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GRUPOS FOCAIS O Q UE S ÃO E PRA QUÊ SERVE M Grupo: Fábio Neves Lucas Gerhard

Apresentação Grupos Focais - final

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Grupo: Fábio Neves Lucas Gerhard

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‘’A delicadeza de um tópico não é fixa mas socialmente construída, com os tabus de uma pessoa ou de um grupo sendo perfeitamente aceitáveis para outro.” (Farquhar e Das, 1999)

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CARACTERÍSTICAS DO GRUPOS FOCAIS

Definição de um Grupo Focal• Se baseia em promover e analisar a interação entre

participantes, em vez de perguntar questões para cada integrante individualmente.

• Os participantes podem ter ou não um consenso sobre o assunto sem prejudicar o propósito do grupo focal, pois qualquer discussão em grupo pode fornecer informações, desde que o moderador esteja atento às interações que ocorrem entre os integrantes.

• O moderador faz isso ao estimular que as pessoas conversem entre si, e não simplesmente digam coisas à ele. Para este propósito, é necessária a preparação de vários fatores como: um guia de tópicos, materiais de estímulo, materiais para anotação e/ou gravação, escolha de uma lógica para a seleção dos participantes, e outros.

• O método se encontra no meio do caminho entre a pesquisa de campo e as entrevistas individuais, é um “bisbilhotar estruturado”.

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BREVE HISTÓRICO• Usualmente é considerado como tendo surgido nesse contexto,

não diferenciava as entrevistas grupais das individuais, tratava com técnicas quantitativas.

Testes de reação à propagandas e transmissões de rádio, em

1940, durante a Segunda Guerra Mundial.

• Geralmente observados por espelhos translúcidos, tendo como método de análise a tomada de notas, relatórios dos moderadores e análises baseadas na memória. Claramente insatisfatório para a pesquisa acadêmica.

Fundamentais para a pesquisa com emissão de mensagens, marketing e levantamento de

opinião pública.

• Pesquisa focada no cliente, utilizando grupos focais para primeiramente tentar resolver ou confirma a existência do problema, e só então convocar especialistas, já tendo então a questão amadurecida.

Aplicação em pesquisa e desenvolvimento organizacionais

• Tem como foco fundamental o facilitara geração de conhecimento pelos e para os participantes, visando dar voz a minorias desfavorecidas, geralmente utilizados para tratar de questões consideradas problemáticas.

Aplicação em desenvolvimento comunitário, com métodos participativos e dialógicos

• Mais atual, visa a geração de insights das experiências das pessoas de grupos pouco acessíveis, buscando tomar uma visão de dentro do contexto, utilizando a habilidade da pesquisa qualitativa para iluminar a pesquisa subjetiva.

Pesquisa com serviços de saúde e pesquisa nas ciências sociais

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“Durante as discussões de grupos focais um senso coletivo é estabelecido, os significados são negociados e as identidades elaboradas pelos processos de interação social entre as pessoas.” (Wilkinson, 1999)

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USO PARA ALCANÇAR INDIVÍDUOS “RELUTANTES”

• Algumas pessoas podem achar intimidantes as entrevistas individuais.

• Preferem se apoiar no coletivo para desenvolver suas ideias.

Ajuda a conseguir respostas

de indivíduos

• Algumas pessoas se sentem desencorajadas a falar por achar que sua opinião é irrelevante.

• Encontram no grupo uma forma de validar a importância de sua opinião.

Encoraja a participaçã

o dos indivíduos

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USO PARA ALCANÇAR INDIVÍDUOS POUCO ACESSÍVEIS

• Por causa de sua relativa informalidade, o método tem boa aceitação.

• Através de estratégias de recrutamento, alcança intencionalmente opiniões de grupos específicos.

Engajar aqueles que

poderiam passar

despercebidos

• Permite focar em grupos que normalmente não seriam alcançados pelo marketing.

• Dá a liberdade para “minorias” falarem sobre as diferenças em relação a outros grupos.

Acesso a grupos

marginalizados

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USO PARA INVESTIGAR A NÃO ACEITAÇÃO OU NÃO ADESÃO

Estratégia das perguntas “por que não?”

• Perguntas desse tipo, que em uma entrevista individual colocariam uma pessoa na defensiva, podem ser abordadas indiretamente e de forma positiva.

• Questionamentos e pedidos de explicações mais aprofundadas não precisam ser forçados, pois eles se tornam naturais na discussão entre os participantes.

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USO COMO MÉTODO DE PESQUISA QUALITATIVA

• É de extremo valor a oportunidade de registrar o debate e as argumentações de diferentes pontos de vistas, se permitindo ser surpreendido pelo grupo.

Capacidade de levantar insights

• Se os indivíduos foram escolhidos para representar e comparar grupos ou ideologias diversas e contraditórias.

Capacidade de focar em análises da voz de cada

indivíduo

• Se os indivíduos foram escolhidos como representantes de um mesmo contexto, mas com atitudes diferentes.

Capacidade de focar em análises

do consenso grupal

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USO NA FASE EXPLORATÓRIA DE ESTUDOS DE MÉTODO MISTO

• Pode ser utilizado como complemento, tanto para outros métodos qualitativos quanto para métodos quantitativos de pesquisa, permitindo sondar previamente a população, para contribuir para o método seguinte.

Uso na fase exploratória de um projeto de

pesquisa

• Um dos usos mais comuns é o de adaptação de questionários a parcela da população em que se aplica, visando formular questões contextualmente relevantes, e evitar problemas com tópicos “delicados”.

Base para projetar

questionários culturalmente

dedicados

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USO COM ABORDAGEM DE MÉTODO MISTO

• Não há regra pronta, é preciso avaliar os pontos positivos e negativos, restrições e possibilidades para cada projeto de pesquisa.

Entrevistas individuais e

discussões de grupos focais combinados

• Não devem ser vistos como mutuamente excludentes, porque um foco em alcançar escalas quantitativas de valores não prejudica a profundidade da parte qualitativa do estudo.

Pode ser muito útil combinar grupos

focais e questionários

individuais

• A conversa permite entender a explicação dos dados quantitativos, por vezes contra intuitivos. Não somente obter um ranking, mas entender os insights que levaram ao resultado.

Aplicação após a pesquisa

quantitativa, sondar respostas

ilógicas

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USO PARA TRIANGULAÇÃO• Tem um uso destacado nas combinações para

triangulação, ou seja, comparação de resultados elencados por diferentes métodos, tanto para confirmar quanto para contradizer.

• Barbour recomenda desconsiderar a característica do método de triangulação que, para evitar problemas de contradição e inconsistência, pressupõe a eleição de um dos métodos como sendo o “padrão”. Esse método tem maior prioridade, e status de confiança e autenticidade.

• Ao invés disso, ela recomenda utilizar todos os métodos como se fossem coletas de dados paralelas e de mesmo valor. Em vez de encarar resultados contraditórios como problemas, deve-se estar preparado para usá-los como recurso.

Uso frequente em

pesquisas com objetivo de realizar a triangulação, porém com

certas ressaltas

apontadas pela autora

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USO PARA ABORDAR UMA VARIEDADE DE OLHARES DIFERENTES

Característica comum de métodos qualitativos• Encarar simultaneamente uma questão por diversos ângulos, também

chamado de “cristalização”. Torna possível capturar múltiplas vozes de diferentes agentes envolvidos, e entender as disparidades como uma riqueza da pesquisa.Não se frustrar com mudanças de opinião durante o

processo• É preciso entender que não temos o controle de forçar os participantes

a defendem suas ideias até o final, mas a liberdade semiestruturada dos grupos focais é ótima para estudar o processo de formação de uma opinião. Mas, apesar de os participantes mudarem de opinião, e muitas vezes chegarem a um consenso, esse consenso não pode ser tido a “verdade” ou a solução, porque vai ser sempre dependente das circunstâncias em que ocorreu e das pessoas que participaram, portanto seria uma equívoco extrapolar ou generalizar os dados irrestritamente.

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CRITÉRIO

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“Grupos focais são úteis quando se trata de investigar o que os participantes pensam, mas eles são excelentes em desvendar por que os participantes pensam como pensam.” (Morgan, 1988)

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FUNDAMENTOS PARA DECIDIR QUANDO UTILIZAR

Não há regras prontas, deve-se avaliar os prós e contras• Em alguns casos, os participantes podem preferir falar

particularmente com o entrevistador, como em casos de doenças, situações constrangedoras, preocupações com o anonimato, questões de funcionário e chefe, etc.

• Para outros, existe uma percepção de maior segurança quando conversando em grupo, porque a troca com outros alivia a tensão de não saber dizer algo relevante, como em casos em que o que se espera é entender situações do dia-a-dia, considerar por vezes como triviais.

• Existe ainda a contribuição efetiva para alguns participantes que vivem isolados e tem necessidade de ter companhia e conversar.

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VANTAGENS EMERGENTES DO MÉTODOObter dados em momentos críticos que não se repetem

• O método pode capturar respostas a eventos que ainda estão ocorrendo, já que um estudo pode ser montado com pessoas chave reunidas momentaneamente.

Evitar insights detalhados do trivial• Em comparação à métodos que avaliam respostas dos participantes, analisando

as soluções expressas, o método de grupos focais vai além de simplesmente entender o que as pessoas pensam, mas se executado com uma abordagem correta, pode revelar porque eles pensam o que pensam, ou seja, as implicações “macro”, limitações sociais, o processo de construção social que levaram as soluções executadas.Facilidade de “retorno ao campo” e amostragem de segundo

estágio• Retornar ao campo para testar hipóteses pode ser muito dispendioso, porém

realizar uma segunda convocação, ou seja, uma amostragem de segundo estágio com alguns integrantes promissores pode ser uma maneira bem mais simples de aprofundar ideias novas ou insights inesperados que podem mudar o rumo da pesquisa.

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DESVANTAGENS CARACTERÍSTICAS DO MÉTODO

• Modelos teóricos e conhecimentos da literatura existe, quando postos na prática, podem ser difíceis de realizar, pois nem sempre é possível ou somos capazes de recrutar todas as pessoas e grupos que identificamos em nossa tabela amostral ideal.

Atender a um quadro

amostral desejado

pode consumir bastante tempo

• Diferentemente do marketing em escala nacional, patrocinado por grandes investidores de produtos, a pesquisa acadêmica não visa descobrir respostas simples e imediatas, como as tendências de mercado, além de ter uma escala bem menor. Por isso é uma análise rigorosa, já que os dados obtidos não são estruturados.

Cautelas quanto à

amostragem

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QUANDO NÃO UTILIZAR GRUPOS FOCAIS

Quando o foco são as narrativas individuais• No meio da conversação podem haver ruídos nas narrativas individuais,

ocasionados por disputas de falas, influências de umas histórias nas outras, dificuldade de dar a voz para cada pessoa igualmente.

Quando o foco são as sequências de fatos• As narrativas de histórias provavelmente não vão se desenvolver

sequencialmente, o que pode frustrar as tentativas de analisar os dados, por vezes fora de ordem.

Quando o foco são avaliar “atitudes”• Atitudes ou decisões práticas, são o resultado finais de observações

analíticas e processos mentais desempenhados, e muitas vezes diferentes do que a pessoa relataria como sua atitude formulada.

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QUESTÕES P

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“Nenhuma faceta da fala, seja uma pausa, uma correção, uma mudança no tom ou volume, ou mesmo um espirro, devem ser presumidos como irrelevantes para a interação.” (Puchta e Potter, 2004)

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AVALIAÇÃO DE CUSTOS E ESFORÇOS

O mito da economia de tempo

• A pesquisa de grupos focais é vista como um “atalho” para alcançar soluções rápidas do que as entrevistas individuais, o que é um engano e um mal uso do recurso. O principal erro está em pensar que um grupo pode ser reunido com pouco tempo e esforço, já que para aproveitar o potencial pleno da técnica é necessário um longo tempo de planejamento da execução. O pesquisador ainda gasta tempo selecionando sua amostra, telefonando, lidando com a logística de conciliar os horários dos participantes para preencher a amostra ideal, e, depois de realizado o grupo focal, o enorme gasto de tempo para analisar os dados que são caracteristicamente não-estruturados.

O mito da economia de dinheiro

• Outro engano comum é considerar o grupo focal como uma alternativa mais barata do que os outros métodos de pesquisa, o “último recurso” em casos de falta de dinheiro, que é geralmente selecionado por faltas de financiamento para bancar uma pesquisa de entrevista tradicional. Porém, os pesquisadores devem estar alertas para os custos com deslocamento dos participantes, aluguel de um ou mais salas, equipamento de gravação de áudio ou vídeo, refrescos, comida, materiais de estímulo, e, por fim, os custos da transcrição do áudio. Além disso, devem ser considerados os custos com o tempo gasto tanto pelos participantes, quanto pelo pesquisador para processar os dados. 20

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ADEQUAÇÃO DO MODERADOR• As características do moderador influenciam diretamente a forma e o conteúdo dos dados levantados, pois existe ênfase ou detalhamento de aspectos que são importantes para o pesquisador, e podem não ser para o grupo. É necessário considerar isso durante a análise dos dados, e evitar o perigo se utilizar do grupo focal como meio de confirmar inseguranças, dúvidas ou ideias pré-concebidas.

Impacto da personalidad

e do pesquisador

• Quando um moderador tem relações de trabalho com os participantes do grupo focal, por exemplo em uma reunião de grupo focal promovida dentro da empresa, as respostas podem se tornar todas em citações do “manual”, ocultando os fatos reais do contexto de trabalho.

Impacto da situação patrão -

empregados

• Quando se trata com determinados grupos selecionados especificamente, podem haver dificuldade de conversação, por exemplo, meninas adolescentes podem se sentir mais a vontade de falar de certos assuntos com uma moderadora mulher. Em alguns casos, pode-se considerar uma dupla de moderadores para alcançar diferentes efeitos.

Adequação do gênero,

idade e estilo do

moderador

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ADEQUAÇÃO DO AMBIENTE• O espaço dever ser planejado para acomodar a todos de maneira confortável, maximizando a probabilidade de conversação, evitando deixar pessoas isoladas. Além, também deve ser pensada a facilidade de gravação ou filmagem, para captar gestos e expressões faciais.

Espaços que favoreçam a participação

• Dificilmente será possível encontrar um ambiente que agrade a todos, mas é possível desviar a atenção do ambiente para outro foco, como materiais de estímulo, e outros recursos para “quebrar o gelo”.

Compensar problemas do

ambiente

• É preciso atentar para qualquer material disposto no ambiente que possa causar desconforto ou ofender algum participante, como revistas, pôsteres, livros, etc. Também é recomendado visitar o local previamente para verificar sua acessibilidade.

Cuidados com objetos e com necessidades

especiais

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MATERIAIS DE ESTÍMULO

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• Tais materiais, como uso de fotografias e quadrinhos, por exemplo, possuem a utilidade de quebrar o gelo e inserir humor; estimular discussões; e tem grande potencial para estabelecer comparações entre grupos.

Vantagens dos materiais de

estímulo

• Esse processo não é uma ciência exata, nem há necessidade de maiores habilidades para isso. Cabe ao pesquisador realizar um estudo piloto e buscar orientação, a fim de que se possa aumentar as chances de que o material provoque discussões sobre o tópico.

Seleção e desenvolvimento de materiais

de estímulo

• A aplicação de sessões de exposição para os participantes é oportuna para geração de outros dados, o que pode desvelar ao pesquisador quaisquer padrões enigmáticos que sugiram novos questionamentos para aplicação futura.

Geração de materiais de

estímulo pelos grupos focais

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DESENVOLVIMENTO DE GUIA DE TÓPICOS A SEREM ABORDADOS

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• É importante que o guia antecipe a discussão, o que pode ser feito com poucas breves questões. É aconselhável que se faça estudos-piloto antes de incorporar o guia ao seu projeto de pesquisa principal.

Guia de tópicos

• Iniciar o guia com questões inofensivas é recomendado para facilitar a entrada do tópico escolhido. Outra ferramenta bastante oportuna é a utilização de itens que proporcionem estrategicamente humor e vinhetas de caso.

Ordem das

questões

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RECRUTAMENTO

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• O pesquisador deve se manter atento à tomada de decisões éticas e pragmáticas, bem como considerar o sobrerrecrutamento em casos onde possam ocorrer muitas faltas.

Estratégias de

recrutamento

• A questão sobre pagamento aos participantes, quando houver recursos, deve ser analisada cuidadosamente. O pesquisador precisará levar em consideração fatores como perfil do respondentes, prestação de contas do recurso, a legislação vigente, por exemplo.

Ética no recrutamen

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AMOSTRAGEM – COMPOSIÇÃO DO GRUPO

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• É oportuno que se convoque os participantes para encorajar pessoas a frequentar o grupo e facilitar discussões sobre tópicos difíceis.

Convocar participant

es

• O número de grupos a pesquisar é determinado pelas comparações que se deseja fazer. Já a quantidade de pessoas por grupo, considerar entre 3 a 4 pessoas para o mínimo e 8 pessoas para o máximo de participantes é uma faixa aceitável.

Número e tamanho

dos grupos

Page 27: Apresentação Grupos Focais - final

M P Q - C O P P E - U F R J 2 0 1 2 / FÁ B I O N E V E S E LU C A S GE R H A R D - F O N T E : B A R B O U R , R O S A L I N E . G R U P O S F OC A I S . P O RT O A L E G R E . B O O K M A N ; A RT M E D . 2 0 0 9 . [ CA P. 1 A 6 , P. 1 9 - 1 2 2 ]

GRUPOS PREEXISTENTES

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• É um importante critério para convocar grupos de pessoas jovens. Esse tipo de grupo pode levar a um entendimento mais aprofundado das dinâmicas e respostas do grupo.

Agrupamentos de amizade

• É aplicado para proporcionar um entendimento do contexto “de vida real”, ou seja, revelar os comportamentos assumidos pelo grupo quando se juntam para outros propósitos.

Grupo de profissões

mistas ou únicas

• É fundamental preservar a confidencialidade das discussões, uma vez que os participantes podem ter relações complexas e interligadas que possam ser afetadas por alguma confidência.

Confidencialidade nos grupos

focais

Page 28: Apresentação Grupos Focais - final

M P Q - C O P P E - U F R J 2 0 1 2 / FÁ B I O N E V E S E LU C A S GE R H A R D - F O N T E : B A R B O U R , R O S A L I N E . G R U P O S F OC A I S . P O RT O A L E G R E . B O O K M A N ; A RT M E D . 2 0 0 9 . [ CA P. 1 A 6 , P. 1 9 - 1 2 2 ]

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OBRIGADO!