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O Sistema Cantareira e a crise da água em São Paulo: falta de transparência, um problema que persiste Segunda avaliação 2016 Apresentação Mariana Tamari

[Apresentação] "Sistema Cantareira e a Crise da Água em São Paulo"

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Apresentação sobre o relatório "Sistema Cantareira e a Crise da Água em São Paulo: falta de transparência, um problema que persiste", da Artigo 19, feita para o encontro "Diálogos sobre a água: aprendizados e perspectivas", promovido pela Aliança pela água no dia 28 de junho de 2016.

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O Sistema Cantareira e a crise da água em São Paulo: falta de 

transparência, um problema que persiste

Segunda avaliação 2016

Apresentação Mariana Tamari

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O Sistema CantareiraMaior fonte de abastecimento da população da Região Metropolitana de São Paulo

Em regime de exploração máxima, chega a fornecer água para 8,8 mi de habitantes

No ápice da crise hídrica, a população atendida caiu para 5,4 mi de pessoas

Formado por 6 reservatórios no norte da RMSP: Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha, Águas Claras e Caieiras

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A Crise Hídrica

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O Relatório

Dá prosseguimento ao trabalho iniciado em 2014 com a publicação do relatório “Sistema Cantareira e a crise da água em São Paulo: a falta de transparência no acesso à informação”, pela ARTIGO 19

Análise de transparência de 14 órgãos envolvidos com a crise hídrica, tendo a Lei de Acesso à Informação (Lei no 12.527/11) como critério, entre 1o de outubro de 2014 e 13 de março de 2016.

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Transparência Ativa

A LAI define que é dever de entidades e órgãos públicos divulgar de forma espontânea informações de interesse público produzidas ou mantidas por eles em local físico de fácil acesso e via internet

Critérios: acessibilidade, qualidade e compreensibilidade da informação

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Análise da Transparência Ativa

Em comparação ao estudo de 2014, houve melhoras na transparência de alguns órgãos. Os Ministérios Públicos Federal e Estadual, o Comitê de Bacia do PCJ e a CETESB atingiram o índice de ALTA TRANSPARÊNCIA. Em 2014 nenhum dos órgãos avaliados atingiu esse índice.

Contudo, ainda consideramos a transparência dos órgãos de gestão hídrica em São Paulo absolutamente precária. Metade dos órgãos avaliados obteve os índices NENHUMA TRANSPARÊNCIA ou BAIXA TRANSPARÊNCIA (Governo do Estado de São Paulo, ARSESP, DAEE, SSRH, SABESP, Prefeitura de São Paulo e CVS).

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Análise da Transparência Ativa

Ainda existem contradições entre as informações oficiais divulgadas pelos diferentes órgãos públicos – como mostra a revisão cronológica das informações sobre a crise hídrica

A linguagem excessivamente técnica continua a dificultar o acesso à informação por parte do público em geral

A SABESP passou do índice NENHUMA TRANSPARÊNCIA, em 2014 para BAIXA TRANSPARÊNCIA, pois passou a informar os índices do volume dos reservatórios, o que ocorreu por determinação do Ministério Público.

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O Ministério Público determinou que a SABESP informasse o índice que mostra que está operando com “volume negativo”

São considerados 3 índices distintos:

• Índice 1 = (Volume Armazenado)/(Volume Útil)

• Índice 2 = (Volume Armazenado)/(Volume Total)

• Índice 3 = (Volume Armazenado-Volume Reserva Técnica)/(Volume Útil)

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Transparência Passiva

A LAI determina que os órgãos públicos devem responder pedidos de informação por parte da população. Eles podem ser feitos via internet, protocolados presencialmente ou por telefone.

Foram enviados 24 pedidos de informação (2 via email e o restante via e-SIC) a 11 órgãos, em janeiro e fevereiro de 2016.

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Resultados Transparência Passiva

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Resultados Transparência Passiva

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Análise – Transparência Passiva

Até o dia 1º de março de 2016, mais de 30 dias após o envio dos pedidos, 37% dos pedidos não havia recebido resposta. Dos 63% PIs respondidos a maioria das respostas (73%) foi considerada satisfatória;

Foi recorrente a alegação de que o pedido deveria ter sido feito a outro órgão;

A Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, a ARSESP e o DAEE foram relutantes em responder, sendo necessário o uso de recursos ou novos pedidos.

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Conclusões

Melhora geral nos níveis de transparência em comparação com o estudo de 2014, tanto na transparência ativa quanto na transparência passiva;

Decisiva atuação dos Ministérios Públicos Estadual e Federal;

Permanecem problemas: linguagem muito técnica, contradição entre informações divulgadas por diferentes órgãos, redirecionamento desnecessário de pedidos a outros órgãos;

DAEE e ARSESP, dois órgãos reguladores, destacam-se na baixa transparência.

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RecomendaçõesDisponibilização ampla de documentos relacionados à gestão hídrica;

Adequação e organização dos sistemas de informação às necessidades dos cidadãos;

Capacitação dos gestores e funcionários desses órgãos para atender adequadamente às demandas por informações;

Atendimento dos prazos estipulados por lei;

Coerência entre as informações publicizadas pelos órgãos e a realidade da distribuição de água e do saneamento na Região Metropolitana de São Paulo;

Fortalecimento das instâncias políticas participativas (como Comitês de Bacias, Comitê de Crise);

Maior uso de ferramentas como audiências e consultas públicas;

Fornecimento de informações que sejam compreensíveis aos cidadãos que não possuem conhecimento técnico e específico.

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