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ARTIGO COM APRESENTAÇÃO BANNER - RESÍDUOS SÓLIDOS
ECOVILA: IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA DE LIXO DOMÉSTICO NO
CONJUNTO RESIDENCIAL DOS FUNCIONÁRIOS DA ELETRONORTE,
ABAETETUBA-PA
POTIRA FERNANDES E SILVA
Atualmente todos conhecem a questão ambiental mundial, onde a poluição dos solos, água
e ar das regiões urbanas tornam o nosso planeta cada dia mais degradado. Neste contexto
o fator crucial das cidades é a problemática do lixo, que está diretamente ligada ao nosso
tão sonhado progresso, pois quanto mais nos desenvolvemos, mais produzimos resíduos.
Sendo assim, este trabalho tem como objetivo relatar a importância que os resíduos sólidos
exercem no dia a dia das pessoas, informando o papel que eles desempenham no meio
ambiente e no contexto urbano. Em outubro de 2015 foi abordado o tema coleta seletiva
de lixo doméstico, como proposta de reduzir o lixo gerado pelos moradores do Conjunto
Residencial dos Funcionários da Eletronorte, em Abaetetuba, no Estado do Pará,
contribuindo assim para minimizar os impactos ambientais e gerar renda as classes menos
favorecidas da sociedade, que têm o lixo como forma de trabalho e sobrevivência.
Primeiramente a proposta de coleta seletiva foi apresentada a Associação dos Residentes
do Conjunto da Eletronorte (ARCEN), onde foi aceita e assim vinculou-se o Projeto ECOVILA
a empresa Eletrobrás Eletronorte, sendo autorizada a sua realização e foram doados três
contêineres de coleta seletiva. Em seguida foi realizada uma reunião com os moradores
para apresentação do projeto, onde o mesmo foi aprovado, posteriormente os contêineres
foram estrategicamente posicionados nas entradas das três quadras do conjunto e os
moradores separam vidros, plásticos e metais em sacos diferentes e armazenam nestes
contêineres. A cada dois meses alguns catadores da Cooperativa dos Catadores de
Materiais Recicláveis do município de Abaetetuba (COMCLIMA) vão ao conjunto retirar
esse material, que são selecionados e vendidos a um atravessador. Desta maneira podemos
concluir a importância deste tipo de atividade em condomínios, deixando claro que o
incentivo e a educação ambiental têm que ser um processo contínuo.
Palavras chave: Resíduos Sólidos, Educação Ambiental, Meio Ambiente.
INTRODUÇÃO
Analisando os diversos problemas ambientais mundiais, a questão do lixo é das mais
preocupantes e diz respeito a cada um de nós.
O modo de vida urbana produz uma diversidade cada vez maior de produtos e de resíduos
que exigem sistemas de coleta e tratamento diferenciados após o seu uso e uma destinação
ambientalmente segura. No manejo dos resíduos sólidos, desde a geração até a disposição
final, existem fatores de riscos à saúde para a população exposta.
Em 2010, a Lei nº 12.305 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) com o
objetivo de realizar o manejo adequado destes rejeitos. Esta lei prevê que todas as cidades
devem substituir os lixões por aterros sanitários regulamentados. Estes devem contar com
preparo no solo para evitar a contaminação do lençol freático, coleta do chorume que
resulta da degradação do lixo e com a queima do gás metano para gerar energia elétrica
Além disso, somente os rejeitos devem ser destinados aos aterros. Todo o material
reciclável e orgânico deve ter outra destinação, adequada às suas características.
Porém os senadores aprovaram no dia primeiro de julho de 2015 o Projeto de Lei do Senado
(PLS) 425, de 2014, que adia novamente a data definitiva para os municípios se adaptarem
à Política Nacional de Resíduos Sólidos e fecharem os lixões. O primeiro prazo era agosto
de 2014, mas já havia sido adiado por um ano. A aprovação atendeu a um pedido da
Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pois três mil municípios e o Distrito Federal
ainda não conseguiram cumprir as determinações da política.
Abaetetuba é um desses municípios do Brasil que ainda não cumpriu a Lei nº 12.305.
Situado no Norte do país, no estado do Pará. É a cidade-pólo da Região do Baixo Tocantins
porém não existe nenhum projeto de coleta seletiva e destino adequado do lixo urbano, ou
seja, o lixo produzido nas casas é destinado para um lixão a céu aberto sem nenhum
tratamento adequado. Os catadores de lixo da cidade não têm uma cooperativa e nenhum
apoio do poder público. A Usina de Compostagem, Tratamento e Reciclagem de Resíduos
está desativada atualmente.
Nesta região do Baixo Tocantins atua uma grande empresa, A Centrais Elétricas do Norte
do Brasil S.A. (Eletronorte), sociedade anônima de economia mista e subsidiária da Centrais
Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), é uma concessionária de serviço público de energia
elétrica.
A Eletrobrás Eletronorte é composta por quatro hidrelétricas: Tucuruí (PA), a maior usina
genuinamente brasileira e a quarta do mundo, Coaracy Nunes (AP), Samuel (RO) e Curuá-
Una (PA). Uma de suas sedes é em Barcarena (PA), município vizinho a Abaetetuba, onde
uma parte de seus funcionários mora no Conjunto Residencial da Eletronorte, que está
situado em Abaetetuba e é composto por três quadras com dez casas cada uma, ou seja,
são trinta casas de moradores.
Apesar da Eletrobrás Eletronorte desenvolverem trabalhos na área ambiental,
principalmente na sede de Tucuruí (PA), não existia até o momento nenhum projeto neste
referido conjunto na área ambiental, que fosse realizado diretamente para seus
funcionários e familiares.
Portanto o referido projeto teve como objetivo iniciar a discussão sobre Educação
Ambiental e implantar a Coleta Seletiva de materiais provenientes do lixo doméstico dentro
do Conjunto Residencial da Eletronorte, para os funcionários e familiares da referida
empresa, com apoio da Associação dos Residentes do Conjunto da Eletronorte (ARCEN) e
da Eletronorte sede Barcarena (PA).
MATERIAL E METODOLOGIA
Abaetetuba é um município do estado do Pará que pertence a microrregião de Cametá, que
por sua vez, integra a Mesorregião Nordeste Paraense, distante 110 km da capital Belém
(foto 01). Sua população em 2015 está estimada em 150.431 habitantes, é a cidade-pólo
da Região do Baixo Tocantins e a sétima mais populosa do Estado. O município está
localizado as margens do Rio Maratauíra, um afluente do Rio Tocantins e compreende de
dois distritos: Abaetetuba, sede do mesmo e a Vila de Beja.
Foto 01: Localização do Pará e de Abaetetuba.
Disponível em www.wikipedia.org
O município segue as características de grande parte dos municípios do Brasil no quesito
saneamento básico com a falta de rede e estação de esgoto sanitário, destinação
inadequada do lixo, falta de tratamento da água entre outros, que, refletem diretamente
na saúde da população.
A Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte) é uma sociedade anônima de
economia mista e subsidiária da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), uma
concessionária de serviço público de energia elétrica que atua nesta região. Foi criada em
20 de junho de 1973, com sede no Distrito Federal, gera e fornece energia elétrica aos nove
estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins. Por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN), também
fornece energia a compradores das demais regiões do País (www.eletronorte.gov.br).
Dos 25.478.352 milhões de habitantes que vivem na Região Amazônica, segundo Censo
2010 do IBGE, mais de 15 milhões recebem a energia elétrica gerada pela Eletrobrás
Eletronorte em suas quatro hidrelétricas: Tucuruí (PA), a maior usina brasileira e a quarta
do mundo, Coaracy Nunes (AP), Samuel (RO) e Curuá-Una (PA) e em parques termelétricos.
A potência total instalada é de 9.294,33 megawatts e os sistemas de transmissão contam
com mais de 9.888,02 quilômetros de linhas.
No Pará, a Eletrobrás Eletronorte é representada pelas unidades regionais de Transmissão,
de Planejamento e Engenharia e pelo Centro de Tecnologia, distribuídas nas cidades de
Marabá, Altamira, Belém, Tucuruí e Vila do Conde, no município de Barcarena. A força de
trabalho é formada por profissionais das mais diversas áreas de conhecimento.
Na cidade de Vila do Conde em Barcarena, distante 107 Km da capital
Belém e 44 Km da cidade de Abaetetuba existe a unidade de Transmissão da Eletrobrás
Eletronorte, onde seus funcionários são responsáveis pela manutenção de equipamentos
de alta tensão (autotransformadores, disjuntores, transformadores de corrente,
transformadores de potencial, entre outros) e linhas de transmissão.
O condomínio Residencial da Eletronorte situa-se na cidade de Abaetetuba, no bairro da
Aviação, em frente ao único terminal rodoviário da cidade. Ele possui uma área total de
67,078m², e no seu interior existem três quadras (três ruas), sendo distribuídas 10 casas
por quadra, um total de 30 casas. O condomínio é cedido para os funcionários da
subestação da Eletronorte de Barcarena morarem, dando preferência aos que têm família,
onde os mesmos não pagam aluguel, pagam apenas uma taxa a ARCEN (Associação dos
Residentes do Conjunto da Eletronorte), os quais são responsáveis pela manutenção do
condomínio. Atualmente a maioria dos condôminos é do corpo técnico e administrativo da
empresa, são pessoas que já moravam na cidade de Abaetetuba e foram absorvidas pelo
concurso público da empresa. Desta forma não precisam mudar-se para Barcarena, onde
um ônibus da Eletronorte é cedido para levá-los ao local de trabalho e trazê-los de volta ao
final do expediente.
Ao todo, moram no condomínio cerca de 70 pessoas. A renda mensal das famílias é de 5 a
15 salários mínimos. Esse fato demonstra o alto potencial de produção de lixo do
condomínio já que, segundo Ribeiro & Besen (2007), a produção de lixo domiciliar está
diretamente ligada a renda familiar.
O armazenamento interno de lixo do conjunto é feito pelos próprios moradores em sacos
plásticos depositados em cestos de alumínio individuais, que estão fixadas em frente às
casas. O recolhimento do lixo é feito pela prefeitura, dias de terça, quinta e sábado, por
volta das 7:30 h da manhã, no carro de recolhimento de lixo comum.
Inicialmente o Projeto ECOVILA foi desenvolvido tendo como principal fonte de apoio,
pesquisas bibliográficas, feita em documentos e sites da prefeitura de Belém, de
Abaetetuba, além de consulta a trabalhos e artigos científicos e consultas a sites de
empresas e associações relacionadas ao tema em questão.
Em seguida foi realizada uma reunião junto aos representantes da ARCEN (Associação dos
Residentes do Conjunto da Eletronorte), onde compareceram o presidente e o secretário,
foi apresentado o projeto e todas as etapas das tarefas a serem realizadas. Os dois
aprovaram, concordaram que seria importante para o conjunto e ofereceram apoio,
servindo como ponte com a gerência da Eletronorte de Barcarena.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Em outubro de 2015 foi realizada uma reunião com os moradores (foto 02), na qual foi
apresentado através de um banner e explicação oral, o projeto, seu objetivo, todas as suas
etapas a serem desenvolvidas, bem como os custos e benefícios para todos os condôminos,
sempre enfocando a importância de se fazer a separação do lixo, além de esclarecer
dúvidas e conquistar novos adeptos à ideia.
Foto 02: Reunião com os moradores do Conjunto Residencial da Eletronorte.
Arquivo pessoal.
Compareceram 60% dos moradores e todos concordaram com o projeto, acharam muito
interessante e acrescentaram suas opiniões. Em concordância com os presentes na reunião
foi decidido que ficaria um contêiner por quadra, facilitando desta maneira o deslocamento
para descartar o lixo reciclável.
A princípio a proposta foi de serem coletados vidros, plásticos e metais, de forma que são
materiais de melhor armazenamento e mais resistentes, os quais serão separados e
higienizados nas casas, separados em sacos plásticos distintos e em seguida armazenados
nos contêineres coletivos por quadra.
Nesta reunião foram esclarecidas dúvidas quanto à coleta seletiva, como:
• Os materiais separados em casa devem ser devidamente higienizados e secos
antes de serem armazenados nos contêineres;
• Não tem problema ficar um contêiner por quadra, e descartarem os três tipos
de materiais no mesmo contêiner;
• O material coletado (metal, vidro e plástico) deverá ser separado em sacos
plásticos distintos e assim podem ser armazenados no mesmo contêiner;
Os moradores que não puderam participar da reunião, cerca de 40% das casas, foram
abordados em seguida com e-mails, visita nas suas residências, conversas nas áreas comuns
do conjunto e foi produzido e entregue um panfleto explicando o projeto e como participar.
Foi contemplado, desta maneira, o contato com todos os moradores, ou pelo menos, um
representante de cada família.
Por fim os contêineres foram solicitados para a Eletronorte, em seguida foram cedidos três
contêineres, que foram devidamente identificados e estrategicamente depositados em
frente de cada quadra, para que os moradores realizassem sua seleção e armazenamento
adequado (fotos 03, 04 e 05).
Foto 03: Contêiner na Quadra 01. Arquivo pessoal.
Foto 04: Contêiner na Quadra 02. Arquivo pessoal.
Foto 05: Contêiner na Quadra 03. Arquivo pessoal.
Em novembro de 2015 os contêineres estavam completos com material reciclável, então
foi realizado o contato com os representantes da antiga Cooperativa dos Catadores de
Materiais Recicláveis do município de Abaetetuba (COMCLIMA), para que pudessem
coletar esse material, então eles foram ao conjunto e arrecadaram o material separado
pelos moradores, assim realizamos uma parceria com essas famílias, que de dois em dois
meses são chamados para irem ao local arrecadar este material (fotos 06 e 07).
Foto 06: Carrinho de mão adaptado para transportar o material reciclável.
Arquivo pessoal.
Foto 07: Família de Catadores de Abaetetuba que foram arrecadar o material
no Conjunto da Eletronorte. Arquivo pessoal.
As famílias de catadores de materiais recicláveis de Abaetetuba não têm nenhum tipo de
apoio da prefeitura para realizar seu trabalho, bem como nenhuma ajuda financeira, então
essas famílias trabalham em conjunto, arrecadam materiais pelas ruas da cidade, separam
esse material na rua em frente a casa de um representante e vendem para um
atravessador, o qual vende o mesmo na capital Belém.
Em 2001 foi fundada e reconhecida em 2002 a Cooperativa dos Catadores de Materiais
Recicláveis do município de Abaetetuba (COMCLIMA) por 20 representantes das famílias
que obtinham renda através de atividades de “seleção de resíduos” no conhecido Lixão da
cidade de Abaetetuba.
A unidade de Reciclagem e Compostagem de Lixo Urbano de Abaetetuba era administrada
pela COMCLIMA. Em 2002 a unidade produzia compostos orgânicos formados por
substratos orgânicos: lixo orgânico urbano (fonte de nutriente) e capim e caroço de açaí
(fonte de carbono), que eram produzidos através de leira por reviramento manual a cada
três dias; com capacidade operacional de 30 t/dia, além de trabalha na prensagem de
materiais recicláveis para venda às indústrias de reciclagem (TEIXEIRA et al, 2004).
O presidente da COMCLIMA, Pedro Paulo Siqueira Furtado (técnico ambiental), relatou que
a formação da unidade se iniciou por um contrato firmado em 2000 entre a Cooperativa,
prefeitura de Abaetetuba e Albrás (Alumínio Brasileiro S.A.), na qual a Albrás ficaria
responsável pela construção de cada unidade com toda estruturação e equipamentos
necessários para seu funcionamento que, após 60 meses, essa unidade com todos os
equipamentos seria doada a cooperativa a partir da data de assinatura do contrato. Das
obrigações e responsabilidades da prefeitura, o contrato citava que a prefeitura forneceria
suporte e fiscalização às unidades em modo de conservação, estruturação e
operacionalização, além de estabelecer após os 60 meses o termo de doação da unidade à
cooperativa, o que não aconteceu em tempo regido pelo contrato (2005) e sim em 2009
(quatro anos depois do prazo). A cooperativa abriu uma ação judicial contra a prefeitura
pela “quebra” de contrato. Esta unidade se encontrava toda legalizada, produziam e
vendiam materiais recicláveis para as empresas RESSUL Reciclagem e a RIOPEL (OLIVEIRA,
2011).
As dificuldades que levaram a falência da unidade foram a falta de parcerias da prefeitura
que não forneceu nenhum repasse financeiro para manutenção, não fiscalizava a unidade
e nem proporcionou suporte técnico. Além do mais, a cooperativa não possuía transporte,
dificultando a coleta dos materiais recicláveis e orgânicos dentro do lixão. A prefeitura
também não se preocupou em proporcionar uma coleta seletiva de lixo engajada com a
educação ambiental, assim, reduzindo a quantidade de material processado pela unidade
por isso, acumulou várias dívidas. Problemas estes que somados foram motivos para o
encerramento da unidade (OLIVEIRA, 2011).
Uma minoria da população de Abaetetuba dispõe de coleta de lixo domiciliar (IBGE, 2008).
Para esse tipo de lixo não existe tratamento adequado e a maior parte deste é depositado
em vazadouro a céu aberto, o lixão, o qual é a pior forma de disposição final dos resíduos
sólidos, segundo a FUNASA (2004),. O restante que não tem acesso a esse tipo de serviço
tem por hábito queimar, enterrar ou jogar o lixo em terrenos baldios localizados próximos
aos domicílios ou, até mesmo, em rios e igarapés, trazendo risco à saúde dessa população.
CONCLUSÃO
Partindo de uma experiência no Conjunto Residencial dos Funcionários da Eletronorte,
podemos perceber que é completamente viável a implantação de coleta seletiva. Os
moradores optaram pela doação desses materiais para a
Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis do município de Abaetetuba
(COMCLIMA), com intuito de contribuir com o sustento dessas famílias e incentivar o
processo de reciclagem por eles desenvolvido.
Todavia, as ações que já existem, precisam ser avançadas, haja vista que as melhorias na
qualidade ambiental têm se tornado, além de um dever, uma necessidade urgente, pois o
planeta não está mais suportando as pressões sobre os recursos naturais. Dessa forma,
tornam-se cada vez mais necessários o estabelecimento e o desenvolvimento de ações no
âmbito da gestão urbana que promovam cidades sustentáveis.
As campanhas educativas, bem como o processo de educação ambiental, coleta seletiva e
destino adequado ao lixo serão realizadas periodicamente e serão facilitadas pelo grau de
escolaridade e interesse de cada um, tendo em vista o grau de consciência ecológica já
despertada. Sendo esse o maior desafio do projeto, fazer com que se torne um hábito a
separação do material reciclável nas casas dos moradores.
Estudos posteriores para o aproveitamento de outros materiais, até mesmo matéria
orgânica para compostagem, bem como oficinas para a construção de materiais a partir
desse lixo são ações já pensadas e estão na fase de planejamento, diante do grande
potencial de produção de lixo pelo condomínio. Para isso, sugerem estudos mais
detalhados da composição geral do lixo do condomínio. Além do mais, trabalhos como este
podem ser levados ao conhecimento de outros condomínios e propostos para execução.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n.º 12.305, de 02 de Agosto de 2010. Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Diário Oficial
República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 02 agosto 2010.
ELETROBRÁS ELETRONORTE. Perfil e Estrutura. Disponível em: www.eletronorte.gov.br.
Acessado em: 10 de novembro de 2015.
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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS – IBGE. 2010. Pesquisa Nacional
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Disponível em: www.interfacehs.sp.senac.br. Acesso em: 30 de outubro de 2015.
TEIXEIRA, L. B. et al. 2004. Unidades de Reciclagem e Compostagem de Lixo
Urbano no Baixo Tocantins – Pará. Belém: Embrapa/Albras, 2004. 48p.