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PROCESSO DE ADAPTAÇÃO DE FILHOS DE DECÁSSEGUIS QUE RETORNAM AO BRASIL RENATA OLIVEIRA COSTA FE-USP 2005

Apresentação do tcc

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Page 1: Apresentação do tcc

PROCESSO DE ADAPTAÇÃO DE FILHOS DE DECÁSSEGUIS QUE

RETORNAM AO BRASIL

RENATA OLIVEIRA COSTA

FE-USP

2005

Page 2: Apresentação do tcc

Quadro 12 - Dados dos entrevistados no período de 2004 a 2005

Entrevistados 

Sexo Idade Com quem vivem

Criança 1 Feminino 9 anos Avó

Criança 2 Masculino 17 anos Mãe e irmã

Criança 3 Feminino 15 anos Mãe e irmão

Criança 4 Masculino 19 anos Sozinho

Criança 5 Masculino 18 anos Tios

Criança 6 Feminino 17 anos Mãe

Criança 7 Masculino 20 anos Mãe e irmão

Criança 8 Masculino 7 anos Mãe e pai

Responsável 1 Feminino 62 anos Neta

Responsável 2 Feminino 41 anos Filhos (2)

Responsável 3 Feminino 45 anos Filho

Responsável 4 Feminino 31 anos Filha

Responsável 5 Feminino 46 anos Marido e filha

Page 3: Apresentação do tcc

Escolas

Localizaçãono Estado de São Paulo

Grade curricular com conhecimentos da cultura japonesa

Trabalho de adaptação de filhos de decasséguis

Instituição Clientela

Escola 1 São Bernardo do Campo

Não Não Pública Ensino Fundamental I

Escola 2 São Bernardo do Campo

Sim Sim Privada Educação Infantil, Fundamental I e II e Médio

Escola 3 São Paulo Sim Sim Privada Educação Infantil, Fundamental I e II e Médio

Escola 4 São Paulo Sim Sim Privada Educação Infantil, Fundamental I e II e Médio

Escola 5 São Paulo Sim Sim Privada Educação Infantil e Ensino Fundamental I

Escola 6 São Paulo Sim Sim Privada Educação Infantil e Ensino Fundamental I e II

Escola 7 São Paulo Sim Sim Privada Educação Infantil e Ensino Fundamental I

Escola 8 São Paulo Sim Sim Privada Educação Infantil e Ensino Fundamental I e II

Page 4: Apresentação do tcc

MOVIMENTO DECÁSSEGUI: Conflitos de identidade e baixa

auto-estima; O não aprendizado das línguas

portuguesa e japonesa; Falta de acompanhamento dos

pais; Evasão escolar.

Page 5: Apresentação do tcc

IdentidadeQUADRO 1 – Entrada de imigrantes no Estado de São Paulo: (1870-1952)

(Principais nacionalidades) 

Períodos Total de imigrantes recebidos

 %

Italianos

 %

Espanhóis

 %

Portugueses

 %

Alemães

 %

Austríacos

 %

Japoneses

Outras naciona-lidades

 1870-18791880-18891890-18991900-19091910-19191920-19291930-19391940-19491950-1952

 

 11.330183.505734.985364.834446.582487.253198.12253.992113.049

 30,178,858,547,523,715,36,317,625,2

 

 2,63,011,824,130,313,13,32,416,0

 

 14,612,38,015,529,723,218,333,636,0

 

 9,61,31,01,11,56,75,23,93,9

 

 1,51,42,01,51,11,80,71,40,7

 

 ---

0,26,111,751,35,50,3

 

 41,63,218,710,17,628,214,935,617,9

 

 TOTAL

 100

(2.593.652)

 

 34,5

(894.037)

 15,7

(406.448)

 18,6

(481.572)

 2,7

(70.837)

 1,5

(39.693)

 

 7,3

(190.063)

 19,7

(305.949)

FONTE: Departamento de Imigração e Colonização, Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo. In: CARDOSO, 1998, p. 30.

 

Page 6: Apresentação do tcc

Japão: 300 anos de isolamento e Reforma Meiji;

Brasil: a valorização do branco em detrimento do índio, negro e amarelo;

Crise de 29:Imigrantes japoneses formam cooperativas no cultivo de, principalmente, algodão.

Page 7: Apresentação do tcc

QUADRO 2 - Japoneses residentes fora de seu país em 1934 

Países População japonesa

Brasil 173.500

Havaí 150.800

EUA 146.700

Peru 21.100

Canadá 21.000

FONTE: Young e Reid (1938), p.40. In CARDOSO, 1998, p. 151.

Page 8: Apresentação do tcc

NACIONALIDADE %

 Japoneses Gregos Russos Eslovacos Rumenos Poloneses Búlgaros Italianos do Sul Portugueses

 22 

23 

26 

28 

32 

36 

45 

54 

68  

FONTE: Japanese Association of the Pacific Northwest, 1907, p. 20. In CARDOSO, 1998, p.165.

QUADRO 3 – Porcentagem de analfabetos entreimigrantes recebidos nos EUA até 1907

 

Page 9: Apresentação do tcc

Educação para: Formar o cidadão “japonês” em solo

estrangeiro para retorna ao Japão; Para continuar o ensinamento dos

valores familiares: a mãe; Ensino da língua japonesa:

comunicação; Depois da II Guerra Mundial: ascensão

social - grandes centros urbanos.

Page 10: Apresentação do tcc

Retorno: Crise do plano Collor; Boom econômico do Japão; Lei de controle da Imigração.

Page 11: Apresentação do tcc

QUADRO 10 - Tempo de residência dos entrevistados no Brasil e no JapãoEntrevistados

 

Ano de ida ao Japão

Ano de retorno do Japão

Tempo de residência no Brasil

Tempo de residência no Japão

Idade ao irem ao Japão

Idade ao retornarem do Japão

Criança 1 ---------- ----------- 9 anos ----------- ----------- -----------

Criança 2 1992 2002 2 anos 11 anos 5 anos 16 anos

Criança 3 1992 2002 2 anos 11 anos 3 anos 14 anos

Criança 4 1990 2001 3 anos 11 anos 3 anos 14 anos

Criança 5 1992 2003 1 ano 11 anos 1 ano 12 anos

Criança 6 1992 2003 1 ano 11 anos 6 anos 17 anos

Criança 7 1990 2003 1 ano 13 anos 6 anos 19 anos

Criança 8 2001 2004 1 ano 3 anos 5 anos 10 anos

Responsável 1

---------- ---------- 62 anos ---------- ---------- ----------

Responsável 2

1992 2002 2 11 anos 29 anos 40 anos

Responsável 3

1992 1993 8 anos 10 meses 32 anos 32 anos

Responsável 4

1995 2004 8 meses 9 anos 21 anos 30 anos

Responsável 5

1991 2004 1 ano 15 anos    

Page 12: Apresentação do tcc

Quadro 6 - Brasileiros registrados por províncias (fins de 2002)

No. Províncias Pessoas

1 Aichi 54.081

2 Shizuoka 41.039

3 Nagano 17.537

4 Mie 17.012

5 Gunma 15.636

6 Gifu 15.138

7 Kanagawa 13.794

8 Saitama 13.768

9 Ibaraki 10.950

10 Shiga 10.794

                  

FONTE: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2002.

FONTE: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2002.

 

Page 13: Apresentação do tcc

Quem sou eu? No Brasil: sou chamado de japonês; No Japão: sou brasileiro.

Page 14: Apresentação do tcc

Língua Verbal e aprendizado na família; Não-verbal: costumes locais.

Page 15: Apresentação do tcc

QUADRO 8 – Responsáveis entrevistados e o aprendizado da língua japonesa

Entrevistados

 Sexo Idade Com quem

viveAscen-dência japonesa

Conheci-mento da língua japonesa

Tempo de residência no Japão

Local de residência no Japão

Responsável 1 Feminino 62 anos

Netos (3) Sim Não ---------- ----------

Responsável 2 Feminino 41 anos

Filhos (2) Sim Sim 11 anos Aichi

Responsável 3 Feminino 45 anos

Filho Não Não 10 meses Toyokawa

Responsável 4 Feminino 31 anos

Filha Sim Sim 9 anos Shiga

Responsável 5 Feminino 45 anos

Marido e filha

Não Sim 15 anos Tóquio

Q

Page 16: Apresentação do tcc

QUADRO 9 - Conhecimento das línguas japonesa e portuguesa

Entrevistados

 Conhecimento de português

Conhecimento de japonês

Tempo de moradia no Japão

Tempo de moradia no Brasil após o retorno

Criança 1 Sim Não ----------- 9 anos

Criança 2 Aprendendo Sim 11 anos 2 anos

Criança 3 Aprendendo Sim 11 anos 2 anos

Criança 4 Aprendendo Sim 11 anos 3 anos

Criança 5 Aprendendo Sim 11 anos 1 ano

Criança 6 Aprendendo Sim 11 anos 1 ano

Criança 7 Aprendendo Sim 13 anos 1 ano

Criança 8 Aprendendo Sim 3 anos 1 ano

Page 17: Apresentação do tcc

Famílias Trabalham de 12 a 16 horas por dia; Não acompanham o desenvolvimento

escolar; Separação, divórcio e abandono; Mãe: não transmite valores culturais; Baixo rendimento escolar.

Page 18: Apresentação do tcc

QUADRO 7 – Economias e gastos de uma família decasségui

Médias Ponderadas Valor em Ienes

Economia mensal por núcleo familiar* 107.927

Gastos mensais por núcleo familiar 158.705

Total Apurado 266.632

 Fonte: YANAZE, Mitsuru Higuchi. O mercado “dekassegui” brasileiro no Japão. In: Encontros Culturais: Portugal-Japão-Brasil. (orgs.) PELEGRINI, A. F. e YANAZA, M. H. Barueri: Manole, 2002, p. 133.

 

Page 19: Apresentação do tcc

Aumento de permanência: Instabilidade econômica japonesa; Crise econômica brasileira; Aumento de consumo para minimizar o

sofrimento; Desvalorização do iene frente ao dólar:

queda de 30% dos ganhos.

Page 20: Apresentação do tcc

Escola Espaço comunitário; Valorizada culturalmente; Caminha junto com a família; Continuidade na transmissão de

valores japoneses.

Page 21: Apresentação do tcc

No Brasil: Escolas Apoio pedagógico aos filhos de decasséguis.

Escola 1 Apoio pedagógico paralelo em grupo heterogêneo de alunos.

Escola 2 Trabalho de um semestre com o aluno em sala específica. Depois o aluno freqüenta sala regular e tem aulas de reforço na língua portuguesa e outras disciplinas. Trabalho com a família. Reclassificação do aluno, diminuindo um ano. Aulas de reforço nas disciplinas com dificuldade.

Escola 3 Não declarado.

Escola 4 O aluno freqüenta sala regular e tem paralelamente aulas particulares com professor de alfabetização. Reclassificação do aluno, diminuindo um ano.

Escola 5 O aluno freqüenta sala regular e tem paralelamente aulas particulares com professor de alfabetização. Reclassificação do aluno, diminuindo um ano.

Escola 6 O aluno freqüenta sala regular e tem paralelamente aulas particulares com professor de alfabetização. Reclassificação do aluno, diminuindo um ano.

Escola 7 O aluno freqüenta sala regular e tem paralelamente aulas particulares com professor de alfabetização. Mais acompanhamento psicológico na escola. Trabalho com a família. Reclassificação do aluno, diminuindo um ano.

Escola 8 O aluno freqüenta sala regular e tem paralelamente aulas particulares com professor de alfabetização. Trabalho com a família. Reclassificação do aluno, diminuindo um ano.

Page 22: Apresentação do tcc

QUADRO 19 – Formação de professores e gestores entrevistados

Entrevistados 

Formação Conhecimento da língua japonesa

Principal dificuldade com o aluno 

Professor 1 Nível Superior Não O ensino da língua portuguesa e a identificação com a cultura brasileira.

Professor 2 Nível Superior Incompleto

Não O ensino da língua portuguesa.

Coordenador 1 MBA Gestão Não O ensino da língua portuguesa.

Coordenador 2 Nível Superior Sim O ensino da língua portuguesa e a identificação com a cultura brasileira.

Diretor 1 Nível Superior Sim O ensino da língua portuguesa.

Diretor 2 Nível Superior Sim O ensino da língua portuguesa.

 

Page 23: Apresentação do tcc

ISEC – INSTITUTO DE SOLIDARIEDADE EDUCACIONAL E CULTURAL Guia Educacional; Livros adaptados; Cursos para readaptação das crianças

que retornam; Centro de treinamentos para a família; Assessoria pedagógica; Grupos de discussões: simpósio e

reuniões.

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No Japão: Escolas japonesas: faixa etária,

trabalho grupal e ijimi; Escolas brasileiras: condições

precárias, mensalidades altas, sem auxílio do governo brasileiro e japonês;

AEBJ – Associação de Escolas Brasileiras no Japão.

Iniciativa de algumas províncias.