Apresentação do PowerPoint · 2018-06-20 · Modelo Keynesiano Simples ... Alteração na alíquota de imposto altera a renda disponível e, assim, o consumo, ... realizar compra

Teoria Econômica II: Macroeconomia

Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010Capítulos 3, 4 e 7

Economia Fechada

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Revolução Keynesiana

Keynes lança sua principal obra, a “Teoria Geral”, em 1936, nocontexto do pós-Grande Depressão, com o objetivo de criticar omodelo clássico e suas proposições sobre política econômica apartir de um novo arcabouço teórico.

• Crítica ao mercado de trabalho

Sua crítica inicial foi ao mercado de trabalho clássico, quepressupõe flexibilidade de salários. Na sua visão, os clássicosentendiam que a economia operava em pleno emprego pelaconstatação de que quedas do salário real não eram capazes deampliar a contratação de mão-de-obra.

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Keynes diferencia variações no salário realresultante de variações nos salários nominais enos preços.

Na sua visão, mesmo com desempregoinvoluntário, quando W/P > DMgL, ostrabalhadores resistem a queda de salárionominal, para proteger seus salários reaisrelativos, o que impede o ajuste em direção aoequilíbrio via redução no salário nominal(W1/P1>W2/P1).

W/P

Ls = f(DMgL)

Ld=f(W/P)

L1

W1/P1

W2/P1=W1/P2

L

Ls’ = f(DMgL’)

L2

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Por outro lado, na visão de Keynes, em geral, os trabalhadores nãoresistem a elevações de preços (que reduzem o salário real:W1/P1>W1/P2).

Na verdade, os trabalhadores não negociam o salário real, pois nãocontrolam os preços.

Na visão de Keynes, a determinação do emprego não depende deequilíbrio no mercado de trabalho, mas da demanda agregada, quedeterminaria a produção e o emprego.

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Princípio da Demanda Efetiva

Keynes inverte a relação de causalidade fundamental defuncionamento da economia, sugerindo, de acordo com o princípioda demanda efetiva, que é a demanda que determina o nível deprodução e emprego, ocorrendo, em geral, insuficiência dedemanda e desemprego crônico – ao contrário da visão clássica.

Portanto, em situação de desemprego involuntário porinsuficiência de demanda, a recomendação seria de políticaeconômica expansionista que eleve a demanda, a produção e oemprego.

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Os empresários decidem sua produção e, logo, o emprego, emfunção da expectativa (de curto prazo) a respeito da demanda queviabilizará suas vendas no período de mercado.

Como os ajustes nas decisões de produção são rápidos, asexpectativas são aproximadamente corretas.

A demanda, por sua vez, é composta pelo consumo einvestimento.

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O consumo é fundamentalmente induzido pela renda, enquanto oinvestimento é autônomo em relação à renda e estimulado pelarentabilidade esperada (definida a partir das expectativas de longo prazo,relacionada ao período de realização dos ganhos decorrentes da ampliaçãoda capacidade produtiva), comparada à taxa de juros (custo definanciamento e oportunidade).

A demanda seria em magnitude exata para justificar o pleno emprego poracaso e não haveria mecanismo automático de correção em caso dedesemprego (trabalhadores resistem a queda de salário nominal, e mesmoque este baixasse, não asseguraria aumento da produção e vendas).

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Modelo Keynesiano Simples – economia fechada e sem governo

Supõe-se capacidade ociosa, desemprego involuntário, preços fixose oferta perfeitamente elástica.

D = C + I = C + Id + Ii = Y = C + S

Onde Id é o investimento desejado e Ii é o investimentoinvoluntário (acúmulo indesejado de estoques).

• Consumo: autônomo (Ca) e induzido (cY)

C = Ca + cY onde 0 < c= C/Y < 1 e constante no CP

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• Consumo e o Multiplicador

C = Ca + cY onde 0 < c=C/Y < 1 e constante no CP

Y = C + I = Ca + cY + I = (Ca + I)/(1-c)

onde 1/(1-c) > 1 é o multiplicador dos gastos autônomos

Assim, Y=(Ca+I)/(1-c), ou seja, variações nos gastos autônomosgeram renda, que elevam o consumo, gerando mais renda e maisconsumo numa progressão geométrica.

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Modelo Keynesiano Simples –economia fechada e sem governo

• Consumo e o Multiplicador

Para dado gasto autônomo epropensão marginal a consumir, oproduto Y = (Ca + I)/(1-c) é aqueleque equilibra oferta e demanda.

Se a produção for maior, haveráexcesso de oferta (Ii>0) e, se formenor, excesso de demanda (Ii<0).

DAY = D = Ca + cY + I

Y

Ca+I

Y*

D = Ca + cY + I

45°

Ii < 0

Ii > 0

Y0Y1

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• Investimento

O investimento teria um componente autônomo, função dasexpectativas de longo prazo dos agentes sobre a rentabilidadeesperada da ampliação da capacidade produtiva, e serianegativamente influenciado pela taxa de juros, que representasimultaneamente o custo de financiamento e oportunidade.

I = Ia – br

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Modelo Keynesiano Simples –economia fechada e sem governo

• Investimento

I = Ia – br

Variações no investimento, quepodem decorrer de melhora nasexpectativas ou redução da taxa dejuros, são importante impulso paraeconomia, com resultado sobre arenda dado pelo multiplicador.

DAY = D = Ca + cY + I

Y

Ca+I

Y*

D = Ca + cY + I

45°

Y*’

D’ = Ca + cY + I’

Ca+I’

I

Y = I/(1-c)

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• Investimento e Poupança

Y = C + I = C + S

S = Y – C = I

A poupança é igual e determinada pelo investimento.

O consumo induzido multiplica a renda e redistribui a poupançaentre os indivíduos.

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• Paradoxo da Parcimônia

A tentativa de poupar mais, reduzindo a propensão marginal a consumir,nesta economia, só é capaz de reduzir o nível de produto de equilíbrio,sem elevar a poupança agregada, que permanece igual e determinadapelo investimento.

Y’ = (Ca + I)/(1-c’) < Y = (Ca + I)/(1-c) onde c’ < c

Y’ = C’ + I = C’ + S < Y = C + I = C + S tal que C’ < C e S = I

Válido quando nem toda poupança adicional implica maiordisponibilidade de fundos emprestáveis queda de juros e elevação deinvestimento em magnitude necessária para manter demanda inalterada.

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Modelo Keynesiano Simples – economia fechada e com governo

Y = D = C + I + G = C + S + (T-R)

Onde (T-R) são os impostos líquidos de transferências e os impostossão cobrados a partir de uma alíquota sobre a renda T = tY.

O resultado orçamentário do governo

é igual a: Ro = T – R – G = tY – R – G

Ro < 0 – déficit ou Ro > 0 – superávit

Arrecadação como alíquota sobre a

renda funciona como estabilizador automático.

Ro

Ro = tY – R – G

Y

-(G + R)

tY

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Modelo Keynesiano Simples –economia fechada e com governo

Y = D = C + I + G = C + S + (T-R)

C = Ca+cYd = Ca + c[Y-(T-R)] =

Ca + c(Y + R – tY) = Ca + cR +c(1-t)Y

• Multiplicador com governo

Y = Ca + cR +c(1-t)Y + I + G =

(Ca + cR + I + G)/[1-c(1-t)]

Tal que 1-c(1-t) < 1/(1-c)

DA Y = D

Y

Ca+cR+I+G

Y*

D = Ca + cR + c(1-t)Y+ I + G

45°

D = Ca + cY + I

Ca+I

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• Variação dos Gastos do Governo

Y = G/[1-c(1-t)]

Tal que G’>G

Uma ampliação dos gastospúblicos, por exemplo, gera umaampliação mais que proporcionalda renda em função do efeitomultiplicador.

DA Y = D

Y

Ca+cR+I+G

Y*

D = Ca + cR + c(1-t)Y+ I + G

45°

Ca+cR+I+G’

Y*’

D = Ca + cR + c(1-t)Y+ I + G’

Y = G/[1-c(1-t)]

G

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• Variação dos Gastos do Governo

O impacto da variação dos gastos do governo sobre o seuorçamento podem ser avaliados por meio de:

Ro = T – G = tY – G = tG/[1-c(1-t)] – G

Ro = G{t/[1-c(1-t)] – 1}

Como exemplo, se G = 1, t=0,25 e c = 0,8, então Ro = -0,38, ouseja, a elevação de uma unidade de gasto gera um aumento dodéficit orçamentário de menos da metade, em função do estímulosobre a renda e a arrecadação.

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• Variação das Transferências

Y = cR/[1-c(1-t)] < G/[1-c(1-t)]

Tal que R’>R

Efeito análogo ao efeito de umaexpansão dos gastos públicos,porém menor, tendo em vista queapenas parte da elevação dastransferências vai para o consumo,enquanto parte vai para poupança.

DA Y = D

Y

Ca+cR+I+G

Y*

D = Ca + cR + c(1-t)Y+ I + G

45°

Ca+cR’+I+G

Y*’

D = Ca + cR’ + c(1-t)Y+ I + G

Y = cR/[1-c(1-t)]

cR

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• Variação da alíquota de imposto

Alteração na alíquota de impostoaltera a renda disponível e, assim, oconsumo, por meio do multiplicador.

O impacto sobre a renda é dado por:

Y = -cYt/[1-c(1-t)]

E sobre a Restrição Orçamentária:

Ro = T = tY = -ctYt/[1-c(1-t)]

DA Y = D

Y

Ca+cR+I+G

Y*

D = Ca + cR + c(1-t)Y+ I + G

45°

Y*’

D = Ca + cR + c(1-t’)Y+ I + G

Y = -cYt/[1-c(1-t)]

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• Orçamento Equilibrado – Teoria de Haavelmo

Supondo que a arrecadação seja um montante fixo, e não umaalíquota sobre a renda, se houver uma elevação dos gastos namesma magnitude da elevação dos impostos, o orçamentopermanecerá equilibrado, mas haverá impacto positivo sobre arenda de igual magnitude da elevação dos gastos e impostos.

Y = C + I + G = Ca + c(Y + R – T) + I + G

Y = c(Y – T) + G = cY + (1-c)G, onde G = T

Y = G = T

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Modelo Keynesiano Simples – economia aberta e com governo

A inclusão do setor externo, representado pelas transaçõescomerciais com o exterior, implica a consideração das exportações(X) e importações (M), onde as primeiras são autônomas(dependem das condições da economia mundial) e as segundas,induzidas pela renda nacional, M = mY.

Y = C + I + G + (X-M) = Ca + c(Y + R – tY) + I + G + (X-mY)

Y = (Ca + R + I + G + X)/[1-c(1-t)+m]

Tal que 1/[1-c(1-t)+m] < 1-c(1-t) < 1/(1-c)

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Demanda por moeda em Keynes

Economia com presença de incerteza faz com que agentesdemandem moeda não só para transação, mas também porprecaução e para especulação.

• Transação: realizar compra e venda de bens e serviços de acordocom padrão pré-definido, função da renda.

• Precaução: fazer face à imprevistos ou oportunidades, tambémfunção da renda.

• Especulação: realizar ganhos em função do comportamentoesperado da taxa de juros (comprar títulos na baixa).

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Demanda por moeda em Keynes e a taxa de juros

Md = Mdt(Y) + Mdp(Y) + Mde(r) = Md (Y, r)

A taxa de juros seria prêmio de liquidez necessário para que o agente sedisponha a abrir mão da moeda, sendo a variável que equilibra o mercadomonetário e não poupança e investimento.

Na presença de incerteza, a moeda passa a ser demandada como um ativo,cuja particularidade essencial é a liquidez máxima, decorrente daselasticidades de produção e substituição insignificantes e pode ser objeto deelasticidade de demanda infinita com baixa taxa de juros – “armadilha daliquidez”. Neste caso, elevações da oferta de moeda são absorvidas pelademanda e incapazes de afetar a taxa de juros, investimento e produto.

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Determinação da taxa de juros e a preferência pela liquidez

Assim, a oferta de moeda seria determinada pelas autoridadesmonetárias, enquanto a demanda poderia se dar não apenas pelomotivo transação, mas também pelos motivos precaução eespeculação, caracterizando a moeda como ativo.

Neste sentido, a demanda por moeda seriadiretamente relacionada à renda e inversamenterelacionada à taxa de juros. Elevações da ofertade moeda gerariam queda da taxa de juros até asituação de “armadilha da liquidez”.

r

Md

M M’

M

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Oferta Agregada Keynesiana

Como foi colocado anteriormente, considera-seuma economia que opera com capacidade ociosae desemprego involuntário, portanto haveriamargem significativa para variação da produçãosem necessidade de variação de preços emfunção de produtividade marginal decrescente oupressão de salários por parte dos trabalhadores.Neste caso, a curva de oferta, simplificadamente,seria horizontal – qualquer nível de demandapoderia ser atendido ao mesmo preço.

Ys

Y

P

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Demanda Agregada Keynesiana

Como a demanda por moeda é uma demandapor encaixes reais (poder de compra damoeda), então, elevações de preço reduzem opoder de compra da moeda disponível, efeitoanálogo à redução da oferta de moeda,causando elevação da taxa de juros e, viainvestimento, redução da demanda.

Como resultado, para dado nível de preços,seria a demanda que determinaria a oferta.

Ys

Y

P

Yd

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Demanda Agregada Keynesiana

Variações na demanda causadas, porexemplo, por ampliação do investimento oudos gastos do governo deslocam a demandaagregada, levando a economia para um novoponto de equilíbrio entre oferta e demandaagregadas, com nível de renda mais elevado.

Ys

Y

P

Yd Yd’

Y* Y*’

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Proposições de política econômica

Sendo a moeda um ativo concorrente com os demais e a posiçãoconservadora dos empresários em contexto de elevada incerteza,nem toda poupança se transforma em oferta de fundosemprestáveis e mesmo a queda da taxa de juros gera pequenoestímulo ao investimento.

Como resultado, a economia poderia operar com desempregoinvoluntário por insuficiência de demanda, que deveria serresolvido via política fiscal, considerada mais eficaz do que apolítica monetária, que afetaria pouco a taxa de juros e esta, poucoo investimento.

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