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Bases Matemáticas Aula 2 – Métodos de Demonstração Rodrigo Hausen v. 2016-6-9 1/15

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Bases MatemáticasAula 2 – Métodos de Demonstração

Rodrigo Hausen

v. 2016-6-9 1/15

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Como o Conhecimento Matemático é Organizado

Definições

Axiomas↓ ↓

Demonstrações↓

-

Teoremas

I Definição: um enunciado que descreve o significado de umtermo.

I Ex.: (Definição de linha, segundo Euclides)Linha é o que tem comprimento e não tem largura.

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Como o Conhecimento Matemático é Organizado

Definições Axiomas

↓ ↓Demonstrações

↓-

Teoremas

I Axioma: um ponto de partida de raciocínio, uma proposiçãoassumida como verdadeira.

I Ex.: (Primeiro postulado de Euclides)Pode-se traçar uma única linha reta entre dois pontos distintos.

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Como o Conhecimento Matemático é Organizado

Definições Axiomas

↓ ↓Demonstrações

↓-

Teoremas

I Teorema: uma proposição que se demonstra ser verdadeira,baseada em proposições anteriores.

I Ex.: (Teorema de Pitágoras) A soma dos quadrados doscatetos é igual ao quadrado da hipotenusa.

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Como o Conhecimento Matemático é Organizado

Definições Axiomas↓ ↓

Demonstrações↓

-

Teoremas

I Demonstração: prova de que um teorema é verdadeiro,obtida por regras válidas.

I Em geral, existem várias maneiras de se demonstrar umteorema.

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Como o Conhecimento Matemático é Organizado

Definições Axiomas↓ ↓

Demonstrações↓

-

Teoremas

I Demonstração: prova de que um teorema é verdadeiro,obtida por regras válidas.

I Em geral, existem várias maneiras de se demonstrar umteorema.

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Algumas definições básicas

O conjunto dos inteiros é {. . . ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, . . .}

Sejam a e b inteiros. Dizemos que. . .

. . . a divide b se a 6= 0 e existe inteiro k, tal que b = ak.

. . . b é múltiplo de a se a divide b.

. . . a é par se 2 divide a,ou seja, se a é múltiplo de 2,ou seja, se existe inteiro k tal que a = 2k.

. . . b é ímpar se 2 não divide b,ou seja, se existe inteiro k tal que b = 2k + 1

. . . um número real r é racional se existem a, b tais que r =ab

e b 6= 0. . . um número real r é irrracional se não for racional,

ou seja, se não existem inteiros a, b tais que r =ab

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Algumas definições básicas

O conjunto dos inteiros é {. . . ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, . . .}

Sejam a e b inteiros. Dizemos que. . .

. . . a divide b se a 6= 0 e existe inteiro k, tal que b = ak.

. . . b é múltiplo de a se a divide b.

. . . a é par se 2 divide a,ou seja, se a é múltiplo de 2,ou seja, se existe inteiro k tal que a = 2k.

. . . b é ímpar se 2 não divide b,ou seja, se existe inteiro k tal que b = 2k + 1

. . . um número real r é racional se existem a, b tais que r =ab

e b 6= 0. . . um número real r é irrracional se não for racional,

ou seja, se não existem inteiros a, b tais que r =ab

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Algumas definições básicas

O conjunto dos inteiros é {. . . ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, . . .}

Sejam a e b inteiros. Dizemos que. . .

. . . a divide b se a 6= 0 e existe inteiro k, tal que b = ak.

. . . b é múltiplo de a se a divide b.

. . . a é par se 2 divide a,ou seja, se a é múltiplo de 2,ou seja, se existe inteiro k tal que a = 2k.

. . . b é ímpar se 2 não divide b,ou seja, se existe inteiro k tal que b = 2k + 1

. . . um número real r é racional se existem a, b tais que r =ab

e b 6= 0. . . um número real r é irrracional se não for racional,

ou seja, se não existem inteiros a, b tais que r =ab

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Algumas definições básicas

O conjunto dos inteiros é {. . . ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, . . .}

Sejam a e b inteiros. Dizemos que. . .

. . . a divide b se a 6= 0 e existe inteiro k, tal que b = ak.

. . . b é múltiplo de a se a divide b.

. . . a é par se 2 divide a,

ou seja, se a é múltiplo de 2,ou seja, se existe inteiro k tal que a = 2k.

. . . b é ímpar se 2 não divide b,ou seja, se existe inteiro k tal que b = 2k + 1

. . . um número real r é racional se existem a, b tais que r =ab

e b 6= 0. . . um número real r é irrracional se não for racional,

ou seja, se não existem inteiros a, b tais que r =ab

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Algumas definições básicas

O conjunto dos inteiros é {. . . ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, . . .}

Sejam a e b inteiros. Dizemos que. . .

. . . a divide b se a 6= 0 e existe inteiro k, tal que b = ak.

. . . b é múltiplo de a se a divide b.

. . . a é par se 2 divide a,ou seja, se a é múltiplo de 2,

ou seja, se existe inteiro k tal que a = 2k.. . . b é ímpar se 2 não divide b,

ou seja, se existe inteiro k tal que b = 2k + 1. . . um número real r é racional se existem a, b tais que r =

ab

e b 6= 0. . . um número real r é irrracional se não for racional,

ou seja, se não existem inteiros a, b tais que r =ab

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Algumas definições básicas

O conjunto dos inteiros é {. . . ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, . . .}

Sejam a e b inteiros. Dizemos que. . .

. . . a divide b se a 6= 0 e existe inteiro k, tal que b = ak.

. . . b é múltiplo de a se a divide b.

. . . a é par se 2 divide a,ou seja, se a é múltiplo de 2,ou seja, se existe inteiro k tal que a = 2k.

. . . b é ímpar se 2 não divide b,ou seja, se existe inteiro k tal que b = 2k + 1

. . . um número real r é racional se existem a, b tais que r =ab

e b 6= 0. . . um número real r é irrracional se não for racional,

ou seja, se não existem inteiros a, b tais que r =ab

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Algumas definições básicas

O conjunto dos inteiros é {. . . ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, . . .}

Sejam a e b inteiros. Dizemos que. . .

. . . a divide b se a 6= 0 e existe inteiro k, tal que b = ak.

. . . b é múltiplo de a se a divide b.

. . . a é par se 2 divide a,ou seja, se a é múltiplo de 2,ou seja, se existe inteiro k tal que a = 2k.

. . . b é ímpar se 2 não divide b,

ou seja, se existe inteiro k tal que b = 2k + 1. . . um número real r é racional se existem a, b tais que r =

ab

e b 6= 0. . . um número real r é irrracional se não for racional,

ou seja, se não existem inteiros a, b tais que r =ab

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Algumas definições básicas

O conjunto dos inteiros é {. . . ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, . . .}

Sejam a e b inteiros. Dizemos que. . .

. . . a divide b se a 6= 0 e existe inteiro k, tal que b = ak.

. . . b é múltiplo de a se a divide b.

. . . a é par se 2 divide a,ou seja, se a é múltiplo de 2,ou seja, se existe inteiro k tal que a = 2k.

. . . b é ímpar se 2 não divide b,ou seja, se existe inteiro k tal que b = 2k + 1

. . . um número real r é racional se existem a, b tais que r =ab

e b 6= 0. . . um número real r é irrracional se não for racional,

ou seja, se não existem inteiros a, b tais que r =ab

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Algumas definições básicas

O conjunto dos inteiros é {. . . ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, . . .}

Sejam a e b inteiros. Dizemos que. . .

. . . a divide b se a 6= 0 e existe inteiro k, tal que b = ak.

. . . b é múltiplo de a se a divide b.

. . . a é par se 2 divide a,ou seja, se a é múltiplo de 2,ou seja, se existe inteiro k tal que a = 2k.

. . . b é ímpar se 2 não divide b,ou seja, se existe inteiro k tal que b = 2k + 1

. . . um número real r é racional se existem a, b tais que r =ab

e b 6= 0. . . um número real r é irrracional se não for racional,

ou seja, se não existem inteiros a, b tais que r =ab

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Algumas definições básicas

O conjunto dos inteiros é {. . . ,−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3, . . .}

Sejam a e b inteiros. Dizemos que. . .

. . . a divide b se a 6= 0 e existe inteiro k, tal que b = ak.

. . . b é múltiplo de a se a divide b.

. . . a é par se 2 divide a,ou seja, se a é múltiplo de 2,ou seja, se existe inteiro k tal que a = 2k.

. . . b é ímpar se 2 não divide b,ou seja, se existe inteiro k tal que b = 2k + 1

. . . um número real r é racional se existem a, b tais que r =ab

e b 6= 0. . . um número real r é irrracional se não for racional,

ou seja, se não existem inteiros a, b tais que r =ab

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .Hipótese (assumimos como verdade):

n, m são números pares

Tese (conclusão):

n + m é par

Demonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m = 2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .

Hipótese (assumimos como verdade):

n, m são números pares

Tese (conclusão):

n + m é par

Demonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m = 2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .

Hipótese (assumimos como verdade):

n, m são números pares

Tese (conclusão):

n + m é par

Demonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m = 2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .

Hipótese (assumimos como verdade):

n, m são números pares

Tese (conclusão):

n + m é par

Demonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m = 2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .Hipótese (assumimos como verdade): n, m são números paresTese (conclusão):

n + m é parDemonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m = 2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .Hipótese (assumimos como verdade): n, m são números paresTese (conclusão): n + m é par

Demonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m = 2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .Hipótese (assumimos como verdade): n, m são números paresTese (conclusão): n + m é par

Demonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m = 2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .Hipótese (assumimos como verdade): n, m são números paresTese (conclusão): n + m é parDemonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros.

Logo,n + m = 2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .Hipótese (assumimos como verdade): n, m são números paresTese (conclusão): n + m é parDemonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m =

2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .Hipótese (assumimos como verdade): n, m são números paresTese (conclusão): n + m é parDemonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m = 2k + 2` =

2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .Hipótese (assumimos como verdade): n, m são números paresTese (conclusão): n + m é parDemonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m = 2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .Hipótese (assumimos como verdade): n, m são números paresTese (conclusão): n + m é parDemonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m = 2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �

fim da demonstração 6

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Demonstração DiretaForma mais simples e óbvia de demonstração.Para demonstrar que p ⇒ q:1. assuma que a hipótese p é verdadeira;2. deduza afirmações corretas a partir da hipótese e de

afirmações anteriores;3. repita o passo 2 até chegar na tese q.

Exemplo 1 Demonstre que, se n, m são números pares,então n + m também é par .Hipótese (assumimos como verdade): n, m são números paresTese (conclusão): n + m é parDemonstração: Como n e m são pares, pela definição 3, n = 2k em = 2`, onde k e ` são inteiros. Logo,

n + m = 2k + 2` = 2(k + `)

Concluímos que n + m é múltiplo de 2, ou seja, n + m é par. �fim da demonstração 6

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese:

n é ímpar

Tese (conclusão):

n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.Logo,

n2 = (2k + 1)2 = 4k2 + 4k + 1 = 2(2k2 + 2k) + 1 = 2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese:

n é ímpar

Tese (conclusão):

n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.Logo,

n2 = (2k + 1)2 = 4k2 + 4k + 1 = 2(2k2 + 2k) + 1 = 2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese:

n é ímpar

Tese (conclusão):

n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.Logo,

n2 = (2k + 1)2 = 4k2 + 4k + 1 = 2(2k2 + 2k) + 1 = 2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese:

n é ímpar

Tese (conclusão):

n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.Logo,

n2 = (2k + 1)2 = 4k2 + 4k + 1 = 2(2k2 + 2k) + 1 = 2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese: n é ímparTese (conclusão):

n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.Logo,

n2 = (2k + 1)2 = 4k2 + 4k + 1 = 2(2k2 + 2k) + 1 = 2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese: n é ímparTese (conclusão): n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.Logo,

n2 = (2k + 1)2 = 4k2 + 4k + 1 = 2(2k2 + 2k) + 1 = 2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese: n é ímparTese (conclusão): n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.

Logo,

n2 = (2k + 1)2 = 4k2 + 4k + 1 = 2(2k2 + 2k) + 1 = 2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese: n é ímparTese (conclusão): n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.Logo,

n2 =

(2k + 1)2 = 4k2 + 4k + 1 = 2(2k2 + 2k) + 1 = 2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese: n é ímparTese (conclusão): n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.Logo,

n2 = (2k + 1)2 =

4k2 + 4k + 1 = 2(2k2 + 2k) + 1 = 2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

v. 2016-6-9 5/15

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese: n é ímparTese (conclusão): n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.Logo,

n2 = (2k + 1)2 = 4k2 + 4k + 1 =

2(2k2 + 2k) + 1 = 2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

v. 2016-6-9 5/15

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese: n é ímparTese (conclusão): n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.Logo,

n2 = (2k + 1)2 = 4k2 + 4k + 1 = 2(2k2 + 2k) + 1 =

2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

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Demonstração Direta

Exemplo 2 Demonstre que o quadrado de um número ímpar é umnúmero ímpar.

Aqui, a proposição não está no formato “se p, então q,” mas dápara alterar a frase, sem mudar o seu sentido:

Demonstre que, se n é ímpar, então n2 também é ímpar.

Hipótese: n é ímparTese (conclusão): n2 é ímpar

Demonstração: Como n é ímpar, n = 2k + 1 para algum inteiro k.Logo,

n2 = (2k + 1)2 = 4k2 + 4k + 1 = 2(2k2 + 2k) + 1 = 2` + 1

Onde ` = 2k2 + 2k é um inteiro. Portanto, n2 é ímpar. �

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Demonstração por Contraposição

Da aula passada:“p ⇒ q” é equivalente à sua contrapositiva “não q ⇒ não p”

Disto resulta que, se “não q ⇒ não p” for verdadeira, então“p ⇒ q” também é, e vice-versa; ou seja, se demonstrarmos acontrapositiva, a proposição original estará automaticamentedemonstrada.

Exemplo 3 Demonstre que, se n2 é par, então n também é.

Proposição: n2 é par ⇒ n é par.

Note que a proposição é bem simples, e poderíamos usar umademonstração direta. Contudo, ao observar a contrapositiva:

Contrapositiva: n é ímpar ⇒ n2 é ímpar.

Demonstração: A contrapositiva é verdadeira, conformedemonstramos no exemplo 2. Portanto, a proposição originaltambém é verdadeira. �

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Demonstração por Contraposição

Da aula passada:“p ⇒ q” é equivalente à sua contrapositiva “não q ⇒ não p”

Disto resulta que, se “não q ⇒ não p” for verdadeira, então“p ⇒ q” também é, e vice-versa;

ou seja, se demonstrarmos acontrapositiva, a proposição original estará automaticamentedemonstrada.

Exemplo 3 Demonstre que, se n2 é par, então n também é.

Proposição: n2 é par ⇒ n é par.

Note que a proposição é bem simples, e poderíamos usar umademonstração direta. Contudo, ao observar a contrapositiva:

Contrapositiva: n é ímpar ⇒ n2 é ímpar.

Demonstração: A contrapositiva é verdadeira, conformedemonstramos no exemplo 2. Portanto, a proposição originaltambém é verdadeira. �

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Demonstração por Contraposição

Da aula passada:“p ⇒ q” é equivalente à sua contrapositiva “não q ⇒ não p”

Disto resulta que, se “não q ⇒ não p” for verdadeira, então“p ⇒ q” também é, e vice-versa; ou seja, se demonstrarmos acontrapositiva, a proposição original estará automaticamentedemonstrada.

Exemplo 3 Demonstre que, se n2 é par, então n também é.

Proposição: n2 é par ⇒ n é par.

Note que a proposição é bem simples, e poderíamos usar umademonstração direta. Contudo, ao observar a contrapositiva:

Contrapositiva: n é ímpar ⇒ n2 é ímpar.

Demonstração: A contrapositiva é verdadeira, conformedemonstramos no exemplo 2. Portanto, a proposição originaltambém é verdadeira. �

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Demonstração por Contraposição

Da aula passada:“p ⇒ q” é equivalente à sua contrapositiva “não q ⇒ não p”

Disto resulta que, se “não q ⇒ não p” for verdadeira, então“p ⇒ q” também é, e vice-versa; ou seja, se demonstrarmos acontrapositiva, a proposição original estará automaticamentedemonstrada.

Exemplo 3 Demonstre que, se n2 é par, então n também é.

Proposição: n2 é par ⇒ n é par.

Note que a proposição é bem simples, e poderíamos usar umademonstração direta. Contudo, ao observar a contrapositiva:

Contrapositiva: n é ímpar ⇒ n2 é ímpar.

Demonstração: A contrapositiva é verdadeira, conformedemonstramos no exemplo 2. Portanto, a proposição originaltambém é verdadeira. �

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Demonstração por Contraposição

Da aula passada:“p ⇒ q” é equivalente à sua contrapositiva “não q ⇒ não p”

Disto resulta que, se “não q ⇒ não p” for verdadeira, então“p ⇒ q” também é, e vice-versa; ou seja, se demonstrarmos acontrapositiva, a proposição original estará automaticamentedemonstrada.

Exemplo 3 Demonstre que, se n2 é par, então n também é.

Proposição: n2 é par ⇒ n é par.

Note que a proposição é bem simples, e poderíamos usar umademonstração direta.

Contudo, ao observar a contrapositiva:

Contrapositiva: n é ímpar ⇒ n2 é ímpar.

Demonstração: A contrapositiva é verdadeira, conformedemonstramos no exemplo 2. Portanto, a proposição originaltambém é verdadeira. �

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Demonstração por Contraposição

Da aula passada:“p ⇒ q” é equivalente à sua contrapositiva “não q ⇒ não p”

Disto resulta que, se “não q ⇒ não p” for verdadeira, então“p ⇒ q” também é, e vice-versa; ou seja, se demonstrarmos acontrapositiva, a proposição original estará automaticamentedemonstrada.

Exemplo 3 Demonstre que, se n2 é par, então n também é.

Proposição: n2 é par ⇒ n é par.

Note que a proposição é bem simples, e poderíamos usar umademonstração direta. Contudo, ao observar a contrapositiva:

Contrapositiva:

n é ímpar ⇒ n2 é ímpar.

Demonstração: A contrapositiva é verdadeira, conformedemonstramos no exemplo 2. Portanto, a proposição originaltambém é verdadeira. �

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Demonstração por Contraposição

Da aula passada:“p ⇒ q” é equivalente à sua contrapositiva “não q ⇒ não p”

Disto resulta que, se “não q ⇒ não p” for verdadeira, então“p ⇒ q” também é, e vice-versa; ou seja, se demonstrarmos acontrapositiva, a proposição original estará automaticamentedemonstrada.

Exemplo 3 Demonstre que, se n2 é par, então n também é.

Proposição: n2 é par ⇒ n é par.

Note que a proposição é bem simples, e poderíamos usar umademonstração direta. Contudo, ao observar a contrapositiva:

Contrapositiva: n é ímpar ⇒ n2 é ímpar.

Demonstração: A contrapositiva é verdadeira, conformedemonstramos no exemplo 2. Portanto, a proposição originaltambém é verdadeira. �

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Demonstração por Contraposição

Da aula passada:“p ⇒ q” é equivalente à sua contrapositiva “não q ⇒ não p”

Disto resulta que, se “não q ⇒ não p” for verdadeira, então“p ⇒ q” também é, e vice-versa; ou seja, se demonstrarmos acontrapositiva, a proposição original estará automaticamentedemonstrada.

Exemplo 3 Demonstre que, se n2 é par, então n também é.

Proposição: n2 é par ⇒ n é par.

Note que a proposição é bem simples, e poderíamos usar umademonstração direta. Contudo, ao observar a contrapositiva:

Contrapositiva: n é ímpar ⇒ n2 é ímpar.

Demonstração: A contrapositiva é verdadeira, conformedemonstramos no exemplo 2. Portanto, a proposição originaltambém é verdadeira. �

v. 2016-6-9 6/15

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese:

n e m tem paridades diferentes

Tese:

n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese:

n e m tem paridades diferentes

Tese:

n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese:

n e m tem paridades diferentes

Tese:

n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese:

n e m tem paridades diferentes

Tese:

n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese: n e m tem paridades diferentesTese:

n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese: n e m tem paridades diferentesTese: n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

v. 2016-6-9 7/15

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese: n e m tem paridades diferentesTese: n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar.

Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese: n e m tem paridades diferentesTese: n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e `

(ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

v. 2016-6-9 7/15

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese: n e m tem paridades diferentesTese: n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

v. 2016-6-9 7/15

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese: n e m tem paridades diferentesTese: n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m =

2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese: n e m tem paridades diferentesTese: n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 =

2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese: n e m tem paridades diferentesTese: n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 =

2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �

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Demonstração por Contraposição

Exemplo 4 Sejam n e m números inteiros para os quais n + m épar, então n e m tem a mesma paridade.

Proposição: n + m é par ⇒ n e m tem mesma paridade.(note que o universo do discurso são os números inteiros)

Contrapositiva: n e m tem paridades diferentes ⇒ n + m é ímpar(o universo do discurso ainda é o mesmo)

Demonstração: Hipótese: n e m tem paridades diferentesTese: n + m é ímpar

Pela hipótese, um dos números é par, e o outro é ímpar. Parasimplificar, escolha n = 2k e m = 2` + 1, para inteiros k e ` (ocaso n ímpar e m par pode ser obtido apenas trocando-se n porm). Logo,

n + m = 2k + 2` + 1 = 2(k + `) + 1 = 2q + 1,

onde q = k + ` é inteiro. Portanto n + m é ímpar. �v. 2016-6-9 7/15

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Uma demonstração por redução ao absurdo é uma técnica dedemonstração no qual se demonstra que se, alguma proposição dotipo q fosse verdadeira, ocorreria uma contradição lógica, eportanto q só pode ser falso, disto resultando que não q éverdadeiro.

Exemplo 5 Algum dia será possível criar um programa decomputador que sempre ganhe no xadrez?

Suponha, por um momento, que a seguinte proposição é válida:q = “existe um programa de computador que sempre ganha noxadrez”

v. 2016-6-9 8/15

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Uma demonstração por redução ao absurdo é uma técnica dedemonstração no qual se demonstra que se, alguma proposição dotipo q fosse verdadeira, ocorreria uma contradição lógica, eportanto q só pode ser falso, disto resultando que não q éverdadeiro.

Exemplo 5 Algum dia será possível criar um programa decomputador que sempre ganhe no xadrez?

Suponha, por um momento, que a seguinte proposição é válida:q = “existe um programa de computador que sempre ganha noxadrez”

v. 2016-6-9 8/15

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Uma demonstração por redução ao absurdo é uma técnica dedemonstração no qual se demonstra que se, alguma proposição dotipo q fosse verdadeira, ocorreria uma contradição lógica, eportanto q só pode ser falso, disto resultando que não q éverdadeiro.

Exemplo 5 Algum dia será possível criar um programa decomputador que sempre ganhe no xadrez?

Suponha, por um momento, que a seguinte proposição é válida:q = “existe um programa de computador que sempre ganha noxadrez”

v. 2016-6-9 8/15

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Suponha, por um momento, que esta proposição é verdadeira:q = “existe programa de computador que sempre ganha noxadrez”

Supondo que tal programa existe, instale o mesmo programa emdois computadores e coloque um para jogar contra o outro. Ou ojogo terminará empatado (sem nenhum ganhador), ou um doscomputadores perderá. Em qualquer destes casos, pelo menos umadas duas cópias do programa não vai ganhar o jogo, umacontradição, já que assumimos que o programa sempre ganha.

Logo q é falsa, o que implica que não q é verdadeira!

Portanto, não existe (nem nunca existirá) um programa quesempre ganhe no xadrez. �

v. 2016-6-9 9/15

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Suponha, por um momento, que esta proposição é verdadeira:q = “existe programa de computador que sempre ganha noxadrez”

Supondo que tal programa existe, instale o mesmo programa emdois computadores e coloque um para jogar contra o outro.

Ou ojogo terminará empatado (sem nenhum ganhador), ou um doscomputadores perderá. Em qualquer destes casos, pelo menos umadas duas cópias do programa não vai ganhar o jogo, umacontradição, já que assumimos que o programa sempre ganha.

Logo q é falsa, o que implica que não q é verdadeira!

Portanto, não existe (nem nunca existirá) um programa quesempre ganhe no xadrez. �

v. 2016-6-9 9/15

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Suponha, por um momento, que esta proposição é verdadeira:q = “existe programa de computador que sempre ganha noxadrez”

Supondo que tal programa existe, instale o mesmo programa emdois computadores e coloque um para jogar contra o outro. Ou ojogo terminará empatado (sem nenhum ganhador), ou um doscomputadores perderá.

Em qualquer destes casos, pelo menos umadas duas cópias do programa não vai ganhar o jogo, umacontradição, já que assumimos que o programa sempre ganha.

Logo q é falsa, o que implica que não q é verdadeira!

Portanto, não existe (nem nunca existirá) um programa quesempre ganhe no xadrez. �

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Suponha, por um momento, que esta proposição é verdadeira:q = “existe programa de computador que sempre ganha noxadrez”

Supondo que tal programa existe, instale o mesmo programa emdois computadores e coloque um para jogar contra o outro. Ou ojogo terminará empatado (sem nenhum ganhador), ou um doscomputadores perderá. Em qualquer destes casos, pelo menos umadas duas cópias do programa não vai ganhar o jogo,

umacontradição, já que assumimos que o programa sempre ganha.

Logo q é falsa, o que implica que não q é verdadeira!

Portanto, não existe (nem nunca existirá) um programa quesempre ganhe no xadrez. �

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Suponha, por um momento, que esta proposição é verdadeira:q = “existe programa de computador que sempre ganha noxadrez”

Supondo que tal programa existe, instale o mesmo programa emdois computadores e coloque um para jogar contra o outro. Ou ojogo terminará empatado (sem nenhum ganhador), ou um doscomputadores perderá. Em qualquer destes casos, pelo menos umadas duas cópias do programa não vai ganhar o jogo, umacontradição, já que assumimos que o programa sempre ganha.

Logo q é falsa, o que implica que não q é verdadeira!

Portanto, não existe (nem nunca existirá) um programa quesempre ganhe no xadrez. �

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Suponha, por um momento, que esta proposição é verdadeira:q = “existe programa de computador que sempre ganha noxadrez”

Supondo que tal programa existe, instale o mesmo programa emdois computadores e coloque um para jogar contra o outro. Ou ojogo terminará empatado (sem nenhum ganhador), ou um doscomputadores perderá. Em qualquer destes casos, pelo menos umadas duas cópias do programa não vai ganhar o jogo, umacontradição, já que assumimos que o programa sempre ganha.

Logo q é falsa, o que implica que não q é verdadeira!

Portanto, não existe (nem nunca existirá) um programa quesempre ganhe no xadrez. �

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Suponha, por um momento, que esta proposição é verdadeira:q = “existe programa de computador que sempre ganha noxadrez”

Supondo que tal programa existe, instale o mesmo programa emdois computadores e coloque um para jogar contra o outro. Ou ojogo terminará empatado (sem nenhum ganhador), ou um doscomputadores perderá. Em qualquer destes casos, pelo menos umadas duas cópias do programa não vai ganhar o jogo, umacontradição, já que assumimos que o programa sempre ganha.

Logo q é falsa, o que implica que não q é verdadeira!

Portanto, não existe (nem nunca existirá) um programa quesempre ganhe no xadrez. �

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Exemplo 6 Demonstre que existem infinitos números primos.

Queremos demonstrar que esta proposição é verdade:q = “Existem infinitos números primos”

Demonstração: Considere a seguinte hipótese (absurda),não q = “existe uma quantidade finita de números primos”.

Vejamos até onde ela nos leva. Pela hipótese não q, há apenas nnúmeros primos, onde n é inteiro. Podemos colocar os primosp1, p2, . . . , pn em ordem, de tal forma que:

p1 < p2 < . . . < pn.

Com isto, teríamos que pn é o maior primo de todos.

v. 2016-6-9 10/15

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Exemplo 6 Demonstre que existem infinitos números primos.

Queremos demonstrar que esta proposição é verdade:q = “Existem infinitos números primos”

Demonstração: Considere a seguinte hipótese (absurda),não q = “existe uma quantidade finita de números primos”.

Vejamos até onde ela nos leva. Pela hipótese não q, há apenas nnúmeros primos, onde n é inteiro. Podemos colocar os primosp1, p2, . . . , pn em ordem, de tal forma que:

p1 < p2 < . . . < pn.

Com isto, teríamos que pn é o maior primo de todos.

v. 2016-6-9 10/15

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Exemplo 6 Demonstre que existem infinitos números primos.

Queremos demonstrar que esta proposição é verdade:q = “Existem infinitos números primos”

Demonstração: Considere a seguinte hipótese (absurda),não q = “existe uma quantidade finita de números primos”.

Vejamos até onde ela nos leva.

Pela hipótese não q, há apenas nnúmeros primos, onde n é inteiro. Podemos colocar os primosp1, p2, . . . , pn em ordem, de tal forma que:

p1 < p2 < . . . < pn.

Com isto, teríamos que pn é o maior primo de todos.

v. 2016-6-9 10/15

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Exemplo 6 Demonstre que existem infinitos números primos.

Queremos demonstrar que esta proposição é verdade:q = “Existem infinitos números primos”

Demonstração: Considere a seguinte hipótese (absurda),não q = “existe uma quantidade finita de números primos”.

Vejamos até onde ela nos leva. Pela hipótese não q, há apenas nnúmeros primos, onde n é inteiro.

Podemos colocar os primosp1, p2, . . . , pn em ordem, de tal forma que:

p1 < p2 < . . . < pn.

Com isto, teríamos que pn é o maior primo de todos.

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Demonstração por Redução ao Absurdo

Exemplo 6 Demonstre que existem infinitos números primos.

Queremos demonstrar que esta proposição é verdade:q = “Existem infinitos números primos”

Demonstração: Considere a seguinte hipótese (absurda),não q = “existe uma quantidade finita de números primos”.

Vejamos até onde ela nos leva. Pela hipótese não q, há apenas nnúmeros primos, onde n é inteiro. Podemos colocar os primosp1, p2, . . . , pn em ordem, de tal forma que:

p1 < p2 < . . . < pn.

Com isto, teríamos que pn é o maior primo de todos.

v. 2016-6-9 10/15

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Demonstração por Redução ao Absurdo

(continuação do Exemplo 6)

Considere o número p1 · p2 · . . . · pn + 1.

Ele não é divisível pornenhum dos primos p1, p2, . . . , pn, portanto ele também é primo e,além disso, é maior do que todos os demais números primos,incluindo pn. Mas isto contradiz a afirmação de que pn é o maiorprimo de todos, o que é um absurdo!

Após tomarmos não q como verdade, uma sequência de deduçõescorretas termina em contradição. Isto nos leva a concluir quenão q é falsa, portanto a proposição q = “existem infinitosnúmeros primos” é verdadeira. �

v. 2016-6-9 11/15

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Demonstração por Redução ao Absurdo

(continuação do Exemplo 6)

Considere o número p1 · p2 · . . . · pn + 1. Ele não é divisível pornenhum dos primos p1, p2, . . . , pn, portanto ele também é primo

e,além disso, é maior do que todos os demais números primos,incluindo pn. Mas isto contradiz a afirmação de que pn é o maiorprimo de todos, o que é um absurdo!

Após tomarmos não q como verdade, uma sequência de deduçõescorretas termina em contradição. Isto nos leva a concluir quenão q é falsa, portanto a proposição q = “existem infinitosnúmeros primos” é verdadeira. �

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Demonstração por Redução ao Absurdo

(continuação do Exemplo 6)

Considere o número p1 · p2 · . . . · pn + 1. Ele não é divisível pornenhum dos primos p1, p2, . . . , pn, portanto ele também é primo e,além disso, é maior do que todos os demais números primos,incluindo pn.

Mas isto contradiz a afirmação de que pn é o maiorprimo de todos, o que é um absurdo!

Após tomarmos não q como verdade, uma sequência de deduçõescorretas termina em contradição. Isto nos leva a concluir quenão q é falsa, portanto a proposição q = “existem infinitosnúmeros primos” é verdadeira. �

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Demonstração por Redução ao Absurdo

(continuação do Exemplo 6)

Considere o número p1 · p2 · . . . · pn + 1. Ele não é divisível pornenhum dos primos p1, p2, . . . , pn, portanto ele também é primo e,além disso, é maior do que todos os demais números primos,incluindo pn. Mas isto contradiz a afirmação de que pn é o maiorprimo de todos, o que é um absurdo!

Após tomarmos não q como verdade, uma sequência de deduçõescorretas termina em contradição. Isto nos leva a concluir quenão q é falsa, portanto a proposição q = “existem infinitosnúmeros primos” é verdadeira. �

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Demonstração por Redução ao Absurdo

(continuação do Exemplo 6)

Considere o número p1 · p2 · . . . · pn + 1. Ele não é divisível pornenhum dos primos p1, p2, . . . , pn, portanto ele também é primo e,além disso, é maior do que todos os demais números primos,incluindo pn. Mas isto contradiz a afirmação de que pn é o maiorprimo de todos, o que é um absurdo!

Após tomarmos não q como verdade, uma sequência de deduçõescorretas termina em contradição.

Isto nos leva a concluir quenão q é falsa, portanto a proposição q = “existem infinitosnúmeros primos” é verdadeira. �

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Demonstração por Redução ao Absurdo

(continuação do Exemplo 6)

Considere o número p1 · p2 · . . . · pn + 1. Ele não é divisível pornenhum dos primos p1, p2, . . . , pn, portanto ele também é primo e,além disso, é maior do que todos os demais números primos,incluindo pn. Mas isto contradiz a afirmação de que pn é o maiorprimo de todos, o que é um absurdo!

Após tomarmos não q como verdade, uma sequência de deduçõescorretas termina em contradição. Isto nos leva a concluir quenão q é falsa, portanto a proposição q = “existem infinitosnúmeros primos” é verdadeira. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 =

(√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 =

(√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab .

A partir disto, podemos afirmar que:

2 =

(√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 =

(√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 =

(√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 =

(√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 = (√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 = (√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 = (√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par.

Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 = (√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 =

(2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 = (√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 =

4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 = (√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2

(÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 = (√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 = (√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par.

Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 = (√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo!

Logo, podemos concluir que o número real√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �

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Demonstração por Redução ao AbsurdoExemplo 7 Demonstre que

√2 é irracional.

Demonstração: Suponha, por absurdo, que√2 é racional.

Portanto, seria possível encontrar números inteiros a, b, comb 6= 0, tais que

√2 poderia ser representado como fração

irredutível ab . A partir disto, podemos afirmar que:

2 = (√2)2 =

( ab

)2=

a2

b2

2b2 = a2

Disto temos que a2 é par e, pelo que demonstramos no exemplo 3,a também é par. Como a é par, a = 2k para algum inteiro k, e daí:

2b2 = a2 = (2k)2 = 4k2 (÷2)b2 = 2k2

o que nos diz que b também é par. Mas isto é uma contradição,pois se a e b são pares, a fração irredutível a

b poderia ser reduzida,um absurdo! Logo, podemos concluir que o número real

√2 não

pode ser racional, portanto é irracional. �v. 2016-6-9 12/15

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Resumo: métodos de demonstração vistos hoje

1. Demonstração Direta: partindo da hipótese, usediretamente propriedades e regras válidas até chegar na tese.

2. Demonstração por Contraposição: para algumasproposições do tipo p ⇒ q, pode ser mais fácil demonstrar(usando os outros métodos) não q ⇒ não p.

3. Demonstração por Redução ao Absurdo: dada umaproposição p a ser provada, assuma inicialmente a hipótesenão p, e faça um raciocínio direto a partir desta hipótese atéachar uma contradição.

Dica 1: geralmente, é uma boa idéia tentar aplicar os métodosnesta ordem.

Dica 2: é comum demonstrações do tipo “número x é irracional”ou “não existe x tal que. . . ” serem por redução ao absurdo.

v. 2016-6-9 13/15

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Resumo: métodos de demonstração vistos hoje

1. Demonstração Direta: partindo da hipótese, usediretamente propriedades e regras válidas até chegar na tese.

2. Demonstração por Contraposição: para algumasproposições do tipo p ⇒ q, pode ser mais fácil demonstrar(usando os outros métodos) não q ⇒ não p.

3. Demonstração por Redução ao Absurdo: dada umaproposição p a ser provada, assuma inicialmente a hipótesenão p, e faça um raciocínio direto a partir desta hipótese atéachar uma contradição.

Dica 1: geralmente, é uma boa idéia tentar aplicar os métodosnesta ordem.

Dica 2: é comum demonstrações do tipo “número x é irracional”ou “não existe x tal que. . . ” serem por redução ao absurdo.

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Resumo: métodos de demonstração vistos hoje

1. Demonstração Direta: partindo da hipótese, usediretamente propriedades e regras válidas até chegar na tese.

2. Demonstração por Contraposição: para algumasproposições do tipo p ⇒ q, pode ser mais fácil demonstrar(usando os outros métodos) não q ⇒ não p.

3. Demonstração por Redução ao Absurdo: dada umaproposição p a ser provada, assuma inicialmente a hipótesenão p, e faça um raciocínio direto a partir desta hipótese atéachar uma contradição.

Dica 1: geralmente, é uma boa idéia tentar aplicar os métodosnesta ordem.

Dica 2: é comum demonstrações do tipo “número x é irracional”ou “não existe x tal que. . . ” serem por redução ao absurdo.

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Resumo: métodos de demonstração vistos hoje

1. Demonstração Direta: partindo da hipótese, usediretamente propriedades e regras válidas até chegar na tese.

2. Demonstração por Contraposição: para algumasproposições do tipo p ⇒ q, pode ser mais fácil demonstrar(usando os outros métodos) não q ⇒ não p.

3. Demonstração por Redução ao Absurdo: dada umaproposição p a ser provada, assuma inicialmente a hipótesenão p, e faça um raciocínio direto a partir desta hipótese atéachar uma contradição.

Dica 1: geralmente, é uma boa idéia tentar aplicar os métodosnesta ordem.

Dica 2: é comum demonstrações do tipo “número x é irracional”ou “não existe x tal que. . . ” serem por redução ao absurdo.

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Demonstrações do tipo “se, e somente se”

O seguinte enunciado é muito comum:

“p (é verdade) se, e somente se, q (é verdade)”

Ou, na forma simbólica, “p ⇔ q” (lê-se: p, se e somente se, q)

Isto equivale a duas proposições:

“se p então q” E “se q então p”

Ou, simbolicamente, “(p ⇒ q) e (q ⇒ p).”

Cada uma das duas proposições deve ser demonstradaseparadamente.

v. 2016-6-9 14/15

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Demonstrações do tipo “se, e somente se”

O seguinte enunciado é muito comum:

“p (é verdade) se, e somente se, q (é verdade)”

Ou, na forma simbólica, “p ⇔ q” (lê-se: p, se e somente se, q)

Isto equivale a duas proposições:

“se p então q” E “se q então p”

Ou, simbolicamente, “(p ⇒ q) e (q ⇒ p).”

Cada uma das duas proposições deve ser demonstradaseparadamente.

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Demonstrações do tipo “se, e somente se”

O seguinte enunciado é muito comum:

“p (é verdade) se, e somente se, q (é verdade)”

Ou, na forma simbólica, “p ⇔ q” (lê-se: p, se e somente se, q)

Isto equivale a duas proposições:

“se p então q” E “se q então p”

Ou, simbolicamente, “(p ⇒ q) e (q ⇒ p).”

Cada uma das duas proposições deve ser demonstradaseparadamente.

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Demonstrações do tipo “se, e somente se”

O seguinte enunciado é muito comum:

“p (é verdade) se, e somente se, q (é verdade)”

Ou, na forma simbólica, “p ⇔ q” (lê-se: p, se e somente se, q)

Isto equivale a duas proposições:

“se p então q” E “se q então p”

Ou, simbolicamente, “(p ⇒ q) e (q ⇒ p).”

Cada uma das duas proposições deve ser demonstradaseparadamente.

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Demonstrações do tipo “se, e somente se”

Exemplo 8 Demonstre que dois inteiros a e b possuem paridadesdiferentes se, e somente se, a + b é número ímpar.

Demonstração: Temos que provar as implicações:

1. a e b possuem paridades diferentes ⇒ a + b é ímpar.2. a + b é ímpar ⇒ a e b possuem paridades diferentes

Note que a implicação 1 é a contrapositiva da proposição doexemplo 4, portanto já foi demonstrada ser verdadeira.

Resta agora demonstrar a implicação 2, usando algum dos métodosvistos (direto, por contrapositiva, por redução ao absurdo).

Para casa: terminar de provar o exemplo 8, ler o livro e fazeros exercícios até a página 29. Lista 1 no site!

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Demonstrações do tipo “se, e somente se”

Exemplo 8 Demonstre que dois inteiros a e b possuem paridadesdiferentes se, e somente se, a + b é número ímpar.

Demonstração: Temos que provar as implicações:

1. a e b possuem paridades diferentes ⇒ a + b é ímpar.2. a + b é ímpar ⇒ a e b possuem paridades diferentes

Note que a implicação 1 é a contrapositiva da proposição doexemplo 4, portanto já foi demonstrada ser verdadeira.

Resta agora demonstrar a implicação 2, usando algum dos métodosvistos (direto, por contrapositiva, por redução ao absurdo).

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Demonstrações do tipo “se, e somente se”

Exemplo 8 Demonstre que dois inteiros a e b possuem paridadesdiferentes se, e somente se, a + b é número ímpar.

Demonstração: Temos que provar as implicações:

1. a e b possuem paridades diferentes ⇒ a + b é ímpar.2. a + b é ímpar ⇒ a e b possuem paridades diferentes

Note que a implicação 1 é a contrapositiva da proposição doexemplo 4, portanto já foi demonstrada ser verdadeira.

Resta agora demonstrar a implicação 2, usando algum dos métodosvistos (direto, por contrapositiva, por redução ao absurdo).

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Demonstrações do tipo “se, e somente se”

Exemplo 8 Demonstre que dois inteiros a e b possuem paridadesdiferentes se, e somente se, a + b é número ímpar.

Demonstração: Temos que provar as implicações:

1. a e b possuem paridades diferentes ⇒ a + b é ímpar.2. a + b é ímpar ⇒ a e b possuem paridades diferentes

Note que a implicação 1 é a contrapositiva da proposição doexemplo 4, portanto já foi demonstrada ser verdadeira.

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Demonstrações do tipo “se, e somente se”

Exemplo 8 Demonstre que dois inteiros a e b possuem paridadesdiferentes se, e somente se, a + b é número ímpar.

Demonstração: Temos que provar as implicações:

1. a e b possuem paridades diferentes ⇒ a + b é ímpar.2. a + b é ímpar ⇒ a e b possuem paridades diferentes

Note que a implicação 1 é a contrapositiva da proposição doexemplo 4, portanto já foi demonstrada ser verdadeira.

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