARITAS INVESTIMENTOS36AnncioDELOITTE37AnncioGAMA38AnncioGOLDMAN SACHS39FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Indicador do mercado imobilirioIGMIC ampliaO objetivo transformar o indicador em uma referncia de rentabilidade que ajude a aumentar a transparncia na formao dos preos de compra, venda e locao de imveisO IGMIC (ndice Geral do Mercado ImobilirioComercial), indicadorquemedearentabilidadee o retorno de capital proporcionados pelo mercado de imveis comerciaisno Brasil avanou expressivamente desde oseu lanamento, em fevereiro, na conquistade novos fornecedores de informaes paraaprimorarsuabasedeclculo.Adivulgaodosresultadosdosegundotrimestre,nofinaldejulho,jincorporoudadosrelativosa224imveis avaliados, aumento de 18% frente aos 190 imveis utilizados em fevereiro.Apesar desse incremento, a base de clculocontinua em pleno processo de crescimentoedeveaceleraraatraodefornecedoresdeinformaes, principalmente no que diz respeito aos incorporadores imobilirios, parabase amostral ecresce como referncia40FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Indicador do mercado imobiliriodar maior robustez amostra.A divulgao trimestral, feita de maneira conjunta pelaAbrapp, FGV eBM&FBovespacontribuiparaampliaravisibilidadedoindicadoredevereforaressemovimentodeampliaoamostral.Entre as aes em curso est a organizao deumworkshop,emoutubro,comaSOBREASociedadeBrasileiradeEngenhariadeAvaliaesqueir tratar do uso do ndice como ferramenta tcnicaparafazerasprojeesemavaliaesepercias,informa Carla Safady, coordenadora da ComissoTcnicaNacionaldeInvestimentosImobiliriosdaAbrapp.Ousopelosavaliadoresindependentes,dizacoordenadora,muitoimportanteparaadisseminaodoindicador.AadoodoIGMICcomoreferncia para os investimentos dos fundos de penso nesse segmento j comea gradualmente a seruma realidade na gesto das carteiras imobiliriase deve ser consolidada medida que o indicadorfortalecersuabasenacional.Hvariasiniciativasparaaumentaraadoodondicecomoreferncia,incluindo um debate que ser promovido duranteo32.CongressoBrasileirodosFundosdePensoparaavaliarquemsoosfornecedoresdeinformaesequaisosprximospassosparaampliaressabase,observaCarlaSafady.Criado,porsolicitaodaAbrapp,peloInstitutoBrasileirodeEconomia(Ibre),daFundaoGetulioVargas (FGV) o ndice conta tambm com o patrocnio da BM&FBovespa, entidades do setor financeiroedomercadoimobilirio.Seuclculopartededadosrelativosvalorizaodospreosedosrendimentos do segmento imobilirio comercial shopping centers, hotis, escritrios, imveis industriaisedelogsticaemtodoopasfornecidosporinvestidoresinstitucionaiseempresasdosetorimobilirioelevaemconsideraoocapitalempregado,despesas,benfeitoriaseevoluoaolongodotempo,entreoutros itens, com base em informaes obtidas pormeiodeentidadesdeclasse,consultorias,empresas,gestoresdecarteirasimobiliriaseincorporadores.Ograndedesafiomesmocontinuaraampliarabaseamostral,commaisdoadoresdedadosemaiornmerodeimveisavaliados,avaliaoeconomistaPaulo Picchetti, do Ibre. um esforo constante,inclusivereproduzindooqueocorrelforamedidaqueumnovondiceseconsolidaepassaaatrairmais administradores de imveis, empresas e fundosdepenso.Novos patrocinadoresAomesmotempoemqueampliasuabasededados,oindicadorprocuraganharnovospatrocinadores e para isso a BM&FBovespa est promovendoumacampanhadedivulgaoemtodasasprincipaiscapitais brasileiras, em parceria com a FGV. QueremosaproveitaracapilaridadedaBolsaemtodoopasparatrazermaisdoadoresdeinformaesepatrocinadores, at porque medida que o ndice ganhaespaoerepresentatividade,aFGVvaicomearavenderassinaturas,explicaEmlioOtranto,exdiretordeDesenvolvimentoeRelaescomInstitucionaisdaBolsaeatualpresidentedoConselhoDeliberativodoIGMIC.Aaberturaanovospatrocinadorespretende garantir recursos para aprimorar a quantidadeequalidadedeinformaesanalisadasaolongodotempo,jqueoobjetivotransformaroindicadornumarefernciaderentabilidadequeajudeaaumentaratransparncianaformaodospreosdecompra,vendaelocaodeimveis,lembraodiretor.OIGMICaindaumacriana,stemosestoqueinicial e dois ndices trimestrais divulgados at o momento,entohumlongocaminhoaserpercorrido.Mas nesses dois trimestres o novo indicador jganhou algumas adeses de peso entre os gestoresde investimentos, ressalta Otranto. Quando o economistaeconsultordeinvestimentosGustavoFranco,expresidentedoBancoCentral,utilizouogrfico trimestral do IGMIC para ilustrar uma palestrasobre mercado imobilirio, ficou evidente a importncia dessa nova referncia e a FGV decidiu quepassaria a encaminhar o ndice a todas as grandesconsultorias econmicas. Embora ainda seja cedoparaqueondicesejarefletidodemaneiramaiscompleta nas carteiras, ele j comea a ser usado comoum contraponto e como ferramenta adicional deavaliao. Os nmeros que o IGMIC refletiu emseusdoistrimestrescoincidemcomarealidadequeas fundaes tm visto no mercado, ento h umaO desafio continuar a ampliar a base amostral, com mais doadores de dados e maior nmero de imveis avaliados41FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Indicador do mercado imobilirioaderncia significativa, diz Otranto. Com uma sriehistricaquejcomeoucomumperododedezanos(apartirde2000),oindicadorgaranteumperodosuficienteparaqueosgestoresfaamumacomparaocomodesempenhomdiodomercado.Dados desagregadosOs resultados trimestrais, atualmente divulgadosde maneira consolidada, permitem a leitura das informaesdesagregadassetorialeregionalmenteapenas pelos doadores de informaes, uma estratgiaquetemcomoobjetivoestimularaampliaodabase de dados. Como instrumento de gesto, o IGMICtendeaseraindamaisimportantequandopuderser divulgado de maneira desagregada para todos osplayers,oquedeverseroseucaminhonatural,acreditaacoordenadora.Aoreceberosdadosdemaneiradesagregada por categoria de imveis, por exemplo,ogestorpodeutilizarinformaesespecficasquesejamaderentescomposiodesuacarteira.Sub ndicesAdesagregaodasinformaesporsetoreseporregies do pas deve gerar a criao de subprodutosdondice,comindicadoressetoriaiseregionaiscalculadosapartirdoIGMIC,aexemplodoquejacontece com diversos outros indicadores do mercado.ABM&FBovespaeaFGVestoconversandoparaformatarumconvnionessesentidoedesenvolverosnovos produtos, informa Otranto. Ns, patrocinadores,recebemosabasededadosabertaepodemosusarissoparacriarndicessetoriaiseregionais,oqueimportante porque o mercado imobilirio est crescendocomoumtodonopaseoinvestidorapresentademandaparatratarasinformaesregionalmente.AbaseamostraldoIGMICaindaestfortemente centrada na regio Sudeste, uma questo que tendeaserresolvidamedidaquenovosdoadoresdeinformaes,deoutrasregiesdopas,chegaremparaampliar essa base. Com isso ser possvel ampliar apresteza do clculo e a abrangncia do ndice paracapturaravalorizaorealdosimveis.Aresistnciaqueprecisaserquebradaparaaumentaronmerodedoadoresdedadosestnosigilo,atporqueasgrandesconsultoriasimobiliriastmdificuldadeparaobterautorizaodeseusclientesedivulgarinformaesrelativasaosseusempreendimentos.Osgrandesproprietriosdeimveisresistemporquereceiamaquebradesigilo,daanossacampanhadedivulgaoparaesclarecerqueosdadosdoproprietriosopreservados,asinformaessoconsolidadaseapenasaFGVtemacessoaosdadosdecadaum,dizodiretor.Acriaodesubndicesumassuntoqueinteressaatodos,dizPauloPicchetti,umavezquequanto mais informao de qualidade estiver disponvelmelhor ser para a gesto dos ativos. As conversas que devem levar a esses novos produtos, entretanto,estogirandoagoraemtornodotratamentoaserdadosinformaesrestritas.Seporumladointeressa manter a divulgao desagregada como umdiferencialparaospatrocinadoresedoadoresdeinformaes,essaprticaincompatvelcomolanamentodendicesregionaisesetoriais.Outro aspecto relevante para reduzir a resistncia dos fornecedores de dados e para aumentar suaconfianaseraelaboraodeumcdigodeticaedecondutaparaoIGMIC,demaneiraquetodososmembros da Cmara do ndice estejam comprometidos efetivamente com o sigilo das informaes. Omercado imobilirio, reconhecidamente desreguladodurante muito tempo, sempre sofreu com problemasdeformaodepreosqueeramvisveisporexemplonoembateentrevalorvenal,valordemercadoevalordetransao,oquenuncafavoreceuatransparncia,lembraOtranto.Agora,abuscapelatransparnciadeveaumentartambmaseguranadosnegcioseasprticasticasdosparticipantesdessemercado.Parceria internacionalEntreasaesdestinadasaampliaroalcancedoindicadorestoprojetoparaassinaturadeumajointventurecomogrupoinglsIPDInvestmentPropertyDatabankquedeverseroprimeiroparceiroinOs dados dos proprietrios de imveis informantes so preservados, as informaes so consolidadas e apenas a FGV tem acesso aos dados de cada um42FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Indicador do mercado imobilirioternacional nesse projeto com o objetivo de ampliara divulgao do IGMIC junto aos investidores estrangeirosinteressadosnomercadoimobiliriobrasileiro.Asconversasestocaminhandomuitobeme eles pretendem criar o IPDBrasil para atrair investidoresexternosfundosdepensoefundosdeprivate equity graas maior transparncia oferecidapeloindicador,dizEmlioOtranto.AprincipaldificuldadeparacriaroIPDBrasilestnaconciliaodabasedeclculoporquelforaosimveissoreavaliados a cada trimestre e aqui o mercado aindanosegueessaperiodicidade.Amaioriadasfundaes faz reavaliaes anuais mas j conversamoscomalgumasdelaseosgestoresdeixaramclaroqueachampossvelpassarafazerprojeestrimestrais,observaOtranto.DeacordocomPauloPicchetti,asnegociaescom o grupo ingls esto avanadas tanto nos aspectos de metodologia como na parte comercial.Umdospontosemdiscusso,adiantaCarlaSafady,acontrapartidaqueospatrocinadoresdoIGMICpretendemobterdosinglesesnessaparceria.Elesganhariam acesso a um ndice pronto, que poderser vendido para os investidores externos, o que muitobomparaaumentaratransparnciadonossomercadolforamas,almdisso,precisoquetenhamosalgumacontrapartidaeissoaindaestsendonegociado.OgrupoIPDmantmatualmentedezescritriosespalhadospelomundoecontacomumadasmaiores concentraes de analistas de investimento emimveis do mundo, segundo relatrio anual divulgadopelaempresanofinalde2010.Suaequipede314analistasemtempointegraltreinadaparaavaliartodososaspectosdomercadoimobilirioemedirodesempenhoobtidoemtodosossegmentosdessemercado.Mercado residencialOs planos para aumentar as dimenses dos indicadores imobilirios brasileiros incluem tambma criao de um IGMI especfico para o segmentoresidencial,queestsendonegociadacomaAbecip(AssociaoBrasileiradeCrditoImobilirioePoupana),dizPauloPicchetti.Aideiatrabalharcomumconjuntoinicialdeinformaesparamontarumprottipodondiceatofinaldesteano,oqueajudaraestabelecerametodologiaealogsticadeenviodeinformaes.Aindaqueosegmentoresidencialno tenha o vetor de renda como acontece com osimveiscomerciais,olanamentodemaisumindicadordevecontribuirparaaumentaronveldeinformaessobreosimveiseparadifundiraprticadeenviodeinformaesegeraodebancosdedadosimobilirios no pas. Mais adiante, as duas coisas,ou seja,o ndice comercialeo residencial,deverosefalar,avaliaCarlaSafady.Menor exubernciaOs resultados das duas divulgaes trimestraisdo IGMIC em 2011 mostram uma desaceleraono retorno dos investimentos em imveis comerciais. Os resultados continuam positivos, porm opatamardeganhoscomeaaficarligeiramentemenos exuberante. Segundo os nmeros do IGMICdivulgadosnofinaldejulho,entreosmesesdeabrile junho, a taxa de retorno dos imveis comerciaisficou em 4,3%, configurando o segundo trimestreconsecutivo de queda na variao registrada pelondice. O retorno informado no primeiro trimestrehavia ficado em 5%, inferior aos 5,7% do quartotrimestredoanopassado.Oclculodondicelevaem conta as despesas operacionais, receitas totais,investimentos e vendas de imveis, que permitemavaliar a taxa de retorno do capital investido, queficou em 2,8% no segundo trimestre, bem como ataxaderetornoderendadosimveis,queapresentou variao de 1,4% no trimestre.A soma dessasduasvariaesequivalerentabilidadepositivade4,3%verificadanoperodo.Considerandoondiceanualizado,entreabrilejunhoataxaderetornomedidapeloIGMICdesaceleroude23,7%para21,2%.Segundoasriehistrica, no ano de 2010 a rentabilidade de empreendimentos comerciais foi de 25,5%, e na dcada,superou os 600%. O retorno menor em 2011 eraesperadodiantedadesaceleraosutilpormclaradaeconomiaeosprpriosindexadoresusadospelosmercadosestoinferioresaosdoanopassado,explicaPicchetti.Astaxasderetorno,porm,continuam elevadas, sinal de que os preos dos imveisseguemaumentandoaindaqueemritmomaislento.Ospreosnomercadoimobiliriobrasileiro,acreditaoeconomista,parecemestaracaminhodeumaestabilizaodepoisdofortssimomovimentode alta dos ultimos anos. u43AnncioAnncio PWC44AnncioGRUPO PAR - CORPORE BR45AnncioGRUPO PAR - CORPORE BR46AnncioHancock Timber Resource Group47FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011O duelo Poupana / ConsumoA Psicologia Econmica e a AposentadoriaA maioria das pessoas veria com bons olhos a oferta de ajuda especializada no planejamento da aposentadoria. a que entra em cena a Psicologia Econmica e como ela pode ser utilizada no desenho de programas prescritivos eficazes que envolvam decises financeiras relevantesEmbora ainda seja relativamente desconhecida no Brasil, a Psicologia Econmicaqueestudaocomportamentoeconmicodosindivduosjseencontra bem estabelecida em outraspartesdomundocomoEuropa,Amrica do Norte e Oceania, tanto que dois pesquisadores do assunto j receberam o Prmio NoFLVIA PEREIRA DA SILVAbel de Economia: Herbert Simon,em 1978, e Daniel Kahneman, em2002,sendoesteemconjuntocomVernon Smith, um economista experimental.Cientesdaimportnciade se considerar os processos psicolgicos que levam o indivduo ainvestir na aposentadoria, muitosreguladores e empregadores tmbuscado criar condies adequa48FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011O duelo Poupana / Consumodasparaestimularosindivduosaconstituirnveisadequados de poupana previdenciria. Um bomexemplo o programa SMarT, de autoria de RichardThaler,quevemobtendoresultadosfantsticosnasempresasondetemsidoimplantado,assim como os processos de adeso voluntria emvigornaIrlandaeemalgumasempresasdosEUA.Compreender as razes que levam as pessoas aeconomizarfatorprimordialparaeconomistasereguladores. Com a disseminao dos planos deContribuioDefinidaaoredordomundo,cadavezmaisevidenteainflunciaqueosparticipantestero,daquipordiante,sobreosnveisdecontribuio e os investimentos de seus fundos depenso, observa Olivia Mitchell, Diretora Executiva do Conselho de Pesquisa Previdenciria(Pension Research Council) da renomada WhartonSchool,nosEUA.OtermoPsicologiaEconmicafoiusadopelaprimeira vez em 1881, mas a disciplina ganhoumais espao e autonomia a partir da dcada de1970.Em1982foifundadaaInternationalAssociationfortheResearchinEconomicPsychology(IAREP),umaassociaointernacionaldepesquisaquerenepsiclogos,economistasexperimentais, administradores, profissionais de marketinge tecnologia da informao, entre outros. As linhas de pesquisa da Psicologia Econmica, quesesituamnainterfacedeEconomiaePsicologia,abrangem, em princpio, todos os comportamentosrelacionadosarecursosescassos,comodinheiro,tempoeesforo.SegundoexplicaVeraRitadeMelloFerreira,representantebrasileiranoIAREP,tratasedeumareaquepodeserconceitualizadatantocomooefeitodaEconomiasobreosindivduosquantocomooefeitoagregadodosindivduos sobre a Economia, englobando ainda comportamentos organizacionais, empresariais, alm deoutros comportamentos econmicos. No esto includos comportamentos cobertos pela Psicologia Organizacional, embora falte ainda umadistino clara entre Psicologia Organizacionale Econmica, informa Ferreira, lembrando quea Psicologia Econmica inclui ainda o estudo docomportamentodoconsumidor. NaopiniodoProfessorDoutorPaulWebley,queumdoseditoresdoJornaldePsicologia Econmica da Universidade de Londres e h26 anos se dedica ao tema, o estudo da PsicologiaEconmicabastantetil,sejaempocasdeturbulncia ou calmaria mercadolgica, uma vezqueajudaacompreenderocomportamentohumanonasmaisdiversascondies. Segundo Webley,ofatodeaspessoasteremhojemaisacessoinformaopermitequedecisesmaisracionaissejamtomadas.Aocontrriodoqueaconteciahcinquenta anos, agora h, por exemplo, uma melhor compreenso acerca dos efeitos prejudiciaisque o cigarro exerce sobre a sade, fazendo comquenovasleisecampanhasgovernamentaiscontribuam para que um nmero maior de pessoasopte por parar de fumar. Contudo, ressalta o catedrtico, um elevado grau de informao disponvelnemsempreimplicaemdecisesacertadas.Informaesdemaiseumnmeromuitoaltodeescolhaspodemserprejudiciais,observa. medida que as empresas migram de planosBDparaCD,osempregadospassamatermaisresponsabilidadespelasdecisessobreosseusnveisdecontribuio,eaquelesquenoaderemaoplanoouaportampoucosrecursosacabampoupandobemmenosdoqueamdianecessriaaumavelhicetranquila.Portrsdatendnciaqueseobserva hoje, que o estmulo ao poder de escolhado participante do plano, encontrase implcito opressuposto comportamental de que o empregado a quem tal responsabilidade foi transferida umagenteeconmicobeminformado,queageracionalmentecomointuitodemaximizarseusprpriosinteresses,analisaOliviaMitchell,DiretoraExecutiva do Conselho de Pesquisa Previdenciria(PensionResearchCouncil)daWhartonSchool,localizadanoestadodaPensilvnia,nosEUA.Presumese, portanto, que o indivduo tem conAs linhas de pesquisa da Psicologia Econmicaabrangem, em princpio, todos os comportamentos relacionados a recursos escassos, como dinheiro, tempo e esforo49FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011O duelo Poupana / Consumodies de interpretar e pesar as informaes quelhesoapresentadastantopeloempregadorquantopelogoverno,avaliandoeponderandoasalternativasquesefazemdisponveis.A teoria econmica neoclssica, por sua vez,ditaqueosucessonoacmulodepoupanadoindivduoresultadodatrocaentreoconsumoimediatoefuturo.essepreceitoquedeterminaonvel de contribuio atual do participante ao seuplanoCD.Jomodelociclodevidadepoupana(lifecyclemodelofsaving)estabelecequeosindivduossoplanejadoresracionaisdeseuprprioconsumoenecessidadesdepoupana,levandoemconta ainda os interesses de seus beneficirios.Segundo tal modelo, quando jovens, os trabalhadores tendem a ser mais consumistas, pegandoemprestado do futuro ao contrair dvidas parafinanciar seus gastos atuais, ao passo que os indivduos de meia idade se tornam poupadores ecompradores dos ativos financeiros que serviropara financiar a fase de aposentadoria. Na idadeavanada,medidaquearendadiminui,aspessoasvoesgotandosuasreservas. Infelizmente, porm, o comportamento dostrabalhadores, conforme observado em anos recentes, no parece ser condizente com o referido modelo. A despeito da proposio econmica de que as pessoas de fato buscam maximizarseus interesses, as decises financeiras que vmsendo tomadas no esto fazendo com que resultados satisfatrios sejam obtidos, avalia Olivia Mitchell. No entanto, estudos apontam quea maioria dessas pessoas veria com bons olhos aofertadeajudaespecializadanoplanejamentodaaposentadoria.justamenteaqueentraemcenaaPsicologiaEconmicaecomoelapodeserutilizadanodesenhodeprogramasprescritivoseficazesqueenvolvamdecisesfinanceirasrelevantes.Umbomexemplodecomoaparticipaoeonvel de contribuies das pessoas em sistemasprevidencirios de adeso voluntria podem serinfluenciadosatravsdousodaPsicologiaEconmicaoprogramaSMarT(SaveMoreTomorrowouPoupemaisAmanh),deRichardThaler(Economista da Universidade de Chicago) e ShlomoBenartzi (Universidade da Califrnia UCLA).Segundo seus idealizadores, o programa consistenumsistemadearquiteturadeescolhasquebuscautilizarosprincpiosquenorteiamocomportamento das pessoas a fim de ajudlas a tomarematitudes que as beneficiem. As pessoas no tomamdecisesnovcuo,masnumambientequecarregamuitascaractersticas,sejamelasperceptveis ou no, que acabam por influenciar essasdecises. O responsvel por criar esse ambientebenficochamadopornsdearquitetodeescolhas,afirmaThaler.NumadesuasrecentesobrasintituladaNudgeoespecialistaensinaserpossvelfazercomqueaspessoasenxerguemoquemelhorparaelas sem que haja a necessidade pela imposiode quaisquer condies (filosofia que ele denomina paternalismo libertrio). Opes padro,provimento de feedback, estruturao de escolhas complexas e criao de incentivos so algumas ferramentas teis destacadas pelo economista para o alcance de tal objetivo. Na esferaprevidenciriamaisespecificamente,elelistaalguns dos princpios determinantes de comportamentosindividuais:!Restries associadas ao autocontrole do indivduo so mais facilmente adotveis quando colocadas em prtica no futuro. Umgrupodepesquisadoresapurouqueaspessoastendematermuitomaispacinciaemrelaoadecisesdelongoprazo.Entreesperar100diasparareceberumamae101diasparareceberduasmas,amaiorparteirpreferiresperarumpoucomaisparareceberduasfrutas. Porm, quando a deciso transferidaparaopresente,apacinciatendeadiminuireamaioriadaspessoasiroptarporcomerumamaahojedoqueduasamanh.Nosclculosdevalordodinheiroemrelao ao tempo, as taxas de juros so estabelecidas de forma a se manterem constantes porlongosperodos.Dadoessepressuposto,explicaRichardThaler,umdlareconomizadohojeadquirirumvalorexponencialcadavezmaisalto (e.g. $5.74) num intervalo de 30 anos.Contudo, quando o indivduo um descontadorhiperblico(hyperbolicdiscounter),eletendeaaplicaraltastaxasdedescontonocurtoprazoebaixastaxasnofuturo.Nessecaso,a percepo a de que um dlar economizadohojeirrendermuitomaisagoradoquedaquiamuitosanos,exemplificaoeconomista.50FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011O duelo Poupana / ConsumoTendo em vista esse comportamento imediatista, Thaler procurou dar ao programaSMarTdepoupanaprevidenciriaumaessnciabastantedireta.Aspessoassimplesmentesecomprometem,comcertaantecedncia,aalocarpartedeseusreajustessalariaisfuturosnacontadeaposentadoria,argumentaoidealizador.A proposta para que as pessoas se filiemaoplanodentrodealgunsmeses,aoinvsde imediatamente, faz com que a deciso adquiraumcartermaisestratgicoelegalsobpontodevistadoindivduo.Almdisso,comooprogramaprevoaumentogradualdascontribuies medida que o salrio do funcionriovaisendoreajustado,arendalquidadoparticipantenuncasofrereduo.Defato,asalteraesnodesenhodosplanos de benefcios fizeram com que o nmerode indivduos inscritos no SMarT aumentasse dramaticamente. Na primeira empresa queadotou a estratgia, os autores do programaobservaram que: (1) 78% dos indivduos quereceberam a oferta do plano decidiram aderir (2) 80% dos indivduos que aderiram aoplano se mantiveram no programa aps quatroaumentosconsecutivos,e(3)amdiacontributivadosparticipantessubiude3.5%para13.6%emquarentameses.!A inrcia um fator poderoso para a manuteno do status quo. AarquiteturadeescolhastambmvemsendoutilizadanaIrlanda,ondeaadesoautomticacontnuaaumfundodepensosuplementar do Estado passou a vigorar para todos ostrabalhadores acima de 22 anos que no estejamfiliadosaumplanodepensocorporativomais vantajoso.Aqueles que se filiam recebembnusdogovernocasosemantenhamnoplano por cinco anos e se por ventura decidiremdeixaroprograma,voltamaserincludosno mesmo a cada dois anos. Em outras palavras, cabe ao participante requerer continuamenteasuaexclusodoplano.Masaestratgiadogovernoirlandsnoselimitaadesoautomtica. Outra caracterstica do plano suplementarestatalacontribuiode4%sobrea renda do trabalhador, que dividida igualmenteentregovernoeempregadores.Aadesoautomticainteressanteporquemuitos indivduos so facilmente influenciadospelaformacomqueasdecisesfinanceiraslhesoimpostas.Agenteseconmicosracionais no costumam ter respostas variadasquando a mesma questo lhe apresentada.Contudo, na prtica, muitas pessoas reagemdeformainversa.Sendoassim,asimplesreformulaodapropostadepoupanapodegerar resultados completamente diferentes emtermos de taxas de adeso aos planos de benefcios. Numa determinada empresa americana, os nveis de participao passaramde 37% para 86% entre os novos empregadosapsaimplantaodaadesoautomtica.Talresultadosugereque,nofinaldascontas,muitos trabalhadores no tm fortes convices acerca de seu desejo de poupar para aaposentadoria.!Muitos participantes de planos de penso acreditam que deveriam poupar mais, mas acabam no agindo segundo suas intenes; oqueosestudiososchamamdeproblemadoautocontrole,quepodeserassociadoestruturaeaosprocessoscerebrais.OcrebrohumanoconsistenumsistemaLmbicotambm presente em outros animais que fontedoprocessodecisrioemocionalouafetivoe numa camada cerebral mais moderna, exclusivadoshumanosefontedoprocessamentoconceitualesimblico.Devidoaisso,estimaO baixo nvel de poupana previdenciria no fruto da falta de conhecimento, mas da incapacidade de agir diante desse conhecimento51FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011O duelo Poupana / Consumose que o processamento de emoes envolvaotratamentodoriscoemdoiscomponentes:oriscodopavor,ouopotencialparaaocorrncia de catstrofes, e o risco de incerteza, queenvolveomedododesconhecidooudonovo.Segundo especialistas, os riscos de aposentadoriatmbaixacotaoemambasasdimensescerebraisouseja,pouqussimaspessoastmomedorealdequeincertezasfinanceiraspossam afetar seu planejamento de aposentadoriaemcomparaocomoutrosriscospresentesemsuasvidas.De certa forma, poupar para a aposentadoria requer a mesma disciplina necessria aum processo de emagrecimento, ao abandonodovciodefumarouaosimplescumprimentode resolues de ano novo.A maioria dos indivduos luta para tomar a iniciativa, e quando de fato resolvem agir, seu comportamentoacabamostrandoseineficazdevidofaltadeestmulo.porissoqueosespecialistasacreditam que o baixo nvel de poupana previdenciria no fruto da falta de conhecimento (a maioria das pessoas tem conscincia deno estarem economizando o suficiente), masdaincapacidadedeagirdiantedesseconhecimento.Cientesdisso,muitosempregadores(eautoridades) buscam fazer uso de certos mecanismos de comprometimento que lhes ajudem a promover mudanas comportamentais.Um desses mecanismos a deduo das contribuiesaoplanodiretamentedafolhadepagamentodotrabalhador.NosEUA,nosplanosem as contribuies so deduzidas do contracheque,observasequeosaportessoatquatro vezes maiores do que os valores alocadosem planos individuais nos quais no h esseartifcio. Outros mecanismos de comprometimentoincluemreembolsosfiscaiserestriespara o saque dos recursos previdencirios emdataanterioraposentadoria.O Quebra Cabea das AnuidadesNo mbito das anuidades (contratos de compartilhamento de riscos entre o fundo de pensoeaseguradoraemqueoprimeirotransfereaosegundoaresponsabilidadepelagestodarendadeaposentadoria do participante), a Psicologia Econmica tambm desempenha papel fundamental. fato que entre a possibilidade de se aposentarcomumbenefciogarantidoBDeumplanoCD,mais incerto, as pessoas preferem a primeira opo.Contudo,amaioriaseesquecedequeasanuidades que prevem o pagamento de um fluxocontnuo de renda (a exemplo do que ocorre nosplanosdeBenefcioDefinido)sefazemdisponveis.Eopior,quandosedeparamcomaofertadoproduto,muitosaposentadosadeclinam.Inmeroseconomistasjdemonstraramqueasanuidadesgarantemumarendavitalciaanualsuperior quela provida pelos planos BD, algo quese deve ao subsdio que se d entre aqueles quemorrem mais cedo e os que vm a falecer maistardiamente.Logo,porquehtantaresistnciaemrelao a esse tipo de contrato?A primeira razoaimpossibilidadededeixaralgumaheranaaosfamiliares, um problema facilmente contornvelnaopiniodeespecialistas.A segunda razo a resistncia do indivduoemcompararpreoseanalisarqualseriaaanuidademaisadequadasuarealidadesemoauxliodeterceiros.Afinal, os trabalhadores em geral estoacostumadosadeixarquasetodasasdecisesreferentesaposentadorianasmosdoempregador,quenormalmenteaslimitaaumlequerestrito.Porm, quando o assunto anuidade e seus provedores, pouqussimas empresas oferecem aos seusfuncionriosumprocessojmastigadoparaaseleodomelhorcontratovitalcio,tornandooprocedimentoumverdadeiromartrioparaamaioriadosaposentados.poressemotivoqueautoridades de diversos pases vm impondo a obrigatoriedadepelaaquisiodoprodutonoatodaaposentadoria ou o estabelecimento de regras maisobjetivasparaoprocessodecompra.Almdisso,houtrodilemapsicolgicoqueguardarelaocomaprojeodelongevidadedoindivduo.Oaposentadocostumaverasanuidadescomoumjogodeazarnoqualeletemqueviverumnmeromnimodeanosparaquepossasairganhando,quandoaposturaadequadaseriaencarlas como um contrato de seguros para oeventodeviveremalmdos85ou90anos.Infelizmente, porm, poucos indivduos se do conta de que a recusa pela aquisio da anuidade justamenteoquecaracterizaojogodeazardaaposentadoria. u52AnncioHSBC53AnncioICATU54AnncioISHARES - BLACKROCK55AnncioMET LIFE56AnncioMIRAE57FUNDOS DE PENSO - SETEMBRO/OUTUBRO 2011Custos de auditoriaAuditoria por planos exige negociao qualificadapara ajustar custosNo houve uma mudana substancial porque os auditores j tinham a obrigao de olhar os planos, ento no h motivo que justifique aumentar duas a trs vezes os preos cobradosDepois de participar de umamploprocessodedebateseajustesquealinhaoconjuntodesuasprticascontbeisaos padres internacionais, um trabalho que foi aprofundado desde 2009,os fundos de penso chegam ao ltimotrimestrede2011diantedanecessidade de adaptao s novas regrasde auditoria em suas demonstraesderesultados.Asmudanaslevaroadoo,jnadivulgaodasdemonstraes de resultados deste ano, depareceres auditados por plano de benefcio e no mais sob a forma consolidada.Osseismodelosdesenhadospelo Ibracon, que tem servido como58FUNDOS DE PENSO -SETEMBRO/OUTUBRO 2011Custos de auditorialequedeopesnumaetapatransitriaparaasfundaes,agoradeverosersubstitudos,finalmente,porummodelonico,queexigeaauditoriaporplanos.Otemaganhouumdebateacaloradoaolongodetodooano,principalmentenoquedizrespeitoaumpossvelaumentodecustosdeauditoriaqueessaalteraopodertrazer.A principal preocupao das fundaes est ligada aofatodequeasempresasprestadorasdeserviosdeauditoriatminsistidoemelevarseuscustos,sobaalegaodeque a produo e pareceres por planos de benefcios necessariamenterepresentamaiorcargadetrabalhoparaseusprofissionais. Do lado das Entidades Fechadas de PrevidnciaComplementar,segundoentendeaComissoTcnicaNacionaldeContabilidadedaAbrapp,edeacordocomoentendimentodaprpriaPrevic,esseumpontoqueprecisasernegociadocasoacaso,atporqueocustodotrabalho de auditoria depende, em grande parte, do aprimoramentodoscontrolesedosprocessosdecadafundao.Autoridadesupervisoraefundaessounnimesemreconhecer,porm,queomodelodeparecerporplanodebenefcio uma mudana que dever favorecer a transparncia das informaes prestadas, tornandoas demonstraesmais compatveiscom os critriosda Superviso Baseada em Riscos.O normativo queir definir a novaexigncia e umaeventual dose deflexibilizaodeverseranunciadopelaPrevicatofinaldesetembro,comtemposuficienteparaqueasEFPCpossamnegociarcomasempresasdeauditoriaoformatoeoscustosdessenovomodelo.Norma definidaTodooprocessodeplanificaocontbileasmudanasdepadresforamfrutodeumdebatequeincluiutodososagentesligadosaosistemadeprevidnciacomplementar fechada Abrapp,Anapar,Ancep, Ibracon , rgosreguladores do sistema e Susep, com o objetivo de harmonizarefazercomqueasdemonstraesficassemmuitoprximasdopadrointernacional(IAS).AsEFPCforam muito assertivas nesse processo desde 2009 e hoje,como resultado, j temos um conjunto de prticas bemalinhado,lembraEdevaldoFernandes,diretor de Assuntos Atuariais, Contbeis eEconmicosdaPrevic.Oanode2010,quefoi atpico por conta do novo plano contbil, abriu espao para que as fundaesfossem tratadas com algumas caractersticasdeexceoetivessemaalternativademanteraauditoriaconsolidada,damesmamaneiraquenonovoPlanodeContasnofoi considerada obrigatria a comparaocomoanoanterior.Aolongode2011,entretanto,forampromovidasdiversasreuniesedebatesdemodoquefossepossvelchegaraomsdeagostocomasposiesjfirmadaseemcondiesdeemanarumnormativo,explicaodiretordaPrevic.Anormaserdefinidaatsetembroparaquepossahaverplanejamentocontbilsemnenhumcontratempo.A mudana de padro traduz a necessidadedeacompanharcadaplanocomoamenorunidadequeefetivamentemostraascondiesdafundaofrentessuasobrigaes. A maioria das entidades, lembraEdevaldo Fernandes, tem um grande planodebenefcioscomopredominantee,aoolharoresultadoconsolidado,podehaverumainterpretaoquenoalcanadefatoasnecessidadesdeinformaodousurio.O mais importante que essa mudanasejadiscutidademaneiraqualificadajuntosempresasdeauditoria,demodoqueasfundaes possam negociar essa nova necessidadedeacordocomsuascaractersticas prprias, seu tamanho, tipo de plano,processosecontrolesderisco.AauditoriatemcomoobjetivoqualificarasformasemqueocorremoseventosdentrodaEFPCeparaissoessencialquehajaesseolharindividualizadoporplano.Relevncia e erros tolerveisA legisla