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““ArticulaArticulaçção regional no Brasil: a ão regional no Brasil: a áárdua rdua aprendizagemaprendizagem””
Dieter Rugard SiedenbergMarcos Paulo Dhein Griebeler
CEPAL/ILPES, Santiago de Chile, 19 al 21 de Octubre de 2010 Seminario Internacional
Desarrollo Económico Territorial: Nuevas Praxis en ALC en el Siglo XXI
Miércoles, 20/10/2010
O contexto: experiências brasileiras de planejamento territorial
Primeiras experiências de planejamento territorial no Brasil
1938Criação do Departamento
Administrativo do Serviço Público (DASP)
Plano SALTE1940
Década de 1950Plano de Metas
Criação da SudeneSuperintendência de
Desenvolvimento Regional do Nordeste
brasileiro1959
1964PAEG – Programa de Ação
Econômica de Governo (General Castelo Branco)
Programa Estratégico de Desenvolvimento –
PED1968-70
1970-73 Governo do General MédiciPrograma de Diretrizes e
Bases para a Ação do Governo
Elaborados três Planos Nacionais de
Desenvolvimento1972 a 1985
1986 Plano
Cruzado
1989 Plano Verão
1994 Plano Real
Plano Bresser
1987
Plano Collor1990
Especificidades do modelo gaúcho de planejamento regional
Porto AlegreCapital
Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul –– Dados GeraisDados Gerais
ÁÁrearea aproximadaaproximada 282.000 km282.000 km²²
PopulaPopulaçção (censo ão (censo 2010)2010)
11 11 milhõesmilhões de de habitanteshabitantes((CensoCenso 2010)2010)
Divisão Territorial:Divisão Territorial: 496 munic496 municíípiospios
CapitalCapital Porto Alegre Porto Alegre –– 1,5 1,5 milhãomilhãode de gagaúúchoschos
Taxa de Taxa de AnalfabetismoAnalfabetismo 6,6% 6,6%
Expectativa de vida Expectativa de vida (2000)(2000) 72,05 72,05 anosanos
Mortalidade Infantil Mortalidade Infantil (2000)(2000)
12,7 12,7 óóbitosbitos por mil por mil nascidosnascidos vivosvivos
PIB PIB per capitaper capita R$ 15.813,00 R$ 15.813,00
ÍÍndice de ndice de Desenvolvimento Desenvolvimento Humano Humano –– IDH IDH (2005)(2005)
0,832 0,832 –– um dos um dos cincocincoEstadosEstados maismais
desenvolvidosdesenvolvidos do do BrasilBrasil
Fonte: PNUD e FEE.
Divisão política dos 28 COREDESEstado do Rio Grande do Sul – Brasil
COREDES: Lei Estadual nº 10.283, de 17/10/1994.
São um fórum de discussão e decisão a respeito depolíticas e ações relacionadas aos processos dedesenvolvimento regional no Rio Grande do Sul;
Principais objetivos:
a) promoção do desenvolvimento regional harmônico e sustentável;
b) a integração dos recursos e das ações do governo nas regiões;
c) a melhoria da qualidade de vida da população; d) a distribuição eqüitativa da riqueza produzida; o
estímulo a permanência do homem na sua região e a preservação e a recuperação do meio ambiente.
Cronologia da criação dos Coredes no RS:
1994: 21 Coredes;
1998: 22º Corede – Metropolitano Delta do Jacuí;
Em anos subseqüentes foram criados mais seisCoredes pelo fracionamento regional;
2008: 28 regiões em 2008.
Estrutura Organizacional dos Estrutura Organizacional dos COREDESCOREDES
A estrutura básica legal dos COREDES prevê a seguinte composição: (1) uma Assembléia Geral Regional, composta por representantes da sociedade civil organizada e dos Poderes Públicos existente na região, assegurada a paridade entre trabalhadores e empregadores; (2) um Conselho de Representantes como órgão executivo e deliberativo de primeira instância(3) uma Direção Executiva composta por um presidente, um vice-presidente, um tesoureiro e um secretário executivo que têm mandato de dois anos, cabendo-lhes dirigir a Assembléia Geral, o Conselho de Representantes; (4) as Comissões Setoriais que tratam dos temas específicos, com competência para assessoramento, estudos dos problemas regionais e elaboração de programas e projetos regionais. O conjunto dos Conselhos Regionais regiões constitui o Fórum Estadual dos COREDES, instância de articulação e coordenação da ação dos conselhos no Estado do RS.
RS – Regiões Funcionais de Planejamento
Origem RFP: SecretariaEstadual de Planejamentoe Gestão – SEPLAG
Estudo de DesenvolvimentoRegional e Logística do RS(Rumos 2015)
Critérios das RFP:
a) Homogeneidade econômica, ambiental e social;
b) Adequação de variáveis correspondentes para identificação de polarizações.
Participação Social e Cidadania no RSQuadro 1: Cronologia das Gestões Estaduais no RS: 1987‐1994
1987 1988* 1989** 1990 1991 1992 1993 1994*** Gestão do Governo Pedro Simon
Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Gestão do Governo Alceu Collares Partido Democrático Trabalhista
*Promulgação da Constituição Federal do Brasil: outubro de 1988 **Promulgação da Constituição Estadual do RS: outubro de 1989 *** Instituição dos COREDES: dezembro de 1994 Fonte: elaborado pelos autores
Quadro 2: Cronologia das Gestões Estaduais no RS: 1995‐2002
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Gestão do Governo Antonio Britto
Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Gestão do Governo Olívio Dutra Partido dos Trabalhadores
Fonte: elaborado pelos autores
Participação Social e Cidadania no RS
Raízes mais profundas que a Constituição Estadual (1989) e o ato legal de instituição dos Coredes (1994);
Redemocratização brasileira: modernização do setor público, transparência, eficiência e descentralização;
Programa Estadual de Descentralização Regional – PEDR (1987): caráter participativo do planejamento regional e importância da discussão e formulação das prioridades regionais pelas representações locais (Decreto 32.567, 1987);
Precursor experimental dos COREDES.
Participação Social e Cidadania no RS
Quadro 4 – Fluxograma do Processo de Participação Popular / Consulta Popular
Fonte: elaborado pelos autores.
Governo do Estado desencadeia o processo anualmente, definindo as diretrizes gerais
Audiências Públicas Regionais para prestação de contas e definição de diretrizes gerais são realizadas em cada uma das 28 regiões
Assembléias Municipais de consulta à população são realizadas nos diversos COMUDES – Conselhos Municipais de Desenvolvimento para definição de projetos
COREDES sistematizam propostas e preparam a lista de demandas sociais de cada região que irão à votação na Consulta Popular
Realização da Consulta Popular e apuração dos resultados
Incorporação das demandas regionais no Orçamento do Estado e repasse dos recursos para implementação dos projetos e investimentos.
Participação Social e Cidadania no RS
Quadro 3 – Número e percentual de participantes em relação aos eleitores no processo de discussão do orçamento estadual entre
1999 e 2002
AnoAno 19991999 20002000 20012001 20022002ParticipantesParticipantes 188.528188.528 281.926281.926 378.340378.340 333.040333.040
% dos % dos participantes participantes sobre total de sobre total de
eleitoreseleitores
3,243,24 4,844,84 6,506,50 5,305,30
Fonte: elaborado pelos autores com base em dados da Secretaria Extraordinária de Relações Institucionais
Participação Social e Cidadania no RS
Quadro 5: Número e percentual de participantes em relação aos eleitores no processo de discussão do orçamento estadual e montante de recursos envolvidos
na Consulta Popular entre 2003 e 2006
AnoAno 20032003 20042004 20052005 20062006
Votantes Votantes 462.299462.299 581.115581.115 674.075674.075 726.980726.980
% dos % dos votantes votantes sobre o sobre o total de total de eleitoreseleitores
7,367,36 9,269,26 10,7410,74 10,9810,98
Montante Montante dos dos
recursos recursos disponibilizadisponibilizados em R$dos em R$
310.177.294,00310.177.294,00 306.600.983306.600.983 152.612.868,00152.612.868,00 190.000.000,00190.000.000,00
Fonte: elaborado pelos autores com base em dados da Secretaria Extraordinária de Relações Institucionais
Participação Social e Cidadania no RS
Fonte: elaborado pelos autores com base em dados da Secretaria Extraordinária de Relações Institucionais
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Quadro 6: Cronologia das Gestões Estaduais no RS: 2003-2010
Gestão do Governo Germano Rigotto Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Gestão do Governo Yeda Crusius
Crise financeira (2008-2009): Descrédito crescente para com a Consulta Popular – suspensão temporária doprocesso, apesar de reafirmar o compromisso ao combate das disparidades regionais e fortalecimento doprocesso de participação, bem como na importância dos COREDES como instrumentos de planejamento.
Contrariedade: Federação da Associação dos Municípios do RS – FAMURS; Associação Gaúcha Municipalista –AGM e União dos Vereadores do RS – UVERGS vs. Fórum dos COREDES – perda de credibilidade peladescontinuidade traria prejuízos sociais ainda maiores.
Participação Social e Cidadania no RS
AcordoAcordo entre entre stakeholders stakeholders
GovernoGoverno do Estado, do Estado, FFóórumrum dos COREDES, FAMURS, dos COREDES, FAMURS, AGM, UVERGS e AGM, UVERGS e AssembleiaAssembleia LegislativaLegislativa
Termo de Ajuste do Termo de Ajuste do governogoverno
SaldarSaldar passivopassivo de R$ 180 de R$ 180 milhõesmilhões ((ConsultasConsultas PopularesPopulares de de 2003, 2004 e 2005)2003, 2004 e 2005)
AAçções de investimentos ões de investimentos e custeios votadas na e custeios votadas na Consulta Popular de Consulta Popular de
2006 2006
ExecutadasExecutadas nana proporproporççãoão de 25% de 25% emem 2007, 2008, 2009 e 2007, 2008, 2009 e 20102010
20072007MontanteMontante de de recursosrecursos novosnovos parapara o o ConsultaConsulta Popular Popular reduzidoreduzido drasticamentedrasticamente ((menosmenos de 15% do valor de 15% do valor dadaconsultaconsulta de 2006)de 2006)
ConsequenciaConsequencia ReduReduççãoão significativasignificativa no no nnúúmeromero de de votantesvotantes vs. vs. avaliaavaliaççãoãogeralgeral dos dos stakeholdersstakeholders mencionadosmencionados foifoi positivapositiva
RecuperaRecuperaççãoão dadacredibilidadecredibilidade
MecanismosMecanismos compensatcompensatóóriosrios por por umauma maiormaior participaparticipaççãoãonasnas regiõesregiões
HeterogeneidadeHeterogeneidadeacentuadaacentuada
RegiõesRegiões com com percentualpercentual de de votantesvotantes com com maismais de 40% de 40% dos dos eleitoreseleitores aptosaptos; ; emem outrasoutras esteeste percentualpercentual ficouficou abaixoabaixode 10%. de 10%.
Consulta Popular 2007-2010
Participação Social e Cidadania no RSConsulta Popular 2007-2010
Quadro 7: Número e percentual de participantes em relação aos eleitores no processo de discussão do orçamento estadual e montante de recursos
envolvidos na Consulta Popular entre 2007 e 2010
AnoAno 20072007 20082008 20092009 20102010
Votantes Votantes 369.417369.417 478.310478.310 950.077950.077 1.217.0671.217.067
% dos votantes % dos votantes sobre o total de sobre o total de
eleitoreseleitores5,605,60 7,147,14 14,1814,18 18,00 (estimado)18,00 (estimado)
Montante dos Montante dos recursos recursos
disponibilizados disponibilizados em R$em R$
40.000.000,0040.000.000,00 50.000.000,0050.000.000,00 115.000.000,00115.000.000,00 165.000.000,00165.000.000,00
Fonte: elaborado pelos autores com base em dados da Secretaria Extraordinária de Relações Institucionais
Considerações FinaisAspectos significativos
a) Política de desenvolvimento regional consolidação de algumas estruturas e processos genuinamente gaúchos;
b) Trajetória histórica dos COREDES: experiência inovadora em termos de planejamento e políticas de desenvolvimento regional;
c) País sem muita tradição na participação popular, na descentralização administrativa e na regionalização dos recursos públicos;
d) Avanços: ponto de partida para a conquista da cidadania;
e) Aperfeiçoamento do processo e dos instrumentos: # correntes político-partidárias sobre os COREDES;
f) desenvolvimento socioeconômico: regiões e suas peculiaridades;
g) Volume de recursos: 13 processos de participação popular desde 1998 – de R$ 100 milhões (1998) para R$ 165 milhões (2010);
h) Número de votantes triplicou: de 379 mil para 1.217 mil votantes (de 6 para 18% dos eleitores).
Considerações FinaisAprendizagem com os processos
a) Constituir-se como região: liderança deve desenvolver a capacidade de gerenciar conflitos e interesses políticos, institucionais, sociais e corporativos emergentes;
b) Um processo de consolidação regional dispara temores e inseguranças e apresenta aspectos políticos e técnicos divergentes;
c) Coredes: fundamental estruturar um órgão representativo de todas as regiões para interlocução com o Governo;
d) Liderança regional: compreender que entre a vontade política e o funcionamento da máquina pública existem muitos desvãos;
e) Afinar o discurso inter-regional;
f) Avançar, retroceder, negociar, ceder, propor e insistir: planejamento e políticas de desenvolvimento regional;
g) Participação e cidadania não são simplesmente outorgadas pelo governo, precisam ser conquistadas paulatinamente pela sociedade.
MUCHAS GRACIAS Y INVITAMOS A TODOS PARA EL
V SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE DESENVOLVIMENTO REGIONAL
SANTA CRUZ DO SUL, RS, BRASIL
Entre el 17 y el 19 de agosto de 2011
SUBMISSIONES:Hasta el 15 de marzo de 2011
http://www.unisc.br/sidr/
REVISTA REDEShttp://online.unisc.br/seer/index.php/redes