62
Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos PLANEJAMENTO URBANO 1ª Audiência Pública da Revisão do Plano Diretor de Maceió A importância da utilização dos instrumentos urbanísticos trazidos pelo Estatuto da Cidade para uma gestão mais eficiente Yuri Rafael Della Giustina Diretor de Políticas de Acessibilidade e Planejamento Urbano SNAPU/MCidades

Apresentação do PowerPoint - maceio.al.gov.br · • restringir o uso de placas de propaganda sobre o passeio; • distribuir mobiliários urbanos garantindo a circulação de pedestres;

Embed Size (px)

Citation preview

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

PLANEJAMENTO URBANO

1ª Audiência Pública da Revisão do Plano Diretor de Maceió

A importância da utilização dos instrumentos urbanísticos trazidos pelo Estatuto da Cidade para uma gestão mais eficiente

Yuri Rafael Della Giustina

Diretor de Políticas de Acessibilidade e Planejamento Urbano

SNAPU/MCidades

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

Processo de urbanização no Brasil

1. Urbanização acelerada: em 50 anos a população urbana cresceu mais de 150 milhões de habitantes

2. Intensificação da urbanização nas regiões metropolitanas: mais de 50% da

população vive em regiões metropolitanas

3. Expansão indiscriminada da urbanização no território brasileiro

Fonte: IBGE

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

REALIDADE DAS CIDADES BRASILEIRAS

Segregação socioespacial

Irregularidade fundiária urbana

Degradação ambiental

Desastres naturais

Carência de infraestrutura

Precariedade do Espaço Público

Espraiamento desordenado

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

O Censo Demográfico 2010 encontrou 6,1 milhões (9,0%) de domicílios vagos no país.

A manutenção de terrenos vazios ou ociosos, inseridos na área urbanizada, à espera de uma valorização futura que beneficia apenas seus proprietários, diminui os espaços disponíveis na cidade para a moradia e as atividades econômicas necessárias para o desenvolvimento de toda a sociedade, especialmente para os grupos economicamente vulneráveis

Salvador/BA

SUBUTILIZAÇÃO E DEGRADAÇÃO EDILÍCIA: NÃO CUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E PROPRIEDADE

Fonte: Internet

precariedade das calçadas; falta de sinalização nas calçadas e equipamentos urbanos; ausência de rotas acessíveis; barreiras arquitetônicas e urbanísticas (degraus, rampas no passeio).

Cenário atual dos espaços públicos, das calçadas Fonte: Internet, Tucano/BA

DEGRADAÇÃO E INACESSIBILIDADE

INSEGURANÇA E FALTA DE APROPRIAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS E DE USO COLETIVO

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

PRODUÇÃO DAS CIDADES À MARGEM DO MERCADO E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Av. Santa Ifigênia, São Paulo/SP Rocinha, Rio de Janeiro/RJ

Porto Velho/RO

Adensamento (cortiços) Consolidação (favelas)

Expansão (áreas de grilagem)

Parcelamento, urbanização e edificação inexistentes. Atividades rurais e ocupação espontânea, isolada e pontual de usos com finalidades urbanas.

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

CARÊNCIAS DE INFRAESTRUTURA BÁSICA

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

Domicílios urbanos irregulares por Estado Fonte: “Domicílios particulares permanentes urbanos em logradouros sem identificação", da pesquisa "Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios", do IBGE/Censo 2010.

IRREGULARIDADE FUNDIÁRIA URBANA

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO

INSTRUMENTO BÁSICO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E EXPANSÃO

URBANA

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

A complexidade e objetividade da lei do PDP varia de acordo com o porte, dinâmica econômica, demográfica e capacidade institucional de planejar e implementar do município.

Título VII, Capítulo II - Política Urbana (art. 182 e 183) introduzida pela emenda popular que contou com 131 mil assinaturas.

Poder Público Municipal – responsável pela política de desenvolvimento urbano local;

Função Social da Propriedade – A PROPRIEDADE CUMPRE SUA FUNÇÃO SOCIAL QUANDO ATENDE ÀS EXIGÊNCIAS EXPRESSAS NO PLANO DIRETOR

Função Social da Cidade – TODOS TEM DIREITO AOS BENEFÍCIOS DA CIDADE

PLANO DIRETOR – INSTRUMENTO BÁSICO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO E EXPANSÃO URBANA.

A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988 com o objetivo de instituiu diretrizes e instrumentos para o cumprimento da função social da propriedade

O Estatuto da Cidade foi modificado pela lei 12.608/2012 trazendo o componente do Projeto de Expansão Urbana.

Outras importantes modificações no Estatuto são:

A lei 13089/2015 – Estatuto da Metrópole

A lei 13146/2015 – LBI : lei brasileira de inclusão

O ESTATUTO DA CIDADE: LEI 10.257/2001

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

a) Constituição Federal

Art. 182

§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

Art. 41 O plano diretor é obrigatório para cidades:

I – com mais de vinte mil habitantes;

II – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;

...

Art. 50. Os Municípios que estejam enquadrados na obrigação prevista nos incisos I e II do caput do art. 41 desta Lei e que não tenham plano diretor aprovado na data de entrada em vigor desta Lei deverão aprová-lo até 30 de junho de 2008.

Obrigatoriedade de elaboração

Plano Diretor Participativo

b) Estatuto da Cidade

Resolução n°25 de 18 de Março de 2005

Emitir orientações e recomendações para a elaboração do Plano Diretor.

Resolução n° 34 de 01 de Julho de 2005 alterada pela Resolução Recomendada nº 164 de 26 de março de 2014

Emitir orientações e recomendações ao conteúdo mínimo do Plano Diretor, tendo por base o Estatuto das Cidades.

Resolução Recomendada nº 83 de 08 Dezembro de 2009 Recomendar ao Ministério das Cidades que emita orientações com relação à revisão ou alteração de Planos Diretores

Resolução Recomendada nº 148, de 7 de junho de 2013 Recomenda a adoção do Coeficiente de aproveitamento Básico como princípio balizador da política fundiária urbana municipal, a ser utilizado por todos os municípios.

RESOLUÇÕES DO CONSELHO DAS CIDADES

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

Evolução dos Planos Diretores no Brasil:

Fonte: MUNIC/IBGE

Evolução da elaboração de Planos Diretores no Brasil

1501 1570 1594 1622 1644 1669 1718

573 608 526

1303 1433

2658 2785

5560 5560 5564 5564 5565 5565 5570

4987 4952 5038

4261 4132

2907 2785

2001 2004 2005 2008 2009 2012 2013

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Número de municípios brasileiros e Distrito Federal com mais de 20mil hab Número de municípios brasileiros e Distrito Federal com Planos DiretoresNúmero de municípios brasileiros e Distrito Federal Número de municípios brasileiros e Distrito Federal sem Planos Diretores

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO

O PDP organiza o crescimento e o funcionamento da cidade, determinando fluxos de crescimento, áreas de proteção ambiental, cultural e social, deve ser capaz de conjugar, no interesse coletivo, os instrumentos públicos e privados e distribuir com justiça os benefícios e os ônus do processo de urbanização.

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO

O PDP é parte integrante do processo de planejamento municipal, juntamente com as leis de parcelamento, uso e ocupação do solo e outras peças de legislação urbanística; além do plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual, incorporarem as diretrizes e as prioridades nele contidas.

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO

O Plano Diretor é uma lei que deve ser revista no máximo a cada 10 anos, destinada a todo o território municipal e não somente para a sede urbana, portanto, ao fim da sua elaboração ao menos o macrozoneamento do município deve estar definido com a demarcação das áreas rurais, urbanas, de preservação e de expansão.

Esquema básicos de classificação de uso de solo utilizados no planejamento territorial colombiano

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

MAS QUE CIDADES QUEREMOS?

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

CIDADES MULTI FUNCIONAIS E MULTISOCIAIS CIDADES AMBIENTALMENTE SUSTENTAVEIS CIDADES COMPACTAS COM O USO DA INFRAESTRUTURA OTIMIZADA CIDADES ACESSIVEIS E APROPRIADAS POR TODA A POPULACAO

Orientar o desenvolvimento para minimizar carências urbanas e reduzir desigualdades

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO

DESAFIOS: minimizar as carências e reduzir as desigualdades

• Necessidade de ampliar o enfrentamento à irregularidade fundiária

urbana e insegurança da posse;

• Minimizar impactos ambientais e desastres naturais

• Superar os déficits de infraestrutura e de equipamentos urbanos

• Superar o quadro de exclusão sócioespacial e a urbanização desigual e

seletiva (favelas, cortiços, conflitos fundiários)

• Superar a lógica da expansão urbana através de condomínios fechados

• Enfrentar a lógica exclusiva da apropriação da cidade e a hegemonia da

propriedade privada

• Enfrentar obstáculos, culturais, políticos e jurídicos para efetivação da

função social da propriedade.

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

QUAL TERRITÓRIO?

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

URBANO +

RURAL +

EXPANSÃO +

PROTEÇÃO +

ESPECIAIS (áreas de ZEIS,

áreas de renovação urbana)

Esquema básicos de classificação de uso de solo utilizados no planejamento territorial colombiano

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

QUAIS INSTRUMENTOS?

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

INSTRUMENTOS DE ACESSO A TERRA URBANIZADA

INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO DO USO DO SOLO

INSTRUMENTOS DE FINANCIAMENTO DO DESENVOLVIMENTO URBANO

inclusão territorial que assegure o acesso à cidade e a posse às populações historicamente marginalizadas da cidade formal

recuperação da valorização imobiliária com investimento público e gestão social da valorização da terra.

justa distribuição dos custos e benefícios do desenvolvimento urbano para toda coletividade

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

O macrozoneamento é o primeiro nível de definição das diretrizes territoriais do Plano Diretor, estabelecendo “um referencial espacial para o uso e a ocupação do solo na cidade, em concordância com as estratégias de política urbana”

MACROZONEAMENTO

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

ZONEAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Definir os usos mais pertinentes para cada território e sua relação com o desenho da paisagem urbana, analisar a dinâmica das atividades locais para melhor definir parâmetros para configuração, dimensionamento e ocupação dos lotes.

Considerar a capacidade de suporte do território (redes de infraestrutura, meio ambiente) para o estabelecimento de uma ocupação compacta compatível com essa capacidade, especialmente os sistemas viário e de saneamento.

Zoneamento Plano Diretor São Paulo (2002)

• acessos, circulação horizontal e vertical nas edificações;

• banheiros acessíveis nos edifícios de uso público ou coletivo;

•vagas de estacionamento nas garagens, áreas internas ou externas;

• sinalização visual, tátil e sonora nas edificações.

CÓDIGO DE OBRAS

• restringir o uso de placas de propaganda sobre o passeio;

• distribuir mobiliários urbanos garantindo a circulação de pedestres;

• instalar botoeiras sonorizadas nos semáforos;

prever sanitários públicos acessíveis em parques, praças, vias de muita circulação.

CÓDIGO DE POSTURAS

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

ZEIS: instrumento estratégico para garantir solo urbanizado para habitação de

interesse social por meio da regulação prévia pelo poder público.

Zonas Especiais de Interesse Social em áreas ocupadas

Garantia de posse das famílias para futura ação de urbanização e regularização fundiária

Zonas Especiais de Interesse Social em áreas vazias

Reserva de áreas para futura provisão de habitação de interesse social (MCMV)

ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL

- Passo 1: Audiência Pública com a população a ser beneficiada dando conta dos projetos técnicos; memoriais descritivos; orçamentos e áreas de abrangência. - Passo 2: Envio de projeto de lei específica para cada obra para a Câmara Municipal de Vereadores composto por projetos técnicos; memoriais descritivos; orçamentos e áreas de abrangência. - Passo 3: Elaboração de laudo estimativo da valorização imobiliária decorrente da obra pública e cálculo de planilha estimativa dos valores individuais da CM, definindo o fator de absorção (percentual do custo da obra a ser absorvido pelos beneficiários da mesma); - Passo 4: Publicação do Edital de Notificação da Obra dando conta dos custos; fator de absorção e valores estimados de CM. - Passo 5: Execução da obra pública. - Passo 6: Publicação do Edital de Lançamento de CM.

CONTRIBUIÇAO DE MELHORIA

IPTU

IPTU

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS, IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO E DESAPROPRIAÇÃO

Imóveis localizados em áreas dotadas de infraestrutura devem cumprir sua função social. No caso de imóveis vazios, caso o proprietário não venda ou edifique num prazo determinado, o Poder Público pode aumentar o IPTU de forma a induzir que este imóvel seja edificado e ao mesmo tempo coibir a especulação imobiliária.

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

TDC - Transferência de direito de construir

Áreas que receberam potencial

áreas que negociaram o direito de construir, que foi por sua vez, revertido investimentos de reabilitação.

•Definição de áreas passíveis à preservação e conservação do

patrimônio cultural e ambiental. •Definição de áreas que comportam

adensamento.

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

OODC – Outorga onerosa do direito de construir

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

OODC – Outorga onerosa do direito de construir

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

OUC - OPERAÇAO URBANA CONSORCIADA

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

Observações importantes

para o processo de revisão do PD

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

SÍNTESE DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO E REVISÃO DO PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO

ETAPA 1 - Estruturação Inicial 1. Proposta inicial de metodologia e estratégia de participação social 2. Mobilização social e eleição de um núcleo gestor 3. Instituição do núcleo gestor

ETAPA 3 - Minuta do Projeto de Lei do Plano Diretor Participativo 1.Propostas e estratégias para o planejamento territorial e desenvolvimento 2.Pactuação de temas prioritários, propostas e estratégias para o planejamento territorial e desenvolvimento urbano 3.Minuta de Projeto de Lei que institui o Plano Diretor Participativo

ETAPA 2 – Leitura da Realidade Municipal (Leitura Técnica e Leitura Comunitária) 1.Leitura Técnica 2.Realização da Leitura Comunitária 3.Leitura Síntese da Realidade Municipal

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

OUTRAS OPORTUNIDADES 1. Fortalecimento do Conselho Municipal das Cidades, integrando conselhos setoriais (habitação, saneamento, mobilidade) e o instituindo desde o processo de elaboração/revisão do Plano Diretor (em lugar do núcleo gestor) 2. Atores/setores importantes para a dinâmica produtiva e para a economia da cidade devem ser convidados a participar. 3. O Plano de Mobilidade é obrigatório e deve ser feito até 2015. Por que não incorporá-lo ao PD? 4. O Plano Municipal de Saneamento Básico, exigido na Lei Federal 11.445/2007 (Lei do Saneamento), estabelece a obrigatoriedade da elaboração da Política e do Plano de Saneamento Básico pelo titular do serviço. 5. “Manejo” da terra urbana: regulação do mercado criando escassez - definição CA básico único e unitário que servirá de base para a utilização dos instrumentos.

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

“DICAS” SOBRE O CONTEÚDO Definição clara dos objetivos a serem perseguidos pelo desenvolvimento urbano (que rumos a cidade deverá tomar nos próximos 10 anos) Plano Diretor não é carta de boas intenções... É um INSTRUMENTO ORIENTADOR (para a população, para os técnicos da prefeitura, para o setor imobiliário)

Possui dimensão política, operacional e técnica: define o que deve ser feito, mas também como deve ser feito. É impossível fazer planejamento territorial sem o conhecimento do território... Plano Diretor sem mapas é inconcebível! O zoneamento deve refletir a situação atual, mas também as intenções de desenvolvimento.

Para regular o uso do solo é necessário conhecer a dinâmica imobiliária da cidade. Os instrumentos do Estatuto são meios... antes de pensar em que instrumento usar, deve-se definir qual é o resultado pretendido O desenvolvimento urbano só se concretiza com investimentos - planejar sem dialogo com o orçamento é ineficaz

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

Exemplo de análise ① População

45

Comparação da situação passada, presente e futura da malha populacional

O método de projeção populacional futura adotando dados do IBGE

Passado (5 anos atrás) Presente Futuro (daqui a 10 ou 20 anos)

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

Exemplo de análise ② Produção

46

Análise da distribuição dos locais de produção e das áreas de aumento destes locais

Distribuição dos locais

Aumento e redução dos

locais

Na área central ocorre a redução da população diurna, as empresas ocupam as beiras das rodovias e na periferia há tendência de aumento da população diurna.

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

Exemplo análise ③ Trânsito

Velocidade média em horário de congestionamento

Average speed

Trajeto das pessoas

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

Exemplo de análise ④ Valor da terra

48

Tipos de dados

Valor de mercado, valor venal, etc. pontos de atenção Corrigir considerando-se a inflação

Área central Periferia

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

- Dados •Situação de utilização do terreno •Situação de áreas não-utilizadas na região urbana •Distribuição geográfica das terras de propriedade do governo •Áreas que mudaram de uso agrícola ou florestal para uso residencial •Número médio de área edificada no bairro

- Análise • Situação da urbanização • Áreas não-utilizadas na região central • Índice de não-aproveitamento de áreas construídas

49

Exemplo de análise ⑤ Utilização da terra

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos 50

- Dados •Situação de utilização das construções

•Distribuição das casas vazias

•No. de andares de prédios

-Análise •Situação de edificações não-utilizadas

•Possibilidade de construções mais altas

Exemplo de análise ⑥ Construções

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos 51

Banco de dados sobre construções no município de Nova Friburgo

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos 52

- Dados •Rede viária

•Saneamento básico

•Iluminação publica

- Análise •Situação da infraestrutura

Exemplo de análise ⑦ Infraestrutura

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos 53

- Dados •Condições geomorfológicas, hídricas e geológicas

•Condições meteorológicas

•Situação da vegetação

•Áreas de proteção

- Análise

• Controle do desenvolvimento

Exemplo de análise ⑧ Meio ambiente

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos 54

- Dados •Recurso em termos paisagísticos

•Recurso em termos históricos

•Instalações turísticas

- Análise •Proteção da paisagem

•Controle do desenvolvimento

⑨ Recurso paisagístico e

memória

Exemplo de análise

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos 55

Banco de dados sobre áreas verdes e construções históricas de Nova Friburgo

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos 56

- Dados •Situação da ocorrência de desastres

•Áreas de risco

•Sede para operações de prevenção de desastres, locais de abrigo

- Análise •Áreas de risco de inundações

•Áreas de risco de desastres de movimento de massa

Exemplo de análise ⑩ Desastres

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

O PLANEJAMENTO DEVE SER ADEQUADO A UMA REALIDADE FISICOTERRITORIAL E FORTALECER OU RESIGNIFICAR A IDENTIDADE SOCIOTERRITORIAL DA

POPULAÇÃO.

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos 58

Estatuto da Metrópole

Lei 13.089 de 12 /01/2015

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

Estatuto da Metrópole

Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado:

Diretrizes para as FPIC - projetos estratégicos, ações

prioritárias

Macrozoneamento;

Diretrizes para parcelamento, uso e ocupação do solo;

Articulação com as políticas setoriais;

Áreas com restritção à ocupação

Sistema de acompanhamento e controle do Plano.

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

aglomerações urbanas regiões metropolitanas

Macrozona de promoção da urbanização

Macrozona de restrição de urbanização

Zonas de uso do solo (residencial, industrial, ambiental)

Zonas de interesse metropolitano (centralidades)

Zona de aplicação de instrumentos compartilhados

Perímetro região metropolitana

Macrozona de promoção da urbanização

Macrozona de restrição da urbanização

Perímetro aglomeração urbana

Macrozoneamento: instrumento BÁSICO DE ORDENAMENTO urbano no qual o território é dividido em áreas com regras específicas de uso e ocupação do solo. Essas regras determinam os limites aos interesses individuais, visando o bem-estar coletivo, tendo como principais objetivos, entre outros: a) controlar o adensamento urbano; b) controle a eventos de desastres naturais; c) proteger mananciais e a biodiversidade; d) estabelecer centralidades; e) organização do mercado imobiliário; f) evitar a competição regional, etc.

Zonas de controle especial

Zonas de uso do solo (residencial, industrial, ambiental)

Zona de aplicação de instrumentos compartilhados

Zonas de controle especial

Fonte: Souza; ONU-Habitat, 2015.

O desafio de compatibilizar os Macrozoneamentos municipais no contexto metropolitano

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

Estatuto da Metrópole

Prazos

para as novas RM: aprovar o PDUI em 3 anos a partir da data de sua instituição; para as RM existentes: aprovar o PDUI até 13/01/2018. para os municípios integrantes de RMs adequarem seus Planos Diretores: 3 anos após a aprovação do PDUI

Ministério das Cidades

Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos

Obrigado!!

Yuri Rafael Della Giustina Diretor de Políticas de Acessibilidade e Planejamento Urbano/SNAPU/MCidades

[email protected]