Apresentação do PowerPoint - rodolfogracioli.com.br · Com base no texto motivador, produza um texto dissertativo-argumentativo tendo como tema: Mercantilização da felicidade

Texto I

“Quem conta “piadas” que ultrapassam o limite do bom gosto, não raro, diz seradepto do politicamente incorreto. Como se isso fosse hype ou cool e, portanto,justificasse tudo. Censura é uma coisa abominável. Mas não pode ser confundidacom a proibição de usar meios de massa que possuem concessão pública para aapologia à discriminação étnica, à homofobia, à xenofobia e a preconceitos eintolerâncias – que é o que certas piadas fazem. Particularmente, considerodeplorável quando humoristas fazem comentários ofensivos ou preconceituososem veículos de comunicação de massa sob a justificativa de liberdade deexpressão. Deplorável pelo conteúdo e por perceber que eles foram preguiçosose não se dedicaram com inteligência à nobre tarefa de fazer rir”.(https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/12/17/o-humor-deve-ter-limites-ou-vale-tudo-em-nome-da-liberdade-de-expressao/) – Acesso em novembro de 2017.

Temas de redação / Atualidades

Prof. Rodolfo Gracioli

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https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/12/17/o-humor-deve-ter-limites-ou-vale-tudo-em-nome-da-liberdade-de-expressao/

Texto II

“Evocamos muitas vezes a liberdade de expressão para ofender, despotencializaras pessoas e as redes, além de engendrar rancores. A liberdade de expressão éum direito lindo, que poderíamos dar mais valor, utilizando com responsabilidadee empatia. Em vez de dizer qualquer coisa de forma livre, poderíamos utilizar asdiferentes formas de expressão a favor da liberdade”.

(http://diariodesantamaria.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/noticia/2015/01/qual-e-o-limite-da-liberdade-de-expressao-4682433.html) – Acesso em novembro de 2017.




A partir dos textos motivadores, redija um texto dissertativo-

argumentativo sobre o tema:

Limites da liberdade de expressão no contexto do humor




O humor e a liberdade de expressão. Vale tudo?

• O humor é construído a partir de uma visão crítica do mundo e do comportamentohumano. Além de ser marcado pela descontração, o humor vale-se do exagero, dahipérbole, do óbvio e do absurdo para provocar o riso ou, ao menos, um sorriso.Charges, paródias e piadas não podem ser interpretadas literalmente ou consideradascomo verdades absolutas. Elas devem gozar de um espaço maior de liberdade para queo indivíduo possa se expressar com maior espontaneidade e, até mesmo, acidez.

• O exercício concreto dessa liberdade não é ilimitado. Aquele que ofender terceiros ecausar dano poderá responder penal e civilmente por abusos que vier a cometer. Alémde pedir em juízo indenizações, o indivíduo que se sentir lesado poderá tambémpleitear direito de resposta ou uma retratação pública.




Até que ponto o humor pode ser protegido pela liberdade deexpressão?

• A liberdade de expressão é um princípio fundamental da democracia, masprecisa estar harmonizada com outros princípios da mesma grandeza. Nãose pode, evidentemente, limitar de forma indevida a liberdade deexpressão e a liberdade de fazer humor, sob pena de se silenciar discursosrelevantes, como críticas sociais e políticas, mas também é inadmissível seadmitir a expressão de discursos que incentivem o ódio e a discriminaçãode minorias.




O que diz a constituição para a liberdade de expressão

• É que ao lado do seu direito de se manifestar livremente (Constituição da República, art.5º, incisos V e IX), coexiste o direito do criticado, ou gozado, ou parodiado, de não ter asua imagem, honra, vida privada ou intimidade violados também garantido pelaConstituição (art. 5º, inciso X).

• Quando a censura passou vigorar, como na proibição de sátira a candidatos às eleições,em programas de rádio ou TV, humoristas e a população em geral saíram às ruas emprotesto. A justificativa da censura baseia-se na Lei Eleitoral nº 9.504 de 1997: é vetadoaos programas de emissoras de rádio e TV "usar trucagem, montagem ou outro recursode áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partidopolítico ou coligação" (Art. 45, II)




No acórdão, o desembargador aponta que houve uma manifestação ofensiva, que“excede os limites da liberdade de expressão e atinge a honra e imagem de outrem”.






















“Indefiro o pedido de arquivamento formulado pelo Ministério Público Federal, pois o fatoversado nestes autos consubstancia, em tese, preconceito religioso, pautadoessencialmente no ódio e repúdio a pessoas que praticam o credo muçulmano. A par disso,pode-se vislumbrar possível apologia de crime ou criminoso, na referência a Hitler, a teordo artigo 287 do Código Penal”, anotou.




"Quem muitas vezes impede a liberdade da informação é o outro particular. Não é o estadocomo era antes, como é nas ditaduras. (...) Hoje, você tem censuras estabelecidas, por algoque é extremamente contrário às liberdades em geral, que é o politicamente correto", disse,de acordo com informações de O Globo.



















Texto I

“Hoje, a felicidade é uma obrigação de mercado. Ser deprimido não é mais"comercial". A infelicidade de hoje é dissimulada pela alegria obrigatória. Éimpossível ser feliz como nos anúncios de margarina, é impossível sersexy como nos comerciais de cerveja. Esta "felicidade" infantil da mídia sedá num mundo cheio de tragédias sem solução, como uma "disneylândia"cercada de homens-bomba. A felicidade hoje é "não" ver. Felicidade éuma lista de negações. Não ter câncer, não ler jornal, não sofrer pelasdesgraças, não olhar os meninos malabaristas no sinal, não ter coração. Omundo está tão sujo e terrível que a proposta que se esconde sob a ideiade felicidade é ser um clone de si mesmo, um androide sem sentimentos”.

(http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,a-felicidade-e-uma-obrigacao-de-mercado-imp-,589550/) – Acesso em novembro de 2017




http://sociologia.uol.com.br/a-mercantilizacao-do-prazer/

Com base no texto motivador, produza um texto dissertativo-argumentativo

tendo como tema:

Mercantilização da felicidade na sociedade do consumo




• A definição do conceito de felicidade sempre foi um desafio.

• Não se trata de algo consensual, existem diferentes concepções.

• Para uma produção textual, é importante destacar esse grau decomplexidade em debater a questão.

• Grandes teóricos se ocuparam da temática, reforçando ainda mais o fato damesma não se “fechar”, ou seja, ser algo consensual.

• Na contemporaneidade, os esforços reflexivos tornam-se ainda maisintensos.




• Atualmente, é construído nos indivíduos a necessidade da busca incansávelpela felicidade.

• A chamada “ditadura da felicidade” é intrínseca a nossa existência.

• Algumas ferramentas potencializam tal situação.

• As propagandas se tornam instrumento efeito para a “persuasão” dosindivíduos.

• Irracionalidade nos atos, efemeridade das relações, a superficialidade dosdiscursos se tornam elementos frequentes.




Ditadura da felicidade na era da materialização




• CONSUMO

• ESTÉTICA

• STATUS

• PODER

• RECONHECIMENTO




Materialização como “fim” prático da felicidade

• Dessa forma, o CONSUMO torna-se a régua da felicidade.

• Questão econômica acaba se entrelaçando.

• Poder aquisitivo, a frustração pela impossibilidade de compra, status dosindivíduos perante os grupos sociais em que esse interage.

• Felicidade se associa diretamente com o poder de acumular.

• Linha tênue entre o TER e o SER.




• A ideias transmitida pelos veículos de comunicação em massa é que afelicidade só pode ser obtida pela obtenção de bens.

• FELICIDADE torna-se um imperativo – obrigação.

• Estratégias de marketing se utilizam de tal prática (conduzindo o indivíduo aassimilar, naturalmente, a necessidade pela compra).

• Fala-se assim em CAMAROTIZAÇÃO, SEGREGAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL eGOURMETIZAÇÃO da sociedade.




Críticas ao modelo de vida contemporâneo

• A felicidade passa a ser associada ao trânsito por espaços EXCLUSIVOS.

• Vida segregada torna-se alvo dos indivíduos, em uma corrida irracional esubstancial.

• Modelos transmitidos inconscientemente são os de felicidade associada aoconsumo – PODER ECONÔMICO sempre em evidência.

• Passa a existir um grande vazio dos indivíduos.

• Simplicidade das ações, dos gestos e do convívio se tornam elementosrobotizados e mecânicos, de elevador teor ARTIFICIAL.










Entre os cinco países mais felizes do mundo estão, do primeiro ao quinto

lugar: Noruega, Dinamarca, Islândia, Suíça e Finlândia. A República

Centro-Africana foi apontada como a nação menos feliz do planeta.







Vivemos a era da DISTOPIA?

Distopia é um termo muito usado na literatura de ficção científica e,

como o nome sugere, é o contrário da utopia. É um mundo onde nada

deu certo, que é completamente errado e disfuncional.

É o antônimo de “utopia”, termo que vem do livro de mesmo nome do

autor inglês Thomas More, sobre uma sociedade sem violência ou

pobreza. Um dos primeiros usos da palavra “distopia” foi pelo filósofo

e economista inglês John Stuart Mill durante um discurso no

parlamento britânico em 1868. Seu objetivo era denunciar a política

fundiária do governo na Irlanda, cujos responsáveis, na sua opinião,

“deveriam ser chamados de ‘dis-tópicos’... o que eles parecem

favorecer é muito ruim para ser praticável”.




Zygmunt Bauman e a questão da liquidez das relações

• O conceito de modernidade líquida demonstra bem o cenário da liquidezdas relações – EFEMERIDADE, superficialidade, laços rasos e facilmentedesconexos.

• O ritmo de vida acaba por delimitar as ações dos indivíduos que, cada vezmais, lidam de modo mais disperso com a:

• FRUSTRAÇÃO• DERROTA

• OBSTÁCULO• DIFICULDADE




Zygmunt Bauman e a questão da liquidez das relações

• Sociedade torna-se imediatista, que busca o ineditismo, reflexos de umambiente egocêntrico, individualista e narcisista.

• O olhar para o “EU” se amplifica, a sensação de autossuficiência cria seressem a EMPATIA / ALTERIDADE suficiente para acompanhar o que acontece aoseu redor.

• Práticas solidárias entram em extinção (SOLIDARIEDADE EM PAUTA NOSÉCULO XXI).

• As relações mecânicas produzem uma sociedade das “bolhas”, das açõesdescartáveis.




Contribuição de Bauman para as temáticas de redação

Amizade nas redes sociais “Um viciado em Facebook se gabou para mim de que havia feito 500 amigos emum dia. Minha resposta foi de que eu vivi 86 anos e não tenho 500 amigos. Então,provavelmente, quando ele diz amigo e eu digo amigo nós não queremos dizer amesma coisa. É um tipo diferente de amigo (...) Qual é a diferença entre rede ecomunidade? A comunidade te precede. Você nasce em uma comunidade. Aocontrário da comunidade, a rede é mantida por duas atividades principais: uma ése conectar e a outra é se desconectar. E acho que a atratividade da amizade “tipoFacebook” é de que é tão fácil se desconectar [dos amigos]”

Em entrevista concedida em 2011 durante sua participação na conferênciaFronteiras do Pensamento.





Sobre o início do século 21

“Todas as formas que aprendemos a lidar com os desafios da realidade nãofuncionam mais propriamente. As instituições de ação coletiva, nosso sistemapolítico, sistema partidário, a forma de organizar a própria vida, as relações comas outras pessoas, todas essas formas aprendidas de sobreviver no mundo nãofuncionam mais. Mas as novas formas de lidar com elas ainda estão sendodesenvolvidas. Não temos mais visão de longo prazo e nossas ações consistemprincipalmente em reagir às crises mais recentes”

Em entrevista que foi ao ar em dezembro de 2015 na TV Globo News





Segurança e liberdade

“Esses são dois valores que são tremendamente difíceis de conciliar. Se vocêquer mais segurança, terá que abrir mão de certa quantidade de liberdade; sevocê quer mais liberdade, terá que abrir mão de segurança. (...) Há quarentaanos acreditamos que a liberdade havia triunfado e começamos uma orgia deconsumismo. Tudo parecia possível via empréstimo de dinheiro: carros, casas… evocê pagava depois. O chamado à realidade de 2008 foi amargo, quando osempréstimos secaram”

Em entrevista publicada em janeiro de 2016 ao jornal espanhol ‘El País’





Medo líquido

“Significa o medo fluindo, não ficando no mesmo lugar, mas difuso. E o problemacom o medo líquido é que, ao contrário do medo concreto e específico, que vocêconhece e com o qual está familiarizado, é que você não sabe de onde ele virá.(...) não há estruturas sólidas ao nosso redor nas quais possamos confiar e nasquais investir nossas esperanças e expectativas. Até mesmo os governos maispoderosos, frequentemente, não podem entregar o que prometem. Eles não têmpoder para tanto”

Em entrevista de julho de 2016 à rede de estatal TV Al Jazeera, do governo doQatar







Espero vocês na próxima aula! Bons estudos!

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