Arquivologia para Técnico Judiciário

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  • 8/7/2019 Arquivologia para Tcnico Judicirio

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    Logos Concursos Apostilas EletrnicasO nosso objetivo a sua aprovao.

    Apostila de ArquivologiaConcurso do TRE-RJ

    Cargo: Tcnico JudicirioAdministrativo

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    AVALIAO E GESTO DE DOCUMENTOS E INFORMAES

    O termo gesto de documentos ou administrao de documentos uma traduo do

    termo ingls records management. O primeiro originrio da ex-presso franco-

    canadense gestion de documents e o segundo uma verso ibero-americana do conceito

    ingls. Entre essas duas variantes, o primeiro parece ser o mais difundido entre ns.

    O Dicionrio de Terminologia Arquivstica editado pelo Conselho Internacional de

    Arquivos em 1984 define gesto de documentos como um aspecto da administrao geral

    relacionado com a busca de economia e eficcia na produo, manuteno, uso e destinao

    final dos documentos.

    O Dicionrio de Terminologia Arquivstica, publicado em So Paulo em 1990 e reeditado

    em 1996, conceitua gesto de documentos como um conjunto de medidas e rotinas

    visando a racionalizao e eficincia na criao, tramitao, classificao, uso primrio e

    avaliao de arquivos.

    No mbito da legislao federal, considera-se gesto de documentos o conjunto de

    procedimentos e operaes referentes sua produo, tramitao, uso, avaliao e

    arquivamento em fase corrente e intermediria, visando a sua eliminao ou recolhimento

    para guarda permanente 1 .

    RACIONALIZAO,

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    EFICINCIA,

    PRESERVAO DA MEMRIA

    __________________________

    1. Lei n 8.159, de 08/01/91, que dispe sobre a Poltica Nacional de Arquivos Pblicos e Privados, art. 3.

    GESTO DE DOCUMENTOS

    Conjunto de medidas e rotinas que garante o efetivo controle de todos os documentos de

    qualquer idade desde sua produo at sua destinao final (eliminao ou guarda

    permanente), com vistas racionalizao e eficincia administrativas, bem como

    preservao do patrimnio documental de interesse histrico-cultural.

    A gesto pressupe, portanto, uma interveno no ciclo de vida dos documentos desde sua

    produo at serem eliminados ou recolhidos para guarda definitiva.

    Nesse sentido, um programa geral de gesto compreende todas as atividades inerentes s

    idades corrente e intermediria de arquivamento, o que garante um efetivo controle da

    produo documental nos arquivos correntes (valor administrativo/vigncia), das

    transferncias aos arquivos centrais/intermedirios (local onde os documentos geralmente

    aguardam longos prazos precaucionais), do processamento das eliminaes e recolhimentos

    ao arquivo permanente (valor histrico-cultural).

    CICLO DE VIDA DOS DOCUMENTOS

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    1a.idadeARQUIVO CORRENTE

    . documentos vigentes,

    Freqentemente consultados

    2a.idade

    ARQUIVO INTERMEDIRIO

    e/ ou CENTRAL

    . final de vigncia; documentos que aguardam prazos

    longos de prescrio ou precauo;

    . raramente consultados;

    . aguardam a destinao final:

    eliminao ou guarda permanente

    3a.idade

    ARQUIVO PERMANENTE

    . documentos que perderam a vigncia administrativa,

    porm so providos de valor secundrio ou histrico-

    cultural

    Idade do

    Documento

    Valor Durao

    Mdia

    Freqncia de Uso/

    Acesso

    Local de

    Arquivamen

    to

    ADMINISTRATIV

    A

    Imediato ou

    Primrio

    Cerca de 5

    anos

    - documentos vigentes

    - muito consultados

    - acesso restrito ao

    Arquivo

    Corrente

    (prximo ao

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    organismo produtor produtor)

    INTERMEDIRIA

    I - Primrio

    reduzido 5+ 5=10anos

    - documentos vigentes

    - regularmenteconsultados

    - acesso restrito ao

    organismo produtor

    ArquivoCentral

    (prximo

    administra

    o)

    II - Primrio

    mnimo

    10+20=

    30anos

    - documentos vigentes

    - prazo precaucional

    longo

    - referncia ocasional

    - pouca freqncia de uso

    - acesso pblico mediante

    autorizao

    Arquivo

    Intermediri

    o

    (exterior

    Instituio

    ou anexo ao

    Arquivo

    Permanente)

    III

    Secundrio

    Potencial

    30+20=

    50anos

    HISTRICA

    Secundrio

    Mximo Definitiva

    - documentos que

    perderam a vigncia

    - valor permanente

    - acesso pblico pleno

    Arquivo

    Permanente

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    ou Histrico

    So de fcil reconhecimento, assim, os trs momentos da gesto, no necessariamente

    consecutivos:

    1. Produo dos documentos: inclui a elaborao de formulrios, implantao de sistemas

    de organizao da informao, aplicao de novas tecnologias aos procedimentos

    administrativos.

    2. Manuteno e uso: implantao de sistemas de arquivo, seleo dos sistemas de

    reproduo, automatizao do acesso, mobilirio, materiais, local.

    3. Destinao final dos documentos: programa de avaliao que garanta a proteo dos

    conjuntos documentais de valor permanente e a eliminao de documentos rotineiros e

    desprovidos de valor probatrio e informativo.

    A avaliao de documentos de arquivo uma etapa decisiva no processo de implantao de

    polticas de gesto de documentos, tanto nas instituies pblicas

    quanto nas empresas privadas. Mas, o que significa avaliar documentos? Para o

    administrador, que est com seus depsitos abarrotados de documentos, sem dvida, a

    avaliao sugere uma eliminao imediata de papel, com vistas liberao de espao fsico.

    No entanto, se o processo de avaliao no for efetivamente implantado atravs das Tabelas

    de Temporalidade, no tardar muito para que a produo e acumulao desordenadas

    preencham novamente todos os espaos disponveis.

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    que igualmente grave, a reproduo do acervo em outros suportes, sem a prvia

    identificao e avaliao dos conjuntos documentais. O que interessa, nessa viso

    imediatista, a liberao de espaos.

    Esse procedimento pode representar um investimento intil quando incidir sobre

    documentos rotineiros, repetitivos, desprovidos de valor informativo, probatrio ou

    cultural, que poderiam ser eliminados, conservando-se deles apenas pequenas amostragens.

    AVALIAO DE DOCUMENTOS: OBJETIVOS

    . Reduo da massa documental

    . Agilidade na recuperao dos documentos e das informaes

    . Eficincia administrativa

    . Melhor conservao dos documentos de guarda permanente

    . Racionalizao da produo e do fluxo de documentos (trmite)

    . Liberao de espao fsico. Incremento pesquisa

    A exploso da produo documental

    Digitalizao de documentos:

    O mercado brasileiro cresce aceleradamente

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    Se voc tem a idia que at o ano 2000 o volume mundial de papel gerado ir cair

    vertiginosamente devido s novas tecnologias, um ligeiro engano. Segundo uma

    pesquisapublicada na Revista Fortune, EUA, um bilhode documentos so produzidos

    nos EstadosUnidos, todos os dias. E no s isso.

    Os nmeros so gigantescos. Mais de 300 milhes de documentos permanecem em uso

    (ativos), com um custo de US$ 0,25 cada vez que so acessados. Um documento

    copiado, no mnimo, vinte vezes. As transmisses de fax geram mais de 85 milhes de

    pginas por ano. Devido a toda essa papelada, um tpico funcionrio de escritrio gasta

    40% do seu tempo gerenciando documentos.

    A AIIM - Association for Information and Image Management Internacional

    (Associao Internacional do Gerenciamento da Imagem e Informao), com sede nos

    EUA, publicou uma pesquisa feita em conjunto com uma grande empresa de consultoria

    daquele pas, em 1989. O estudo revelou que toda a informao estava armazenada nas

    seguintes mdias: papel, 95%, microfilmes, 4%, meios magnticos/eletrnicos, 1%. Trs

    anos mais tarde, um estudo semelhante revelou a situao em 1999: papel, 92%,

    microfilmes, 3%, mdias pticas, 5%.

    Ningum deve se entusiasmar porque o papel diminuir 3%, ou porque o microfilme

    decrescer 1% ou porque o mercado de discos pticos ir explodir em 4%. O que ocorre -

    todos sabem - que o volume da informao

    - quase sempre em papel - duplica anualmente.

    (Fonte: Mundo da Imagem. So Paulo, CENADEM, jul.ago./96)

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    PASSOS PARA A IMPLANTAO DE PROCESSO DE AVALIAO DE

    DOCUMENTOS

    1) Constituio formal da Comisso de Avaliao de Documentos, que garanta legitimidade

    e autoridade equipe responsvel;

    2) Elaborao de textos legais ou normativos que definam normas e procedimentos para o

    trabalho de avaliao;

    3) Estudo da estrutura administrativa do rgo e anlise das competncias, funes e

    atividades de cada uma de suas unidades;

    4) Levantamento da produo documental: entrevistas com funcionrios, responsveis e

    encarregados, at o nvel de seo, para identificar as sries documentais geradas no

    exerccio de suas competncias e atividades;

    5) Anlise do fluxo documental: origem, pontos de tramitao e encerramento do trmite;

    6) Identificao dos valores dos documentos de acordo com sua idade: administrativo,

    legal, fiscal, tcnico, histrico;

    7) Definio dos prazos de guarda em cada local de arquivamento.

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    O RGO PRODUTOR DOS DOCUMENTOS:

    ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

    A primeira atividade a ser desenvolvida no processo de organizar e avaliar documentos de

    arquivo o estudo da estrutura e funcionamento do rgo produtor.

    CLASSIFICAO DE FUNDO

    uma atividade intelectual que consiste em reconstituir, mediante pesquisa na legislao, a

    origem e evoluo da estrutura organizacional e funcional do rgo produtor dos

    documentos. A classificao deve materializar-se na elaborao de instrumentos de

    trabalho: compilao da legislao e confeco de organogramas que representem a

    estrutura orgnica hierarquizada do rgo e suas subdivises internas, que so as unidades

    geradoras dos documentos. O trabalho de classificao deve interagir com a anlise dos

    conjuntos documentais a fim de se identificar as funes ou atividades informalmente

    exercidas.

    ANLISE DA PRODUO DOCUMENTAL

    As atividades cotidianas de qualquer administrao so objeto de registro em algum tipo de

    documento. Os documentos relacionados a uma funo, produzidos ou acumulados por

    determinado rgo, mantm entre si relaes que precisam ser deslindadas no processo de

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    avaliao. A anlise da rotina documental e das inter-relaes dos vrios conjuntos

    essencial para que se conhea o contexto de

    produo, evitando-se sentenciar sobre peas isoladas de arquivo.

    A avaliao deve incidir sobre conjuntos de documentos e no sobre unidades

    individualizadas. A grande dificuldade consiste em reconstituir esses conjuntos quando eles

    foram desfeitos por critrios inadequados de arquivamento. Os documentos produzidos no

    exerccio da mesma funo, competncia ou atividade constituem as sries documentais e

    sobre elas que deve incidir o trabalho de identificao de valores e de definio de prazos

    de guarda. Portanto, cabe ao profissional de arquivo conhecer quais so os momentos do

    ciclo de vida dos documentos para poder identificar em qual deles os conjuntos se

    encontram e determinar o tratamento e a guarda a eles correspondentes.

    Conjunto de documentos resultante do

    exerccio da mesma funo ou atividade, = SRIE DOCUMENTAL

    documentos estes que tm idntico modo

    de produo, tramitao e resoluo.

    A COMPETNCIA PARA AVALIAR DOCUMENTOS

    A complexidade e responsabilidade do trabalho de avaliar exigem a constituio de

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    equipes, que podero ser denominadas grupos ou comisses de avaliao, para analisar os

    documentos nos seus mais diversos aspectos. Esse processo participativo de profissionais

    ligados s mais diversas reas do conhecimento ser decisivo para se definir critrios de

    valor. A avaliao supe a identificao dos valores primrio e secundrio dos documentos.

    O valor primrio relaciona-se s razes de sua prpria produo, considerando seu uso para

    fins administrativos, legais e fiscais. O valor secundrio diz respeito potencialidade do

    documento como prova ou fonte de informao para a pesquisa.

    COMISSES DE AVALIAO

    CENTRAIS SETORIAIS

    COMPOSIO

    As comisses de avaliao devero ser compostas por profissionais com conhecimentos das

    funes, atividades e estrutura organizacional de seus respectivos rgos, sendo

    recomendvel que faa parte da comisso um tcnico de nvel superior da rea especfica de

    competncia do rgo, um procurador ou assessor jurdico e um arquivista.

    COMISSO CENTRAL DE AVALIAO DE DOCUMENTOS

    So competncias da CCAD:

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    . coordenar e orientar as atividades desenvolvidas pelas Comisses Setoriais de Avaliao,

    respeitada a legislao especfica de cada rgo;

    . avaliar, adequar e aprovar as propostas de Tabelas de Temporalidade elaboradas pelas

    Comisses Setoriais de Avaliao;

    . orientar a execuo das decises registradas na Tabela (eliminao, transferncia,

    recolhimento, reproduo);

    . supervisionar as eliminaes de documentos ou recolhimentos ao Arquivo Permanente, de

    acordo com o estabelecido nas Tabelas de Temporalidade;

    . aprovar as amostragens;

    . propor critrios de organizao, racionalizao e controle da gesto de documentos e

    arquivos.

    COMISSES SETORIAIS DE AVALIAO DE DOCUMENTOS

    So competncias das CSA:

    . promover o levantamento e a identificao das sries documentais produzidas, recebidas

    ou acumuladas por seu respectivo rgo;

    . elaborar a proposta de Tabela de Temporalidade, encaminhando-a, acompanhada das

    necessrias justificativas, para a apreciao e aprovao da CCAD;

    . solicitar a colaborao de auxiliares temporrios para o desenvolvimento dos trabalhos,

    em razo de sua especificidade ou volume;

    . acompanhar os trabalhos de organizao, racionalizao e controle de arquivos e

    documentos de seu rgo, visando o estabelecimento de rotinas de eliminao ou envio

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    para guarda permanente;

    . propor as modificaes cabveis para a Tabela de Temporalidade, atualizando-a sempre

    que necessrio;

    . elaborar a relao dos documentos a serem eliminados ou remetidos para guarda

    permanente;

    . coordenar o trabalho de seleo e preparao material dos conjuntos documentais a serem

    eliminados, deixando-os disponveis para eventuais verificaes;

    . presenciar a eliminao dos documentos, lavrando a respectiva ata.

    METODOLOGIA DA AVALIAO

    A Tabela de Temporalidade o instrumento fundamental da avaliao, pois ela registra o

    ciclo de vida dos documentos. Nela devem constar os prazos de arquivamento dos

    documentos no arquivo corrente, de sua transferncia ao arquivo central ou intermedirio, e

    de sua destinao final, quando se determina sua eliminao ou recolhimento ao arquivo

    permanente. Nesse instrumento importante registrar tambm os documentos que devero

    ser reproduzidos em outros suportes (microfilmagem, digitalizao etc.).

    Para ser aplicada, a Tabela de Temporalidade dever ser aprovada por autoridade

    competente e amplamente divulgada entre os funcionrios da instituio ou empresa. A

    Tabela um instrumento dinmico de gesto de documentos, por isso precisa ser

    periodicamente atualizada, a fim de incorporar os novos conjuntos documentais que possam

    vir a ser produzidos e as mudanas que, eventualmente, ocorrerem na legislao.

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    informaes. Ex: ofcio, relatrio, ata, processo, planta, projeto.

    SUPORTE

    Material sobre o qual as informaes so registradas: papel, filme, fita magntica, disco

    tico, disquete etc.

    DATAS-LIMITE

    Elemento de identificao cronolgica onde consta a data do documento mais antigo e a

    data do documento mais recente.

    ORIGINAL (1) OU CPIA (2)

    Indica se o documento original ou cpia. Na inexistncia do documento original, a cpia

    deve ser considerada como tal.

    PRAZO DE VIGNCIA

    Intervalo de tempo durante o qual o documento produz efeitos administrativos e legais

    plenos, cumprindo as finalidades que determinaram a sua produo.

    PRAZO DE PRESCRIO

    Intervalo de tempo durante o qual o poder pblico, a empresa ou qualquer interessado pode

    invocar a tutela do Poder Judicirio para fazer valer direito seu que entenda violado.

    PRAZO DE PRECAUO

    Intervalo de tempo durante o qual o poder pblico, a empresa ou qualquer interessado

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    guarda o documento por precauo, antes de elimin-lo ou encaminh-lo para guarda

    definitiva no Arquivo Permanente.

    PRAZO DE ARQUIVAMENTO

    o tempo em que os documentos permanecem arquivados nos seguintes locais:

    UNIDADE

    Indica o tempo em que o documento permanece no arquivo corrente, junto ao produtor.

    ARQUIVO CENTRAL

    Indica o tempo em que o documento permanece no arquivo geral, centralizado de algumas

    Secretarias, Autarquias ou Empresas.

    ARQUIVO INTERMEDIRIO

    Indica o tempo em que o documento permanece no Arquivo Intermedirio da

    administrao, aguardando longos prazos precaucionais.

    DESTINAO FINAL

    o resultado da avaliao: encaminha o documento para a eliminao ou para a guarda

    permanente. Das sries eliminadas, podero ser recolhidas amostragens o Arquivo

    Permanente.

    ELIMINAO

    o procedimento de destruio fsica daqueles documentos que, esgotados os valores

    primrios, no apresentam interesse histrico-cultural para a Administrao ou para a

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    sociedade.

    GUARDA PERMANENTE

    Os documentos que, esgotados os prazos de vigncia, prescrio ou precauo,

    apresentarem valor mediato ou secundrio, devero ser recolhidos para guarda definitiva.

    AMOSTRAGEM

    Fragmento de uma srie documental destinada eliminao, selecionado por meio de

    critrios especficos para guarda permanente, a fim de exemplific-la, revelar

    especificidades ou alteraes de rotinas administrativas ou de procedimentos tcnicos, ou

    registrar ocorrncias em momentos marcantes.

    TOTAL

    Esse campo dever ser assinalado quando a totalidade do conjunto documental for

    destinada guarda permanente.

    OBSERVAES

    o campo reservado para registrar outras informaes relevantes, principalmente a

    legislao que fundamenta a definio dos prazos prescricionais.

    TABELA DE TEMPORALIDADE

    DESTINAO FINAL DOS DOCUMENTOS

    ELIMINAO GUARDA PERMANENTE

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    VALOR DOS DOCUMENTOS DE ARQUIVO PRAZO DE GUARDA

    IMEDIATOAdministrativo

    Legal

    Fiscal

    Temporria

    MEDIATO

    Histrico

    Probatrio

    Informativo

    Permanente

    DOCUMENTOS DE VALOR IMEDIATO PODEM SERELIMINADOS

    E GUARDA TEMPORARIA DEPOIS DE ESGOTADOS OS

    PRAZOSDEVIGNCIA,

    PRESCRIO E PRECAUO

    AMOSTRAGENS = parte representativa da srie: revela especificidades, alteraes,

    de rotina administrativa ou de procedimentos tcnicos.

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    DOCUMENTOS DE VALOR IMEDIATO E GUARDA TEMPORRIA

    . documentos que sejam cpias ou duplicatas de originais destinados guarda

    permanente;

    . documentos cujas informaes bsicas possam ser recuperadas em outros;

    . documentos cujos textos tenham sido impressos em sua totalidade;

    . documentos cujos textos estejam reproduzidos em outros;

    . documentos que apresentem repetio da informao e qualidade tcnica inferior

    (foto, fita de vdeo, fita cassete, disquete, disco tico, etc.)

    DOCUMENTOS DE VALOR MEDIATO E GUARDA PERMANENTE

    . de criao, constituio, modificao ou extino do rgo produtor (Leis, Decretos,

    Portarias, Resolues);

    . atos normativos que reflitam a organizao e funcionamento do rgo (regulamentos,

    regimentos, normas, organogramas, fluxogramas);

    . convnios, ajustes, acordos, termos de cooperao;

    . balanos, livros-razo e livros-dirio;

    . atas, resolues;

    . correspondncias relativas atividade-fim das unidades da Superior Administrao;

    . publicaes oficiais e/ou co-produes;

    . projetos de edificaes pblicas e particulares;

    . projetos de infra-estrutura e equipamentos urbanos;

    . documentos que firmem jurisprudncia jurdica, administrativa ou tcnica (pareceres

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    apreciados judicial ou administrativamente e que possuam caractersticas inovadoras, no

    encontradas nos textos legais);

    . documentos relativos administrao de pessoal: planos de salrios e benefcios,

    criao/reestruturao de carreiras;

    . documentos relativos ao patrimnio imobilirio;

    . documentos que registrem as atividades-fim do rgo: planos, projetos, programas,

    pesquisas, relatrios anuais;

    . documentos que contenham vinhetas, iluminuras, caligrafias especiais;

    . documentos de divulgao de obras, eventos ou atividades desenvolvidas pelo rgo

    (convites, folhetos, cartazes);

    . documentos relativos ao parcelamento do solo.

    ELIMINAO DE DOCUMENTOS:

    PROCESSAMENTO TCNICO

    De acordo com a legislao em vigor, nenhum documento pblico poder ser eliminado se

    no tiver sido submetido avaliao e se no constar da Tabela de Temporalidade do

    rgo, devidamente aprovada por autoridade competente e oficializada.

    Mesmo os documentos microfilmados no podero ser eliminados antes de se definir sua

    destinao final 2.

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    A eliminao depende de algum instrumento legal ou normativo que a autorize.

    ________________________

    2. Documentos oficiais ou pblicos com valor de guarda permanente no podero ser eliminados

    aps a microfilmagem, devendo ser recolhidos ao arquivo pblico de sua esfera de atuao ou

    preservados pelo prprio rgo detentor (art. 13 do Decreto Federal 1.799, de 30 de janeiro de

    1996).

    A Tabela de Temporalidade dever indicar o local em que ser processada, a eliminao:

    na prpria unidade

    no arquivo central ou

    no arquivo intermedirio

    Alguns documentos com curto prazo de vigncia e de valor eventual ou meramente

    instrumental para a administrao sequer devero ser trans-feridos, pois podero ser

    eliminados pelo prprio produtor, uma vez que tenham cumprido as funes que lhes deram

    origem. As cpias tambm podero ser eliminadas nas unidades acumuladoras, desde que

    identificados os originais e garantido seu ciclo de vida.

    Nas empresas, os documentos devem ser eliminados nos prazos previstos nas Tabelas de

    Temporalidade aprovadas pela Diretoria, aps autorizao por escrito do presidente ou de

    seu representante.

    Por isso, a eliminao de documentos que no constem das Tabelas de Temporalidade, ou

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    no tenham completado os prazos de vigncia e precaucional nelas previstos, no

    legalmente autorizada no servio pblico e nem recomendvel, do ponto de vista tcnico e

    jurdico, nas empresas privadas. preciso identificar e recompor as sries documentais, e

    providenciar uma organizao elementar da massa acumulada para se efetuar com

    segurana a eliminao.

    A inutilizao dos documentos poder ser efetuada por procedimentos diversos,

    dependendo de seu suporte. Como a massa documental produzida e acumulada ainda

    predominantemente em papel, cada rgo pblico ou empresa dever definir os mtodos e

    adquirir os equipamentos (fragmentadora de papel de pequeno ou grande porte etc.)

    necessrios ao processamento da eliminao. No recomendvel do ponto de vista

    ecolgico a incinerao de papis, que podero ser mecanicamente transformados em

    aparas e doados ou vendidos para reciclagem.

    Nem sempre, porm, essa recomendao tem sido incorporada aos instrumentos legais que

    definem normas para a eliminao. Recente Provimento do Conselho Superior de

    Magistratura do Tribunal de Justia de So Paulo, que regulamenta a destruio fsica de

    autos de processos, permite que os documentos sejam eliminados por incinerao,

    destruio mecnica, transformao em aparas ou por outro meio adequado 3

    .

    __________________________

    3. Provimento do Conselho Superior de Magistratura n 556/97, de 14 de fevereiro de 1997, art. 1.

    Regu-lamenta a destruio fsica de autos de processo, arquivados h mais de cinco anos em

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    primeira instncia, nas comarcas da Capital e do Interior do Estado de So Paulo.

    Redao semelhante dada Resoluo do Tribunal de Contas de So Paulo, que autoriza

    a eliminao de documentos tambm por incinerao ou destruio fsica 4.

    importante prever os procedimentos adequados eliminao durante a elaborao de

    textos legais ou normativos que devero disciplinar a matria. A legislao do Municpio de

    So Paulo, por exemplo, explicita tais procedimentos 5.

    Portanto, o processamento tcnico da eliminao prope algumas questes que merecem

    ser observadas:

    . quais os dispositivos legais ou normas internas que legitimam o ato?

    . quem disponibiliza os documentos e efetua a eliminao? (extrao de grampos, clipes e

    garras de metal, remoo dos documentos das caixas etc.)

    . quem registra o ato? (elaborao da Ata ou Termo de Eliminao) onde e quando ser

    realizada? (elaborao de calendrio de eliminao)

    . de que maneira ser processada? (equipamentos necessrios)

    . o que ser feito com o resduo da eliminao? (venda ou doao e para quem?)

    A eliminao dever ser registrada em Ata ou Termo de Eliminao onde constem os

    seguintes dados:

    rgo produtor

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    srie documental

    datas-limite

    quantidade eliminada (em metros lineares)

    data da eliminao

    assinatura dos responsveis

    ______________

    4. Resoluo n 02/97 - TCA - 13054/026/5, art. 3, publicada no D.O.E em 12/03/97. Dispe sobre

    a eliminao de documentos e processos arquivados no Tribunal de Contas do Estado de So

    Paulo.

    5. A eliminao de documentos ser formalizada por meio de registro em ata da Unidade ou

    rgo, acompanhada de relao que identifique os respectivos documentos, e que consignar as

    datas-limite e a quantidade, em metros lineares, dos documentos eliminados (Decreto n 29.745,

    de 14 de maio de 1991, Art. 6.). Os documentos eliminados sero transformados em aparas e

    doados ao Corpo Municipal de Voluntrios - CMV, ou instituio similar (idem, Art. 6, parg.

    1).

    EMPRESA FANTASIA

    ARQUIVO CENTRAL

    ATA OU TERMO DE ELIMINAO DE DOCUMENTOS ( n____ )

    Unidade Produtora/Cdigo:

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    Srie documental/Cdigo:

    Datas-limite:

    Metros lineares:

    Aos ______ dias do ms de __________, de mil novecentos e noventa e _______,

    procedeu-se eliminao de documentos da Empresa Fantasia, em conformidade com os

    prazos definidos nas Tabelas de Temporalidade, aprovadas pela Diretoria desta Empresa.

    Acompanha esta Ata a relao dos documentos eliminados. E, para constar, lavramos a

    presente Ata que vai pelos responsveis assinada.

    ______________________

    ______________________

    ______________________ ______________________

    dos produtores dos documentos Assinatura do responsvel e/ou

    Presidente da empresa pelo Arquivo Central

    FICHA DE CONTROLE DE ELIMINAO1. Data prevista para eliminao: 5. Notao (=localizao)

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    2. Srie: Cx. CX3. Datas-limite: Vol.4. Entidade Remetente Disq.6. N da transferncia:6.1 Data da transferncia:

    7. Data da execuo da eliminao:8. Observaes:

    Dos documentos destinados eliminao recomendvel que sejam conservadas

    amostragens que devero ser recolhidas para guarda permanente.

    O profissional de arquivo precisa orientar sua ao pela busca contnua de critrios os mais

    objetivos possveis de avaliao e eliminao.

    No entanto, muito questionvel a possibilidade de se estabelecer um conjunto de critrios

    objetivos para a seleo de documentos eliminveis que devero constituir as amostragens.

    Nesse momento, no podemos deixar de observar que as tcnicas de seleo devem levar

    em conta no somente o contedo da informao, mas tambm sua natureza e forma. A

    amostragem pode ser estatstica, geogrfica, cronolgica ou por sries documentais. Alguns

    dos critrios mais comuns para se definir as amostragens so:

    . amostragem anual ou decenal - aplicada aos documentos que foram organizados segundo

    um critrio cronolgico;

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    . mtodo alternativo ou por turno - sistema de rodzio que pode ser acompanhado de

    mtodos estatsticos;

    . amostragens regionais;

    . amostragem estatstica aleatria - aplicado em acervos volumosos, completos, ordenados

    de forma lgica.

    Para alguns arquivistas, a seleo de amostras para preservao permanente condio

    indispensvel eliminao dos conjuntos aos quais elas pertenam.

    Contudo, a legislao federal no determina essa prtica, em relao aos documentos

    oficiais. No Municpio de So Paulo, porm, o Decreto que estabelece normas de avaliao

    determina a seleo de amostragens para guarda permanente dos documentos pblicos

    destinados eliminao 6.

    .

    ___________________

    6. Dos documentos eliminados sero conservadas amostragens para acervo do Arquivo Histrico

    Municipal, que sero a ele encaminhadas conforme calendrio a ser estabelecido (Art. 7 do

    Decreto Municipal n 29.745, de 14 de maio de 1991).

    GLOSSRIO (*)

    Acervo

    Totalidade dos documentos conservados num arquivo.

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    Amostragem

    Fragmento de uma srie documental destinada eliminao, selecionado por meio de

    critrios especficos para guarda permanente, a fim de exemplific-la, revelar

    especificidades ou alteraes de rotinas administrativas ou de procedimentos tcnicos, ou

    registrar ocorrncias em momentos marcantes.

    Arquivo

    um ou mais conjuntos de documentos, de qualquer poca, forma e suporte material,

    produzidos, recebidos e acumulados em processo natural, por uma Unidade no exerccio de

    suas funes ou conservados para servir de referncia, prova, informao ou fonte de

    pesquisa.

    Arquivo Corrente

    Conjunto de documentos estreitamente vinculados aos fins imediatos para os quais foram

    produzidos ou recebidos e que, mesmo cessada sua tramitao, se conservam junto aos

    rgos produtores em razo da freqncia com que so consultados. O mesmo que Arquivo

    Administrativo.

    Arquivo Histrico

    Veja Arquivo Permanente

    Arquivo Intermedirio

    Conjunto de documentos originrios de arquivos correntes, com uso pouco freqente, que

    aguardam em depsito de armazenamento temporrio sua destinao final.

    Arquivologia

    Disciplina que tem por objeto o conhecimento da natureza dos arquivos e das teorias,

    mtodos e tcnicas a serem observados na sua constituio, organizao, desenvolvimento

    e utilizao.

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    Arquivo Permanente

    Conjunto de documentos preservados em carter definitivo em funo de seu valor para a

    eficcia da ao administrativa, como prova, garantia de direitos ou fonte de pesquisa.

    Atividade Fim

    Conjunto de operaes que uma instituio leva a efeito para o desempenho de suas

    atribuies especficas e que resulta na acumulao de documentos de carter substantivo

    para o seu funcionamento.

    Atividade-Meio

    Conjunto de operaes que uma instituio leva a efeito para auxiliar e viabilizar o

    desempenho de suas atribuies especficas e que resulta na acumulao de documentos de

    carter instrumental e acessrio.

    Avaliao de documento

    Trabalho interdisciplinar que consiste em identificar valores para os documentos (imediato

    e mediato) e analisar seu ciclo de vida, com vistas a estabelecer prazos para sua guarda ou

    eliminao, contribuindo para a racionalizao dos arquivos e eficincia administrativa,

    bem como para a preservao do patrimnio documental.

    Ciclo de vida dos documentos

    Sucesso de fases por que passam os documentos (corrente, intermediria, permanente),

    desde o momento em que so produzidos at sua destinao final (eliminao ou guarda

    permanente).

    Classificao de fundos

    uma atividade intelectual que consiste em reconstituir, mediante pesquisa na legislao, a

    origem e evoluo da estrutura organizacional e funcional do rgo produtor dos

    documentos.

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    A classificao deve materializar-se na elaborao de instrumentos de trabalho: compilao

    da legislao e confeco de organogramas que representem a estrutura orgnica

    hierarquizada do rgo e suas subdivises internas, que so as unidades geradoras dos

    documentos.

    Comisso Central de Avaliao de Documentos - CCAD

    uma comisso permanente e multidisciplinar de avaliao de documentos. So

    competncias da CCAD:

    1. coordenar e orientar as atividades desenvolvidas pelas Comisses Setoriais de Avaliao,

    respeitada a legislao especfica de cada rgo;

    2. avaliar, adequar e aprovar as propostas de Tabelas de Temporalidade elaboradas pelas

    Comisses Setoriais de Avaliao;

    3. supervisionar as eliminaes de documentos ou recolhimentos ao Arquivo Permanente,

    de acordo com o estabelecido nas Tabelas de Temporalidade;

    4. aprovar as amostragens;

    5. propor critrios de organizao, racionalizao e controle da gesto de documentos e

    arquivos.

    _____________________

    (*) A elaborao deste Glossrio contou com a colaborao de Dase Apparecida Oliveira e

    teve como fonte bsica o Dicionrio de Terminologia Arquivstica. So Paulo:

    Associao dos Arquivistas Brasi-leiros/ Ncleo Regional de So Paulo: Secretaria de

    Estado da Cultura, 1996.

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    Comisses Setoriais de Avaliao - CSA

    So comisses multidisciplinares, constitudas em cada rgo produtor de documentos. So

    competncias das Comisses Setoriais de Avaliao:

    1. promover o levantamento e a identificao das sries documentais produzidas, recebidas

    ou acumuladas por seu respectivo rgo;

    2. elaborar a proposta de Tabela de Temporalidade, encaminhando-a, acompanhada das

    necessrias justificativas, para a apreciao e aprovao da CCAD;

    3. solicitar a colaborao de auxiliares temporrios para o desenvolvimento dos trabalhos,

    em razo de sua especificidade ou volume;

    4. acompanhar os trabalhos de organizao, racionalizao e controle de arquivos e

    documentos de seu rgo, visando o estabelecimento de rotinas de eliminao ou envio

    para guarda permanente;

    5. propor as modificaes cabveis para a Tabela de Temporalidade, atualizando-a sempre

    que necessrio;

    6. elaborar a relao dos documentos a serem eliminados ou remetidos para guarda

    permanente;

    7. coordenar o trabalho de seleo e preparao material dos conjuntos documentais a

    serem eliminados, deixando-os disponveis para eventuais verificaes;

    8. presenciar a eliminao dos documentos, lavrando a respectiva ata.

    Datas-limite

    Identificao cronolgica em que so mencionados os anos de incio e trmino do perodo

    abrangido pelos documentos de uma srie, de um processo, dossi, fundo ou coleo.

    Diagnstico de arquivos

    Anlise das informaes bsicas (quantidade, localizao, estado fsico, condies de

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    armazenamento, grau de crescimento, freqncia de consulta) sobre arquivos, a fim de

    implantar sistemas e estabelecer programas de transferncia, recolhimento, microfilmagem,

    conservao e demais atividades.

    Documento

    Toda informao registrada num suporte material (papel, fita, disco ptico etc.).

    Documento de arquivo

    todo registro de informao original, nico e autntico que resulta da acumulao em

    processo natural por uma entidade produtora no exerccio de suas competncias, funes e

    atividades, independentemente de seu suporte material ser o papel, o filme, a fita

    magntica, o disco ptico ou qualquer outro.

    Eliminao de documentos

    Destruio de documentos que, no processo de avaliao, foram considerados em valor

    para guarda permanente.

    A eliminao de documentos produzidos por instituies pblicas e de carter pblico

    ser realizada mediante autorizao da instituio arquivstica pblica, na sua especfica

    esfera de competncia (art. 9, Lei n o 8.159, de 08/01/91).

    A eliminao de documentos oficiais ou pblicos s dever ocorrer se prevista na

    tabela de temporalidade do rgo, aprovada pela autoridade competente na esfera

    de sua atuao e respeitado o disposto no art. 9 o da Lei n o 8.159, de 8 de janeiro de 1991

    (art. 12, pargrafo nico, Decreto n o 1.799, de 30/01/96).

    Dos documentos a serem eliminados podero ser retiradas amostragens para guarda

    definitiva no Arquivo Permanente.

    Fundo

    o acervo arquivstico produzido, recebido e acumulado em processo natural por uma

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    mesma instituio, entidade ou pessoa.

    Gesto de Documento

    Conjunto de medidas e rotinas que garante o efetivo controle de todos os documentos de

    qualquer idade desde sua produo at sua destinao final (eliminao ou guarda

    permanente), com vistas racionalizao e eficincia administrativas bem como

    preservao do patrimnio documental de interesse histrico-cultural.

    Guarda Permanente

    Veja Valor Mediato

    Guarda Temporria

    Veja Valor Imediato

    Plano de Destinao

    Conjunto de instrumentos de destinao de documentos decorrentes do trabalho de

    avaliao: tabela de temporalidade, relao de eliminao, ata ou termo de eliminao.

    Prazo de Precauo

    Intervalo de tempo durante o qual o poder pblico, a empresa ou qualquer interessado

    guarda o documento por precauo, antes de elimin-lo ou encaminh-lo para guarda

    definitiva no Arquivo Permanente.

    Prazo de Prescrio

    Intervalo de tempo durante o qual o poder pblico, a empresa, ou qualquer interessado,

    pode invocar a tutela do Poder Judicirio para fazer valer direito seu que entenda violado.

    Prazo de Vigncia

    Intervalo de tempo durante o qual o documento produz efeitos administrativos e legais

    plenos, cumprindo as finalidades que determinaram a sua produo.

    Princpio da Provenincia ou do Respeito aos Fundos

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    Princpio fundamental da Arquivologia segundo o qual os documentos originrios de uma

    instituio, entidade ou pessoa no devem ser misturados aos de origem diversa,

    preservando-se assim o contexto e a organicidade de sua produo.

    Recolhimento

    Passagem de documentos do Arquivo Intermedirio ou Central para o Arquivo

    Permanente.

    Srie Documental

    Conjunto de documentos resultante do exerccio de uma mesma competncia, funo ou

    atividade, documentos estes que tm idntico modo de produo, tramitao e resoluo.

    Tabela de Temporalidade

    Instrumento aprovado pela autoridade competente que regula a destinao final dos

    documentos (eliminao ou guarda permanente), define prazos para sua guarda

    temporria (vigncia, prescrio, precauo), em funo de seus valores legais, fiscais,

    administrativos etc. e determinam prazos para sua transferncia, recolhimento e eliminao.

    Teoria das Trs Idades

    Teoria baseada no ciclo de vida dos documentos, segundo a qual os arquivos podem ser

    correntes, intermedirios e permanentes.

    Transferncia

    Passagem de documentos dos arquivos correntes para o Arquivo Intermedirio ou

    Central.

    Valor Imediato

    Qualidade inerente s razes de criao de todo documento, em decorrncia das atividades-

    fim e das atividades-meio de uma instituio. O mesmo que valor primrio ou

    administrativo do documento.

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    So documentos de valor imediato e guarda temporria aqueles que, esgotados os prazos

    de vigncia, prescrio e precauo definidos nas Tabelas de Temporalidade, podem ser

    eliminados, sem prejuzo para a coletividade ou memria da Administrao.

    Valor Mediato

    Qualidade informativa que um documento pode possuir depois de esgotada sua utilizao

    primria (vigncia administrativa). O mesmo que valor secundrio ou permanente do

    documento.

    So documentos de valor mediato e guarda permanente aqueles que, esgotados os prazos

    de vigncia, prescrio e precauo, estabelecidos nas Tabelas de Temporalidade, devem

    ser preservados por fora das informaes neles contidas,

    para a eficcia da ao administrativa, como prova, garantia de direitos, ou fonte de

    pesquisa.

    ____________________________

    (*) ARQUIVO NACIONAL - Manual de identificao de acervos documentais para transferncia

    e/ou recolhimento aos arquivos pblicos. Rio de Janeiro, 1985 (Publicaes Tcnicas, 40).

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