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Prestação de Contas Exercício de 2007 Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Controladoria Geral do Município Contadoria Geral 1 APRESENTAÇÃO O Município do Rio de Janeiro, de acordo com a sua Lei Orgânica, constitui-se da Administração Direta e Indireta. A Administração Direta compreende os órgãos sem personalidade jurídica própria dos Poderes Legislativo e Executivo. Fazem parte da Administração Direta no Poder Legislativo a Câmara Municipal, bem como o Tribunal de Contas do Município. Já no Poder Executivo, a Administração Direta é composta pelas Secretarias Municipais e Especiais, Fundos Especiais, Gabinete do Prefeito, Controladoria Geral e Procuradoria Geral. A contabilidade de toda a administração direta é regida pela Lei 4.320/64. As Autarquias, as Fundações, as Empresas Públicas, as Sociedades de Economia Mista e dois Fundos Especiais compõem a Administração Indireta Municipal. As Autarquias e as Fundações Públicas seguem as normas da Lei 4.320/64, enquanto que as Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista são regidas pela Lei 6.404/76. Em 31 de dezembro a hierarquia orçamentária da administração municipal estava constituída de acordo com o relatório extraído do Sistema FINCON a seguir: Hierarquia Orçamentária de Órgãos Municip ais - FCONR01 151 Código 1000 - Secretaria Municipal de Governo 1001 - Gabinete do Secretário Municipal de Governo 1002 - Secretaria Executiva das Coordenadorias das Regiões Administrativas Código 1051 - Empresa Municipal de Artes Gráficas Código 1100 - Gabinete do Prefeito 1101 - Gabinete do Prefeito Código 1151 - Companhia Municipal de Limpeza Urbana Código 1152 - Riocentro S.A. - Centro de Feiras, Exposições e Congressos do Rio de Janeiro Código 1153 - Empresa Municipal de Informática Código 1154 - Empresa Municipal de Vigilância Código 1200 - Controladoria Geral do Município do Rio de Janeiro 1201 - Gabinete do Controlador Código 1300 - Secretaria Municipal de Administração 1301 - Gabinete do Secretário Municipal de Administração 1307 - Subsecretaria de Estudos e Pesquisas em Administração Pública Código 1331 - Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio de Janeiro Código 1332 - Fundo de Previdência do Município do Rio de Janeiro Código 1333 - Fundo de Assistência à Saúde do Servidor Código 1400 - Secretaria Municipal de Fazenda 1401 - Gabinete do Secretário Municipal de Fazenda 1404 - Reserva Técnica para Restituição de Depósitos Judiciais e Administrativos Código 1403 - Coordenação de Licenciamento e Fiscalização Código 1500 - Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos 1501 - Gabinete do Secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos 1502 - Coordenadoria Geral de Projetos 1503 - Coordenadoria Geral de Obras 1504 - Coordenadoria Geral de Conservação APRESENTAÇÃO

APRESENTAÇÃO Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro ...rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/2908198/DLFE-244450.pdf/2.0.0.7..pdf · Código 1600 - Secretaria Municipal de Educação 1601

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Prestao de ContasExerccio de 2007

Prefeitura da Cidade do Rio de JaneiroControladoria Geral do MunicpioContadoria Geral

1

APRESENTAOO Municpio do Rio de Janeiro, de acordo com a sua Lei Orgnica, constitui-se da Administrao

Direta e Indireta. A Administrao Direta compreende os rgos sem personalidade jurdica prpria dosPoderes Legislativo e Executivo. Fazem parte da Administrao Direta no Poder Legislativo a CmaraMunicipal, bem como o Tribunal de Contas do Municpio. J no Poder Executivo, a Administrao Direta composta pelas Secretarias Municipais e Especiais, Fundos Especiais, Gabinete do Prefeito, ControladoriaGeral e Procuradoria Geral. A contabilidade de toda a administrao direta regida pela Lei 4.320/64.

As Autarquias, as Fundaes, as Empresas Pblicas, as Sociedades de Economia Mista e doisFundos Especiais compem a Administrao Indireta Municipal. As Autarquias e as Fundaes Pblicasseguem as normas da Lei 4.320/64, enquanto que as Empresas Pblicas e as Sociedades de EconomiaMista so regidas pela Lei 6.404/76.

Em 31 de dezembro a hierarquia oramentria da administrao municipal estava constituda deacordo com o relatrio extrado do Sistema FINCON a seguir:

Hierarquia Oramentria de rgos Municipais - FCONR01151

Cdigo 1000 - Secretaria Municipal de Governo1001 - Gabinete do Secretrio Municipal de Governo1002 - Secretaria Executiva das Coordenadorias das Regies Administrativas

Cdigo 1051 - Empresa Municipal de Artes Grficas

Cdigo 1100 - Gabinete do Prefeito1101 - Gabinete do Prefeito

Cdigo 1151 - Companhia Municipal de Limpeza UrbanaCdigo 1152 - Riocentro S.A. - Centro de Feiras, Exposies e Congressos do Rio de JaneiroCdigo 1153 - Empresa Municipal de InformticaCdigo 1154 - Empresa Municipal de Vigilncia

Cdigo 1200 - Controladoria Geral do Municpio do Rio de Janeiro1201 - Gabinete do Controlador

Cdigo 1300 - Secretaria Municipal de Administrao1301 - Gabinete do Secretrio Municipal de Administrao1307 - Subsecretaria de Estudos e Pesquisas em Administrao Pblica

Cdigo 1331 - Instituto de Previdncia e Assistncia do Municpio do Rio de JaneiroCdigo 1332 - Fundo de Previdncia do Municpio do Rio de JaneiroCdigo 1333 - Fundo de Assistncia Sade do Servidor

Cdigo 1400 - Secretaria Municipal de Fazenda1401 - Gabinete do Secretrio Municipal de Fazenda1404 - Reserva Tcnica para Restituio de Depsitos Judiciais e Administrativos

Cdigo 1403 - Coordenao de Licenciamento e Fiscalizao

Cdigo 1500 - Secretaria Municipal de Obras e Servios Pblicos1501 - Gabinete do Secretrio Municipal de Obras e Servios Pblicos1502 - Coordenadoria Geral de Projetos1503 - Coordenadoria Geral de Obras1504 - Coordenadoria Geral de Conservao

APRESENTAO

Prestao de ContasExerccio de 2007

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1505 - Subsecretaria de Gesto de Bacias HidrogrficasCdigo 1541 - Fundao Instituto de Geotcnica do Municpio do Rio de JaneiroCdigo 1551 - Empresa Municipal de UrbanizaoCdigo 1552 - Companhia Municipal de Energia e IluminaoCdigo 1553 - Companhia Municipal de Conservao e Obras Pblicas

Cdigo 1600 - Secretaria Municipal de Educao1601 - Gabinete do Secretrio Municipal de Educao1612 - Manuteno do Conselho Municipal de Educao

Cdigo 1602 - 1a. Coordenadoria Regional de EducaoCdigo 1603 - 2a. Coordenadoria Regional de EducaoCdigo 1604 - 3a. Coordenadoria Regional de EducaoCdigo 1605 - 4a. Coordenadoria Regional de EducaoCdigo 1606 - 5a. Coordenadoria Regional de EducaoCdigo 1607 - 6a. Coordenadoria Regional de EducaoCdigo 1608 - 7a. Coordenadoria Regional de EducaoCdigo 1609 - 8a. Coordenadoria Regional de EducaoCdigo 1610 - 9a. Coordenadoria Regional de EducaoCdigo 1611 - 10a. Coordenadoria Regional de EducaoCdigo 1651 - MULTIRIO - Empresa Municipal de Multimeios Ltda.

Cdigo 1700 - Secretaria Municipal de Assistncia Social1701 - Gabinete do Secretrio Municipal de Assistncia Social

Cdigo 1702 - Fundo Municipal para Atendimento dos Direitos da Criana e do AdolescenteCdigo 1703 - Fundo Municipal de Assistncia SocialCdigo 1704 - Coordenadoria Regional de Assistncia Social - AP 2.1Cdigo 1705 - Coordenadoria Regional de Assistncia Social - AP 3.2Cdigo 1741 - Fundao Municipal Lar Escola Francisco de Paula

Cdigo 1800 - Secretaria Municipal de Sade1801 - Gabinete do Secretrio Municipal de Sade

Cdigo 1805 - Coordenadoria de Sade da AP1Cdigo 1806 - Coordenadoria de Sade da AP2.1Cdigo 1807 - Coordenadoria de Sade da AP2.2Cdigo 1808 - Coordenadoria de Sade da AP3.1Cdigo 1809 - Coordenadoria de Sade da AP3.2Cdigo 1810 - Coordenadoria de Sade da AP3.3Cdigo 1811 - Coordenadoria de Sade da AP4Cdigo 1812 - Coordenadoria de Sade da AP5.1Cdigo 1813 - Coordenadoria de Sade da AP5.2Cdigo 1814 - Coordenadoria de Sade da AP5.3Cdigo 1815 - Vigilncia SanitriaCdigo 1861 - Hospital Municipal Souza AguiarCdigo 1862 - Hospital Maternidade Fernando MagalhesCdigo 1863 - Hospital Maternidade Oswaldo NazarethCdigo 1864 - Hospital Municipal Miguel CoutoCdigo 1867 - Hospital Municipal JesusCdigo 1869 - Hospital Municipal Paulino WerneckCdigo 1870 - Hospital Municipal Salgado FilhoCdigo 1871 - Hospital Maternidade Carmela Dutra

Prestao de ContasExerccio de 2007

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Cdigo 1872 - Hospital Municipal de PiedadeCdigo 1873 - Instituto Municipal de Assistncia Sade Nise da SilveiraCdigo 1874 - Hospital Maternidade Herculano PinheiroCdigo 1875 - Hospital Municipal Ronaldo GazzolaCdigo 1876 - Hospital Municipal Francisco da Silva TelesCdigo 1877 - Hospital Maternidade Alexander FlemingCdigo 1878 - Hospital Municipal Loureno JorgeCdigo 1880 - Hospital Municipal Raphael de Paula SouzaCdigo 1881 - Instituto Municipal de Assistncia Sade Juliano Moreira

Cdigo 1900 - Secretaria Especial de Desenvolvimento Econmico Cincia e Tecnologia1901 - Gabinete do Secretrio Especial de Desenvolvimento Econmico Cincia e Tecnologia

Cdigo 2000 - Cmara Municipal do Rio de Janeiro2001 - Cmara Municipal do Rio de Janeiro

Cdigo 2100 - Tribunal de Contas do Municpio do Rio de Janeiro2101 - Tribunal de Contas do Municpio do Rio de Janeiro

Cdigo 2200 - Procuradoria Geral do Municpio do Rio de Janeiro2201 - Procuradoria Geral do Municpio do Rio de Janeiro - PGM

Cdigo 2202 - Fundo Oramentrio Especial da PGM

Cdigo 2300 - Secretaria Municipal de Urbanismo2301 - Gabinete do Secretrio Municipal de Urbanismo

Cdigo 2306 - Fundo Municipal de Desenvolvimento UrbanoCdigo 2331 - Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos

Cdigo 2400 - Secretaria Municipal de Meio Ambiente 2401 - Gabinete do Secretrio Municipal de Meio Ambiente

Cdigo 2402 - Fundo de Conservao AmbientalCdigo 2441 - Fundao Parques e JardinsCdigo 2442 - Fundao Jardim Zoolgico da Cidade do Rio de Janeiro

Cdigo 2500 - Secretaria Municipal de Esportes e Lazer2501 - Gabinete do Secretrio Municipal de Esportes e Lazer

Cdigo 2502 - Fundo de Mobilizao do Esporte Olmpico

Cdigo 2600 - Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego2601 - Gabinete do Secretrio Especial de Trabalho e Emprego

Cdigo 2602 - Fundo de Desenvolvimento Econmico e Trabalho do MRJ

Cdigo 2800 - Secretaria Especial de Publicidade, Propaganda e Pesquisa2801 - Gabinete do Secretrio Especial de Publicidade, Propaganda e Pesquisa

Cdigo 2900 - Secretaria Municipal de Transportes2901 - Gabinete do Secretrio Municipal de Transportes

Cdigo 2951 - Companhia de Engenharia de Trfego do Rio de Janeiro

Cdigo 3000 - Secretaria Municipal das Culturas3001 - Gabinete do Secretrio Municipal das Culturas3002 - Administrao Setorial

Prestao de ContasExerccio de 2007

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3003 - Departamento Geral de Ao Cultural3004 - Coordenadoria de Documentao e Informao Cultural3008 - Subsecretaria de Arte e Cultura

Cdigo 3041 - Fundao Planetrio da Cidade do Rio de JaneiroCdigo 3051 - Distribuidora de Filmes S.A.Cdigo 3052 - Empresa de Turismo do Municpio do Rio de Janeiro

Cdigo 3100 - Encargos Gerais do Municpio3101 - Recursos sob a Superviso da Secretaria Municipal de Administrao3102 - Recursos sob a Superviso da Secretaria Municipal de Fazenda3103 - Recursos sob a superviso da Secretaria Municipal de Obras e Servios Pblicos3104 - Recursos sob a superviso da Secretaria Municipal de Transportes

Cdigo 3200 - Secretaria Municipal do Habitat3201 - Gabinete do Secretrio Municipal do Habitat

Cdigo 3202 - Fundo Municipal de Habitao

Cdigo 3300 - Secretaria Especial de Turismo3301 - Gabinete do Secretrio Especial de Turismo

Cdigo 3400 - Secretaria Especial de Articulao Institucional3401 - Gabinete do Secretrio Especial dos Jogos Olmpicos e Para-Olmpicos 2016

Cdigo 3600 - Secretaria Especial de Preveno Dependncia Qumica3601 - Gabinete do Secretrio Especial de Preveno dependncia Qumica

Cdigo 3602 - Fundo Municipal Antidrogas

Cdigo 3700 - Secretaria Extraordinria da Qualidade de Vida3701 - Gabinete do Secretrio Extraordinrio da Qualidade de Vida

Cdigo 3800 - Secretaria Especial de Promoo e Defesa dos Animais3801 - Gabinete do Secretrio Especial de Promoo e Defesa dos Animais

Cdigo 3900 - Secretaria Especial de Comunicao Social3901 - Gabinete do Secretrio Especial de Comunicao Social

Cdigo 9800 - Reserva de Contingncia

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1- RELATRIO DO DESEMPENHO DA PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO FRENTE LEI DERESPONSABILIDADE FISCAL 3 QUADRIMESTRE DE 2006

1.1 - Panorama Econmico1.1.1 - Cenrio Externo

1 - RELATRIO DO DESEMPENHO DA PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO FRENTE LEI DERESPONSABILIDADE FISCAL 3 QUADRIMESTRE DE 2007

1.1 Panorama Econmico

O inicio do ano de 2007 foi marcado por dois momentos de stress nos mercados mundiais. Em fevereiro,a Bolsa de Xangai apresentou uma queda de quase 9%, provocada por informaes de um possvel pacote depolticas restritivas por parte do Governo Chins, arrastando com ela, as demais bolsas de valores. A partir demaro, com o aumento da crise no mercado imobilirio americano, em um mundo de economia globalizada, osmercados internacionais foram novamente pressionados. Os reflexos deste momento na economia americana,foram o pano de fundo da economia mundial durante todo o ano de 2007.

No Brasil, no diferente dos demais pases, o mercado domstico tambm foi atingido por estas crises.Mas, diferente de outros momentos similares na Histria Econmica, devido estabilidade de alguns fatores daContabilidade Nacional, ou fundamentos econmicos estveis, como preferem alguns economistas, o impacto foisentido de forma menos intensa. O dlar apresentou momentos de tendncia de alta, o que no causou impactono seu comportamento durante o ano. A taxa de juros manteve o vis de baixa e a inflao apresentou ligeiroaumento em sua taxa segundo o ndice de Preo ao Consumidor Amplo - IPCA.

1.1.1 Cenrio Externo

O Mundo, neste ano de 2007, vivenciou momentos de instabilidade focados em dois plos diferentes: aeconomia Americana e a economia Chinesa. Na China, os investidores temeram que o governo chins colocasseem prtica medidas para restringir o capital estrangeiro no pas, como o aumento de juros que tenderia a umdesaquecimento da economia, reduzindo o retorno sobre os investimentos nas empresas chinesas. O medo daperda de rentabilidade, provocou sada de capital estrangeiro da bolsa de valores chinesa, gerando uma queda,em fevereiro, de aproximadamente 9%. Empresas brasileiras, com peso representativo no ndice IBOVESPA, quepossuem negcios na China e poderiam ser afetadas pela retrao econmica naquele pas, apresentaramquedas em suas aes puxando a bolsa brasileira tambm para baixo. Em maio, o Governo Chins taxou osganhos no mercado de aes. A atitude, que j era esperada pelo mercado, no causou movimentos representa-tivos e o pas deixou de ser o foco das atenes cedendo o lugar para a economia Americana.

J a economia Americana contribui com as turbulncias quando a crise no setor imobilirio atingiu aeconomia real, levantando a taxa de inflao e aumentando o nvel de desemprego.

Desde 2006, o mercado imobilirio dos Estados Unidos tem apontado para possveis aumentos no riscodos crditos hipotecrios. O que de fato ocorreu. O setor imobilirio americano, h anos tem sido um dosmotores da economia daquele pas. As constantes altas na taxa de crescimento, incentivaram e entrada cada vezmaior de investidores neste segmento. Para fomentar ainda mais, o volume de crditos para o financiamento deimveis cresceu e ultrapassou a linha dos crditos de primeira linha (mercado prime), chegando queles conside-rados subprime (segunda linha). Com o objetivo de diluir o risco tomado, estes crditos foram repassados para omercado financeiro, como papeis cujas taxas eram bastante atrativas (conforme o princpio econmico: alto riscopede taxa de retorno alta).

A inundao de crdito levou muitos tomadores ao refinanciamento de suas dvidas, usando a multiplica-o da renda para ampliar o consumo no varejo. Com este movimento, os muturios, cujo risco de crdito j eraalto (segunda linha subprime), ampliaram a cota de despesas de seus oramentos. O fato desaguou em umaumento da taxa de inadimplncia nos dois segmentos da economia: imobilirio, afetando a construo civil e noconsumo do varejo, com a retrao do consumo das famlias. Assim, a economia americana iniciou o processo

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Fonte: dlar mdio, entre compra e venda do ltimo dia de cada ms, retirado do site do Banco Central do Brasil

Fonte: dlar mdio, entre compra e venda do ltimo dia de cada ms, retirado do site do Banco Central do Brasil

de desaquecimento, afetando, entre outros indicadores acompanhados pelo mercado, o desemprego e a inflao.

No mercado financeiro, o efeito foi prolongado pelo risco de realizao dos papis vendidos lastreados nocrdito subprimes. A crise foi agravada pelo desempenho ruim dos indicadores nvel de desemprego, inflao evendas no varejo. No final de 2007, estes indicadores apontaram um crescimento na venda no varejo de 2,4%quando o esperado era 3,5%, desemprego em 5% e inflao de 4,1%, a maior em 17 anos. O Banco CentralAmericano (FED), visando conter a crise, promoveu sucessveis quedas na taxa de juros que saiu de 5,25%, emsetembro passou para 4,75%, em outubro/novembro para 4,50%, dezembro 4,25%, chegando em janeiro a3,50%. Adicionalmente, o governo dos Estados Unidos lanou um pacote de incentivo econmico com ajuda de1% do PIB americano (algo entre US$ 130 e US$ 150 bilhes) para fomento da economia e reduo dos impostospara os setores de produo e consumo. Apesar destas manobras, os analistas de mercado ainda no estoseguros quanto o futuro prximo da economia americana.

A Bolsa de Valores brasileira (BOVESPA) sentiu os impactos e apresentou momentos de queda duranteo ano, o que no afetou seu desempenho anual, com crescimento de 43,6%, 44.474 pontos em 2006 para 63.886pontos em 2007. De 2005 para 2006 o incremento havia sido de 32,9%, segundo informaes sobre o ndiceIBOVESPA retirados do site da BOVESPA.

O preo do dlar em relao ao real, forte indicador em momentos de tenso econmica mundial, tambmno demonstrou ter sido influenciado pelo momento, fechando em queda de 17% (taxa de dezembro de 20062,1376 contra 1,7709 em dezembro de 2007). Os grficos a seguir demonstram o comportamento do dlardurante esse perodo.

Grfico I Variaes do preo do dlar entre jan/2006 e dez/2007

Dlar 2006 - 2007

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3871

8

3877

7

3883

8

3889

9

3896

1

3902

2

3908

3

3914

2

3920

3

3926

4

3932

6

3938

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Grfico II Dlar dirio referente ao 1o semestre de 2007

Dlar dirio - 1o sem de 2007

1,501,551,601,651,701,751,801,851,901,952,002,052,102,152,20

3908

4

3909

2

3910

0

3910

8

3911

8

3912

6

3913

6

3914

6

3915

4

3916

2

3917

0

3918

1

3918

9

3919

7

3920

6

3921

6

3922

4

3923

2

3924

1

3925

1

3925

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Prestao de ContasExerccio de 2007

Prefeitura da Cidade do Rio de JaneiroControladoria Geral do MunicpioContadoria Geral

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Fonte: dlar mdio, entre compra e venda do ltimo dia de cada ms, retirado do site do Banco Centra do Brasil

Grfico III Dlar dirio referente ao perodo de 01/09/2007 a 29/02/2008

Dlar dirio set/07 a fev/08

1,501,551,601,651,701,751,801,851,901,952,002,052,102,152,20

3932

8

3933

7

3934

5

3935

3

3936

3

3937

2

3938

0

3939

1

3939

9

3940

8

3941

6

3942

6

3943

4

3944

3

3945

4

3946

2

3947

0

3947

8

3949

0

3949

8

3950

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Nem a crise americana, nem a chinesa, impediram a evoluo do saldo das exportaes brasileiras. Aofinal do ano de 2007, esta obteve um crescimento de 17% se comparado aos valores de 2006, conforme demons-trado na tabela a seguir. As importaes tambm cresceram em propores ainda maiores. Seu saldo apresen-tou um aumento de 32%. Este fato fez com que o saldo da Balana Comercial fechasse o ano de 2007 em US$40 bilhes, US$ 6 bilhes menor do que o ano anterior (em 2006, US$ 46 bilhes). A razo do crescimento dasimportaes, pode-se dizer, que est ligado ao aquecimento da economia. Os principais itens que contriburampara este acrscimo foram as importaes de bens de capital (mquinas, equipamentos e peas para fbricas),de produtos intermedirios e de matrias primas. O aumento das importaes de carros de passeio tambmfigurou como item representativo no incremento do saldo das importaes.

Tabela I Balana Comercial (FOB)

1.1.2 Cenrio Interno

Em relao economia nacional, o Brasil apresentou crescimento esperado, ou desejado, pelos analistasde mercado. A produo industrial apresentou o ritmo crescimento superior ao de 2006, acompanhando o aumen-to da demanda. Segundo Boletim do Banco Central de Fevereiro de 2008, a variao do Indicador de ProduoIndustrial no perodo 2006/2007 foi de 6% contra 3% do perodo 2005/2006. A taxa mdia de desemprego aberto(queda de 14% em relao a 2006), publicada pelo IBGE, tambm refletiu a melhora no cenrio interno, conformedemonstra a tabela a seguir.

Tabela II Taxa de desemprego aberto

Balana Comercial (FOB) 2004 2005 2006 2007Exportao 96.678 118.529 137.807 160.649 Importao 62.836 73.600 91.351 120.611

33.842 44.929 46.456 40.038 variao % do saldo 33% 3% -14%

Fonte: Boletim - Banco Central do Brasil (fevereiro 2008)

2004 2005 2006 2007Taxa Mdia 11,5 9,6 9,5 8,2 So Paulo 12,6 9,7 10,3 8,8 Rio de Janeiro 9,0 7,7 7,3 6,5 Belo Horizonte 10,6 8,2 8,2 6,4 Porto Alegre 8,6 7,2 8,0 6,1 Salvador 16,0 15,0 13,2 12,8 Recife 12,7 14,7 12,4 11,0 Fonte: Boletim - Banco Central do Brasil (fevereiro 2008)

Prestao de ContasExerccio de 2007

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Outro elemento que se apresentou crescente neste ano, foram s operaes de crdito. Com o cenrioeconmico favorvel, tiveram extenso do prazo para pagamento e a reduo das taxas de juros (vide tabela 3).Fatos estes que influenciaram na ampliao de seu saldo.

Sobre a inflao, o IPCA apurado em 2007 ficou 1,32 ponto acima do valor de 2006 (4,5% em 2007 contra3,1% em 2006). Segundo o IBGE, o resultado foi conseqncia da elevao do preo dos alimentos por contadas condies climticas desfavorveis, do aumento das exportaes e dos altos preos internacionais, alm dareduo da safra em perodos anteriores e aumento da demanda. Mesmo apresentando alta neste ano, a inflaoficou dentro da meta traada pelo governo federal. A alta de 105% no IGPm, calculado pela Fundao GetulioVargas, teve tambm nos alimentos (via aumento do ndice de Preo por Atacado IPA, que compe a cesta doIGPm, representando 60% deste), o motivo desta elevao.

Tabela III ndices de Inflao e Juros de Mercado2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

ndices de InflaoIPCA 6,0% 7,7% 12,5% 9,3% 7,6% 5,7% 3,1% 4,5%IPCAe 6,0% 7,5% 12,0% 9,9% 7,5% 5,9% 3,0% 4,4%IGPM 10,0% 10,4% 25,3% 8,7% 12,4% 1,2% 3,8% 7,8%

Juros MercadoSelic 17,4% 17,3% 19,2% 23,3% 16,2% 19,0% 15,1% 11,8%Fonte: IPCA / IPCAe - IBGE

IGPm - Fundao Getulio Vargas

Selic - Banco Central do Brasil

No final do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) teve a sua metodologia revisada. A nova cesta foiformada por 56 atividades econmicas e 110 produtos, contra 43 atividades e 80 produtos da cesta anterior. J em2006, a nova metodologia alterou o crescimento do PIB de 2,9% (apurado pela metodologia antiga) para 3,7%(nova metodologia). Este ano, puxado pelo crescimento da indstria, principalmente a de transformao, queobteve ganho de 5,5%, o PIB at o 3o trimestre, segundo o Relatrio de Contas Nacional publicado pelo IBGE1,obteve um incremento de 5,3%. Destaque para o setor de construo civil com crescimento de 4,6%.

Ainda em 2007, as Contas Nacionais conquistaram a melhora da relao dvida/PIB, 42,8%, a menordesde 1998. Os fatores responsveis pelo ganho foram (i) o crescimento do PIB; (ii) um maior supervit primrio(a meta era de R$ 95,9 bilhes, sendo que o valor alcanado foi de R$ 101,6 bilhes), conquistado pelo aumentodas receitas do governo, e (iii) a reduo dos juros (vide tabela 3). Para 2008, os analistas de mercado estopreocupados com a manuteno deste patamar devido a possvel reduo de receitas causada pelo fim da CPMFe a ausncia de cortes nos gastos do governo. E ainda, para que o indicador sustente a baixa, o ritmo docrescimento da economia dever ser mantido.

Os bons indicadores renderam, no incio de 2008, a informao de que o Brasil, antes devedor, passa parao status de credor internacional, podendo melhorar a classificao internacional dos papeis de investimentobrasileiros.

A economia da Cidade do Rio de Janeiro acompanhou os bons fluidos do cenrio nacional. Em Julho foramrealizados os XV Jogos Panamericanos que trouxeram para a cidade aumento na recepo de turistas nestapoca. Segundo o Sumrio dos Indicadores da Indstria Hoteleira do Rio de Janeiro Julho 2007, publicado pelaAssociao Brasileira da Indstria de Hotis do Rio de Janeiro (ABIH) e a Fecomrcio (Rio de Janeiro), a taxa de

1 Taxa acumulada ao longo do ano em relao ao ano anterior

Prestao de ContasExerccio de 2007

Prefeitura da Cidade do Rio de JaneiroControladoria Geral do MunicpioContadoria Geral

9

ocupao dos hotis na cidade no ms de julho foi de 65,07%2 (toda a rede), segunda maior no ano. Se compa-rada ao mesmo ms nos anos anteriores, foi a melhor performance desde julho de 2001.

A estabilidade positiva das finanas Municipais gerou, em 2008, elevao nos ratings de emissor na escalaglobal e nacional do Municpio do Rio de Janeiro, segundo a Agncia Moodys. Na escala global passou de Ba3para Ba2 e na escala nacional para Aa3.br de A2.br. Segundo a Agncia, a melhora nos sistemas de recolhimentode impostos gerando supervits financeiros, mesmo com as rgidas bases de despesas e o aumento da demandapor servios, vem sendo um dos itens que sustentam a boa administrao financeira das contas da cidade.Mesmo com as presses de custo geradas pelos gastos para os Jogos Panamericano, o Rio de Janeiro conse-guiu manter o resultado favorvel, o que ratifica a linha administrativa que vem sendo aplicada no Municpio.Melhores explicaes sobre as finanas da Cidade sero feitas na seo seguinte deste relatrio.

1.1.3 Impactos Futuros

Para 2008, os analistas mantm a expectativa quanto a um desaquecimento da economia mundial provo-cado pela crise que vem sendo apresentada nos Estados Unidos. No caso brasileiro, a reduo das transaesinternacionais pode afetar o desempenho das exportaes, causando reduo no saldo da balana comercial ediminuio no fluxo de entrada de capitais no pas. A melhora no item Risco Brasil, apresentada no incio de 2008,favorecer no caso de uma crise mundial maior do que a esperada, funcionando como redutor do impacto naeconomia nacional, dado que os investidores aumentaram seu grau de confiana na economia brasileira. Outrofoco de ateno neste ano, ser as eleies municipais, para os cargos de prefeito e vereadores. Neste momen-to, o mercado direciona sua ateno para fatores polticos que podem influenciar as tomadas de deciso daadministrao pblica.

1.2 Execuo Oramentria

A execuo oramentria apresentada pela Tabela IV foi apurada considerando os ingressos de naturezaoramentria e as despesas empenhadas pela Prefeitura, incluindo Administrao Direta, fundaes, autarquias,empresas pblicas e sociedades de economia mista durante o exerccio financeiro de 2007. Com o objetivo depermitir a comparabilidade, evidenciamos tambm a execuo do ano de 2006.

Tabela IV Execuo Oramentria 2006 e 2007

2 Entre os anos de 2001 e 2007/Julho, a maior taxa de ocupao apurada neste relatrio foi de 76,41% emjaneiro de 2001.

Em R$ mil

Previso (A)

Execuo (B) (B/A)

Previso (A)

Execuo (B) (B/A)

Receitas Correntes 9.252.605 8.177.984 88,39% 9.329.581 9.385.149 100,60%Receitas de Capital 223.299 525.744 235,44% 822.137 129.460 15,75%

Soma 9.475.904 8.703.728 91,85% 10.151.718 9.514.609 93,72%Dficit de Previso 162.829 669.156

Dficit de Execuo 132.488 Total 9.638.733 8.703.728 90,30% 10.820.874 9.647.097 89,15%

Fixao (A)

Execuo (B) (B/A)

Fixao (A)

Execuo (B) (B/A)

Despesas Correntes 7.853.946 7.326.539 93,28% 9.056.099 8.408.672 92,85%Despesas de Capital 1.768.024 1.005.530 56,87% 1.748.635 1.238.425 70,82%Reserva de Contingncia 16.763 16.140

Soma 9.638.733 8.332.069 86,44% 10.820.874 9.647.097 89,15%Supervit de Execuo 371.659

Total 9.638.733 8.703.728 90,30% 10.820.874 9.647.097 89,15%

Receitas

Despesas

JAN - DEZ 2006 JAN - DEZ 2007

JAN - DEZ 2006 JAN - DEZ 2007

Prestao de ContasExerccio de 2007

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10

A execuo oramentria referente a 2007 evidencia um dficit da execuo oramentria da ordem de R$132.488 mil, enquanto que no exerccio anterior foi apurado um supervit da ordem de R$ 371.659 mil.

A Prefeitura apresentou ainda um dficit de previso no valor de R$ 669.156 mil. Este valor equivale a6,59% da previso inicial.

O Grfico IV apresenta a evoluo do resultado oramentrio apurado nos exerccios de 2001 a 2007 emvalores nominais, como segue:

Grfico IV Evoluo do Resultado Oramentrio 2001 a 2007

(500) - 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 5.000 5.500 6.000 6.500 7.000 7.500 8.000 8.500 9.000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Em R$ Milhes

Receita Despesa Resultado Oramentrio

Cabe destacar que em 2007 foram utilizados R$ 344.581 mil provenientes de saldos financeiros de exerc-cios anteriores para a abertura de crditos adicionais.

O dficit oramentrio detalhado a seguir pelos ndices de execuo da receita e da despesa.

1.2.1 ndices de Execuo da Receita

A Tabela V demonstra a execuo oramentria da Receita nos exerccios de 2006 e 2007.

Tabela V Execuo Oramentria da Receita 2006 e 2007Em R$ mil

Previso (A)

Execuo (B) (B/A)

Previso (A)

Execuo (B) (B/A)

Receitas Correntes 9.252.605 8.177.984 88,39% 9.329.581 9.385.149 100,60%

Receitas de Capital 223.299 525.744 235,44% 822.137 129.460 15,75%

Total 9.475.904 8.703.728 91,85% 10.151.718 9.514.609 93,72%

JAN - DEZ 2006 JAN - DEZ 2007Receitas

A arrecadao do ano de 2007 alcanou 93,72% da receita inicialmente prevista para o ano. Comparandoos resultados de 2007 e 2006, verifica-se uma elevao de 1,87 pontos percentuais referentes ao ndice deexecuo da receita.

Ao analisarmos o desempenho da arrecadao, observamos um incremento nominal na Receita Total daPrefeitura da ordem de 9,32% em relao ao exerccio anterior, conforme demonstrado na Tabela VI, enquanto avariao do IPCA-E em 2007 foi de 4,36% no Brasil e 3,84% na regio metropolitana do Rio de Janeiro.

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11

Tabela VI Receita Total Arrecadada 2006 e 2007Em R$ Mil

Exerccio Arrecadao Total ndice

2006 8.703.728 100,00%

2007 9.514.609 109,32%

Este incremento foi resultado do aumento de 14,76% das receitas correntes, enquanto as receitas decapital sofreram reduo de 75,38%. A Tabela VII mostra a variao dos principais itens agregados de receita,bem como sua participao no total arrecadado.

Tabela VII Composio das Receitas Arrecadadas 2006 e 2007

R$ Mil % R$ Mil %I - Receitas Correntes 1 - Tributrias 3.201.659 36,78% 3.583.245 37,66% 2 - Transferncias Correntes 3.125.394 35,91% 3.714.608 39,04% 3 - Aplicaes Financeiras 468.209 5,38% 413.362 4,34% 4 - Dvida Ativa 122.025 1,40% 124.782 1,31% 5 -Outras Correntes 1.260.697 14,48% 1.549.152 16,28% 6 - Total de Receitas Correntes 8.177.984 93,96% 9.385.149 98,64%II - Receitas de Capital 7 - Operaes de Crdito 22.840 0,26% 8.932 0,09% 8 - Transferncias de Capital 60.304 0,69% 34.051 0,36% 9 - Outras de Capital 442.599 5,09% 86.477 0,91% 10 - Total de Receita de Capital 525.744 6,04% 129.460 1,36%

III - Receita Total (6 + 10) 8.703.728 100,00% 9.514.609 100,00%

IV - Resumo 11 - Receita Ordinria Prpria (1 + 3 + 4 + 5 + 9) 5.495.189 63,14% 5.757.018 60,51% 12 - Receita Ordinria Transferida (2 + 8) 3.185.698 36,60% 3.748.659 39,40% 13 - Total da Receita Ordinria (11 + 12) 8.680.887 99,74% 9.505.677 99,91% 14 - Receita de Operaes de Crdito ( 7 ) 22.840 0,26% 8.932 0,09%

V - Receita Total (13 + 14) 8.703.728 100,00% 9.514.609 100,00%

Jan-Dez 2006 Jan-Dez 2007Receitas

A maior parte das receitas do Municpio oriunda de tributos (impostos e taxas) e transferncias correntes(cota-parte do ICMS e IPVA, FUNDEF, FPM, etc.), que juntas representam cerca 76,70%% do total arrecadadoem 2007, sendo 37,66% de receita tributria e 39,04% de transferncias correntes.

Cabe destacar a Receita Ordinria Prpria cresceu 4,76%, enquanto a Receita Ordinria Transferida au-mentou nominalmente 17,67%, se comparadas com a arrecadao de 2006.

O grau de independncia financeira do Municpio, ou seja, o quanto as receitas ordinrias prprias repre-sentam do total da receita arrecadada, alcanou 60,51% em 2007, esta mesma relao era de 63,14% em 2006,indicando que o Municpio se vale mais de suas prprias fontes do que de outras esferas de governo ou deagentes financeiros.

O Grfico V demonstra a evoluo e a distribuio das receitas arrecadadas nos exerccios de 2001 a2007.

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12

Grfico V Composio das Receitas Arrecadadas 2001 a 2007

importante ressaltar que algumas rubricas de receita sofreram variao considervel, se compararmos,em valores absolutos, as arrecadaes ocorridas em 2006 e 2007, conforme mostra a Tabela VIII.

Tabela VIII Variao das Principais Receitas Arrecadadas 2005 a 2007Em R$ mil

Receitas Execuo Jan-Dez/2005Execuo

Jan-Dez/2006Variao

2005-2006Execuo

Jan-Dez/2007Variao

2006-2007Transferncias Intergovernamentais 2.954.848 3.050.522 3,24% 3.645.011 19,49%Impostos 2.732.687 2.986.692 9,30% 3.352.654 12,25%Valores Mobilirios 442.868 468.209 5,72% 413.362 -11,71%Multas e Juros de Mora 217.989 235.306 7,94% 254.259 8,05%Contribuies Sociais 523.723 593.691 13,36% 229.981 -61,26%Taxas 207.040 214.966 3,83% 225.079 4,70%Demais Receitas 732.031 1.154.340 57,69% 1.394.263 20,78%

Vale registrar algumas variaes significativas ocorridas entre 2006 e 2007. A principal variao ocorreu emTransferncias Intergovernamentais, que cresceram 19,49%, conduzidas pelo retorno dos repasses do Sistemanico de Sade SUS para gesto plena dos hospitais.

A segunda variao mais significativa aconteceu na rubrica de Impostos, que subiram 12,25%, puxadospelo ISS, que teve elevao de 15,97% em valores nominais.

A Tabela IX demonstra as principais variaes dentro dos grupos de Impostos e TransfernciasIntergovernamentais, responsveis pela maior fatia da arrecadao municipal.

Tabela IX Detalhamento das Receitas de Impostos e Transferncias Intergovernamentais2006 e 2007

Em R$ Mil

Impostos 2006 2007 Variao

IPTU 1.047.540 1.084.280 3,51%ISS 1.702.769 1.974.715 15,97%ITBI 236.383 293.079 23,98%

Transferncias Intergovernamentais 2006 2007 Variao

FPM 97.561 112.505 15,32%ICMS 1.246.667 1.267.544 1,67%IPVA 302.149 330.811 9,49%FUNDEF 528.916 576.108 8,92%Outras 763.555 1.358.043 77,86%

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

Tributrias TransfernciasCorrentes

AplicaesFinanceiras

Dvida Ativa OutrasCorrentes

Operaes deCrdito

Transfernciasde Capital

Outras deCapital

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Prestao de ContasExerccio de 2007

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1.2.2 ndices de Execuo da Despesa

Tabela X Execuo Oramentria da Despesa 2006 e 2007Em R$ Mil

Fixao (A)

Execuo (B) (B/A)

Fixao (A)

Execuo (B) (B/A)

Despesas Correntes 7.853.946 7.326.539 93,28% 9.056.099 8.408.672 92,85%Despesas de Capital 1.768.024 1.005.530 56,87% 1.748.635 1.238.425 70,82%Reserva de Contingncia 16.763 - 16.140 - 0,00%

Total 9.638.733 8.332.069 86,44% 10.820.874 9.647.097 89,15%

JAN-DEZ 2006 JAN-DEZ 2007Despesas

Conforme demonstra a Tabela X, a despesa oramentria empenhada atingiu o patamar de R$ 9.647.097mil em 2007, equivalentes a 89,15%% do valor autorizado. J em 2006 o ndice de execuo da despesa foi de86,44%. Cabe ressaltar que do montante empenhado, R$ 349.513 no foram liquidados dentro de 2007, sendoinscritos em restos a pagar no processados.

Quando comparamos o montante empenhado com o efetivamente arrecadado, nota-se que as despesasultrapassaram em 1,39% a receita arrecadada, o que denota a preocupao em manter a execuo da despesano mesmo nvel da arrecadao, atendendo aos princpios da Lei de Responsabilidade Fiscal, de que os valoresarrecadados que devem definir o poder de gasto, conforme demonstra a Tabela XI, apresentada a seguir.

Tabela XI Participao da Despesa sobre a Receita 2006 e 2007Em R$ Mil

Receita Arrecadada

( A )

Despesa Empenhada

( B )( B / A )

Receita Arrecadada

( A )

Despesa Empenhada

( B )( B / A )

Correntes 8.177.984 7.326.539 89,59% 9.385.149 8.408.672 89,60%

Capital 525.744 1.005.530 191,26% 129.460 1.238.425 956,61%

Total 8.703.728 8.332.069 95,73% 9.514.609 9.647.097 101,39%

JAN-DEZ 2006 JAN-DEZ 2007

Especificao

A Tabela XI mostra ainda que a participao da despesa de capital sobre a receita de capital de 956,61%,denotando que o supervit do oramento corrente, no montante de R$ 976.477 mil [R$ 9.385.149 (receita corren-te) R$ 8.408.672 (despesa corrente)], juntamente com saldos de exerccios anteriores, financiou a realizaodas despesas de capital.

As despesas oramentrias, classificadas por categoria econmica, ficaram distribudas como mostra aTabela XII.

Prestao de ContasExerccio de 2007

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Pessoal e Enc.Sociais

Juros e Enc.da Dvida

Outras Desp.Correntes

Investimentos

Inverses Financ.Amortizao

-

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

2006 2007

Em R$ Mil

Especificao JAN-DEZ 2006 %JAN-DEZ

2007 %Variao

2006/2007

I - Despesas Correntes1 - Pessoal e Encargos Sociais 4.667.757 56,02% 5.001.008 51,84% 7,14%2 - Juros e Encargos da Dvida 511.874 6,14% 541.150 5,61% 5,72%3 - Outras Despesas Correntes 2.146.908 25,77% 2.866.514 29,71% 33,52%4 - Total das Despesas Correntes 7.326.539 87,93% 8.408.672 87,16% 14,77%II - Despesas de Capital5 - Investimentos 682.619 8,19% 872.767 9,05% 27,86%6 - Inverses Financeiras 22.167 0,27% 54.932 0,57% 147,81%7 - Subtotal ( 5 + 6 ) 704.786 8,46% 927.699 9,62% 31,63%8 - Amortizao 300.745 3,61% 310.725 3,22% 3,32%9 - Total das Despesas de Capital 1.005.530 12,07% 1.238.425 12,84% 23,16%III - Despesa Total 8.332.069 100,00% 9.647.097 100,00% 15,78%IV - Resumo10 - Despesa Ordinria ( 4 + 7 ) 8.031.324 96,39% 9.336.372 96,78% 16,25%11 - Amortizao (8) 300.745 3,61% 310.725 3,22% 3,32%12 - Total ( 10 + 11 ) 8.332.069 100,00% 9.647.097 100,00% 15,78%

Tabela XII Despesas por Categoria Econmica 2006 e 2007

A Despesa Ordinria representou 96,78% do total das despesas oramentrias do exerccio de 2007,patamar semelhante ao observado no exerccio de 2006 (96,39%).

Houve um incremento em valores nominais das despesas correntes da ordem de 14,77%. Nesta categoriaeconmica, o maior acrscimo ocorreu outras despesas correntes que variaram 33,52%, por sua vez, oempenhamento de despesas com pessoal e encargos sociais cresceu nominalmente 7,14% e com juros eencargos da dvida cresceu 5,72%.

Entretanto, o crescimento nominal das despesas correntes no foi acompanhado de um aumento na suaparticipao no total da despesa, que caiu do patamar de 87,93% para 87,16%. Conseqentemente, a participa-o das despesas de capital sobre o total liquidado aumentou de 12,07% em 2006 para 12,84% no exerccio de2007.

Dentro das despesas de capital as inverses financeiras cresceram 147,81%. J os investimentos subiramnominalmente 27,86% se comparados com o exerccio de 2006, enquanto as despesas com amortizao dadvida aumentaram em 3,32%.

O Grfico VI representa a despesa realizada em 2006 e 2007.

Grfico VI Composio da Despesa Oramentria 2006 e 2007

No nvel mais agregado da execuo oramentria da despesa, temos a distribuio por funes de gover-no. A Tabela XIII apresenta as despesas classificadas por funes de governo em 2006 e 2007.

Prestao de ContasExerccio de 2007

Prefeitura da Cidade do Rio de JaneiroControladoria Geral do MunicpioContadoria Geral

15

- 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000

Em R$ Milhes

Outras

Previdncia Social

Sade

Educao

Urbanismo

Encargos Especiais

2006 2007

Em R$ Mil

Funes JAN-DEZ 2006 %JAN-DEZ

2007 %VARIAO 2005-2006

Legislativa 326.730 3,92% 351.430 3,64% 7,56%

Judiciria 46.657 0,56% 52.284 0,54% 12,06%

Administrao 547.930 6,58% 619.500 6,42% 13,06%

Segurana Pblica 145.626 1,75% 152.524 1,58% 4,74%

Assistncia Social 279.976 3,36% 306.685 3,18% 9,54%

Previdncia Social 1.621.373 19,46% 1.735.526 17,99% 7,04%

Sade 1.221.180 14,66% 1.723.257 17,86% 41,11%

Trabalho 5.220 0,06% 6.176 0,06% 18,32%

Educao 1.614.310 19,37% 1.764.970 18,30% 9,33%

Cultura 137.582 1,65% 76.234 0,79% -44,59%

Urbanismo 659.605 7,92% 913.522 9,47% 38,50%

Habitao 69.139 0,83% 49.103 0,51% -28,98%

Saneamento 191.506 2,30% 255.158 2,64% 33,24%

Gesto Ambiental 87.714 1,05% 118.163 1,22% 34,71%

Cincia e Tecnologia 1.345 0,02% 1.198 0,01% -10,94%

Indstria 7.360 0,09% 7.676 0,08% 4,29%

Comrcio e Servios 55.868 0,67% 74.119 0,77% 32,67%

Transporte 94.458 1,13% 165.677 1,72% 75,40%

Desporto e Lazer 344.664 4,14% 318.969 3,31% -7,45%

Encargos Especiais 873.826 10,49% 954.925 9,90% 9,28%

Total 8.332.069 100,00% 9.647.097 100,00% 15,78%

Ao analisarmos os gastos por funes de governo, podemos observar a nfase dada na manuteno dogasto pblico nas reas sociais. As funes que apresentaram maior gasto foram Previdncia Social, Educaoe Sade. Quando observamos a variao nominal da despesa realizada por funo, constatamos que os maioresincrementos ocorreram nas funes Transporte, que saiu de R$ 94.458 mil em 2006 para R$ 165.677 mil em2007, configurando uma variao de 75,40%, e Sade, que cresceu 41,11% em valores nominais ao saltar de R$1.221.180 mil em 2006 para R$ 1.723.257 mil em 2007.

A Tabela XIII demonstra que o governo aplicou mais recursos, respectivamente, em Educao (18,30%),Previdncia Social (17,99%) e Sade (17,86%).

Tabela XIII Despesas por Funo de Governo 2006 e 2007

O Grfico VII compara a despesa empenhada por funo de governo em 2006 e 2007.

Grfico VII Despesa Classificada por Funo de Governo 2006 e 2007

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1.2.3 Composio do Resultado Oramentrio

Comparando-se as receitas arrecadadas e as despesas realizadas nos exerccios de 2001 a 2007 eviden-ciamos os resultados apresentados na Tabela XIV e no Grfico VIII.

Tabela XIV Composio do Resultado Oramentrio 2001 a 2007Em R$ Mil

Especificaes 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Receitas Correntes 5.330.425 6.055.601 6.607.331 7.566.334 7.649.367 8.177.984 9.385.149

( - ) Despesas Correntes (4.035.185) (5.443.226) (6.027.199) (6.507.273) (6.922.981) (7.326.539) (8.408.672)

Supervit Corrente 1.295.240 612.375 580.132 1.059.061 726.386 851.446 976.477

( + ) Receita de Capital 129.908 280.506 384.586 256.178 161.818 525.744 129.460

Subtotal 1.425.148 892.881 964.718 1.315.239 888.204 1.377.189 1.105.936

( - ) Despesas de Capital (454.475) (971.825) (1.198.831) (986.325) (898.754) (1.005.530) (1.238.425)

Resultado Oramentrio 970.672 (78.944) (234.113) 328.914 (10.550) 371.659 (132.488)

Grfico VIII Evoluo do Resultado Oramentrio 2001 a 2007

( 1 .5 0 0 )

( 1 .0 0 0 )

( 5 0 0 )

-

5 0 0

1 .0 0 0

1 .5 0 0

2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7R e s u lt a d o d o O r a m e n to C o r r e n te R e s u lt a d o d o O r a m e n to d e C a p ita l R e s u lta d o O r a m e n t r io

O exame da Tabela XIV e do Grfico VIII evidencia que em 2007 houve uma inverso do resultado oramen-trio, passando de um supervit de cerca de R$ 371 milhes em 2006 para um dficit de cerca R$ 132 milhes em2007, sendo o menor resultado alcanado em valores nominais nos ltimos 4 anos.

A variao do resultado da execuo oramentria do exerccio de 2006 para o de 2007, no valor de R$504.147 mil, evidenciada na Tabela XV.

Tabela XV Variao do Resultado Oramentrio 2006 X 2007

Em R$ Mil

Variao R$

( + ) Aumento das Receitas Correntes 1.207.165

( - ) Aumento das Despesas Correntes (1.082.134)

( - ) Reduo das Receitas de Capital (396.284)

( + ) Aumento das Despesas de Capital (232.894)

( = ) Variao do Resultado (504.147)

1.3 Gastos com Pessoal

Outro ponto relevante da administrao municipal diz respeito participao da despesa com pessoalsobre a receita corrente lquida (RCL). Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, as despesas de pessoalincorridas nos ltimos 12 meses no devem ultrapassar 60% da RCL, sendo 54% para o Poder Executivo e 6%para o Poder Legislativo.

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Conforme demonstrado pela Tabela XVI, a despesa com pessoal de 2007 consumiu 46,82% da receitacorrente lquida arrecadada no exerccio, bem abaixo do limite legal (60%) e mesmo do limite prudencial, que de57%. Sendo que o Poder Executivo foi responsvel por 43,74% da RCL.

Tabela XVI Demonstrativo Resumido de Despesa com Pessoal 2006 e 2007

A reduo no ndice de comprometimento da RCL com despesas de pessoal, que caiu de 53,85% em 2006para 46,82% em 2007, decorre principalmente da ampliao de despesas com inativos e pensionistas custeadascom recursos do regime prprio de previdncia, conjugada com o crescimento da receita corrente lquida.

1.4 Disponibilidades

Em 31/12/2007, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro possua disponibilidades financeiras no montantede R$ 3.944.524 mil, sobre as quais pesava o Passivo Financeiro da ordem de R$ 1.472.971 mil, revelando umasuficincia de caixa da ordem de R$ 2.471.553 mil.

A Tabela XVII mostra a composio tanto das disponibilidades quanto das obrigaes financeiras ao finalde dezembro de 2007.

Tabela XVII Composio da Suficincia de Caixa da Prefeitura Dezembro/2007Em R$ Mil

Ativo Disponvel Prefeitura Funprevi Sem Funprevi Obrigaes Financeiras Prefeitura FunpreviSem

Funprevi

Caixa 7.953 - 7.953 Depsitos 295.145 65.599 229.546

Banco C/ Movimento 44.619 - 44.619 Restos a Pagar Processados 832.071 167.693 664.377

Banco C/ Vinculada 5.605 155 5.450 Restos a Pagar No Processados 345.755 3.124 342.631

Aplicaes Financeiras 3.730.472 1.868.802 1.861.670 Outras Obrigaes Financeiras - - -

Outras Disponibilidades Financeiras 155.876 90.376 65.499

Soma 3.944.524 1.959.334 1.985.190 Soma 1.472.971 236.416 1.236.554

Suficincia de Caixa 2.471.553 1.722.917 748.636

TOTAL 3.944.524 1.959.334 1.985.190 TOTAL 3.944.524 1.959.334 1.985.190 Nota: Os valores de Obrigaes Financeiras esto demonstrados lquidos de transaes intragovernamentais exceto entre FUNPREVI e Tesouro.

Nota-se que o Funprevi responsvel por 49,67% das disponibilidades da prefeitura e por 9,71% da sufici-ncia de caixa, conforme representado pelo Grfico IX.

1.4 - Disponibilidades

Em R$ MilDespesas de Pessoal 2006 % RCL 2007 % RCL

Pessoal Ativo1 3.159.508 41,66% 3.382.992 39,19%

Pessoal Inativo e Pensionistas2 838.785 11,06% 546.862 6,33%

Outras Despesas de Pessoal3 85.184 1,12% 112.516 1,30%Total Despesa Lquida com Pessoal 4.083.477 53,85% 4.042.370 46,82%Receita Corrente Lquida 7.583.369 8.633.065 Notas:

2) Para atender a LRF, foram abatidas as despesas com inativos custeadas por recursos vinculados.3) Inclui Mo-de-Obra para Servios de Sade Pblica; Gari Comunitrio; Servios Administrativos de Carter Continuado; Servios Tcnicos de Engenheiros; Arquitetos e Topgrafos; Servios Tcnicos de Carter Continuado.

1) Para atender a LRF, foram abatidas as despesas com precatrios (perodo de referncia anterior ao de apurao), indenizaes por demisses e despesas de exerccios anteriores.

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Grfico IX Comprometimento da Disponibilidade de Caixa Dezembro/2007

Obrigaes Prefeitura (sem Funprevi) Sobra de Caixa Prefeitura (sem Funprevi)Obrigaes Funprevi Sobra de Caixa Funprevi

importante destacar que parte das despesas do regime previdencirio custeada com recursos doTesouro Municipal.

Comparando o valor da suficincia de caixa de toda Prefeitura em dezembro de 2007 com a apresentadaem dezembro de 2006, nota-se uma elevao da ordem de R$ 177.475 mil. Entretanto, se no considerarmos osvalores referentes ao regime previdencirio, ou seja, Prefeitura sem Funprevi, o crescimento da suficincia decaixa atingiu R$ 242.998 mil, haja vista que em dezembro de 2006 o saldo no comprometido, exceto regimeprevidencirio, era de R$ 505.638 mil, e subiu para R$ 748.636 mil em dezembro de 2007.

1.5 Balano Patrimonial

O Balano Patrimonial Consolidado da Prefeitura em 31/12/2007 apresentou sob o aspecto esttico osvalores demonstrados na Tabela XVIII.

Cabe esclarecer que para o Balano Patrimonial Consolidado da Prefeitura foi adotado o modelo sugeridopela Secretaria do Tesouro Nacional. Neste aspecto, importante frisar que as empresas pblicas e sociedadesde economia mista municipais levantam suas demonstraes contbeis segundo os preceitos da Lei n 6.404/76, enquanto a administrao direta, fundaes e autarquias Lei n 4.320/64.

Tabela XVIII Balano Patrimonial Resumido 2007Em R$ Mil

Financeiro 3.944.524 Financeiro 1.320.787 Disponvel 3.788.648 Depsitos 243.989 Crditos em Circulao 155.876 Obrigaes em Circulao 1.076.799 No Financeiro 22.453.215 No Financeiro 7.909.028 Realizvel a Curto Prazo 853.998 Obrigaes em Circulao 252.060 Valores Pendentes a Curto Prazo 857 Valores Pendentes a Curto Prazo - Dvida Ativa 18.683.221 Exigvel a Longo Prazo 7.650.662 Realizvel a Longo Prazo 612.153 Resultado de Exerccios Futuros 6.306 Permanente 2.302.987 ATIVO REAL 26.397.739 PASSIVO REAL 9.229.815

PATRIMNIO LQUIDO 17.167.924 TOTAL 26.397.739 TOTAL 26.397.739

ATIVO PASSIVO

Assim, globalmente considerada toda a administrao direta e indireta da Prefeitura apresentou umadiferena positiva entre Ativo Financeiro e Passivo Financeiro da ordem de R$ 2.623.737 mil, definido na Lei n4.320/1964 como supervit financeiro (2 art. 43).

A dvida ativa tem papel fundamental no balano patrimonial da Prefeitura, haja vista que corresponde a R$18.683.221 mil, ou seja, 70,78% do Ativo Real e supera o Passivo Real em 102,42%. A Tabela XIX mostra a

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relao percentual entre a arrecadao anual e o estoque mdio de crditos fiscais inscritos desde o exerccio de2001.

Tabela XIX Relao entre o Estoque Mdio Anual da Dvida Ativa e a Arrecadao

Em R$ Mil

Exerccios Estoque Mdio1 Arrecadao %2001 5.078.511 97.034 1,91%2002 6.445.578 81.917 1,27%2003 8.160.305 94.114 1,15%2004 10.057.423 118.472 1,18%2005 12.158.973 130.204 1,07%2006 14.821.604 122.025 0,82%2007 17.495.974 124.782 0,71%

1 Estoque inicial + estoque final / 2

A Portaria n 564/2004 da Secretaria do Tesouro Nacional, que aprova o Manual de Procedimentos daDvida Ativa, determina que seja constituda Proviso para Perdas de Dvida Ativa, inclusive para os crditosinscritos de origem tributria, tendo em vista o baixo ndice de arrecadao nesta rubrica de receita pelos entesda Federao. Entretanto, no que diz respeito Dvida Ativa Tributria, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeirono vem adotando este procedimento, uma vez que o artigo 204 do CTN determina que a dvida regularmenteinscrita goza da presuno de certeza e liquidez e tem efeito de prova pr-constituda, ou seja, diferentemente docredor privado, a Fazenda Pblica no precisa provar a certeza e liquidez do crdito tributrio para executarjudicialmente o sujeito passivo, cabendo a este provar, de maneira inequvoca, a invalidade do crdito. Acresceainda o fato de que os valores inscritos na dvida ativa, como impostos, representam valores cobrados coativamentedo contribuinte e no devem admitir hiptese de inadimplncia, que poderia implicar o trmino do ciclo comregistro definitivo na baixa dos referidos valores, o que, salvo melhor juzo, natureza de reserva legal, pois oCdigo Tributrio Nacional s admite como hiptese de extino do crdito tributrio as constantes do art. 156 daLei n 5.172/1966 e suas alteraes posteriores como a seguir.

Art. 156 Extinguem o crdito tributrio:

I o pagamento;

II a compensao;

III a transao;

IV remisso;

V a prescrio e a decadncia;

VI a converso de depsito em renda;

VII o pagamento antecipado e a homologao do lanamento nos termos do disposto no artigo 150 eseus 1 e 4;

VIII a consignao em pagamento, nos termos do disposto no 2 do artigo 164;

IX a deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitiva na rbita administrativa, queno mais possa ser objeto de ao anulatria;

X a deciso judicial passada em julgado;

XI a dao em pagamento em bens imveis, na forma e condies estabelecidas em lei (incisoincludo pela Lei Complementar n 104, de 10/01/2001).

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Sob o aspecto de auditoria contbil, a Controladoria Geral do Municpio do Rio de Janeiro olha com reservao normativo que determina a constituio de proviso para crditos de liquidao duvidosa vez que no caso deimpostos parece inadmissvel que ocorra a inadimplncia em face da prpria natureza do tributo enquanto receitaderivada que o ente pblico arrecada em funo de sua soberania.

Analisando a relao da Dvida Ativa com a efetiva cobrana pelos entes da Federao cabe lembrar asignificativa indicao do Dr. Cid Herclito de Queiroz em palestra realizada na Confederao Nacional do Comr-cio afirmou que no caso da Unio a responsabilidade por esse quadro impressionante no da Justia Federal,que processa as execues fiscais, nem das Procuradorias da Fazenda Nacional, que apuram a certeza eliquidez e inscrevem e ajuzam a Dvida Ativa, nem, tampouco, da Receita Federal, que lana e cobra os tributose contribuies. Ela , basicamente, do Sistema Tributrio, da carga tributria, da complexidade da legislaofiscal e das multas e juros escorchantes.

A maior parte das obrigaes do Municpio constituda de exigveis a longo prazo, que montam R$7.650.662 mil e representa 82,89% do Passivo Real e 28,98% do Ativo Real. O exigvel a longo prazo formadopor operaes de crdito internas (R$ 6.336.037 mil), operaes de crdito externas (R$ 509.911 mil) e outrasobrigaes (R$ 804.714 mil).

1.6 METAS FISCAIS

Esta seo tem como objetivo revelar o desempenho do Municpio do Rio de Janeiro no exerccio de 2007em relao s metas fiscais determinadas pela Lei Complementar n 101/2000 e pela Lei de Diretrizes Oramen-trias (Lei n 3.819/2004). Para dar sentido e finalidade transparncia como princpio da responsabilidade fiscal,a Controladoria Geral do Municpio apresenta a seguir o desempenho no exerccio de 2007 comparando com odesempenho de 2006.

A Receita Corrente Lquida apurada no exerccio de 2007 apresenta crescimento de 13,84% em valoresnominais, ndice superior ao IPCA-E do perodo, como pode ser observado na Tabela XX e no Grfico XI.

Tabela XX Demonstrativo Resumido da Receita Corrente Lquida 2006 e 2007Em R$ Mil

Receita Tributria 3.201.659 3.577.733Receita de Contribuies 593.691 229.981Receita Patrimonial 527.618 554.577Receita de Servios 94.208 208.044Transferncias Correntes 3.125.394 3.714.077Outras Receitas Correntes 635.414 578.634( - ) Gesto Plena (924) - ( - ) Compensao entre Regimes Previdencirios (4.248) (7.518)

( - ) Contribuio Previdenciria (589.443) (222.462) Receita Corrente Lquida 7.583.369 8.633.065

Especificao 2006 2007

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Grfico X Evoluo da Receita Corrente Lquida 2001 a 2007

4.940

5.446

5.929

8.633

7.583

7.068

6.773

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Em R$ Milhes

O resultado primrio, que corresponde diferena entre as receitas e despesas no financeiras (isto , noconsidera aplicaes financeiras, operaes de crdito, amortizao de emprstimos, alienao de bens, juros eencargos da dvida, concesso de emprstimos e amortizao da dvida), no exerccio de 2007 alcanou patamarsuperavitrio de R$ 193.236 mil, inferior ao supervit de R$ 269.408 mil alcanado em 2006, porm superior aovalor estipulado no Anexo de Metas Fiscais da Lei de Diretrizes Oramentrias, que era de R$ 32.786 mil.

A Tabela XXI demonstra a comparao do resultado primrio nos exerccios de 2006 e 2007, mediante acomparao das receitas primrias lquidas, que correspondem arrecadao do perodo deduzida dos rendi-mentos de aplicaes financeiras e receitas de juros de emprstimos concedidos, no caso das receitas corren-tes, e deduzidas, ainda, de receitas de operaes de crdito, amortizaes de emprstimos e de alienao deativos, no caso das receitas de capital. J as despesas primrias lquidas equivalem ao total de despesasoramentrias, deduzidas despesas com juros e encargos da dvida (despesas correntes), concesso de em-prstimos e amortizao da dvida fundada (despesas de capital).

Tabela XXI Demonstrativo Resumido do Resultado Primrio 2006 e 2007Em R$ Mil

Especificao 2006 2007Receitas Primrias Correntes 7.709.668 8.901.778 Receitas Primrias de Capital 60.304 34.051 Receitas Primrias Lquidas 7.769.972 8.935.829 Despesas Primrias Correntes 6.814.665 7.867.522 Despesas Primrias de Capital 685.899 875.071 Despesas Primrias Lquidas 7.500.563 8.742.593 Resultado Primrio 269.408 193.236

Em valores nominais, o resultado primrio alcanado em 2007 foi R$ 76.172 mil menor que o encontradono exerccio de 2006.

J o resultado nominal, que equivale variao da dvida pblica lquida, foi negativo em R$ 335.346 mil em2007, enquanto que a meta fixada para o resultado nominal do exerccio de 2007 pelo anexo de metas fiscais daLDO foi de R$ 386.875 mil negativos, conforme apresenta a Tabela XXII.

Tabela XXII Comparativo: Meta Fixada X Resultado Realizado - 2007Em R$ Mil

Resultados LDO Realizado VariaoResultado Primrio 32.786 193.236 160.450 Resultado Nominal (386.875) (335.346) 51.529

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O Grfico XI demonstra a evoluo dos resultados primrio e nominal desde 2001.

Grfico XI Evoluo do Resultado Primrio e Resultado Nominal 2001 a 2007

(1.000)

(500)

-

500

1.000

1.500

2.0002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Resultado Primrio Resultado Nominal

O resultado nominal apresentou crescimento em relao ao exerccio imediatamente anterior, passandode R$ 552.530 mil negativos para R$ 335.346 mil tambm negativos.

J a dvida consolidada lquida montou R$ 3.597.460 mil em 31/12/2007, equivalente 41,67% da receitacorrente lquida, conforme demonstrado na Tabela XXIII, estando, portanto, dentro do limite do artigo 3, inciso IIda Resoluo n 40 do Senado Federal, que estabelece que o montante da dvida consolidada lquida dos muni-cpios no poder exceder 120% da receita corrente lquida.

A dvida consolidada lquida apresentou reduo em valores nominais de aproximadamente 8,32% emrelao a 2006, embora o montante da dvida consolidada bruta tenha crescido 0,562%.

Tabela XXIII Demonstrativo Resumido da Dvida Consolidada Lquida 2006 e 2007Em R$ Mil

Especificao 2006 2007Dvida Consolidada 7.608.000 7.650.662 Ativo Financeiro e Haveres Financeiros (3.684.212) (4.053.202) Dvida Consolidada Lquida 3.923.788 3.597.460 Receita Corrente Lquida 7.583.369 8.633.065

Limite definido pela Resoluo n 40 do Senado Federal (1,2 x RCL) 9.100.043 10.359.678

ndice 51,74% 41,67%Margem Livre 5.176.255 6.762.218

O Grfico XII demonstra a evoluo da dvida consolidada bruta, dvida consolidada lquida e do limite parao montante da dvida previsto na Resoluo n 40 do Senado Federal entre os exerccios de 2001 e 2007.

Grfico XII Evoluo da Dvida Consolidada 2000 a 2007

-

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007D vida C o nso lidada Lquida D vida C o nso lidada

Limite (R eso luo n 40)

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As liberaes de recursos de operaes de crdito realizadas pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeirono exerccio de 2007 montaram R$ 8.932 mil, oriundos integralmente de captaes internas. O total de liberaesde recursos de operaes de crdito no exerccio de 2007 equivaleu a 0,10% da receita corrente lquida, enquantoa Resoluo n 43 do Senado Federal estabelece como limite 16% da receita corrente lquida. Cabe destacarainda que no houve liberaes derivadas de refinanciamento nem operaes de crdito por antecipao dereceita oramentria.

Ao ser analisada a despesa realizada com juros, encargos e amortizao da dvida, verifica-se que houveum crescimento em valores nominais deste tipo de despesa, porm sua participao sobre a receita correntelquida caiu, conforme demonstrado pela Tabela XXIV. Desta forma, o ndice de comprometimento alcanado(9,87%) inferior ao teto estabelecido pela Resoluo n43 do senado Federal, que limita em 11,5% da receitacorrente lquida o comprometimento anual com amortizaes, juros e demais encargos da dvida consolidada.

Tabela XXIV Gastos com Amortizao, Juros e Encargos da Dvida 2006 e 2007Em R$ Mil

Especificao 2006 2007

Juros e Encargos da Dvida 511.874 541.150

Amortizao da Dvida 300.745 310.725

Total 812.619 851.876

Receita Corrente lquida 7.583.369 8.633.065

% Despesas com Servios da Dvida / RCL 10,72% 9,87%

Conforme demonstrado no decorrer do presente relatrio, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro vemcumprindo sistematicamente os limites estabelecidos pela legislao.

A Tabela XXV apresenta um resumo dos ndices alcanados pela Prefeitura em relao aos limites estabe-lecidos, comparando-os aos alcanados ao final de cada exerccio financeiro desde 2000.

Tabela XXV Resumo dos ndices da Prefeitura 2000 a 2007

1.7 CONSIDERAES FINAIS

Com a apresentao deste relatrio e das anexas demonstraes contbeis relativas ao exerccio encer-rado em 31 de dezembro de 2007, a Controladoria Geral do Municpio cumpre uma das suas tarefas, qual seja aapresentao da Prestao de Contas de responsabilidade do Poder Executivo da Cidade do Rio de Janeiro.

fundamental esclarecer que tal apresentao refere-se s posies do patrimnio da entidade pblica Municpio do Rio de Janeiro bem como da execuo oramentria da receita e despesa pelas quais soresponsveis cada um dos ordenadores natos e delegados definidos nos precisos termos do Cdigo de Adminis-trao Financeira do Municpio (Lei n 207/80).

Assim, como conseqncia desta apresentao, teremos as prestaes de contas individuais de cada umdesses ordenadores que sero, no devido prazo, examinadas pela Auditoria Geral do Municpio.

Limite 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000Despesa c/ Pessoal(a) 60% RCL 46,82% 53,85% 43,74% 46,04% 53,35% 49,18% 48,07% 51,91%Dvida Consolidada Lquida(a) 120% RCL 41,67% 51,74% 63,48% 79,09% 77,33% 85,29% 60,60% 86,02%Operaes de Crdito(a) 16% RCL 0,10% 0,30% 1,06% 2,83% 1,52% 1,44% 1,89% 3,52%ARO(a) 7% RCL 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%Manuteno e Desenvolvimento do Ensino(b) 25% RRI 27,27% 25,83% 26,10% 25,76% 31,29% 30,55% 31,95% 31,23%Remunerao Educao/FUNDEF(b) 60% EF 84,36% 87,22% 87,27% 83,23% 80,76% - - -Sade(b) 15% RRI 15,09% 15,73% 16,99% 17,05% 17,72% 15,15% 9,97% 10,22%(a) Limite mximoEF = Gastos com Ensino fundamental realizados com recursos do FUNDEF MDE = Gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino

(b) Limite mnimo RCL = Receita Corrente Lquida RRI = Receita Resultante de Impostos

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A Controladoria Geral do Municpio aproveita a oportunidade deste relatrio para trazer baila considera-es importantes para a leitura e avaliao dos nmeros apresentados nas Prestaes de Contas das GestesMunicipais, particularmente quanto aos critrios adotados para sua leitura e interpretao, visto que estes crit-rios atuam como lentes que podem modificar a imagem observada pelo leitor.

A Prestao de Contas da Gesto deve ser analisada segundo conceitos inerentes s reas de Contabili-dade e Oramento Pblicos. Neste sentido, a anlise no deve considerar exclusivamente critrios e interpreta-es pontuais, que tm se mostrado mutveis ao longo do tempo e nem sempre aderentes aos conceitos dateoria contbil.

Como exemplo da instabilidade dos critrios adotados ao longo do tempo, podemos citar: a classificaooramentria do Imposto de Renda Retido na Fonte pelos Municpios; a representao da Dvida ConsolidadaLquida; o registro da Contribuio Previdenciria Patronal; e, gastos com manuteno e desenvolvimento doensino. Neste sentido, passamos a discorrer rapidamente sobre as situaes citadas.

At o exerccio de 2001 a receita oriunda da reteno na fonte pelos Municpios do Imposto de Renda eraclassificada como Receita de Transferncias Correntes. Entretanto, a Portaria n212 da Secretaria do TesouroNacional, de 04 de junho de 2001, estabelece que os estados, o Distrito Federal e os municpios devem classifi-car o produto da arrecadao do imposto descrito nos incisos I, dos artigos 157 e 158, da Constituio Federalem rubrica de receita tributria, e no mais em rubrica de transferncias correntes.

As justificativas para esta alterao alegadas nos considerandos da Portaria foram: (a) padronizao dosprocedimentos contbeis nos trs nveis de governo; e, (b) garantia da consolidao das contas, conforme exigi-do pela Lei Complementar n 101, a Lei de Responsabilidade Fiscal

No entanto, entendemos que a referida Portaria comete um equvoco nesta classificao, uma vez que oartigo 158 da Constituio Federal e seu inciso I dizem:

Art. 158 - Pertencem aos Municpios:

I - o produto da arrecadao do imposto da Unio sobre renda e proventos de qualquer natureza,incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer ttulo, por eles, suas autarquias e pelasfundaes que institurem e mantiverem;

interessante notar que a prpria redao deste dispositivo, citado pela Portaria, caracteriza o impostosobre a renda como um imposto da Unio, ou seja, um tributo da Unio, e no um tributo municipal. Esteaspecto ratificado pela prpria Carta Magna em seu artigo 153 e inciso III, reproduzidos a seguir:

Art. 153 - Compete Unio instituir impostos sobre:

I - (...)

II - (...)

III - renda e proventos de qualquer natureza;

A utilizao do termo pertencem, constante do art. 158 da Constituio Federal no pode, salvo melhorjuzo, transformar os Municpios como entidade lanadora do tributo em referncia. Tal expresso indica o estgiodo recolhimento, que no pode ser confundido com os estgios da previso e do lanamento, cuja competnciadeve corresponder entidade tributante (neste caso, a Unio).

Sendo assim, fica, no mnimo, estranho evidenciarmos como receita tributria municipal um imposto decompetncia federal.

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Outro aspecto importante a ser observado que o 1 do artigo 159 da CF determina que, quando daformao do Fundo de Participao dos Municpios - FPM - ser excluda a parcela do Imposto de Renda Retidona Fonte pertencente aos municpios, nos termos do disposto no artigo 158, inciso I. Fica claro, ento, que oImposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) pelos municpios corresponde a parcela do FPM.

Ora, se o valor repassado aos municpios a ttulo de Fundo de Participao dos Municpios classificadopor estes como receita de transferncia corrente, por que o IRRF, que integra o FPM, no o seria?

No caso da dvida consolidada lquida h ntida divergncia de critrios, quando o Senado Federal, aoatender o texto constitucional, determina na Resoluo n 40, de 21 de dezembro de 2001, que a dvida consoli-dada lquida corresponde apenas a dvida pblica consolidada deduzidas as disponibilidades de caixa, as aplica-es financeiras e os demais haveres financeiros.

Por outro lado, a Secretaria do Tesouro Nacional, ao definir os manuais para elaborao do RelatrioResumido da Execuo Oramentria e do Relatrio de Gesto Fiscal, adota critrio mais restritivo e divergentedaquele empregado pelo Senado Federal. A STN determina que seja reduzido do valor do disponvel o montanteequivalente aos restos a pagar, alm de desconsiderar das disponibilidades o valor correspondente ao regimeprevidencirio.

Esta divergncia de critrios influencia diretamente os ndices de endividamento dos Municpios, poisaltera o numerador da frmula. Em que pese opinies contrrias, necessrio que se cumpra o comando daResoluo do Senado nos termos da competncia delegada pelo artigo 52 da Carta Magna, at que este adotenova instruo.

Outra situao interessante diz respeito contribuio previdenciria patronal para o regime prprio deprevidncia dos servidores pblicos, onde a prpria Secretaria do Tesouro Nacional adotou critrios distintos aolongo do tempo.

At o exerccio de 2006, segundo o Manual de Elaborao do Relatrio Resumido da Execuo Oramen-tria, os Municpios que j houvessem institudo uma entidade destinada a caracterizar, gerir e evidenciar opatrimnio do RPPS e suas variaes deveriam registrar e demonstrar a contribuio patronal na forma de repas-se financeiro do Municpio respectiva entidade, e no como realizao de receita oramentria. A argumentaoutilizada no Manual era que quando se realiza o registro da contribuio patronal, apropriando-a como uma novareceita, gera-se uma receita oramentria fictcia, e em duplicidade, visto que o recurso que financia a partepatronal nos Regimes Prprios de Previdncia Social, nada mais do que uma receita oramentria j arrecada-da, originalmente, sob a forma tributria, patrimonial, de servios e outras, no exerccio corrente ou em exercciosanteriores. Tal norma contrariava o princpio da segregao do patrimnio dos fundos previdencirios, comoparece ser o comando constante da Lei n 9.717/1998.

Todavia, para o exerccio seguinte, o Manual de Elaborao do Relatrio Resumido de Execuo Ora-mentria passou a definir que a contribuio patronal deveria ser registrada e demonstrada na forma de realizaode receita oramentria, no mais registrando como repasse financeiro, embora no houvesse contra-argumenta-o em relao ao critrio anterior. Aqui fica evidente a alterao de critrio ao longo do tempo.

No caso dos gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino h de se fazer importante ressalva. Alegislao, mormente a Constituio Federal, estabelece um parmetro para clculo de aplicao mnima derecursos em manuteno e desenvolvimento do ensino, ou seja, um indicador, que leva em conta a despesa emcomparao com receitas de impostos e transferncias de impostos. Entretanto, so editadas normas queestabelecem critrios que influenciam tanto o numerador quanto o denominador deste indicador, atingindo, por

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conseguinte, o ndice apurado.

A partir do clculo do percentual de aplicao fica-se com a idia limitada de que somente tais recursosso aplicados em educao, o que representa um certo maniquesmo por desconsiderar o esforo dos agentespblicos de alocar outros recursos adicionais, permitindo a reflexo de que os governantes na realidade poderiamreduzir tais aplicaes extraordinrias caso o denominador representado pela receita de impostos e transfernci-as de impostos atinja o limite estabelecido constitucionalmente.

A Tabela XXVI demonstra o total dos recursos aplicados em educao em comparao com a soma dasreceitas de impostos e transferncias de impostos.

Tabela XXVI Total de recursos aplicados em educao 2006-2007Em R$ mil

2006 2007Receitas de Impostos e Transferncias de Impostos 5.722.150 6.252.008 Gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino - LOA 1.453.783 1.581.329 Percentual de Aplicao 'Stricto Senso' 25,41% 25,29%Outros Gastos com Educao 'Lato Senso' 684.724 513.936 Inativos da Educao 524.197 330.632 Merenda Escolar 56.377 68.688 Manuteno e Revitalizao das Unidades da Rede de Ensino 48.771 50.326 Obras e Equipamentos para a Rede de Ensino 23.888 20.714 Descentralizao e Gesto Participativa 14.574 13.289 Demais Gastos com Educao 16.918 30.288 Percentual de Aplicao 'Lato Senso' 37,37% 33,51%

Ademais, outros gastos que no integram este indicador no podem deixar de ser considerados gastoscom educao. Neste sentido, temos como exemplo os gastos com alimentao escolar, cuja discusso maisantiga. Esses gastos, que originariamente deveriam ser apropriados na funo tpica de sade, nunca tiverampermisso para serem apropriados em educao como funo atpica, em claro desrespeito s normas de origemda classificao funcional-programtica. A argumentao, ento, era que no poderia ser considerado gasto comeducao, uma vez que seria um gasto com sade. Porm, com o estabelecimento de percentual mnimo paraaplicao de recursos em sade, os gastos com alimentao escolar passaram a ter que ser apropriados comodespesas de assistncia social.

O argumento utilizado para no considerar gastos com alimentao escolar no indicador que a Constitui-o Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educao probem tal apropriao. Todavia, tanto a LDB como a LeiMaior definem apenas que os programas suplementares de alimentao seriam custeados com contribuiessociais e outros recursos oramentrios, sendo que em muitos estados e municpios as refeies oferecidas aosalunos so o prato principal e uma forma de atrair a freqncia escola.

Ainda com relao aos gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, h interpretaes e, conse-qentemente, definies de critrios que podem influenciar a leitura dos demonstrativos. Um deles diz respeito aoganho ou perda com o FUNDEB. A prpria STN define que para fins de interpretao, ser considerado comodeduo o valor do Resultado Lquido da Transferncia quando positivo e como adio quando negativo (grifonosso). Desta forma, esta interpretao privilegia os Municpios com pequena rede escolar e poucos alunosmatriculados, em detrimento de redes maiores com grande nmero de matrculas. Em nosso entender estainterpretao vai na contramo do princpio da eficincia, cujo objetivo deveria ser estimular os entes pblicos aaumentar a oferta de vagas escolares.

Com estas breves consideraes a Controladoria Geral do Municpio do Rio de Janeiro espera contribuirpara a discusso sobre a leitura e transparncia dos demonstrativos que compe as Prestaes de Contas dasGestes Municipais, bem como na avaliao por parte do Poder Legislativo e, principalmente, do cidado.

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2 - RELATRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL2.1 - Relatrio Resumido da Execuo Oramentria

2.1.1 - Balano Oramentrio

2.1 - Relatrio Resumido da Execuo Oramentria2.1.1 - Balano Oramentrio

RREO - Anexo I (LRF, Art. 52, inciso I, alneas "a" e "b" do inciso II e 1) R$ 1PREVISO PREVISO SALDO A

INICIAL ATUALIZADA % % REALIZAR(a) (b/a) (c/a) (a-c)

9.528.621.083 9.528.621.083 15,89% 94,37% 536.115.764 8.706.483.974 8.706.483.974 17,36% 101,80% (156.561.802) 3.587.850.000 3.587.850.000 14,23% 99,72% 10.116.902 3.327.700.000 3.327.700.000 14,80% 100,75% (24.954.257)

260.150.000 260.150.000 6,92% 86,52% 35.071.159 244.348.604 244.348.604 21,64% 94,12% 14.367.997 240.348.604 240.348.604 22,00% 95,69% 10.367.997

4.000.000 4.000.000 0,00% 0,00% 4.000.000 543.125.438 543.125.438 20,48% 102,11% (11.451.861) 36.290.911 36.290.911 11,07% 93,55% 2.339.704

476.834.527 476.834.527 12,41% 86,69% 63.472.409 30.000.000 30.000.000 26,08% 124,18% (7.254.612)

- - 0,00% 0,00% (70.009.361) 4.693.270 4.693.270 5,44% 51,39% 2.281.295 4.693.270 4.693.270 5,44% 51,39% 2.281.295

78.527.867 78.527.867 101,42% 264,93% (129.516.134) 3.611.914.872 3.611.914.872 18,14% 102,83% (102.161.756) 3.535.860.876 3.535.860.876 18,36% 103,09% (109.149.912)

2.000.000 2.000.000 0,00% 33,18% 1.336.500 74.053.996 74.053.996 8,06% 92,37% 5.651.657

636.023.923 636.023.923 16,07% 90,60% 59.801.755 267.017.414 267.017.414 18,00% 95,22% 12.758.451 188.098.137 188.098.137 10,32% 74,15% 48.625.445 141.307.815 141.307.815 15,98% 88,30% 16.526.262 39.600.557 39.600.557 30,71% 145,73% (18.108.403)

822.137.109 822.137.109 0,34% 15,75% 692.677.567 220.388.000 220.388.000 0,11% 4,05% 211.456.397 49.070.000 49.070.000 0,49% 18,20% 40.138.397

171.318.000 171.318.000 0,00% 0,00% 171.318.000 273.350.000 273.350.000 2,05% 2,73% 265.889.739 10.350.000 10.350.000 0,78% 18,75% 8.409.276

263.000.000 263.000.000 2,10% 2,10% 257.480.463 68.399.109 68.399.109 -9,63% 115,52% (10.617.331) 30.000.000 30.000.000 11,92% 113,50% (4.051.238)

- - 0,00% 0,00% (13.582.485) 30.000.000 30.000.000 8,74% 68,23% 9.531.247

230.000.000 230.000.000 0,00% 0,00% 230.000.000 80.000.000 80.000.000 0,00% 0,00% 80.000.000

150.000.000 150.000.000 0,00% 0,00% 150.000.000 623.097.037 623.097.037 19,47% 83,79% 100.993.676

10.151.718.120 10.151.718.120 16,11% 93,72% 637.109.440 - - 0,00% 0,00% - - - 0,00% 0,00% - - - 0,00% 0,00% - - - 0,00% 0,00% - - - 0,00% 0,00% - - - 0,00% 0,00% - - - 0,00% 0,00% -

10.151.718.120 10.151.718.120 16,11% 93,72% 637.109.440

10.151.718.120 10.151.718.120 16,11%

- DOTAO CRDITOS DOTAO SALDO

A

DESPESAS INICIAL ADICIONAIS ATUALIZADA No Bimestre At o Bimestre No Bimestre At o Bimestre % EXECUTAR(d) (e) (f)=(d+e) (g) (h) (i) (j) (k) ((j+k)/f) (f-(j+k))

DESPESAS (EXCETO INTRA-ORAMENTRIAS) (VIII) 9.294.276.589 647.884.690 9.942.161.279 1.304.656.459 8.830.012.128 1.867.300.227 8.491.175.011 338.837.117 88,81% 1.112.149.151 DESPESAS CORRENTES 7.645.737.128 743.921.536 8.389.658.664 1.184.111.154 7.800.599.336 1.665.608.418 7.626.802.579 173.796.757 92,98% 589.059.328 PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS 4.873.424.164 78.088.661 4.951.512.825 873.312.894 4.634.357.990 950.479.451 4.628.030.650 6.327.340 93,59% 317.154.835 JUROS E ENCARGOS DA DVIDA 514.220.021 27.573.123 541.793.144 38.068.812 541.150.144 94.877.743 541.150.144 - 99,88% 643.001 OUTRAS DESPESAS CORRENTES 2.258.092.943 638.259.751 2.896.352.694 272.729.448 2.625.091.202 620.251.224 2.457.621.786 167.469.417 90,63% 271.261.492 DESPESAS DE CAPITAL 1.632.399.461 (96.036.846) 1.536.362.615 120.545.306 1.029.412.792 201.691.809 864.372.432 165.040.360 67,00% 506.949.823 INVESTIMENTOS 1.144.508.062 175.985.731 1.320.493.793 123.018.295 871.426.228 169.725.185 709.490.695 161.935.532 65,99% 449.067.565 INVERSES FINANCEIRAS 374.227.111 (262.789.823) 111.437.288 (1.300.887) 54.932.132 2.392.433 51.827.305 3.104.828 49,29% 56.505.156 AMORTIZAO DA DVIDA 113.664.288 (9.232.754) 104.431.534 (1.172.102) 103.054.432 29.574.191 103.054.432 - 98,68% 1.377.102 RESERVA DE CONTINGNCIA 16.140.000 - 16.140.000 - - - - - 0,00% 16.140.000 RESERVA DO RPPS - - - - - - - - 0,00% - DESPESAS (INTRA-ORAMENTRIAS) (IX) 623.034.070 47.876.183 670.910.253 20.673.715 609.413.872 207.744.780 598.737.756 10.676.115 90,83% 61.496.381 SUBTOTAL DAS DESPESAS (X) = (VIII + IX) 9.917.310.659 695.760.873 10.613.071.532 1.325.330.174 9.439.426.000 2.075.045.008 9.089.912.767 349.513.232 88,94% 1.173.645.532 AMORTIZAO DA DV. / REFINANCIAMENTO (XI) 234.407.461 (26.605.321) 207.802.140 898.796 207.670.936 39.180.528 207.670.936 - 99,94% 131.204 Amortizao da Dvida Interna 234.407.461 (26.605.321) 207.802.140 898.796 207.670.936 39.180.528 207.670.936 - 99,94% 131.204 Dvida Mobiliria - - - - - - - - 0,00% - Outras Dvidas 234.407.461 (26.605.321) 207.802.140 898.796 207.670.936 39.180.528 207.670.936 - 99,94% 131.204 Amortizao da Dvida Externa - - - - - - - - 0,00% - Dvida Mobiliria - - - - - - - - 0,00% - Outras Dvidas - - - - - - - - 0,00% - SUBTOTAL C/ REFINANCIAMENTO (XII) = (X + XI) 10.151.718.120 66