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Construindo um Programa Único de Atenção Integral à Primeira Infância Brasília, 26 de Outubro de 2011. 1 ano 2 anos 3 anos

Apresentação de uma política de desenvolvimento integral para a primeira infância - Ricardo Paes de Barros

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Apresentação realizada pelo subsecretário de Ações Estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Ricardo Paes de Barros, durante 1a. Mesa do Seminário Cidadão do Futuro: Políticas para o desenvolvimento na primeira infância.

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Construindo um Programa Único de Atenção Integral

à Primeira Infância

Brasília, 26 de Outubro de 2011.

1 ano 2 anos 3 anos

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Elevada sensibilidade: Em nenhuma outra fase da vida as respostas são tão rápidas, amplas e intensas. Transformações persistentes e duradouras: as transformações ocorridas nos primeiros anos de vida terão impacto sobre toda a vida do indivíduo. Maior tempo para influenciar a vida dos beneficiários: Quanto mais cedo ocorrerem, mais longo será o período que delas se pode beneficiar. Complementaridade: Uma melhor atenção e estímulos nos primeiros anos de vida aumentam a capacidade de uma criança aproveitar oportunidades futuras. Nivelando o ponto de partida: quanto mais equitativa for a atenção nessa etapa da vida, menor será a desigualdade entre adultos. Ausência de conflito entre Meritocracia e Igualdade de Oportunidades: No início da vida todas as crianças são similarmente talentosas. Neste caso, equidade não compromete eficiência.

Razões para que prioridade seja dada à

Atenção Integral na Primeira Infância

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Ao longo das últimas décadas os indicadores mais

básicos de desenvolvimento infantil melhoraram de

forma extremamente acentuada.

Não só melhoraram os valores médios. Também

foi reduzida de forma acentuada a desigualdade entre

grupos socioeconômicos e demográficos.

Sobre o acelerado progresso social brasileiro

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Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA Um Mundo para as Crianças – Documento da ONU Plano Nacional pela Primeira Infância Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes Fortalecimento dos Conselhos Estaduais e Municipais de Defesa dos

Direitos da Criança e do Adolescente. Presentes hoje em 92% dos municípios. Fortalecimento dos Fundos para a Infância e Adolescência – FIA. Fortalecimento e ampliação do número de Conselhos Tutelares, presentes

hoje em 98% dos municípios. Criação e difusão de Delegacias Especializadas, Defensores e Núcleos da

Infância e Juventude (Defensoria Pública), Centros de Apoio Operacional da Infância e da Juventude (Ministério Público), Varas e Promotorias da Infância e da Juventude, Centros de Defesa da Criança e do Adolescente.

Em boa medida, esta melhora nos resultados decorreu dos significativos avanços institucionais

ocorridos ao longo das duas últimas décadas

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Saúde: 32 mil equipes de saúde da família – ESF, 53% da população coberta, 250 mil agentes comunitários de saúde – PACS e 21 mil equipes de saúde bucal – ESB.

Assistência Social: 6 mil centros de referência da assistência social – CRAS, 91% com Programa de Atenção Integral à Família – PAIF, 85% dos municípios brasileiros com ao menos um CRAS.

Educação: 2 milhões de crianças atendidas em 46 mil creches, 19% da população de 0 a 3 anos coberta.

Igualmente importante para os resultados alcançados foi a concomitante expansão na oferta

de serviços de atenção básica à primeira infância

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Também contribuiu o fato dediversos estados e municípios brasileiros

terem concebido e implantado importantes inovações em

políticas públicas para a Primeira Infânciaao longo da última década

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Vários indicadores importantes de desenvolvimento infantil

continuam não sendo medidos no país.

Os mais básicos que têm sido medidos permanecem em

níveis ainda incompatíveis com o nível de desenvolvimento

econômico do país.

O acentuado progresso ocorrido ao longo das duas últimas

décadas não ocorreu com a mesma intensidade em todas as

dimensões.

Existe, portanto, a necessidade de pelo menos mais

algumas décadas de progresso acelerado.

Sobre a necessidade de continuidade

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2000 2010

Taxa de mortalidade (o/oo) 34 22

Posição absoluta (número de países com maior

taxa de mortalidade)89 94

Posição relativa (porcentagem de países com

maior taxa de mortalidade)50% 52%

1.000 US$ por ano por pessoa 8,6 10,8

Posição absoluta (número de países com menor

PIB per capita)110 108

Posição relativa (porcentagem de países com

menor PIB per capita )62% 59%

178 182

Ano

Número de países

PIB per capita

Mortalidade na

infância

Variável Indicador

Posição relativa do Brasil com respeito ao PIB per capita e

taxa de mortalidade na infância

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bre

za

(%

)

Idade

Extrema pobreza por idade: Brasil, 2009

Média nacional

Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009.

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I. Unificação e consolidação (sete domínios).

II. Customização e adequação dos serviços (atenção individualizada a cada criança; toda criança é única).

I. Organização do atendimento (em casa e fora de casa, pela família e por agentes de Saúde, daassistência social e educadores).

IV. Expansão do escopo (crescente ênfase nos direitos positivos).

Eixos para a construção de um Programa de

Atenção Integral à Primeira Infância

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Unificação perante a família

1. Unificação do nome

2. Unificação da porta de entrada

Consolidação da oferta

3. Unificação do protocolo local de atendimento

4. Unificação do calendário

Unificação do Atendimento

5. Unificação do prontuário – cartão da criança

6. Consolidação do sistema de avaliação do desenvolvimento

infantil e ampliação do seu escopo

Unificação da gestão

7. Introdução de uma forma local de gestão unificada

I. Unificação e Consolidação

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Individualidade: Toda criança é única

Com respeito ao momento em que realiza cada um dospassos que caracterizam seu processo de desenvolvimento.

Quanto às suas necessidades individuais. Cada uma tem

necessidades específicas.

Quanto ao grau de vulnerabilidade de seu ambiente

familiar e socioeconômico.

Quanto à informação que seus pais têm e sobre a orientação que necessitam.

II. Customização e Adequação

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Customização: Atendimento personalizado

Cada criança tem necessidades específicas, requerendo atendimento personalizado.

Embora todas devam ter iguais oportunidades, cada uma deve ser estimulada à sua maneira.

Cada criança deve ter um Plano de Desenvolvimento e de Atendimento Individual – PDAI.

Cada criança deve ter seu processo de desenvolvimento, e seu PDAI monitorado de forma individualizada.

II. Customização e Adequação

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1. Papel preponderante da atenção à primeirainfância em casa pela família.

2. Organização dos serviços públicos (oferecidos fora de casa).

3. Pro-atividade: visitas domiciliares complementares.

III. Organização dos Locais de Atendimento

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Em primeiro lugar, a política pública deve apoiar e garantir que as famílias tenham os recursos, as informações e as orientações necessáriaspara prover atenção de boa qualidade a seus filhos.

Deve oferecer consultas periódicas em unidade de atendimento integral à primeira infância (CRAS e UBS). Será necessário ao menos uma unidade de atendimento para cada 10 mil habitantes. Total de 10 mil unidades para cobertura até 50%.

Deve utilizar os equipamentos da educação infantil para atendimento em tempo integral a crianças cujos pais trabalham, para crianças em famílias com alto grau de vulnerabilidade e para aquelas com necessidades especiais.

Deve utilizar os equipamentos da educação infantil para estimulação de todas as crianças.

Avaliação e monitoramento periódico nas unidades de atendimento integral à primeira infância (CRAS e UBS).

III.2. Organização dos serviços públicos

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Para famílias em que as crianças não vem cumprindo com as atividades programadas no seu PDAI (consultas, atendimentos, tratamentos, etc.)

Para crianças com desenvolvimento em desacordocom o planejado em seu PDI.

Para crianças de famílias em situação de alta vulnerabilidade (25% mais vulnerável). Neste caso,a visita tem por objetivo complementar o atendimento nos CRAS ou UBS.

III.3. Pró-atividade: visitas domiciliares

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1. De uma maior ênfase nos direitos negativos

a uma igual e crescente ênfase nos direitos positivos.

2. De uma maior ênfase em proteção, defesa

e prevenção a uma igual e crescente ênfase em

oportunidades, condições para aproveitar

oportunidades, informação, orientação, estímulos e

incentivos.

IV. Expansão do Escopo

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IV. Expansão do Escopo

Direitos e ações Direitos Negativos Direitos Positivos

Não morrer prematuramente Brincar

Não passar fome Ser estimulada

Não ser vítima de maus tratos

ou negligênciaDesenvolver seu potencial cognitivo

Proteger Oportunidades para se desenvolver

DefenderCondições para poder efetivamente utilizar e se

beneficiar das oportunidades oferecidas

PrevinirEstímulo e incentivos para aproveitar plenamente as

oportunidades disponíveis

Exemplos de

Direitos

Tipos de ações

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Importância relativa da proteção aos direitos negativos e promoção dos direitos positivos segundo o nível de desenvolvimento do país

Direitos negativos Direitos positivos

País extremamente pobre

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Importância relativa da proteção aos direitos negativos e promoção dos direitos positivos segundo o nível de desenvolvimento do país

Direitos negativos Direitos positivos

País Pobre

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Importância relativa da proteção aos direitos negativos e promoção dos direitos positivos segundo o nível de desenvolvimento do país

Direitos negativos Direitos positivos

País com renda mediana

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Importância relativa da proteção aos direitos negativos e promoção dos direitos positivos segundo o nível de desenvolvimento do país

Direitos negativos Direitos positivos

País Rico

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Importância relativa da proteção aos direitos negativos e promoção dos direitos positivos segundo o nível de desenvolvimento do país

Direitos negativos Direitos positivos

País extremamente rico

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Importância relativa da proteção aos direitos negativos e promoção dos direitos positivos segundo o nível de desenvolvimento do país

Direitos negativos Direitos positivos

Pobre Rico Mediano Muito

pobre

Muito rico