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APRESENTAÇÃO143.107.106.66/pet/public_html/wp-content/uploads/2018/04/Automato... · Revista Autômato 2015 Semana de Recepção 3 APRESENTAÇÃO próprio aluno. Nesse sentido,

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Revista Autômato 2015 Semana de Recepção 3

APRESENTAÇÃO

próprio aluno. Nesse sentido, ele nos traz afunção que o grupo PET tenta exercer paraproporcionar um formação mais completa,manifestando assim os preceitos quealicerçam o nosso grupo.

Todos do PET agredecemos desde já aleitura do nosso periódico e esperamosqueencontrem nessas páginas uma leituraprazerosa e satisfatória.

A todos uma ótima leitura e sejambem­vindos à Poli!

O PET Automação e Sistemas, maisconhecido por PET Mecatrônica, da EscolaPolitécnica da USP apresenta a vocês leitoresveteranos, leitores novatos, ou apenascuriosos, a décima primeira edição do seuperiódico, o Autômato Semana de Recepção2015.

No contexto da Semana de Recepção,essa edição conta com a participação usualde petianos, escrevendo sobre temas quepossam ser de interesse dos novatos, emespecial, mas não só, os ingressantes emMecatrônica. Tais como: o curso da Poli emsi, onde discorremos sucintamente sobre aestrutura básica do curso; os projetos que onosso PET exerceu ao longo de 2014, com ointuito de deixar mais claro o objetivo doPET, e como tentamos por meio dessesprojetos aliar Pesquisa, Ensino e Extensão;além de contarmos com a visão de doiscalouros do ano de 2014, ambos integrantesdo PET atualmente, sobre temas diversos, oprimeiro sobre sua entrada no PET, levandoem conta o porquê dessa decisão e todo oprocesso que dela resultou, já o segundoexpõe de forma crítica sua opinião e suasexperiências sobre a nova estruturacurricular que entrou em vigor no ano de2014, sendo ele portanto, um dos alunos daprimeira turma da Mecatrônica na EC3(estrutura curricular 3); e por fim trazemosuma pequena seleção de filmes quepossuem diferentes correlações com o nossocurso de engenharia, tendo maior destaquea Mecatrônica.

Ainda nessa edição consta aparticipação do Prof. Dr. Diolino José dosSantos Filho, tutor do PET Mecatrônica, quenos traz um texto sobre a diferente realidadeque é encontrada no ingresso à realidadeuniversitária e a necessidade queencontramos de superar os obstáculosinerentes à quebra de paradigmas, em geralnecessitando de maior esforço por parte do

AUTÔMATO

Fevereiro de 2015

Editor:Gustavo Alencar Bisinotto

Redatores:Caio Garcia CancianProf. Dr. Diolino José dos SantosFilhoFelipe Soares SilvaGustavo Alencar BisinottoJuliana Martins de OliveiraLuis Felipe Gomes de Oliveira

Fotografia:PET­MecatrônicaPoli Cidadã

Mandem seus textos para arevista:[email protected]

Impressão:Gráfica da Escola Politécnica da USP

Tiragem:300 exemplares

Os textos são de responsabilidadeexclusiva de seus autores.

SUMÁRIO

0 5 EM­VINDOSIngressantes

0 7

B

A

ProjetosRealizados

em 2014

Um bixono PET

0 9

1 2

4 Impressõesde um bixosobre a EC3

Revista Autômato 2015 ­ Semana de Recepção4

questão deser Petiano

na Poli

1

Revisor:Gabriel Emídio dos Santos

6 PETCultural1

BEM­VINDOS INGRESSANTES

Por Gustavo Alencar Bisinotto

Em princípio, gostaria de oferecermeus cumprimentos e as calorosas ”BoasVindas” a todos os ingressantes na Poli,gostaria também de desejar a todos oscalouros os ”Parabéns”, por terem superadoa FUVEST e todos os empecilhos intrínsecosà entrada em uma universidade como a USP.Em especial, parabenizo os novosmecatrônicos, por, além de terem escolhidouma das melhores escolas de engenharia dopaís, optaram pela melhor e mais legal dashabilitações, o que não significa ser a maisfácil.

Essa jornada que aqui se inicia, com aSemana de Recepção, é árdua, porémrecompensadora. Como toda aventura quese preze, ela é repleta de segredos a seremdesvendados, os quais, depois de revelados,torná­la­ão muito mais fácil e aprazível;contudo, independentemente do caminhotrilhado, ao fim são colhidos os inúmeros“louros” ao se poder alcançar o título deEngenheiro Politécnico, tendo esse grandereconhecimento no mercado de trabalho, econferindo oportunidades em grandesempresas, além da possibilidade deempreendedorismo próprio e da inovação.

Nessa viagem pelo universopolitécnico, que durará no mais feliz doscasos 5 anos, diversas etapas deverão sersuperadas, a começar por conseguirapreender a imensa quantidade deinformação que será disponibilizada nesseperíodo inicial, desde a matrícula, com ummundo de novidades, como: o e­mail USP, osistema Dedalus das bibliotecas, o complexosistema Jupiterweb (acreditem, nem osveteranos entendem bem como elefunciona), além da Intranet da Poli, entreoutros; às apresentações e palestras daSemana de Recepção, onde assuntos

importantes são tratados, porém não tãochamativos, e dicas valiosas são concedidas.

O próximo passo dar­se­á na suamaioria no prédio do Biênio, onde, como opróprio nome sugere, passa­se um períodode dois anos, é ali que acontece o chamadoCiclo Básico, onde serão introduzidosconceitos fundamentais, como cálculo, físicae programação, que serão de grandeutilidade em várias matérias no decorrer dagraduação. Em especial para osmecatrônicos, ainda no primeiro semestrehaverá a disciplina de PMR3100 (Introduçãoà Engenharia Mecatrônica), onde se podeentrar de fato em contato com aMecatrônica, com palestras sobre o curso,aulas envolvendo Engenharia Reversa eprojetos, que apesar serem simples (empartes), fazem da engenharia algo maispalpável e prático, em contraste com apredominância teórica dos dois anos iniciais.

Deixando para trás o Ciclo Básico,cada habilitação tomará rumos diferentes, nosentido de se especializar na sua própriaárea, tendo assim disciplinas maisespecificas. No caso da Mecatrônica,atravessaremos o Tejo (“rio” que corta aPoli), e nos instalaremos no prédio daMecânica, onde vivem conjuntamenteMecânica, Mecatrônica e Naval. E onde sepassará o restante do curso na sua maioria.

Contudo, vale ressaltar que a Poli vaimuito além da graduação, são incontáveisatividades extracurriculares que estão àdisposição de todos, como: vestir o azul eamarelo da nossa escola em uma dasmodalidades oferecidas pela Atlética,participar da gestão do tradicional GrêmioPolitécnico ou de um dos CentrosAcadêmicos, além dos diversos e variadosgrupos de extensão que se espalham pelocampus, abrangendo quase todos os gostos.

5Revista Autômato 2015 ­ Semana de Recepção

6 Revista Autômato 2015 ­ Semana de Recepção

Como exemplo deles, temos os PETs(Programa de Educação Tutorial) daMecânica e da Mecatrônica, sendo esseúltimo responsável por esse periódico.

Dessa forma, nesse ingressar pelosportões da Escola Politécnica da USP para oinício da vida universitária, uma experiêncianova para a maioria dos ingressantes queleem esse texto, deixo apenas um conselhode forma geral, para iniciarem sua jornadapela Poli sempre tendo em mente que cadadia é uma nova oportunidade de aprendercoisas novas e aprofundar aquelas que jáseriam consideradas como “dominadas”,sempre estando aberto a novas descobertas erevelações, e que é essencial aproveitar aomáximo tudo que a Poli tem a oferecer.

Por fim, reitero meus parabéns atodos os calouros, espero que aproveitemseu tempo aqui na Poli e a desfrutem, e aosnovatos da Mecatrônica que com certeza nosveremos logo, seja pelos corredores doBiênio ou da Mecânica, seja nas aulas dePMR, ou ainda quem sabe no próximoprocesso seletivo para o PET, meu “Atébreve”!

Por Prof. Dr. Diolino José dos Santos Filho

Uma visão tradicional daUniversidade é baseada no fato de ser umainstituição que está apoiada em três pilares:ensino, pesquisa e extensão.

Começar um diálogo que enveredesobre estes aspectos parece ser poucomotivador para aquele que está iniciandoseu contato com a Universidade, ou que jáfaça parte da Universidade, mas que nãopossui uma visão que vai além de suaformação técnica e profissional que ainstituição oferece.

Quando ingressamos naUniversidade, muitas vezes o maiorobstáculo é a nossa dificuldade em quebrarparadigmas: procuramos entender o novobaseado em modelos já vividos...

Isto não é um problema. Isto se tornaum problema quando se junta à outraquestão: a passividade. Há um esquecimentocompleto a respeito da necessidade doentendimento da essência da nova realidade.Percebe­se uma enxurrada de novosconhecimentos que exigem dedicação paraserem compreendidos, absorvidos eaplicados.

Entretanto, parece que ainda estáfaltando algo: tornamo­nos passivos parareceber novos conhecimentos, mas nãoativamos novas atitudes condizentes comuma nova visão que deve ser construídaatrelada aos novos conhecimentos. É umprocesso que avança progressivamente, queparece estar sob controle, mas que é parcialporque não contempla a formação em suaplenitude.

É neste aspecto que o Programa deEducação Tutorial oferecido pelo Curso de

Engenharia Mecatrônica ­ PET Automação eSistemas ­ tem como objetivo oferecer umaproposta diferenciada para o aluno:participar de umgrupo de alunos queaprendem dia a dia a atuar em equipe para odesenvolvimento de projetos envolvendo aconstrução de novos conhecimentos, a suamultiplicação e a aplicação deles para asolução de problemas que fazem parte darealidade vivenciada.

Viver implica em refletir e discutirpara cooperar. Portanto, todo o processo deaprendizagem deve ser algo que impliqueem mudança de atitude, uma forma ativa deaprendizagem que vai muito além de umarmazenamento passivo de dados einformações. Viver implica em estabelecerconexões e relacionamentos: semrelacionamento, sem vida! Mas como deveser a interação entre indivíduos? Umarelação puramente técnica é suficiente? Oque mais é necessário?

Você pode ser um excelente aluno,capaz de dedicar­se com disciplina invejávelpara cumprir aquilo que lhe for solicitado.Você se torna um especialista pararesponder a demandas, mas e quemdetermina quais são as demandas? Comofazer para que durante toda a sua vida vocêseja um profissional sempre dedicado e quejamais deixa de cumprir demandas?

Nesta altura da leitura, você podeestar se perguntando:

­ O que isso tem a ver com a minharealidade? Eu só quero estudar, participar deprojetos e cumprir os requisitos que omercado exige para eu ser bem sucedido!

É uma visão interessante, mas não é amelhor. Precisamos estar atentos para arealidade atual.

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A QUESTÃO DE SER PETIANO NA POLI

Formação tecnicista de qualidade énecessária, mas não é suficiente. O PETAutomação e Sistemas entende que aformação do engenheiro mecatrônico deveconvergir para a integração de diferentesconhecimentos construídos pelo alunodurante o curso: conhecimento técnico,científico, ético e responsabilidade social.Com exceção do conhecimento técnico, osdemais contextos dependem fortemente deuma iniciativa do aluno. O conhecimentocientífico é o mais plausível, pois há umasérie de oportunidades de pesquisa que aUniversidade apresenta. Entretanto, quantoàs demais áreas do conhecimento citadas,concluímos que há uma tendência dedepender de atitudes isoladas dos alunospara serem contempladas.

O PET Mecatrônica reconhece queprecisa atuar para instituir um novo modelode formação capaz de equilibrar aconstrução das diferentes faces doconhecimento, revelando um dos principaisobjetivos do programa: formação de umprofissional em sua totalidade. O grupo PETfunciona como um ”laboratório e máquinade criação”, proporcionando oportunidadespara que todos os alunos do curso possamter acesso a um contexto de formaçãocompleta e diferenciada. O Programa deensino tutorial deve ser visto como a ponteque levará os estudantes de graduação paradentro da realidade universitária, levando­os a refletir sobre a formação que terão e asociedade em que estão inclusos.

Como será a nossa realidade em2020? Em 2030?

Hoje você começa a construir suaparte de conhecimento pertinente aresponsabilidade social que lhe cabe!

Quer aprender um caminho para serum engenheiro aderente à realidade?

Bem vindo ao PET!

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Por Felipe Soares Silva

Caríssimos bixos, ao ingressar na polivocês se depararão com diversos grupos deextensão, o Programa de Educação TutorialMecatrônica é um desses grupos. Entender oque cada equipe faz e quais as principaisdiferenças entre elas pode parecerdesafiador no início, mas vocês conseguem!

A melhor maneira de entender osobjetivos do PET é conhecer os nossosprojetos! O PET realizou importantesatividades durante o ano de 2014 buscandocumprir o seu papel de integrar, por meio deprojetos, o tripé da universidade: Pesquisa,Ensino e Extensão. Os projetos realizadosforam: Workshop de Mecatrônica, InclusãoDigital, Monitoria em PMR3100, Pesquisa,Desmanche, Pré­IC, Semana de IniciaçãoCientífica e Workshop LEGO Mindstorms.

Workshop de MecatrônicaO Workshop de Mecatrônica tem o intuitode apresentar e difundir o curso daMecatrônica, lecionado na EPUSP, paraalunos do ensino médio. A ideia é fazer comque os alunos tenham uma noção mais realsobre o curso da Mecatrônica, além deauxiliá­los na difícil decisão de qual carreiraseguir. Buscamos, nesta última edição doevento, inserir alunos de escolas públicasque participam do programa de PréIniciação Científica.O workshop consiste de uma rápidaapresentação teórica sobre acionamentospneumáticos e atividades práticas nolaboratório de Sistemas Fluido Mecânicos.Lembramos que as aulas e atividadespráticas são montadas pelos própriospetianos.

Inclusão Digital (ID)O ID é um dos trabalhos de extensão do PETe já virou tradição. Há sete anos o PET, emparceria com a Poli Cidadã e com o CCE,promove um curso básico de informáticapara funcionários vinculados ao COCESPque tenham pouco ou nenhumconhecimento sobre o assunto. O curso tempor objetivo quebrar algumas barreirastecnológicas que segregam uma parcela dasociedade que não pode acompanhar osavanços ocorridos nas últimas duas décadas.O curso abrange conhecimentos dehardware, Windows, Microsoft Word,Internet e segurança na web. As aulas sãoministradas pelos próprios petianos oucolaboradores do projeto, e contam com oauxilio de uma apostila (elaborada pelogrupo) para cada assunto.

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PROJETO REALIZADOS EM 2014

Workshop de Mecatrônica

Inclusão Digital (ID)

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Monitoria em PMR3100Um dos papeis do PET é fornecer umfeedback quanto a possíveis melhorias nagrade curricular ao Departamento deMecatrônica e Sistemas Mecânicos. Dessamaneira, o grupo propôs melhorias àdisciplina e acompanhou os alunos recém­ingressantes (vulgo bixos) em sua jornadainicial pelo mundo da Poli.A disciplina buscou aproximar os novosalunos à mecatrônica logo no começo, e oresultado foi a construção de um robôbípede.

PesquisaPara os desavisados, fica o esclarecimento: oPET também faz pesquisa! Um dos pilaresdo PET é a Pesquisa, e, busca­se aplicá­la emprojetos de Ensino e Extensão. O PETrealiza, desde o início do ano, um projeto depesquisa em conjunto com o Departamentode Mecatrônica e Sistemas Mecânicos e coma Petrobras. O projeto consiste em proporum método de detecção e mitigação devazamentos em processos de offloading. Aprimeira parte concluída durante o 1°semestre foi a de revisão bibliográfica, emque os petianos pesquisaram em artigoscientíficos métodos já existentes paradetecção de vazamentos em dutos. Estaetapa foi finalizada com a apresentação dosresultados das pesquisas para o Eng. MárioCampos, representante da Petrobras.

DesmancheNão destrua, desmanche! Este é o lema desteprojeto que surgiu com o intuito decolaborar com os alunos da graduação narealização de seus trabalhos. A ideia centralé coletar motores, baterias e outras peçasrelevantes de protótipos feitos por alunos dagraduação para criar um “banco de peças“em benefício destes próprios alunos.

Pré­ICO projeto de Pré­IC visa apresentar paracrianças do ensino médio a importância dopensamento científico e da pesquisa,propondo uma quebra de paradigma quantoà maneira de pensar. O projeto promove,também, a criação de “multiplicadores doconhecimento”, pois os alunos transmitem oconhecimento adquirido no programa paracolegas de escola.

Semana de Iniciação CientíficaA iniciação científica (IC) é uma importantemaneira para um aluno de graduaçãoentender o processo de se fazer umapesquisa científica e sua relevância para auniversidade. Os alunos começam a buscaruma IC ao final do primeiro ou segundo anoe enfrentam a dificuldade de nãoconhecerem os laboratórios nem osprofessores responsáveis pelas pesquisas.Neste contexto, para auxiliar na busca poruma IC, o PET Mecatrônica realizou a suatradicional Semana de Iniciação Científica,que consistiu em uma semana de palestrascom o intuito de apresentar os laboratórios

1a turma de PMR3100

Desmanche

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Workshop LEGO MindstormsOs alunos do primeiro ano da Politradicionalmente têm uma disciplina queintroduz conceitos de programação. Nestadisciplina os alunos devem realizar algunsexercícios programas (EPs), a fim de aplicaros conceitos de programação em umproblema de engenharia. O WorkshopLEGO Mindstorms surge, dessa forma, paracomplementar o curso de programaçãomostrando aos alunos aplicações deprogramação na área da robótica.

Entre para o PETCaros bixos, sejam bem­vindos à Poli! Quempossuir interesse em participar do PETMecatrônica fique de olho em nossoprocesso seletivo que ocorre todo semestre,venha ampliar a sua formação comoengenheiro por meio de:

•Liderança•Pró­atividade•Desenvolvimento de pesquisa e

projetos de engenharia

Por Luis Felipe Gomes de Oliveira

Saudações aos meus amigospolitécnicos, futuros engenheiros, e aosleitores assíduos do Autômato. Quem agoravos fala é um ex­bixo do ano de 2014 e umdos integrantes do PET Mecatrônica.Achamos interessante que nessa edição ospetianos mais novos contassem um poucosobre algumas de suas experiências ao longodesse primeiro ano de Poli e eu fiqueiencarregado de dizer a vocês como foi terentrado no Programa de Educação Tutorialda Engenharia Mecatrônica. Pois bem, aívamos nós!

Primeiramente escolher um grupo deextensão ou uma atividade extracurricularna Poli não é tão trivial quanto parece. Hásempre a preocupação em manter um bomrendimento nos estudos e a grandequantidade de boas opções que temos aquiàs vezes não facilita na decisão. Apesardisso, acredito que todos sabemos queparticipar de alguma atividadecomplementar à graduação é essencial paraenriquecer nossa formação e fazer com quedesenvolvamos algum diferencial durante operíodo que passamos na universidade.Pensando nisso que escolhi entrar no PET.

Desde o primeiro contato que tivecom o grupo durante a Semana de Recepçãodos calouros, os integrantes do PETchamaram minha atenção pela sua postura ereceptividade. Logo depois eles se tornaramnossos monitores na disciplina deIntrodução à Engenharia Mecatrônica. Aospoucos fui conversando com os petianos edescobrindo as diferentes atividades comque o PET estava envolvido, e então, resolviencarar o processo seletivo.

UM BIXO NO PET

Pleitear uma vaga no PET foi umaexperiência nova para mim, o processoseletivo foi diferente do que estavaacostumado. A começar tive que escreveruma pequena carta­currículo, contandosobre minha trajetória acadêmica eprofissional. Depois vieram as entrevistasindividuais, que são feitas pelos própriospetianos, e então veio a etapa final, aentrevista com os professores.

Acredito que não são todos os gruposde extensão que contam com uma bancadade professores para participar da seleção denovos integrantes. Pois bem, no PET é assim.Os candidatos encaram uma banca formadapor três professores e fazem umaapresentação sobre suas motivações paraentrar no PET. Em seguida ocorre umapequena sabatina, em que os professoreslançam diversas perguntas sobre aspectosimportantes no perfil de um petiano ealgumas delas, às vezes, são um tantoquanto capciosas (prepare­se).

Depois de ter passado por todas asfases do processo seletivo, eu e mais trêscandidatos fomos aprovados e finalmentecomeçamos nossa jornada como petianos.Entramos no PET num momento muitoimportante para o grupo, em que todos osesforços estavam focados para a realizaçãodo maior projeto do PET, a EAEM (EscolaAvançada de Engenharia Mecatrônica).Como muitas das tarefas já estavam emandamento e estávamos nos adaptando àrotina do grupo, inicialmente nosenvolvemos apenas com algumas atividadesadministrativas do projeto. Contudo, apesarde todo o trabalho que já estava concluído,infelizmente a EAEM teve que ser canceladadevido à greve do ano passado.

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Revista Autômato 2015 ­ Semana de Recepção

A partir do fim do primeiro semestrepassamos efetivamente a assumirresponsabilidades no PET. Com a saída dealguns membros e a chegada do segundosemestre, tivemos que redefinir as liderançasdos projetos e das comissões de organização.Nesse período trabalhei juntamente a umveterano no projeto Visitas, auxiliando nocontato com as empresas, e fui responsávelpelo processo seletivo. Fora isso, ajudei napreparação da Semana de IniciaçãoCientífica e do Workshop de LEGO®.Também representei o PET no XII EPETUSP(Encontro dos PETs da USP), fiqueiresponsável por apresentar nesse evento oprojeto Inclusão Digital (um curso deintrodução ao uso de computadores voltadopara os funcionários), o que foi umaexperiência muito enriquecedora comopetiano, porque tivemos a oportunidade detrocar ideias e informações sobre projetos ediscuti­las com os diferentes grupos PET daUniversidade.

Atualmente componho a comissão deorganização da sala do PET (acredite, isso dámuito trabalho) e da tesouraria. Nesse anoparticiparei como monitor na disciplina deIntrodução à Engenharia Mecatrônica e,portanto, senhores calouros da Mecatrônica,muito provavelmente nos veremos comcerta frequência e quando quiseremconversar melhor sobre o PET, a Poli ou ostraumas pós semanas de provas, podemprocurar a mim ou o petiano mais próximovocê. Contem com a gente!

Aqui me despeço de vocês e deixo atodos os novos politécnicos (e quiçáaspirantes à petianos) as boas vindas.Aproveitem a semana de recepção, atébreve!

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Por Caio Garcia Cancian

Quando me comprometi a escreveressa espécie de “crônica” sobre a experiênciade entrar em uma nova estrutura curricularna Poli, percebi que eu tinha um problemaum tanto quanto grande. Primeiro porquenão sei escrever crônicas muito bem. Mas,principalmente, porque eu, um ilustre bixo(no mínimo) inexperiente na vidaacadêmica, teria que escrever sobre uma dasmudanças, possivelmente, maissignificativas do modo como se estrutura ocurso de engenharia da Escola Politécnica.Enfim, como não tenho escapatória, vamosao texto.

A Estrutura Curricular 3, ousimplesmente EC3, foi mencionada desde osprimeiros contatos com a Escola. Já napalestra de recepção, foi dada umaexplicação sobre como se estruturaria oscursos nesse novo regime e, confesso, não foino que eu prestei mais atenção naquele dia.Provavelmente, porque eu não sabiaexatamente as implicações daquilo e, muitomenos, o tamanho da complexidadeenvolvida nesse tipo de transição(ironicamente, quase que uma metáfora paraas primeiras aulas da Poli). Mas o recadopassado ficou bem claro: a EC3 seria umamudança importantíssima.

Tanto seria que, inevitavelmente,ainda no inicio do ano, nós, bixos, fomosapresentados e reapresentados à filosofia daEC3 e como ela nos afetaria de formaimediata. E, então, a importância dessareformulação do currículo começou a tomarcorpo. Essencialmente, foi­nos dito que aintensão seria de modernizar o curso deengenharia, proporcionando uma formação

IMPRESSÕES DE UM BIXO SOBRE A EC3

14 Revista Autômato 2015 ­ Semana de Recepção

mais geral e flexível, bem como um contatoo mais precoce possível com a engenharia defato, com enfoque na interdisciplinaridaderequerida atualmente. E, principalmente, foideixado muito claro que essa reforma tinhasido estudada por um bom tempo e, mesmoque já estivesse em um estágio inicial deimplementação, ainda permaneceria em fasede avaliação constante.

E os resultados não foramimperceptíveis. Na realidade, muito pelocontrário. Nós tivemos matérias novas,matérias velhas com conteúdos alterados, eaté mesmo matérias únicas em cada tipo dehabilitação ou grande área. Resultado inicial:veteranos um pouco confusos, confundindobixos extremamente confusos. Sem contar aausência de provas antigas de algumasmatérias, cuja abordagem tornou­seincompatível com a anterior. Tragédiapolitécnica. Mas enfim, esse “choque”ocorreria de qualquer forma e, rapidamente,houve uma adaptação sem muitos traumas.

Na realidade, toda aquela história demodernização e maior contato com aengenharia, acredito eu, realmente foramlevadas muito a sério. Gostando ou não, eem maior ou menor grau, matérias comoPCC3100(Representação Gráfica paraProjeto) e PMR3100 (Introdução àEngenharia Mecatrônica) nos obrigaram adesenvolver projetos já no primeirosemestre. Nada muito mirabolante éverdade (ou não, dependendo do projeto dePCC), mas adequado a quem não sabepraticamente nada de engenharia. Mas omais importante, na realidade, foi que essecontato se deu imediatamente no início dagraduação, coisa que não ocorria tão cedonas estruturas curriculares antigas,aparentemente.

Revista Autômato 2015 ­ Semana de Recepção 15

Evidentemente, surgiram algunsinconvenientes também, que, inclusive,ficaram um pouco mais claros a partir dosegundo semestre. Isso porque aindaexistem algumas “surpresas”, por parte dosprofessores, que algumas vezes não temconhecimento do que exatamente mudou emmatérias anteriores. Mas novamente, nadamuito traumático e que não se resolvarapidamente. Questão de adaptação e, quemsabe, um pouco mais de divulgação dessasmudanças.

Falando em divulgação, nosso futurona EC3 também precisa ser divulgado.Aparentemente, ainda seria necessárioacertar alguns detalhes, que ainda nãoestavam muito bem definidos lá no começodo ano, quando nos deram o panorama geraldas mudanças. Mas o prognóstico parecemuito promissor, inclusive, com apossibilidade, nos dois últimos semestres, decursar matérias de qualquer outrahabilitação da Poli. Mas isso é futuro. Aindatemos alguns semestres, muitas listas,provas e relatórios até lá. Boa sorte a todos, eque a EC3 nos ajude!

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PET CULTURAL

Por Juliana Martins de Oliveira

Metrópolis (1927)

Metrópolis é um filme de ficção científica emsilêncio lançado em 1927 por Fritz Lang, ummestre do Expressionismo alemão. Situadoem uma distopia futurista divididos emduas classes distintas e separadas, ospensadores e os trabalhadores. Metrópolisdescreve as lutas entre as duas entidadesopostas. Sabendo que foi produzido em1927, ver esse filme hoje, é uma experiência etanto, pois a ficção científica da trama sãoassustadoramente próxima da realidade.Metropolis descreve uma sociedade onde a”Nova Ordem Mundial”, já tomada, foirealizada e uma elite selecionada vivia noluxo, enquanto uma massa desumanizadade trabalhadores vivem em um infernoaltamente monitorado.Mas você deve estar se perguntando: ok, e oquê um filme de 1927 tem a ver com aMecatrônica? Paralelamente a essa trama,Rotwang (Rudolf Klein­Rogge), um inventorlouco que está a serviço do governante dacidade, diz ao seu patrão que criou um robôà imagem do homem. Ele diz que agora nãohaverá necessidade de trabalhadoreshumanos, sendo que em breve terá um robôque ninguém conseguirá diferenciar de um

ser vivo. Com isso temos Maria, umaandroide programada para corromper amoral dos trabalhadores e para incitar umarevolta, dando à elite uma desculpa parausar a repressão à violência.Metrópolis é repleto de imagens muitosimbólicas e referências místicas e religiosas.O filme de Fritz Lang é um daquelesclássicos atemporais que resistem ao teste dotempo. Em vez de ficar esquecido e obsoleto,”Metrópolis” é cada vez mais relevante, poismuitas de suas previsões estão se tornandorealidade.

Blade Runner – O caçador de androides(1982)

O filme descreve um futuro em que ahumanidade inicia a colonização espacial,para o que cria seres geneticamentealterados ­ replicantes ­ utilizados em tarefaspesadas, perigosas ou degradantes nasnovas colônias. Fabricados pela TyrellCorporation como sendo ”mais humanosque os humanos”, as clonagens Nexus­6 sãofisicamente idênticas aos humanos, mas sãomais fortes e ágeis. Devido a problemas deinstabilidade emocional e reduzida empatia,os replicantes são sujeitos a umdesenvolvimento agressivo, pelo que o seuperíodo de vida é limitado a quatro anos.

17Revista Autômato 2015 ­ Semana de Recepção

Após um motim, a presença dos replicantesna Terra é proibida, sendo criada uma forçapolicial especial ­ blade runners — para oscaçar e ”aposentar” (matar). O filme relatacomo um ex­blade runner ­ Deckard ­ élevado a voltar à ativa para caçar um grupode replicantes que se rebelou e veio para aTerra à procura do seu criador, para tentaraumentar o seu período de vida e escapar damorte que se aproxima.Um a um os replicantes são caçados, e aolongo do filme parecem adquirircaracterísticas humanas, enquanto osverdadeiros humanos que os caçam parecemadquirir, cada vez mais, característicasdesumanas. Ao fim, as questões que afligemos replicantes acabam se tornando asmesmas que afligem os humanos.O filme é uma fina ironia acerca dasquestões fundamentais que afligem a espéciehumana e, é exatamente neste ponto, sob oespectro da moral, da ética e da busca dosentido para a vida, é que as pessoas acabamfazendo com os Replicantes tudo aquilo queas fazem sofrer e o que lhe acarretam asmazelas e vicissitudes da vida.Blade Runner inicialmente polarizou acrítica especializada: alguns não gostaram deseu ritmo, enquanto outros gostaram de suatemática complexa. Ele desde então setornou um clássico cult e é atualmenteconsiderado um dos melhores filmes jáfeitos. Blade Runner foi elogiado por seudesenho de produção, mostrando um futuro”retrofit” e permanece como um dosprincipais exemplos do gênero neo­noir.Ridley Scott considera Blade Runner como”provavelmente” o seu filme mais completoe pessoal. Em 1993, o filme foi selecionadopara preservação no National Film Registryda Biblioteca do Congresso como sendo”culturalmente, historicamente ouesteticamente significante”.