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construçãoe
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outros, do eu edos seus
Expressões
de o
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épicamensagemnuma
Apresentação do Projeto
Expressões Português • 12.º ano
Oo
• Manual
• GuiadoProfessornas margens laterais
• CadernodeApoioaoExameOferta
• CadernodeAtividades
• LivrodoProfessor
• CDÁudio
RecursosDigitaisdoProfessor• Registosvídeo,áudioeradiofónicos• PowerPoint®Didáticoseoutrosmateriaiseditáveis• Textosinformativoscomplementares• e-ManualPremium CD-ROM
Contamos consigo. Conte connosco.
EDUCAÇÃO 2012
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Pro
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* Com remissões ao longo do manuale exercícios no Caderno de Atividades;os PowerPoint® Didáticos permitemuma abordagem dinâmica dos conteúdos.
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GUIA DO PROFESSOR
(“Bom servo das leis fatais”, v. 5), por agir apenas por “instintos gerais” (v. 7), ou seja, comandado apenas pelos senti-dos (“sentes só o que sentes”, v. 8), assim conseguindo ser “feliz” (v. 9).
3. “Todo o nada” que o gato é, porque não pensa no que é, lhe pertence, já que depende exclusivamente dos seus senti-dos/sentimentos. No fundo, os versos apresentam a tensão sentir/pensar, con-ferindo primazia ao primeiro polo, no caso do gato.
4. Os dois últimos versos do poema remetem, conforme a primeira pessoa gramatical evidencia, para a situação particular do sujeito poético. Neles, o “eu” que refletiu sobre a natureza do gato constata que dele se diferencia por não se dominar completamente, uma vez que, como explicou em “Autopsico-grafia”, transforma permanentemente as suas emoções em pensamentos. Por isso, sente-se estranho face a si mesmo.
Textos Informativos Complementares
Texto informativo sobre o poema “Gato que brincas na rua” disponível no CD de Recursos.
EsCRITA
1. Resposta pessoal. Tópicos a consi-derar no texto:a. Características idênticas dos gatos: mansidão: “Bom servo das leis fatais”
(v. 5) e “gato manso das velhotas” (v. 1); inconsciência: “a sorte que é tua / Por-
que nem sorte se chama” (vv. 3-4) e “nunca leste o pessoa” (v. 4), “nem quer’s saber das gaivotas” (v. 7); vivência pelo intimismo: “tens instin-
tos gerais / E sentes só o que sentes.” (vv. 7-8) e “só vês as rotas pela espinha ou quando ecoa” (vv. 9-10); liberdade e completude: “Gato que
brincas na rua / Como se fosse na cama” (vv. 1-2), “Todo o nada que és é teu” (v. 10) e “és livre e nisso te esgotas / sem remorso que te doa” (vv. 13-14).
b. Aspetos formais que comprovam a influência do texto de Fernando Pessoa no poema “um gato de lisboa”: abertura do poema com uma apóstrofe
ao “gato”; organização estrófica em quadras; versos em redondilha maior (heptassí-
labos); esquema rimático: rima cruzada entre
o primeiro e terceiro e o segundo e quarto versos de cada estrofe; referência explícita a Fernando Pessoa
no verso 4 do poema de Vasco Graça Moura.
EscrITA
1. Redige um texto, de cem a cento e vinte palavras, no qual compares o poema “Gato que brincas na rua” com o texto abaixo, de Vasco Graça Moura.
Estabelece a aproximação entre os dois poemas atendendo aos níveis:
a. semântico, referindo as características idênticas e/ou distintas dos gatos apresenta-dos nos poemas;
b. técnico-compositivos, destacando os aspetos formais que comprovam a influência do texto de Fernando Pessoa no poema “um gato de lisboa”.
Começa por planificar o teu texto, procedendo ao confronto, através de um esquema ou de um quadro comparativo, por exemplo, das duas composições.
Depois da textualização, revê atentamente a tua produção, aperfeiçoando-a nos aspe-tos menos conseguidos.
um gato de lisboagato manso das velhotasde alfama e da madragoadormitas sem cambalhotase nunca leste o pessoa.
quando ronronas não notastanto espreitar da patroanem quer’s saber das gaivotasvoando no céu à toa.
dos peixes só vês as rotaspela espinha ou quando ecoao pregão com cheiro às lotasonde os despeja a canoa.
és livre e nisso te esgotassem remorso que te doa,e ao peitoril não desbotase esta luz não te magoa,
nem vês corvos nem gaivotasempoleirados na proa,mas de corvos e gaivotasfaz-se o brasão de lisboa.
MOURA, Vasco Graça, 2006. Poesia 2001-2005. Lisboa: Círculo de Leitores
LEITUrA comprEEnsão
1. Refere o valor expressivo da oração relativa que integra a apóstrofe da primeira quadra.
2. Tendo em conta todo o poema, identifica duas das razões que justificam o sentimento de inveja do sujeito poético face ao gato (v. 3).
2.1. Mostra como o verso 8 (“E sentes só o que sentes”) funciona como explicação sinté-tica dessa admiração.
3. Apresenta uma interpretação possível para os versos “És feliz porque és assim. / Todo o nada que és é teu.” (vv. 9-10).
4. Relaciona os últimos dois versos do poema com as reflexões apresentadas nas estrofes anteriores.
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Ver suplemento informativo p. 327
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Manual + Guia do Professornas margens laterais
1 Caderno de Apoio ao Exame2
1 Manual
Estruturadomanual
SEA 0 Oqueseieu?Diagnose, ficha de leitura, portefólio e sugestões de leitura
SEA 1 Outro(s)euFernando Pessoa ortónimo e heterónimos
SEA 2 Eu,emgénioearteOs Lusíadas, de CamõesMensagem, de Fernando Pessoa
SEA 3 Euem(re)açãoFelizmente Há Luar!,de Luís de Sttau Monteiro
SEA 4 (M)eusonho,minha(s)vontade(s)Memorial do Convento,de José Saramago
Suplementoinformativo*Organiza-se em três blocos distintos:
• Oralidade e escrita
• Funcionamento da língua
• Recursos estilísticos
São ainda apresentados ao longo das sequências:• Textos informativos• Imagens contextualizadas• Remissões para: • Suplemento Informativo
no final do manual • Caderno de Apoio ao Exame • Caderno de Atividades• Sugestões para o Contrato de
Leitura• Fichas Formativas
no final de cada sequência
GuiadoProfessornas margens laterais do manual
• Cenários de resposta dos questionários• Sugestões de outras atividades• Informações relevantes• Sites e ligações úteis• Remissões para Livro do Professor,
Caderno de Atividades, CD de Recursos e Caderno de Apoio ao Exame.
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Porto Editora
GUIA DO PROFESSOR
PRÉ-LEITURA ORALIDADE
1. O cartoon apresenta o Infante D. Hen-rique a atirar caravelas ao mar, concreti-zando o valor literal do nome “lançador”. Contudo, esse nome deve ser entendido no sentido figurado, significando ‘aquele que estimula o lançamento’, não física, mas mentalmente, enquanto inspirador e preparador da ação.
CD áudio Faixa 31.
2. O Infante D. Henrique foi o impulsio-nador das descobertas marítimas portu-guesas. A ele cabe o papel de protago-nista primeiro da “Possessio Maris” (Posse do Mar). Segundo António Qua-dros, o Infante foi o“descobridor da ideia de descoberta”.
LEITURA COMPREENSÃO
PowerPoint® Didáticos
A correção das questões 1. e 1.1. pode ser realizada a partir do PowerPoint® “A conceção messiânica da História em Mensagem” disponível no CD de Recursos.
2. O complexo verbal apresenta a ação como uma continuidade, como algo que se concretizou de modo progressivo.
2.1. A atuação do Infante D. Henrique é descrita através da gradação: é cres-cente e universal: começou por desven-dar “ilhas(s)” e “continente(s)”, chegan-do ao “fim do mundo” e dando assim a conhecer “a terra inteira”.
3. Nos dois últimos versos, em tom dis-fórico, o sujeito poético apela ao “Senhor” para que contribua para a ver-dadeira realização de Portugal – o impé-rio espiritual/Quinto Império.
4. Com o uso da segunda pessoa, o sujeito poético dirige-se diretamente ao Infante, seu interlocutor, estabelecendo com ele uma relação de proximidade e cumplicidade, que pode ser entendida como mais um sinal da sua ideia de autopredestinação.
Textos Informativos Complementares
Texto informativo sobre o poema “O In-fante” disponível no CD de Recursos.
Outros (Inter)Textos
Os poemas com o título “O Infante”, de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Miguel Torga, disponíveis no CD de Recursos, propiciam atividades de intertextualidade com o texto de Mensa-gem.
mensagem – sEgunDa PartE: mar Português
1.Interpretaocartoonqueacompanhaopoema,partindodapolissemiaexploradanoseutítulo.
2.EscutaatentamentealeituradopoemaejustificaofactodeoprimeirotextodasegundapartedeMensagemserdedicadoaoInfanteD.Henrique.
pré-leitura oralidade
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.Deus quis que a terra fosse toda uma,Que o mar unisse, já não separasse.Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,Clareou, correndo, até ao fim do mundo,E viu-se a terra inteira, de repente,Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.Do mar e nós em ti nos deu sinal.Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.Senhor, falta cumprir-se Portugal!
PESSOA, Fernando. Op. cit.
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1. MostracomooprimeiroversodopoemasintetizaoentendimentodaaçãodosheróisdeMensagemcomoumateofania,ouseja,umarevelaçãodivina.
1.1.Relaciona-ocomoconteúdodaprimeiraestrofe.
2.Refereoefeitodesentidoproduzidocomautilizaçãodocomplexoverbal“foste desven-dando”(v. 4).
2.1.Mencionaoutrorecursoque,nasegundaestrofe,contribuiparaomesmoefeito.
3.Explicitaosentidodosúltimosdoisversosdacomposição.
4.Comentaovalorexpressivodautilizaçãodasegundapessoaaolongodopoema.
leitura compreensão
ANTÓNIO,Henrique, o lançador de caravelas,2000
o infante
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Caderno de Atividades23
Estruturadassequências
Todas as sequências se organizam de acordo com um conjunto de secções que se sucedem, conjugam ou complementam. São elas:
Pré-leitura
Leitura/Compreensão(incluindo atividades de funcionamentodalíngua)
Pós-leitura
Oralidade
Escrita
Oficinadeescrita
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Porto Editora
GUIA DO PROFESSOR
PRÉ-LEITURA
1.1. a. A sua capacidade de sonhar e a ausência de preocupações, como procu-rar alimento.b. Os gatos conseguem ser felizes por-que têm a capacidade de sonhar, dor-mindo, sem a consciência de que o fazem. Os homens, pelo contrário, racio-nalizam os seus sonhos, “fazendo per-guntas e procurando respostas”, o que, subentende-se, lhes limita o acesso à felicidade. Também a liberdade propor-cionada pela ausência de preocupações confere aos gatos a capacidade de serem felizes. No fundo, a diferença entre os animais e os humanos reside na limitação que estes últimos fazem das aptidões racionais.
1.2. No poema de Pessoa, o ser humano que se expressa manifesta grande admi-ração e até inveja do gato, dada a sua natureza meramente física.
LEITURA ComPREEnsão (pág. 43)
1. A oração subordinada adjetiva rela-tiva restritiva “que brincas na rua / Como se fosse na cama” caracteriza o gato a quem se dirige o sujeito poético como um ser que age “na rua”, ou seja, no exterior e no contacto com os outros, com a mesma naturalidade com que pro-cederia “na cama”, na sua intimidade. Deste modo, contribui para realçar a ausência de convenções na atuação do gato, que vive apenas segundo a sua vontade e os instintos próprios de ani-mal irracional.
2. e 2.1. O sujeito poético inveja o gato pela ausência de preocupações em que vive, e que será o resultado da sua irra-cionalidade (“Invejo a sorte que é tua / Porque nem sorte se chama.”, vv. 3-4), pela sua calma aceitação do destino
fernandO pessOa OrtónimO
pré-LEITUrA
1. Lê o excerto de uma crónica de Manuel António Pina.
1.1. Aponta as razões avançadas pelo autor para:
a. a felicidade dos gatos.
b. a diferenciação entre os felinos e os homens.
1.2. Lê o poema seguinte e verifica de que modo a relação gato/ser humano é tratada.
Onde se fala de gatos e de homens
Os meus gatos dormem durante a maior parte do dia (e, obviamente, durante a noite toda). Suspeito que os gatos têm um segredo, que conhecem uma porta para um mundo coincidente e feliz, por onde só se passa sonhando. Um mundo criado como Deus terá criado o nosso humano mundo, à sua desmesurada ima-gem. Porque os que sonham são deuses criadores. Os gatos sonham dormindo, os homens sonham fazendo perguntas e procurando respostas.
Mas os meus gatos dormem e sonham porque não têm fome. Teriam, se preci-sassem de procurar comida, tempo para sonhar? Acontece talvez assim com os homens.
PINA, Manuel António, 2010. Por outras palavras & mais crónicas de jornal. Porto: Modo de Ler, Editores Livreiros
Tomás de Melo, Escadas do Bairro, sem data
Gato que brincas na ruaComo se fosse na cama,Invejo a sorte que é tuaPorque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fataisQue regem pedras e gentes,Que tens instintos geraisE sentes só o que sentes,
És feliz porque és assim,Todo o nada que és é teu.Eu vejo-me e estou sem mim,Conheço-me e não sou eu.
PESSOA, Fernando. Op. cit.
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Livro do Professor4 CD Áudio5
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Recursos Digitais do Profesor6
6 RecursosDigitaisdoProfessor
CD de Recursos• Registos vídeo
(animação, documentário e excerto de série televisiva)
• Registos áudio (músicas)
• Registos radiofónicos (rubricas de carácter histórico e crítico)
• PowerPoint® Didáticos (apoio ao estudo dos autores e obras do Programa e de conteúdos de funcionamento da língua)
• Outros (Inter)Textos por sequência
• Textos Informativos Complementares por sequência
• Transcrição de registos áudio e radiofónicos
• Materiais de apoio editáveis • planificações • grelhas de avaliação • soluções e cotações das Fichas
Formativas do manual • Fichas de Trabalho do Livro
do Professor e soluções
e-Manual Premiumcomrecursosdigitaisemcontexto
Desenvolvido em estreita relação com o manual, consiste na sua versão digital, a partir da qual é possível aceder aos diversos recursos do projeto.
4 LivrodoProfessorMateriais editáveis disponíveis no CD de Recursos
• Estrutura e organização do manual
• Planificação por sequência de ensino-aprendizagem
• Grelhas de avaliação e de correção• Fichas de trabalho por sequência• Fichas de trabalho sobre
textos informativos do manual – tipologia do grupo II do Exame Nacional
• Sugestões de resolução• Bibliografia passiva
5 CDÁudio40 faixas:
• Textos informativos• Poemas de Fernando Pessoa
ortónimo e heterónimos• Excertos de Os Lusíadas• Poemas de Mensagem• Excertos de Felizmente Há Luar!• Excertos de Memorial do Convento• Textos poéticos
2 CadernodeApoioaoExame• Quadros-síntese e esquemas
sobre autores e obras do Programa
• Glossários – texto narrativo, poético e dramático
• Preparação para o Exame Nacional – exemplo de resolução
3 CadernodeAtividades• Fichas de trabalho
de funcionamento da língua (por conteúdo; tipologia do grupo II do Exame Nacional)
• Exercícios de expressão escrita
• Fichas de preparaçãopara o Exame Nacional
• Sugestões de resolução
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Porto Editora
QuadrocomparativoentreOs LusíadaseMensagem
Os Lusíadas Mensagem
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SéculoXVI–Fasedeexpansãoemanuten-ção do Império português, já com sinais dedeclínio.
SéculoXX–ÉpocadeextinçãodoImpérioportuguês.
“AobraMensagemsurgecomorespostaàquiloqueLuísdeCamõesjáreferiranasuaobraOs Lusíadas:oiníciodadissoluçãodoImpérioPortuguês,contraaqualtentoulutaratravésdapala-vraqueserviuadenúncia,dascríticasedosapelosàaçãodosportugueses[…].FernandoPessoapossuíaaperspetivasubsequenteaodesmoronamentodaalmanacionale[…]propõejustamenteasubstânciadonossopassadoeomitosebásticocomoformadepromoveraregeneraçãodePortugalede reconquistaruma identidadeperdida,nãoatravésdaconstruçãodeum impériomaterial,situadonumespaçogeográficodelimitadoporfronteiras,masprofetizandoaconstru-çãodeumimpérioespiritual[…].”1
Vis
ãod
oIm
péri
o “[…]Camõescantouoimpérioreal,oexpan-sionismo material para oriente, a cruzada reli-giosa contra os infiéis, a ultrapassagem dosobstáculosfísicosqueseerguiamaosportugue-sesporterraepormar.”2
“OPortugalque[…]antevênofuturositua--se além do material. […] Portugal não seráassim grande em domínio territorial, mas emvaloresespirituaisemorais.[…]Oobjetivodopoeta é portanto espiritualista, desligado doespaçoedotemporeais”(QuintoImpério).2
Gén
ero
Epopeia clássica: “Composição [narrativa]intencionalmente estruturada e articulada emquatropartesdistintas(proposição,invocação,dedicatória e narração) que centraliza a suaação em movimentos coletivos para a vitória,em temas guerreiros inseridos na ficção e nomaravilhoso, em confrontações com elemen-tosatmosféricoseproezassobre-humanas.”3
“LuísdeCamões/Poetaéonarradorprinci-pal, tendocomonarratário,porexcelência,detodaanarrativaEl-ReiD.Sebastião[…].Outrosnarradores, auto, homo ou heterodiegéticos,repartementresiasváriassituaçõesnarrativas[…].”4
Poema(s)denaturezaépico-lírica.“Na obra Mensagem, os factos históricos,
exaltadosdeumaformaquefazemecoaraepo-peia,sãosentidosporum“eu”que impregnaospoemasdeumasubjetividademescladadeumasimbologiaquenãopermitiráuma inter-pretaçãoingénuadosmesmos.”1
“Maisqueumanarração,Mensageméumareflexão dorida, mas sonhadora e positiva-mente esperançosa. […] São breves poemassobre figuras reais, com uma aura mítica, oumomentosdanossaHistóriaatéaodeclíniodeumImpérioquenãosoubeaproveitaramensa-gemdosseusvalores.[…]NãosepodefalardeumnarradoremPessoa,massimplesmentedeumpoeta,que,expandindoasuaalma,refletesobreumPortugalcaído,egoísta,débileesque-cidodassuasorigensevalores,indobuscaraopassado heroico as personagens-valor, que otornarãoadmiraçãodoMundo.”4
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Diálogos em família: motivos poéticos comuns na obra de Pessoa ortónimo e heterónimos
Predomínio da razão sobre os sentimentos
Dor de pensar
Atitude introspetiva
Tom intimista
Tédio existencial
Angústia e solidão
Dificuldade de socialização
Estranheza da realidade e dos outros
Desajustamento face ao presente
Nostalgia da infância
Pessoa ortónimo
Ricardo Reis Alberto Caeiro
Álvaro de Campos
Pred
omín
io d
a ra
zão
sobr
e os
sen
timen
tos
Sensacionismo
Recusa
Aceitação
Pensamento
Metafísica
Ricardo Reis
Pessoa ortónimo
Alberto Caeiro
Questionamento
Álvaro de Campos
Negação
Paganismo
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fotocopiável
55Fichas de trabalho por sequência de ensino-aprendizagem
EXP1
2LP
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orto
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tora
fotocopiável
FICHA DE TRABALHO 5 SEQUÊNCIA 2 • Eu, Em génio E artE
GrupoI
A
Lê atentamente o poema de Mensagem, de Fernando Pessoa.
Prece
Senhor, a noite veio e a alma é vil.Tanta foi a tormenta e a vontade!Restam-nos hoje, no silêncio hostil,O mar universal e a saudade.
Mas a chama, que a vida em nós criou,Se ainda há vida ainda não é finda.O frio morto em cinzas a ocultou:A mão do vento pode erguê-la ainda.
Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia –,Com que a chama do esforço se remoça,E outra vez conquistemos a Distância –Do mar ou outra, mas que seja nossa!
PESSOA, Fernando, 2008. Poesia do Eu. Lisboa: Assírio & Alvim (2.ª ed.)
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Apresenta, de forma clara e estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
1. Estabelece a ligação entre o título e o assunto do poema.
2.Caracteriza os dois momentos temporais aludidos no poema: o passado e o presente.
3. Refere os sentimentos expressos na última estrofe, identificando a sua origem.
4. Ao longo do poema, o sujeito poético fala em nome de um “nós” (v. 5).
4.1. Identifica o grupo em que se integra e a que dá voz no poema.
B
“O assunto da Mensagem não são os portugueses e os seus feitos gloriosos ou os aconteci-mentos históricos mais significativos, mas a essência de Portugal e a sua missão a cumprir.”
VERÍSSIMO, Artur, 2000. Dicionário da Mensagem. Porto: Areal
Partindo da tua experiência de leitura de Mensagem, de Fernando Pessoa, sintetiza, num texto de oitenta a cento e trinta palavras, o assunto da obra.
EXP12LP_F04_20113842_2P_AO4.indd 55 12/03/08 11:22
ACESSOGRATUITO
AO PLANOPROFESSOR
Ao adotar este manual escolar poderá aceder gratuitamente ao Plano Professor da Escola Virtual e às enormes vantagens que este serviço lhe oferece:
BANCO DE QUESTÕESPermite-lhe criar �chas e testes de forma instantânea, para imprimir ou realizar de forma interativa, sempre enquadrados com a matéria pretendida, sempre diferentes e com a correção imediatamente disponível;
BRIPOs milhares de recursos existentes na Escola Virtual podem ser utilizados de acordo com as suas necessidades: animações, sequências de aprendizagem para projeção, vídeos, exercícios interativos, entre muitos outros;
FERRAMENTAS DE ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAL
Avaliações, registos, relatórios, planos semanais e outros recursos;
DICIONÁRIOSAcesso a 21 dicionários e ao Conversor do Acordo Ortográ�co, uma ferramenta que lhe permite converter textos ou documentos Word® completos.
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