Artigo BM 09

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Artigo sobre desmonte de rochas, explosivos, vibrações, entre outros assuntos correlatos

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  • O RUDO E A INDSTRIA EXTRACTIVA

    Ferreira, Nuno Eng. do Ambiente - Visa Consultores, S.A., Oeiras.

    Guerreiro, Humberto Eng. de Minas - Visa Consultores, S.A., Oeiras.

    RESUMO

    As operaes de explorao e beneficiao de minrios, em pedreiras e minas, em especial a cu aberto, geram rudo que, em muitos casos, motivam incomodidade junto de habitantes ou outros receptores sensveis presentes na envolvente das unidades extractivas.

    A existncia de um plano de monitorizao ambiental contemplando o ambiente sonoro, numa fase inicial dos empreendimentos mineiros, permite o controlo dos nveis de rudo gerados e a sua anlise face evoluo espacial dos trabalhos.

    A comparao dos valores obtidos para os nveis de rudo medidos junto dos receptores sensveis, existentes na vizinhana das pedreiras e minas, com os valores limite definidos na legislao vigente nesta matria essencial para o controlo de rudo emitido pelas actividades extractivas e para a definio das medidas de minimizao e controlo aplicveis.

    As actividades de monitorizao permitem prever antecipadamente situaes de reclamao das populaes, conduzindo de imediato aplicao de medidas de minimizao capazes de resolver os problemas detectados. Alm disso, os valores coligidos das medies de rudo constituem uma base de dados que representa uma mais-valia em caso de conflito.

    1. INTRODUO

    A explorao de pedreiras e de minas a cu aberto nas suas diferentes fases, desde as operaes preparatrias, como sejam a desmatao e decapagem, passando pelas actividades de desmonte, carregamento e transporte, at expedio dos minrios, envolve um conjunto de trabalhos e equipamentos que geram nveis elevados de rudo. Como consequncia, sempre que as exploraes se situam na proximidade de zonas habitadas surgem conflitos com as populaes locais que podem constituir graves impedimentos ao normal desenvolvimento dos trabalhos de explorao. Estas situaes devem ser analisadas logo na fase de projecto das exploraes (nos planos de pedreira e planos de lavra, mesmo quando no esto sujeitas a avaliao de impacte ambiental) de modo a evitar potenciais conflitos indesejveis com as populaes vizinhas ou outros (entidades ligadas defesa do ambiente, entidades fiscalizadoras, etc.).

    Assim, pretende-se abordar os fenmenos associados gerao de rudo, apresentando algumas definies gerais, o enquadramento legal, os meios e tcnicas de monitorizao e medidas minimizao e controlo que podem ser aplicados em minas e pedreiras.

  • 2. IMPACTES GERADOS PELO RUDO

    2.1. GENERALIDADES A laborao de pedreiras e minas, nomeadamente o uso de equipamentos mveis como sejam as perfuradoras, ps carregadoras, dumpers e escavadoras giratrias e de equipamentos fixos como as unidades de tratamento de minrio (centrais de britagem, lavagem, entre outras) geram nveis de rudo considerveis.

    O uso de explosivos tambm uma fonte importante de rudo, ainda que a durao deste tipo de rudo seja extremamente reduzida. Nestas situaes, o rudo gerado, principalmente, pela libertao de gases da detonao, pelo uso de cordo detonante e/ou pela coliso de blocos projectados entre si e o piso (Figura 1).

    Figura 1 Fenmenos que contribuem para a onda area (rudo) gerada no desmonte de rocha com recurso a substncias explosivas.

    2.1.1. Rudo

    O rudo pode ser definido como um conjunto de sons1 desagradveis e frequentemente irritantes. Para alm de um determinado nvel torna-se incmodo, sendo obstculo comunicao e contribui para o aumento da fadiga, podendo provocar alteraes no sistema nervoso e mesmo traumatismos auditivos.

    2.1.2. Propagao do rudo e principais propriedades

    O rudo ou som desagradvel provocado pelas perturbaes que a vibrao de uma superfcie slida produz no meio, propagando-se nele em todas as direces. No ar esta perturbao manifesta-se em pequenas flutuaes de presso que so detectadas pelo ouvido humano (Figura 2). As vibraes deslocam-se atravs do ar sob a forma de ondas que transmitem a presso.

    1 O som pode ser definido como qualquer variao de presso detectada pelo ouvido humano.

  • Propagao do rudo atravs da variao da presso relativa presso esttica atmosfrica

    Variao da presso sonora

    Figura 2 - Propagao do rudo e escala da presso sonora (adaptado de Brel & Kjaer).

    No Quadro 1 so apresentadas as principais caractersticas do som e as respectivas frmulas para a sua determinao, designadamente a velocidade de propagao sonora, a presso sonora, a intensidade sonora, a potncia sonora e o nvel de presso sonora ou nvel de rudo.

    Quadro 1 Principais caractersticas do som.

    VELOCIDADE DE PROPAGAO PRESSO SONORA INTENSIDADE SONORA

    Tc 6,06,331 +=

    Pac

    4,1= =

    T

    dttpT

    P0

    2 )(1 c

    pI

    2

    =

    c velocidade do som (m/s) T temperatura (C) Pa presso atmosfrica (Pa) - densidade do ar (kg/m3)

    P valor eficaz da presso sonora (Pa) T perodo da onda sonora (s) p(t) variao da presso sonora com o tempo

    I intensidade sonora (W/m2) p presso sonora (Pa) - densidade do ar (kg/m3) c velocidade do som (m/s)

    POTNCIA SONORA NVEL DE PRESSO SONORA 24 rISIW pi==

    (para emisso em campo livre) 0log20

    ppLp =

    W potncia sonora (W) I intensidade sonora (W/m2) S superfcie atravessada (m2) r distncia entre a fonte e o receptor (m)

    Lp Nvel de presso sonora (dB) p presso sonora p0 - 20Pa (limiar da audio)

    O nvel de rudo ou nvel de presso sonora expresso em decibis (dB), relacionando-se com a presso sonora pela frmula apresentada no Quadro 1. Como nas medies de rudo se utiliza uma malha de ponderao, denominada de A, que traduz o comportamento do ouvido humano ao rudo (atenua os nveis nas frequncia inferiores a 1000 Hz e superiores a 5 000 Hz, nas quais o ouvido humano menos sensvel, e incrementa entre os 1 000 Hz e os 5 000 Hz, gama de frequncias em que o ouvido mais sensvel inclui a gama de frequncias da conversao), o nvel de rudo expresso em dB(A). A gama de frequncias audveis, para o ser humano, situa-se entre os 20 Hz e os 20 000 Hz.

    Actividades de extraco e

    beneficiao, incluindo o desmonte

    com explosivos

    Presso sonora

    Nvel de presso sonora

  • O rudo gerado pelas detonaes (onda area) pode provocar danos graves no ouvido humano, mas tambm danos em estruturas, tais como quebrar vidro de janelas, entre outros (acima de 140 dB).

    2.1.3. Tipos de rudo

    O rudo pode ser classificado em trs tipos, designadamente rudo contnuo, rudo intermitente e rudo impulsivo, em funo da sua variao no tempo, cuja definio e respectiva ilustrao exemplificativa se apresentam no Quadro 2.

    Quadro 2 Tipos de rudo.

    RUDO CONTNUO RUDO INTERMITENTE RUDO IMPULSIVO

    Rudo cujos nveis de presso sonora e espectro de frequncia se mantm

    constantes no tempo

    Rudo cujos nveis de presso sonora e o espectro de frequncia variam em

    intervalos bem definidos, podendo ser peridicos (tpico da operao de

    perfurao)

    Rudo de muito curta durao (< 200ms) e com um nvel de presso sonora bastante

    elevado (tpico da detonao de substncias explosivas)

    2.1.4. Principais fontes de rudo

    As principais fontes de rudo a considerar no emprego de explosivos devem considerar, no s a detonao, mas tambm as operaes a montante e a jusante desta, designadamente a perfurao (consiste na fragmentao localizada da rocha para aplicao dos explosivos), a remoo (consiste na limpeza do material desmontado e transporte para a instalao de beneficiao) e a beneficiao do minrio (central de britagem, de lavagem, entre outras). Algumas das principais fontes de rudo relacionadas com as operaes referidas apresentam-se na Figura 3.

    Perfurao (rudo gerado pela interaco

    broca/rocha e pelo funcionamento da perfuradora)

    Detonao (rudo gerado, essencialmente, pelos movimentos do terreno, pela libertao de gases, pela detonao do cordo detonante e pela coliso de pedras)

    Remoo (rudo gerado pelos equipamentos utilizados na remoo, geralmente ps carregadoras,

    escavadoras giratrias e dumpers ou camies)

    Beneficiao (britagem e lavagem)

    (rudo gerado pela laborao dos britadores e moinhos, tambores de lavagem, crivos, tapetes transportadores, motores

    elctricos, etc.)

    Expedio (rudo gerado pela circulao de viaturas pesadas que procedem

    ao transporte dos materiais)

    Figura 3 - Principais fontes de rudo associadas laborao de pedreiras e minas a cu aberto.

  • 2.2. ENQUADRAMENTO LEGAL E NORMATIVO Os principais instrumentos legais e normativos que regulam o rudo associado a actividades industriais e outras encontram-se sintetizados no Quadro 3.

    Quadro 3 Principal regulamentao e normalizao relativa ao rudo.

    INSTRUMENTOS DESCRIO

    Decreto-Lei n. 182/2006 (de 6 de Setembro)

    Transpe para o direito interno a Directiva Comunitria n. 2003/10/CE, do Parlamento e do Conselho, de 6 de Fevereiro, relativa s prescries

    mnimas de segurana e sade em matria de exposio dos trabalhadores aos riscos devidos ao rudo.

    NP 1730 (1996)

    Descrio do rudo ambiente. Parte 1: Grandezas fundamentais e procedimentos. Parte 2: Recolha de dados relevantes para o uso do

    solo. Parte 3: Aplicao dos limites do rudo. Decreto-Lei n.9/2007 (de 17 de Janeiro)

    Regulamento Geral do Rudo.

    A crescente importncia atribuda qualidade de vida das populaes, em especial no que concerne ao ambiente sonoro, est patente no Regulamento Geral do Rudo (RGR), ou seja, no Decreto-Lei n. 9/2007, de 17 de Janeiro. Este documento classifica os locais como zonas sensveis e zonas mistas na perspectiva da sua susceptibilidade ao rudo.

    As zonas sensveis so descritas como reas definidas em plano de ordenamento do territrio como vocacionada para uso habitacional, ou para escolas, hospitais ou similares, ou espaos de

    lazer, existentes ou previstos, podendo conter pequenas unidades de comrcio e de servios

    destinadas a servir a populao local, tais como cafs e outros estabelecimentos de comrcio

    tradicional, sem funcionamento nocturno.

    As zonas mistas descrevem-se como reas definidas em plano municipal de ordenamento do territrio, cuja ocupao seja afecta a outros uso, existentes ou previstos, para alm dos referidos

    a definio de zona sensvel.

    O RGR estabelece tambm os perodos de referncia a considerar: o perodo diurno que compreende o intervalo de tempo entre as 07:00 e as 20:00 horas, o perodo do entardecer que compreende o intervalo de tempo entre as 20:00 horas e as 23:00 horas; e o perodo nocturno que compreende o intervalo de tempo entre as 23:00 e as 07:00 horas.

    Os valores limite de rudo so estabelecidos de acordo com o tipo de zona considerado, expressos pelo indicador de rudo diurno-entardecer-nocturno (Lden) e pelo indicador de rudo nocturno (Ln). O parmetro Lden dado pela expresso seguinte:

    ++=

    ++

    1010

    105

    10 108103101324110

    LnLeLd

    den LogL

    Para cada um dos parmetros indicados (Lden e Ln) existe um limite mximo de rudo que estabelecido segundo o tipo de zona considerado (Quadro 4).

  • Quadro 4 - Limites de rudo ambiente para zonas sensveis e zonas mistas.

    TIPO DE LOCAL Lden Ln

    Zona Sensvel 55 dB(A) 45 dB(A)

    Zona Mista 65 dB(A) 55 dB(A)

    A definio destas zonas est a cargo das Cmaras Municipais. Se no existir uma classificao definida para o local os limites a aplicar so: 63 dB(A) para o Lden e 53 dB(A) para o Ln.

    Relativamente s actividades ruidosas permanentes, o artigo 13 do RGR estabelece que a instalao e exerccio de actividades ruidosas permanentes em zonas mistas, na envolvente de zonas mistas ou sensveis ou na proximidade de receptores sensveis isolados esto sujeitos ao cumprimento dos limites indicados anteriormente e ao cumprimento do critrio de incomodidade que estabelece o seguinte:

    LAeq (on) LAeq (off) < 5 dB(A), entre as 7 e as 20 horas

    LAeq (on) LAeq (off) < 4 dB(A), entre as 20 e as 23 horas

    LAeq (on) LAeq (off) < 3 dB(A), entre as 23 e as 7 horas

    Em que LAeq (on) representa o nvel sonoro contnuo equivalente ponderado para a malha A (correspondente resposta do ouvido humano ao rudo para as diferentes bandas de frequncia), com a fonte ruidosa em funcionamento (pedreira ou mina em funcionamento) e LAeq (off) representa o nvel sonoro contnuo equivalente ponderado para a malha A, com a fonte ruidosa inactiva.

    As diferenas apresentadas anteriormente podero ser incrementadas pelo factor d em funo da durao acumulada do rudo particular (rudo especifico da actividade que se est a estudar) segundo o exposto no Quadro 5.

    Quadro 5 - Incrementos no nvel de rudo.

    Valor da relao (q) entre a durao acumulada de ocorrncia do rudo particular e a durao total do perodo

    de referncia d [dB(A)]

    q 12,5% 4

    12,5% < q 25% 3

    25% < q 50% 2

    50% < q 75% 1

    q < 75% 0

    Numa pedreira ou mina que labore em dois turnos no perodo entre as 7:00 e as 23:00 sem qualquer interrupo o valor limite para o critrio de incomodidade ser de 5 dB(A) no perodo diurno e de 4 dB(A) no perodo entardecer.

    Para a anlise do Critrio de Incomodidade o valor do LAeq do rudo ambiente determinado durante a ocorrncia do rudo particular deve ser corrigido de acordo com as caractersticas tonais ou impulsivas do rudo particular, passando a designar-se por nvel de avaliao, LAr , aplicando a seguinte frmula:

  • LAr=LAeq+K1+K2

    K1 a correco tonal e K2 a correco impulsiva.

    Estes valores so K1=3 dB(A) ou K2=3 dB(A) se for detectado que as componentes tonais ou impulsivas, respectivamente, so caractersticas especficas do rudo particular, ou so K1=0 dB(A) ou K2=0 dB(A) se estas componentes no forem identificadas. Caso se verifique a coexistncia de componentes tonais e impulsivas a correco a adicionar de K1+K2=6 dB(A). O mtodo para detectar as caractersticas tonais do rudo dentro do intervalo de tempo de avaliao, consiste em verificar, no espectro de um tero de oitava, se o nvel sonoro de uma banda excede o das adjacentes em 5 dB(A) ou mais, caso em que o rudo deve ser considerado tonal (Figura 4).

    O mtodo para detectar as caractersticas impulsivas do rudo dentro do intervalo de tempo de avaliao consiste em determinar a diferena entre o nvel sonoro contnuo equivalente, LAeq , medido em simultneo com caracterstica impulsiva e fast. Se esta diferena for superior a 6 dB(A), o rudo deve ser considerado impulsivo.

    A ttulo de curiosidade, para actividades ruidosas temporrias, como o caso de obras de construo civil, o RGR impe a sua interdio nas proximidades de edifcios de habitao, aos sbados, domingos e feriados, e nos dias teis entre as 20 e as 8 horas, junto a escolas durante os horrios de funcionamento e junto de hospitais e estabelecimentos similares. H no entanto a possibilidade dessas actividades se realizarem caso seja emitida uma licena especial de rudo pela respectiva Cmara Municipal.

    Como critrios de avaliao da exposio ao rudo, para alm dos anteriormente apresentados, devem ainda considerar-se os limites definidos pelo Decreto-Lei n. 182/2006, de 6 de Setembro, o qual estabelece a proteco dos trabalhadores contra o rudo (Quadro 6).

    Quadro 6 Limites de exposio ao rudo e as principais aces a tomar no caso de serem excedidos os valores definidos.

    LIMITE PARMETRO VALOR ACES A TOMAR PELO EMPREGADOR

    Valor limite de exposio

    LEX,8h 87 dB(A)

    o Assegurar que os funcionrios utilizam os protectores auriculares;

    o Tomar medidas imediatas que reduzam a exposio; o Identificar as causas da ultrapassagem dos valores

    limite; o Corrigir as medidas de proteco e preveno de modo

    a evitar a ocorrncia de situaes idnticas; o Repetir as medies anualmente.

    LCPico 140 dB(C)

    (limiar da dor)

    Valor de aco superior

    LEX,8h 85 dB(A) o Assegurar que os funcionrios utilizam os protectores

    auriculares; o Repetir as medies anualmente; o Realizar testes audiomtricos anualmente.

    LCPico 137 dB(C)

    Valor de aco inferior

    LEX,8h 80 dB(A) o Fornecer protectores auriculares; o Realizar testes audiomtricos de dois em dois anos.

    LCPico 135 dB(C)

  • Aos trabalhadores expostos a nveis de rudo iguais ou superiores a 80 dB(A), isto , a valores superiores ao nvel de aco inferior estabelecido no Decreto-Lei n. 182/2006, de 6 de Setembro dever ser facultada informao relativa ao risco que tal exposio representa para a sua sade e assegurada a formao adequada, nomeadamente sobre as medidas de preveno e proteco que se devem observar nos locais de trabalho.

    2.3. EQUIPAMENTOS DE MEDIO

    Para medir os nveis de presso sonora, tambm designado de nvel de rudo, utilizam-se aparelhos denominados sonmetros. Estes equipamentos so compostos por um microfone que capta as ondas sonoras, as quais so posteriormente sujeitas a um conjunto de tratamentos de codificao e filtragem, resultando da os parmetros que caracterizam o rudo medido, dos quais se destaca o LAeq (nvel sonoro contnuo equivalente).

    Existem no mercado vrios tipos de sonmetros em funo das suas caractersticas e capacidades de medio. O mais adequado para fazer estudos de rudo ambiental deve ser um sonmetro integrador com anlise de frequncias (em 1/3 de oitava) e em tempo real, tambm denominado de analisador em tempo real, o qual permite analisar o rudo no espectro de frequncias em simultneo com a medio do rudo ambiente (nvel sonoro contnuo equivalente - LAeq). Na Figura 4 apresenta-se, a ttulo de exemplo, um analisador de rudo em tempo real.

    Figura 4 - Exemplo de um analisador de rudo em tempo real.

    Nas avaliaes de rudo ambiental os equipamentos a utilizar devem cumprir os requisitos do RGR e da norma NP 1730 (1996) Acstica Descrio e medio do rudo ambiente. Como acessrios utilizados nas medies de rudo recorre-se aos seguintes componentes:

    Calibrador sonoro (para calibrar o sonmetro, no incio e aps cada medio);

    Filtros de 1/3 de oitava (para analisar o espectro de frequncias);

    Software de recolha e tratamento dos dados obtidos com o sonmetro;

    Trip (para apoiar o sonmetro);

    Protector de vento.

    Nas medies de rudo ambiente deve ser cumprida a metodologia que consta da norma NP 1730 (1996), devendo cada medio ser realizada num perodo de tempo representativo. Como regras de medio, e de acordo com a norma supracitada, devem ser adoptadas as seguintes:

    Microfone 1,5 m acima do solo;

    Microfone afastado mais de 3,5 m de qualquer superfcie reflectora;

    Fonte: Brel & Kjaer

  • Medies efectuadas com filtro de ponderao A;

    Medio realizada em Fast 2 (e em Impulsivo noutro canal e em simultneo).

    Na fotografia da figura seguinte possvel observar o sonmetro devidamente montado em trip preparado para medio do rudo junto a um receptor sensvel (habitao).

    Figura 5 Sonmetro preparado para medio junto de um receptor sensvel.

    2.4. METODOLOGIA DE AVALIAO Do ponto de vista da sade humana e da qualidade de vida das populaes o rudo um dos descritores mais importantes de um processo de avaliao de impacte ambiental (AIA), necessria no licenciamento de algumas unidades extractivas. Quando existem fontes ruidosas importantes, como o caso dos equipamentos utilizados na explorao e beneficiao nas pedreiras e minas a cu aberto, a importncia do descritor reforada.

    Relativamente definio da rea de estudo, para avaliao de impactes sobre o ambiente sonoro, esta deve abranger toda a zona de propagao do rudo e atender presena de receptores sensveis ao rudo, nomeadamente escolas, hospitais, centros de sade, habitaes, edifcios sensveis, etc., contemplando a prpria pedreira ou mina e a sua envolvente. junto dos receptores sensveis que deve ser efectuado um estudo mais cuidado sobre o cumprimento dos critrios legais, avaliando potenciais situaes de incomodidade.

    A avaliao de impactes sobre o ambiente sonoro deve basear-se na anlise comparativa dos nveis de rudo preexistentes (situao de referncia), na envolvente do local onde se iro realizar os trabalhos, com os resultantes das actividades ruidosas relacionadas com a laborao da pedreira ou mina, incluindo a expedio dos materiais produzidos na unidade extractiva.

    Nessa avaliao devem ser consideradas todas as operaes ruidosas associadas explorao, respectivamente a desmatao e decapagem, a perfurao, a detonao de explosivos, a remoo, a beneficiao e a expedio, conforme referido anteriormente. No Quadro 7 apresentam-se os intervalos tpicos dos nveis de rudo das actividades referidas.

    2 Velocidade de reaco do sonmetro variao do rudo no tempo (existem trs velocidades: Fast, Slow e Impulse)

  • Quadro 7 Intervalos dos nveis de rudo tpicos das diversas actividades realizadas nas unidades extractivas.

    ACTIVIDADES NVEIS TPICOS Desmatao e Decapagem

    Remoo de espcies vegetais e de terras superficiais 65 - 85 dB (*)

    Perfurao Fragmentao localizada da rocha para aplicao dos

    explosivos 85 100 dB (*)

    Detonao dos explosivos Iniciao dos explosivos e consequente desmonte da

    rocha 70 140 dB (**)

    Remoo Carregamento e transporte do material desmontado

    65 - 85 dB (*)

    Beneficiao Beneficiao dos materiais atravs de processos de

    britagem, classificao e lavagem 85 100 dB (*)

    Expedio Transporte dos agregados em viaturas pesadas

    65 - 85 dB (*)

    (*) Nveis de rudo junto do equipamento, mas fora da cabina; (**) Nveis de rudo medidos a cerca de 20 m da pega de fogo.

    Para avaliar os impactes devem ser medidos junto de habitaes ou de outros receptores sensveis os nveis de rudo com a pedreira ou mina em laborao (rudo ambiente na presena do rudo particular - LAeq (on)), se as actividades j estiverem a decorrer, e o rudo residual com a pedreira ou mina parada (rudo ambiente na ausncia do rudo particular - LAeq (off)). Se ainda no existirem actividades industriais ser medido apenas o rudo residual (LAeq (off)).

    A medio de rudo pode ser efectuada atravs de dois mtodos: directo ou indirecto. O mtodo directo consiste em medir o rudo durante todo o perodo de referncia, sendo utilizado quando o rudo apresenta grandes variaes ao longo do tempo. O mtodo indirecto consiste em medir os vrios rudos caractersticos do perodo de referncia durante intervalos de tempo representativos, ou seja, utilizado quando se conseguem discretizar intervalos de tempo, no perodo de referncia, em que o rudo tem um comportamento do tipo contnuo. Assim, atravs de medies representativas de cada tipo de rudo e sabendo a sua durao possvel determinar o nvel de rudo correspondente ao perodo de referncia atravs dos valores obtidos para cada medio discreta, utilizando a seguinte expresso:

    ( )=

    =

    n

    i

    LiTAeq

    TiAeqTT

    L1

    1,0,

    ,101log10

    em que: LAeq, T Nvel sonoro contnuo equivalente para todo o perodo T n Nmero de medies realizadas LAeq, Ti Nvel sonoro contnuo equivalente para cada intervalo Ti

    Para a avaliao de impactes sobre o ambiente sonoro podem ser efectuadas medies de rudo pontuais junto dos receptores sensveis, utilizando os mtodos anteriormente apresentados, ou recorrendo a mapas de rudo elaborados com recurso a programas computacionais de modelao.

    De referir que os impactes ambientais devero ser avaliados quer para o perodo de referncia diurno, entardecer e nocturno, neste ltimo, no caso de existirem trabalhos ruidosos autorizados. Como critrios a utilizar para suportar a avaliao de impactes devem ser utilizados os constantes da legislao e

  • normalizao nacional, j apresentados, e ainda outros, provenientes da normalizao internacional, dos padres e directrizes contidos em publicaes, das recomendaes de entidades credenciadas, dos cdigos de boas prticas, assim como da poltica da empresa.

    Como a laborao da pedreira ou mina pode ser considerada uma operao dinmica, na medida em que as frentes de trabalho podero variar espacialmente em funo dos avanos pretendidos, a avaliao de impactes dever considerar esse dinamismo analisando potenciais variaes dos impactes em funo do tempo. Devem ser tambm considerados e avaliados os impactes cumulativos gerados por outras actividades ruidosas, quer da pedreira ou mina, quer de fontes externas.

    2.5. ANLISE DE RESULTADOS Para analisar os potenciais impactes sobre o ambiente sonoro necessrio caracterizar o rudo ambiente da situao de referncia (ausncia de rudo da pedreira ou mina). Essa caracterizao pode ser realizada atravs de medies pontuais efectuadas junto dos receptores sensveis (Figura 6) ou atravs da elaborao de mapas de rudo (Figura 7). Com base nos valores de rudo ambiente obtidos para a situao de referncia e comparando-os com os determinados, por medio ou por modelao, para a pedreira ou mina em funcionamento possvel analisar e avaliar os potenciais impactes ambientais (Figura 6 e Figura 7) da entrada em funcionamento das actividades ruidosas em estudo.

    Figura 6 Estudo do rudo com base em medies pontuais junto dos receptores sensveis.

    1

    8

    9

    7

    6

    5

    4

    3

    Local de Avaliao de rudo

    47,7 dB(A)

    47,8 dB(A)

    52,6 dB(A)

    48,8 dB(A)

    -0,1 dB(A)

    3,8 dB(A)

    46,5 dB(A)

    46,3 dB(A)

    0,2 dB(A) 49,3 dB(A)

    45,6 dB(A)

    3,7 dB(A)

    48,5 dB(A)

    46,9 dB(A)

    1,6 dB(A)

    57,4 dB(A)

    56,9 dB(A)

    0,5 dB(A)

    54,3 dB(A)

    50,2 dB(A)

    4,1 dB(A)

    56,6 dB(A)

    54,3 dB(A)

    2,3 dB(A)

    84,8 dB(A)

    ##,# Nvel de rudo gerado pelas actividades afectas ao uso de explosivos (rudo ambiente com rudo particular LAeq (on))

    ##,# - Nvel de rudo caracterstico do local (rudo ambiente na ausncia do rudo particular LAeq (off))

    #,# Diferena obtida atravs da anlise do critrio de incomodidade (LAr).

    2

  • Figura 7 Mapas de rudo para diversas fases da explorao de uma pedreira ou mina a cu aberto.

    A avaliao de impactes dever ser realizada com base nas classificaes e limites constantes do RGR (zonas sensveis e zonas mistas) ainda que no estejam incorporados na maior parte dos Planos Directores Municipais. Apesar disso as actividades ruidosas a instalar em determinada zona devero ter em conta o que est estipulado sobre essa matria, tentando convergir para os requisitos exigidos (valores limite de exposio estabelecidos para zonas sensveis e mistas), em funo das caractersticas do local. Adicionalmente deve ser avaliado o cumprimento do critrio de incomodidade (artigo 13 - Actividades ruidosas permanentes), junto dos receptores sensveis.

    Relativamente aos critrios de exposio pessoal ao rudo, tambm estes devem ser considerados na anlise de resultados e consequente avaliao de impactes sobre o ambiente sonoro, devendo analisar-se se os nveis de rudo de pico resultantes das detonaes excedem os 140 dB (C), junto de receptores sensveis, e se os trabalhadores da pedreira ou mina, ou terceiros, esto sujeitos a nveis de exposio pessoal diria superiores a 87 dB(A). Este ltimo critrio, relativo a trabalhadores da pedreira ou mina, resulta num impacte ambiental local, relacionado com a segurana e sade no trabalho.

    O estudo do ambiente sonoro com base em mapas de rudo permite analisar a evoluo dos nveis de rudo expectveis em toda a envolvente e tambm junto de receptores sensveis, sendo, no entanto, aconselhvel a realizao de medies pontuais de validao do modelo no caso de existir necessidade de analisar situaes de incomodidade, sobretudo junto de escolas, hospitais, lares, ou outras zonas onde a qualidade do ambiente sonoro dever impreterivelmente ser preservada. Tendo como base a classificao de impactes, o rudo gerado pela detonao de substncias explosivas podem ser classificados como impactes negativos, certos, directos e temporrios, cuja magnitude e significncia depende das caractersticas da interveno e dos valores ambientais em causa.

    Os efeitos dos impactes gerados pelo rudo podem afectar o ser humano, ao nvel fisiolgico (perda de audio) e psicolgico (problemas em dormir, stress, problemas de concentrao, etc.), gerar danos materiais e afectar determinadas espcies faunsticas existentes na envolvente.

    FASE 1 FASE 2

  • 2.6. MEDIDAS DE MINIMIZAO DE IMPACTES SOBRE O AMBIENTE SONORO As medidas de minimizao de impactes a implementar ao nvel do rudo podem ser de vrios tipos, em funo do objectivo a atingir e das suas caractersticas, respectivamente:

    Tcnicas

    Relacionadas com os equipamentos utilizados e/ou com as tcnicas utilizadas nas operaes associadas laborao da pedreira ou mina (e.g.: utilizao de equipamentos que cumpram os requisitos do RGR e da legislao complementar relativa emisso de rudo).

    Acsticas

    Ligadas aos equipamentos acsticos tais como barreiras acsticas (e.g.: cortinas arbreas, cortinas de aterro).

    Medidas Organizacionais

    Relacionadas com a alocao espacial e temporal de meios e com a organizao espacial da rea de interveno (e.g.: evitar a concentrao de operaes ruidosas).

    Medidas Gerais

    Associadas sensibilizao e informao dos trabalhadores relativamente ao rudo.

    Existem ainda medidas especficas que podem ser implementadas para minimizar o rudo de determinada operao, designadamente das operaes de decapagem, da perfurao, da detonao e/ou da remoo, da beneficiao e do transporte. No Quadro 8 apresentam-se as principais medidas de minimizao do rudo das operaes associadas laborao de pedreiras e minas a cu aberto.

    Quadro 8 Principais medidas de minimizao do rudo das operaes associadas laborao de pedreiras e minas a cu aberto.

    MEDIDAS DE MINIMIZAO ILUSTRAO

    PERFURAO

    Utilizar equipamentos modernos equipados com silenciadores

    Usar sistemas hidrulicos de perfurao em

    detrimento dos sistemas pneumticos

    PERFURAO

    Evitar efectuar a operao de perfurao junto de outras operaes ruidosas (e.g.: operao com

    martelo hidrulico equipado em giratria)

    Recorrer a operador de perfuradora com formao adequada e sensibilizado para o rudo

  • MEDIDAS DE MINIMIZAO ILUSTRAO

    DETONAO

    Atacar adequadamente o explosivo ao furo, evitando a presena de espaos vazios entre os cartuchos de

    explosivo e as paredes do furo

    Efectuar um registo da perfurao onde se anotem eventuais heterogeneidades no interior do furo (e.g.: aparecimento de cavidades crsicas nos

    macios calcrios)

    O diagrama de fogo deve ser projectado em funo das caractersticas do macio rochoso a desmontar e

    das suas especificidades (grau de alterao, fracturao, presena de gua, etc.)

    Evitar carregar os furos com quantidades excessivas de explosivo

    Quando se recorrer a cordo detonante, no devem ser deixadas pontas fora do furo

    Os detonadores devem ser colocados sempre dentro

    do furo

    MEDIDAS DE MINIMIZAO ILUSTRAO

    REMOO

    Utilizar equipamentos modernos equipados com silenciadores (ps carregadoras, escavadoras

    giratrias e dumpers)

    Gerir a operao de modo a minimizar a

    concentrao de equipamentos no local de remoo

    E E E

    A

    A

    n

    H

    G

    Espao anelar a evitar

    Zonas onde podem ser colocados os detonadores

  • MEDIDAS DE MINIMIZAO ILUSTRAO

    BRITAGEM E LAVAGEM

    Blindar as unidades de britagem, de lavagem, entre outras, nomeadamente os crivos, as zonas de queda dos materiais e os motores de accionamento dos

    tapetes transportadores ou outros.

    Equipar as zonas de queda dos materiais (tremonhas) com materiais absorventes de rudo (telas de

    borracha)

    2.7. MONITORIZAO DO AMBIENTE SONORO

    2.7.1. Introduo e objectivos

    A monitorizao do ambiente sonoro visa verificar o cumprimento do estabelecido no RGR, relativamente a valores limites de rudo, ao critrio de incomodidade, e tambm verificao da exposio a valores mximos de pico. Tem ainda como objectivos evitar situaes anmalas ou detect-las numa fase prvia, ajudando a minimizar impactes motivados por desvios ao modelo preconizado e a prevenir situaes de conflito com populaes.

    A monitorizao dos nveis de rudo ambiente deve atender natureza ruidosa das aces a realizar para a laborao de pedreiras e minas, especialmente, a cu aberto.

    A definio de um plano de monitorizao para o rudo associado laborao de pedreiras e minas deve contemplar a situao de referncia existente, as aces decorrentes da explorao e de beneficiao do material extrado, o quadro de impactes previsto ao nvel do ambiente sonoro e as medidas de minimizao passveis de implementar.

    2.7.2. Parmetros a monitorizar

    Os parmetros a monitorizar devero ser os seguintes:

    LAeq em modo fast e impulse em simultneo (para determinao do rudo ambiente e efectuar a correco impulsiva Anexo I do RGR)

    Anlise em classes de frequncia da banda de 1/3 de oitava (para efectuar a correco tonal Anexo I do RGR)

    MaxLPico para averiguar sobre o valor mximo de pico resultante da detonao

    2.7.3. Locais de medio

    As medies de rudo devero ser efectuadas prioritariamente na envolvente das reas onde sero realizadas intervenes, junto de locais sensveis ou em zonas onde existam queixas de incomodidade.

    A seleco dos pontos de monitorizao deve basear-se na sensibilidade dos locais do ponto de vista do ambiente sonoro e na avaliao prvia do rudo e/ou nos valores previstos pelo modelo. Os locais de monitorizao devero permitir o estudo do ambiente sonoro em toda a envolvente da unidade extractiva.

    2.7.4. Equipamento

    O equipamento mais adequado para monitorizar o rudo dever ser um sonmetro do tipo analisador de rudo em tempo real, equipado com filtro de anlise de frequncias de 1/3 de oitava.

  • 2.7.5. Periodicidade da monitorizao

    A periodicidade ordinria de medio de rudo dever ser ajustada em funo dos trabalhos ruidosos a realizar e da presena de receptores sensveis na envolvente dos locais de trabalho da pedreira ou mina.

    Devero ser sempre monitorizados os trabalhos desde o incio da laborao, sempre que possvel, e caso os valores de rudo obtidos se mantenham dentro de limites bem definidos e abaixo dos limites legais, poder ser diminuda, gradualmente, a periodicidade das medies nos pontos de monitorizao, mas s se os trabalhos seguintes possurem caractersticas idnticas aos primeiros (e.g.: localizao semelhante, mesmos equipamentos de perfurao e remoo, e igual diagrama de fogo, etc.).

    No caso de reclamaes devem ser realizadas medies extraordinrias.

    2.7.6. Durao da monitorizao

    O programa dever ser mantido durante toda a fase de preparao, explorao e desactivao da pedreira ou mina.

    2.7.7. Entidades envolvidas e responsabilidades

    A implementao das actividades de monitorizao caber ao explorador, devendo ser elaborados relatrios peridicos de monitorizao para apoio da gesto ambiental das actividades industriais em causa.

    Os resultados e as concluses apresentadas nos relatrios de monitorizao devem ser analisados com vista implementao imediata de medidas de minimizao e controlo no caso da deteco de situaes anmalas, ou seja, potenciadoras de conflitos com os receptores de rudo existentes.

    No caso de reclamaes deve ser analisada a sua motivao. Caso se verifique a existncia de situaes de incomodidade devem ser explicadas aos reclamantes as medidas a implementar e acompanhada a sua eficcia.

    3. CONSIDERAES FINAIS

    As actividades de indstria extractiva, sobretudo as realizadas a cu aberto, geram rudo. Uma vez que o rudo se assume actualmente como um dos factores ambientais que motiva mais reclamaes, as empresas exploradoras de pedreiras e minas devem estar sensibilizadas para a incomodidade que podem gerar, bem como para possibilidade de adoptarem planos de monitorizao de rudo.

    As actividades de monitorizao complementadas com a implementao, sempre que necessrio, de medidas de minimizao e controlo adequadas permitem evitar situaes de conflito com populaes vizinhas ou outros receptores sensveis ao rudo existentes na vizinhana de pedreiras e minas.

    Neste processo no dever ser promovido, pelas empresas exploradoras, um bom relacionamento da unidade extractiva com as populaes ou com outros receptores sensveis, com o objectivo de integrar a actividade na regio onde se insere atravs do respeito pelo ambiente.

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