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Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

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Departamento de Engenharia Eletrotécnica

Análise da Distorção Não-Linear em

Sistemas Multiportadora OFDM com

Aplicação a Amplificadores em Instalações

para Receção de Sinais DVB-T

Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Instalações e Equipamentos em Edifícios

Autor

Bruno Filipe Pinto Carmo

Orientador

Doutor Fernando Lopes Instituto Superior de Engenharia de Coimbra

Coorientadores

Doutor Victor Santos Instituto Superior de Engenharia de Coimbra

Doutor Luís Cruz FCTUC – Universidade de Coimbra

Coimbra, Dezembro, 2011

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ii

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iii

Dedicatória

Dedico este trabalho, em primeiro lugar à minha família,, que sempre me

apoiou e me deu força para continuar, suportando os compromissos e tarefas

familiares e sociais, quando o tempo não chegava para eu estar presente.

Ao meu filho José Filipe Carmo, pelos serões que passou acordado à minha

espera e os fins-de-semana em que não foi possível brincarmos juntos porque o tempo

era escasso.

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iv

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v

Agradecimentos

Acima de tudo agradeço aos meus orientadores que me instruíram e apoiaram em

todas as questões técnicas constantes deste trabalho. Agradeço também ao Doutor João

Cardoso, pelo apoio na verificação de algumas das fórmulas associadas a contagens de

termos.

A todos os meus amigos e familiares que mostraram entusiasmo pelo tema, e

elogiaram o meu esforço ao longo deste tempo.

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vi

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vii

Resumo

A necessidade de transmitir cada vez mais e melhores conteúdos a nível

tecnológico, através do meio de comunicação televisivo, obrigou a implementação de

novos canais de transmissão para a radiodifusão, como é caso do satélite e das redes de

difusão de TV por fibra ótica, cabo coaxial e pares de cobre, incluindo novas técnicas de

transporte como por exemplo o IPTV (Internet Protocol Television). Mais recentemente

foi necessário aumentar a eficiência destes canais, de forma a transmitir conteúdos em

alta definição HD (High Definition). Assim nasceu o standard DVB (Digital Video

Broadcast), contemplando as variantes correspondentes ao meio de difusão DVB-C

(Cable), DVB-S (Satellite), DVB-T (Terrestrial) e DVB-H (Handheld).

Face à entrada em funcionamento em Portugal do sistema TDT (Televisão Digital

Terrestre) torna-se pertinente avaliar que tipos de comportamento terão os equipamentos

atualmente instalados, alguns com idade avançada. A distorção não-linear pode colocar

seriamente em causa a performance da transmissão de sinais em sistemas

multiportadora, impondo degradação substancial na taxa de bits com erro BER (Bit

Error Rate). Uma das principais fontes de introdução de distorção não-linear é a

transmissão com amplificadores em cadeia.

Nesta dissertação apresenta-se uma análise combinatória, que expõe claramente o

número, o peso em amplitude e fase, das contribuições de cada portadora individual,

para a distorção não-linear dentro da banda, em cada uma das portadoras individuais,

num sinal OFDM (Orthogonal Frequency-Division Multiplexing) com distorção não-

linear. Esta análise é efetuada com base no modelo de sinal em passa-banda, com

representação da não-linearidade através de aproximação polinomial, com ausência de

memória.

Com este trabalho pretende-se criar uma ferramenta analítica de aplicação prática

que represente o efeito dos produtos de intermodulação em função de determinadas

características do amplificador, e assim ajudar a selecionar, com base nestas

características, qual o amplificador que melhor de adequa à emissão/receção em

sistemas multiportadora, ou à correção de instalações anteriores.

Palavras chave: Televisão, Difusão, Digital, Terrestre.

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ix

Abstract

The need to increase the size and quality of the contents in broadcasting systems,

namely trough TV channels, originated the appearing of new means of broadcasting,

like satellite, cable networks or IPTV.

Recently, with the development of HD Video, it become necessary to increase the

efficiency of the existing channels. Thus, it was born the DVB standard, which includes

the means Cable, Satellite, Terrestrial and Handheld.

With the general start-up of the DVB-T, and the consequent shut down of the

traditional analog transmission, it become crucial to evaluate the conditions of the

present installations to receive the digital signals, some of them quite old.

Nonlinear distortion can significantly impair the performance of multicarrier

signals by imposing severe degradations on the Bit Error Rate (BER). One main source

of nonlinear distortion is transmission chain amplifiers.

In this Dissertation, a combinatorial analysis that explicitly exposes the exact

number, weight and relative phase contributions of individual in-band signal carriers,

for the in-band nonlinear distortion, experienced by a specific carrier in a nonlinearly

distorted OFDM signal, is presented. This analysis is based on a discrete model of the

passband signal and a polynomial smooth memoryless model of the nonlinearity.

A closed-form analytical formula for the in-band intermodulation distortion is

derived, which precisely quantifies the Signal-to-Third-Order-Distortion Ratio for each

carrier, permitting the calculation of the individual carrier and the overall OFDM signal

BER performance.

The motivation is the development of a simple and accurate analytical tool for the

characterization of the nonlinear distortion performance of systems that use wideband

amplifiers for antenna received DVB-T signals.

Keywords: Television, Broadcast, Digital, Terrestrial.

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x

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xi

Índice

Agradecimentos v

Resumo vii

Abstract ix

Índice xi

Lista de Figuras xv

Lista de Tabelas xvii

Lista de Acrónimos xix

Lista de Anexos xxiii

1 Introdução 1

2 Técnicas de Modulação e DVB 5

2.1 Modulação Analógica com Portadora Contínua 5

2.1.1 Modulação em Amplitude 5

2.1.2 Modulação em Frequência 6

2.2 Modulação Analógica Discreta 7

2.2.1 Modulação por Comutação de Amplitude 7

2.2.2 Modulação por Comutação de Frequência 8

2.2.3 Modulação por Comutação de Fase 10

2.2.4 Modulação de Fase em Quadratura 11

2.2.5 Modulação de Amplitude em Quadratura 12

2.2.6 Modulação por Divisão Ortogonal na Frequência 14

2.3 Compressão de Vídeo Digital 22

2.4 O DVB – Digital Vídeo Broadcast 25

3 Instalação de Distribuição de Sinal de TV 27

4 Parâmetros do Amplificador 29

4.1 Largura de Banda 29

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xii

4.2 Relação Sinal-Ruído 30

4.3 Ganho 30

4.4 Ajuste de Ganho 30

4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31

4.6 Ruído Térmico 32

4.7 Figura de Ruído 33

4.8 Nível Máximo de Saída 33

4.9 Ponto de Compressão a 1 dB 34

4.10 Tipos de Distorção em Amplificadores 35

4.11 Quantificação da Distorção 36

5 Distorção Não-Linear 39

5.1 Conceito Geral de Distorção Não-Linear 39

5.2 Efeitos da Distorção Não-Linear 40

5.2.1 Regeneração Espectral (Spectral Regrowth) 40

5.2.2 Distorção de Amplitude e de Fase 40

5.2.3 Modulação Cruzada 41

5.2.4 Perda de Sensibilidade na Resposta (Dessensibilização) 41

5.2.5 Distorção de Intermodulação 41

5.3 Sistemas Lineares e Sistemas Não-Lineares 43

5.4 Caracterização da Distorção Não-Linear 43

5.5 Representação da Característica de Transferência Através das Séries

de Taylor 44

5.5.1 Característica de Transferência 44

5.5.2 Análise do Comportamento Quadrático 46

5.5.3 Análise do Comportamento Cúbico 48

5.5.4 Ponto de Compressão de 1 dB 50

5.5.5 Produtos de Intermodulação de Ordens Elevadas 51

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xiii

5.6 Análise de Distorção Não-Linear Introduzida por um Amplificador

num Sistema a “n” tons 54

5.7 Análise para “n” Tons com f constante 62

5.8 Estudo das Influências dentro da Banda 63

5.9 Estudo das Influências Fora da Banda (-n a 0 e n+1 a 2n) 68

5.10 Simulação de um Caso Prático 69

5.10.1 Modelo para o Sinal de uma Portadora 70

5.10.2 Característica de transferência 73

5.10.3 Simulação da Relação Sinal-Distorção - SDR 74

6 Conclusões 79

Referências 81

Anexo I – Código C++ Eq. (5.62) 85

Anexo II – Código C++ Eq. (5.64) 87

Anexo III – Código C++ Eq. (5.68) 89

Anexo IV – Código C++ Eq. (5.69) 93

Anexo V – Código C++ Eq. (5.70) 95

Anexo VI – Datasheet do Amplificador AM-2003 da marca Rantelon,

com informação do seu IP3 99

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xiv

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xv

Lista de Figuras

Figura 2.1 – Gráfico Temporal de Modulação Analógica em Amplitude [12]. 6

Figura 2.2 – Gráfico Temporal de Modulação Analógica em Frequência [13]. 7

Figura 2.3 – Modulação ASK [14]. 8

Figura 2.4 – Modulação FSK [14]. 9

Figura 2.5 – Modulação PSK [14]. 10

Figura 2.6 – Constelação para modulação QPSK [14]. 11

Figura 2.7 – Sinal Modulado em 8-QAM [13]. 12

Figura 2.8 – Constelação de Modulação 64-QAM [15]. 13

Figura 2.9 – Representação do Intervalo de Guarda num Símbolo [16] 15

Figura 2.10 – Subportadoras OFDM no domínio da Frequência [17]. 17

Figura 2.11 – Representação da operação de Interleaving [18]. 18

Figura 2.12 – Representação do Intervalo de Guarda no Sinal [16]. 19

Figura 2.13 – Representação do Efeito Passband Ripple [19]. 21

Figura 2.14 – Diagrama de Transmissão OFDM [17]. 22

Figura 3.1 – Diagrama de Blocos de Emissor/Recetor RF. 27

Figura 4.1 – Gráfico de Identificação da Largura de Banda [23]. 29

Figura 4.2 – Representação Gráfica do Ajuste de Ganho [23]. 31

Figura 4.3 – Representação Gráfica da Linearidade [23]. 31

Figura 4.4 – Ponto de Compressão a 1 dB [23]. 34

Figura 4.5 – Pontos de Interceção 2IP e 3IP [23]. 37

Figura 5.1 – Diagrama de Blocos de um Sistema Não-Linear. 42

Figura 5.2 – Característica de Transferência de um Amplificador em Situação

Ideal e Real [10]. 45

Figura 5.3 – (a) Característica de Transferência com comportamento quadrático;

(b) Formas de onda de entrada e saída no domínio do tempo [10]. 46

Figura 5.4 – (a) Espectro de frequência na entrada; (b) Espectro de frequência na

saída [10]. 47

Figura 5.5 – Ponto de Intersecção de Segunda Ordem [10]. 47

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xvi

Figura 5.6 – (a) Característica de Transferência com comportamento cúbico; (b)

Formas de onda de entrada e saída no domínio do tempo [10]. 48

Figura 5.7 – (a) Espectro de frequências na entrada; (b) Espectro de frequências

na saída [10]. 49

Figura 5.8 – Ponto de intersecção de terceira ordem numa estrutura não-linear

[10]. 50

Figura 5.9 – Curva de um dado amplificador com a indicação do ponto de

compressão de 1 dB [10]. 51

Figura 5.10 – Sinal de dois tons: (a) No domínio do tempo; (b) No domínio da

frequência [10]. 52

Figura 5.11 – Resposta de um amplificador no teste de dois tons, com todas as

possibilidades de intermodulação [10]. 52

Figura 5.12 – Constelação 64-QAM evidenciando as várias amplitudes máximas

da portadora para cada um dos símbolos do 1.º quadrante. 70

Figura 5.13 – Curva característica entrada/saída – potências em dB V . 73

Figura 5.14 – Curva característica entrada/saída – potências em unidades lineares. 74

Figura 5.15 – Número de termos de interferência por Grupo (Secção 5.8)

( 64n ). 75

Figura 5.16 – Potência dos termos de interferência por Grupo (Secção 5.8)

( 64n ). 75

Figura 5.17 – Número de termos de interferência por Grupo (Secção 5.8)

( 8192n ). 76

Figura 5.18 – Relação Sinal-Distorção para 64n . 76

Figura 5.19 – Relação Sinal-Distorção para 8192n . 77

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xvii

Lista de Tabelas

Tabela 2.1 – Amplitude e Fase em Modulação 8-QAM [13]. 12

Tabela 5.1 – Valores em tensão para a constelação 64-QAM. 71

Tabela 5.2 – Estimativa dos momentos até à 6ª ordem para as amplitudes de uma

portadora. ( 87 dB , 64, 64OFDMP V M n ) 72

Tabela 5.3 – Estimativa dos momentos até à 6ª ordem para as amplitudes de uma

Portadora. 72

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xviii

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xix

Lista de Acrónimos

ADSL Asymmetric Digital Subscriber Line

AM Amplitude Modulation

ASK Amplitude Shift Keying

B Bidirectionally Predicted

BER Bit Error Rate

BFSK Binary Frequency Shift Keying

CNR Carrier to Noise Ratio

CATV Cable Antenna Television

CFR Crest Factor Reduction

COFDM Coded OFDM

DAB Digital Audio Broadcast

dB Decibel

DC Direct Current

DCT Discrete Cosine Transform

DMT Discreet Multitone Modulation

DPD Digital Pre-Distortion

DRM Digital Radio Mondiale

DSM Digital Storage Media

DSP Digital Signal Processing

DTH Direct To the Home

DTV Digital Television

DVB Digital Video Broadcast

DVB-C DVB - Cable

DVB-H DVB - Handheld

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xx

DVB-MHP DVB - Multimedia Home Platform

DVB-S DVB - Satellite

DVB-T DVB - Terrestrial

EDTV Enhanced Definition Television

FDM Frequency Division Multiplexing

FFT Fast Fourier Transform

FM Frequency Modulation

FSK Frequency Shift Keying

HD High Definition

HDTV High Definition Television

HIPERLAN 2 High Performance Radio Local Area Network

I Intraframe

ICI Inter-Carrier Interference

IF Intermediate Frequency

IFFT Inverse Fast Fourier Transform

IMD Intermodulation Distortion

IP Intercept Point

IPTV Internet Protocol Television

ISDB-T Integrated Services Digital Broadcasting - Terrestrial

ISI Inter-Symbol Interference

ISO International Standards Organization

LNA Low Noise Amplifier

LO Local Oscillator

MEC Motion Estimation and Compensation

MIEE Mestrado em Instalações e Equipamentos de Edifícios

MPEG Moving Picture Experts Group

NF Noise Figure

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xxi

OFDM Orthogonal Frequency-Division Multiplexing

P Predicted

PA Power Amplifier

PAPR Peak to Average Power Ratio

PDA Personal Digital Assistant

PSI Program Specific Information

PSK Phase Shift Keying

QAM Quadrature Amplitude Modulation

QPSK Quadrature Phase Shift Keying

RDS Radio Data System

RF Radiofrequência

RLE Run Length Encoding

SDR Signal to Distortion Ratio

SDTV Standard Definition Television

SNR Signal to Noise Ratio

SPS Soft Pulse Shaping

TDT Televisão Digital Terrestre

UHF Ultra High Frequency

VAR Variável Aleatória Real

VDSL Very-high-bit-rate Digital Subscriber Line

WiMAX Worldwide Interoperability for Microwave Access

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xxii

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xxiii

Lista de Anexos

Anexo I – Código C++ Eq. (5.62) 85

Anexo II – Código C++ Eq. (5.64) 87

Anexo III – Código C++ Eq. (5.68) 89

Anexo IV – Código C++ Eq. (5.69) 93

Anexo V – Código C++ Eq. (5.70) 95

Anexo VI – Datasheet do Amplificador AM-2003 da marca Rantelon, com

informação do seu IP3 99

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xxiv

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CAPÍTULO 1

Bruno Filipe Pinto Carmo 1

1 Introdução

O século XX tem sido denominado como a era da informação. Seguindo esta

diretriz, temos testemunhado, nos últimos tempos, vários avanços tecnológicos em

diversas áreas. Entre elas, duas que têm causado significativo impacto sobre o modus

vivendi das pessoas neste século são a informática e as telecomunicações. Neste cenário

de avanços tecnológicos, deparamo-nos com uma quantidade de informação cada vez

maior.

De facto, pode-se considerar uma interligação evolutiva entre informação,

informática e telecomunicações. Ao analisarmos o percurso destas três áreas

verificamos que um pequeno avanço em cada uma delas traduz-se, não apenas no

aperfeiçoamento das restantes, como também cria de imediato uma necessidade de

desenvolvimento de modo a manter este triângulo equilibrado. Para percebermos como

funciona este triângulo podemos escolher partir de um dos vértices.

Por ordem cronológica, o vértice mais antigo será a Informação. De facto, muito

antes de existirem computadores ou linhas telefónicas, já existia a partilha de

informação. No entanto, o aparecimento da computação veio aumentar a capacidade de

processar essa informação com maior rapidez. Por outro lado, o desenvolvimento dos

meios de comunicação possibilitou uma difusão mais eficiente dessa informação.

Analisando a perspetiva oposta, vemos que a massificação do acesso à informação

(nomeadamente a internet) possibilitou grandes avanços tecnológicos, graças ao

incentivo que deu à investigação, quer na área da computação, quer na área das

telecomunicações.

Um dos meios de transmissão de informação bastante conhecido é a televisão. Com

os seus defeitos e virtudes amplamente discutidos, pode dizer-se, hoje em dia, que a

televisão é, sem sombra de dúvida, um meio universal de acesso a informação e

entretenimento.

Com o aparecimento do transístor e o aprofundar da investigação no campo digital,

iniciou-se nos últimos anos um fenómeno que pode ser chamado de digitalização dos

equipamentos eletrónicos.

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Introdução

2

É importante que se saiba que digital não é por si só sinónimo de qualidade, e que

na generalidade dos casos, os equipamentos que melhor reproduzem a realidade são

analógicos, sejam equipamentos de som ou imagem.

As grandes vantagens dos formatos digitais são a redução do volume dos

equipamentos e o baixo custo de fabrico, devido essencialmente à simplicidade e

flexibilidade dos componentes que compõem os equipamentos digitais. Também o facto

de se trabalhar com valores discretos de grandezas elétricas se traduz numa maior

fiabilidade dos dados transmitidos, processados ou armazenados.

No campo da televisão, é curioso notar, que sendo o meio de difusão de informação

melhor implantado, tenha resistido tanto tempo à digitalização.

Este trabalho incidirá precisamente sobre a radiodifusão de televisão digital.

No início desta introdução foi abordado o triângulo que é formado entre

informação, computação e telecomunicações, e como o desenvolvimento de um dos

vértices obriga os outros dois a adaptarem-se como se de um ecossistema se tratasse.

Neste caso, o DVB (Digital Video Broadcast) pertence ao vértice das telecomunicações

uma vez que corresponde a transmissão de informação. Acontece que a quantidade de

informação a transmitir aumentou e o meio de transmissão teve que se adaptar.

Qual a vantagem do Digital? O formato de codificação e modulação digital é mais

eficiente na utilização do espectro de um canal de transmissão do que a modulação

analógica, pelo que no mesmo meio físico torna-se possível transmitir mais informação

com codificação e modulação digital. Assim, esta mudança seria sempre inevitável, uma

vez que se traduz num melhor aproveitamento dos recursos de transmissão, seja um

cabo de condutores metálicos, uma fibra ou uma banda de frequências.

Que implicações terá esta mudança? Nesta questão será centrada a componente de

investigação do trabalho. Sabemos que as televisões mais antigas não terão capacidade

para desmodular sinais digitais, e que para serem aproveitadas terão que ser acopladas a

um descodificador, seja qual for o standard (terrestre, cabo ou satélite). No entanto,

sabemos também que apesar de o princípio ser comum a todos os standards do DVB,

existem diferenças que os distinguem, diferenças que se destinam a adequar o sinal

transmitido ao meio de comunicação usado.

No satélite o sinal a transmitir irá percorrer grandes distâncias, no cabo existe o

problema das interferências eletromagnéticas, no sistema terrestre, existe o eco do sinal

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CAPÍTULO 1

Bruno Filipe Pinto Carmo 3

transmitido nos edifícios em redor da receção, e no sistema móvel DVB-H, existe o

problema da mobilidade. Como tal, cada um dos standards foi desenvolvido para ser

imune a cada um destes efeitos sobre o canal de transmissão.

O principal objetivo deste trabalho consiste em investigar e caracterizar

quantitativamente e qualitativamente os efeitos da distorção não-linear em

equipamentos ativos usados para processar sinais multiportadora, com aplicação a

amplificadores na distribuição dos sinais DVB-T.

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Introdução

4

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CAPÍTULO 2

Bruno Filipe Pinto Carmo 5

2 Técnicas de Modulação e DVB

Uma vez que o autor é aluno do MIEE (Mestrado em Instalações e Equipamentos

de Edifícios), com formação geral de Engenharia Eletrotécnica, mas não especializada

em telecomunicações, o primeiro passo para a realização deste trabalho foi o estudo e

aprendizagem de conceitos que estão por trás da radiodifusão e dos sinais de televisão.

O referido estudo abordou as temáticas apresentadas neste capítulo.

2.1 Modulação Analógica com Portadora Contínua

Para que um sinal de informação seja transmitido ao longo do meio físico com a

menor degradação possível, é necessário realizar um processo de adaptação deste sinal,

no qual o conteúdo espectral do sinal pode ser deslocado adequadamente, de acordo

com a resposta em frequência do meio, isto é, para qualquer sinal em banda base é

possível transformá-lo de modo a que este resulte noutro que transporte a mesma

informação, mas numa banda de frequências mais ajustada ao canal de transmissão.

O deslocamento em frequência é, normalmente, obtido através da modulação de

uma onda portadora sinusoidal. A implementação desta técnica implica a realização de

um processo inverso (desmodulação) para receção e recuperação da informação.

2.1.1 Modulação em Amplitude

Modulação em Amplitude, ou simplesmente AM (Amplitude Modulation) é a

forma de modulação mais simples, em que a amplitude de um sinal sinusoidal, chamado

de portadora, varia em função do sinal mensagem, que é o sinal modulador.

A frequência e a fase da portadora são mantidas constantes, apenas variando a sua

amplitude em função da amplitude do sinal a transmitir, conforme se pode observar na

Figura 2.1 – Gráfico Temporal de Modulação Analógica em Amplitude. Na prática, esta

modulação obtém-se multiplicando o sinal da portadora (com amplitude unitária) pela

amplitude do sinal a modular.

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Técnicas de Modulação e DVB

6

Figura 2.1 – Gráfico Temporal de Modulação Analógica em Amplitude [12].

Matematicamente, é uma aplicação direta da propriedade do deslocamento em

frequência da Transformada de Fourier, assim como da propriedade da convolução.

2.1.2 Modulação em Frequência

FM é a abreviatura para Modulação em Frequência ou Frequência Modulada

(Frequency Modulation).

Iniciada nos Estados Unidos no início do século XX, a difusão de rádio em FM é

uma modalidade de radiodifusão que usa a faixa 87,5 MHz a 108 MHz com modulação

em frequência.

Uma rádio em FM apresenta uma ótima qualidade sonora mas com limitado

alcance, chegando em média até 100 quilómetros de raio de alcance. Em condições

esporádicas de propagação, é possível sintonizar emissores a centenas de quilómetros. A

potência dos sistemas de emissão pode variar entre poucos watts (rádios locais) até

centenas de kilowatts, no caso de retransmissores de grande cobertura.

O FM dispõe de um sistema de envio de informação digital, o RDS (Radio Data

System) que permite apresentar informações sobre a emissora sintonizada. Também, a

capacidade do FM nesta gama de frequências de radiodifusão é adequada à utilização de

sistemas estéreo.

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CAPÍTULO 2

Bruno Filipe Pinto Carmo 7

Figura 2.2 – Gráfico Temporal de Modulação Analógica em Frequência [13].

Uma das características principais dos recetores FM denomina-se de efeito de

captura. Esse efeito ocorre da seguinte forma: se existirem dois ou mais sinais de FM

emitidos na mesma frequência, o recetor de FM irá responder ao sinal de maior potência

e ignorar os menores (os restantes). Na Figura 2.2 – Gráfico Temporal de Modulação

Analógica em Frequência, é possível observar um exemplo de um sinal modulado em

frequência.

2.2 Modulação Analógica Discreta

2.2.1 Modulação por Comutação de Amplitude

Na técnica de modulação ASK (Amplitude Shift Keying) os sinais digitais são

representados como variações de amplitude da onda portadora.

Neste tipo de modulação ocorre a alteração da tensão máxima do sinal, mantendo-

se a frequência constante, o que afetará diretamente a amplitude, permitindo

convencionar uma determinada amplitude como dígito binário “1” e outra como dígito

binário “0”.

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Técnicas de Modulação e DVB

8

Figura 2.3 – Modulação ASK [14].

À semelhança do AM na modulação analógica, esta é a forma mais simples de

modular um sinal digital, conforme se pode observar na Figura 2.3 – Modulação ASK.

2.2.2 Modulação por Comutação de Frequência

Na técnica de modulação FSK (Frequency Shift Keying) o sinal digital modulante

varia a frequência de uma onda portadora analógica de acordo com valores pré-

determinados.

Inicialmente eram utilizados apenas dois valores de frequência, cada um

representando um nível binário “1” ou “0”, conforme está representado na Figura 2.4 –

Modulação FSK. Este método passou a ser chamado de BFSK (Binary Frequency Shift

Keying).

Foram então introduzidos mais valores de frequência, o que permitiu a codificação

de dois ou mais bits por valor de frequência.

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CAPÍTULO 2

Bruno Filipe Pinto Carmo 9

Figura 2.4 – Modulação FSK [14].

Por exemplo: utilizando 4 valores diferentes de frequência, pode-se atribuir 2 bits

(dibit) para cada valor, de acordo com a tabela:

Frequência versus dibits

1 00f ;

2 01f ;

3 10f ;

4 11f ;

Como em todos os métodos de modulação digital, é utilizada uma sequência de bits

igualmente espaçados que modulam a portadora. O período de cada pulso da sequência

é dado por dT . Desta forma, a menor largura de banda teórica necessária para transmitir

esse pulso, f , é:

1

2 d

fT

(2.1)

Este sistema é usado por algumas operadoras em dispositivos de identificação de

chamadas.

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Técnicas de Modulação e DVB

10

2.2.3 Modulação por Comutação de Fase

PSK (Phase Shift Keying) é um esquema de modulação digital onde a fase da

portadora varia de modo a representar os valores binários “0” e “1”, sendo que durante

cada intervalo de bit esta permanece constante. A amplitude e a frequência permanecem

sempre inalteradas.

Exemplo: uma fase 0 graus representa o binário “0”, enquanto uma fase 180 graus

representa “1”. Isto representa o método 2-PSK, porque temos duas representações de

fases diferentes.

Figura 2.5 – Modulação PSK [14].

A modulação PSK não é suscetível a degradações por ruídos que afetam muito a

técnica ASK nem possui as exigências de banda da técnica FSK, uma vez que em PSK a

amplitude e frequência são sempre constantes conforme se pode verificar na Figura 2.5

– Modulação PSK.

Neste tipo de modulação, a característica da onda portadora que vai variar é a fase,

mantendo-se a amplitude e a frequência constantes. Esta modulação também é

conhecida como BPSK (Binary Phase Shift Keying).

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CAPÍTULO 2

Bruno Filipe Pinto Carmo 11

À semelhança do QAM (Quadrature Amplitude Modulation), esta técnica de

modulação também pode ser usada em quadratura, definindo vários ângulos de fase para

cada combinação de bits, dando origem a "2n" QPSK (Quadrature Phase Shift Keying),

em que "n" é o número de bits da sequência modulante.

Da mesma forma que na modulação ASK, é necessário o estabelecimento de uma

convenção entre transmissor e recetor, para que a comunicação possa ser efetuada e haja

entendimento entre eles.

2.2.4 Modulação de Fase em Quadratura

Uma derivação de PSK, resultou no sistema QPSK, ou seja, em vez de modular

dois bits (“0”, ”1”) com duas fases (0º, 180º), trata-se do modular quatro dibits (“00”,

“01”, “10”, “11”) com quatro fases (0º, 90º, 180º, 270º).

Figura 2.6 – Constelação para modulação QPSK [14].

Uma forma prática de representar as modulações em quadratura é através da sua

constelação, onde se representam os grupos de bits (símbolos) sob a forma de vetores,

conforme se pode observar na Figura 2.6 – Constelação para modulação QPSK. Na

prática usam-se as fases 45º, 135º, 225º e 315º, representadas por i , por motivos de

simetria da constelação. SE é a energia do símbolo.

À semelhança da modulação BFSK, a modulação QPSK também permite obter o

dobro da taxa de transmissão para a mesma frequência, sem aumentar muito a

complexidade do circuito, já que em cada intervalo simbólico, podem ser transmitidos 2

bits, em vez de 1 (caso das modulações ASK, FSK e PSK).

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Técnicas de Modulação e DVB

12

2.2.5 Modulação de Amplitude em Quadratura

A modulação QAM é utilizada em TV digital e outros sistemas que necessitam de

alta taxa de transferência de informação, uma vez que permite transmitir símbolos

contendo vários bits em apenas um intervalo de tempo. Consiste em duas portadoras que

são utilizadas em quadratura.

Tabela 2.1 – Amplitude e Fase em Modulação 8-QAM [13].

Na Tabela 2.1 – Amplitude e Fase em Modulação 8-QAM, é possível observar as

combinações de amplitude e fase da portadora, em função do símbolo de 3 bits a

modular. Este sistema é utilizado na TV digital terrestre combinado com OFDM, a cabo

e em alguns sistemas utilizados experimentalmente por radioamadores para

transmissões de rádio para transferência de dados.

Figura 2.7 – Sinal Modulado em 8-QAM [13].

Combinando a modulação digital em amplitude ASK, com a modulação digital em

fase, PSK, é possível criar várias combinações, permitindo de uma forma simples

modular pequenos grupos de bits em vez de utilizar modulação bit a bit.

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CAPÍTULO 2

Bruno Filipe Pinto Carmo 13

Na Figura 2.7 – Sinal Modulado em 8-QAM, é possível observar a representação

do sinal modulado de acordo com as combinações definidas na Tabela 2.1 – Amplitude

e Fase em Modulação 8-QAM.

Consoante o número de combinações n possíveis, designa-se a modulação por

n-QAM, no exemplo dado, trata-se de 8-QAM, no entanto é possível encontrar sistemas

até 2048-QAM.

Da mesma forma que é feito para QPSK, também em QAM, é possível recorrer à

representação do sinal modulado por meio de uma constelação. No caso representado na

Figura 2.8 existem 12 fases possíveis, sendo elas 15º, 45º e 75º, em cada quadrante (ou

seja, somando a estes valores 90º para o segundo quadrante, 180º para o terceiro

quadrante e 270º para o quarto quadrante). Adicionalmente, nas fases múltiplas de 45º é

possível ter 2 amplitudes diferentes, adicionando assim mais 4 valores possíveis, o que

perfaz 16 combinações diferentes, correspondente à constelação 16-QAM

Figura 2.8 – Constelação de Modulação 64-QAM [15].

De notar que apenas existem dois valores diferentes de amplitude (representados

através da norma dos vetores).

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Técnicas de Modulação e DVB

14

Alguns exemplos de aplicação para o QAM são as ligações de rádio digital e

micro-ondas, transmissões em altas taxas de transferência, televisão digital de alta

definição, em modem, cable modem e ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line).

Nas transmissões digitais utiliza-se a modulação QPSK para satélite, QAM para

cabo, e QAM combinado com OFDM para emissão terrestre.

2.2.6 Modulação por Divisão Ortogonal na Frequência

A modulação por divisão ortogonal na frequência OFDM (Orthogonal Frequency

Division Multiplexing), também chamada modulação por multitom discreto, DMT

(Discreet Multitone Modulation), é uma modulação que consiste em enviar a

informação modulando em QAM ou em PSK um conjunto de portadoras de diferentes

frequências. Normalmente realiza-se a modulação OFDM para passar o sinal por um

codificador de canal com o objetivo de corrigir os erros produzidos na transmissão,

então esta modulação denomina-se COFDM, (Coded OFDM).

A modulação OFDM foi aceite como standard para difusão de TV digital terrestre

há mais de uma década. Os standards europeus DAB (Digital Audio Broadcast) e

DVB-T, utilizam a modulação OFDM. O standard HIPERLAN 2 (High Performance

Radio Local Area Network) também utiliza esta técnica de modulação, bem como a

extensão a 5 GHz da norma IEEE 802.11. Os sistemas ADSL e VDSL (Very-high-bit-

rate Digital Subscriber Line) também recorrem ao OFDM como técnica de modulação.

Mais recentemente, a norma IEEE 802.16 definiu a modulação OFDM para sistemas

WiMAX (Worldwide Interoperability for Microwave Access) fixos e móveis.

Interferência entre Símbolos ISI

Um dos problemas fundamentais em sistemas de comunicações designa-se por ISI

(Inter-Symbol Interference), ou interferência entre símbolos. Este problema surge

devido ao facto de qualquer canal de transmissão ser variante no tempo, pelo que dois

símbolos adjacentes podem experimentar diferentes condições no mesmo canal de

transmissão, incluindo atrasos no tempo. Esta característica é particularmente agravada

em sistemas sem fios, em que o canal é mais volátil, e também em terminais móveis,

com comunicação multi-percurso.

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CAPÍTULO 2

Bruno Filipe Pinto Carmo 15

Figura 2.9 – Representação do Intervalo de Guarda num Símbolo [16]

Para baixas taxas de transmissão, sinal em banda estreita, o tempo de cada símbolo

é tão longo que as versões atrasadas desse mesmo símbolo acabam por chegar ao

destino antes do símbolo seguinte, não existindo portanto afetação ao símbolo seguinte.

Na prática, e uma vez que se trata de uma taxa de transmissão considerável, o standard

DVB-T adotou uma solução simples para este problema, que consiste na repetição de

parte do símbolo no final deste.

Assim, se uma pequena parte inicial do símbolo for perdida por efeitos de

interferência de atraso do símbolo anterior, o sistema consegue recuperar esta

informação, como se pode observar na Figura 2.9 – Representação do Intervalo de

Guarda num Símbolo.

A modulação OFDM torna-se portanto robusta face ao multi-percurso, que é muito

habitual nos canais de radiodifusão terrestre, aos desvanecimentos seletivos em

frequência e também às interferências de RF (sigla usada para designar transmissão em

radiofrequência).

Devido às características desta modulação, os distintos sinais, com distintos atrasos

e amplitudes que chegam ao recetor, contribuem positivamente para a receção, pelo que

existe a possibilidade de criar redes de radiodifusão de frequência única sem que

existam problemas de interferência.

Entre os sistemas que usam a modulação OFDM destacam-se:

Alguns padrões de televisão digital terrestre; como o DVB-T, ISDB-T

(Integrated Services Digital Broadcasting - Terrestrial);

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Técnicas de Modulação e DVB

16

A rádio digital DAB;

A rádio digital de baixa frequência DRM (Digital Radio Mondiale);

O protocolo de ligação ADSL;

O protocolo de rede de área local IEEE 802.11a/g, também conhecido como

Wireless LAN;

O sistema de transmissão sem fios de dados WiMAX.

As primeiras propostas de criação do OFDM foram feitas nas décadas de 60 e 70.

Demorou mais de 25 anos para que esta tecnologia transitasse dos laboratórios de

investigação para a indústria. O protótipo de OFDM é bastante simples, mas a sua

implementação prática é relativamente complexa.

O conceito básico reside em dividir uma sequência de dados (do tipo série) numa

string do tipo paralelo com número finito, igual ao número de subportadoras, em que a

cada subportadora poderá corresponder um bit ou um pacote de bits. Cada subportadora

é modulada individualmente a uma taxa de transmissão bastante inferior à taxa de

transmissão do sistema. Proporcionalmente, a taxa de transmissão de cada portadora

será igual ao quociente entre a taxa de transmissão do sistema e o número de portadoras.

Assim, e conforme explicado anteriormente, consegue-se assim reduzir o efeito da

interferência entre símbolos ISI.

A solução de utilizar multiportadoras parece tão simples quanto inovadora, mas de

facto, o sistema FDM (Frequency Division Multiplexing), já existe há bastante tempo,

com a diferença de que os dados transmitidos em cada portadora se destinarem a

utilizações diferentes, e existir um intervalo de guarda entre portadoras. O sistema de

rádio FM é um exemplo de FDM. Contudo, o sistema FDM não é adequado para

transmissão de informação comum em banda larga porque, devido às suas

características, desperdiça muita largura de banda. É com esta vantagem que faz sentido

usar OFDM.

No sistema OFDM as subportadoras sobrepõem-se, sendo ortogonais, uma vez que

o pico de uma subportadora ocorre no mesmo instante do zero da subportadora

adjacente. Este objetivo é atingido utilizando a Transformada Rápida Inversa de Fourier

IFFT (Inverse Fast Fourier Transform). O desmodulador instalado no recetor realiza a

operação inversa FFT (Fast Fourier Transform). De qualquer modo, continua a ser

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CAPÍTULO 2

Bruno Filipe Pinto Carmo 17

possível modular cada uma das subportadoras independentemente. A ortogonalidade

entre subportadoras está representada na Figura 2.10 – Subportadoras OFDM no

domínio da Frequência.

Figura 2.10 – Subportadoras OFDM no domínio da Frequência [17].

Em última análise, devido à ortogonalidade das subportadoras, o sistema OFDM

acaba por se comportar melhor que sistemas de portadora simples, particularmente em

canais seletivos na frequência.

Um sistema OFDM está, tal como os restantes, sujeito a atenuações. Como tal,

torna-se necessário codificar todas as subportadoras. Na prática obtém-se um ganho

diferenciado na frequência, porque nem todas as subportadoras estão sujeitas às mesmas

atenuações (estas atenuações referem-se essencialmente a desvanecimento, perdas do

tipo fading). Portanto, uma combinação de codificação e interleaving é utilizada para

minimizar os efeitos do referido desvanecimento.

A operação de Interleaving consiste em alterar a ordem dos bits, para que bits

contíguos na sequência de dados, não sejam enviados de forma próxima na frequência e

no tempo. Deste modo, caso exista uma perturbação num determinado grupo de dados

durante o envio, os bits afetados estarão distribuídos por vários pacotes de dados após a

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Técnicas de Modulação e DVB

18

reconstrução do Stream de bits. Deste modo previne-se a afetação de uma zona de

imagem, conforme se pode observar na Figura 2.11 – Representação da operação de

Interleaving.

Figura 2.11 – Representação da operação de Interleaving [18].

O aumento da taxa de transmissão do sistema pode ser conseguido adicionando

subportadoras, o que nem sempre é possível. A adição de subportadoras poderia

conduzir ao aparecimento de ruído FM aleatório, resultando numa forma de

desvanecimento seletivo no tempo. Adicionalmente, as limitações práticas de

construção de equipamento e racionalização do espectro disponível teriam de ser

consideradas.

Uma alternativa encontrada para limitar os problemas causados pelas

características do canal terrestre, consiste na adição de um intervalo de guarda, no

domínio do tempo, tal como já referido na discussão sobre Interferência entre Símbolos,

e que permita reconhecer o atraso causado pelos efeitos multi-percurso. Esta banda de

guarda é feita corresponder a uma parte do símbolo previamente recebido. Assim, os

símbolos que cheguem ao recetor mais tarde, não irão interferir com o símbolo

subsequente, e serão recebidos integralmente. Na Figura 2.12 – Representação do

Intervalo de Guarda no Sinal, está representada a transmissão de um sinal onde aparece

o intervalo de guarda do símbolo M evidenciado. O tempo de guarda deve ser

dimensionado para exceder o tempo de atraso espectável. Desta forma a redução de ISI

provocada pelo atraso multi-percurso será conseguida através da seleção do número de

portadoras e do tempo de guarda.

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CAPÍTULO 2

Bruno Filipe Pinto Carmo 19

Figura 2.12 – Representação do Intervalo de Guarda no Sinal [16].

Uma vez que a ortogonalidade é importante num sistema OFDM, a sincronização

na frequência e no tempo deverá possuir elevada exatidão. Caso se comprometa a

ortogonalidade, haverá lugar a um novo fenómeno, designado por ICI (Inter-Carrier

Interference), ou interferência inter-portadoras. Uma versão atrasada de uma

subportadora, poderá interferir com outra subportadora, no período simbólico seguinte.

Esta consequência pode ser evitada, estendendo o símbolo através do intervalo de

guarda que o precede. Esta operação é conhecida por prefixo cíclico, e assegura que os

símbolos atrasados terão um número inteiro de ciclos dentro do intervalo de integração

da FFT. Assim, consegue-se remover a ICI, desde que o intervalo de guarda seja

superior ao atraso. Deverá ser tido em conta que o intervalo de integração da FFT não

inclui o intervalo de guarda.

Um pulso retangular dará origem a uma função Sinc, no domínio da frequência, em

que os lóbulos laterais produzirão interferência fora da banda. Se o erro de

sincronização for significativo, estes lóbulos poderão causar degradação do sinal. Têm

sido estudados diferentes métodos para diminuir este efeito. Entre eles destacam-se a

formatação suave de pulso ou SPS (Soft Pulse Shaping), ou a utilização de funções

Gaussianas. Embora a potência do sinal decresça rapidamente em torno da frequência

da portadora, continua a subsistir o problema da perda de ortogonalidade. Como tal, os

efeitos ISI e ICI poderão ocorrer pontualmente. Por este motivo, deve ser sempre

realizada a equalização do sinal. A equalização consiste em diversificar o ganho em

função da frequência, ao mesmo tempo que se eliminam as variações bruscas, tornando-

as mais suaves, daí o termo soft pulse shaping, o que resulta num sinal mais robusto.

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Técnicas de Modulação e DVB

20

Um dos problemas do OFDM é a elevada relação Pico/Média, ou seja o quociente

entre a potência correspondente à tensão de pico e a potência correspondente à tensão

média do sinal OFDM resultante da soma de todas as subportadoras no tempo. Este

problema causa dificuldades na utilização eficiente amplificadores de potência. Esta

medida é designada por Fator de Pico, ou em Inglês Crest Factor.

O Fator de Pico em tensão é definido como sendo a relação entre o valor de pico e

o valor eficaz da tensão do sinal OFDM total. Atualmente estão em estudo algumas

técnicas de Redução do Fator de Pico, ou em inglês CFR (Crest Fator Reduction), de

modo a permitir a utilização de Amplificadores de Potência mais simples e acessíveis,

para obter os mesmos resultados. Algumas abordagens sobre formas de limitar este

problema encontram-se sucintamente descritas em seguida:

Apenas um subconjunto de blocos OFDM, que possuam amplitude inferior

a um valor pré-determinado, são selecionadas para transmissão. Os

símbolos que não se encontrem incluídos neste conjunto são convertidos

para um conjunto adequado, por meio de redundância. Esta redundância

pode também ser usada para posterior correção de erros. Na prática este

sistema só é exequível para um número baixo de subportadoras;

Cada sequência de dados pode ser representada de mais do que uma forma,

permitindo ao transmissor escolher em cada caso qual a melhor forma de os

transmitir, indicando essa opção ao recetor;

A saturação controlada do sinal, vulgarmente designada por clipping, em

determinado valor de tensão. Em geral esta solução provoca interferências

fora da banda que podem ser removidas com por meio de filtro passa-

banda. Estes filtros já seriam necessários para remover as interferências

causadas pela formatação de pulsos retangulares.

Um dos problemas causados na filtragem de um sinal OFDM é a variação de

resposta em frequência dentro da banda de passagem.

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CAPÍTULO 2

Bruno Filipe Pinto Carmo 21

Figura 2.13 – Representação do Efeito Passband Ripple [19].

No caso da Figura 2.13 – Representação do Efeito Passband Ripple, temos

representado um filtro passa-baixo, com passband ripple de 3dB.

Como é sabido da teoria de conceção de filtros, para diminuir o ripple, é necessário

aumentar o número de baixadas (do Inglês Taps).

As taps funcionam como válvulas (daí a origem do seu nome) que dificultam ou

facilitam a passagem do sinal, tal como na nomenclatura utilizada em ITED (Norma

Regulamentar de Projeto e Instalação de Infraestruturas de Telecomunicações em

Edifícios [11]), mas no caso dos filtros estas taps são seletivas na frequência, logo são

usadas para atenuar o sinal em determinadas frequências, onde o filtro produza menor

atenuação, e assim contribuir para uma diminuição do ripple.

No entanto a conceção de filtros com um número elevado taps aumenta o seu

custo, pelo que deve existir um compromisso de relação qualidade/preço.

Como seria de esperar o aumento de ripple traduz-se num aumento do BER,

correspondente ao quociente entre o número de bits errados e o número total de bits

recebidos, sendo usado como forma de medir a qualidade da transmissão, à semelhança

do SNR (Signal to Noise Ratio) num sistema de RF.

O efeito ripple é particularmente grave no sistema OFDM, uma vez que provoca

amplificação em determinadas portadoras e atenuação noutras.

Uma das formas de combater este efeito é equalizando o SNR ao longo de todas as

portadoras, utilizando uma técnica designada por pré-distorção digital ou DPD (Digital

Pre-Distortion).

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Técnicas de Modulação e DVB

22

A aplicação de DPD aumenta a potência do sinal, e consequentemente a

interferência fora da banda, pelo que a atenuação do filtro fora da banda de passagem

também deve ser maior.

Realizando todas as operações de aumento de robustez na transmissão, o diagrama

do transmissor OFDM terá a sequência de operações representada na Figura 2.14 –

Diagrama de Transmissão OFDM.

Figura 2.14 – Diagrama de Transmissão OFDM [17].

2.3 Compressão de Vídeo Digital

Na década de 80 ficou clara a necessidade de aliar imagem com tecnologia digital.

Nesse sentido, em 1988 a ISO (International Standards Organization) formou o MPEG

(Moving Picture Experts Group), para desenvolver standards para vídeo digital. Foram

definidos três tópicos a serem desenvolvidos:

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CAPÍTULO 2

Bruno Filipe Pinto Carmo 23

Vídeo e áudio associados a uma taxa de 1.5 Mbps (mais tarde chamado

MPEG-1);

Imagens em movimento e áudio associados a uma taxa de 10 Mbps (mais

tarde chamado de MPEG-2);

Imagens em movimento e áudio associados a uma taxa de 60 Mbps (mais

tarde reduzido para 40 Mbps e posteriormente cancelado).

O MPEG-1 era orientado para imagem digital armazenada em media de

armazenagem digital DSM (Digital Storage Media). O MPEG-2 foi orientado para

broadcast - radiodifusão. O MPEG-3 foi concebido para televisão de alta definição

HDTV (High Definition Television). Enquanto os standards se desenvolviam ficou

claro que as técnicas empregues poderiam ser usadas para qualquer bitrate (quantidade

de bits necessários para codificar um segundo de informação, seja esta vídeo, áudio ou

ambos). Assim, o título dos que incluíam a taxa de transmissão, foram alterados para

MPEG-1 e MPEG-2 e ficou claro que MPEG-2 poderia satisfazer as necessidades do

HDTV, pelo que o MPEG-3 foi descontinuado.

O vídeo, áudio, ou qualquer outra informação para um serviço codificado em

MPEG deve ser multiplexado num único fluxo de bits. Essa é a principal tarefa do

MPEG-2 Systems. Uma outra tarefa do Systems é fornecer meios para essa

sincronização.

Apesar de um fluxo MPEG representar um fluxo constante de bits, os bits precisam

de ser organizados em grupos (pacotes) para que erros de bit não se propaguem além

das fronteiras de um único pacote. Geralmente, quanto maior o pacote, mais suscetível

ele é aos erros de bit. Por outro lado, agrupando os bits em pacotes cria um maior

tráfego para acomodar os cabeçalhos dos pacotes. Geralmente, quanto menores os

pacotes, maior o tráfego. Assim, existe um compromisso entre o tamanho do pacote e

sua resiliência e eficiência. Pode-se considerar portanto que formar pacotes é uma

terceira função para os MPEG Systems.

Na maioria dos casos, os descodificadores necessitam de informações específicas

do programa PSI (Program Specific Information) para descodificar os dados. Fornecer

estas PSI's é a quarta tarefa do MPEG Systems. Um MPEG Systems deve:

Page 49: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

Técnicas de Modulação e DVB

24

- Multiplexar fluxos de bits individuais num único fluxo de bits;

- Prover formas para sincronizar os fluxos de bits que compõem um serviço de

áudio e/ou vídeo;

- Empacotar os bits em grupos;

- Prover informações específicas chamadas PSI.

No MPEG-2 Systems, um programa é definido como o conjunto de fluxos

elementares, como áudio e vídeo, que têm a mesma base de tempo.

Um arquivo MPEG é um arquivo digital contendo vídeo e áudio digitais

codificados seguindo determinados standards de compressão e armazenados num dado

formato específico. O comité ISO especifica separadamente o tratamento de áudio e de

vídeo, permitindo streams sem áudio, por exemplo.

Um filme é uma sequência de blocos. Cada bloco do filme contém secções

individuais para o vídeo e para o áudio. A sincronização entre o vídeo e o áudio é feita

através de marcadores de tempo que são afixados nos identificadores de blocos durante

a codificação.

O standard MPEG especifica 3 tipos de quadros ou frames, comprimidas no

arquivo de saída. Nas frames I (Intraframe) somente se aplicam algoritmos de redução

de redundância espacial. Nas frames P (Predicted) e B (Bidirectionally Predicted)

também se aplicam algoritmos de redução de redundância temporal. No caso das frames

B a predição de movimento é bidirecional, ou seja, é feita com frames do passado e do

futuro em relação à frame a ser codificada.

As frames apresentam diferentes taxas de compressão, sendo que as frames B

apresentam a maior taxa, seguidas das P e finalmente das I. Isto deve-se ao facto de que

nas frames I eliminamos apenas a redundância espacial. Quanto maior a compressão

maiores as perdas de qualidade sofridas nas frames, por isso há a necessidade de

intercalar frames I regularmente para permitir a “restauração” da qualidade do sinal e

também o acesso aleatório às frames do filme.

O standard publicado pela ISO especifica o formato final do arquivo comprimido,

deixando margem para que diferentes abordagens possam ser utilizadas, com diferentes

compromissos entre compressão e complexidade computacional. Além disso, também

fazem parte do standard:

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CAPÍTULO 2

Bruno Filipe Pinto Carmo 25

Uso da Transformada Discreta do Cosseno DCT (Discrete Cosine Transform),

seguida de quantificação e RLE (Run Length Encoding) [20] para redução da

redundância espacial de cada frame do filme;

Uso de MEC (Motion Estimation and Compensation) preditiva e interpolativa para

redução de redundância temporal entre frames;

Uso de codificação de Huffman [20] no final do processo, gerando a compressão

efetiva.

A DCT faz uma transformação na imagem, mudando o domínio de representação

da mesma. Este processo não introduz perdas de qualidade na imagem. A sua utilização

é útil porque permite uma representação mais compacta da imagem, facilitando a

seleção da informação mais relevante e permitindo assim a compressão efetiva.

2.4 O DVB – Digital Vídeo Broadcast

DVB é a sigla para Digital Video Broadcasting, por vezes chamado de televisão

digital ou pela sua sigla DTV (Digital Television).

Conhecido como standard europeu para TV Digital, foi projetado a partir dos anos

80 pelo consórcio que hoje integra 250 participantes de 15 países. Desde 1998, está em

operação no Reino Unido, tendo chegado à maioria dos países da União Europeia e à

Austrália. Está implantado, em fase de implementação ou adotado em cerca de outros

140 países. Detém um mercado atual de 270 milhões de recetores [21].

O standard opera com conteúdo audiovisual nas três configurações de qualidade de

imagem: HDTV (1080 linhas), EDTV (480/576 linhas) e SDTV (480/576 linhas) [22].

Nas duas últimas configurações, permite a transmissão simultânea de mais de um

programa por canal, permitindo uma média de quatro.

No início de sua implantação, apresentou dificuldades de receção em Inglaterra,

sendo sujeito à interferência de ruídos provocado por eletrodomésticos ou motores.

O DVB é o standard adotado pelas principais operadoras privadas de TV por

assinatura por satélite. Em Portugal tem sido adotado nos canais pay-per-view

(vulgarmente designados por opcionais) de televisão por cabo, como alternativa ao

sistema analógico. Atualmente encontra-se implementado também na TDT em fase de

implementação.

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Técnicas de Modulação e DVB

26

O padrão DVB é designado de acordo com o serviço ao qual está vinculado:

DVB-T – Transmissões terrestres (TV aberta em VHF ou UHF

convencional);

DVB-S – Transmissões por satélite em TV livre ou por assinatura DTH

(Direct To the Home);

DVB-C – Serviço de TV por cabo;

DVB-H – Transmissão para dispositivos móveis, tais como Telemóveis e

PDA’s;

DVB-MHP – Standard para middleware Multimedia Home Plataform;

IPTV – Transmissão via rede telefónica fixa em IP (Internet Protocol

Television).

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CAPÍTULO 3

Bruno Filipe Pinto Carmo 27

3 Instalação de Distribuição de Sinal de TV

Uma instalação de receção de sinal de TV, seja analógica ou digital, pode ser

analisada, de uma forma simplificada, como sendo um qualquer sistema de receção de

sinais em RF.

Figura 3.1 – Diagrama de Blocos de Emissor/Recetor RF.

A função básica do emissor RF é modular a informação de banda base numa

portadora de frequência elevada, que será posteriormente radiada por uma antena

emissora.

Na Figura 3.1 – Diagrama de Blocos de Emissor/Recetor RF, o sinal em banda

base é utilizado para modular um sinal sinusoidal de frequência intermédia, sinal IF.

Podem ser usados vários métodos de modulação analógica ou digital através da

variação da amplitude, fase ou frequência do sinal sinusoidal, a que se dá o nome de

portadora, conforme já foi descrito no Capítulo 2. A gama de frequências do sinal IF é

normalmente da ordem dos 10 a 100 MHz.

O sinal IF é posteriormente deslocado para uma frequência superior, chamada de

frequência RF, através da utilização de um misturador. O misturador produz as

frequências soma ou diferença das frequências do sinal IF e do sinal do oscilador local

LO (Local Oscillator). Em seguida faz-se passar o sinal RF por um amplificador de

potência ou PA (Power Amplifier), de forma a aumentar a potência do sinal a ser

transmitido.

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Instalação de Distribuição de Sinal de TV

28

A função do recetor RF é recuperar os dados transmitidos, essencialmente através

da realização inversa das funções de cada um dos componentes do emissor RF

apresentado.

O amplificador de baixo-ruído ou LNA (Low Noise Amplifier) serve para

amplificar o sinal recebido, que normalmente é de amplitude muito baixa, e ao mesmo

tempo minimizar a potência de ruído adicionada nesta operação de amplificação.

Devido a este facto, trata-se de um bloco extremamente importante nos sistemas de

receção RF.

Seguidamente utiliza-se um misturador para converter o sinal RF num sinal de

frequência mais baixa, designado, tal como na transmissão, de sinal IF. Utilizando uma

frequência do oscilador local próxima da frequência do sinal RF, conseguem-se

frequências diferença na saída do misturador menores do que 100 MHz.

Um amplificador de frequência intermédia de alto ganho providencia o aumento do

nível de potência do sinal IF, para que a informação de banda base possa ser recuperada

mais facilmente. Ao processo de recuperação da informação em banda base dá-se o

nome de desmodulação.

Nas arquiteturas mais recentes, as operações de modulação e de desmodulação, e

particularmente no sistema de Televisão Digital Terrestre, a leitura dos dados é efetuada

através da utilização de circuitos dedicados ao processamento digital de sinal ou DSP

(Digital Signal Processing).

Pelo facto de ser o único elemento ativo na instalação, o amplificador será, à

partida, merecedor de maior cuidado no seu dimensionamento, uma vez que, as

perturbações que este pode introduzir no sinal, não se limitam a ganhos ou atenuações

lineares.

Enquanto, para o atual sistema analógico, os parâmetros, ditos normais, de um

vulgar amplificador de mastro (LNA), são amplamente conhecidos, no sistema digital,

este equipamento poderá reservar algumas surpresas, nomeadamente em relação ao seu

comportamento em situações multiportadora ou multitom.

Assim, torna-se importante analisar todos os parâmetros do amplificador e

identificar quais as suas influências na qualidade do sinal digital

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CAPÍTULO 4

Bruno Filipe Pinto Carmo 29

4 Parâmetros do Amplificador

Existem vários parâmetros que definem um Amplificador, e consequentemente a

qualidade do sinal amplificado a receber.

Na análise do comportamento deste equipamento perante um sinal modulado

digitalmente, alguns têm maior relevância que outros.

Os tópicos descritos nesta Secção são baseados no documento [23].

4.1 Largura de Banda

A largura de banda de um amplificador é a gama de frequências para as quais o

aparelho foi desenhado para funcionar, e como tal onde se pode prever o seu

comportamento.

Figura 4.1 – Gráfico de Identificação da Largura de Banda [23].

Na Figura 4.1 – Gráfico de Identificação da Largura de Banda, encontra-se

exemplificado a largura de banda de um amplificador, compreendida entre 1f e 2f .

Estas frequências designam-se frequências de corte, sendo identificadas nos extremos

da banda, onde o ganho do amplificador corresponde a metade (-3 dB) do seu ganho

nominal.

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Parâmetros do Amplificador

30

4.2 Relação Sinal-Ruído

SNR (Signal to Noise Ratio), ou também C/N (Carrier/Noise), estabelece a relação

entre a potência do sinal e a potência do ruído introduzido. É normalmente, expresso em

decibéis:

/10.log

Signal Carrier

Noise

PSNR dB

P

(4.1)

Uma relação sinal-ruído de 45 dB, equivale a imagem de elevada qualidade,

enquanto abaixo de 25 dB são encontradas distorções na imagem. O nível normalmente

exigido em CATV (Cable Antenna Television) é de 42 dB. Associa-se normalmente

SNR a uma relação onde a potência do sinal se refere ao sinal de informação em banda

base, enquanto a C/N ou CNR é definida para uma relação onde a potência do sinal se

refere ao sinal da portadora modulada.

4.3 Ganho

O ganho de um amplificador corresponde à relação entre a potência de saída e a

potência de entrada de um sinal e é normalmente expresso em dB:

10.log Out

In

PG dB

P

(4.2)

O ganho de um amplificador CATV situa-se normalmente entre 25 e 40 dB. Numa

antena de receção terrestre, o ganho tipicamente pode variar entre 6 e 30 dB.

A função primária do amplificador é multiplicar a amplitude do sinal de entrada,

por um fator constante, neste caso, o sinal de entrada está representado a azul-escuro,

enquanto o sinal de saída corresponde ao azul-claro.

4.4 Ajuste de Ganho

Existem amplificadores que permitem regular o ganho, de modo a obter um nível

de sinal otimizado, minimizando a distorção.

Neste tipo de amplificadores existe um parâmetro que se designa por Ajuste de

Ganho, uma vez que o ganho não é ajustável de 0 ao valor máximo.

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CAPÍTULO 4

Bruno Filipe Pinto Carmo 31

Figura 4.2 – Representação Gráfica do Ajuste de Ganho [23].

O Ajuste de Ganho corresponde ao intervalo de regulação abaixo do ganho

máximo, ou seja, num amplificador com ganho de 35 dB, e ajuste de ganho de 20 dB,

podemos regular o ganho entre 15 dB e 35 dB, conforme se pode observar na Figura 4.2

– Representação Gráfica do Ajuste de Ganho.

4.5 Linearidade na Frequência – Flatness

No modelo de Amplificador Ideal, o comportamento do equipamento é similar em

todas as frequências, no entanto, na realidade, o ganho do amplificador não é constante

para todas as frequências da sua banda de funcionamento.

Figura 4.3 – Representação Gráfica da Linearidade [23].

A diferença entre o ganho máximo e mínimo, em função da frequência,

corresponde à Linearidade na Frequência, ou em Inglês Flatness, que significa a

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Parâmetros do Amplificador

32

capacidade de ser “Plano”, sendo que, de facto, quanto mais plana for a curva de ganho

em função da frequência, menor será o parâmetro Linearidade, o que se traduz num

amplificador de qualidade superior, conforme se encontra exemplificado na Figura 4.3 –

Representação Gráfica da Linearidade.

Este parâmetro, correspondendo a uma diferença entre ganhos, é normalmente

expresso em dB.

Em amplificadores vulgares, a linearidade situa-se nos 1...3dB , sendo possível

atingir, em amplificadores de alta qualidade, valores na ordem dos 0,5...0,6dB .

4.6 Ruído Térmico

Devido à agitação térmica dos electrões que compõem os materiais condutores e

semi-condutores dos componentes constituintes do amplificador, gera-se um ruído

eléctrico denominado de Ruído Térmico. Este efeito existe independentemente de

qualquer aplicação de tensões eléctricas exteriores.

O ruído térmico numa resistência ideal é aproximadamente branco, o que significa

que a densidade espectral de potência é aproximadamente constante para todo o

espectro de frequência. Adicionalmente, a amplitude do sinal possui uma função

densidade de probabilidade aproximadamente Gaussiana

Em sistemas CATV de 75-Ohm, a amplitude mínima do sinal (em Inglês Noise

Floor) corresponde a 1 µV (microVolt), o que significa que se assume que todos os

sinais de amplitude inferior a 1 µV não podem ser recuperados.

Sendo o nível de sinal usualmente representado em dBmV (Decibel-miliVolt) –

1 µV corresponde a –60 dBmV (valor designado por Noise Floor), por conseguinte

torna-se imperativo manter o nível de sinal superior a este valor ao longo de toda a

cadeia de transmissão.

É importante referir que, apesar de na grande maioria dos casos o ruído térmico

gerado ser residual, convém notar que este ruído é amplificado juntamente com o sinal,

o que se pode traduzir numa perda de qualidade do sinal na receção com algum

significado.

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CAPÍTULO 4

Bruno Filipe Pinto Carmo 33

4.7 Figura de Ruído

Quando um amplificador trata um sinal, não distingue, na sua entrada, o que

corresponde a informação do que é ruído adicionado a montante, amplificando todo o

conjunto uniformemente, de acordo com as suas características.

Adicionalmente, e uma vez que o amplificador não corresponde a um circuito ideal,

ele próprio introduz ruído no sistema, inerente ao mero funcionamento dos seus

componentes.

Ao ruído introduzido pelo amplificador dá-se o nome de Figura de Ruído, NF

(Noise Figure).

Apesar de poder ter diversas origens, a figura de ruído pode ser calculada

comparando a relação sinal/ruído na entrada e na saída do amplificador, sendo dada pela

seguinte equação:

/

10.log/

i

o

S NNF dB

S N

(4.3)

Quanto mais baixo for o valor da figura de ruído, menos perturbações o

amplificador introduz no sistema. Logo, um amplificador de maior qualidade possuirá

uma NF mais baixa.

A figura de ruído não é em geral linear na frequência, pelo que é comum as fichas

técnicas dos equipamentos conterem vários valores para este parâmetro, ou uma gama

de valores.

Tipicamente, num amplificador comum UHF (Ultra High Frequency), a NF varia

entre 4 a 9 dB, enquanto num LNA os valores se situam entre os 0,5 e 2 dB.

4.8 Nível Máximo de Saída

Qualquer amplificador possui um limite máximo no nível do sinal à saída, a que

corresponde um determinado nível na entrada. Ao aumentar o nível na entrada para

além deste valor, corresponderia a teoricamente ultrapassar o nível máximo na saída.

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Parâmetros do Amplificador

34

Como na prática este valor é limitado, o amplificador simplesmente deixa de ter o

comportamento previsto, verificando-se na saída algumas deformações na forma de

onda, o que provoca perda de qualidade do sinal de saída.

Por este motivo torna-se imperativo manter o nível de sinal na entrada dentro dos

limites de funcionamento do amplificador.

4.9 Ponto de Compressão a 1 dB

Um amplificador ideal amplifica um sinal de entrada do mesmo valor,

independentemente da sua amplitude. Este objetivo é facilmente atingível quando se

trata de sinais de entrada de baixa potência.

Conforme já foi referido, existe um limite para o nível de saída do amplificador,

mas este limite não corresponde a um corte imediato no ganho. De facto, à medida que

o nível do sinal de entrada aumenta, o ganho do amplificador deixa de ser constante e

começa a decrescer progressivamente, diminuindo o declive da curva do nível de saída

(na característica de transferência) em função do nível de entrada até que este seja nulo,

altura em que foi atingido o nível máximo da saída do amplificador.

Figura 4.4 – Ponto de Compressão a 1 dB [23].

Uma vez que existe uma zona linear para níveis de entrada relativamente baixos, é

possível determinar facilmente a função de transferência nesta zona, que corresponde ao

próprio ganho do amplificador (com a devida variação na frequência).

Dadas as características físicas do amplificador, se compararmos em todos os

pontos a curva real de amplificação com a reta teórica que depende apenas do ganho,

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CAPÍTULO 4

Bruno Filipe Pinto Carmo 35

verificamos que a partir de determinado nível de entrada, estes dois gráficos deixam de

coincidir, e começa a ser notória a diferença entre eles, no que respeita ao nível de

saída. Assim, é possível identificar o ponto de compressão de 1 dB, que identifica o

valor do nível da entrada para o qual o nível de saída é 1 dB inferior ao esperado (em

que o esperado corresponde ao produto entre o nível de entrada e o ganho), conforme se

pode observar na Figura 4.4 – Ponto de Compressão a 1 dB .

Este parâmetro torna-se de vital importância na análise de circuitos amplificadores,

uma vez que, mesmo sendo com relativa aproximação, define a fronteira entre a zona

linear e a zona não-linear do amplificador, sendo que cada uma é analisada de forma

distinta como será explicado na Secção 4.10.

4.10 Tipos de Distorção em Amplificadores

Todos os dispositivos do circuito que o sinal atravessa são passíveis de introduzir

distorção. Esta distorção pode ser de dois tipos, linear ou não-linear.

A distorção linear de amplitude é causada por circuitos lineares (compostos apenas

por componentes passivos como resistências, indutâncias ou condensadores) onde

podem existir frequências com maior amplificação que outras, sendo esta

não-linearidade traduzida na resposta em frequência do amplificador (Flatness). Existe

também distorção linear de fase em que as várias componentes de frequência do sinal

sofrem atrasos diferentes ao atravessar o dispositivo.

A distorção não-linear é provocada por circuitos não-lineares (compostos por

componentes ativos como transístores, díodos ou varístores, e eventualmente também

por componentes passivos em regimes não-lineares de funcionamento). Neste caso, a

passagem do sinal, para além da distorção linear, produz também harmónicos, que

correspondem a múltiplos das frequências do próprio sinal, bem como combinações das

frequências das suas componentes (chamados produtos de intermodulação), que podem

interferir na banda original do sinal ou em canais vizinhos, piorando a qualidade dos

sinais de informação.

Torna-se então imperativo reduzir ao máximo a distorção não-linear,

principalmente as componentes de segunda e terceira ordens, de modo a minimizar os

efeitos negativos da não-linearidade. Normalmente, não é dada relevância a harmónicos

de ordem superior, uma vez que a sua influência é comparativamente muito menor.

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Parâmetros do Amplificador

36

4.11 Quantificação da Distorção

A quantidade de distorção não-linear introduzida por um amplificador pode ser

quantificada por dois pontos de interceção IP (Intercept Point), em que 2IP expressa a

distorção de segunda ordem e 3IP expressa a distorção de terceira ordem.

A origem do cálculo destes pontos vem da equação que é usada para definir a

característica de transferência do amplificador na região não-linear, que é um polinómio

do 3º grau, do tipo:

2 3

1 2 3( ) . ( ) .( ( )) .( ( ))y t k x t k x t k x t (4.4)

Ambos os parâmetros são medidos com base num teste a dois tons a frequências

piloto 1f e 2f . Em circuitos não-lineares, irão ocorrer componentes espectrais das

frequências 1 2. .m f n f , onde m e n são inteiros positivos e a sua soma define a ordem

da distorção introduzida.

Assim, componentes com as frequências 1 22 f f , 2 12 f f , 13 f e 23 f , são

produtos de distorção de terceira ordem, enquanto que 1 22 f f e 2 12 f f são produtos

de distorção a dois tons e 13 f e 23 f , são produtos de distorção a um tom.

Se tomarmos como exemplos, tons de frequências 100 MHz e 101 MHz, verifica-

se que os referidos produtos de distorção de terceira ordem a dois tons serão 99 MHz e

102 MHz, sendo o respetivos produtos de distorção de terceira ordem a um tom

300 MHz e 303 MHz.

Após esta análise é possível constatar que, particularmente no caso dos produtos de

distorção de terceira ordem a dois tons, a filtragem destas novas componentes a partir

do sinal distorcido é extremamente difícil (na prática inexequível).

Por serem produtos de segunda e terceira ordem, estas componentes crescem com o

ganho, mais rapidamente que o sinal a amplificar, sendo a razão do seu crescimento

igual à respetiva ordem. Assim, ao aumentar o ganho do amplificador, as distorções de

segunda ordem crescerão duas vezes mais depressa que o sinal de entrada, e as

distorções de terceira ordem crescerão três vezes mais depressa que o sinal de entrada.

Teoricamente (uma vez que na prática não é possível atingir tais amplitudes no

sinal de entrada), o ponto em que a potência do sinal amplificado linearmente (dado

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CAPÍTULO 4

Bruno Filipe Pinto Carmo 37

pela componente 1. ( )k x t da Equação (4.5)), é igual à potência dos produtos de distorção

de 2ª ordem (dados pelo termo 2

2.( ( ))k x t da mesma equação), será o ponto 2IP .

Seguindo o mesmo raciocínio, aumentando o sinal de entrada até que na saída a

potência da componente linear seja igual à potência dos produtos de distorção de

terceira ordem, obtém-se o ponto de interceção 3IP .

No gráfico da Figura 4.5 – Pontos de Interceção 2IP e 3IP [23], é possível observar

as potências de saída das diversas componentes do sinal e os pontos de interceção

definidos, o 2IP e o 3IP .

Figura 4.5 – Pontos de Interceção 2IP e 3IP [23].

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Parâmetros do Amplificador

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 39

5 Distorção Não-Linear

Os efeitos presentes no sinal de saída de um sistema que, de alguma forma,

resultaram da alteração das características do sinal de entrada, designam-se por

distorção. Em particular, da distorção não-linear resulta o aparecimento de novas

componentes espectrais que não existiam no sinal de entrada.

5.1 Conceito Geral de Distorção Não-Linear

O objetivo de um sistema de telecomunicações via rádio é transmitir informação de

um ponto para outro, através de ondas eletromagnéticas, que se propagam através do

espaço livre. Para que haja troca efetiva de informação entre os extremos da

comunicação, é necessário atuar sobre a portadora, por intermédio de técnicas de

modulação (em amplitude, frequência ou fase).

No entanto, as não-linearidades presentes num sistema não-linear condicionam e/ou

perturbam a transmissão do sinal útil, uma vez que alteram as características do sinal de

entrada, originando o que se designa por distorção não-linear.

Estas perturbações dificultam a correta descodificação da informação por parte do

recetor devido ao aparecimento de novas componentes, ou devido à modificação das

características que representam a informação no sinal original. A distorção não-linear

poderá ter implicações várias ao nível do ganho e da formatação dos sinais. Além disso,

poderá ainda dar origem ao aparecimento de harmónicos ou outras componentes

espectrais que não transportam informação útil

Algumas das consequências da distorção não-linear mais visíveis são: o aumento

da taxa de erros, atrasos, diminuição das velocidades de transmissão, redução da

eficiência espectral e da potência útil, interferências em canais adjacentes, etc.

Em face destes problemas, é indiscutível que a distorção não-linear apresenta um

impacto muito significativo ao nível do desempenho dos sistemas rádio, podendo

comprometer seriamente o seu funcionamento.

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Distorção Não-Linear

40

5.2 Efeitos da Distorção Não-Linear

A distorção não-linear pode manifestar-se sob diversas formas ou efeitos. Nas

secções seguintes iremos elencar os mais importantes.

5.2.1 Regeneração Espectral (Spectral Regrowth)

A existência de não-linearidades num sistema dá origem a sinais com um espectro

mais rico do que o dos sinais de excitação.

A primeira grande diferença entre as respostas lineares e não-lineares reside no

número de termos presentes em cada uma delas. Enquanto que a resposta linear a uma

sinusóide modulada é uma sinusóide modulada semelhante, a resposta não-linear inclui

muitos outras componentes de frequência ou termos para além dessa componente linear.

Ou seja, os sistemas lineares modificam apenas a amplitude e fase do sinal de

entrada, todavia as componentes espectrais à saída são aquelas que já se encontravam

presentes na entrada. Em contrapartida, os sistemas não-lineares podem modificar o

espectro de saída, apresentando uma resposta que pode ter deixado de exibir

componentes que inicialmente estavam presentes no sinal de entrada, ou uma resposta

que passou a conter novas componentes que não faziam parte do sinal de entrada. Este

comportamento é vulgarmente designado por regeneração espectral (spectral regrowth

na literatura anglo-saxónica).

5.2.2 Distorção de Amplitude e de Fase

Os sistemas não-lineares geram componentes espectrais que se sobrepõem às

fundamentais, isto é, que se vão somar vectorialmente às componentes da resposta

linear. Este tipo de distorção designa-se habitualmente por distorção correlacionada.

Eventuais variações na amplitude do vetor associado ao sinal de entrada são

suscetíveis de induzir variações nos vetores correspondentes às diversas componentes

de distorção. Se a soma vetorial entre a componente da resposta linear e a componente

de distorção der origem a interferência destrutiva, diz-se haver compressão de ganho. Se

a interferência for construtiva haverá expansão de ganho do sistema. Este efeito é

designado por conversão AM/AM. Em ambos os casos descritos anteriormente, é

evidente que a amplitude do sinal de saída virá distorcida, devido a efeitos não-lineares.

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 41

Todos os sistemas que transportem informação codificada em amplitude, por exemplo,

AM, ASK, etc., serão particularmente vulneráveis a esta forma de distorção.

Se pelos mesmos motivos resultarem também variações na fase do sinal de saída,

diz-se que estamos perante uma forma de distorção de fase, vulgarmente designada por

conversão AM/PM. Este tipo de distorção tem um forte impacto em todos os sistemas

cuja informação é codificada na fase da portadora, por exemplo, PM, PSK, BPSK, etc.

5.2.3 Modulação Cruzada

O efeito de modulação cruzada traduz-se na transferência de potência de uma

portadora para outra localizada num canal adjacente devido a efeitos não-lineares de 3.ª

ordem.

A modulação cruzada é responsável pelo fenómeno de ‘crosstalk’ entre canais. Em

sistemas multicanal corresponde à interferência da modulação dum canal noutro.

Dito de outra forma, e considerando-se a interação de dois sinais de RF distintos,

por intermédio de um sistema não-linear, devido à ação da distorção de 3.ª ordem, o

sinal modulante de uma das portadoras será transferido para a outra portadora. Este

efeito é particularmente crítico em sistemas FDM multiportadora.

5.2.4 Perda de Sensibilidade na Resposta (Dessensibilização)

O efeito de dessensibilização manifesta-se quando um sinal forte (indesejado),

localizado fora da banda de passagem ou de operação de um dado sistema rádio, é

processado juntamente com um sinal fraco (desejado) dentro da banda de operação. Esta

situação ocorre quando um recetor processa a informação de um emissor distante na

proximidade de um outro. Devido a efeitos não-lineares, o sinal mais fraco sofre um

efeito de bloqueio. O sinal de distorção provoca uma redução de ganho e da potência de

saída do sistema.

5.2.5 Distorção de Intermodulação

A Distorção de Intermodulação IMD (Intermodulation Distortion) é um processo

de conversão de frequência que ocorre quando dois ou mais sinais, com diferentes

frequências, se combinam através de um sistema não-linear, ou de qualquer

componente/dispositivo não-linear constituinte de um sistema, resultando desse

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Distorção Não-Linear

42

processo, uma transformação da energia contida nas componentes dos sinais de entrada,

num sinal de saída composto por um conjunto de componentes espectrais que derivam

das frequências originais e de componentes adicionais centradas noutras frequências,

que não existiam inicialmente na entrada.

Figura 5.1 – Diagrama de Blocos de um Sistema Não-Linear.

Em determinadas circunstâncias, estas novas componentes geradas poderão “cair”

dentro, ou muito perto, da banda de operação de um dado sistema de RF, afetando-o.

Este tipo de intermodulação assume a designação intermodulação “dentro da banda”

(in-band) e é, por razões óbvias, potencialmente problemático. Isto porque, as

componentes in-band não são fáceis de filtrar, e se o filtro não for suficientemente

seletivo, como na prática por vezes sucede, devido às dificuldades inerentes à conceção

de filtros com curvas de resposta quase ideais (teóricas), estaremos a remover,

juntamente com a radiação não desejada, parte da energia do sinal de interesse, não

fazendo qualquer sentido implementar uma filtragem deste tipo.

A distorção não-linear introduzida pelo amplificador tem efeitos particularmente

graves quando se trata de um sistema multiportadora. Conforme se pode perceber no

capítulo anterior, a conjugação de dois tons na distorção de terceira ordem produz

efeitos em frequências muito próximas das frequências dos tons em questão. Facilmente

se depreende que ao tratar-se um sinal com 2k ou 8k portadoras, em frequências muito

próximas, existam produtos de intermodulação cuja frequência coincidirá com a de uma

qualquer portadora.

O objetivo deste capítulo é estabelecer um raciocínio matemático que permita

quantificar e determinar as localizações relativas, entre a portadora interferida e as

portadoras interferentes, a partir dos parâmetros do amplificador, o ruído introduzido

pela conjugação de todos os produtos de intermodulação, na amplificação de um sinal

multiportadora a “n” tons.

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 43

5.3 Sistemas Lineares e Sistemas Não-Lineares

Um sistema linear caracteriza-se por alterar linearmente o módulo e a fase de cada

componente sinusoidal do sinal de entrada.

Propriedade:

Todos os sistemas lineares obedecem ao princípio da proporcionalidade e

sobreposição, ou seja, a uma entrada do tipo 1 2( ) ( ) ( )x t x t x t , respondem com uma

saída: 1 2( ) ( ) ( )y t y t y t , e a uma entrada 1 1 2 2'( ) ( ) ( )x t k x t k x t , respondem

com 1 1 2 2'( ) ( ) ( )y t k y t k y t , sendo 1( )y t e 2 ( )y t as respostas às entradas isoladas

1( )x t e 2 ( )x t , respetivamente.

Um sistema linear responde a uma componente espectral com a mesma

componente espectral, não havendo lugar à criação de outras componentes espectrais.

Um sistema não-linear, por seu turno, pode ser definido como um sistema que não

é linear, ou seja, que não obedece aos princípios anteriormente mencionados.

Assim, do ponto de vista espectral, podem existir componentes à entrada que foram

totalmente suprimidas pelo sistema, ou componentes à saída que não existiam

inicialmente no sinal de entrada.

5.4 Caracterização da Distorção Não-Linear

As séries são ferramentas matemáticas simples que fornecem informação, não só

quantitativa, como também acerca dos mecanismos de geração de distorção,

apresentando vantagens claras relativamente aos métodos numéricos de simulação.

Para sistemas fortemente não-lineares a representação por expansão em série não é

viável, dado que, o número de termos a considerar para se obter uma aproximação

razoável é muito elevado e, para além disso, não há garantias de convergência. A

escolha do tipo de expansão depende essencialmente das características do sistema.

Uma série de potências apresenta uma formulação muito simples para sistema

fracamente não-lineares, e como tal, iremos ao longo desta dissertação basearmo-nos

nela para analisar o fenómeno da distorção não-linear.

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Distorção Não-Linear

44

5.5 Representação da Característica de Transferência Através

das Séries de Taylor

Existem várias formas de representar a não-linearidade oferecida por um

amplificador, das quais se destacam: as séries de Taylor, as funções de Saleh, o modelo

de Blum e Jeruchim, ou ainda as séries de Volterra [10].

De um modo geral, os sistemas de radiofrequência apresentam uma característica

não-linear fraca. Tratando-se de um amplificador aplicado a um sistema DVB-T,

pode-se assumir que o dispositivo não possui memória e que funciona com uma

excitação baixa, o que é comum em circuitos onde se procura uma relação

sinal-intermodulação elevada.

Com base neste pressuposto, um qualquer dispositivo não-linear de interesse

prático, pode ser aproximado matematicamente pela expansão da série de Taylor de 3ª

ordem. Os tópicos descritos nesta Secção 5.5 são baseados no documento [10].

5.5.1 Característica de Transferência

Um amplificador ideal apresenta uma característica de transferência de

comportamento linear que pode ser descrita pela Equação (5.1).

1( ) . ( )out inV t k V t (5.1)

No entanto, em condições reais de operação, a resposta de um amplificador é

diferente, uma vez que existe uma região não-linear onde ocorre a saturação. Na zona de

saturação, um incremento de nível de entrada não é correspondido do mesmo ganho

com que o sinal de entrada é amplificado na zona linear de operação. A Figura 5.2

apresenta duas curvas, em que uma delas ilustra o comportamento linear e a outra o

comportamento real de um amplificador.

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 45

Figura 5.2 – Característica de Transferência de um Amplificador em Situação Ideal e Real

[10].

Através da Figura 5.2 pode-se observar que a curva real possui um comportamento

linear desde a origem até um determinado valor de inV t , onde se inicia a região de

saturação. A partir deste ponto, fica bastante notório o comportamento não-linear. Para

representar este comportamento da forma mais próxima possível da realidade, será

utilizada a série de Taylor, como enunciado na Equação (5.2).

1

( ) . ( )n

j

out j in

j

V t k V t

(5.2)

A equação (5.2) escrita sem a representação de somatório, pode ser escrita como na

Equação (5.3):

2 3

1 2 3( ) . ( ) . ( ) . ( ) ... . ( )n

out in in in n inV t k V t k V t k V t k V t (5.3)

Esta série pode ser truncada, pois, para uma representação real, são necessários

apenas alguns termos da aproximação, sendo que, em muitos casos, é suficiente

considerar até o termo de terceira ordem, uma vez que a partir deste ponto, as

influências não terão grande expressão.

A Equação (5.3) demonstra que na saída do amplificador existirá um sinal

proveniente da influência dos termos quadrático, cúbico e de demais ordens. Esta

condição é responsável pela geração de distorções de amplitude nos domínios da

frequência, assim como provoca alterações na fase.

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Distorção Não-Linear

46

5.5.2 Análise do Comportamento Quadrático

Para analisar a aproximação quadrática será utilizada a característica de

transferência apresentada na Equação (5.4):

2

1 2( ) . ( ) . ( )out in inV t k V t k V t (5.4)

Aplicando-se um sinal de entrada sinusoidal com amplitude 1A e frequência

angular 1 , tem-se, na saída, o sinal representado pela Equação (5.5).

2 2

2 1 2 11 1 1 1

. .( ) . .cos( . ) .cos(2 . )

2 2out

k A k AV t k A t t (5.5)

O sinal de saída é composto por três termos, sendo o primeiro termo resultado do

ganho linear e que reproduz o sinal de entrada com ganho 1k e o segundo e o terceiro

termos que representam distorções. O segundo termo é uma componente DC enquanto

que o terceiro termo corresponde à segunda componente harmónica.

Figura 5.3 – (a) Característica de Transferência com comportamento quadrático; (b) Formas

de onda de entrada e saída no domínio do tempo [10].

A Figura 5.3 (a) apresenta a característica de transferência da Equação (5.5), onde é

possível notar o comportamento não-linear. A Figura 5.3 (b) apresenta a forma de onda

dos sinais de entrada e saída, enquanto que a Figura 5.4 (a) e (b), apresenta as

componentes dos sinais de entrada e saída no domínio da frequência, respetivamente.

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 47

Figura 5.4 – (a) Espectro de frequência na entrada; (b) Espectro de frequência na saída [10].

Neste caso são evidentes as distorções geradas pela não-linearidade, resultando na

degradação do sinal.

Existem vários parâmetros que definem a linearidade de um amplificador, sendo

um deles o ponto de intersecção de segunda ordem. O ponto de intersecção de segunda

ordem é definido pelo valor de tensão na entrada ou na saída em que a componente do

segundo harmónico assume amplitude igual à da componente fundamental.

2

2 1 11 1 1

2

. 2..

2

k A kk A A

k (5.6)

Figura 5.5 – Ponto de Intersecção de Segunda Ordem [10].

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Distorção Não-Linear

48

Através da Equação (5.5) pode-se afirmar que o ponto de intersecção de segunda

ordem pode ser calculado para o valor de 1A em que o primeiro termo assume a mesma

amplitude máxima que o terceiro termo, ou seja, a segunda harmónica com a mesma

amplitude que a fundamental, utilizando para tal a Equação (5.6). Esta condição pode

ser visualizada através da Figura 5.5.

5.5.3 Análise do Comportamento Cúbico

Na série de Taylor, a componente cúbica é de grande relevância, como será

apresentado para sinais com número de portadoras 1n . No entanto, este estudo inicial

permitirá analisar o ponto de intersecção de terceira ordem. Inicialmente será utilizada a

Equação (5.7) para representação de um amplificador com distorção de terceira ordem.

3

1 3( ) . ( ) . ( )out in inV t k V t k V t (5.7)

Aplicando-se um sinal de entrada sinusoidal com amplitude 1A e frequência

angular 1 , tem-se, na saída da estrutura, o sinal representado pela Equação (5.8).

3 3

1 1 1 3 1 1 3 1 1

3 1( ) . .cos( . ) . . .cos( . ) . . .cos(3 . )

4 4outV t k A t k A t k A t (5.8)

Figura 5.6 – (a) Característica de Transferência com comportamento cúbico; (b) Formas de

onda de entrada e saída no domínio do tempo [10].

A característica de transferência representada pela Equação (5.8) pode ser

visualizada, graficamente, através da Figura 5.6 (a) e os sinais no domínio do tempo da

entrada e da saída do amplificador são apresentados na Figura 5.6 (b).

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 49

A Figura 5.6 (a) foi traçada, considerando-se o ganho de terceira ordem negativo,

como realmente ocorre nos amplificadores de RF. Consequentemente, a função

característica mostra uma compressão de ganho à medida que a tensão de entrada

aumenta. Este efeito pode ser visualizado no domínio do tempo, através da forma de

onda de saída que apresenta uma sinusóide distorcida nos extremos, na Figura 5.6 (b).

Além desta linha de raciocínio, pode-se realizar a análise deste efeito, através da

equação que representa a característica de transferência.

O segundo termo da Equação (5.8) é uma componente na mesma frequência da

fundamental, mas em oposição de fase, pois nos amplificadores tem-se 3( )k .

Sendo assim, esta parcela reduzirá a amplitude da fundamental, justificando, desta

forma, a compressão de ganho que depende da amplitude da portadora. A Figura 5.6 (a)

e (b) mostra o espectro de frequência na saída, com o produto de intermodulação de

terceira ordem, tendo sido aplicado na entrada um sinal sinusoidal puro.

Figura 5.7 – (a) Espectro de frequências na entrada; (b) Espectro de frequências na saída [10].

Outro parâmetro que permite medir a linearidade é o ponto de intersecção de

terceira ordem ( 3IP ), definido como sendo o valor de tensão, na entrada (IIP3) ou na

saída ( 3OIP ), em que a amplitude da terceira harmónica é igual à amplitude da

fundamental. Esta condição pode ser visualizada na Figura 5.8.

Os pontos de intersecção de segunda ordem e de terceira ordem são de grande valor

na determinação dos produtos de intermodulação, mas, infelizmente, não são, em geral,

apresentados pelos fabricantes de equipamentos para descrição dos amplificadores

utilizados na receção de sinais terrestres. No entanto, os amplificadores empregues para

estações de up-link são especificados com estes parâmetros.

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Distorção Não-Linear

50

Figura 5.8 – Ponto de intersecção de terceira ordem numa estrutura não-linear [10].

Conforme já foi explicitado, ao tratar-se de um sistema DVB-T, em que a receção

capta um sinal com 2k ou 8k portadoras moduladas em QAM, o LNA é usado para

amplificar várias portadoras, simultaneamente; condição esta onde a análise de

intermodulação se torna de enorme importância. Em muitos casos, esta condicionante

pode vir a exigir o uso de sistemas pré-corretores de intermodulação, com o objetivo de

otimizar a utilização dos amplificadores.

Como este trabalho se destina a analisar a degradação da relação portadora/ruído,

em função da presença dos produtos de intermodulação, esta abordagem ficará como

sugestão para outros trabalhos nesta área.

5.5.4 Ponto de Compressão de 1 dB

O ponto de compressão de 1 dB é definido como sendo a tensão, na entrada ou

saída, em que a curva real, com comportamento não-linear, está 1 dB abaixo da curva

considerada ideal (termo linear da característica de transferência). Matematicamente, o

valor de 1 dB é encontrado, impondo-se a condição apresentada na Equação (5.9).

1

2 3

1 2 3

. ( )20.log 1( )

. ( ) . ( ) . ( ) ... . ( )

in

n

in in in n in

k V tdB

k V t k V t k V t k V t

(5.9)

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 51

O ponto de compressão de 1 dB varia de acordo com a série que representa o

amplificador analisado e com o número e amplitude das portadoras.

A Figura 5.9 apresenta o ponto de compressão de 1 dB na característica de

transferência de um dado amplificador. O ponto de compressão de 1 dB é utilizado num

grande número de sistemas, para definir a máxima potência de operação ou, ainda, a

potência de saturação.

Figura 5.9 – Curva de um dado amplificador com a indicação do ponto de compressão de 1 dB

[10].

5.5.5 Produtos de Intermodulação de Ordens Elevadas

Um teste de grande importância para amplificadores é o teste com o sinal de dois

tons, pois permite identificar e medir com facilidade os produtos de intermodulação das

mais diferentes ordens. Além disso, o sinal de dois tons submete os amplificadores a

uma grande variação no seu espectro de utilização, fazendo com que a característica de

transferência seja explorada ao longo de toda sua extensão.

A Figura 5.10 (a) e (b) apresenta o sinal de dois tons no domínio do tempo e da

frequência, respetivamente.

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Distorção Não-Linear

52

Figura 5.10 – Sinal de dois tons: (a) No domínio do tempo; (b) No domínio da frequência [10].

Com o sinal de dois tons aplicado a um amplificador é possível visualizar tanto os

produtos harmónicos como os produtos de intermodulação das mais diversas ordens,

dependendo do desempenho do equipamento que está em teste. O sinal de dois tons

aplicado a um amplificador não-linear apresentará, à saída, o sinal descrito pela

Equação (5.10) truncada no termo de terceira ordem. O sinal de dois tons será composto

por duas sinusoides com amplitudes 1A e 2A e frequências angulares 1 e 2 ,

respetivamente.

Na Figura 5.11 está representado o possível espectro na saída do amplificador, com

componentes de intermodulação de ordem ímpar e par até à sétima ordem. Alguns

pontos importantes podem ser visualizados neste espectro de frequências.

Figura 5.11 – Resposta de um amplificador no teste de dois tons, com todas as possibilidades

de intermodulação [10].

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 53

2 2

2 1 2 2

2 1 2 1 2

2

3 1 2 1 2

1 1

( )

. . Componente DC (2ª Ordem)

2 2

. . .cos ( ). 2ª Ordem

3. . . .cos (2 ). 3ª Ordem

4

.

outV t

k A k A

k A A t

k A A t

k A

1

3

1 1 1

2

3 1 2 1

1 2 2

.cos( . ) Fundamental

3. . .cos( . ) 3ª Ordem*

4

3. . . .cos( . ) 3ª Ordem*

2

. .cos( . )

t

k A t

k A A t

k A t

3

3 2 2

2

3 1 2 2

2

3 1 2 2 1

Fundamental

3. . .cos( . ) 3ª Ordem*

4

3. . . .cos( . ) 3ª Ordem*

2

3. . . .cos (2 ).

4

k A t

k A A t

k A A t

2

2 1 1

2 1 2 1 2

2

2 2 2

3

3ª Ordem

1. . .cos(2 . ) 2ª Ordem

2

. . .cos ( ). 2ª Ordem

1. . .cos(2 . ) 2ª Ordem

2

1. .

4

k A t

k A A t

k A t

k

3

1 1

2

3 1 2 1 2

2

3 1 2 2 1

3

3 2 3

.cos(3 . ) 3ª Ordem

3. . . .cos (2 ). 3ª Ordem

4

3. . . .cos (2 ). 3ª Ordem

4

1. . .cos(3 . )

4

A t

k A A t

k A A t

k A t

3ª Ordem

(5.10)

* Este produto está indicado como um produto de terceira ordem, pois é originado

no termo cúbico da série de Taylor.

Inicialmente, observamos que existem regiões específicas do espectro, na saída do

amplificador, que podem ser denominadas de zona DC, zona fundamental e zonas

referentes a cada harmónica.

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Distorção Não-Linear

54

Na zona DC estão apenas os componentes de intermodulação resultantes dos

termos de ordem par, ou seja, o termo DC e as intermodulações decorrentes das

diferenças entre as componentes fundamentais.

Na zona de segunda harmónica ocorre o mesmo que na zona DC, existindo apenas

as intermodulações com frequências resultantes da soma entre as fundamentais,

resultantes dos termos de ordem par e as segundas harmónicas.

Estes termos pares são de pequena amplitude, devido à natureza das componentes

envolvidas e, além disso, ocorrem fora da zona fundamental, o que facilita a filtragem

dos mesmos.

Na zona da terceira harmónica estão os produtos de intermodulação de ordens

ímpares, resultantes da soma. Esta região espectral também não é relevante, pelos

mesmos motivos da zona de segunda harmónica.

A zona de maior importância é a zona fundamental, onde estão todas as frequências

fundamentais e os produtos de intermodulação de ordem ímpar decorrentes das

subtrações entre as componentes fundamentais. Nesta região espectral, os produtos de

intermodulação mais relevantes são os de terceira ordem, pois são os mais próximos das

portadoras e os que exibem maiores amplitudes.

Por esta razão, este trabalho irá considerar os produtos de terceira ordem para

determinação da relação portadora/ruído de intermodulação, sem nenhum prejuízo da

validade do cálculo, pois estes serão os produtos que realmente limitarão a utilização

dos amplificadores, em sistemas com várias portadoras.

5.6 Análise de Distorção Não-Linear Introduzida por um

Amplificador num Sistema a “n” tons

Caracterização da Saída

2 3

1 2 3( ) . ( ) .( ( )) .( ( ))y t k x t k x t k x t (5.11)

ou

1 2 3y t y t y t y t (5.12)

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 55

com

1 1

2

2 2

3

3 3

.

.

.

y t k x t

y t k x t

y t k x t

(5.13)

Entrada: ( )x t composta por n tons do tipo

1

( ) .cosn

i i i

i

x t A t

(5.14)

Identidades trigonométricas necessárias em todo o processo:

2 1 1cos cos 2

2 2 (5.15)

1

cos .cos cos cos2

(5.16)

3 3 1cos cos cos 3

4 4 (5.17)

Caso 1n

( ) .cosx t A t (5.18)

2 3

1 2 3( ) . .cos . .cos . .cosy t k A t k A t k A t (5.19)

Resposta linear (1ª ordem)

1 1( ) . .cosy t k A t (5.20)

Resposta não-linear de 2ª ordem

2 2

2 2( ) . .cosy t k A t

2 2

2 22

. .( ) .cos 2 2

2 2

k A k Ay t t (5.21)

Page 81: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

Distorção Não-Linear

56

Resposta não-linear de 3ª ordem

3 3

3 3( ) . .cosy t k A t

3 3

3 33

3 . .( ) .cos .cos 3 3

4 4

k A k Ay t t t (5.22)

Conclusões para o Caso 1n

É possível verificar que a distorção não-linear de segunda ordem introduz uma

tensão de offset (componente DC) no sinal, para além de criar um harmónico com o

dobro da frequência da portadora, que no caso do DVB-T é perfeitamente filtrável.

Nas distorções não-lineares de terceira ordem, também é introduzido um

harmónico filtrável, neste caso com o triplo da frequência. No entanto, adicionalmente,

verifica-se a presença de uma distorção com a mesma frequência da portadora original,

o que vai provocar um erro na precisão da amplificação linear, ou seja a amplificação do

sinal de saída não vai corresponder com exatidão ao ganho linear do amplificador.

Caso 2n

1 1 1 2 2 2( ) .cos .cosx t A t A t

(5.23)

2

1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2

3

3 1 1 1 2 2 2

( ) . .cos .cos . .cos .cos

. .cos .cos

y t k A t A t k A t A t

k A t A t

(5.24)

Resposta linear (1ª ordem)

1 1 1 1 1 1 2 2 2( ) . .cos . .cosy t k A t k A t (5.25)

Resposta não-linear de 2ª ordem

2

2 2 1 1 1 2 2 2( ) . .cos .cosy t k A t A t

2 2 2 2

2 1 2 2 2 1 2 22 1 1 2 2

2 1 2 1 2 1 2 2 1 2 1 2 1 2

. . . .( ) .cos 2 2 .cos 2 2

2 2 2 2

. . .cos . . .cos

k A k A k A k Ay t t t

k A A t t k A A t t

(5.26)

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 57

Resposta não-linear de 3ª ordem

3

3 3 1 1 1 2 2 2( ) . .cos .cosy t k A t A t

3 2 3 2

1 1 2 2 1 23 3 1 1 3 2 2

3 3 2

1 2 1 23 1 1 3 2 2 3 1 2 1 2

2 2

1 2 1 23 1 2 1 2 3 1 2 1 2

13

3 6 . 3 6 .( ) . .cos . .cos

4 4

.. .cos 3 3 . .cos 3 3 . .cos 2 2

4 4 4

. .. .cos 2 2 . .cos 2 2

4 4

..

A A A A A Ay t k t k t

A A A Ak t k t k t t

A A A Ak t t k t t

A Ak

2 2

2 1 21 2 1 2 3 2 1 2 1

..cos 2 2 . .cos 2 2

4 4

A At t k t t

(5.27)

Conclusões para o Caso 2n

Em relação à análise a 2 tons não será necessário caracterizar as distorções que já

foram mencionadas no caso a 1 tom, uma vez que se tratam de influências de cada

portadora sobre ela própria. Continua também a verificar-se a introdução de harmónicos

múltiplos das frequências das portadoras, que poderão ser eliminados por filtragem

adequada.

O que difere em relação à análise para apenas 1 tom é a existência de fatores que

combinam as duas frequências das portadoras em causa. A estes fatores dá-se o nome de

produtos de intermodulação. Estes produtos resultam da combinação de somas

algébricas a duas ou três parcelas, consoante se tratem de produtos de 2ª ou 3ª ordem,

das frequências de todas as portadoras presentes no sinal de entrada.

No caso dos produtos de intermodulação de 2ª ordem é simples verificar que estes

poderão ser filtrados, uma vez que correspondem a valores de frequência bastante

afastados da banda desejada: 1 2t t tem frequência superior a 12 t e

1 2t t está próximo de zero.

Analogamente, nos produtos de intermodulação de 3ª ordem também existem

produtos que podem ser filtrados, caso de 1 22 t t e 1 22t t . No entanto,

existem também produtos que não poderão ser removidos por filtragem uma vez que a

sua frequência se situa demasiado próximo de cada uma das portadoras, caso de

1 22 t t e 1 22t t .

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Distorção Não-Linear

58

Caso 3n

1 1 1 2 2 2 3 3 3( ) .cos .cos .cosx t A t A t A t (5.28)

1 1 1 1 2 2 2 3 3 3

2

2 1 1 1 2 2 2 3 3 3

3

3 1 1 1 2 2 2 3 3 3

( ) . .cos .cos .cos

. .cos .cos .cos

. .cos .cos .cos

y t k A t A t A t

k A t A t A t

k A t A t A t

(5.29)

Resposta linear (1ª ordem)

1 1 1 1 1 1 2 2 2 1 3 3 3( ) . .cos . .cos . .cosy t k A t k A t k A t (5.30)

Resposta não-linear de 2ª ordem

2

2 2 1 1 1 2 2 2 3 3 3( ) . .cos .cos .cosy t k A t A t A t (5.31)

Usando a identidade dos produtos notáveis

2 2 2 2 2. a b c a b c ab ac bc (5.32)

Obtém-se

2 2 2 22 2

1 2 3 2 32 1 2 22 2 1 1 2 2 3 3

2 1 2 1 2 1 2 2 1 2 1 2 1 2

2 1 3 1 3 1 3 2 1 3 1 3 1 3

2 2 3 2

.. .( ) . .cos 2 .cos 2 .cos 2

2 2 2 2

. . .cos . . .cos

. . .cos . . .cos

. . .cos

A A A k Ak A k Ay t k t t t

k A A t t k A A t t

k A A t t k A A t t

k A A t

3 2 3 2 2 3 2 3 2 3. . .cost k A A t t

(5.33)

Resposta não-linear de 3ª ordem

3

3 3 1 1 1 2 2 2 3 3 3( ) . .cos .cos .cosy t k A t A t A t (5.34)

Usando a identidade dos produtos notáveis

3 3 3 3 2 2 2 2 2 23 3 6a b c a b c a b a c b c ab ac bc abc (5.35)

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 59

Obtém-se

3 2 2 3

1 1 2 1 3 3 13 3 1 1 1 1

3 2 2 3

2 2 1 2 3 3 23 2 2 2 2

3 2 2 3

3 2 3 1 3 3 33 3 3 3 3

2

3 1 21

2. . 2. . .( ) 3. . .cos .cos 3 3

4 4

2. . 2. . .3. . .cos .cos 3 3

4 4

2. . 2. . .3. . .cos .cos 3 3

4 4

3 . ..cos 2

2

A A A A A k Ay t k t t

A A A A A k Ak t t

A A A A A k Ak t t

k A At

2

3 1 22 1 2 1 2 1 2

2 2

3 1 3 3 1 31 3 1 3 1 3 1 3

2 2

3 2 3 3 2 32 3 2 3 2 3 2 3

2

3 2 1 3 22 1 2 1

3 . ..cos 2

2

3 . . 3 . ..cos 2 .cos 2

2 2

3 . . 3 . ..cos 2 .cos 2

2 2

3 . . 3 ..cos 2

2

k A At t t

k A A k A At t t t

k A A k A At t t t

k A A k At t

2

12 1 2 1

2 2

3 3 1 3 3 13 1 3 1 3 1 3 1

2 2

3 3 2 3 3 23 2 3 2 3 2 3 2

3 1 2 3 3 1 2 31 2 3 1 2 3

..cos 2

2

3 . . 3 . ..cos 2 .cos 2

2 2

3 . . 3 . ..cos 2 .cos 2

2 2

3 . . . 3 . . ..cos .c

2 2

At t

k A A k A At t t t

k A A k A At t t t

k A A A k A A At t t

1 2 3 1 2 3

3 1 2 3 3 1 2 31 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3

os

3 . . . 3 . . ..cos .cos

2 2

t t t

k A A A k A A At t t t t t

(5.36)

Conclusões para o Caso 3n

Verifica-se, tal como na análise a 1 e 2 tons, que existe uma componente harmónica

no triplo da frequência de cada portadora, que pode ser filtrada, bem como os termos

2 i jt t e 1 2 3t t t , todos os restantes produtos de intermodulação estarão

demasiado próximos da banda de transmissão para serem filtrados.

Também à semelhança do que se verificou na análise a 1 e 2 tons, existe uma

componente não-linear de amplificação que incide sobre cada uma das portadoras.

Agora é possível constatar que o peso desta componente aumenta com o número de tons

presentes no sinal.

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Distorção Não-Linear

60

Caso n tons

1 1 1 2 2 2( ) .cos .cos ... .cosn n nx t A t A t A t (5.37)

2 3

1 2 3

1 1 1

( ) . .cos . .cos . .cosn n n

i i i i i i i i i

i i i

y t k A t k A t k A t

(5.38)

Resposta linear (1ª ordem)

1 1

1

( ) . .cosn

i i i

i

y t k A t

(5.39)

Resposta não-linear de 2ª ordem

2

2 2

1

( ) . .cosn

i i i

i

y t k A t

(5.40)

Usando a identidade dos produtos notáveis

1

2 2

1 2 n i i j

1 1 1

... 2. . n n n

i i j i

a a a a a a

(5.41)

Obtém-se

1

2 2

2 2 2

1 1 1

( ) . .cos 2 . . .cos .cosn n n

i i i i j i i j j

i i j i

y t k A t k A A t t

(5.42)

Uma vez que o número de portadoras é elevado, e que as amplitudes dos sinais em

cada uma das portadoras possuem características de VAR (Variável Aleatória Real),

sendo A a VAR que caracteriza a amplitude, podemos considerar o valor de todas as

amplitudes como sendo a sua esperança, ou seja

1

.n

i e

i

A n A

(5.43)

Em que eA corresponde ao valor esperado de iA , no entanto, há que fazer a

distinção entre nE A e n

E A no que toca à potenciação destas variáveis. Assim, as

substituições a efetuar serão

n n n

iA E A E A (5.44)

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 61

1

nn n

i

i

A E A E A

(5.45)

A conjugação destas duas notações é representada da forma

1

n n nk k k

i

i

A E A E A

(5.46)

Simplificando, e utilizando as notações simplificadas, convencionadas em (5.47) e

(5.48), fica

2

2 222

1

12 2

2

1 1

. .( ) . .cos 2 2

2 2

. .cos .cos

n

i i

i

n n

i j i j i j i j

i j i

n k E A ky t E A t

k E A t t E A t t

(5.49)

Resposta não-linear de 3ª ordem

3

3 3

1

( ) . cosn

i i i

i

y t k A t

(5.50)

Usando a identidade dos produtos notáveis

1 13 3 2 2

1 2 n i i j i j

1 1 1 1 1

2 1

i j k

1 1 1

... 3. 3.

6.

n n n n n

i i j i i j i

n n n

i j i k j

a a a a a a a a

a a a

(5.51)

Obtém-se

13 3 2 2

3 3 3

1 1 1

12 2

3

1 1

2 1

3

1 1 1

( ) . .cos 3 . . .cos .cos

3 . . .cos .cos

6 . . . .cos .cos .cos

n n n

i i i i j i i j j

i i j i

n n

i j i i j j

i j i

n n n

i j k i i j j j j

i j i k j

y t k A t k A A t t

k A A t t

k A A A t t t

(5.52)

Page 87: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

Distorção Não-Linear

62

Que, livrando de quadrados e cubos, vem

3 33 33

1 1

123

1 1

23

3( ) . .cos . .cos 3 3

4 4

3 1 1. . . cos cos 2 2 cos 2 2

2 2 2

3 1 1. . . cos cos 2 2 cos 2

2 2 2

n n

i i i i

i i

n n

j j i j i j i j i j

i j i

i i i j i j i j i

k ky t E A t E A t

kE A E A t t t t t

kE A E A t t t t t

1

1 1

2 13

3

1 1 1

2

cos cos3. .

2 cos cos

n n

j

i j i

n n ni j k i j k i j k i j k

i j i k ji j k i j k i j k i j k

t t t t t tk E A

t t t t t t

(5.53)

5.7 Análise para “n” Tons com f constante

De forma a simplificar as expressões obtidas e perceber qual o efeito da

proximidade das portadoras na distorção não-linear, e uma vez que todas as portadoras

estão igualmente espaçadas em frequência, entre si, considerando este espaçamento f ,

ir-se-á proceder à seguinte simplificação:

1k k (5.54)

Com 0,...,k n e 2 f

Sendo por sua vez

0k k (5.55)

Com 0 02 f e sendo 0f a frequência imediatamente anterior à da primeira

portadora, com o respetivo espaçamento f .

Deste modo pode-se analisar qual o efeito da amplificação em cada portadora.

Tendo

0. . . . . . .p q ra t b t c t a b c a p b q c r t (5.56)

Com 2 ;1 ;0 ;1;2,, cba e , , 1,...,p q r n

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 63

Neste ponto da análise optou-se por efetuar uma substituição dos índices das

portadoras, tendo em conta que no subcapítulo anterior , ,i j k , representavam índices

genéricos para tons em qualquer frequência, e neste caso, , , 1,...,p q r n , são índices

perfeitamente definidos que representam a ordem da portadora. À semelhança do que

está definido no DVB-T, o espaçamento entre estas portadoras é constante, pelo que

, , 0,...,p q r n , terão características próprias que serão assumidas a partir deste ponto.

5.8 Estudo das Influências dentro da Banda

Após a dedução geral das expressões de 1ª, 2ª e 3ª ordem, é possível verificar que

alguns termos não terão influência na banda de frequências onde residem as

n portadoras.

Ou seja, sempre que 1a b c o correspondente termo não irá influenciar

nenhuma portadora.

A explicação para esta assunção pode ser encontrada nas características de

transmissão do sinal digital. No caso de Portugal, teremos sinais transmitidos em canais

com 8 MHz de largura de banda. Os canais usados são o 56 (754 MHz) para o território

continental, e os canais 47 (682 MHz), 48 (690 MHz), 49 (698 MHz) e 55 (746 MHz) e

56 (754 MHz) para a Região Autónoma dos Açores. Na Região Autónoma da Madeira o

canal é o 54 (738 MHz) [9].

As frequências definidas para estes canais correspondem a frequências centrais, de

canais com 8k (8192) portadoras, numa largura de 8 MHz, pelo que, por exemplo, no

canal 60, as frequências abrangidas serão 782 a 790 MHz, ou seja f0 = 784 MHz e

fn = 790 MHz o que significa que influências exercidas em frequências com o dobro ou

o triplo da frequência da portadora em questão, nunca terão expressão dentro do canal.

Assim os termos que irão influenciar uma qualquer portadora serão:

Resposta linear (1ª ordem)

1

1

. .cosn

p p p

p

k A t

(5.57)

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Distorção Não-Linear

64

Resposta não-linear de 3ª ordem

13 23 3

1 1 1

123

1 1

3 3. .cos . . .cos

4 2

3. . .cos

2

n n n

p p p p

p p q p

n n

q q

p q p

k kE A t E A E A t

kE A E A t

(5.58)

1

23

1 1

3. . .cos 2 2

4

n n

p q p q

p q p

kE A E A t t

(5.59)

1

23

1 1

3. . .cos 2 2

4

n n

p q p q

p q p

kE A E A t t

(5.60)

2 133

1 1 1

cos cos6. .

4 cos

n n np q r p q r p q r p q r

p q p r qp q r p q r

t t t t t tkE A

t t t

(5.61)

Tendo todos os termos que influenciam as portadoras identificados, resta escolher o

índice da portadora e analisar quais as combinações de termos que a influenciam.

A forma mais direta de analisar este problema é efetuar uma definição de ponteiros

para cada grupo de equações. O primeiro ponteiro será o da portadora que sofrerá as

influências, dado pelo índice m , com 1,...,m n

Assim, para um dado índice m , contar-se-á o número de combinações de , ,p q r ,

em que o argumento de cada cosseno corresponda a m .

Os restantes ponteiros serão os presentes nos somatórios, obedecendo às condições

que neles se verificam. Para além da definição dos ponteiros, é conveniente dividir os

somatórios em grupos, em função do número de ponteiros que os influenciam. No

Grupo 1 apenas está presente o ponteiro p , no Grupo 2 estão presentes os ponteiros p

e q , e no Grupo 3 estão presentes os ponteiros p , q e r . Esta divisão é justificada pelo

facto de as restrições dos ponteiros variarem de grupo para grupo.

Por conseguinte o Grupo 1 será constituído pelas Equações (5.57) e (5.58), o

Grupo 2 será constituído pelas Equações (5.59) e (5.60), e o Grupo 3 será constituído

pela Equação (5.61).

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 65

Para todos os casos, as influências são calculadas tendo em conta o argumento de

cada cosseno presente no somatório. O cálculo consiste numa contagem do número de

termos em cada somatório que possuam um cosseno com argumento igual a m .

As condições para que as equações de cada grupo sejam consideradas são:

Equações (5.57) e (5.58): p m

Equação (5.59): 2 p q m

Equação (5.60): 2p q m

Equação (5.61): p q r m p q r m p q r m

Grupo 1

A Equação (5.57) corresponde ao sinal sem distorção, e apenas com amplificação

linear, verifica-se apenas uma vez para qualquer portadora, quando p m . Este valor

será usado como referência posteriormente, no cálculo da relação sinal/distorção,

SDR (Signal to Distortion Ratio).

Já a Equação (5.58), não representa uma influência exercida por portadoras

vizinhas, diz respeito à influência de harmónicos de 3ª ordem, da portadora m nela

própria. À semelhança da Equação (5.57), apenas ocorre uma vez, quando p m .

Grupo 2

À exceção das equações do Grupo 1, todas as restantes, dizem respeito a

influências que ocorrem quando a soma algébrica das frequências de duas ou três

portadoras vizinhas coincide com a frequência da portadora em causa.

Para a Equação (5.59) será contabilizado o número de combinações possível que

obedeçam à seguinte condição

2p q m (5.62)

com

1,...,

1,..., 1

,...,

m n

p n

q p n

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Distorção Não-Linear

66

Neste caso e para qualquer portadora m o número de combinações possível é dado

por (#T2):

2

2 1 1#

4

n m

p q m

n m

(5.63)

No que diz respeito às deduções das fórmulas de contagens, dada a sua

complexidade, contemplou-se neste trabalho a verificação das mesmas, através de

programação em C++, onde se elaboram tabelas comparativas entre os valores obtidos

a partir das fórmulas e as contagens utilizando ponteiros. Os códigos dos respetivos

programas encontram-se no Anexo I. Analogamente, para a Equação (5.60), serão

contabilizadas as combinações que obedeçam à condição

2q p m (5.64)

com

1,...,

1,..., 1

,...,

m n

p n

q p n

Neste caso e para qualquer portadora m o número de combinações possível é dado

por (#T3):

1

2

2 3 1#

4

m

q p m

m

(5.65)

Grupo 3

Na Equação (5.61), passa a existir mais uma variável, e neste caso as condições

para as contagens são

p q r m (5.66)

p q r m (5.67)

p q r m (5.68)

com

1,...,

1,..., 2

,..., 1

,...,

m n

p n

q p n

r q n

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 67

cujos resultados serão, respetivamente (#T4, #T5 e #T6 respetivamente)

2 11 1 1

#4 8

n m

p q r m

n m

(5.69)

# 1 .p q r m m n m (5.70)

22 1 1

#4 8

m

p q r m

m

(5.71)

Tendo discriminadas todas as contagens relativas às influências exercidas sobre

uma portadora genérica, é possível agora definir a equação que permite aferir a SDR

individual (numa dada portadora do sinal multiportadora) em função dos seguintes

parâmetros:

Índice da portadora em causa ( m );

Número de portadoras do sistema ( n );

Parâmetros do amplificador:

o Amplificação linear ( 1k );

o Distorção não-linear de 3ª ordem ( 3k );

o Ou outros parâmetros que permitam aferir os acima enunciados;

Amplitude esperada no sinal da portadora ( eA );

Amplitude esperada de uma portadora ( A );

Amplitude esperada do sinal da portadora em análise ( mA ).

Assim, a equação para a SDR é dada por:

2233 3

1

12 2

4 2 4 23 3

2

1

2 12 23 3

2 23 3

3 3. . . . .( 1).

4 2...

2 1 1 2 3 13 3. . . . . . ...

4 4 4 4

....

1 1 13 3... . . . . 1 . ..

2 4 8 2

m m m

n m m

m

n m

k kk A A A n E A

SDRn m mk k

E A E A E A E A

k A

n mk kE A E A m n m

2

1

223

23

...

.

....

2 1 13... . .

2 4 8

m

m

k A

mkE A

(5.72)

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Distorção Não-Linear

68

5.9 Estudo das Influências Fora da Banda (-n a 0 e n+1 a 2n)

Na presente análise, pretende-se quantificar os efeitos da amplificação não-linear

de um canal modulado digitalmente, nos canais vizinhos.

Com base nas mesmas equações do subcapítulo anterior, é possível quantificar as

influências exercidas nas frequências vizinhas. No entanto, as equações que definem as

condições do Grupo 1 não serão aplicáveis neste caso, uma vez que traduzem

influências de uma qualquer portadora nela própria, e neste caso as frequências

analisadas apenas sofrem influência de outras, não sendo portadoras do sinal mensagem.

Analogamente ao estudo anterior, mesmo com o alargamento do espectro

analisado, continuam a haver combinações de resultados que não irão influenciar canais

adjacentes. Neste estudo, o espectro analisado terá uma largura de banda total de

16 MHz divididos em dois intervalos, iniciando-se 8 MHz abaixo da frequência inicial e

terminando 8 MHz acima da frequência final do canal em questão, adicionalmente será

excluída a banda de frequências pertencentes ao canal em questão, que já foi

caracterizada no subcapítulo anterior. A título de exemplo, para o canal 56 (754 MHz –

TDT Continente) a análise incidirá sobre as gamas de frequências 742 MHz a 750 MHz

e 758 MHz a 762 MHz, pelo que influências exercidas em frequências com o dobro ou

o triplo da frequência da portadora em questão, continuarão a não ter expressão dentro

do espectro analisado.

Assim, continua a aplicar-se a regra usada no estudo anterior, ou seja, tendo por

base a Equação (5.56), sempre que 1a b c o correspondente termo não irá

influenciar nenhuma das frequências analisadas.

Em tudo resto, o raciocínio desta análise é similar ao anterior, procedendo-se, para

um dado índice m , à contagem do número de combinações de , ,p q r , em que o

argumento de cada cosseno corresponda a m , neste caso a partir da Equação (5.59) e

da Equação (5.60) do Grupo 2 e (5.61) do Grupo 3.

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 69

5.10 Simulação de um Caso Prático

Nesta secção é apresentada uma simulação com o objetivo de ilustrar resultados

relativos ao comportamento esperado de um amplificador de RF sujeito a

intermodulação de terceira ordem numa aplicação típica de receção DVB-T.

São concretizados os parâmetros principais do modelo para o sinal passa-banda

OFDM, as potências envolvidas e as características de ganho linear e de distorção

não-linear do amplificador. A simulação apresenta resultados para a característica de

transferência do amplificador numa gama de potências do sinal de entrada e para vários

valores de 3IP .

São também obtidas as contagens, potências por termo e a localização relativa para

os termos que contribuem para a distorção de terceira ordem numa portadora específica

dentro do sinal OFDM multiportadora.

Como resultado mais importante é apresentada a dependência da Relação

Sinal-Distorção de terceira ordem dentro da banda, ou SDR, com o índice da portadora

que sofre interferência, e para um ganho não-linear de terceira ordem 3k que pode ser

positivo ou negativo, representando expansão ou compressão do ganho respetivamente.

Para as simulações relativas à análise dos termos que contribuem para a distorção

de terceira ordem e à SDR, são considerados sinais OFDM multiportadora com 64n e

kn 8 portadoras.

Sem perda de generalidade, para a realização desta simulação são concretizados os

seguintes parâmetros salvo outra indicação explícita:

Potência média total do sinal OFDM: VdB87 (sobre 75cZ );

Ganho linear de potência do amplificador: )100( 20 2

1 kdBGlin ;

Output Intermodulation Product 3: dBmOIP 103 ;

OFDM com 64n e kn 8 portadoras idênticas e modulação 64-QAM;

Símbolos QAM equiprováveis.

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Distorção Não-Linear

70

5.10.1 Modelo para o Sinal de uma Portadora

Para as simulações relativas à análise dos termos que contribuem para a distorção

de terceira ordem e a SDR, são considerados sinais OFDM multiportadora em que todas

as portadoras são moduladas em 64-QAM. Na Figura 5.12 apresenta-se a constelação

64-QAM indicando os vetores relativos à amplitude da portadora para cada um dos

símbolos possíveis. Esta representação usa a amplitude máxima da portadora para o

sinal passa-banda, detalhada apenas num quadrante, dada a simetria em relação a ambos

os eixos da constelação.

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

-8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8

Constelação

1.1

1.3

1.5

1.7

3.1

3.3

3.5

3.7

5.1

5.3

5.5

5.7

7.1

7.3

7.5

7.7

Figura 5.12 – Constelação 64-QAM evidenciando as várias amplitudes máximas da portadora

para cada um dos símbolos do 1.º quadrante.

Considerando a potência média total do sinal OFDM,

VPOFDM dB 87

sobre 75cZ

ou,

2

610

6

10 10

6.6825 10

OFDMP dB V

OFDM

c

p WZ

(5.73)

dmax

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 71

Com 64n portadoras idênticas a potência média por portadora é

Wp P 10414,104 9

1

, correspondendo, para 64-QAM ( 64M ), a uma constelação

de valores máximos da amplitude com (adaptado de [4]),

max 1

34 2

2( 1)P cd p Z V

M

(5.74)

ou 3

max 1,22 10 d V

As amplitudes máximas das portadoras para cada ponto da constelação serão então

as apresentadas na Tabela 5.1.

Tabela 5.1 – Valores em tensão para a constelação 64-QAM.

9

1 104,414 10 Pp W

Série Coordenadas na

constelação

Coordenadas em Tensão

(V)

Amplitudes

(V)

1.1 1 1 6,11E-04 6,11E-04 0,000863605

1.3 1 3 6,11E-04 1,83E-03 0,00193108

1.5 1 5 6,11E-04 3,05E-03 0,003113774

1.7 1 7 6,11E-04 4,27E-03 0,004318027

3.1 3 1 1,83E-03 6,11E-04 0,00193108

3.3 3 3 1,83E-03 1,83E-03 0,002590816

3.5 3 5 1,83E-03 3,05E-03 0,003560736

3.7 3 7 1,83E-03 4,27E-03 0,004650658

5.1 5 1 3,05E-03 6,11E-04 0,003113774

5.3 5 3 3,05E-03 1,83E-03 0,003560736

5.5 5 5 3,05E-03 3,05E-03 0,004318027

5.7 5 7 3,05E-03 4,27E-03 0,005253107

7.1 7 1 4,27E-03 6,11E-04 0,004318027

7.3 7 3 4,27E-03 1,83E-03 0,004650658

7.5 7 5 4,27E-03 3,05E-03 0,005253107

7.7 7 7 4,27E-03 4,27E-03 0,006045238

A estimativa para os momentos associados à amplitude máxima de uma portadora é

calculada considerando os símbolos 64-QAM equiprováveis e é apresentada na

Tabela 5.2. Estes valores são usados no cálculo da SDR através da Equação (5.72).

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Distorção Não-Linear

72

Tabela 5.2 – Estimativa dos momentos até à 6ª ordem para as amplitudes de uma portadora.

( 87 dB , 64, 64OFDMP V M n )

Peso Probabilidade A 2A

3A 4A

5A 6A

1 0,0625 0,000863605 7,45814E-07 6,44089E-10 5,56239E-13 4,80371E-16 4,14851E-19

2 0,125 0,00193108 3,72907E-06 7,20114E-09 1,3906E-11 2,68536E-14 5,18564E-17

1 0,0625 0,002590816 6,71233E-06 1,73904E-08 4,50554E-11 1,1673E-13 3,02426E-16

2 0,125 0,003113774 9,69559E-06 3,01899E-08 9,40044E-11 2,92708E-13 9,11428E-16

2 0,125 0,003560736 1,26788E-05 4,5146E-08 1,60753E-10 5,72399E-13 2,03816E-15

3 0,1875 0,004318027 1,86454E-05 8,05112E-08 3,47649E-10 1,50116E-12 6,48205E-15

2 0,125 0,004650658 2,16286E-05 1,00587E-07 4,67797E-10 2,17556E-12 1,01178E-14

2 0,125 0,005253107 2,75951E-05 1,4496E-07 7,61491E-10 4,00019E-12 2,10134E-14

1 0,0625 0,006045238 3,65449E-05 2,20923E-07 1,33553E-09 8,0736E-12 4,88068E-14

p 1 2 3 4 5 6

}{ pAE 3,7170E-03 1,5662E-05 7,1041E-08 3,3875E-10 1,6769E-12 8,5513E-15

pAE }{ 3,7170E-03 1,3816E-05 5,1356E-08 1,9089E-10 7,0954E-13 2,6374E-15

Para 8K portadoras, considerando todas as portadoras ativas e do mesmo tipo1, e

para a mesma potência total VPOFDM dB 87 ,

10

1 8,15734 10 Pp W e 4

max 1,08 10 d V

Para a constelação 64-QAM a estimativa dos momentos da amplitude máxima é

apresentada na Tabela 5.3.

Tabela 5.3 – Estimativa dos momentos até à 6ª ordem para as amplitudes de uma Portadora.

( 8192,64,dB 87 nMVPOFDM )

1 Em DVB-T a potência total é dividida entre as portadoras de dados e as portadoras piloto,

existindo ainda um conjunto de portadoras inactivas.

p 1 2 3 4 5 6

}{ pAE 3,2854E-04 1,2236E-07 4,9056E-11 2,0676E-14 9,0463E-18 4,0776E-21

pAE }{ 3,2854E-04 1,0794E-07 3,5463E-11 1,1651E-14 3,8278E-18 1,2576E-21

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 73

5.10.2 Característica de transferência

Nesta secção apresentam-se os resultados da simulação da relação entre a potência

de entrada e a potência de saída para a seguinte concretização:

Ganho linear de potência do amplificador: )100( 20 2

1 kdBGlin ;

Output Intermodulation Product 3: dBmOIP 103 ;

Potência média total do sinal de entrada: variável de 94a 60 VdBVdB ;

Impedância do sistema: 75cZ .

3

3

1

3

23

k

kOIP

São apresentadas curvas para valores das potências totais de entrada e saída em

WattVdB e na Figura 5.13 e na Figura 5.14 respetivamente.

60 65 70 75 80 85 90 95 10080

85

90

95

100

105

110

115

120Curva característica: potência de saída vs potência de entrada

Pin [dBuV]

Pou

t [d

Bu

V]

Pout linear

Pout - k3 negativo

Pout - k3 positivo

Figura 5.13 – Curva característica entrada/saída – potências em VdB .

( 360 94 , 20 , 10in linearP dBμV G dB OIP dBm )

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Distorção Não-Linear

74

0 5 10 15 20 25 300

1

2

3

4

5

6

7Curva característica: potência de saída vs potência de entrada

pin [uW]

pou

t [m

W]

pout linear

pout - k3 negativo

pout - k3 positivo

Figura 5.14 – Curva característica entrada/saída – potências em unidades lineares.

( dBmOIPdBGdBμBP linearin 10 ,20 , 9460 3 )

5.10.3 Simulação da Relação Sinal-Distorção - SDR

A Relação Sinal-Distorção de terceira ordem pode ser determinada utilizando a

Equação (5.72) e os valores concretos associados às características do amplificador e da

potência média total do sinal. As variáveis consideradas são:

Ganho linear de potência do amplificador: )100( 20 2

1 kdBGlin ;

Output Intermodulation Product 3: dBmOIP 103 ;

Potência média total do sinal de entrada: variável de 87 VdB ;

Impedância do sistema: 75cZ ;

64n portadoras e 81928 kn portadoras ativas.

Na Figura 5.15 são apresentadas as contagens do número de termos de interferência

que coincidem com uma portadora específica, de acordo com o Grupo 2 (#T2 e #T3) e

Grupo 3 (#T4 ,#T5 e #T6),) da Secção 5.8, e para 64n . Na Figura 5.16 são

apresentadas as potências associadas aos mesmos termos, assim como a potência total.

Para 8192n é apresentado o número de termos de interferência na Figura 5.17.

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 75

0 10 20 30 40 50 600

500

1000

1500Número de termos de interferência - denominador da SDR

Índice da Portadora (m)

Term

os

#T2

#T3

#T4

#T5

#T6

#Total

Figura 5.15 – Número de termos de interferência por Grupo (Secção 5.8) ( 64n ).

0 10 20 30 40 50 600

10

20

30

40

50

60

70Potências dos Grupos de termos de interferência

Índice da Portadora (m)

Potê

ncia

[nW

]

pT2

pT3

pT4

pT5

pT6

Total

Figura 5.16 – Potência dos termos de interferência por Grupo (Secção 5.8) ( 64n ).

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Distorção Não-Linear

76

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 80000

5

10

15

20

25

Número de termos de interferência - denominador da SDR

Índice da Portadora (m)

Term

os (

x10

6)

#T2

#T3

#T4

#T5

#T6

#Total

Figura 5.17 – Número de termos de interferência por Grupo (Secção 5.8) ( 8192n ).

0 10 20 30 40 50 6020

20.5

21

21.5

22

22.5

23

23.5

24

24.5

25Dependência da SDR com o índice da portadora (n=64)

Índice da Portadora (m)

SD

R [

dB

]

SDR - k3 positivo

SDR - k3 negativo

Figura 5.18 – Relação Sinal-Distorção para 64n .

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CAPÍTULO 5

Bruno Filipe Pinto Carmo 77

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 800020

20.5

21

21.5

22

22.5

23

23.5

24

24.5

25Dependência da SDR com o índice da portadora (n=8192)

Índice da Portadora (m)

SD

R [

dB

]

SDR - k3 positivo

SDR - k3 negativo

Figura 5.19 – Relação Sinal-Distorção para 8192n .

O número de termos de interferência aumenta com o número de portadoras mas,

como as potências relativas também diminuem, a relação SDR varia pouco com o

número de portadoras.

A SDR é menor para as portadoras no centro da banda e a diferença entre a SDR

para as portadoras dos extremos e a portadora central tende para o valor de 1.76 dB o

que está de acordo com os resultados em [7].

Os resultados para o SDR são valores médios. No entanto, o sinal OFDM possui

um valor elevado para a relação entre a potência de pico e a potência média ou

PAPR (Peak to Average Power Ratio [3]). Considerando por exemplo uma PAPR de

10 dB para uma percentagem elevada do tempo [8], significa que os resultados

apresentados, para melhor representar os sistemas reais, podem ser corrigidos para a

PAPR.

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Distorção Não-Linear

78

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CAPÍTULO 6

Bruno Filipe Pinto Carmo 79

6 Conclusões

Com a introdução generalizada de sistemas de difusão multiportadora OFDM, em

especial DVB-T, potencialmente criando situações onde os amplificadores existentes ou

a instalar, podem ser colocados em regiões não-lineares de funcionamento, interessa

avaliar quais as consequências para a qualidade de receção da distorção não-linear neste

tipo de sinais.

Foi inicialmente apresentado um estudo sobre as técnicas de modulação mais

representativas e uma introdução ao projeto DVB, incluindo a modulação OFDM.

Foram identificados os principais componentes de um sistema de receção RF e

descritas as suas funções principais. Em particular, abordaram-se as principais

características dos amplificadores, especialmente as associadas à distorção não-linear.

Foi referida a especial importância da distorção não-linear de 3ª ordem e o parâmetro

usado para a caracterizar, o IP3.

Baseado num modelo do sinal multiportadora OFDM e um modelo não-linear da

curva característica do amplificador, foi definida, uma fórmula fechada que permite

determinar a relação sinal-distorção de terceira ordem, a mais importante, conhecida

potência total do sinal, o ganho linear e o 3IP do amplificador e a esperança, segundo e

quarto momentos da amplitude da portadora. Esta fórmula foi aplicada ao cálculo da

distorção dentro da banda e pode ser adaptada para o cálculo da distorção fora da banda.

A fórmula fechada deduzida pode ser usada posteriormente para analisar a

degradação da Relação Sinal Ruído num sistema receção específico.

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80

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Bruno Filipe Pinto Carmo 81

Referências

1. L.D. Kabulepa, "OFDM Basics for Wireless Communications", Institute of

Microelectronic Systems, Darmstadt University of Technology.

2. Andreas F. Molisch (Editor), "Wideband Wireless Digital Communications",

Chapter 18; Pearson Education, 2001.

3. W. Fischer, "Digital Video and Audio Broadcasting Technology", Springer.

4. U. Reimers, "DVB The Family of International Standards for Digital Video

Broadcasting", Springer.

5. Arsenia Chorti and Mike Brookes, "On the Effects of Memoryless Nonlinearities on

M-QAM and DQPSK OFDM Signals", IEEE Transactions on Microwave Theory

and Techniques, Vol. 54, N.º 8, August 2006.

6. Chris van den Bos, Michiel H. L. Kouwenhoven and Wouter A. Serdijn, "Effect of

Smooth Nonlinear Distortion on OFDM Symbol Error Rate", IEEE Transactions on

Communications, Vol. 49, N.º 9, September 2001.

7. Sergey V. Zhidkov, "Performance Analysis of Multicarrier Systems in the Presence

of Smooth Nonlinearity", EURASIP Journal on Wireless Communications and

Networking, Hindawi Publishing Corporation, 2004.

8. H. Ochiai and H. Imai, "On the distribution of the peak to average power ratio in

OFDM signals", IEEE Trans. Comm., vol. 49, no. 2, pp. 282-289, Feb. 2001.

9. Lista atualizada de emissores TDT (atualização outubro de 2011), acedido a 12 de

dezembro de 2011, em: http://tdt.telecom.pt/empresas_profissionais/.

10. Carlos Nazareth Motta Marins, “Estudo Analítico e Numérico de um Enlace Digital

de Comunicação via Satélite em condição orbital Geoestacionária”, Tese de

Mestrado em Engenharia Eletrotécnica, Instituto Nacional de Telecomunicações,

2004.

11. Manual ITED (atualização - 2ª edição - novembro de 2009), acedido a 12 de

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12. Mobile Phone Base Stations - How Mobile Phone Networks Work (atualização abril

de 2001), acedido a 02 de dezembro de 2011, em:

http://www.ofcom.org.uk/static/archive/ra/topics/mpsafety/school-

audit/mobilework.htm.

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82

13. The Columbia Electronic Encyclopedia® Copyright © 2007, Columbia University

Press. Licensed from Columbia University Press. All rights reserved (atualização

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http://encyclopedia2.thefreedictionary.com/Frequency+Modulation.

14. Dr M.A. Hosany, " Tutorial Forbeng (Hons) Electrical and Electronic/ Electronic

and Communication Engineering/BSc (Hons) Information and Communication

Technologies/ BSc (Hons) Electronics and Computer Science Level 1 students", The

Matlab Communication Toolbox, maio de 2005.

15. Hotspot Networks(c) Wi-Fi for Public Access Locations, IEEE 802.11a: OFDM

PHY Specification for the 5 GHz Band (atualização janeiro de 2012), acedido a 02

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16. JPL's Wireless Communication Reference Website, Mathematical description of

OFDM (atualização em 1999), acedido a 18 de dezembro de 2011, em:

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acedido a 18 de dezembro de 2011, em:

http://mobilewireless.wordpress.com/2008/03/01/an-overview-of-ofdm/

18. Robust Audio Tool, UCL Multimedia (atualização em 1999), acedido a 18 de

dezembro de 2011 em: http://www-

mice.cs.ucl.ac.uk/multimedia/software/rat/features.html

19. R. G. Lyons, Understanding Digital Signal Processing, (Appendix F - pages 494-

505). © 1997 by Addison Wesley Longman Inc., Reproduced by permission of

Addison Wesley Longman. All rights reserved. acedido a 20 de dezembro de 2011,

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20. ISO/IEC 13818-1:2000(E), "Information technology - Generic coding of moving

pictures and associated audio information: Systems", ISO/IEC 2000 - All rights

reserved.

21. DVB Worldwide, DTT Deployment Data (atualização em setembro 2010) acedido a

22 de dezembro de 2011, em:

http://www.dvb.org/about_dvb/dvb_worldwide/index.xml

22. Evan Powell, "The Difference Between HDTV, EDTV, and SDTV" (atualização em

outubro 2003) acedido a 22 de dezembro de 2011, em:

http://www.projectorcentral.com/video_signals.htm

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Bruno Filipe Pinto Carmo 83

23. Rantelon, "Amplifier Parameters" (atualização em março de 2007) acedido a 30 de

dezembro de 2011, em: http://www.rantelon.ee/cgi-

bin/read?bt=m1&id1=001&lang_id=est

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84

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Bruno Filipe Pinto Carmo 85

Anexo I – Código C++ Eq. (5.62)

#include "stdafx.h"

#include <iostream>

#include <stdlib.h>

#include <math.h>

using namespace std;

int main (){

const int n_max=2048;

long double n;

inicio:

int conta_m_igual_i=0;

int conta_m_igual_2i_menos_j=0;

int conta_m_igual_2j_menos_i=0;

int conta_m_igual_i_mais_j_menos_k=0;

int conta_m_igual_i_menos_j_mais_k=0;

int conta_m_igual_k_mais_j_menos_i=0;

cout << "Numero de Portadoras (n ate 2k) = ";

cin >> n;

cout << endl;

if (n==0) goto end;

k1db=25;

k1=pow(10,k1db/20);

IP3db=20;

IP3=pow(10,IP3db/10)/1000;

k3=(pow(k1,3)*2)/(3*IP3);

int tabela [7][n_max];

for (int z=0;z<n;z++){

tabela [0][z]=z+1;

}

long double teste [n_max];

long double result [2][n_max];

for (int z=0;z<n;z++){

for (int y=0;y<2;y++){

result[y][z]=0;

teste [z]=0;

}

}

for(int m=1;m<=n;m++){

for(int i=1;i<=n;i++){

if(m==i)conta_m_igual_i++;

}

for(int i=1;i<=n-1;i++){

for(int j=i+1;j<=n;j++){

if(m==2*i-j)conta_m_igual_2i_menos_j++;

if(m==2*j-i)conta_m_igual_2j_menos_i++;

}

}

for(int i=1;i<=n-2;i++){

for(int j=i+1;j<=n-1;j++){

for(int k=j+1;k<=n;k++){

if(m==i+j-k)conta_m_igual_i_mais_j_menos_k++;

if(m==i-j+k)conta_m_igual_i_menos_j_mais_k++;

if(m==k+j-i)conta_m_igual_k_mais_j_menos_i++;

}

}

}

teste:

double dif=n-m;

Page 111: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

86

teste [m-1]=(2*(n-m)-1+pow(-1,dif))/4;

tabela [1][m-1]=conta_m_igual_i;

conta_m_igual_i=0;

tabela [2][m-1]=conta_m_igual_2i_menos_j;

conta_m_igual_2i_menos_j=0;

tabela [3][m-1]=conta_m_igual_2j_menos_i;

conta_m_igual_2j_menos_i=0;

tabela [4][m-1]=conta_m_igual_i_mais_j_menos_k;

conta_m_igual_i_mais_j_menos_k=0;

tabela [5][m-1]=conta_m_igual_i_menos_j_mais_k;

conta_m_igual_i_menos_j_mais_k=0;

tabela [6][m-1]=conta_m_igual_k_mais_j_menos_i;

conta_m_igual_k_mais_j_menos_i=0;

}

cout << "Contagens:" << endl;

cout << "| m | 2i-j | Formula |" << endl << endl;

for (int line=0;line<n;line++){

cout << "| ";

if (tabela [0][line]<10){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [0][line]<100){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [0][line]<1000){

cout << " ";

}

}

}

cout << tabela [0][line] << " | " ;

if (tabela [2][line]<10){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [2][line]<100){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [2][line]<1000){

cout << " ";

}

}

}

cout << tabela[2][line] << " | " ;

if (teste [line]<10){

cout << " ";

}

else{

if (teste [line]<100){

cout << " ";

}

else{

if (teste [line]<1000){

cout << " ";

}

}

}

cout << teste[line] << " | " << endl;

}

cout << endl;

goto inicio;

end:

return 0;

}

Page 112: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

Bruno Filipe Pinto Carmo 87

Anexo II – Código C++ Eq. (5.64)

#include "stdafx.h"

#include <iostream>

#include <stdlib.h>

#include <math.h>

using namespace std;

int main (){

const int n_max=2048;

long double n;

long double k1,k3,IP3;

long double k1db,IP3db;

long double A;

A=pow(10.0,-6);

inicio:

int conta_m_igual_i=0;

int conta_m_igual_2i_menos_j=0;

int conta_m_igual_2j_menos_i=0;

int conta_m_igual_i_mais_j_menos_k=0;

int conta_m_igual_i_menos_j_mais_k=0;

int conta_m_igual_k_mais_j_menos_i=0;

cout << "Numero de Portadoras (n ate 2k) = ";

cin >> n;

cout << endl;

if (n==0) goto end;

k1db=25;

k1=pow(10,k1db/20);

IP3db=20;

IP3=pow(10,IP3db/10)/1000;

k3=(pow(k1,3)*2)/(3*IP3);

int tabela [7][n_max];

for (int z=0;z<n;z++){

tabela [0][z]=z+1;

}

long double teste [n_max];

long double result [2][n_max];

for (int z=0;z<n;z++){

for (int y=0;y<2;y++){

result[y][z]=0;

teste [z]=0;

}

}

for(int m=1;m<=n;m++){

for(int i=1;i<=n;i++){

if(m==i)conta_m_igual_i++;

}

for(int i=1;i<=n-1;i++){

for(int j=i+1;j<=n;j++){

if(m==2*i-j)conta_m_igual_2i_menos_j++;

if(m==2*j-i)conta_m_igual_2j_menos_i++;

}

}

for(int i=1;i<=n-2;i++){

for(int j=i+1;j<=n-1;j++){

for(int k=j+1;k<=n;k++){

if(m==i+j-k)conta_m_igual_i_mais_j_menos_k++;

if(m==i-j+k)conta_m_igual_i_menos_j_mais_k++;

if(m==k+j-i)conta_m_igual_k_mais_j_menos_i++;

Page 113: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

88

} } } teste: double a=m-1; teste [m-1]=((2*m)-3+pow(-1,a))/4; tabela [1][m-1]=conta_m_igual_i; conta_m_igual_i=0; tabela [2][m-1]=conta_m_igual_2i_menos_j; conta_m_igual_2i_menos_j=0; tabela [3][m-1]=conta_m_igual_2j_menos_i; conta_m_igual_2j_menos_i=0; tabela [4][m-1]=conta_m_igual_i_mais_j_menos_k; conta_m_igual_i_mais_j_menos_k=0; tabela [5][m-1]=conta_m_igual_i_menos_j_mais_k; conta_m_igual_i_menos_j_mais_k=0; tabela [6][m-1]=conta_m_igual_k_mais_j_menos_i; conta_m_igual_k_mais_j_menos_i=0; } cout << "Contagens:" << endl; cout << "| m | 2j-i | Formula |" << endl << endl; for (int line=0;line<n;line++){ cout << "| "; if (tabela [0][line]<10){ cout << " "; } else{ if (tabela [0][line]<100){ cout << " "; } else{ if (tabela [0][line]<1000){ cout << " "; } } } cout << tabela [0][line] << " | " ; if (tabela [3][line]<10){ cout << " "; } else{ if (tabela [3][line]<100){ cout << " "; } else{ if (tabela [3][line]<1000){ cout << " "; } } } cout << tabela[3][line] << " | " ; if (teste [line]<10){ cout << " "; } else{ if (teste [line]<100){ cout << " "; } else{ if (teste [line]<1000){ cout << " "; } } } cout << teste[line] << " | " << endl; } cout << endl; goto inicio; end: return 0; }

Page 114: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

Bruno Filipe Pinto Carmo 89

Anexo III – Código C++ Eq. (5.68)

#include "stdafx.h"

#include <iostream>

#include <stdlib.h>

#include <math.h>

using namespace std;

int main (){

const int n_max=2048;

int n;

long double k1,k3,IP3;

long double k1db,IP3db;

long double A;

A=pow(10.0,-6);

inicio:

int conta_m_igual_i=0;

int conta_m_igual_2i_menos_j=0;

int conta_m_igual_2j_menos_i=0;

int conta_m_igual_i_mais_j_menos_k=0;

int conta_m_igual_i_menos_j_mais_k=0;

int conta_m_igual_k_mais_j_menos_i=0;

cout << "Numero de Portadoras (n ate 2k) = ";

cin >> n;

cout << endl;

if (n==0) goto end;

k1db=25;

k1=pow(10,k1db/20);

IP3db=20;

IP3=pow(10,IP3db/10)/1000;

k3=(pow(k1,3)*2)/(3*IP3);

int tabela [7][n_max];

for (int z=0;z<n;z++){

tabela [0][z]=z+1;

}

long double teste [2][n_max];

long double result [2][n_max];

for (int z=0;z<n;z++){

for (int y=0;y<2;y++){

result[y][z]=0;

teste [y][z]=0;

}

}

for(int m=1;m<=n;m++){

for(int i=1;i<=n;i++){

if(m==i)conta_m_igual_i++;

}

for(int i=1;i<=n-1;i++){

for(int j=i+1;j<=n;j++){

if(m==2*i-j)conta_m_igual_2i_menos_j++;

if(m==2*j-i)conta_m_igual_2j_menos_i++;

}

}

for(int i=1;i<=n-2;i++){

for(int j=i+1;j<=n-1;j++){

for(int k=j+1;k<=n;k++){

if(m==i+j-k)conta_m_igual_i_mais_j_menos_k++;

if(m==i-j+k)conta_m_igual_i_menos_j_mais_k++;

if(m==k+j-i)conta_m_igual_k_mais_j_menos_i++;

Page 115: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

90

}

}

}

teste:

for (int x=1;x<(n-m+1)/2;x++){

teste[0][m-1]=teste[0][m-1]+n-m-2*x;

}

double dif=n-m-1;

teste [1][m-1]=(pow(dif,2))/4-(1-pow(-1,dif))/8;

tabela [1][m-1]=conta_m_igual_i;

conta_m_igual_i=0;

tabela [2][m-1]=conta_m_igual_2i_menos_j;

conta_m_igual_2i_menos_j=0;

tabela [3][m-1]=conta_m_igual_2j_menos_i;

conta_m_igual_2j_menos_i=0;

tabela [4][m-1]=conta_m_igual_i_mais_j_menos_k;

conta_m_igual_i_mais_j_menos_k=0;

tabela [5][m-1]=conta_m_igual_i_menos_j_mais_k;

conta_m_igual_i_menos_j_mais_k=0;

tabela [6][m-1]=conta_m_igual_k_mais_j_menos_i;

conta_m_igual_k_mais_j_menos_i=0;

result [0][m-1]=(A*tabela [1][m-1]*(k1+3/4*k3*(1+n*(n-1)^2))+3/2*k3*pow(A,2)*(tabela

[2][m-1]+tabela [3][m-1])+6*k3*pow(A,3)*(tabela [4][m-1]+tabela [5][m-1]+tabela [6][m-1]))*100/(A*k1);

long double B=log(result [0][m-1]/100);

result [1][m-1]=20*B/log(10.0);

}

cout << "Contagens:" << endl;

cout << "| m | i+j-k | Sum(n-m-2k) | Formula |" << endl << endl;

for (int line=0;line<n;line++){

cout << "| ";

if (tabela [0][line]<10){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [0][line]<100){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [0][line]<1000){

cout << " ";

}

}

}

cout << tabela [0][line] << " | " ;

if (tabela [4][line]<10){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [4][line]<100){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [4][line]<1000){

cout << " ";

}

}

}

cout << tabela[4][line] << " | " ;

if (teste [0][line]<10){

cout << " ";

}

else{

if (teste [0][line]<100){

cout << " ";

}

else{

if (teste [0][line]<1000){

Page 116: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

Bruno Filipe Pinto Carmo 91

cout << " ";

}

}

}

cout << teste[0][line] << " | ";

if (teste [1][line]<10){

cout << " ";

}

else{

if (teste [1][line]<100){

cout << " ";

}

else{

if (teste [1][line]<1000){

cout << " ";

}

}

}

cout << teste[1][line] << " |" << endl;

}

cout << endl;

goto inicio;

end:

return 0;

}

Page 117: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

92

Page 118: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

Bruno Filipe Pinto Carmo 93

Anexo IV – Código C++ Eq. (5.69)

#include "stdafx.h"

#include <iostream>

#include <stdlib.h>

#include <math.h>

using namespace std;

int main (){

const int n_max=2048;

int n;

long double k1,k3,IP3;

long double k1db,IP3db;

long double A;

A=pow(10.0,-6);

inicio:

int conta_m_igual_i=0;

int conta_m_igual_2i_menos_j=0;

int conta_m_igual_2j_menos_i=0;

int conta_m_igual_i_mais_j_menos_k=0;

int conta_m_igual_i_menos_j_mais_k=0;

int conta_m_igual_k_mais_j_menos_i=0;

cout << "Numero de Portadoras (n ate 2k) = ";

cin >> n;

cout << endl;

if (n==0) goto end;

k1db=25;

k1=pow(10,k1db/20);

IP3db=20;

IP3=pow(10,IP3db/10)/1000;

k3=(pow(k1,3)*2)/(3*IP3);

int tabela [7][n_max];

for (int z=0;z<n;z++){

tabela [0][z]=z+1;

}

long double teste [n_max];

long double result [2][n_max];

for (int z=0;z<n;z++){

for (int y=0;y<2;y++){

result[y][z]=0;

teste [z]=0;

}

}

for(int m=1;m<=n;m++){

for(int i=1;i<=n;i++){

if(m==i)conta_m_igual_i++;

}

for(int i=1;i<=n-1;i++){

for(int j=i+1;j<=n;j++){

if(m==2*i-j)conta_m_igual_2i_menos_j++;

if(m==2*j-i)conta_m_igual_2j_menos_i++;

}

}

for(int i=1;i<=n-2;i++){

for(int j=i+1;j<=n-1;j++){

for(int k=j+1;k<=n;k++){

if(m==i+j-k)conta_m_igual_i_mais_j_menos_k++;

if(m==i-j+k)conta_m_igual_i_menos_j_mais_k++;

Page 119: Apresentação do PowerPoint...xii 4.2 Relação Sinal-Ruído 30 4.3 Ganho 30 4.4 Ajuste de Ganho 30 4.5 Linearidade na Frequência – Flatness 31 4.6 Ruído Térmico 32 4.7 Figura

94

if(m==k+j-i)conta_m_igual_k_mais_j_menos_i++; } } } teste: teste [m-1]=(m-1)*(n-m); tabela [1][m-1]=conta_m_igual_i; conta_m_igual_i=0; tabela [2][m-1]=conta_m_igual_2i_menos_j; conta_m_igual_2i_menos_j=0; tabela [3][m-1]=conta_m_igual_2j_menos_i; conta_m_igual_2j_menos_i=0; tabela [4][m-1]=conta_m_igual_i_mais_j_menos_k; conta_m_igual_i_mais_j_menos_k=0; tabela [5][m-1]=conta_m_igual_i_menos_j_mais_k; conta_m_igual_i_menos_j_mais_k=0; tabela [6][m-1]=conta_m_igual_k_mais_j_menos_i; conta_m_igual_k_mais_j_menos_i=0; result [0][m-1]=(A*tabela [1][m-1]*(k1+3/4*k3*(1+n*(n-1)^2))+3/2*k3*pow(A,2)*(tabela

[2][m-1]+tabela [3][m-1])+6*k3*pow(A,3)*(tabela [4][m-1]+tabela [5][m-1]+tabela [6][m-1]))*100/(A*k1); long double B=log(result [0][m-1]/100); result [1][m-1]=20*B/log(10.0); } cout << "Contagens:" << endl; cout << "| m | i-j+k | Formula |" << endl << endl; for (int line=0;line<n;line++){ cout << "| "; if (tabela [0][line]<10){ cout << " "; } else{ if (tabela [0][line]<100){ cout << " "; } else{ if (tabela [0][line]<1000){ cout << " "; } } } cout << tabela [0][line] << " | " ; if (tabela [5][line]<10){ cout << " "; } else{ if (tabela [5][line]<100){ cout << " "; } else{ if (tabela [5][line]<1000){ cout << " "; } } } cout << tabela[5][line] << " | " ; if (teste [line]<10){ cout << " "; } else{ if (teste [line]<100){ cout << " "; } else{ if (teste [line]<1000){ cout << " "; } } } cout << teste[line] << " | " << endl; } cout << endl; goto inicio; end: return 0; }

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Bruno Filipe Pinto Carmo 95

Anexo V – Código C++ Eq. (5.70)

#include "stdafx.h"

#include <iostream>

#include <stdlib.h>

#include <math.h>

using namespace std;

int main (){

const int n_max=2048;

int n;

long double k1,k3,IP3;

long double k1db,IP3db;

long double A;

A=pow(10.0,-6);

inicio:

int conta_m_igual_i=0;

int conta_m_igual_2i_menos_j=0;

int conta_m_igual_2j_menos_i=0;

int conta_m_igual_i_mais_j_menos_k=0;

int conta_m_igual_i_menos_j_mais_k=0;

int conta_m_igual_k_mais_j_menos_i=0;

cout << "Numero de Portadoras (n ate 2k) = ";

cin >> n;

cout << endl;

if (n==0) goto end;

k1db=25;

k1=pow(10,k1db/20);

IP3db=20;

IP3=pow(10,IP3db/10)/1000;

k3=(pow(k1,3)*2)/(3*IP3);

int tabela [7][n_max];

for (int z=0;z<n;z++){

tabela [0][z]=z+1;

}

long double teste [n_max];

long double result [2][n_max];

for (int z=0;z<n;z++){

for (int y=0;y<2;y++){

result[y][z]=0;

teste [z]=0;

}

}

for(int m=1;m<=n;m++){

for(int i=1;i<=n;i++){

if(m==i)conta_m_igual_i++;

}

for(int i=1;i<=n-1;i++){

for(int j=i+1;j<=n;j++){

if(m==2*i-j)conta_m_igual_2i_menos_j++;

if(m==2*j-i)conta_m_igual_2j_menos_i++;

}

}

for(int i=1;i<=n-2;i++){

for(int j=i+1;j<=n-1;j++){

for(int k=j+1;k<=n;k++){

if(m==i+j-k)conta_m_igual_i_mais_j_menos_k++;

if(m==i-j+k)conta_m_igual_i_menos_j_mais_k++;

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96

if(m==k+j-i)conta_m_igual_k_mais_j_menos_i++;

}

}

}

teste:

double dif=m-2;

double a=m;

teste [m-1]=(pow(dif,2))/4-(1-pow(-1,a))/8;

tabela [1][m-1]=conta_m_igual_i;

conta_m_igual_i=0;

tabela [2][m-1]=conta_m_igual_2i_menos_j;

conta_m_igual_2i_menos_j=0;

tabela [3][m-1]=conta_m_igual_2j_menos_i;

conta_m_igual_2j_menos_i=0;

tabela [4][m-1]=conta_m_igual_i_mais_j_menos_k;

conta_m_igual_i_mais_j_menos_k=0;

tabela [5][m-1]=conta_m_igual_i_menos_j_mais_k;

conta_m_igual_i_menos_j_mais_k=0;

tabela [6][m-1]=conta_m_igual_k_mais_j_menos_i;

conta_m_igual_k_mais_j_menos_i=0;

result [0][m-1]=(A*tabela [1][m-1]*(k1+3/4*k3*(1+n*(n-1)^2))+3/2*k3*pow(A,2)*(tabela

[2][m-1]+tabela [3][m-1])+6*k3*pow(A,3)*(tabela [4][m-1]+tabela [5][m-1]+tabela [6][m-1]))*100/(A*k1);

long double B=log(result [0][m-1]/100);

result [1][m-1]=20*B/log(10.0);

}

cout << "Contagens:" << endl;

cout << "| m | i-j+k | Formula |" << endl << endl;

for (int line=0;line<n;line++){

cout << "| ";

if (tabela [0][line]<10){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [0][line]<100){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [0][line]<1000){

cout << " ";

}

}

}

cout << tabela [0][line] << " | " ;

if (tabela [6][line]<10){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [6][line]<100){

cout << " ";

}

else{

if (tabela [6][line]<1000){

cout << " ";

}

}

}

cout << tabela[6][line] << " | " ;

if (teste [line]<10){

cout << " ";

}

else{

if (teste [line]<100){

cout << " ";

}

else{

if (teste [line]<1000){

cout << " ";

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}

}

}

cout << teste[line] << " | " << endl;

}

cout << endl;

goto inicio;

end:

return 0;

}

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Anexo VI – Datasheet do Amplificador AM-2003

da marca Rantelon, com informação do seu IP3

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