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AGUA QUENTE
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5. INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE 5.1 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE ÁGUA MORNA Assim como calculado para água fria, a determinação do consumo de água morna
está diretamente relacionado com o consumo diário per capita (C) e número de
pessoas a serem atendidas (NP). Logo:
𝐶𝐷 = 𝐶×𝑁𝑃
𝑁𝑃 = 2𝑁!"
Sendo Nds o número de dormitórios sociais (não há dormitórios de serviço).
Com base em tabelas indicadas para utilização nas aulas, admite-se que o consumo
diário per capita de água morna para um prédio de apartamentos pode ser
considerado igual a 60 L/dia.pessoa.
Como resultado, tem-se:
Determinação do Consumo Diário de Água morna
Número de
Dormitórios Sociais,
NDs
Número de Pessoas, NP Consumo Diário per
Capta, C (L/dia.pessoa) Consumo Diário, CD (L/dia)
22 44 60 2640
Sistema predial de suprimento de água quente escolhido: Sistema Central Privado
5.2 DIMENSIONAMENTO DO AQUECEDOR Para dimensionamento do aquecedor, deve-se conhecer o volume de água quente
necessária. Sabe-se que:
𝑉!"#$×𝑇!"#$ = 𝑉!"×𝑇!" + 𝑉!"×𝑇!"
Onde:
𝑉!"#$: Volume De água morna utilizada (consumo diário) (L/dia);
𝑇!"#$: Temperatura de água morna (°C);
𝑉!": Volume de água quente – consumo diário (L/dia);
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𝑇!": Temperatura de água quente no aquecedor (°C);
𝑉!": Volume de água fria (L/dia);
𝑇!": Temperatura da água fria no inverno (°C).
Sendo 𝑉!" = 𝑉!"#$ − 𝑉!", tem-se em resumo:
𝑉!" = 0,396×𝑉!"#$
Como resultado, tem-se:
Mistura de um líquido a temperaturas diversas
Temperatura
de água
quente no
aquecedor,
Taq (ºC)
Volume de água
quente,
consumo diário
a 70ºC, Vaq
(L/pessoa.dia)
Temperatura de
água fria no
inverno, Taf (ºC)
Volume de água
fria, Vaf (L/pessoa x
dia)
Temperatura
da água
morna, Tmist
(ºC)
Volume de água
morna utilizada,
Vmist
(L/pessoa.dia)
70 28,20 17 31,80 42 60
Foi escolhido a utilização do uso de Aquecedor Elétrico de Acumulação para o
Sistema Central Privado. Para isso, utilizou-se como base para escolha do
aquecedor a seguinte tabela:
Consumo diário a 70oC
(litros)
Capacidade do
Aquecedor (litros) Potência (KW)
60 50 0,75
95 75 0,75
130 100 1,00
200 150 1,25
260 200 1,50
330 250 2,00
430 300 2,50
570 400 3,00
700 500 4,00
850 600 4,50
1150 750 5,50
1500 1000 7,00
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Tem-se então como resultado final:
Determinação do aquecedor elétrico de acumulação
Maior consumo diário de
AQ de uma unidade (L/dia)
Capacidade do
aquecedor (L) Potência (kW)
360,00 300 2,5
5.3 DIMENSIONAMENTO DO BARRILETE Para dimensionamento do barrilete, deve-se conhecer a soma de todos os pesos
das peças das tubulações, sendo assim possível o cálculo da vazão a ser atendida
pelo barrilete.
𝑄 = 𝐶𝑑𝑒𝑠𝑐× 𝛴𝑃
Onde:
Q é a vazão(L/s);
Cdesc é o coeficiente de descarga (0,30 L/s).
Segue a tabela de pesos das colunas de água quente alimentadas pelo barrilete:
Coluna Aparelhos sanitários Quantidade Peso Total por
coluna
1 Chuveiro 10 0,4
7 Banheira 3 1
2 Chuveiro 3 0,4
4,2 Banheira 3 1
Definida a vazão, assume-se um diâmetro e verifica-se se a velocidade encontrada
será menor ou igual a 3 m/s ou menos que 14xDx0,5, utilizando as seguintes
expressões:
𝐴!í!"#$% =𝜋×𝐷²4
𝑄 = 𝑣×𝐴
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Como resultado, tem-se:
Barrilete
Coluna Pesos
Vazão (l/s) Diâmetro (mm) Velocidade (m/s) Unitário Acumulado
1 7 11,2 1,0 25 2,05
2 4,2
5.4 COLUNAS, RAMAIS E SUB-RAMAIS 5.4.1 Critérios gerais O dimensionamento do sistema de distribuição de água quente é feito de maneira
análoga ao sistema de água fria, ou seja, considera-se regime permanente em
conduto forçado, onde faz-se um balanceamento entre o diâmetro da tubulação, a
vazão de projeto esperada e as pressões necessárias para o funcionamento
adequado dos aparelhos e equipamentos sanitários, tendo em vista a carga
disponível.
5.4.2 Dimensionamento das colunas 5.4.2.1 Coluna AQ1 Conexões e tubos da coluna AQ1:
COLUNA TRECHO CONEXÕES
1
AB
2 REGISTROS DE GAVETA, 2 TÊS
DE 90º DE SAIDA BILATERAL, 2
JOELHOS DE 90º E 1 TÊ DE 90º
PASSAGEM DIRETA.
BC
1 TÊ DE 90º PASSAGEM DIRETA CD
DE
Os pesos de cada trecho foram determinados como na tabela baixo:
39
PESOS REQUERIDOS NOS TRECHOS DA DA COLUNA 1
TRECHO APARELHOS
SANITÁRIOS PESO QUANTIDADE
TOTAL POR
TRECHO
AB CHUVEIRO 0,4 2 0,8
BC CHUVEIRO 0,4 4
2,6 BANHEIRA 1 1
CD CHUVEIRO 0,4 3
2,2 BANHEIRA 1 1
DE CHUVEIRO 0,4 1
1,4 BANHEIRA 1 1
Comprimentos equivalentes das conexões utilizadas nos trechos da coluna 1:
COMPRIMENTOS EQUIVALENTES DAS CONEXÕES UTILIZADAS NOS TRECHOS DA COLUNA 1
TRECHO CONEXÃO QUANTIDADE DIÂMETRO
NOMINAL
COMPRIMENTO
EQUIVALENTE (m)
COMPRIMENTO
EQUIVALENTE
TOTAL (m)
COMPRIMENTO
EQUIVALENTE
TOTAL POR
TRECHO (m)
AB
REGISTRO DE GAVETA 2
32
0,4 0,8
15,5
TÊ DE 90º DE SAÍDA
BILATERAL 2 4,6 9,2
JOELHO DE 90º 2 2 4
TÊ DE PASSAGEM DIRETA 1 1,5 1,5
BC TÊ DE PASSAGEM DIRETA 1 32 1,5 1,5 1,5
CD TÊ DE PASSAGEM DIRETA 1 25 0,9 0,9 0,9
DE TÊ DE PASSAGEM DIRETA 1 20 0,8 0,8 0,8
A planilha de cálculo completa da coluna 1 estará no Anexo VI.
5.4.2.2 Coluna AQ2 Conexões e tubos da coluna AQ2:
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COLUNA TRECHO CONEXÕES
1
AC
2 REGISTROS DE GAVETA, 2 TÊS
DE 90º DE SAIDA BILATERAL, 2
JOELHOS DE 90º E 1 TÊ DE 90º
PASSAGEM DIRETA.
CD 1 TÊ DE 90º PASSAGEM DIRETA
DE
Os pesos de cada trecho foram determinados como na tabela baixo:
PESOS REQUERIDOS NOS TRECHOS DA DA COLUNA 2
TRECHO APARELHOS SANITÁRIOS PESO QUANTIDADE TOTAL POR
TRECHO
AC CHUVEIRO 0,4 1
1,4 BANHEIRA 1 1
CD CHUVEIRO 0,4 1
1,4 BANHEIRA 1 1
DE CHUVEIRO 0,4 1
1,4 BANHEIRA 1 1
Comprimentos equivalentes das conexões utilizadas nos trechos da coluna 2:
COMPRIMENTOS EQUIVALENTES DAS CONEXÕES UTILIZADAS NOS TRECHOS DA COLUNA 2
TRECHO CONEXÃO QUANTIDADE DIÂMETRO
NOMINAL
COMPRIMENTO
EQUIVALENTE (m)
COMPRIMENTO
EQUIVALENTE
TOTAL (m)
COMPRIMENTO
EQUIVALENTE
TOTAL POR
TRECHO (m)
AC
REGISTRO DE GAVETA 2
32
0,4 0,8
15,5
TÊ DE 90º DE SAÍDA
BILATERAL 2 4,6 9,2
JOELHO DE 90º 2 2 4
TÊ DE PASSAGEM DIRETA 1 1,5 1,5
CD TÊ DE PASSAGEM DIRETA 1 25 0,9 0,9 0,9
DE TÊ DE PASSAGEM DIRETA 1 20 0,8 0,8 0,8
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A planilha de cálculo completa da coluna 2 estará no Anexo VII.
5.4.3 Dimensionamento dos ramais Para determinação dos trechos dos ramais seguiu-se um raciocínio semelhante ao
das colunas, porém os trechos foram separados entre a entrada do ramal e ponto de
distribuição para os sub-ramais da banheira e chuveiro.
5.4.3.1 Ramais Coluna AQ1 Os pesos dos aparelhos e o comprimento aparente das conexões foram
determinados de acordo com o procedimento de dimensionamento de água fria.
Abaixo tem-se a tabela com os trechos e aparelhos com seus pesos:
COLUNA RAMAL TRECHO
APARELHOS SANITÁRIOS
ALIMENTADOS PELO TRECHO
E SEUS PESOS
1
R1 AB CHUVEIRO (0,4)
BC CHUVEIRO (0,4)
R2 AB BANHEIRA (1)
R3
AB CHUVEIRO (0,4)
BC 2 CHUVEIROS (0,8)
CD CHUVEIRO (0,4)
R4 AB BANHEIRA (1)
R5 AB CHUVEIRO (0,4)
BC 2 CHUVEIROS (0,8)
R6 AB BANHEIRA (1)
R7 AB CHUVEIRO (0,4)
A planilha de cálculo completa dos Ramais da Coluna 1 estará no Anexo VIII.
5.4.3.2 Ramais Coluna AQ2 Os pesos dos aparelhos e o comprimento aparente das conexões foram
determinados de acordo com o procedimento de dimensionamento de água fria.
Abaixo tem-se a tabela com os trechos e aparelhos com seus pesos:
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COLUNA RAMAL TRECHO
APARELHOS SANITÁRIOS
ALIMENTADOS PELO TRECHO
E SEUS PESOS
2
R1 AB CHUVEIRO (0,4)
BC BANHEIRA (1)
R2 AB CHUVEIRO (0,4)
BC BANHEIRA (1)
R3 AB CHUVEIRO (0,4)
BC BANHEIRA (1)
R4 AB CHUVEIRO (0,4)
BC BANHEIRA (1)
A planilha de cálculo completa dos Ramais da Coluna 2 estará no Anexo IX.
5.4.4 Dimensionamento dos sub-ramais Os sub-ramais são pré-dimensionados em função do ponto de utilização que
atendem. Portanto, para banheira e chuveiro (únicos tipos de pontos alimentados
pela água quente), tem-se:
Peça de utilização Diâmetro (mm)
Banheira 15
Chuveiro 15
5.4.5 Verificação da pressão disponível Algumas recomendações estipulam a pressão mínima nos pontos de utilização em
função do aparelho sanitário que os mesmos abastecem. A pressão estática máxima
nos pontos de utilização não deve ultrapassar 400 kPa (40 mca). Além disso, a
pressões dinâmicas mínimas não devem ser inferiores a 5 kPa no sistema de
distribuição.
As pressões dinâmicas mínimas devem atender:
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Pressões dinâmicas mínimas
Aquecedor a gás 2,0 m.c.a.
Aquecedor elétrico 0,5 m.c.a.
Chuveiro 1,0 m.c.a.
Ao analisar o projeto em questão verificou-se que o ponto crítico da edificação se
encontra no chuveiro da coluna AQ1 (Ramal 1 – trecho AB) e na banheira da coluna
AQ2 (Ramal 1 – trecho BC). Após o dimensionamento das colunas e dos ramais
encontramos as seguintes pressões residuais.
Trechos com menor pressão nos ramais:
• Ramais coluna AQ1 – Ramal R1 – trecho AB com 1,39 m.c.a.
• Ramal coluna AQ2 – Ramal R1 – trecho BC com 1,05 m.c.a.
Como a pressão dinâmica mínima requerida pelo chuveiro é 1 m.c.a., a pressão de
1,39 m.c.a. atende ao requisito, assim como a pressão dinâmica da banheira da
coluna AQ2 que atende ao mínimo que é 0,5 m.c.a. A partir dessas verificações
conclui-se que todo o sistema hidráulico de água quente dimensionado atende aos
critérios de dimensionamento.
Vale ressaltar que a pressão disponível nos pontos de utilização em si também são
superiores ao valor mínimo estipulado por norma (para todos os pontos da
edificação), uma vez que a diferença de pressão ocasionada pelos comprimentos do
sub-ramais e diferenças de cotas dos mesmos não seja suficientemente grande para
fazer com que a pressão disponível no início dos sub-ramais (que são maiores do
que 10 kPa) se torne inferior a 10 kPa no ponto de utilização (final do sub-ramal).
No dimensionamento das colunas AQ1 e AQ2, além de seus ramais, percebe-se que
para os diâmetros encontrados as velocidades estão a baixo de 3 m/s, atendendo
também a esse critério de dimensionamento.