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Arte Retórica de Aristóteles e a retórica de Górgias: Enfoque no Elogio de Helena GOMES, Juliely SILVA, Margarett NASCIMENTO, Marina ARAÚJO, Rafaela SOUZA, Rainhany BASTOS, Rhaíza

Apresentação do artigo

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Page 1: Apresentação do artigo

Arte Retórica de Aristóteles e a retórica de Górgias: Enfoque no

Elogio de Helena

GOMES, JulielySILVA, Margarett

NASCIMENTO, MarinaARAÚJO, Rafaela

SOUZA, RainhanyBASTOS, Rhaíza

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Faremos uso de um estudo do Elogio de Helena, de Górgias, com intuito de mostrar os meios argumentativos usados pelo sofista em seu discurso, bem como para comparar esses meios por ele utilizados aos recursos argumentativos propostos por Aristóteles.

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A retórica

Variações do termo retórica

“A arte de bem falar, mediante o uso de todos os recursos da linguagem para atrair e manter a atenção e o interesse do auditório para informá-lo, instruí-lo e principalmente persuadi-lo das teses ou dos pontos de vista que o orador pretende transmitir”. ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro: M.E.C., 1967.

Convencer X Persuadir

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Arte Retórica de Aristóteles

Sistematização da persuasão -> arte

Moralidade

Não se aplica a um gênero delimitado

Entimemas : base da Retórica

Forma de silogismo ou argumentação em que uma das premissas fica subentendida; Tipo de argumento que se obtém pelos contrários;Oposições lógicas;É refutável.

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Exemplo de silogismo :Todo homem é mortal; João é homem; logo, João é mortal.

Lugares-comuns

Provas independentes X provas dependentes

Espécies de retórica:

judiciária, deliberativa e demonstrativa (epidíctica)

Foco na epidíctica

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Virtude, belo: elogio; honra

Vício e o disforme: censura; desonra

Beleza é digna de glorificação

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Os Sofistas

•“Sábios capazes de elaborar discursos fascinantes, com intenso poder de persuasão” . (SIMÕES, 2001)

•“indiferentismo moral e a venalidade .”

•Protágoras e Górgias

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A retórica aristotélica versus a retórica gorgiana

Estudo sistematizado;

Moralidade;

Conhecimento empírico;

Revelação do verossímil.

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A retórica epidíctica

Oratória exibicional > Gênero demonstrativo

Elogios e Censuras

Elogio da beleza: função comum da retórica epidíctica

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Um estudo sobre o Elogio de Helena

Objetivo: inocentar Helena, acusada de ter traído o povo da Grécia ao fugir para Tróia.

Fazendo uma alusão à visão aristotélica do belo como virtude, Helena torna-se digna de louvor.

Górgias pretende justificar a ida dela para território inimigo por meio de seu elogio, que é distribuído em vinte e uma seções.

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Introdução

Credibilidade do discurso

Argumentação

Metalinguagem“Um discurso é um grande senhor que, por meio do menor e mais inaparente corpo, leva a cabo as obras mais divinas. Pois é capaz de fazer cessar o medo, retirar a dor, produzir alegria e fazer crescer a compaixão. Que estas coisas são assim, mostrarei”.

Repetição da argumentação acerca da força persuasiva do discurso

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Entimemas, o “corpo da persuasão”:

- “Pois não é natural o mais forte ser impedido pelo mais fraco, mas o mais fraco pelo mais forte ser governado e conduzido, e o mais forte conduzir, mas o mais fraco seguir”. (seção 6)

- “Se o que é deus tem o divino poder dos deuses, como o mais fraco seria capaz de o pôr para correr e se defender?” (seção 19)

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- “Mas a que foi forçada e privada da pátria e orfanada dos queridos, como poderia não ser, naturalmente, mais digna de comiseração do que de maledicência? Pois ele cometeu atos terríveis, ao passo que ela sofreu; justo, então, lamentá-la, mas odiá-lo”. (seção 7)

-“Um discurso é um grande senhor que, por meio do menor e mais inaparente corpo, leva à cabo as obras mais divinas. Pois é capaz de fazer cessar o medo, retirar a dor, produzir alegria e fazer crescer a compaixão”. (seção 8)

- “Se, então, pelo corpo de Alexandre, o olho de Helena sentiu um ímpeto e transmitiu à alma o conflito do amor, que há nisso de espantoso?”. (seção 19)

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Lugar-comum: Conhecimento prévio acerca da história de Helena

Uso de provas dependentes: orador forneceu meios próprios para dar consistência a sua argumentação

Indiferentismo moral no desfecho:

“... quis escrever o discurso, por um lado, como um elogio de Helena, por outro lado, como um brinquedo.”

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Considerações FinaisEste trabalho teve como objetivo identificar elementos da retórica aristotélica no Elogio de Helena de autoria do sofista Górgias.

Linhas finais do elogio: pluralidade de interpretações

Petrelli (2003) faz referência à seguinte sentença de Platão: “Os gregos sempre são crianças, nunca os gregos são velhos.”.

“Brinquedo”: Propósito enganoso do discurso X discurso utilizado para aguçar a curiosidade do auditório

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Referência Bibliográfica ARISTÓTELES. Arte Retórica e Arte Poética. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005. Série: Clássicos de Bolso.

ARISTÓTELES. Retórica.São Paulo: Rideel, 2007.

CARPINETTI, Luís Carlos Lima - USP, UFJF. O gênero demonstrativo e sua utilização por Jerônimo a questão do elogio na querela de Jerônimo e Rufino. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/ixcnlf/13/09.htm>. Acessado em: 14-06-2010.

CHAGAS, Carmem Elena das. Universidade Federal Fluminense. A argumentatividade na comunicação informativa. Disponível em: <http://www.filologia.org.br/ixsenefil/anais/01.htm>. Acessado em: 13-06-2010.

DINUCCI, Aldo. Sócrates versus Górgias: as noções de” téchne” e “dýnamis” aplicadas à retórica. Anais de filosofia clássica, Vol. 2 Nº 4, 2008, ISSN 1982-5323. E-Dicionário de Termos Literários, organizado por Carlos Ceia. Disponível em: <http://www2.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/E/entimema.htm>. Acessado em: 14-06-2010.

GÓRGIAS. Elogio de Helena. Tradução de Daniela Paulinelli. Belo Horizonte: Anágnosis, 2009. Apresenta as traduções de textos gregos realizadas pelo grupo Anágnosis, da UFMG. Disponível em:<http://anagnosisufmg.blogspot.com/2009/10/elogio-de-helena-gorgias.html>. Acessado em: 24-05-2010.

PEBLE, Armando. Breve História da Retórica Antiga. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

PETRELLI, Humberto Zanardo - USP. Elogio de Helena, de Górgias. Disponível em: < http://www.consciencia.org/gorgiashumberto.shtml>. Acessado em: 14-06-2010.

SIMÕES, Reinério Luiz Moreira. Doutor em Filosofia: IFCH – UERJ (2003). Os sofistas. UniverCidade/UERJ, 2001. Disponível em: <http://www.reinerio.kit.net/textos/sofistas>. Acessado em: 13-06-2010.

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Obrigada pela atenção!