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7/24/2019 Artigo Do Cetep
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CENTRO EDUCACIONAL E TCNICO PROFISSIONALIZANTE DE BACABAL.
CULTURA E IDENTIDADE SURDA.
BACABAL
2015
7/24/2019 Artigo Do Cetep
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MARCELO M0NTEIRO DOS SANTOS SALES
VANDEILSON SILVA MARINHO
JOS PINHEIRO DE MOURA
CULTURA E IDENTIDADE SURDA
BACABAL
2015
7/24/2019 Artigo Do Cetep
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CULTURA E IDENTIDADE SURDA
Resumo
Em uma reflexo a respeito das fundamentaes da educao de surdos
atual, vale ressaltar onde se fundamenta essas ra!es" # presente Arti$o o%&etiva
con'ecer a 'ist(ria de surdos atrav)s de con'ecimentos e de *uestionamentos de
acontecimentos relacionados com a educao, filosofias e identidade cultural surda,
o processo de poltica de incluso e o direito + li%erdade de expresso"
A 'ist(ria da educao de surdos no ) uma 'ist(ria difcil de ser analisada
e compreendida, ela evolui continuamente apesar de v+rios impactos marcantes, no
entanto, vivemos momentos 'ist(ricos caracteri!ados por mudanas, tur%ulncias e
crises, mas tam%)m de sur$imento de oportunidades"
-as discusses educacionais das diferentes metodolo$ias, o%servou.se *ue
a rai! central das disputas sempre esteve li$ada a respeito da ln$ua, ou se&a, os
su&eitos surdos deveriam desenvolver a aprendi!a$em atrav)s da ln$ua de sinais ou
da ln$ua oral"
Antes de sur$irem estas discusses so%re a educao, os su&eitos surdos
eram re&eitados pela sociedade e posteriormente eram isolados nos asilos para *ue
pudessem ser prote$idos, pois no se acreditava *ue pudessem ter uma educao
em funo da sua /anormalidade, ou se&a a*uela conduta marcada pela intolerncia
o%scura na viso ne$ativa so%re os surdos, viam.nos como /anormais ou /doentes
uitos anos depois os su&eitos surdos passaram a ser vistos como cidados
com direitos e deveres de participao na sociedade, foram criadas escolas
inclusivas e profissionais capacitados, $arantindo assim uma mel'or forma de
insero e os direitos a uma educao de *ualidade"
Palavras-chaves sur!os" #!e$%#!a!e !os sur!os" ra&'es" e!uca()o !os sur!os
!#scuss)o so*re a e!uca()o sur!a" !#re#%os.
Ao o%servamos a situao atual da educao de surdos, podemos perce%er *ue
'ouve um $rande avano a respeito da incluso de surdos em funo de uma
sociedade i$ualit+ria" # ano de 1330 foi o marco da 'ist(ria de surdos, onde a
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classe surda $an'a independncia $arantindo assim seus direitos e deveres a uma
incluso i$ualit+ria4 a ln$ua de sinais e o oralismo"
-este ano foi reali!ado um Con$resso nternacional de 6rofessores de
7urdos em ilo, t+lia, para discutir e avaliar a importncia de trs m)todos rivais4
ln$ua de sinais, oralista e mista 8ln$ua de sinais e o oral9"
Os temas propostos foram: vantagens e desvantagens do internato, tempo
de instruo, nmero de alunos por classe, trabalhos mais apropriados aos
surdos, enfermidades, medidas, medidas curativas e preventivas, etc.
Apesar da variedade de temas, as discusses voltaram-se s uestes do
oralismo e da l!ngua de sinais" 8B#:-E, 2002, p"519
-en'um outro evento na 'istoria de surdos teve um impacto maior na
educao de povos surdos como este *ue provocou uma tur%ulncia s)ria naeducao *ue arrasou por mais de cem anos nos *uais os su&eitos surdos ficaram
su%&u$ados +s pr+ticas ouvintistas, tendo *ue a%andonar sua cultura, a sua
identidade surda e se su%meteram a uma /etnocntrica ouvintista, tendo de imit+.
los"
;ouveram avanos na viso clnica, *ue fa!iam das escolas dos surdos
espaos de rea%ilitao de fala e treinamento auditivo preocupando.se apenas em
/curar os surdos *ue eram vistos como /deficientes e no em educar"
Ap(s o con$resso, a maioria dos pases adotoram rapidamente o m)todo oral
nas escolas para surdos proi%indo oficialmente a ln$ua de sinais e ali comeou uma
lon$a e sofrida %atal'a do povo surdo para defender o direito lin$ustico cultural" -o
foi sempre assim, 'avia momentos antes do con$resso de 1330 em *ue a ln$ua de
sinais era mais valori!ada"
;avia professores *ue desempen'avam suas funes com veracidade da
aprendi!a$em dos su&eitos surdos ao usar a ln$ua de sinais e o alfa%eto manual e
em muitos lu$ares 'avia professores surdos"
-a )poca os povos surdos no tin'am pro%lemas com a educao" A maiorias
dos su&eitos surdos dominavam a arte da escrita e '+ evidncia *ue 'aviam muitos
escritores surdos, artistas surdos, professores surdos e outros su&eitos surdos %ens
sucedidos"
;ouve a crise s)ria entre a cultura surda e a educao, pois ao percorrer a
tra&et(ria 'ist(rica do povo surdo e suas diferentes representaes sociais o
domnio do ouvintismo era evidente "
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;ouve fracassos na educao de surdos devido < predominncia do
oralismo puro na forma de ouvintismo, entretanto, -#7 =ltimos 20 anos comearam
perce%er *ue os povos surdos poderiam ser educados atrav)s da ln$ua dos sinais"
A votao de Con$resso de ilo provocou um caos *ue ocasionou a *ueda
de educao de surdos, Entretanto, isto no si$nificou o fim dos m)todos oralistas,
*ue continuam a ser utili!ados at) 'o&e, mas a ln$ua de sinais, cultura e identidade
surda $an'ou valori!aoe fortalecimento"
>urante 100 anos a ln$ua de sinais foi proi%ida, no entanto o desafio para o povo
surdo ficou fundamentada na construo de uma nova 'ist(ria cultural, com
recon'ecimento e o respeito das diferenas, valori!ao de sua ln$ua,e a
emancipao dos su&eitos surdos de todas as formas de opresso ouvintistas e seu
livre desenvolvimento espontneo de identidade cultural"
-o princpio da 'ist(ria de educao de surdos os su&eitos surdos eram
considerados intelectualmente /inferiores, por isso eram trancados em asilos" 6or
conta disso perce%eram *ue os su&eitos surdos tin'am a capacidade de aprender e
com isto sur$iram pes*uisas e experimentos das diferentes metodolo$ias e formas
adaptadas de ensino"
7ur$iram ento cincos modelos educacionais na educao de surdos e
presentes em maior ou menor intensidades nas escolas para surdos *ue so o
#ralismo, a Comunicao ?otal, o Bilin$@ismo"
# oralismo ) um dos recursos *ue usa o treinamento de fala, leitura la%ial, e
outros, este recurso ) usada dentro das metodolo$ias orais e descarta a ln$ua de
sinais a todo custo por*ue atrapal'a o desenvolvimento da orali!ao"
A Comunicao ?otal foi desenvolvida em meados de 10, ap(s do
fracasso de #ralismo puro em muitos su&eitos surdos, comearam a ponderar em
&untar o oralismo com a ln$ua de sinais simultaneamente como uma alternativa de
comunicao"
A modalidade Biln$@e ) uma proposta de ensino usada por escolas *ue se
su$erem acessar aos su&eitos surdos duas ln$uas no contexto escolar" As
pes*uisas tm mostrado *ue essa proposta ) a mais ade*uada para o ensino de
crianas surdas, tendo em vista *ue considera a ln$ua de sinais como primeira
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ln$ua e a partir da se passam para o ensino da se$unda ln$ua *ue ) o portu$us
*ue pode ser na modalidade escrita ou oral"
# Bilin$@ismo tem como pressuposto %+sico *ue o surdo deve ser Biln$@e,
ou se&a deve ad*uirir como ln$ua materna a ln$ua de sinais, *ue ) considerada a
ln$ua natural dos surdos e, como 7e$unda ln$ua , a ln$ua oficial de seu pas"
IDENTIDADES SURDAS FUNDA+ENTANDO A EDUCA,O AS
IDENTIFICA,ES E OS LOCAIS DAS IDENTIDADES
A educao alme&ada pela classe surda se fundamenta numa s)rie de
pressupostos culturais entre tais fatores esto inseridos a identidade, autenticidade,
cultura e diferena surda"
A cultura surda ) constituda de si$nificantes e si$nificados" As aes
peda$($icas enfati!am o &eito surdo de ensinar, onde se apela por estrat)$ias de
ensino visuais, transmisso de con'ecimentos em ln$ua de sinais, com presena de
professores surdos" -a poltica outras consideraes so feitas com relao
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As polticas sociais em favor da classe surda tem se alastrado nos diversos
se$uimentos da sociedade, mas existe ainda certa resistncia por parte dos (r$os
competentes na reali!ao da aplicao desses recursos, em%ora a luta por tais
direitos ten'a sido constante, sa%emos *ue ainda existem fal'as no sistema"
-o momento de meu encontro com os outros surdos era o i$ual *ue eu
*ueria, tin'a a comunicao *ue eu *ueria" # o%&eto de comunicao dos
mesmos era am%os i$uais para todos"" 86E:L-, 13, p" 59
A cultura surda ) tradu!ida como elemento constituidor das identidades dos surdos,
pois trata das relaes de interao entre ouvintes e na produo de si$nificado de
outros $rupos culturais" # encontro surdo.surdo representa, pois, a possi%ilidade de
troca de $estos de mesmo si$nificado, ou se&a ) preciso *ue Ln$ua %rasileira de
sinais e a lin$ua$em da sociedade surda se universali!e"
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
FGA>:#7, :onice" E!uca()o !e sur!os: a a*uisio da lin$ua$em, 6orto Ale$re4
Artes )dicas, 1H"
6E:L-, Il+dis ?"?. I!e$%#!a!es sur!as" n 7Jliar Carlos 8or$"9 A 7urde!4 um ol'ar
so%re as diferenas. 6orto Ale$re4 Editora ediao, 13"
7ACK7, #liver" "endo "o#es: Uma /or$a!a 0elo mu$!o !os sur!os. :io de
aneiro4 ma$o Editora, 10"