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Castelo Branco Científica - Ano II - Nº 04 - julho/dezembro de 2013 - www.castelobrancocientifica.com.br 1 Faculdade Castelo Branco ISSN 2316-4255 ARTIGO CIENTÍFICO: INFLUÊNCIAS DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO EVANGELISTA, Juliana Almeida Alfenas RESUMO Qual a importância da música para o desenvolvimento do ser humano? Como se dá a sua influência nas dimensões sociais, cognitivas e afetivas? Quando surgiu e como se tornou ferramenta na área educacional? Este artigo abordará essas e outras questões referentes à importância da música para o ser humano e sua utilização como instrumento educativo e tratamen- to terapêutico, bem como a formação de um cidadão pleno. PALAVRAS-CHAVE Música. Educação. Desenvolvimento. INTRODUÇÃO Não se sabe quando a música começou no universo. Para alguns, ela está presente na criação, nos sons expressos nas ordens dadas para que tudo existisse. O que se pode afirmar é que há muito a música faz parte do dia- -a-dia da humanidade. Percebe-se que as comunidades se manifestam de diferentes maneiras, ritos, festas e celebrações. Desde a mais tenra idade são vivenciadas muitas experiências ouvindo e cantando em casa e em tantos outros lugares, com os mais diversos fins. A música tem um papel primordial como forma de lazer e na socialização

ARTIGO CIENTÍFICO: INFLUÊNCIAS DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO · -se na natureza uma grande diversidade de sons, no barulho das águas, no ... Diante dessa evolução musical, ... uma

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Faculdade Castelo Branco ISSN 2316-4255

ARTIGO CIENTÍFICO: INFLUÊNCIAS DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO

EVANGELISTA, Juliana Almeida Alfenas

RESUMO

Qual a importância da música para o desenvolvimento do ser humano? Como se dá a sua infl uência nas dimensões sociais, cognitivas e afetivas? Quando surgiu e como se tornou ferramenta na área educacional? Este artigo abordará essas e outras questões referentes à importância da música para o ser humano e sua utilização como instrumento educativo e tratamen-to terapêutico, bem como a formação de um cidadão pleno.

PALAVRAS-CHAVEMúsica. Educação. Desenvolvimento.

INTRODUÇÃO

Não se sabe quando a música começou no universo. Para alguns, ela está presente na criação, nos sons expressos nas ordens dadas para que tudo existisse. O que se pode afi rmar é que há muito a música faz parte do dia--a-dia da humanidade. Percebe-se que as comunidades se manifestam de diferentes maneiras, ritos, festas e celebrações. Desde a mais tenra idade são vivenciadas muitas experiências ouvindo e cantando em casa e em tantos outros lugares, com os mais diversos fi ns. A música tem um papel primordial como forma de lazer e na socialização

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das pessoas, pois ela cria e reforça laços sociais e vínculos afetivos. Além disso, a Música exerce um relevante papel na formação cultural das pesso-as, por meio do repasse de ideias, informações e conceitos, servindo para o aprimoramento do aprendizado.Baseando-se nesse enorme conhecimento do papel fundamental que a Mú-sica possui em nossa sociedade, diversas escolas têm incluído essa Arte no seu cotidiano, como por exemplo, trabalhos escolares com o objetivo de me-lhorar o aprendizado aproximando mais ainda a música da vida dos alunos.Na religião a música é uma das modalidades mais praticadas em todo o mundo, e aqui no Brasil, um país considerado cristão, ela é bastante utili-zada. Nas diversas festividades e liturgias a encontramos. É praticamente impossível pensar em um culto ou missa sem a presença da música Gospel ou de natureza religiosa. Com toda certeza, o momento de louvor é para muitos a parte mais agradável das celebrações religiosas. Não podemos nos esquecer do poder que a música tem sobre a alma e também sobre o corpo, por isso, ela pode ser um remédio ou um veneno como alguns pro-fi ssionais acreditam, como também os antigos acreditavam. Enfi m, não vivemos sem música, estamos rodeados por ela, corre em nossas veias essa arte que faz tão bem.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MÚSICA

A música com tantas variedades e formas, sendo estruturada ao longo do tempo, criada e recriada, não se resume apenas a um capítulo ou artigo. Seria muita presunção tentar abordar todas as etapas de sua história, pois nem em muitos livros poderia ser exposta. Por isso, aqui um breve relato da presença e o efeito da música nos tempos primórdios e atuais.Antes mesmo da subsistência humana, sempre houve música. Encontra-

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-se na natureza uma grande diversidade de sons, no barulho das águas, no vento, nos animais, que provavelmente serviram, como o é até hoje, de inspiração para se fazer música, pois pode- se afi rmar que todo som pode se tornar música desde que o homem queira usá-lo.São encontradas evidências dessa arte em povos que são considerados os mais primitivos. Registros em cavernas, chamada de arte rupestre mostram desenhos e pinturas de instrumentos e de pessoas tocando e dançando. Se-gundo Tavares, (2008, p.35) “É sabido que os povos da pré-história e da antiguidade criavam e executavam música para as mais diversas situações. Desde então, o ser humano nunca mais parou de fazer música... Ela faz parte da vida dele, praticamente, todos os povos, em todas as épocas.” A música passa a ser então produção cultural entre diferentes povos e tribos. É uma forma de transmissão de conhecimentos que passa de geração a geração.

A música, o som ordenado, assim como é uma linguagem univer-sal também é uma linguagem por meio da qual uma ideia é bem difundida ao longo dos tempos: mesmo sem escrever quaisquer si-nais gráfi cos que representassem os sons que cantavam, há gerações de monges orientais, por exemplo, que continuaram pelos séculos entoando palavras que aprenderam cantando desde a mais tenra in-fância com seus mestres. Essa é a transmissão verbal-oral-cantada do conhecimento. O mesmo processo se verifi ca em tribos de povos primitivos africanos, brasileiros etc. (FERREIRA, 2002, p.9,10)

No início observa-se uma relação muito grande com a religião, servindo como um meio de adoração, de ir ao encontro das divindades. A aprendizagem acon-tecia através dessas práticas, sendo transmitida a cultura às vindouras gera-ções, conceitos sobre a religião, sentimentos, valores morais e espirituais, e assim, hoje se reconhece o quanto a música é marcante na vida humana.

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O ensino envolvendo música chegou ao Brasil, por meio dos Jesuítas ao catequisarem os índios. Segundo Loureiro (2003, p.43):

A evangelização dos nativos exigiu dos Jesuítas uma atuação dife-rente da que desenvolviam nos colégios europeus, que acolhiam a elite da sociedade europeia da época e ofereciam o que hoje poderí-amos chamar de ensino médio. Entre os recursos utilizados destaca--se a música, em virtude da forte ligação dos indígenas com essa manifestação artística. Eram eles músicos natos que, em harmonia com a natureza, cantavam e dançavam em louvor aos deuses, du-rante a caça e a pesca, em comemoração a nascimento, casamento, morte ou festejando vitórias alcançadas.

Além da infl uência europeia e indígena, a música no Brasil também teve infl uência dos negros vindos da África com suas tradições populares. As-sim, torna-se uma mistura de ritmos e tradições. A partir de então, a música passa a ser formada fora da igreja ganhando espaço e dando oportunidade ao surgimento da música popular brasileira. São vários gêneros musicais, dentre os mais conhecidos são: Samba, Bossa Nova, Pagode, Funk, Serta-nejo, Gospel, Xote, entre outros. Diante dessa evolução musical, se faz necessário que se invista de forma geral na música, sem discriminação, para que em todos os segmentos mu-sicais se revelem novos gênios.

O SER HUMANO PRECISA DE MÚSICA

É impossível enxergar o mundo sem música, o homem precisa dela para se expressar, expor sua maneira de pensar. É a arte que está presente no mun-do inteiro, com todas as formas de ritmos e melodias e que mexe com o ser

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humano como um todo, primeiramente no seu estado de espírito refl etindo na expressão física, pois a música, segundo várias defi nições, é a arte de revelar os mais diferentes sentimentos através dos sons.

O que precisamos saber agora é que a música é uma linguagem, uma forma de expressão, uma arte, e resumidamente Música “(do grego, a arte das musas) diz-se que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo ou não, uma pré-organização ao longo do tempo” (Dicionário Aurélio do século XXI). (SABBAG, 2012 p.18)

É difícil fi car parado ao ouvir um som de uma música. Muitas pessoas di-zem não gostar de certos ritmos, mas, no entanto, estando próximo ao som, o corpo insiste em acompanhá-lo, seja um simples bater de pé ao chão, parece estar condicionado a isso. Enfi m, todos gostam de algum estilo mu-sical, segundo Ferreira (2002, p.9).

É bastante raro encontrar no mundo alguma pessoa que não apre-cie algum som, seja ele originado da natureza, como o canto de um pássaro, seja ele produzido pelo ser humano, como uma canção qualquer. Indo a extremos, há mesmo quem chegue a afi rmar que o som do mar, com as ondas batendo umas nas outras, na areia ou nas rochas, ou o som do motor de uma bicicleta são “verdadeira músi-ca” para seus ouvidos.

Realmente a música é poderosa, é capaz de emocionar, de transformar o ser humano, de tirá-lo de um estado de espírito e colocá-lo em outro, de fazer os olhos brilharem e uma lágrima rolar de emoção; ela envolve e cativa, principalmente os clássicos com as incríveis possibilidades criadas pelos sons musicais e que sempre há a expectativa de algo extraordinário

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e novo ao ouvi-los. A música mexe com o cérebro humano, com o sistema nervoso, e estimula a diferentes reações, e isso faz bem. Enfi m, o homem precisa da música, pois esta se torna para ele a melhor companhia em todos os momentos, principalmente nos de solidão. Torna-se um diálogo consigo mesmo. Além de produzir emoções, a música estimula lembranças das vi-vências passadas, Bréscia (2003, p.58,59) diz que:

[...] quando ouvimos ou fazemos música, nossas emoções e pensa-mentos são tocados, e isto pode reacender lembranças de um rela-cionamento passado, uma cantiga de ninar, memórias da infância. A música pode, pois, servir para a pessoa como uma espécie de elo com suas experiências signifi cativas do passado, particularmente no que respeita a melodias que evocam memórias específi cas. Pensar numa música de um tempo passado geralmente nos leva a identi-fi car o período da nossa vida no qual ouvimos aquela música pela primeira vez.

Sendo assim, a música contribui para memorizar momentos marcantes que se vivem, tantos os de alegrias, como os momentos de tristezas e melan-colias. As canções podem despertar muitas lembranças de acontecimentos ao longo da história do ser humano, na verdade ela faz parte na construção dessa história. A música se faz importante também no aspecto refl exivo, levando o indivíduo a uma auto- avaliação e a avaliação do outro. Isso o leva ao pensamento fi losófi co, portanto é considerada ser um excelente exercício de raciocínio e de pensamento.

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INFLUÊNCIA SOCIAL DA MÚSICA

Desde o ventre materno, a música constrói relações. Isso acontece não só quando a mãe conversa com o bebê ou canta, mas em todo o processo ges-tacional. Diversos ritmos e ruídos estão presentes na vida do feto, sejam as batidas do coração da mãe, o sistema digestivo e outros fazem parte e estão criando um novo ser musical. Posteriormente, quando ele nasce, esta crian-ça continua tendo contato com as canções para niná-lo, ou para acalmá-lo quando está agitado. Existe aí uma grande relação com a mãe e com tudo aquilo que foi desenvolvido externamente no período gestacional.Pode-se constatar com relatos de diferentes mães que tiveram a experiên-cia de que, quando estavam grávidas, ao chegarem depois da sua rotina de trabalho, muitas vezes estressadas, ouviam músicas clássicas para relaxa-rem. Isso infl uenciou extraordinariamente na vida de seus bebês e que hoje são crianças calmas, amáveis e que consequentemente gostam de música e tem uma enorme facilidade para se desenvolverem em um instrumento musical, mas não só na música, são crianças com facilidade para outras matérias na escola regular.Pode-se observar na escola regular como a música amplia o relacionamento social entre as crianças. Por meio dos comandos das brincadeiras cantadas que promovem interação e o aprender a conviver, as crianças são mais es-pontâneas e alegres, tendo a oportunidade através de atividades musicadas, conhecer a si mesma e ao outro. Muito se aprende por meio da música, o que talvez não aconteça com outras metodologias. Segundo Sabbag (2012, p.21) “Tudo que escutamos exerce uma forte e signifi cativa infl uência so-bre nós”. Considerando isso, a música é uma ferramenta usada pela mídia para convencer o seu público, passar conceitos e padrões sociais. Não só em salas de aulas, mas em empresas e diferentes lugares a música é usada para promover boas relações e construir um ser humano mais humanizado.

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Além de exercer uma infl uência na própria pessoa que está de alguma forma produzindo música, infl uencia ao que está ouvindo, Sabbag (2012, p.13) diz que “Aquilo que ouvimos infl uencia diretamente nossas emoções, ao compormos, tocarmos ou cantarmos devemos saber que estamos infl uen-ciando diretamente nossos ouvintes”. Diante disso, pode-se considerar a música um dos bens mais preciosos do mundo e da vivência humana, ela traz muito mais sentido e prazer de viver, enfeita e encanta, coloca sabores diversos fazendo a vida valer a pena, porque a vida precisa das emoções para marcar a cada momento, e a música proporciona isso.

INFLUÊNCIA TERAPÊUTICA DA MÚSICA

A música também é utilizada como forma terapêutica para tratar diversos problemas tanto psíquicos como os que envolvem a motricidade. Sua in-fl uência se dá em aspectos de distração, descontração e relaxamento, des-viando, assim, o foco do problema e difi culdade. A musicoterapia, como é chamada essa prática, pode auxiliar na cura de muitas doenças, Bréscia (2003, p.39) considera que:

É, portanto, indiscutível a ação da música na vida do ser humano e da sociedade. De acordo com o que foi expresso por personalidades notáveis de diferentes épocas e países, a música pode curar, elevar, acalmar, iluminar, nutrir e fortalecer. É óbvio que não conseguimos vê-la realizando concretamente estas coisas, e difi cilmente podemos explicar como o faz.

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Lembrando que não é a música em si que cura, pois o que ela faz é levar o pa-ciente a reagir causando em si mesmo a cura. Isso, claro, sendo ela utilizada por um profi ssional da área capacitado para essa função, o musicoterapeuta. Para muitas culturas a força da divindade se revela através dos sons. No passado não se tinham uma organização dos sons e não eram eles usados de forma sistematizada como hoje, seja para desenvolver uma música ou para se fazer um tratamento. No entanto, conheciam bem os sons da natureza e a infl uência que esses sons produziam em suas vidas, como por exemplo, o som de um trovão que apavorava, e também o gotejar de uma chuva fi na ou cachoeira gerando aquela tranquilidade, sem falar dos pássaros e seu canto encantador. Hoje, continuamos a admirar tudo isso, e temos muito mais, como por exemplo, uma emocionante orquestra. Todos estes sons nos con-duzem a sentimentos inexplicáveis e que sempre nos atraíram e continuam a exercer infl uência sobre o ser humano.A música desde os primórdios tem sido usada como tratamento, tanto dos sentimentos como do próprio corpo. Muitos registros são encontrados des-ta aplicação, tanto no antigo Egito como na Grécia, pois acreditavam no poder curador da música. Alguns historiadores no passado já diziam que a música poderia alegrar a alma apaziguando as perturbações da mente e do corpo, pois ela era e é uma dádiva divina para a humanidade. Na Bíblia (1999, p 267) encontramos o relato no primeiro livro de Samuel, capítulo 16 e verso 23, de que o rei Saul era perturbado por um espírito, e que o rei se acalmava quando o jovem Davi tocava sua arpa diante dele. Enfi m, a música sempre foi bem vista e valorizada como um remédio para a humanidade.Sabe-se hoje que existem músicas para o tratamento dos mais diversos problemas ou para provocá-los. Baseado nos estudos da musicoterapia, algumas observações quanto ao uso de certos instrumentos causam efei-tos diferentes sobre o organismo. O piano, por exemplo, pode combater a depressão e a melancolia; já os metais de sopro, causam euforia e impul-

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sividade, inspirando coragem; o violoncelo incentiva a introspecção, com seu tom suave gera sobriedade. Muitas pessoas optam por fazer a musico-terapia porque essa técnica tem efeito positivo e descarta a utilização de medicamentos fortes que muitas vezes tem efeitos colaterais piores que o próprio mal sentido. Estilos musicais diferentes são usados para o trata-mento de diferentes problemas, como por exemplo, ansiedade, equilíbrio emocional, esquizofrenia, depressão, medo, insônia e tantos outros que po-dem ser tratados de uma forma bem agradável e prazerosa. A música é poderosa e, segundo especialistas, alguns campos harmônicos podem provocar nos seres humanos oito tipos de efeito e atingem diversos órgãos. Não é a toa que hospitais e clínicas usam a música ambiente para gerar tranquilidade e confi ança, tanto nos pacientes como nos funcionários.

A MÚSICA NA ESCOLA (A INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO)

Está se vendo nessa última década uma revolução na área da educação em que leis e projetos estão sendo feitos e fi rmados com respeito ao valor e à introdução obrigatória da música nas escolas públicas e privadas. Já era tempo de se reconhecer o papel importante da música na formação com-pleta do ser humano.

Partindo do princípio que a Música é uma linguagem, todo cidadão tem o direito de conhecer e ter acesso à música, inclusive aque-les com necessidades especiais. O trabalho com a musicalização dá oportunidade a todos de aprender e ter grandes experiências com a música. (SABBAG, 2012, p.18).

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Estudos científi cos comprovam que a música tem o poder de formação so-cial, cognitiva, afetiva, psicológica, espiritual e outras mais diversas. Não é possível viver sem música, e por que não usar essa poderosa ferramenta de maneira correta nas escolas? Quando se diz de maneira correta é por não ter ainda uma matéria específi ca de música em todas as escolas públicas. Na verdade não se tem ainda profi ssionais capacitados para assumirem todas as escolas de nosso país.A música atende os mais variados objetivos e propósitos. Nas escolas, ge-ralmente é usada para a formação de hábitos como hora do lanche e de escovar os dentes, ou correção de comportamentos inadequados, como res-peito ao colega, ao farol, comemorações de dias especiais, etc. Memorizar matérias usando a música também é uma prática comum nas escolas. Mas deve-se ter o cuidado de não limitar-se a isso. Segundo os PCNs:

Para que a aprendizagem da música possa ser fundamental na for-mação de cidadãos é necessário que todos tenham a oportunidade de participar ativamente como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores, dentro e fora da sala de aula. Envolvendo pessoas de fora no enriquecimento do ensino e promovendo interação com os grupos musicais artísticos das localidades, a escola pode con-tribuir para que os alunos se tornem ouvintes sensíveis, amadores talentosos ou músicos profi ssionais. (Brasil, 2007, p.54)

A música torna-se um meio para aproximar sociedade local e escola. É uma forma de valorizar a cultura e gostos do lugar em que a criança está inserida. Por falta de profi ssionais capacitados nessa área de conhecimento ainda na maioria das escolas públicas não há o ensino exclusivo da música, o ideal é que fosse dessa forma; mas há muitas possibilidades de traba-lhar essa arte possibilitando a criança desenvolver o gosto e a percepção

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musical. O professor pode trabalhar as outras disciplinas com o auxílio da música. Segundo Ferreira, (2002, p.25)

Quando propomos trabalhos para serem desenvolvidos com a músi-ca em sala de aula, é óbvio que as disciplinas que têm mais proximi-dade com ela, que também se ocupem, de algum ponto de vista, com os sons, levarão certa vantagem na facilidade de aplicação e desen-volvimento dos trabalhos em relação a outras, mas isso não denota impossibilidades para disciplinas menos afi nadas com a música.

É importante considerar os efeitos que essa possui, desenvolve diferentes habilidades, serve de estímulos para o aluno, trabalha a concentração. Fazer e ouvir música, estudar como é construída, conhecer seus recursos, saber como se estrutura, perceber, ouvir, fazer... são conhecimentos fun-damentais para, simplesmente, nutrir nossa relação com o mundo, com as pessoas e com nós mesmos. O ser humano é um ser musical, a música é uma das maneiras de ele se colocar no mundo, e, portanto, é indispensável que a linguagem musical seja valorizada em qualquer processo educacio-nal. (ALMEIDA, 2010, p.10)A prática de aula de música em sala desenvolve habilidades, defi ne concei-tos e conhecimentos e estimula o aluno a observar, questionar, investigar e entender o meio em que vive e os eventos do dia a dia, através da musi-calidade. Além disso, estimula a curiosidade, imaginação e o entendimen-to de todo o processo de construção do conhecimento de forma sonora e descontraída.É necessário que os professores se reconheçam como sujeitos mediadores de cultura dentro do processo educativo e que levem em conta a impor-tância do aprendizado das artes no desenvolvimento e na formação das crianças como indivíduos produtores e reprodutores de cultura. Só assim

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poderão procurar e reconhecer todos os meios que têm em mãos para criar, à sua maneira, situações de aprendizagem que deem condições às crianças de construir conhecimento sobre música e dança.

As canções brasileiras constituem um manancial de possibilida-des para o ensino da música com música e podem fazer parte das produções musicais em sala de aula, permitindo que o aluno possa elaborar hipóteses a respeito do grau de precisão necessário para a afi nação, ritmo, percepção de elementos da linguagem, simultanei-dades, etc. (BRASIL, 1997, p.54).

Para início de conversa, a respeito da música na sala de aula, é necessário que o professor proponha uma diversidade musical brasileira e mundial, dessa forma se desenvolve na criança um ouvinte aberto sem formas de preconceitos, e também terá critérios para desenvolver seus próprios gos-tos musicais podendo fazer suas escolhas. Ao trabalhar música em sala de aula, pode-se iniciar uma proposta que aborde a diferenciação do som e silêncio, mostrando a importância des-te na música, como também a percepção da intensidade (forte/fraco), a altura (grave/agudo) e a duração (curto/ longo), isso tudo facilmente é de-senvolvido por meio de brincadeiras musicais. A criança perceberá que a música tem regras, segundo Berenice Almeida (2010 p.16) “A música é uma linguagem que utiliza sons e silêncios para expressar e comunicar e, por ser linguagem, possui uma estrutura, uma ordenação de elementos.” Estimular o hábito de ouvir música permite a percepção dos elementos que a compõem, bem como sua estrutura, fazendo com que o aluno passe a identifi car os estilos, épocas, culturas entre outros. Como também permite ao aluno a inspiração, a criatividade tanto de fazer sua interpretação, como de criar, inventar e compor. Além disso, é interessante a utilização da expe-

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rimentação dos próprios alunos na sonoridade dos instrumentos os quais, muitos podem ser produzidos por eles com a orientação do professor. Se-gundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p.59) “São importantes as situações nas quais se ofereçam instrumentos musicais e objetos sonoros para que as crianças possam explorá-los, imi-tar gestos motores que observam, percebendo as possibilidades sonoras resultantes.” Com esses instrumentos produzidos podem-se trabalhar as histórias musicadas desenvolvendo na criança a expressão, a criatividade e as improvisações que são de grande importância não só no campo da música, mas na vida da criança. A música deve ser trabalhada na educa-ção infantil, sendo importante não só como divertimento ou distração, mas poderá auxiliar na aprendizagem da fala e posteriormente na escrita, como também na coordenação motora. É uma ferramenta lúdica importantíssima para o ensino-aprendizagem que encanta e envolve a criança ao objetivo a ser alcançado. Sabbag (2012, p.8) considera que:

Trabalhar com a Educação Musical no ensino infantil é sinônimo de poder plantar em terra fértil, onde veremos grandes árvores produ-zindo belos frutos durante uma vida inteira, pois é nesse período de desenvolvimento da criança que transmitiremos de forma lúdica e encantadora, ensinamentos que permanecerão benefi ciando nossos pequenos em inúmeros aspectos no decorrer de suas vidas.

Não é coincidência que vem sendo tema de pesquisa há muito tempo por seu efeito no processo de assimilação e aprendizagem de conhecimentos, contribuindo, portanto, para o desenvolvimento cognitivo, ou seja, da in-teligência. É importante ressaltar também o valor afetivo para a aprendiza-gem das crianças, a música se torna um meio para fortalecer e proporcionar essa afetividade com os demais colegas. Além de criar um ambiente agra-

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dável e harmonioso sendo primordial para o desenvolvimento de qualquer atividade nessa faixa etária, pois quem é a criança? Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010, p.12) a criança é:

Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coleti-va, brinca imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.

Portanto, pode-se considerar a imensa responsabilidade de fornecer bons estímulos, elas são campos abertos e tem uma grande capacidade de apren-der. O professor deve considerar que a criança não é um adulto pequeno, porém alguém que brinca e que por meio das brincadeiras pode adquirir muitas aprendizagens. A música torna-se ferramenta de muitas possibili-dades nesse processo. Sendo assim, é importante pontuar os objetivos da música para essa faixa etária. Segundo os PCNs, para a educação infantil, em relação à música, os objetivos específi cos na educação básica em crian-ças de 0 a 3 anos, é permitir que as crianças desenvolvam as seguintes ca-pacidades, sendo estas: ouvir, perceber, brincar com a música, imitar entre outros; em crianças de 4 a 6 anos, que sejam capazes de identifi car elemen-tos da música como o que é a melodia, o ritmo e harmonia, expressar suas formas de sentimentos e pensamentos, interagir, entre outros. Ao propor uma música com gestos prontos deve-se ter o cuidado para não fazê-los da mesma forma sempre, é um momento oportuno para as crian-ças usar em suas criatividades e criarem novas coreografi as e gestos. É importante permitir a criança se mover de forma espontânea, inventar tanto novas letras quanto melodias, elas são muito capazes e amam fazer isso.

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O professor pode estimular a criação de pequenas canções, em geral estruturadas, tendo por base a experiência musical que as crianças vêm acumulando. Trabalhar com rimas, por exemplo, é interessante e envolvente. As crianças podem criar pequenas canções fazendo rimas com seus próprios nomes e dos colegas, com nomes de frutas, cores etc. Assuntos e acontecimentos vivenciados no dia-a-dia tam-bém podem ser temas para novas canções. (BRASIL, 1998, p.62)

Quem nunca viu uma criança inventando música, ou interpretando ou co-locando outra letra em uma música que já conhece? Elas são criativas, por-tanto não se deve podá-las ou limitar suas capacidades. Pode-se ressaltar também que existe uma identifi cação natural das crianças com a música.

EXEMPLOS DE BRINCADEIRAS PARA TRABALHAR MÚSICA

São muitas possibilidades de auxílio que a música oferece para o âmbito educacional. Podem-se citar alguns exemplos como a brincadeira “Yapo” que estimula a criança a cantar e gesticular cada vez mais de forma rápida. Isso contribui em trabalhar muitas áreas do cérebro de forma simultânea. Brincadeiras de roda são uma excelente forma de permitir a criança cantar, trabalhando assim a afi nação e a percepção rítmica da música. Segundo Paiva (2000, p.13) “Os brinquedos cantados, cirandas ou brincadeiras de roda, são atividades de grande valor educativo e folclórico, sendo a ex-pressão de uma infância saudável.” Ao cantar transmitem-se pensamen-tos, sentimentos e qualquer informação que se quer dar, segundo Bréscia (2003p. 60):

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Cantar pode ser um excelente companheiro de aprendizagem na so-cialização, aprendizagem de conceitos e descoberta do mundo. Tan-to no ensino das matérias quanto, por exemplo, nos recreios, cantar pode ser um veículo de compreensão, memorização ou expressão de emoções. O canto pode também ser utilizado como instrumento para pessoas aprenderem a lidar com a agressividade.

Brincar de roda promove interação e a percepção de igualdade, todos es-tão na mesma roda de mãos dadas, isso trabalha conceitos na criança de convivência e respeito no viver em sociedade. A dança da laranja muito conhecida popularmente é uma ótima brincadeira que favorece o desen-volvimento físico, cognitivo, afetivo e especialmente a interação e respeito entre colegas. Para brincar, formam-se pares e com uma laranja apoiada entre as testas dos dois participantes tem-se o desafi o de equilibrar a laran-ja sem o auxílio das mãos enquanto a música relacionada à brincadeira é executada. “Tanta laranja madura” também é uma brincadeira de roda na qual se faz um círculo e ao rodar, de acordo com o ritmo da cantiga, se fala o nome de cada criança para ir se virando de costas para o centro, ao repetir a música cada criança será chamada novamente a desvirar-se. Essa brinca-deira compreende o exercício físico, podendo destacar a lateralidade que se resume no uso de uma das partes do corpo, mas observa-se a importância dos estímulos abrangendo esses dois lados, mesmo que a criança desde cedo já expresse sua preferência. Ferreira (1995, p.25) diz que “O domínio da lateralidade faz parte de um complexo de habilidades que envolvem o esquema corporal, a orientação espaço-temporal e as percepções.” Essa brincadeira serve de estímulo para a criança cantar, dançar, trabalha a iden-tidade e autonomia da criança, pois ajuda a conhecer a si mesma e ao co-lega. Podem-se citar ainda cantigas como, “Ciranda, cirandinha”, “Pirulito que bate”, “Marcha soldado”, “Samba-Lelê”, “Sai, sai, piaba”, “Escravos de Jó”, “Na loja do mestre André” dentre outras.

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As parlendas também contribuem para a formação rítmica da criança, po-dem-se fazer variações utilizando uma bola para fazer marcações rítmicas da parlenda. Dentre alguns exemplos, pode-se citar “Um, dois, feijão com arroz”; “Amanhã é domingo”; “A casinha da vovó” entre outros. Outro exemplo é a brincadeira de adivinhações dos sons utilizando uma caixa com objetos que produzam sons diferentes como chocalhos, fl autas, apitos, reco-reco, latas entre outros. A brincadeira do Eco, na qual todos imitam os comandos cantados por um dos participantes utilizando o corpo na realização desses comandos, é também uma ótima opção. Essa brincadeira desenvolve ritmo, raciocínio, exercita o corpo e a mente de forma lúdica.Seria impossível citar todas as brincadeiras que em sua maioria são mui-to conhecidas popularmente, sofrendo ou não adaptações no decorrer do tempo e regiões. Basta usar o exercício da pesquisa para encontrá-las, bem como o uso da criatividade para inventar muitas outras possibilidades.Outra possibilidade de trabalhar com musicalização na escola são as práti-cas de projetos envolvendo música “Os projetos permitem uma interseção entre conteúdos de diferentes eixos de trabalho. Há projetos que visam o trabalho específi co com a linguagem, seja oral ou escrita, levando em conta as características e função próprias do gênero.” (BRASIL, 1998, p.153,154). Observa-se, portanto, que quando se realiza um projeto que é bem trabalhado, este contribui no desenvolvimento de diferentes habilida-des e áreas de conhecimento, havendo, no entanto a interdisciplinaridade. Pode-se destacar também a respeito de envolver a participação da família e comunidade, a qual é de extrema importância para o desenvolvimento do mesmo, bem como para a aprendizagem e participação dos próprios alunos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que primeiramente o professor, específi co nessa área ou não, deve acreditar tanto na importância da música para o ser humano, princi-palmente para as crianças que estão em fase de desenvolvimento, quanto no efeito que esta produz contribuindo para a formação integral. Antunes (2001, p.66) diz que “Acreditamos na iniciativa do professor para ampliar a relação de habilidades e diversifi cá-las, desenvolvendo um consciente trabalho de formação integral dos estudantes.” Não deve ser a preocupação principal em formar músico, o principal objetivo não é esse, é claro que acontecerá o despertamento para muitos talentos natos, mas sim compre-ender que a infl uência da música na educação vai muito mais além. Como já foi falado acima, estimula o desenvolvimento da criança no todo, nas diferentes áreas ou habilidades.O professor deve buscar também aprimorar sempre suas estratégias, di-namizar sua forma de trabalhar, para que possa atingir essa geração que a cada dia surpreende com suas inovações. Não há lugar para pensamentos e concepções tradicionais, que se viram e ainda acontecem de práticas basea-das e limitadas em repetições vazias e sem sentido, considerando a criança um ser passivo não tendo o direito de fala e expressão. Partindo dessa fala, deve-se considerar o professor como pesquisador sempre, segundo Almei-da (2010, p.23) “Para levar música até as crianças, o professor tem de ser curioso e ousado com elas, precisa estar atento, ouvir muito, cantar muito, tocar muito, pesquisar muito e criar muito.” Proporcionar um ambiente no qual venham acontecer muitas trocas, interações e o respeito à cultura e aos diferentes gostos musicais. É positivo ressaltar também a importância do concreto para a aprendizagem da criança, por isso é fundamental um espaço em que se pode vivenciar o manuseio, a exploração e a construção no fazer musical.

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Tendo em vista tudo que foi falado no presente artigo constata-se como a mú-sica é essencial para o ser humano, e o quanto ela preenche suas necessidades físicas, intelectuais, espirituais entre outras. A música é para toda a vida.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Berenice; Gabriel Levy. O livro de brincadeiras musicais da Palavra Cantada, volume 1: Livro do professor. 1 ed. São Paulo, Melhora-mentos, 2010.

ANTUNES, Celso. Trabalhando habilidades: Construindo ideias, São Pau-lo, SP: Scipione, 1 ed. Scipione, 2001.

BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte. Brasília, MEC/SEF, 1997.

BRASIL. Ministério da educação. Secretaria de Educação básica. Diretri-zes curriculares nacionais para a educação infantil Brasília: MEC, SEB, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil -.Conhecimento de Mundo. Brasília, MEC/SEF 1998.

BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno, Educação musical: bases psicológicas e ação Preventiva. Campinas, SP: Átomo, 2003.

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LOUREIRO, Alícia Maria Almeida, O ensino de música na escola funda-mental. 4 ed. Campinas, SP: Papirus, 2003.

FERREIRA, Martins, Como usar música na sala de aula. 3 ed. São Paulo, SP: Contexto, 2002.

SABBAG, Mariana; Arleziene Estrela G. Blanco. Como dar aulas de mu-sicalização: Guia de musicalização em Berçário, Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. 1 ed. Pará de Minas, MG: Virtual Books, 2012.

SAGRADA, Bíblia. Revista e Atualizada no Brasil. Traduzida por João Ferreira de Almeida, 2 ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

PAIVA, Ione Maria R. de, Brinquedos Cantados, Rio de Janeiro, RJ: Sprint, 2 ed. 2000.

TAVARES, Isis Moura, Simone Cit. Metodologia do ensino das artes: Lin-guagem da música. 20 ed. Ibpex, Curitiba, 2008.