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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 33 Domingo, 16.08.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Arte: Leone Ferreira

Arte: Leone Ferreira - Convenção Batista Brasileira - CBB · escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2.3). Então jovens, não se es- ... colhendo como prêmio

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1o jornal batista – domingo, 16/08/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 33 Domingo, 16.08.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Arte: Leone Ferreira

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2 o jornal batista – domingo, 16/08/15 reflexão

E D I T O R I A L

Jovens, sois fortes “Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a Palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno” (I Jo 2.14c).

Esta afirmação do após-tolo João é verdadeira. Certamente havia jo-vens em Éfeso, onde o

velho apóstolo havia trabalha-do como líder da Igreja. Era uma moçada forte no Senhor, que estava comprometida com a Sua Palavra. João mes-mo declara a razão porque os jovens são fortes: “A Palavra de Deus permanece em vós”. Pelo fato da Palavra de Deus permanecer neles, havia vitó-ria contra o maligno. Não po-demos vencer o maligno na força da carne, mas o vence-mos como Jesus o venceu, no poder da Palavra de Deus, se-gundo o que diz Mateus 4.1-11. Sabemos que todos nós temos três inimigos ferrenhos e mortais: o mundo, a carne e o diabo. Só os vencemos no poder do Senhor. O apóstolo Paulo nos ordena: “Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos

entre si; para que não façais o que porventura seja do vosso querer” (Gl 5.16-17).

Os jovens devem buscar no Senhor, nas Escrituras, a fonte de poder espiritual. Quan-do se está em Cristo tudo se faz novo, de acordo com o texto de II Coríntios 5.17. A Bíblia é alimento para a alma; direção para o coração e a revelação para a mente, para a razão. Sabemos que a Palavra de Deus é viva e efi-caz e tem poder para mudar vidas a partir da divisão da alma e espírito. Ela discerne pensamentos e intenções do coração, como está escrito em Hebreus 4.12. Os jovens devem estar fortes no Senhor para enfrentar e vencer a por-nografia, a prostituição, os jogos violentos, as baladas, as más companhias, as lutas da carne, os vícios, a ética relati-va, a imoralidade, os jogos de azar e tantos outros apelos da carne. Jovens, o mundo tem um enorme supermercado de coisas destrutíveis com uma variedade imensa. João diz que “O mundo jaz (está) no maligno” (I Jo 5.19). O jovem Daniel é um exemplo a ser seguido, pois o texto diz: “Re-

solveu Daniel firmemente não contaminar-se com as iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se” (Dn 1.8). Todos nós sabemos o resultado maravilhoso da sua decisão. O jovem Daniel desagradou os homens, mas honrou o seu Senhor. Deve-mos viver para o Senhor e para o Seu inteiro agrado.

O Senhor Jesus chama os jo-vens para segui-lO e servi-lO neste mundo e para fazerem toda a diferença. “Então disse Jesus aos Seus discípulos: “Se alguém quiser vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa achá-la-á. Pois, que aprovei-tará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras” (Mt 16.24-27). Saibam os jovens que “A sua luta não é contra sangue e a carne, e

sim contra os principados e potestades, contra os domina-dores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12). A luta demanda pre-paro espiritual na Palavra de Deus e na oração. Nas Escritu-ras, Ele fala às entranhas e, na oração, nós falamos com Ele. Assim como precisamos de alimento físico saudável para ficarmos em pé e trabalhar-mos, agindo dinamicamente, é verdade também que preci-samos de alimento espiritual para nos sustentar espiritual-mente. Vivermos uma vida espiritual saudável, agradável ao Senhor. Jesus é suficiente para suprir todas as nossas necessidades. Ele é toda a nossa suficiência. Nele está todo o nosso contentamento. Paulo ensina que “Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2.3). Então jovens, não se es-queçam: a sua força não está no seu vigor físico e mental, mas no Senhor, nAquele que tem todo o poder nos céus e na terra!

Oswaldo Jacob,pastor, colunista de OJB

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 16/08/15reflexão

Levir Perea Merlo, colaborador de OJB

“Não sabes , não ouviste que o eter-no Deus, o

Senhor, o Criador dos con-fins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento. Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão” (Is 40.28-31).

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

Neste domingo ce-lebramos o Dia do Jovem Batista. Em João lemos: “Se

alguém me serve, meu Pai o honrará” (Jo 12.26). A pala-vra servir aparece duas vezes no verso. Esse servir era o que distinguia o mordomo bem treinado, pelo seu se-nhor. A palavra diácono vem dessa palavra, inclusive. Diá-cono era o servo que buscava perfeição, pois servia em bus-ca de um prêmio: colher no rosto do seu senhor a alegria de ter sido bem servido.

Quando servimos alguém, esse alguém fica feliz. Quanta oportunidade de glorificarmos a Deus; servir ao próximo colhendo como prêmio o sor-riso em seu rosto por ter sido servido. Cristo deu Sua vida por nós, para colher no rosto

No mês dedicado a Ju-ventude, que é sinônimo de força, alegria, visão e entu-siasmo (essa palavra vem do grego en- teos, que vem de dentro para fora, a força de Deus que emana de cada um de nós), refletiremos sobre esse conhecido e belíssimo texto de Isaías.

Esta fase da vida é fantásti-ca se bem vivida e aproveita-da. Infelizmente, milhares de jovens, ao longo dos anos, perdem suas vidas. Quando visitamos os cemitérios fi-camos impressionados com o número de jovens que partiram para a eternidade, vítimas de doenças, aciden-tes e homicídios.

do Pai o sorriso de ter sido servido pelo Filho. A glória que Cristo buscava era aquela glória advinda daquele trono (a cadeirinha que o Imperador mandava colocar no centro da cruz), que garantiu glórias eternas a Ele e aos filhos que ele conquistou para o Pai.

Em 1955 um jovem servia o exército em Pindamonhan-gaba, em São Paulo. Tinha quatro anos de convertido, mas já pregava. Quando o pastor Gladstone Paixão da Silva viajava para o Rio de Janeiro ele o substituía no púlpito. Já imaginou um ser-vir tão glorioso para um jo-vem? Servia a Deus enquanto servia a pátria.

Agora pergunto: quem so-mos nós para sermos honra-dos pelo Pai? Esse é o milagre que o Pai tem prazer em realizar. Transformar nossos jovens em candidatos à sua honra.

Mas, o que significa apro-veitar bem a vida na fase da juventude? Para muitos, é aproveitar as baladas, as drogas e todas as formas possíveis de promiscuidade, o que tem levado muitos jovens a destruição total ou parcial. As estatísticas estão aí para provar essa situação terrível e alarmante.

Mas, para um jovem cons-ciente e cristão, além de desfrutar das coisas boas e saudáveis da vida, boas ami-zades, bons divertimentos e lazer, sua alegria maior é quando ele descobre como é servir ao Senhor com to-das as suas forças. Servir ao Senhor com alegria e grati-

No verso seguinte Jesus nos lembra do grande desafio da sua juventude. “Agora meu co-ração está perturbado, e o que direi? Pai, salva-me desta hora? Não, eu vim exatamente para isto, para esta hora. Pai! Glori-fica Teu nome!” (Jo 12.27)

O apóstolo Paulo diz que devemos ser imitadores de Cristo. Juventude gloriosa é aquela que assume o servir a Cristo, e assim glorifica a Deus. Foi para isso que viemos.

Nossa juventude está enve-nenada pelas filosofias atu-ais. Só o que traz vantagens interessa. Em II Timóteo1.9, Paulo nos propõe a troca do passageiro pelo eterno. Esse é o investimento que o jovem deve fazer. Satanás acusou Deus de comprar os homens com bens terrenos (como é antiga a teologia da prospe-ridade!). Depois de muito sofrer, Jó descobriu que fora

dão demanda submissão e temor, que é o profundo res-peito às coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo.

Querido jovem, essa fase magnífica da vida infeliz-mente também passa, por isso, precisamos atentar para o conselho e alerta do pre-gador: “Alegra-te jovem, na tua mocidade, e anime-te o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por estas coisas Deus te trará a juízo. Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mo-cidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os

escolhido para salvar a hon-ra de Deus da tentativa de satanás de manchá-la. Quão grande é a proposta gloriosa de Deus para nossa juventu-de: trocar o bem passageiro pelo bem eterno. Só Deus poderia engendrar plano tão glorioso, e isso ele concreti-zou pela troca gloriosa que Cristo fez, embora até os apóstolos lhe aconselhasse o contrário.

Nos dias de perseguição, infligida por Stalin aos Ba-tistas, na União Soviética, o jovem batista Alioshca distribuía cópias a mão das Escrituras, evangelizando os comunistas. Ficou preso 15 anos. Compartilhou com mais quatro prisioneiros a mesma masmorra com o maior escritor do século, Alexandre Sholschenistzin. Ele descreve a personalida-de do jovem Batista em três frases, no livro “Um dia na

anos em que dirás: Não te-nho prazer neles;” (Ec 11.9; 12.1).

Mas graças a Deus que a juventude também pode ser entendida como “estado de espírito”, por isso, o nosso maravilhoso Senhor diz: “Os jovens se cansarão e se fatigarão, e cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; su-birão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão” (Isaías 40.30-31).

O Senhor abençoe gran-demente nossa juventude e sejamos todos integralmente submissos a Cristo com ale-gria e gratidão!

vida de Ivan”. São frases glo-riosas. A última diz: “Vinte graus abaixo de zero. A neve derrete o orvalho formando cristais. Marchamos em dire-ção aos trabalhos forçados. Olho para o rosto de Alio-shca. Ele me sorri. Seu rosto brilha. Ele é o único feliz entre nós. O seu Cristo lhe basta”. Esse livro, clandesti-namente, chegou a Sorbone de Paris. Foi traduzido em dezenas de idiomas. Aliosh-ca, da prisão, pregou no lu-gar mais difícil do Evangelho penetrar; as universidades. Que galardão glorioso esse jovem conquistou. Deixo o desafio aos jovens Batistas brasileiros. Vamos impreg-nar o Brasil com a mensa-gem do Evangelho, com uma vida tão gloriosa como a de Alioshca. Oro para que eu veja isso antes do fim dos meus velhos anos vividos, pela graça de Deus.

Jovens integralmente submissos a Cristo para servir com alegria e gratidão

Juventude gloriosa

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4 o jornal batista – domingo, 16/08/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Por que não no dia primeiro?

reflexão

“E viu Deus tudo quanto ti-nha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto” (Gn 1.31).

Já que o ser humano de-veria ser a “coroa da cria-ção”, o natural não seria criá-lo desde o primeiro

dia, como ponto de referên-cia de todo o universo? Pelo jeito o Senhor planejou a criação obedecendo a uma cronologia diferente da que propusemos acima. “Então, disse Deus: Façamos o ho-mem à nossa imagem, con-forme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão. E assim foi. E Deus viu tudo o que tinha feito e tudo havia ficado muito bom. Passaram--se a tarde e a manhã: esse foi o sexto dia” (Gn 1.30-31).

Qualquer pessoa ansiosa, tipo eu, muito provavelmente teria feito a criatura humana logo no primeiro “dia”. Afinal de contas, já se sabia que a administração da Terra era para ser responsabilidade do ser humano. Entretanto, pen-

sando melhor, se a função do ser humano era para ser a de administrador, se o homem e a mulher tivessem aparecido logo no primeiro dia, não teria havido nada para ser “administrado”. E, neste caso, as instruções do Criador se aplicariam a nada, já que ao ser humano não fora outorga-do o poder de criar e, sim, a função de gerenciar.

Nós colocamos “O carro na frente dos bois”, mas o Se-nhor nunca faz isso. A Bíblia recorrentemente nos lem-bra que Deus é o Senhor do tempo – exatamente porque, sendo eterno, Ele transcende e domina o tempo. Nós, seres humanos, somos apenas limi-tados pelo tempo. E, porque não podemos controlá-lo, inventamos maneiras que nos dão a impressão ridícula de que estamos “ganhando tempo”. O único capaz de elaborar a “plenitude dos tempos” é nosso Eteno Se-nhor, Criador e Controlador do tempo. Esta é, talvez, a grande lição do Primeiro Li-vro: “Remir o tempo, porque os dias são maus” (Ef 5.16) é a única maneira de não nos angustiarmos com as limita-ções naturais do tempo.

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

O cristão tem que fazer a diferença neste mundo de iguais. A Bíblia

diz que temos uma identida-de, o apóstolo Pedro fala no capítulo dois de sua Primeira Carta que somos o povo de Deus.

Somos propriedade exclu-siva de Deus e temos uma grande responsabilidade, a nossa tarefa é anunciar as grandezas do Pai. Como Seu povo, precisamos ter uma vida exemplar, uma vida de bom comportamento.

Na Primeira Carta de Pe-dro, no capítulo 2, versos 11

a 25 há uma recomendação para que vivamos diante da-queles que não creem em Deus de forma diferenciada. Trata-se do comportamento do cristão, ele deve ser um homem/mulher de caráter, honesto, íntegro.

Não podemos deixar de respeitar o próximo, e na lista do apóstolo Pedro ele começa dizendo a respeito das autoridades, ou seja, as instituições humanas. Preci-samos ser submissos a elas, temos uma vida exemplar quando cumprimos o nosso papel.

Os cristãos devem temer a Deus, amar os irmãos e honrar o rei. Com esta atitu-de contribuiremos para que

muitos creiam no Evangelho de Cristo.

Nos versículos finais do capítulo 2, Pedro fala do respeito aos senhores, ou seja, como o cristão man-tém uma vida exemplar diante do patrão (chefe). É necessário obedecer não somente aos bons chefes, mas também aqueles que nos oprimem.

Ele cita o exemplo de Je-sus, que sofreu por amor aos pecadores, e a exemplo dEle, devemos muitas ve-zes sofrer mesmo quando estamos corretos. Uma vida exemplar é o que Deus quer de todos os seus filhos, não podemos esquecer dessa grande verdade.

Juvenal M. de Oliveira Netto, 2º coordenador da Escola Bíblica Dominical da Primeira Igreja Batista de São Pedro da Aldeia - RJ

A presença de um medo exacerba-do tem impedido muitas pessoas de

tomarem decisões importan-tes; tem impedido os seus avanços diante dos grandes desafios; tem impedido de alcançarem os seus alvos estabelecidos. Essas pessoas depois de perambularem de terapeuta em terapeuta, de utilizarem os mais variados medicamentos possíveis,

algumas vezes sem sucesso, acabam vivendo tristes, insa-tisfeitas, totalmente frustradas por não conseguirem êxito, por não poderem se libertar desta realidade cruel que lhes rouba o desejo de viver.

O medo em dosagens nor-mais é necessário para a autoproteção dos seres hu-manos, porém, em níveis elevados é extremamente danoso para o homem, che-gando ao ponto de deixá-lo inerte, paralisado e infeliz.

A expressão “não temas” aparece inúmeras vezes na Bíblia e, talvez, neste exato momento, seja a grande oportunidade de meditar-

mos um pouco mais nesta frase que não é uma mera expressão humana, mas uma Palavra do próprio Deus, que, pela fé, nos re-meterá a cura dos nossos maiores medos.

Josué tinha uma grande peleja pela frente, substituir o grande Moisés e condu-zir aquela multidão à Terra Prometida. Os seus joelhos devem ter ficado trôpegos diante de tal realidade. Na sua mente, possivelmente começaram a surgir os fan-tasmas do medo; então a Palavra de Deus para ele foi: “Josué não temas, pois Eu sou contigo por onde quer que

andares” (Js 1.9). Essa palavra adentrou como uma flecha afiada em sua mente, des-truindo de uma vez por todas aqueles pensamentos fantas-magóricos. Josué venceu os seus medos e prosseguiu em direção ao propósito de Deus para a sua vida.

Em outra ocasião, Deus manda uma mensagem en-corajadora para todo o povo que Ele havia escolhido. O profeta Isaías, sempre obe-diente, retransmite esta pala-vra ao povo dizendo: “Não temas, porque Eu sou con-tigo; não te assombres, por-que Eu sou o teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te

sustento com a minha destra fiel” (Is 41.10).

Hoje, eu e você somos o Israel de Deus e esta palavra continua com a eficácia de sempre, transformando estag-nados em empreendedores, fracos em fortes, medrosos em valentes, vencidos em vencedores. Creiamos nisto, pois a garantia de ter Deus ao nosso lado é tudo o que pre-cisamos para seguirmos em frente, vencermos os nossos maiores medos. Ainda que tenhamos que atravessar pelo vale da sombra da morte não temeremos mal algum, pois Cristo está conosco, como está escrito em Salmo 23.4.

Vida exemplar

Não deixe que o medo te paralise

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5o jornal batista – domingo, 16/08/15reflexão

Ao estabelecer um gover-no em Rhode Island (1638), Roger Williams fundou as bases democráticas e re-publicanas da hoje grande nação norte-americana, pois fez constar que aque-les que quisessem viver ali não seriam molestados nem religiosa ou civilmente pe-las suas convicções de ci-dadão, abrindo um “mundo novo” para quem ali se fixa para o trabalho produtivo.

O livro “Tesouro a ser Explorado”, de autoria de

um alvo no nosso cotidiano? Estamos satisfeitos o quanto conhecemos a Cristo?

O profeta fala da fidelida-de de Deus em permitir ser achado, “Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chu-vas de inverno”. Ele compara com efeitos da natureza, pois temos certeza de que o nosso Deus responderá. Deus anseia por ser conhe-cido, Ele enviou Jesus para termos esse acesso. Vamos sentar e conversar com o Pai, falar como foi o dia,

Roger Williams, mostra o caráter e os princípios desse vulto Batista, reconhecido nos USA como “O pai da liberdade religiosa na Amé-rica”.

Vale ressaltar o concur-so do doutor John Clarke junto ao Parlamento Inglês e ao rei Carlos II para o re-conhecimento do governo autônomo, fundado em Rhode Island por Roger Williams, obtendo a Carta Régia em 08 de julho de 1663.

contar as alegrias e tristezas, Ele está atento ao seu falar, então fale.

O esforço em conhecer a Deus é buscar ouvi-lO a cada momento, é andar em Seus caminhos, olhar com Seus olhos e buscar Seu amor. Fazer isso é ter uma vida com Deus, e mesmo que algumas pedras apareçam no cami-nho, com os olhos postos no alvo de a cada dia conhecer mais de Deus, passamos fá-cil por elas. Ainda é tempo, puxe a cadeira sente com Deus para conversar.

O advogado Roger Williams nasceu em Londres, no d ia 21 de de-

zembro de 1603 e graduou--se em Direito na Universi-dade de Cambridge. Sentin-do-se vigiado e fiscalizado em suas convicções religio-sas pelos seus superiores na Inglaterra (bispo Laud), foi para a Nova Inglaterra (Colô-nia Inglesa) no ano de 1631, imaginando encontrar um clima de liberdade, fixando residência em Boston. Em

Thiago André da Costa, seminarista da Igreja Batista da Liberdade - RJ

Há um velho ditado que diz “Você já comeu um quilo de sal comigo?”.

Esse ditado significa o quanto você conhece alguém, pois, para comer um quilo de sal, que é usado em gramas na preparação da comida, leva--se um considerado tempo, assim como manter amiza-des e relacionamentos exige dedicação. Quanto tempo

face de sua formação teoló-gica, logo foi convidado a pastorear a Igreja local, mas, em pouco tempo, entrou em divergência com a cúpula religiosa da Igreja, sendo convocado a comparecer ao Conselho para dar expli-cações sobre suas crenças. Temendo ser condenado e forçado a regressar à metró-pole, fugiu e abrigou-se na Baía de Narragansett, tendo sido acolhido pelos índios. Na Ilha (Rhode Island), preo-cupou-se em organizar uma

você leva para dizer que um conhecido se torna amigo? E quanto esforço é despren-dido para se manter uma amizade saudável?

“Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê--lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra” (Os 6.3). Nesse versí-culo o profeta chama o povo ao conhecimento de Deus, porém, ele é bem realista quando diz: “Esforcemo-nos

Igreja genuinamente bíblica, que existe até os nossos dias como a Primeira Igreja Batis-ta de Providência na Amé-rica (Hoje, um majestoso templo que honra e dignifica a nossa denominação).

Tanto Williams, com ou-tros imigrantes de formação bíblica, buscaram a América pelo amor à liberdade, à au-tonomia da Igreja local e à separação entre Igreja e Esta-do, princípios que honram e norteiam os Batistas no mun-do inteiro até os nossos dias.

por conhecê-lo”. Quanto temos nos esforçado para co-nhecer a Deus a sermos seus amigos? O esforço é algo que exige decisão, entrega e comprometimento. Um atleta se esforça para ser o melhor na sua modalidade, no trabalho nos esforçamos para termos melhor qualida-de de serviço e maior ren-tabilidade, nos esforçamos com tantas coisas, até quan-do passamos por tribulações e desafios. Nos esforçamos quando temos um alvo. O conhecer a Cristo tem sido

PR. CERQUEIRA BASTOSOs Batistas na História

Roger Williams, o democrata

Quilo de sal

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 16/08/15 reflexão

Que o divórc io é uma realidade na sociedade bra-sileira e, infeliz-

mente, em nossas igrejas, ninguém duvida mais. O divórcio, além de ser uma triste realidade, cresce de forma epidêmica.

Sem desejar ser uma “re-ceita de bolo”, creio que faríamos bem colocar as su-gestões abaixo em prática:

Encarem o casamento como uma aliança, um pacto.

Casamento não é, do ponto de vista de Deus, um con-trato, mas uma aliança, um pacto que está bem acima do que um simples contrato. Quando um casal assume o casamento como um pacto, cria no DNA do mesmo uma resistência significativa con-tra o divórcio.

Cuidem para não se dis-tanciar no cotidiano da vida conjugal.

Cerca de 80% dos divór-cios acontecem devido a perda desse contato diário. Quando percebem, um está tão longe do outro que o divórcio é apenas o último passo. Portanto, aquele bei-jinho, aquele andar de mão dadas, aquela delicadeza são extremamente importantes para evitar o divórcio.

Concentrem-se no casa-mento.

Depois do nosso relaciona-mento com Deus, o relacio-namento mais importante é com o nosso cônjuge. Antes mesmo dos filhos, dos pais e amigos. Casais que dese-jam fortalecer-se contra o divórcio precisam encarar o casamento como um relacio-namento prioritário.

Procurem aprender a re-solver seus conflitos.

Um casal que sabe resol-ver, com equilíbrio, os con-flitos que surgem diariamente no casamento têm mais chan-ce de comemorar bodas de ouro ou de diamante. Todos os casamentos têm conflitos. Mas o que é mais importante é saber como os cônjuges resolvem esses conflitos.

Procurem cultivar a comu-nhão com Deus, a obediên-cia à Sua Palavra e ter Jesus como Senhor.

Qual é a causa do divór-cio? “Dureza de coração”. Quando um casal cultiva Deus, obedece a Palavra e tem Jesus como Senhor, há espaço para perdão, tolerân-cia, paciência, amor. Atitudes importantes para manter um coração sensível e não petri-ficado.

Pesquisas realizadas no EUA demonstraram que quando um casal ora e lê a Bíblia juntos, diminuem significativamente a possibi-lidade de divórcio.

Celebrem o sexo no casa-mento.

Deus criou o sexo para homem e mulher experimen-tarem toda sua plenitude, prazer e alegria no leito con-jugal. Muitos casais cristãos estão enfermos nesta área da relação conjugal. Sexo no casamento é para ser pra-ticado não somente para a procriação, mas para criar uma intimidade profunda e oferecer prazer a ambos.

Procurem ajuda quando não tiverem condições de resolver suas dificuldades.

Procurem ajuda de um pastor que tenha autoridade para ministrar nesta área. Procurem ajuda de um con-selheiro, de um terapeuta ou de um coaching conjugal comprometido com os valo-res cristãos do casamento e da família.

Aperfeiçoem a comuni-cação

Vivendo em um mundo onde a tecnologia nos assusta, mas não sabemos nos comu-nicar de maneira correta no casamento. Comunicar-se de forma correta dará ao casal uma qualidade de vida con-jugal significativa e impedirá que as dificuldades se avolu-mam criando um terreno fértil para o divórcio crescer.

Juntos pela família,

Gilson Bifanoministeriooikos.org.br

Jeferson Rodolfo Cristianini, colaborador de OJB

Sempre fui apaixona-do pela ave João-de--barro. Quando crian-ça eu vi várias vezes

essa ave. Lembro-me que o João-de-barro ficava ciscan-do na lama para amassar bem o barro (ou argila), a fim de tirar o ar do mesmo. Ele constrói sua casa virada para o sol, para que o seu ninho fique aquecido. Dificilmente alguém consegue quebrar uma casinha de um João--de-barro; pois é altamente resistente, e ele quase nunca a abandona, feita com tanto carinho e dedicação.

A ave João de barro é considerada uma das mais “inteligentes”. Seu extinto nos chama a atenção. O João-de-barro é sempre lem-brado por sua “residência” feita meticulosamente com o bico carregado de barro. Ele demora certo tempo na construção de sua casinha em um topo de uma árvore; mas, quando as chuvas fortes vêm, ele está seguro. Sua casa se torna seu ninho, seu esconderijo, seu aconche-go, seu recôndito. Diante das mudanças climáticas, o João-de-barro está garanti-do, pois construiu sua casa. Ao construí-la, conta com a ajuda da fêmea, que carinho-samente chamo-a de “Joana--de-barro”. Esse casal de aves construindo juntos sua casa de barro são fontes de várias

lições para nós, quando pen-samos em família.

Casa é diferente de lar. Casa, no nosso contexto, são as paredes e o terreno, ou seja, a construção, o CEP da nossa residência. Lar se relaciona à família, e lar se constrói com relacionamen-tos saudáveis e sinceros. A Bíblia quando fala de casa, por exemplo, “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15), obviamente não se refere à construção, mas a rede de relacionamentos. Precisamos urgentemente resgatar a concepção cristã de família, pois ela tem sido atingida por novas propostas e novas configurações. Há um desejo social e político de destruição do padrão bí-blico e histórico de família. Já se fala em novos arranjos familiares. Família na Bíblia é o núcleo central de relacio-namentos constituídos por Deus através do casamento, constituídos por marido, mu-lher e filhos. Esse é o padrão de Deus e sobre esse padrão devemos construir e edificar o nosso lar.

As famílias deixaram de ser um reduto de amor e cuidado e passaram a ser uma mera construção (um edifício). Enquanto no passa-do nós relacionávamos casa e família com pessoas, hoje nós relacionamos casa com construção. Nossos valores familiares precisam ser revis-tos à luz da Palavra de Deus e, juntos, esposa e esposo,

precisam unir as forças na edificação não de uma cons-trução, mas de uma rede de relacionamentos saudáveis e bíblicos. Nossa família sendo construída em Deus suportará as intempéries da vida. As tempestades da vida virão, os ventos soprarão, o outono e inverno chegarão, e só permanecerão firmes na presença do Senhor aque-les que construíram suas famílias, seus lares e seus casamentos na Rocha, que é o nosso Deus.

O João-de-barro se une a sua companheira para a construção de sua casinha de barro e passa a sua vida desfrutando dos benefícios dessa construção. O João--de-barro volta para sua casinha para se recolher e dormir e faz dela seu refúgio e seu local de renovação para o próximo dia. Que possamos como esposa e esposo, marido e mulher, famílias que temem a Deus, não priorizarmos a constru-ção de prédios e, sim, de relacionamentos saudáveis, pois, afinal de contas, não poderemos levar a escritura da nossa casa luxuosa para a eternidade. Que nosso lar, nossa casa seja um reduto de amor, aconchego e de paz. Chame sua Joana ou seu João e comece a construir. Se você já está construindo, chame seu João ou sua Joana para reformar e melhorar o que já foi construído. Mãos à obra. Bom trabalho!

Para evitar o divórcio

João e Joana construindo juntos

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7o jornal batista – domingo, 16/08/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Voluntários da Primeira Igreja Batista de Rio Verde - GO visitaram o projeto dos missio-

nários Antônio Claudomiro e Márcia Pinto, em Tabatinga - AM. Eles ajudaram a construir um templo, realizaram Kid’s Games e promoveram várias outras atividades evangelísticas com os indígenas da etnia Ti-cuna, moradores de Tabatinga e comunidades ribeirinhas próximas. Em uma escola da cidade, a equipe teve a oportu-nidade de compartilhar o Plano de Salvação com 600 crianças.

O Evangelho, pregado pe-los voluntários de Rio Verde, também impactou a tripulação da embarcação que eles alu-garam para percorrer comu-nidades de Tabatinga (visto que o barco ‘O Missionário’ ainda não atua em Tabatinga, devido à distância de Manaus, onde fica sua base). “Entre as

vitórias, está a decisão do Yuri (condutor do barco) em seguir a Cristo, e também da cozi-nheira da equipe. Do mesmo modo, a grande alegria das comunidades ao receberem a equipe. Os dias têm sido de milagres, mas também de de-safios”, relata o pastor Rodrigo de Vasconcelos, auxiliar do pastor Antônio Carvalho, pre-sidente da PIB de Rio Verde.

Outro motivo de gratidão foram os batismos das vidas

alcançadas em uma aldeia Ti-cuna. “Um dos pastores nati-vos chegou a dizer que havia orado, pedindo a Deus uma oportunidade para que toda a comunidade em que ele trabalha fosse evangelizada, e a chegada da nossa equipe missionária era resposta de oração”, disse ainda o pastor Rodrigo.

Na mesma comunidade dos batismos foi possível que integrantes da caravana

de Rio Verde ensinassem aos adolescentes o propósito eterno de Deus para a huma-nidade. O ‘Projeto Ela’, que ofereceu serviços de manicu-re e tratamento capilar, fez sucesso entre as mulheres e foi uma ótima oportunidade de demonstrar o amor de Deus. Também os momentos de pescaria, bem como as partidas de futebol, renderam frutos.

“E tiveram a alegria de en-

cerrar a viagem batizando a cozinheira do nosso barco, que também entregou sua vida ao Senhor Jesus e de-cidiu se dedicar completa-mente a Ele’, relatou o pastor Alexandre Barbosa, coorde-nador de Missões do Norte do Brasil.

Louvamos a Deus pelas Igrejas que se têm despertado para apoiar, de forma cada vez mais intensa, os projetos missionários.

PIB Rio Verde - GO visita trabalho missionário em Tabatinga - AM

Lar Batista F. F. Soren participa de projeto cultural do Banco RabobankMara Caroline do Nascimento, jornalista da Segunda Igreja Batista em Palmas (SIBAPA) - TO

Na primeira quinze-na do mês de ju-lho aconteceu no abrigo Lar Batista

F. F. Soren, em Tocantins, as oficinas do Projeto Cultural Olhar da Comunidade, que estimulou a expressão dos adolescentes por meio da fotografia.

Participaram 34 adoles-centes, parte da instituição e outra parte da comunidade próxima ao Lar Batista.

Foram desenvolvidas ofi-cinas de integração, história e a prática da arte, também a história da fotografia e o uso das máquinas fotográfi-cas, aplicando as técnicas e desenvolvendo o olhar dos adolescentes para os detalhes existentes na comunidade.

O tema trabalhado pelo Pro-jeto foi a valorização da comu-nidade rural e do homem no campo e o jovem no campo. “O Projeto foi transformador e a prática com as câmeras abriram os olhas dos nossos adolescentes para perceberem o lugar onde eles moram”, informa Judite Rocha.

As saídas fotográficas pro-porcionaram uma integração entre as crianças do Lar Batis-ta com as crianças da comu-nidade, as quais percorreram por entre as redondezas do abrigo observando o poten-cial existente nos quintais e também nas hortas, que é a

realidade da agricultura na comunidade.

Os produtos do Projeto serão uma exposição das fo-tografias, que será realizado de 01 a 16 de outubro na ga-leria de artes do Espaço Cul-tural de Palmas, coordenado pela curadora do Projeto e o

lançamento de um Catálogo impresso com as fotografias selecionadas com mais três instituições que participaram do Projeto no país.

A iniciativa foi patrocinada pelo Rabobank e executada pela MRS empresa de inte-gração empresarial.

Crianças foram incentivadas a fazer registros fotográficos

Voluntários de Rio Verde Equipe construiu um templo para ajudar o trabalho local

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8 o jornal batista – domingo, 16/08/15 notícias do brasil batista

Aildes PereiraSecretária de Promoção da UFMBBVice-Presidente da UFBAL

A Conferência Mun-dial de Liderança para Mulheres Ba-tistas aconteceu

nos dias 18 a 21 de Julho, de 2015, no Indaba Hotel, SPA & Conference Centre em Johannesburgo, África do Sul.

Todas as Uniões Femini-nas Continentais estavam representadas e o evento contou com a participação de aproximadamente 650 mulheres. As representantes oficiais do Brasil, repre-sentando a UFMBB, foram Aildes Soares Pereira, que também é Vice-Presidente da UFBAL e Daisy Santos Correia de Oliveira, Dire-tora do Noticiário (UFBAL). O total de brasileiras foram cinco contando com Lidia Klava – Missionária da JMM no Paraguai (preletora) e as missionárias da JMM, Edna Carmona e Lucia Martinia-no que atuam na África do Sul.

teve como tema – Levanta-te e Resplandece e divisa em Isaías 60.1. O Hino oficial – Levanta e brilha, cantado com muito entu-siasmo e vigor pelas mulhe-res presentes. Vários repre-sentantes denominacionais saudaram as participantes, inclusive o Presidente da Aliança Batista Mundial, John Upton. A mensagem foi proferida pela presiden-te, Raquel Contreras. O Coro convidado para dirigir os períodos de louvor e adoração nos proporcionou momentos significativos de enlevo espiritual.

Os Estudos Bíblicos fo-ram feitos pela irmã Raquel Contreras que discorreu sobre a vida de Abigail e Priscila, destacando nelas o ato de Levantar e Res-plandecer. Os testemunhos foram de mulheres que se destacaram pela coragem de levantar e resplandecer em seus países, mostrando como essa atitude mudou para sempre a sua vida, a vida dos que vivem ao seu redor e de todos os que são atendidos nos projetos que surgiram a partir desse ato de LEVANTAR. Foram apresentados 8 temas para os grupos de interesse e cada participante poderia participar de dois.

Apresentação dos relató-rios das Uniões Continentais – Cada União Continen-tal deu o seu relatório com apresentação de vídeos e palavra das presidentas. Em seguida, o continente que orou durante os 5 anos se revelava e fazia uma apre-sentação (leitura de um tex-to, coreografia, jogral, etc.) e ao término entregava uma lembrança especial para a representante ou para todas as integrantes.

Apresentação da nova Pre-sidente e Secretária/Tesou-reira para o Departamento Feminino da Aliança Batista Mundial, período de 2015 - 2020: A relatora da comis-são apresentou o relatório e em seguida fez a apresenta-ção das irmãs indicadas para os cargos. Raquel Contreras propôs os votos e as irmãs foram aceitas, por unanimi-dade. Presidente: Ksenija Magda – Croácia; Secretária/Tesoureira: Kathryn James (Kathy) – Virginia, USA e a Diretora Executiva – Patsy Davis que continua na fun-ção. A posse foi na reunião de terça-feira, pela manhã.

A conferência foi intensi-va e teve outras atividades interessantes como: Mer-cado Africano, as africanas venderam muitas coisas e o dinheiro arrecadado foi encaminhado para os projetos desenvolvidos nas cidades de origem. Safari – A sala foi dividida com as Uniões Continentais e em cada mesa foi exposto infor-mações sobre o continente. O objetivo do Safari foi apresentar para o mundo o que cada União Continental

um país, paravam e ora-vam pelo mesmo. Vestidos infantis feitos com fronhas - Uma equipe da igreja Bon Aire Baptist Church em Ri-chmond - Virginia, USA, juntamente com a Sra. Ka-thryn B. Burnes, idealiza-dora desse projeto ensinava as irmãs interessadas como confeccionar o vestido.

O nosso desejo é que as experiências vividas na conferência possam fortale-cer a vida de todas que ali estiveram, para que tenham

Conferência mundial de liderança para mulheres batistas

A abertura oficial foi no dia 18 (sábado), com um jantar no Chiefs Boma Res-taurant. No salão de reu-niões todas as visitantes foram recebidas pelas afri-canas, que entraram carac-terizadas, cantando e dan-çando, dando as boas-vin-das. A chamada das Uniões Continentais foi feita por

Patsy Davis, Diretora Exe-cutiva do Departamento Feminino da Aliança Batista Mundial. Foi um momento de muita alegria e emoção. Todas estavam usando suas roupas típicas. Cada presi-dente continental ficou em frente ao seu estandarte e oficialmente foi aberta a conferência. A conferência

está fazendo para realizar missões. Eu sou linda - A preletora trabalhou com a autoestima da mulher. Pro-curou destacar a beleza na-tural da mulher, a liberdade e alegria de viver bem com Cristo do jeito que ela é. Es-tação de oração - Um gran-de mapa da África foi colo-cado no chão e as pessoas, à medida que caminhavam neste mapa, ao pisarem em

diariamente disposição e coragem para levantar e resplandecer a luz de Cristo para o mundo não impor-tando com as circunstâncias adversas do dia a dia.

Em 2020 a Conferência Mundial de Liderança será realizada no BRASIL, mais precisamente no Rio de Ja-neiro. Prepare para viver uma experiência inesquecível.

Brasileiras presentes na conferênciaPresidentes das UF Continentais na abertura da conferência

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9o jornal batista – domingo, 16/08/15notícias do brasil batista

Maria Conceição Rebouças Diretora Executiva da UFMB RR

O acampamento das Mensageiras do Rei, do Esta-do de Roraima,

aconteceu nos dias 5 e 6 de junho de 2015, na Chácara Emanuel. Estavam presen-tes 65 meninas de 9 a 16 anos,11 líderes, a presidente da UFMBRR, irmã Irani Leite da Costa, e a líder estadual das Mensageiras do Rei, irmã Lúcia Ferreira.

A abertura aconteceu no templo com oração e me-ditação no Salmo 119.1-8. No dia seguinte, após o devocional e o café da ma-nhã todos participaram do

Jacelma Vicente Aguiar DinucciUnião Feminina Missionária Batista Fluminense

Erly nasceu no dia 07 de Janeiro de 1942 para alegria do casal Emerencio Botelho

Barros e Ormy Pires Barros. Servos de Deus dedicados procuraram criá-la nos ca-minhos do Senhor.

Líder nata! Aos 14 anos foi indicada para ser líder da Sociedade de Crianças. Aos 15 anos, descobriu a Organização Mensageira do Rei e apaixonou-se por ela. Foi enviada pela Igreja para fazer o Curso de Liderança com a Líder Nacional de MR, Minnie Lou Lanier. Organizou, então em sua Igreja, as MR, novidade em todo o Norte do Estado do Rio de Janeiro. Aos 16 anos foi eleita Líder Associacio-nal das Mensageiras do Rei.

Aos 19 anos casou-se com o jovem Judson Garcia Bas-tos e em 1954, tornou-se esposa de pastor, ministério que exerceu com dedicação, seriedade e prazer. Poeti-sa, escritora, hospitaleira. Seu lar sempre acolhedor. Recebia pastores e líderes com simpatia, amabilidade, discrição e carinho.

Deus deu ao casal três filhos, dos quais dois já es-tão com o Senhor. Mauri-cio filho querido, casou-se com Patrícia que lhe deu o melhor presente: Beatriz. Bia, neta da qual falava com admiração, amor e carinho com muita “corujice” de avó.

Brilhou na sua trajetória de vida cristã. Foi líder atuante nas várias áreas da Denominação. Foi pre-sidente da UFMB Flumi-nense, por três mandatos, Coordenadora Estadual de

estudo bíblico, ministrados pela irmã Leila Gouveia Ferreira, oradora oficial do Acampamento. Em sua palavra, ela destacou as características de uma jo-vem que reflete a luz de Cristo, baseado no texto de João 8.12, e também Lucas 1.26-55.

À noite a irmã Angelina Oliveira entregou a mensa-gem “Jesus, a luz do mun-do”, baseada no livro de João 12.35 - 36. Em segui-da, foram apresentadas as dramatizações, dinâmicas de grupo e o resultado da gincana. O encerramento aconteceu em seguida e

Acampamento estadual das mensageiras do rei

Erly Barros Bastos Escolhida para Servir

“O justo florescerá como o Cedro no Líbano”. Salmo 92.12

MCA, além de vários outros cargos. Também ocupou o cargo de Secretária na dire-toria da UFMBB. Na Assem-bleia da UFMB Fluminense, em 2014 recebeu a honra com o Título de Coordena-dora Emérita de MCA.

A enfermidade a alcançou, mas continuou atuando com esmero, dedicação e amabi-lidade, enquanto pôde. En-frentou dores, cirurgias, com fé e confiança no Deus que nos salva, nos liberta e nos conduz ao lar celestial. No dia quatro de maio deste ano, quis Deus convocá-la para junto de Si, aliviando assim todo sofrimento, recebendo-a em seus braços, e certamente dizendo: filha... “foste fiel, en-tre no gozo do Seu Senhor”.

Louvado seja Deus pela vida da Erly Barros Bastos, vida que foi uma inspiração para toda mulher Batista Fluminense.

todas retornaram para suas casas. Depoimentos: “Ana Paula Lima Duarte, líder das Mensageiras do Rei disse que antes de ocupar o cargo de liderança foi Mensageira do Rei e sem-pre observou o amor das conselheiras por missões e o olhar cuidadoso delas para as mensageiras. Ser lí-der hoje é uma das maiores realizações da minha vida, sei que posso incentivar e contribuir para o cresci-mento espiritual dessas me-ninas. Neste acampamento Deus restaurou vidas, cha-mou e consagrou meninas para a Sua Obra.”A diretora executiva da UFMBRR, Ma-ria Conceição Rebouças, confirma o crescimento no

número de igrejas que estão abraçando o trabalho das Mensageiras do Rei, como também um acréscimo no número de igrejas que im-plantaram a organização MCA. A participação efetiva neste acampamento é res-posta de oração, e de todo um trabalho de incentivo à liderança. O presidente da Convenção Batista de Ro-raima e secretário executivo em exercício, pastor Mauro Souza Gomes, ressalta a importância do trabalho da UFMB de Roraima junto às organizações de Mensagei-ras do Rei, tendo em vista a preparação da futura lide-rança para a denominação, bem como a participação mais efetiva dessas meninas na igreja local.

PREPARE!! FAÇA JÁ A SUA RESERVA!

DATA: 20 a 23 de OUTUBRO de 2016 / Local: RESORT COSTA DO SAUIPE - BA

Quem pode participar? Senhoras e jovens senhoras, jovens cristãs e mensageiras do Rei.

informações - www.ufmbb.org.br

9º CONGRESSO NACIONAL DA UFMBB

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10 o jornal batista – domingo, 16/08/15 notícias do brasil batista

“Ensina a criança no cami-nho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele” (Pv 22.6).

Duas coisas sem-p r e d e i x a m o s bem c la ro aos nossos filhos e

aos filhos de muitos outros: 1- Que foram criados por Deus, para a Glória de dEle. 2 - Que deveriam viver para servir a Deus através dos seus dons e talentos.

É como a Palavra diz, o ensinar é fundamental, o discipulado precisa ser iniciado em casa. Graças a Deus que o Roberto, a Isabela e a Karina aprende-ram e não se envergonham de pôr em prática tudo o que sabem, tanto o com-partilhar do amor de Deus através da arte, mas, princi-palmente, o de viver Jesus em todo o tempo. Poder rodar o mundo com eles

nos faz, a mim e Janisa, mi-nha esposa, muito felizes. O Betinho é muito rápido para criar animações, que serão de grande proveito para promover Jesus através de desenhos animados; a Isabela é uma cartunista de mão cheia e possui uma voz privilegiada, todos can-tam; e a Kar ina ganhou uma bolsa de estudo na Universidade de Nashville, onde iniciará neste mês de agosto sua formação em Música Sacra e ainda rece-beu a graça de gravar seu primeiro CD internacional de músicas e letras de sua composição. O CD está disponível na cantina do Seminário do Sul, com mi-nha “maninha” Nika e, em breve, pelo mundo afora. São composições de experi-ências vividas em missões.

Quero agradecer do fun-do do coração à nossa Con-venção Batista Brasileira pela oportunidade que re-

Herdeiros da Arte

cebi para representar os nossos artistas Batistas. À JMM também, por inves-tir na nossa família, uma família internacional que existe e atua para a Glória de Deus. Quero motivar você a se envolver naquilo que Deus está fazendo ao redor do mundo. Consagre a sua família ao Senhor, use os seus dons e talentos.

“Quanto a seus fi lhos, eles são herança do Se-nhor: o fruto do ventre é um presente de Deus” (Sl 127.3).

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11o jornal batista – domingo, 16/08/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Um culto de grati-dão a Deus pela vida e ministério do pastor Elton e

Mirian Rangel marcou a des-pedida do casal do quadro de missionários da Junta de Missões Mundiais. Durante 40 anos - de 1975 a 2015 -, eles dedicaram suas vidas ao Senhor para fazer Seu nome conhecido em nações como Paraguai, Portugal e Espanha, este último é o país onde permanecerão.

Na abertura da cerimônia, realizada no dia 29 de julho, no templo da Igreja Batista Itacuruçá, no bairro carioca Tijuca, o diretor executivo da JMM, pastor João Mar-cos Barreto Soares, citou os planos do casal Rangel de continuar na Espanha, onde o pastor Elton e Mirian têm intenção de, através da Igreja Evangélica Batista de Sevilha, plantar nove Igrejas até 2018.

“A verdade é que a maior parte dos missionários que termina sua carreira no cam-po não pretende voltar. E esse casal não é exceção”, declarou. “Nós louvamos a Deus pela vida desse casal e também pela vida da família que já nos deu três casais missionários. É uma famí-lia que tem nos abençoado nesse tempo”, acrescentou o pastor João Marcos, ao se referir aos filhos do casal, Ra-wlinson, Rawderson e Elton Jr., que já serviram ou ainda servem como missionários da JMM. Eles ainda têm uma filha: Rawlianne.

Ainda na abertura do culto, o pastor João Marcos leu uma carta da Igreja Evangélica Batista de Sevilha expressan-do “O profundo e sincero agradecimento por todos os Batistas brasileiros e pela Junta de Missões Mundiais, por seu constante apoio na obra missionária na Espanha durante tanto tempo”.

O diretor executivo leu ain-da uma carta de seu pai, pas-tor Ebenézer Soares, a quem o pastor Elton e Mirian também consideram como pai.

“Eu que o acompanho há 50 anos em sua trajetória pas-toral posso testemunhar de quanto zelo e amor investiu em todas as suas atividades. Sei que sua querida esposa, Mirian, tem sido seu braço direito. Ela e seus queridos fi-lhos têm seguido o seu exem-plo, tornando-se missionários e são também credores de grande apreço”, diz em sua

carta o pastor Ebenézer, que esteve presente ao culto.

Em seguida, pastor João Marcos procedeu à entrega de uma placa da Junta de Missões Mundiais em reco-nhecimento ao ministério do pastor Elton e Mirian Rangel pelas quatro décadas dedica-das à obra missionária mun-dial. Pastor João Marcos e o gerente de Missões da JMM receberam das mãos do pas-tor Pedro Serafim, da Igreja Evangélica Batista da Várzea, em Recife - PE, uma placa da igreja de Sevilha em agrade-cimento à Junta de Missões Mundiais pelo investimento missionário na Espanha.

Os filhos, noras e netos de Elton e Mirian Rangel tiveram participação ativa durante o culto através de músicas e depoimentos. Muitos deles se emocionaram.

No momento dedicado à palavra da família, a primei-ra a falar foi a missionária Mirian Rangel. Ela lembrou

o chamado, a preparação para o campo, a nomeação dela e do pastor Elton como missionários da JMM, a longa viagem de ônibus até o Para-guai e os primeiros desafios naquele campo. Sem esque-cer o momento de dúvida que teve ao aceitar o chama-do para missões.

“Eu já tinha quatro filhos, e uma das preocupações para qualquer mãe era: ‘Eu sou chamada, meu marido é chamado, mas e os filhos?’. E vinha aquela inquietude no meu coração”, contou.

“Um dia, estando com o pastor William de Souza, que foi pioneiro no Para-guai, eu lhe perguntei: ‘Pas-tor William, eu tenho um chamado, o Elton tem um chamado, mas e os meus fi-lhos? Eu tenho um neném de seis meses de idade. Como é isso? E as crianças?’. Ele me deu uma resposta simples: ‘Irmã, os filhos devem estar com os pais’. Pensei: ‘Claro!

É óbvio!’. E nós partimos para o nosso primeiro campo, o Paraguai”, relatou.

O pastor Rawlinson Ran-gel, filho mais velho do casal, falou sobre o período no Pa-raguai, a plantação da Igreja na cidade de Concepción e a evangelização na aldeia indígena de Capitán Sosa. Em determinado momento, ele e os três irmãos cantaram uma música, “Só o poder de Deus”, em guarani.

A segunda filha a falar foi Rawlianne, que lembrou o período em que os pais ser-viram como missionários nos Açores, um arquipélago português no Oceano Atlân-tico, de 1978 a 1983. Foi lá que ela começou a estudar música. Hoje é musicista e vive nos Estados Unidos.

Rawderson Rangel, missio-nário da JMM no Chile, falou sobre o período em Braga, Portugal continental. Emo-cionado, ele contou que foi nessa época que descobriu

que gostava de desenhar.Elton Rangel Jr., o filho

mais novo, serve atualmente como missionário da JMM em Cabo Verde. Ele falou sobre o tempo em que os pais chegaram a Sevilha e atuaram na revitalização da Igreja local. Hoje, a Igreja já abriu nove Congregações, uma delas na Alemanha. Ali, o templo está quase concluí-do, e outras três Igrejas-filhas foram plantadas. O Projeto Espaço Vida e Música é de-senvolvido na Igreja.

Por fim, o pastor Elton Ran-gel trouxe à lembrança os cultos domésticos com os filhos e disse que sua casa sempre foi o altar do Senhor.

“Creio que o segredo está na oração. Este foi o nosso estilo de vida como família. Agora, estão os nossos netos. Louvo a Deus porque todos estão envolvidos no ministé-rio”, afirmou. “Os dois mais velhos já estão na universi-dade, um terminando e outro começando porque querem ser missionários e servir ao Senhor”, destacou.

E o pastor Elton revelou que já está orando pela gera-ção após os netos.

“Comecei a orar há, pelo menos, três anos por meus bisnetos, para que Deus cha-me-os, salve-os e os direcione para o ministério porque no meu coração eu tenho o de-sejo de que a minha família se dedique ao ministério da Pa-lavra e da música”, enfatizou.

Ao final do culto, a palavra foi franqueada a algumas pessoas que fizeram parte da história de vida e ministério do pastor Elton e Mirian. En-tre elas, está o pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor--geral da Convenção Batista Brasileira, que no período em que foi diretor executivo in-terino da JMM - 2007 a 2010 -, conviveu e visitou o casal no campo espanhol.

“Os irmãos continuam sen-do inspiração para muitos missionários que estão na nossa JMM e de muitos obrei-ros que estão nas Igrejas. Que Deus continue derra-mando incontáveis e inú-meras bênçãos na vida dos irmãos. Permaneçam sendo esse exemplo maravilhoso de servos de Deus. Essa é a nossa palavra”, afirmou o pastor Sócrates.

Missões Mundiais agradece ao Senhor pelo ministério do pastor Elton e Mirian Rangel, vidas preciosas que durante 40 anos se dedicaram inte-gralmente à proclamação da Palavra de Deus ao mundo.

Pastor Elton e Mirian Rangel: 40 anos proclamando a Palavra

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13o jornal batista – domingo, 16/08/15notícias do brasil batista

Estamos com novidades por aqui! É tanta coisa acon-tecendo que anda até difícil parar e compartilhar, porque pensar e estruturar cada deta-lhe desta próxima temporada da JBB tem sido nossa priori-dade neste momento. E não custa lembrar que faz poucos dias que a nossa Conferência Despertar 2015 aconteceu e ainda estamos recuperando o fôlego, porque foi #gentede-todososlados e Deus visitou a gente nos movendo para viver em obediência ao que Ele disse: “Vocês são a luz do mundo!”.

Mas, agora, a pausa é mui-to justa pra vir até aqui, já estava ansiosa para falar: es-tamos lançando em parceria com a Faculdade Batista do Rio de Janeiro, no Seminário do Sul, nosso curso de Pós--Graduação em Ministério com Juventude.

O investimento no minis-tério com adolescentes e jo-vens é hoje uma necessidade urgente, pois 71 milhões de pessoas no Brasil têm idade entre 12 e 34 anos. Apesar de existirem organizações evangélicas que incentivem o ministério com juventude, poucas Igrejas contam com liderança capacitada para exercer e permanecer nesse ministério;

Diante dessa realidade, o curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Teologia e Mi-nistério com Juventude visa capacitar líderes e cristãos em geral para uma atuação cotidiana diferenciada junto

aos adolescentes e jovens nos mais diversos ministérios eclesiásticos.

Considerando o conceito da Missão Transgeracional, a realidade do universo ju-venil e suas competências, o curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Teologia e Ministério com Juventude visa equipar a todos os inte-ressados em juventudes com conhecimentos sobre as di-mensões espirituais, sociais, culturais e políticas para fa-zer do jovem o protagonista em sua comunidade local e um potencial transformador social.

Tem mais, vale a pena es-palhar e promover essa no-vidade. Vai ser bonito o que os nossos alunos vão viver neste tempo! Se você quiser mais informações, envie um e-mail para [email protected].

E tem mais:Novembro é mês de 29+,

e a segunda edição está in-crível! Um encontro para jovens a partir de 29 anos, solteiros ou casados. Este ano vamos conversar franca-mente sobre “Siga curioso”, a respeito da oportunidade de viver novas experiências, de não parar no tempo, de ter coragem de empreender na vida, de desenvolver a criatividade, alegria e bom humor, de buscar sentido nas coisas que fazemos, de gerar valor na sociedade, afinal, a gente tem um chamado, uma vocação que afeta todas

as dimensões da nossa vida, e isso muda a nossa cosmo-visão. Maceió nos espera, e se você quiser saber mais, acesse www.29mais.com.

Você já se deu conta de que pequenos gestos seus também podem mudar a vida de muita gente, e até você mesmo, porque algo muito diferente acontece na vida de quem ama? Algo diferente acontece na vida de quem se encontra com Jesus. Ele tem sobre Si o amor, porque Deus é amor, e é essa a conversa do nosso próximo Pés no Arado, que vai acontecer na Bahia, na cidade de Ilheús, de 02 a 12 de janeiro. As inscrições já estão abertas. Acesse: www.pesnoarado.com

O Teen Brasil 2016 vai ser brasilsão! Vai ter adoles-centes de todos os lados da nossa nação. Esse Teen Brasil é sobre uma história de amor incrível que tem a ver com a gente. Deus amou de tal ma-neira os adolescentes que fez dessa fase um dos momentos mais extraordinários da vida. Deus amou de tal maneira que enviou Jesus para en-trar na história e fazer dEle o nosso melhor amigo. Por isso, não fique de fora. Vem com a gente nessa jornada “3.16”. Confira em: www.teenbrasil2016.com.

A gente se encontra na es-trada!

Com amor,Gilciane Abreu, diretora--executiva da Juventude

Batista Brasileira

Novidades da JBB pra você!

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14 o jornal batista – domingo, 16/08/15 ponto de vista

Kleber Oliveira, sociólogo, professor do CETEBES/Linhares, membro da Igreja Batista Memorial em Linhares - ES

“Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda gló-ria tal como esta é maligna. Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não faz, comete pe-cado “ (Tg 4.16 -17).

É comum, em grupos de e s tudos sobre Ação Social da Igre-ja ouvir uma crítica

Edvar Gimenes de Oliveira, colaborador de OJB

“O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazen-do algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em neces-sidade” (Ef 4.28 - NVI).

Nossa leitura e prá-tica dos ensinos bíblicos é seletiva. Desde a busca por

palavras de conforto nas fa-mosas caixinhas de promessa até a necessidade de rechear nossos sermões para garantir que ele seja percebido como bíblico, a seleção faz parte da nossa relação com as Escritu-ras Sagradas.

Seletivo também é o des-taque que damos aos textos que sustentam nossas cren-ças, valores e, até mesmo, a ideologia das ênfases mi-nisteriais que abraçamos. Os textos que fortalecem, por exemplo, a ética corporal, conjugal ou familiar por nós defendidas estão sempre na ponta da língua. Já os que tratam das relações econô-

mais ou menos nestes ter-mos: “A Bíblia afirma que o mundo vai de mal a pior e que vamos para o céu. Então, porque nos envolver-mos com os problemas deste mundo?”.

Chamo este tipo de ques-tionamento de “pergunta paralisante”. São questões que sob a capa do zelo teo-lógico e piedoso justificam nossa passividade diante dos desafios concretos que a re-alidade nos impõe. Tranqui-lizam nossa alma, permitem continuarmos vivendo em

mico-sociais não recebem nenhuma atenção quando não passam totalmente des-percebidos ou até “espiritu-alizados”.

Esse é o caso do versícu-lo em epígrafe. Raramente se prega sobre ele. Como geralmente não queremos ter problemas políticos com aqueles que se beneficiam do modelo estabelecido de relacionamento sócio--econômico-financeiro, op-tamos por retirá-lo do nosso cardápio diário.

Mas ele está ali e o mesmo Espírito Santo que inspirou Paulo continua livre, inclusi-ve livre dos poderosos prín-cipes deste modelo cultural opressivo e, vez por outra, quando abrimos a Palavra em busca de luz para os nos-sos caminhos ele nos brinda e faz o nosso coração pulsar um pouco mais acelerada-mente. Quando isso ocor-re, até procuramos seguir a leitura devocional adiante, mas é como se ele travasse o sentimento e não o libe-rasse enquanto não dermos a atenção devida àquilo que

paz com nossa consciência. Pode algo ser mais contrário ao Espírito do Evangelho?

Jesus se deparou com este tipo de questionamento. Lembremos, por exemplo, quando um doutor da Lei (sempre eles!) O aborda com a dúvida teológica sobre “Quem é o meu próximo”. O Mestre devolve a per-gunta, de maneira inverti-da - “Quem foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?” – e arre-mata: “Vai e faze da mesma maneira” (Lc 10.37).

ele quer nos dizer.O que ele disse a mim, foi

a mim. A você, leitor, cabe examinar os espíritos confor-me I João 4.1 e decidir o que fazer com esta palavra.

A mim sinto que ele está dizendo que, na nova vida em Cristo, roubar é um verbo que deve ser retirado não só do meu vocabulário, mas também do vocabulário das nossas comunidades. Ele está dizendo que, embora seja importante estarmos informados dos roubos prati-cados contra nosso dinheiro administrado pelos governos públicos, e que, como cida-dãos, devemos participar do combate a ele. Está dizendo que o não roubar deve ser realidade primeiro em minha vida, família, igreja, trabalho, escola ou denominação re-ligiosa, círculos, enfim, que fazem parte do meu mundo significativo imediato.

Roubar, sob qualquer no-menclatura ou motivação, não deve pertencer ao nosso novo modelo de vida em Cristo.

Mas ele me diz mais atra-

Diante da presunção da pergunta que justi f ica a omissão, o Senhor nos dá a resposta que potencializa todo aquele que nele crer. Sua palavra, que ecoa pela eternidade, poderia ser en-tendida em nosso contexto como: “Parem de inventar desculpas teóricas; façam o que já sabem o que deve ser feito”.

Porém, continuamos amar-rados em nossas próprias questões, debatendo teorias sobre se o céu é aqui ou lá, hoje ou amanhã; se a teolo-

vés desse desconfortável tex-to. Diz que devemos nos conscientizar da finalidade das nossas mãos. Elas devem ser usadas de maneira útil, isto é, de maneira que o re-sultado dos seus movimentos seja benéfico e não maléfico, altruísta e não egoísta.

Nesse sentido, as palavras nos anima a entendermos que há uma evolução no desenvolvimento da nova vida em Cristo, nas relações com as coisas. Inicialmente respeitamos o direito à pro-priedade; em seguida, res-significamos o uso das mãos, depois passamos a trabalhar e, finalmente, passamos a incluir o outro no resultado do nosso trabalho. É uma mudança incrível. Partimos de uma situação pecaminosa na qual irávamos do outro e atingimos uma graciosa na qual compartilhamos o que é nosso com o outro.

Dividir com o outro é parte essencial da nova vida em Cristo. Como cada um admi-nistra isso deve ser fruto da própria comunhão com Deus, mas não há como negar que

gia “x” ou “z” é a melhor; se a Igreja deve ser “integral ou desnatada”. Enquanto isso, pessoas continuam caídas nos caminhos, exploradas e excluídas; a criação segue sendo destruída; a imagem de Deus, presente em todo o ser humano, sendo degra-dada e corrompida.

Contra isso, devemos to-dos nos levantar, esta é mi-nha resposta potente para a pergunta que paralisa. Afi-nal, quem sabe fazer o bem e não o faz, peca. Ou não é mais assim?

compartilhar o fruto do nosso trabalho seja evidência da nova vida em Cristo.

É claro que muitos deta-lhes precisam ser ponde-rados. Por exemplo: como agir com os aproveitadores, diante das palavras bíblicas que dizem: “Aquele que não trabalha que não coma?” (II Ts 3.4). Como encarar aque-les que acumulam dinheiro como resultado de relações trabalhistas ou comerciais injustas, exploradoras e apa-rentam generosidade fazen-do doações financeiras gene-rosas? Sim, esses são exem-plos de pontos que merecem reflexão, mas não alteram o princípio que nos ensina que não há como viver sin-ceramente a vida em Cristo sem que haja alteração em nossa relação com as coisas do outro e na finalidade do nosso trabalho. O trabalho deixa de ser apenas para sobrevivência econômico--financeira individual e passa a ter também uma finalidade social. O que passar disso, parece-me, é de procedência maligna.

Departamento de Ação Social da CBB

Respostas potentes para perguntas

paralisantes

A nova vida comunitária em Cristo e a função social do trabalho

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15o jornal batista – domingo, 16/08/15ponto de vista

Lucia Cerqueira, Educadora Religiosa, pedagoga, mestre em Educação, psicóloga clínica especialista em terapia de família

Lendo a primeira carta que o Apóstolo Paulo escreveu a Timóteo - seu filho na fé, como

ele mesmo chama - por amor e por ter mais experiência de vida é que Paulo escreve aconselhando, chamando a atenção para pontos e ques-tões importantes e significa-tivas, na vida em geral, mas principalmente na vida da Igreja. Sim, esse é o ponto principal. Paulo escreve a quem ama no sentido de que vá bem em seu exercício ministerial.

Encanta-me e maravilha-me ver que Deus, em Sua infinita sabedoria, faz dessa carta tão antiga e específica, algo atua-líssimo e, ao mesmo tempo, ampla a todo aquele que deseja sair-se bem ao exercer um ministério pastoral.

Paulo começa destacando que Timóteo prestasse aten-ção ao fato de que muitos apareceriam ensinando falsas doutrinas, baseadas em fábu-las, em estórias das mais di-versas. Infelizmente, muitos acabaram acreditando nelas. E por causa delas trocavam o Evangelho da graça por algo que as faziam distanciar-se.

Constantemente chama a atenção de Timóteo para que ele conserve a fé, a boa consciência, que rejeite con-tendas e tudo o mais que o afastar da sã doutrina.

Timóteo estava começan-do o seu ministério pastoral e precisava de conselhos e de como se proceder como pastor de almas e vidas que precisavam ser trabalhadas e tratadas. Muito bonito e significativo ver os conse-lhos dados de como deveria tratar a todos os membros e

participantes da Igreja, desde os mais simples, como as viúvas, como os presbíteros e diáconos. Aos servos como deveriam agir com seus pa-trões não crentes, assim como aqueles que eram crentes. Como isso é significativo, pois às vezes essas relações são confundidas e precisam ser esclarecidas e avaliadas. Como é atual essa carta!

Bateu em meu coração uma melancolia, ao mesmo tempo um peso de dor, ao constatar quantos de nos-sos pastores e líderes pre-cisam reler essas palavras. Em alguns casos é urgente, urgentíssimo! Infelizmente, alguns estão buscando con-selhos em outras literaturas que não a Palavra. E, devido a isso, temos visto tantas e tantas coisas que, em vez de abençoar, magoam, separam, destroem, aniquilam.

Paulo alertou a Timóteo que nos últimos dias muitos se afastariam da fé, por da-rem ouvidos a espíritos enga-nadores, mas, infelizmente, também chamou atenção que muitos se afastariam por cau-sa da hipocrisia de homens que falam mentiras e que têm a sua consciência cau-terizada – pessoas inseridas no ministério – e que acabam literalmente destruindo vidas.

Paulo continua destacando a importância da fidelidade e diligência no ministério.

O Apóstolo propõe – cha-ma a atenção - que Timóteo rejeite o que for preciso para manter sã a doutrina dos apóstolos, aconselha a que persista em ler, estudar, exor-tar, ensinar, a reprender com respeito e consideração, mas não deixar de repreender e exortar.

Interessante também é ver os conselhos em como devem proceder e viver os presbíteros, os diáconos, os homens e mulheres que li-

deram na Igreja. Chama a atenção para o fato de que o obreiro não deve se pre-ocupar e nem valorizar por demais o que vai ganhar no exercício ministerial. Chega a pregar o contentamento – tão esquecido e desvalorizado – por muitos. Chama aten-ção que o amor ao dinheiro é, realmente, como todos sabemos, a raiz de todos os males. Temos visto tantos se enveredarem pelo Evangelho da prosperidade, como se fossem chamados para isso. Deixa claro que o obreiro é digno de seu salário.

Diz a Timóteo que, como homem de Deus, deveria fu-gir de tudo que o distanciasse ou afastasse da sã doutrina e que trouxesse dor, descon-fiança, descrédito, desconsi-deração e mau testemunho como representante de Deus entre os homens. Que ele – Timóteo – deveria viver uma vida que fosse digna de boa confissão, ou seja, da fala e testemunho das pessoas com quem convive.

Paulo termina essa primeira carta dizendo a seu filho na fé, que guarde o depósito que lhe foi confiado, para que se afaste de clamores vãos, profanos e as oposições falsas promovidas pela ciência, isso porque, alguns homens que já haviam estado no exercí-cio ministerial da Palavra, por terem dado ouvidos a essas questões e outras tan-tas, acabaram se desviando e tomando outros rumos.

Quero aqui então retomar o ponto da melancolia e da dor que invadiu meu coração em relação a muitos líderes e ministros da Palavra que ao longo da minha caminhada cristã conheci e tenho co-nhecido. Como as palavras do apóstolo Paulo são atuais!

Aqui passo a falar pedindo licença ao apóstolo por me utilizar de suas palavras e por

achar, como falei, super atuais. Paulo quando diz: “Ó Timó-teo, guarda o depósito que te foi confiado...” (Tm 6.20a).

Meu coração dói, minhas mãos ficam trêmulas, meu ser se entristece em ver que muitos daqueles que depo-sitamos nossa confiança no exercício ministerial, que passaram por nossas casas de formação, pela imposição das mãos em um concílio, parti-ciparam e ainda participam de nossas assembleias dei-xaram de guardar aquilo que foi confiado por um grande número de testemunhas. Não deixo de lado as críticas que se fazem necessárias, apenas ressalto o compromisso, a verdade, a fidelidade profes-sada no ato da Confissão de fé pedida como requisito ao exercício ministerial.

Destaco também que em nossa caminhada, os dias, a vida e nós mudamos e isso é natural e saudável, mas a fidelidade a Palavra e a sã doutrina nunca podem mu-dar, podem sim, solidificar. E nesse exercício ministerial da Palavra e da sã doutrina, o fingimento, a hipocrisia devem ser rejeitados e o de-vido cuidado na utilização de estratégias persuasivas tecno-lógicas, neurolinguistas e/ou psicológicas, no fazer minis-terial – eis aí um paradoxo da ciência tão necessária e controvertida – que pode nos afastar da sã doutrina. Que pode confundir e separar e desvirtuar do verdadeiro ensino.

Dói meu coração quando vejo alguns traindo a con-fiança depositada por muitos. Como? Quando ao serem convidados a assumir uma Igreja, apresentam-se como tudo o que aquela Congre-gação deseja, mas aos pou-cos ou em poucos meses, começa a modificar. Penso que como em toda relação,

os acordos iniciais devem ser lembrados, relembrados e observados, isso porque, como diz Paulo – “Guarda o depósito que te foi confiado”.

Não consigo entender – claro que isso é apenas força de expressão – o porquê dessas coisas acontecerem. Qual a necessidade desses acontecimentos? Por que essa necessidade de se co-locar e não se ter o cuidado necessário com aqueles que depositaram a fé e confiança para que essa pessoa esteja onde está?

Sou e somos parte de um grupo de pessoas que por sua fidelidade chegou até aqui. Quantos e quantas se deram para chegarmos a ser o que somos e temos isso em rela-ção ao patrimônio material e imaterial. O que dá na mente de alguém que se sente no direito de desfrutar e de até tomar para si o que muitos ao longo de anos e anos lutaram para construir?

Desejo de mudança? Sim, esse desejo é pertinente e necessário! A mudança é a tônica do ser humano, preci-samos dela. Paulo é exemplo vivo de que ela acontece e que pode ser benéfica. Seus conselhos a Timóteo e a nós hoje são para que saibamos como lidar e tratar a Igreja de Deus, que é coluna e firmeza da verdade.

A título de reflexão, de-sejo sinceramente o uso da coerência e da fidelidade necessária a todo aquele que inserido no exercício minis-terial, use o dom que lhe foi dado pela imposição das mãos com responsabilidade e verdade a fim de exercer seu ministério. “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; por-que, assim fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” (Tm 4.16).

A atualidade de uma carta em tempos de WhatsApp

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