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Plano Diretor
objetivo
revisar e aperfeiçoar os conteúdos que compõe o Plano Diretor
Municipal (PDM)...
conteúdos
• conceito e fundamentação do Plano Diretor Municipal-
implantação: realidade atual – peculiaridades;
• Plano Diretor – desenvolvimento urbano – instrumentos do PDM;
• atenção e responsabilização – políticas setoriais – responsabilidade
e responsabilização do Poder Público – setores envolvidos e
respectivos papéis.
PROFESSORA - Rosana A. Martinez Kanufre
Doutora em Gestão Urbana
Mestre em Gestão Urbana
Servidora Pública Municipal – Instituto Municipal de Administração Pública – IMAP –
Prefeitura Municipal de Curitiba
Especialista em Desenvolvimento de Recursos Humanos
Formada pela Sociedade Brasileira de Dinâmicas de Grupos
Assistente Social
Endereço Lattes - http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4450539H8
PLANO DIRETOR
ORIGEM DO PLANO DIRETOR
• Haussmann (Paris) mudou inteiramente a face da cidade de Paris -
durante sua longa administração (de 1853 a 1870)
serviu como modelo e inspiração
• Buenos Aires (Torquato de Alvear) - Rio de Janeiro (Pereira Passos)
Nova York (Robert Moses).
PLANO DIRETOR
ORIGEM DO PLANO DIRETOR
Gestão urbana pode ser sinônimo de gestão da cidade, que reúne um
conjunto de recursos e ferramentas próprios da administração
aplicados à realidade urbana na intenção de promover serviços com
qualidade, como também a possibilidade de aproximação e
participação dos cidadãos (REZENDE; CASTOR, 2006, p. 27).
PLANO DIRETOR
ORIGEM DO PLANO DIRETOR – RIO DE JANEIRO
• O urbanismo foi introduzido no Brasil no início do século XX,
coincidindo com a elaboração do plano do Rio de Janeiro.
• Francisco Franco Pereira Passos foi um engenheiro e político
brasileiro.
• Prefeito da cidade do Rio de Janeiro entre 1902 a 1906 - nomeado
pelo presidente Rodrigues Alves.
• Nascimento:1836 - Falecimento:1913
PLANO DIRETOR
O município brasileiro X política de ordenamento territorial
Década de 30 até a década de 80 - legislação federal
instrumentos de ordenação das áreas urbanas
“com uma visão limitada de planejamento e meio ambiente”
PLANO DIRETOR
O município brasileiro X política de ordenamento territorial
AVANÇOS
anterior a 1988
• aprovação da lei federal nº6.766/79 dispõe sobre o
parcelamento do solo urbano.
• Legislação de proteção ao patrimônio cultural e a
Legislação Ambiental - com uma visão muito mais voltada
para a flora e fauna que para os ecossistemas urbanos,
fonte dos maiores impactos ao ambiente.
PLANO DIRETOR
O município brasileiro X política de ordenamento territorial
• década de 50 - questão de desenvolvimento.
(eixo que ligou o norte com o sul – construção de Brasília)
• durante os anos 70, passou pelo tecnoburocratismo
desenvolvimentista do período militar.
PLANO DIRETOR
Histórico antecessor ao estatuto da cidade
Conquista do Estatuto da Cidade X Movimento da Reforma Urbana
várias décadas - anterior a Constituição
• processo de lutas com a confrontação de interesses urbanos
divergentes - destaque o Movimento Nacional de Reforma Urbana -
movimentos sociais, (moradia, transporte, saneamento) -
associações de profissionais (arquitetos, advogados, sanitaristas,
assistentes sociais, engenheiros) - entidades sindicais, entidades
acadêmicas e de pesquisa – ONGs - Igreja Católica (Teologia da
Libertação) - servidores públicos - prefeitos - parlamentares
progressistas.
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Diretrizes Gerais – regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição
Federal - normas de ordem pública e interesse social - o uso da
propriedade urbana em prol do bem coletivo - segurança - bem-estar
dos cidadãos - equilíbrio ambiental.
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Artigo 182 - política urbana é responsabilidade do Município e deve
garantir as funções sociais da cidade em prol dos cidadão.
Plano Diretor Municipal como instrumento básico do ordenamento
territorial urbano na direção da sua função social – por meio dos
instrumentos - concretização da função social da propriedade:
parcelamento e edificação compulsórios; imposto sobre a propriedade
predial e territorial urbana progressivo no tempo e desapropriação.
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Artigo 183 da Constituição Federal trata da aquisição da propriedade
pelo ocupante de imóvel urbano que o utiliza para sua moradia ou de
sua família.
“garante o direito de propriedade àquele que dá a ela uma destinação
compatível com sua vocação legal”
PLANO DIRETOR
PREMISSAS- ESTATUTO DA CIDADE
• A propriedade urbana precisa cumprir uma função social
terra urbana deve servir para o benefício da coletividade
(não apenas aos interesses de seu proprietário)
PLANO DIRETOR
PREMISSAS - ESTATUTO DA CIDADE
• Antes - direito absoluto do proprietário
• Hoje (CF 88) - condicionado à função social da propriedade
Estatuto da Cidade não só consolidou o espaço da
competência jurídica e da ação política municipal - ampliou
sobremaneira, no que toca à questão da regularização
fundiária.
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Artigo 2° - define as diretrizes que devem ser seguidas pelo Município -
política urbana.
“voltadas para garantir cidades justas, em que todos, pobres e ricos,
desfrutem dos benefícios da urbanização.”
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Artigo 2º - diretrizes gerais da política urbana:
• garantia do direito a cidades sustentáveis;
• gestão democrática;
• ordenação e controle do uso do solo;
• justa distribuição dos benefícios e recuperação dos
investimentos do Poder Público.
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Artigo 3° a cooperação entre os entes federativos - Direito Urbanístico,
a competência legislativa é concorrente
ou seja
exige a cooperação entre os entes federados.
A União promulgou o Estatuto da Cidade - traz normas gerais - que
devem ser observadas por todos os Municípios na ordenação de seu
território e na elaboração e execução da política de desenvolvimento
urbano.
PLANO DIRETOR
• Estatuto da Cidade – propõe a fixação de objetivos,
prioridades e diretrizes para as atividades econômicas,
local e regional de forma a permitir sua evolução,
desempenho e perspectivas - geração de tributos.
Cidade – o solo urbano - transformou-se - num centro de negócios -
passou a gerar uma considerável procura por moradias - especulação
imobiliária - um fator relevante e impactante nas relações sociais
urbanas e na interação do homem com a natureza.
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
O Estatuto apresenta como princípios constitucionais fundamentais
norteadores dos Planos Diretores
• a) Princípio da função social da propriedade
• b) Princípio do desenvolvimento sustentável
• c) Princípio das funções sociais da cidade
• d) Princípio da igualdade e da justiça social
• e) Princípio da participação popular
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
a) consolida a noção da função social e ambiental da propriedade e
da cidade - marco conceitual jurídico-político para o Direito
Urbanístico
b) regulamenta e cria novos instrumentos urbanísticos - construção de
uma ordem urbana socialmente justa e includente pelos municípios;
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
c) aponta processos político-jurídicos para a gestão democrática das
cidades;
d) determina formas - materializar o direito social de moradia -
instrumentos jurídicos – notadamente, a usucapião especial urbana, a
concessão de direito real de uso e a concessão de uso especial para
fins de moradia – para a regularização fundiária dos assentamentos
informais em áreas urbanas municipais
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
• O que é regularização fundiária?
“É o processo de intervenção pública, sob os aspectos jurídico, físico e
social, que objetiva legalizar a permanência de populações moradoras
de áreas urbanas ocupadas em desconformidade com a lei para fins de
habitação, implicando melhorias no ambiente urbano do assentamento,
no resgate da cidadania e da qualidade de vida da população
beneficiária”.
PLANO DIRETOR
O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
• O que é regularização fundiária?
Os programas de regularização fundiária não podem estar dissociados
de um conjunto de políticas, diretrizes de planejamento e estratégias de
gestão urbana destinadas a reverter o padrão excludente de crescimento
urbano
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
O Estatuto da Cidade
propõe
“conjunto de instrumentos para que o Município tenha
condições de construir uma política urbana – na direção da
função social da propriedade urbana e o direito de todos à
cidade”
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Art. 4º - Dos instrumentos:
I – planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e
de desenvolvimento econômico e social;
II – planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões;
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
III – planejamento municipal, em especial:
a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação
do solo; c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes
orçamentárias e orçamento anual; f) gestão orçamentária participativa;
g) planos, programas e projetos setoriais; h) planos de
desenvolvimento econômico e social;
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
IV Institutos tributários e financeiros:
a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU;
b) contribuição de melhoria;
c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;
V Institutos jurídicos e políticos:
a) desapropriação;
b) servidão administrativa;
c) limitações administrativas;
d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
e) instituição de unidades de conservação;
f) instituição de zonas especiais de interesse social;
g) concessão de direito real de uso;
h) concessão de uso especial para fins de moradia;
i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
j) usucapião especial de imóvel urbano;
l) direito de superfície;
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
j) usucapião especial de imóvel urbano;
l) direito de superfície;
m) direito de preempção;
n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso;
o) transferência do direito de construir;
p) operações urbanas consorciadas;
q) regularização fundiária;
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos
sociais menos favorecidos;
s) referendo popular e plebiscito;
t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária
(Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009);
u) legitimação de posse.
(Incluído pela Lei nº 11.977, de 2009).
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
f) instituição de zonas especiais de interesse social;
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Ressaltar
“instituição das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) -
instrumento pode ser utilizado tanto para a regularização de áreas
ocupadas, onde o processo de ocupação ocorreu sem observância das
normas urbanísticas, quanto em áreas vazias, para destiná-las para
habitação de interesse social”
“Destaca-se - Estatuto da Cidade não estabelece uma correlação
direta entre transformações urbanas e instrumentos.
Cada município escolhe, regulamenta e aplica os instrumentos
conforme a estratégia de desenvolvimento urbano desejada”.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Outorga Onerosa e Direito de Preempção
Os recursos podem ser utilizados
(art. 31 fazendo menção aos incisos I a IX do art. 26):
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Outorga Onerosa e Direito de Preempção
Os recursos podem ser utilizados
(art. 31 fazendo menção aos incisos I a IX do art. 26):
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas
de interesse ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
m) direito de preempção
Previsto pelo Estatuto da Cidade
o Direito de Preempção é um instrumento que confere em
determinadas situações o direito de preferência para adquirir, mediante
compra, um imóvel que esteja sendo vendido pelo proprietário a outra
pessoa.
O direito visa conferir ao poder público, a preferência para adquirir
imóvel urbano em razão das diretrizes da política urbana.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Preempção
Por meio de lei municipal, baseada no plano diretor,
delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e fixará
prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um
ano após o decurso do prazo inicial de vigência.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
A expressão preempção é originária do latim, praeemptione, sua
tradução significa a compra antecipada, direito de precedência ou
preferência na compra e venda, consistindo em verdadeiro pacto
adjeto à esta, submetido às regras particulares, pacto este que
também é denominado como prelação.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso;
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Outorga onerosa
município pode também definir coeficientes diferenciados
de acordo com as características de cada zona e com os
objetivos definidos para elas
(Estatuto da Cidade – Art. 28; §2º).
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
O objetivo da Outorga Onerosa, portanto, é recuperar parte
dos investimentos a serem realizados pelo Poder Público
para suprir as demandas geradas pelas altas densidades.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Outorga Onerosa:
prevê a alteração dos índices urbanísticos de forma onerosa, posto que
permite a maior intensidade de uso do solo por meio da venda de um
terreno virtual, mediante contrapartidas.
Os recursos obtidos por esta última, devem ter, no entanto, caráter
distributivo, visto que para compensar a valorização decorrente do
aumento da área edificável, a mais valia deve ser distribuída para a
coletividade.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Outorga Onerosa:
“Maleronka (2010b, p. 76), na "[...] relação diretamente proporcional entre
densidade construída e densidade populacional [...]", o que significa dizer
que ao aumentar a densidade construída, aumenta a densidade
populacional e, consequentemente, a demanda por áreas verdes,
equipamentos públicos e infraestrutura.”
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
p) operações urbanas consorciadas – Linha Verde - Curitiba
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
p) operações urbanas consorciadas - instrumento de política urbana
previsto no Estatuto das Cidades (Lei Federal 10.257/2001) e no Plano
Diretor de Curitiba (Lei Municipal 11.266/2004 ).
Operação Urbana Consorciada Linha Verde
A Operação Urbana Consorciada da Linha Verde foi criada pela Lei
13.909 de 19 de dezembro de 2011. A lei da Operação Urbana
Consorciada Linha Verde estabelece diretrizes urbanísticas para a
área de influência da antiga BR-116 em seu trecho urbano em Curitiba,
entre a região do Atuba, ao norte do município e a região do
Pinheirinho, ao sul da cidade.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
p) operações urbanas consorciadas em Curitiba
Nessa operação, a grande moeda de troca do Poder Público é a
concessão de aumento do Coeficiente de Aproveitamento ou de
modificação dos usos permitidos para o local.
podem ser concedidas aos proprietários privados em troca de uma
contrapartida, que pode ser financeira ou de outra natureza
(criação de espaços públicos ou habitação de interesse social, por
exemplo).
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
p) operações urbanas consorciadas em Curitiba
Corresponde ao conjunto de intervenções e medidas coordenadas
pelo Município, com o objetivo de promover transformações
urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental,
na área de abrangência, utilizando os recursos financeiros oriundos da
alienação de Certificados de Potencial Adicional de Construção –
CEPACs.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
p) operações urbanas consorciadas em Curitiba
Estatuto da Cidade (art. 33), uma determina a lei específica deve
prever no mínimo:
• definição da área a ser atingida;
• programa básico de ocupação da área;
• programa de atendimento econômico e social para a população
diretamente afetada pela operação;
• finalidades da operação;
• contrapartida a ser prestada pelos beneficiados;
• forma de controle da operação.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
p) operações urbanas consorciadas em Curitiba
Atenção
1° os investimentos dos recursos obtidos em uma operação urbana
sejam feitos dentro da área definida para a operação.
2° é que a iniciativa privada só tende a se interessar pela operação
urbana em áreas já atrativas do ponto de vista do capital imobiliário e
que, portanto, não deveriam ser priorizadas pelo Poder Público para
reurbanização.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de
impacto de vizinhança (EIV).
§ 1º Os instrumentos mencionados neste artigo regem-se pela
legislação que lhes é própria, observado o disposto nesta Lei.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
• Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de
impacto de vizinhança (EIV).
§ 2º Nos casos de programas e projetos habitacionais de interesse
social, desenvolvidos por órgãos ou entidades da Administração
Pública com atuação específica nessa área, a concessão de direito
real de uso de imóveis públicos poderá ser contratada coletivamente.
§ 3º Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio
de recursos por parte do Poder Público municipal devem ser objeto de
controle social, garantida a participação de comunidades, movimentos
e entidades da sociedade civil.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de
impacto de vizinhança (EIV).
§ 3º Os instrumentos previstos neste artigo que demandam dispêndio
de recursos por parte do Poder Público municipal devem ser objeto de
controle social, garantida a participação de comunidades, movimentos
e entidades da sociedade civil.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
“Atividade desenvolvida na cidade gera impactos ao seu redor - deve
ser levados em consideração no planejamento urbano - por meio de
normas urbanísticas diferenciadas para as diferentes zonas da cidade.
Para possibilitar que o Poder Público - avalie as consequências da
instalação de empreendimento de grande impacto ou ampliação de
construções já existentes - instituído o Estudo de Impacto de
Vizinhança (EIV) – atrelado a uma licença para o empreendimento”
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Artigos 5° e 6° - manutenção de terrenos vazios ou ociosos - na área
urbanizada - espera de uma valorização futura - beneficia apenas seus
proprietários - diminui os espaços disponíveis na cidade para a
moradia e as atividades econômicas - desenvolvimento de toda a
sociedade - especialmente para os grupos economicamente
vulneráveis.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Para coibir os vazios e a especulação imobiliária - Estatuto da Cidade
regulamentou o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios,
que obriga o proprietário a dar uma destinação ao seu terreno
subutilizado, concretizando o preceito constitucional da função social
da propriedade
O Poder Público local deve especificar - Plano Diretor, as áreas onde
ele será utilizado e promulgar lei específica disciplinando sua
aplicação.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
O Poder Público local deve especificar - Plano Diretor, as áreas onde
ele será utilizado e promulgar lei específica disciplinando sua
aplicação.
• Aplicação do IPTU progressivo;
• Desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública;
• Instituição de ZEIS;
• Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios aplicam-se aos
imóveis não edificados, compostos apenas pela terra nua....
“São recursos determinados por prazos”.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Artigo 8° - Estatuto da Cidade regula a desapropriação para fins
urbanos - pune o proprietário que não deu a seu imóvel a função social
estabelecida no Plano Diretor.
Diferentemente das desapropriações por utilidade e interesse público e
interesse social, na desapropriação para fins de reforma urbana o
pagamento é realizado por meio de títulos da dívida pública,
resgatáveis num prazo de dez anos.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
CONJUNTO DE MEDIDAS
A desapropriação segue uma sequência de ações
primeiro, o Poder Público Municipal, nos termos da lei municipal,
notifica o proprietário para parcelar, edificar ou utilizar o imóvel;
decorrido o prazo estipulado sem que o proprietário cumpra com a
determinação, o Município pode aumentar anualmente a alíquota do
IPTU - por até cinco anos, na forma do art. 7º do Estatuto da Cidade e
da lei municipal; somente após a aplicação desses instrumentos, o
Município pode valer-se da desapropriação para fins de reforma
urbana.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Artigo 27 - Direito da preempção - garante ao Poder Público
Municipal a preferência para adquirir imóveis que estejam sendo
alienados. Por meio deste instituto, o proprietário que deseja vender
seu imóvel deverá primeiramente comunicar ao poder público.
A utilização desse instrumento permite prover o Município de terra
urbana – conforme artigo 26
(regularização fundiária; execução de programas e projetos habitacionais de interesse
social; constituição de reserva fundiária; ordenamento e direcionamento da expansão
urbana; implantação de equipamentos urbanos e comunitários; criação de espaços
públicos de lazer e áreas verdes; criação de unidades de conservação ou proteção de
outras áreas de interesse ambiental; proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou
paisagístico).
PREVISTO NO PLANO DIRETOR – LEI ESPECÍFICA
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Art. 40. O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento
básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.
§ 1º O plano diretor é parte integrante do processo de planejamento
municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o
orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele
contidas.
§ 2º O plano diretor deverá englobar o território do Município como um
todo.
§ 3º A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista, pelo menos, a
cada dez anos.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
§ 4º No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de
sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais
garantirão:
• a promoção de audiências públicas e debates com a participação
da população e de associações representativas dos vários
segmentos da comunidade;
• a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;
• acesso de qualquer interessado aos documentos e informações
produzidos.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:
• com mais de vinte mil habitantes;
• Integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
• onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos
previstos no § 4o do art. 182 da Constituição Federal;
• integrantes de áreas de especial interesse turístico;
• inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades
com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
§ 1º No caso da realização de empreendimentos ou atividades
enquadrados no inciso V do caput, os recursos técnicos e
financeiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos
entre as medidas de compensação adotadas.
PLANO DIRETOR O Estatuto da Cidade
(Lei Nº 10. 257 de 10 de julho de 2001)
§ 2º No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes,
deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado,
compatível com o plano diretor ou nele inserido.
Art. 42. O plano diretor deverá conter no mínimo:
• a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, considerando
a existência de infraestrutura e de demanda para utilização, na
forma do art. 5º desta Lei;
• disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei;
• sistema de acompanhamento e controle.
PLANO DIRETOR
Plano Diretor - Composição
Lei do plano diretor – premissas – objetivos – a ploitica
urbana – o plano de desenvolvimento urbano sustentável;
Lei de parcelamento do solo
Lei do perímetro urbano
Lei do Uso e Ocupação do solo – comparâmetros para cada
zona da cidade
Sistema viário – veículos (modais) e pessoas
Código de Obras – parâmetros de construção
Código de Posturas – Higiene – Saneamento - Alváras
PLANO DIRETOR
Referências • Lei do Estatuto da Cidade;
• BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 out. 1988. São
Paulo: Atlas, 1999.
• CARLEIAL, L. M. F.; OPUSZKA, P. R.; KANUFRE, R. A. M. (Orgs.). Políticas e ações
deliberativas em Curitiba. Curitiba: IMAP, 2016.
• CASTELLS, M. A questão urbana. 3.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006. (Capítulos selecionados).
• CASTELLS, M. A sociedade em rede: a era da Informação - economia, sociedade e cultura. 8.ed.
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