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Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador Apresentação Belo Horizonte MG 25-08-2011 Política Nacional de Saúde do Trabalhador (no SUS) e a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST)

Apresentação política minas gerais1 roque

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Page 1: Apresentação política  minas gerais1   roque

Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde

Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador

Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador

Apresentação Belo Horizonte MG

25-08-2011

Política Nacional de Saúde do Trabalhador (no SUS) e a Rede Nacional

de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST)

Page 2: Apresentação política  minas gerais1   roque

Processos em andamento:

POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR (NO SUS) – PNST

MANUAL DA RENAST

Documento Técnico da VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR

Page 3: Apresentação política  minas gerais1   roque

POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR (NO SUS) – PNST

- 1998 - Portaria MS/SPS nº. 16/98 – GT proposição da Política

Nacional de Saúde do Trabalhador

- 2001 - proposta PNST apresentada em audiência pública na

Câmara dos Deputados

2004 - COSAT retoma internamente documento da PNST de 2001 e

elabora nova proposta

2008 - retomada por meio de GT com representações dos

Coordenadores Estaduais de ST

- 2009 - reuniões do GT e oficinas de trabalho com a participação de

outros atores

Page 4: Apresentação política  minas gerais1   roque

Processo de construção e formalização de

regulamentações no SUS:

Elaboração de proposta inicial por meio de GT

Discussão no Colegiado da SVS

Abertura de espaços para discussão e contribuição de atores sociais estratégicos (ex: CONASS, CONASEMS, ST - SES e SMS, CIST/CNS, CT-SST)

Consulta Pública

Discussão e aprovação no CNS

Discussão e pactuação com esferas de gestão do SUS

Page 5: Apresentação política  minas gerais1   roque

POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR (NO SUS) – PNST

2010

- 1ª versão finalizada pelo GT em maio

- apresentações: - CIST/CNS (maio)

- 4º Encontro Nacional da Renast (30 junho -1º julho)

- Conselho Nacional de Saúde (julho)

- III Encontro das CIST (dezembro)

2011

- continuidade do processo:

- discussão no Colegiado da SVS

- apresentação no GTVS em junho

- consulta pública (30 dias)

- discussão e pactuação com esferas de gestão do SUS

- discussão e aprovação no CNS

Page 6: Apresentação política  minas gerais1   roque

POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR (NO SUS) – PNST

ESTRUTURA

1. INTRODUÇÃO

2. PRINCÍPIOS NORTEADORES

3. PROPÓSITO

4. DIRETRIZES

5. ESTRATÉGIAS

6. RESPONSABILIDADES DAS ESFERAS DE GESTÃO

7. PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA

POLÍTICA

8. GLOSSÁRIO

9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

10. ANEXOS

- 10.1 - Bases Legais

- 10.2 - Elenco de orientações para a elaboração de planos de ação nas três esferas de

gestão do SUS

Page 7: Apresentação política  minas gerais1   roque

POLITICA NACIONAL DE

SAÚDE DO TRABALHADOR (NO SUS) – PNST

PROPÓSITO

A Política Nacional de Saúde do Trabalhador tem por propósito definir

os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados nas

três esferas de gestão do SUS – federal, estadual e municipal, para o

desenvolvimento das ações de atenção integral à Saúde do

Trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a

proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade

decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos

produtivos.

Page 8: Apresentação política  minas gerais1   roque

POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR (NO SUS) – PNST

PRINCÍPIOS NORTEADORES

Universalidade

Integralidade

Equidade

Responsabilidade Sanitária

Precaução

Participação da comunidade, dos trabalhadores e do Controle

Social

Hierarquização e descentralização

Page 9: Apresentação política  minas gerais1   roque

PRINCÍPIOS DO SUS APLICADOS À ST (1)

UNIVERSALIDADE: todos os trabalhadores devem ser

objeto das ações, independentemente de sua forma de

inserção ou do tipo de vínculo empregatício;

INTEGRALIDADE DAS AÇÕES: atenção integral à saúde do

trabalhador, articulando as ações de assistência e

recuperação da saúde, de prevenção de agravos e de

controle de seus determinantes, e atuação sobre os

ambientes e processos de trabalho, visando à promoção

de ambientes de trabalho saudáveis;

Page 10: Apresentação política  minas gerais1   roque

PRINCÍPIOS DO SUS APLICADOS À ST (1)

EQUIDADE: Esta Política deve contemplar todos os trabalhadores

priorizando, entretanto, os grupos em situação de maior vulnerabilidade,

como aqueles inseridos em atividades ou em relações informais e precárias

de trabalho, em atividades de maior risco para a saúde, ou submetidos a

formas nocivas de discriminação, na perspectiva de superar desigualdades

sociais e de saúde e de buscar a equidade na atenção. Grupos vulneráveis

devem ser identificados e definidos a partir da análise da situação de saúde

local e regional e da discussão com a comunidade, trabalhadores, controle

social e outros sujeitos sociais de interesse à saúde dos trabalhadores. As

intervenções propostas devem considerar fundamentos éticos e o respeito à

dignidade das pessoas e às suas especificidades e singularidades culturais

e sociais.

Page 11: Apresentação política  minas gerais1   roque

PRINCÍPIOS DO SUS APLICADOS À ST (1)

RESPONSABILIDADE SANITÁRIA: No Brasil, segundo a Constituição

Federal de 1988, o direito à saúde é um direito social (Art. 6º) que decorre do princípio

fundamental da dignidade humana (inciso III, Art. 1º), cabendo ao Estado garanti-la

mediante políticas sociais e econômicas, que visem à redução do risco de doença e de

outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua

promoção, proteção e recuperação (Art. 196).

Dessa forma, é dever do poder público prover as condições e as garantias para o

exercício do direito individual e coletivo à saúde, com a ressalva de que o dever do Estado

não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade (art. 2º, parágrafo 2º da Lei

Nº 8.080/90). A responsabilidade sanitária é comum às três esferas de gestão do SUS –

federal, estadual e municipal, e deve ser desempenhada por meio da formulação,

financiamento e gestão de políticas de saúde que respondam às necessidades sanitárias,

demográficas e sócio-culturais das populações e superem as iniqüidades existentes.

Os gestores e os profissionais de saúde devem desenvolver estratégias para identificar

situações que resultem em risco ou produção de agravos à saúde, adotando e ou

fazendo adotar medidas de controle quando necessário. Isto pressupõe o entendimento

de que os locais de trabalho são espaços de interesse público, cabendo ao SUS assumir

sua responsabilidade sanitária e constitucional de proteger a saúde dos trabalhadores em seus

locais de trabalho.

Page 12: Apresentação política  minas gerais1   roque

PRINCÍPIOS DO SUS APLICADOS À ST (1)

PRECAUÇÃO: A incorporação do princípio da precaução pela área da Saúde do

Trabalhador considera que, por precaução, medidas devem ser implantadas visando

prevenir danos à saúde dos trabalhadores, mesmo na ausência da certeza científica

formal da existência de risco grave ou irreversível à saúde. Busca, assim, prevenir

possíveis agravos à saúde dos trabalhadores causados pela utilização de processos

produtivos, tecnologias, substâncias químicas, equipamentos e máquinas, entre outros.

Requer, na tomada de decisão em relação ao uso de determinadas tecnologias, que o

ônus da prova científica passe a ser atribuído aos proponentes das atividades suspeitas

de danos à saúde e ao ambiente.

HIERARQUIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO: Observar este

princípio organizativo do SUS requer a consolidação do papel do município como

instância efetiva de desenvolvimento das ações de atenção à saúde do trabalhador,

integrando todos os níveis de atuação do Sistema Único de Saúde, em função de sua

complexidade e densidade tecnológica, considerando sua organização em redes e

sistemas solidários e compartilhados entre as três esferas de gestão e conforme a

pactuação estadual e regional

.

Page 13: Apresentação política  minas gerais1   roque

PRINCÍPIOS DO SUS APLICADOS À ST (1)

CONTROLE SOCIAL/PARTICIPAÇÃO: os trabalhadores e suas

representações devem estar envolvidos em todas as etapas do

processo:

identificação das demandas,

planejamento, estabelecimento de prioridades,

definição das estratégias,

execução das atividades,

acompanhamento/controle e avaliação das ações.

Pressuposto básico da ST

Forte relação entre democratização da sociedade e a qualidade dos

ambientes de trabalho e de vida em geral dos trabalhadores.

As ações em ST devem se articular com os movimentos de

trabalhadores, democratizando as negociações.

Controle do trabalho pelos trabalhadores (valorização da sua

vivência e conhecimento).

Page 14: Apresentação política  minas gerais1   roque

POLITICA NACIONAL DE

SAÚDE DO TRABALHADOR (NO SUS) – PNST

DIRETRIZES

Diretriz 1 - Fortalecimento da Vigilância em Saúde do

Trabalhador e integração com demais componentes da

Vigilância em Saúde

Diretriz 2 - Promoção da saúde e de ambientes e processos de

trabalho saudáveis

Diretriz 3 - Garantia da integralidade na atenção à Saúde do

Trabalhador

Page 15: Apresentação política  minas gerais1   roque

POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR (NO SUS) – PNST

ESTRATÉGIAS

1. Integração da Vigilância em Saúde do Trabalhador junto aos demais componentes da

Vigilância em Saúde e com a Atenção Primária em Saúde

2. Análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores

3. Estruturação da RENAST no contexto da Rede de Atenção à Saúde

3.1 Ações de ST junto à APS

3.2 Ações de ST junto aos Pontos de Atenção Secundários e Terciários

3.3 Papel dos CEREST na RENAST

4. Fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial

5. Estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do Controle Social

6. Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos

7. Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas

8. Garantia do financiamento das ações de ST

Page 16: Apresentação política  minas gerais1   roque

MARCOS LEGAIS – PORTARIA GM/MS nº.

2.728, de 11 novembro de 2009

Fortalecimento da capacidade de gestão do SUS/ RENAST

Diretrizes operacionais nos Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e Gestão

Adequação ao Sistema de Planejamento do SUS – PLANEJASUS

(Planos de Saúde, Programação Anual de Saúde e Relatório Anual de Gestão)

Planos Municipais de Saúde.... 2010 a 2013

Planos Estaduaise Nacional de Saúde .... 2012 a 2015

Implantação dos Cerest Municipais ( municípios +500 mil habitantes).

Fortalecimento do Controle Social e das CIST’s nos Conselhos de Saúde

Page 17: Apresentação política  minas gerais1   roque

Centros de Referência em Saúde do Trabalhador

– CEREST

UF Unidades

SP

MG

BA

RJ

RS

PE

CE

SC

PR

GO

MA

PA

PB

RN

PI

AL

ES

MS

AM

TO

MT

DF

SE

RO

AP

RR

AC

42

17

15

15

12

9

8

7

7

5

5

5

4

4

4

4

3

3

3

3

3

3

3

2

2

1

1

TOTAL 190

Page 18: Apresentação política  minas gerais1   roque

Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde

Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador

10 PRINCIPAIS CAUSAS DE MORTALIDADE NO PAÍS – SUB-GRUPOS

nº ordem Causa 2007 2008 2009

01 Cérebro Vasculares 96.804 98.962 98.947

02 Isquêmicas coração 92.568 95.777 96.091

03 Infarto Agudo Miocárdio 71.997 75.272 76.092

04 Diabetes Mellitus 47.718 50.448 51.854

05 Pneumonia 44.311 45.421 51.608

06 Agressões 47.707 50.113 50.333

07 Hipertensivas 39.330 43.030 43.832

08 Crônicas vias aéreas inferiores 38.466 37.930 38.279

09 Acidentes de Transportes 38.419 39.211 37.516

10 Alg. Afecções per.perinat. 26.898 26.080 25.359

Page 19: Apresentação política  minas gerais1   roque

Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde

Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador

População Economicamente Ativa

2007 - 97.872

2008 - 99.500

2009 - 101.110

FORMAIS

2007 - 31.576

33.656 - ‏2008

2009 -

ACIDENTES DE TRABALHO (com CAT) (sem CAT)

2005 – 491.711 Ac. Típico Ac. Trajeto Doenças do Trabalho

2006 – 512.232 407.426 74.636 30.170

2007 - 681.972 417.036 79.005 22.374 141.108

2008 - 755.980 441.925 88.742 20.356 204.957

2009 - 723.452 421.141 89.445 17.693 195.173

MORTES

2005 - 2.708

2006 - 2.711

2007 – 2.845

2008 – 2.817

2009 - 2.496 Fonte: Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho/MTE/MPS

Page 20: Apresentação política  minas gerais1   roque
Page 21: Apresentação política  minas gerais1   roque

Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde

Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador

INSS. Auxílios Doença - Previdenciário Concedidos (B-31). Principais Grupos de Causas. CID-10.

2010 Total = 1.664.069 Fonte: SUIBE, Abril/2011

.

Page 22: Apresentação política  minas gerais1   roque

Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde

Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador

PRINCIPAIS PROGRAMAS FIM - MS-2009 - R$ BI ATIVIDADES 2009

%

AMBULATORIAL E HOSP.ESPEC. 27,282 49,8

ATENÇÃO BÁSICA 9,537 17,4

ASSIST. FARMACÊUTICA 5,519 10,1

VIG. CONTROLE DOENÇA/AGRAVO 2,731 4,9

TODOS OS OUTROS DEMAIS 9,641 17,6

SUB-TOTAL ASS-EC-29 54,727 100,0

INATIVOS+DÍVIDA (4,62+0,032 4,619

ENCARGOS ESPECIAIS 0,173

TOTAL 59,519 FONTE: AUTÓGRAFO- 2009 ESTUDOS-Gilson Carvalho

Page 23: Apresentação política  minas gerais1   roque

Agravos/SINAN 2007 2008 2009 Total

Ac.Trabalho c/Exp. Material biológico

15.345 37,6 21.607 36,9 27.088 39,4 64.040 8,1

Ac.Trabalho Grave** 19.742 48,4 30.500 52,1 33.437 48,7 83.679 49,8

Câncer rel. trabalho 5 0,0 11 0,0 31 0,0 47 0,0

Dermat.ocupacionais 126 0,3 276 0,5 386 0,6 788 0,5

Int. Exógenas(***) 2.057 5,0 2.338 4,0 2.729 4,0 7.124 4,2

LER DORT 3.186 7,8 2.771 4,7 4.292 6,3 10.249 6,1

PAIR 112 0,3 183 0,3 246 0,4 540 0,3

Pneumoconioses 102 0,3 743 1,3 172 0,3 1.017 0,6

Transtorno Mental 117 0,3 166 0,3 289 0,4 572 0,3

TOTAL 40.792 100 58.595 100 68.670 100 168.057

Page 24: Apresentação política  minas gerais1   roque

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PISAST

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