50
  A RRITMIAS CARDÍACAS NA SALA DE EMERGÊNCIA CLÍNICA MÉDICA 2012

ARRITMIAS CARDÍACAS NA SALA DE EMERGÊNCIA

Embed Size (px)

Citation preview

ARRITMIAS CARDACAS NA SALA DE EMERGNCIACLNICA MDICA 2012

CONSIDERAES Ocorrem por distrbios na formao e/ou conduo do

estmulo eltrico cardaco Tratamento depende:

- dos sintomas - repercusso hemodinmica - benefcio comprovado na preveno da morte sbita

EMERGNCIAS Controvrsias na escolha dos frmacos Poucas alternativas de drogas antiarrtmicas , baseado

nas evidncias Abordagem deve ser menos simplista e mais racional Melhorar o reconhecimento das arritmias para facilitar o tratamento ( treinamento )

RECONHECIMENTO ECG de 12 derivaes:

- diagnstico - localizao do foco da arritmia - indicao para estudo eletrofisiolgico Avaliar o caso individualmente, dentro de um contexto geral - afastar cardiopatia estrutural - avaliar condies clnicas do paciente

RECONHECIMENTO Treinamento dos emergencistas Emergencista deve estar familiarizado com o ambiente de

trabalho - derivao esofgica - equipamento de monitorizao - frmacos a disposio - desfibrilador

CLASSIFICAES Frequncia cardaca

- bradicardias: freq. cardaca < que 60 spm - taquicardias: freq. cardaca > que 100 spm Local da origem da arritmia - supraventriculares - ventriculares Largura do QRS: - QRS estreito - QRS alargado

TAQUICARDIAS COM QRS ESTREITO (menor ou igual a 0,12 seg ) REGULARES

- Taquicardia sinusal - Taquicardia atrial - Taquicardia juncional - Taquicardia por reentrada nodal - Taquicardia trio-ventricular (ortodrmica)

IRREGULARES

- Taquicardia atrial multifocal - Flutter atrial - Fibrilao atrial

TAQUICARDIAS COM QRS ALARGADO (QRS maior que 0,12 seg) Supra ventricular com aberrncia

- Taquicardia trio-ventricular (antidrmica) - Fibrilao atrial com via anmala ou bloqueio Ventricular

- monomrfica - polimrficas ( Torsade de Pointes )

TAQUICARDIA SINUSAL Rtmo sinusal com frequncia cardaca maior que 100 e

menor que 200 spm Nem sempre tem cardiopatia estrutural Afastar disfuno miocrdica Procurar causas extra-cardacas Sempre que possvel tratar a causa Usar drogas betabloqueadoras para controle dos sintomas

TAQUICARDIA ATRIAL Pode ser causada por:

- reentrada - automatismo anormal (unifocal) - atividade deflagrada por ps-potencial tardio Geralmente bengna Afastar desencadeante extra-cardaco ( sepse, choque, distrbio eletroltico e cido-bsico ) Responde mal a manobra vagal e adenosina Reponde mal a crdio-verso eltrica ( III )

TAQUICARDIA ATRIAL (tratamento) Funo de VE normal

- betabloqueadores (IIB) - bloqueadores dos canais de clcio (IIB) Funo de VE deteriorada

- amiodarona (IIB) - propafenona (IIB) - digitlicos (indeterminado)

TAQUICARDIA JUNCIONAL Rara na forma isolada Causas:

- ps operatrio de cirurgia da cardiopatias congnitas - intoxicao por drogas vasoativas - intoxicao digitlica - utilizao de teofilina ECG: sem ondas P e com QRS estreito

TAQUICARDIA JUNCIONAL Tratamento:

- amiodarona intravenosa (IIB) - betabloqueadores, com nvel de evidncia indeterminada - bloqueadores dos canais de clcio, com nvel de evidncia indeterminada - cardioverso eltrica com 50 a 100 J

TAQUICARDIA POR REENTRADA NODAL Dupla via nodal Frequncia cardaca em torno de 150 spm ECG :

- ausncia de ondas P - ondas P retrgrada, embutida no QRS - pseudos s em regio inferior - pseudos r em V1

TAQUICARDIA POR REENTRADA NODAL ( tratamento ) Manobra vagal Adenosina (IIA) Amiodarona (IIA) Cardio-verso eltrica sincronizada , com 50 a 100 J

( nvel de evidncia III )

TAQUICARDIA A-V ORTODRMICA Feixe anmalo ( sentido normal ) Frequncia cardaca acima de 200 spm Onda P pode ser visvel, negativa, ps e geralmente

distante do QRS (RP mais longo) Geralmente com infradesnivelamento do ST Amplitudes dos QRS variveis

TAQUICARDIA A-V ORTODRMICA ( tratamento ) Manobra vagal Evitar adenosina

- pneumopatias - teofilina - ps transplantes cardacos - instabilidade hemodinmica Evitar betabloqueadores e bloqueadores dos canais de clcio Drogas - amiodarona (IIB) - propafenona (IIB) Cardioverso eltrica sincronizada com 100 J

FIBRILAO ATRIAL Ausncia de ondas P Presena de ondas f Atividade eltrica irregular ( vrios focos ) Contrao irregular Induz a reduo do dbito cardaco Associada com fenmenos trombo-emblicos Considerar sempre anticoagulao adequada Realizar ecocardiograma TE

FIBRILAO ATRIAL Classificao :

- paroxstica - persistente - permanente Classificao antiga: - 1 episdio - paroxstica - recorrente ( procurar motivos ) - aguda (maior ou menor que 48 horas) - crnica

FIBRILAO ATRIAL (tratamento) Estvel com frequncia ventricular elevada

- reduzir a frequncia ventricular com drogas Diltiazen Betabloqueadores Digitlicos Adenosina Amiodarona - considerar possibilidade de reverso espontnea da arritmia, aps drogas

FIBRILAO ATRIAL (tratamento) Estvel com frequncia ventricular normal

- afastar causas reversveis - ecocardiograma transesofgico - anticoagulao adequada ( ps 48 horas ) - reverso qumica amiodarona propafenona - cardioverso eltrica sincronizada com 200 J iniciais, com aparelho monofsico

FIBRILAO ATRIAL ( tratamento ) Instvel hemodinamicamente

- tentar evitar reverso sem avaliao de risco de fenmenos trombo-emblicos - heparina : 10.000 U intravenoso - cardioverso eltrica sincronizada com aparelho monofsico

FLUTTER ATRIAL Ausncia de ondas P Presena de ondas F (dentes de serra) Frequncia atrial entre 250 a 350 spm Frequncia ventricular em mdia 150 spm (2:1) Rtmo levemente irregular Responde mal a drogas antiarrtmicas ( 15% ) Tratamento com CVE sincronizada ( 50 a 100 J )

TAQUICARDIA COM QRS ALARGADO ( durao maior que 0,12 seg ) Podem ser :

- supraventriculares (aberrncia de conduo) - ventricular (mais frequente e mais instvel) Com PCR , esta deve ser priorizada Alta incidncia de deteriorao para FV Tratamento depende da estabilidade - instvel : CVE sincronizada - estvel : fazer diferencial (algortmos)

TAQUICARDIA COM QRS ALARGADO Estvel :

- histrico de cardiopatia estrutural (ico e chagas ) - avaliar BR pr-existentes - avaliar presena de vias anmalas - ECG com critrios diferenciais para diagnstico de Taquicardia Ventricular monomorfismo de V1 a V6 QRS muito alargado ( > 0,14 seg ) levemente arrtmico frequncia cardaca entre 140 a 170 spm

TAQUICARDIA COM QRS ALARGADO (diferencial) Critrios de Brugada (reponder 4 perguntas em

sequncia e se houver uma delas positiva , temos diagnstico de taquicardia ventricular) 1) Existe ausncia de RS de V1 a V6 2) RS com durao maior que 100ms do incio do R at o nadir do S 3) Dissociao trio-ventricular 4) Critrios morfolgicos

TAQUICARDIA COM QRS ALARGADO (diferencial) Critrios morfolgicos:

- bloqueio de ramo direito R puro ou quase puro em V1 e V2 S puro ou quase puro em V5 e V6 - bloqueio de ramo esquerdo R puro ou quase puro em V5 e V6 S puro ou quase puro em V1 e V2 entalhe no QRS em V1

TAQUICARDIA COM QRS ALARGADO (tratamento no paciente estvel) Evitar adenosina, porque atrasa o diagnstico Evitar lidocana pelos resultados limitados a isquemia

aguda do miocrdio Amiodarona intravenosa (IIA) Procainamida intravenosa (IIB) Propafenona (IIB) CVE sincronizada com 200 J

TAQUICARDIA COM QRS ALARGADO (tratamento em pacientes instveis) Cardioverso eltrica

- com sincronizao - com sedao e analgesia - 200 J Ps reverso , utilizar drogas para manuteno

- amiodarona

TAQUICARDIA VENTRICULAR POLIMRFICA Frequncia ventricular irregular Geralmente acompanhada de instabilidade

hemodinmica Alta incidncia de degenerao para fibrilao ventricular Pode ser: - intervalo QT longo (Torsade de Pointes, com movimento helicoidal) - intervalo QT normal ( isquemia )

TAQUICARDIA VENTRICULAR POLIMRFICA Tratamento

- suspender drogas causadoras - corrigir distrbios eletrolticos - corrigir fatores preciptantes , como bradicardia sinusal extrema ( MP provisrio) - sulfato de magnsio em casos de TP - betabloqueadores , amiodarona e lidocana em casos sem TP - isoproterenol ( sem evidncias de ico ) - cardioverso eltrica com 360 J (QT normal)

TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO PARADA CRDIO-RESPIRATRIA PRIORIZAR ATENDIMENTO DA PARADA

FIBRILAO VENTRICULAR PARADA CRDIOREPSIRATRIA PRIORIZAR ATENDIMENTO DA PARADA

SUGESTO FINAL RESPONDER A 3 PERGUNTAS , ANTES DE INICIAR

QUALQUER TRATAMENTO 1) QUAL O TIPO DE ARRITMIA ? 2) QUAL A CAUSA DA ARRITMIA ? 3) QUAL A REPERCUSSO DA ARRITMIA ?

CLASIFICAO DAS DROGAS ANTIARRTMICAS

GRUPO I (bloqueadores dos canais de sdio)

A) quinidina , procainamida, disopiramida B) lidocana , difenilhidantona c) propafenona

CLASSIFICAO DAS DROGAS ANTIARRTMICAS

GRUPO II : Bloqueadores alfa adrenrgicos

- Atenolol - Esmolol - Propranolol

CLASIFICAO DAS DROGAS ANTIARRTMICAS

GRUPO III : Bloqueadores dos canais de potssio

- Amiodarona - Sotalol

CLASSIFICAO DAS DROGAS ANTIARRTMICAS

GRUPO IV: Bloqueadores dos canais de clcio

- Diltiazen - Verapamil

CLASSIFICAO AS DROGAS ANTIARRTMICAS

GRUPO V : (Miscelnia)

- Atropina - Adenosina - Digitlicos - Sulfato de magnsio - Drogas vasoativas

TAQUICARDIAS NA SALA DE EMERGNCIA Avaliar a estabilidade hemodinmica Procurar causas de taquicardia secundria Monitorizar:

- Presso arterial com frequncia - Monitor cardaco - Oxmetro de pulso Oxignio suplementar Acesso venoso calibroso Eletrocardiograma de 12 derivaes

TAQUICARDIAS NA SALA DE EMERGNCIA Exames complementares

- enzimas - gasometria arterial - eletrlitos - funo renal - raio X do trax

TAQUICARDIAS NA SALA DE EMERGNCIA(pacientes instveis) Reverter a arritmia o mais breve possvel Avaliar condies para CVE sincronizada Tratar as doenas de base , se no puder reverter Cardioverso eltrica sincronizada , com sedao e

analgesia Marca-passo artificial (over drive supression)