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Artigo filosofia andrea_caramaschi

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AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC’s)E A EDUCAÇÃO

Andréa Caramaschi dos Santos

Resumo:

Este artigo visa discorrer sobre a importância das tecnologias de informação e comunicação serem utilizadas na escola, uma vez que, a sociedade exige cidadãos que tenham capacidade de aprendizagem, de modos de pensamentos que lhes permitam utilizar estrategicamente as informações que recebem, para que possam converter essas informações em conhecimento verdadeiro, em um saber ordenado. A escola é o lugar onde são sistematizadas as informações e o conhecimento. Vivemos hoje em um mundo em que as informações são difundidas rapidamente, o que não significa que os indivíduos estejam tendo conhecimento ou aprendizagem. Há uma avalanche de informações e um número considerável de pessoas que tem dificuldade de aprender o mínimo necessário para sobreviver nos dias atuais. Por esta razão há a necessidade da escola tomar para si a responsabilidade de formar os estudantes para terem acesso e darem sentido às informações, proporcionando-lhes capacidades de aprendizagem que lhes permitam uma assimilação crítica da informação.

Palavras-chave: Educação, escola, tecnologia

Resumen

Este artículo pretende hablar sobre la importancia de la información y la comunicación se utilizan tecnologías en la escuela, ya que la sociedad requiere ciudadanos que tienen la capacidad de aprendizaje, modos de pensamientos que les permiten utilizar estratégicamente la información que reciben, por lo que puede convertir esta información en verdadero conocimiento, en un saber ordenado. La escuela es el lugar donde son información sistematizada y conocimiento. Hoy vivimos en un mundo en el que la información se difunde rápidamente, lo que significa que los individuos son tener conocimiento o aprendizaje. Hay una avalancha de información y un número considerable de personas que tienen dificultad para aprender el mínimo necesario para sobrevivir en el día de hoy. Por esta razón que es la necesidad de la escuela tomar responsabilidad de capacitar a los estudiantes tener acceso y dar sentido a la información, proporcionándoles con capacidades que permiten un asimilación de aprendizaje.

Palabras clave: educación, escuela, tecnología

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Introdução

Atualmente grande parte da população se contenta com a ideia de

possuir o que há de mais atual na tecnologia: computador, celular, vídeo

game, controle remoto, MP3 Player, iPhone, tablet, câmera digital, iPod, entre

outros. Uma infinidade de objetos que até pouco tempo não existiam, se

multiplicam em proporção assustadora. A tecnologia invade nosso cotidiano nos

saturando com informações, serviços e entretenimento. O chamado “mundo

digital” nos passa o virtual confundido com o real, lidamos mais com signos do

que com significados. Contudo, a tecnologia não é algo tão recente.

O conceito de tecnologia tem suas origens na Filosofia Moderna (século XVII

a meados do século XVIII), período conhecido como o Grande Racionalismo

Clássico em que o homem passa a ser o sujeito do conhecimento. Para os

filósofos modernos as coisas só são passíveis de conhecimento se tomadas

como representações, isto é, enquanto conceitos formulados pelo intelecto e para o

conhecimento.

A ideia de realidade enquanto um sistema racional composto de

mecanismos físicos e matemáticos deu origem à ciência clássica, onde

tudo poderia ser descrito a partir das relações de causa e efeito, isto é, um

conhecimento mecânico que teve em Descartes o seu principal expoente.

Desta forma, tomando a realidade como um sistema de causalidades racionais que

pode ser conhecida e transformada pelo homem, cria-se a idéia de tecnologia, isto

é, um conhecimento teórico formulado racionalmente orientando ações e

intervenções na prática, criando um domínio do homem sobre a Natureza e a

sociedade, de modo que ambas possam ser modificadas tecnicamente.

A compreensão dessa dimensão da vida leva-nos a lembrar que a técnica, como capacidade humana de modificar deliberadamente materiais, objetos e eventos, define o ser humano como homo faber. O fazer difere de outras capacidades humanas como a de contemplar a realidade, agir, experimentar sentimentos e expressar-se mediante uma linguagem articulada, particularmente a enunciativa. Esse caráter da técnica deve ser levado em consideração ao entender a tecnologia como modo de vida, sobretudo na medida em que esse modo de vida afeta outros modos em que podem prevalecer aquelas outras capacidades humanas antes mencionadas. (CUPANI)

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A técnica está presente desde os primórdio em que o ser humano, mediante

suas necessidades, transformou a natureza em artefatos que lhe seriam úteis, sem

saber o que estava fazendo. Somente com os filósofos modernos é que essa ação

tomou consciência. Todo esse aparato tecnológico existente na sociedade atual

resulta do processo histórico construído pelo ser humano.

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1. A ESCOLA INSERIDA NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

Vivemos em um mundo repleto de inovações tecnológicas. A cada dia

variadas formas de informação e comunicação invadem nossas vidas e integram-se

a ela. Celulares, iphones, iphodes, notebooks, netbooks, TV de plasma e de LCD,

internet banda larga e 3G, MSN, facebook, blogs, entre outros recursos passam a

fazer parte da linguagem e do dia-a-dia da nossa juventude.

Conectados com todos estes aparatos tecnológicos, crianças, adolescentes e

jovens se comunicam, aprendem, ensinam, desenvolvem a cidadania, o espírito

crítico, a criatividade, a arte e as inovações.

E a escola, como vai? Conectada às inovações do presente? Infelizmente, na

contramão da história a escola de forma tradicionalista e saudosista se distancia

cada vez mais da realidade dos alunos, de sua relevância e de sua função de

ensinar e aprender e de possibilitar formação para a vida, para a cidadania e para o

mundo do trabalho. E quem faz a escola senão a comunidade que nela está

inserida? A escola hoje precisa encontrar meios para converter todas as

informações que divagam na sociedade em conhecimento verdadeiro, em um saber

ordenado. (POZO, 2004).

A importância deste fato é que estamos vivendo a sociedade do

conhecimento. A sociedade do conhecimento é a economia baseada na

manipulação da informação. No passado as pessoas escolhiam apenas uma

profissão, todavia, hoje a sociedade exige que se domine mais de uma habilidade.

Atualmente, quanto mais conhecimento se tem, mais importante se torna. O

conhecimento é o principal fator de produção do século XXI.

Hoje estamos vivendo num outro mundo. Quem é o “cara” mais rico do mundo hoje? Bill Gates. Bill Gates planta o quê? Bill Gates fabrica o quê? Bill Gates não planta nem fabrica nada. Os dez “caras” mais ricos do mundo não plantam nem fabricam nada. Eles estão lidando com o conhecimento, com informação e com conhecimento. Os “caras” que plantam e fabricam que não estão incorporando conhecimento no seu processo produtivo estão desaparecendo no mundo. O conhecimento hoje é o principal fator de formação. (CAVALCANTI, 2006).

Estamos vivendo em um novo mundo em que a terra, o capital, o trabalho, a

energia não são mais as matérias primas para a produção e que criavam as

riquezas do mundo antigo. Assim, a escola não pode continuar tendo essa

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mentalidade. É preciso andar de mãos dadas com as inovações da sociedade em

que ela está inserida, usar estas inovações a seu favor para avançar.

Podemos conferir esta realidade lembrando o evento da criação da imprensa

que tornou possíveis novas formas de ler que mudaram a cultura da aprendizagem;

agora as tecnologias da informação estão criando novas formas de distribuir

socialmente o conhecimento e que, obviamente, tornam necessárias novas formas

de alfabetização (literária, gráfica, informática, científica, etc.). A escola não pode

ignorar esse fato. Segundo Pozo, “vivemos em uma sociedade da informação que só

se converte em uma verdadeira sociedade do conhecimento para alguns, aqueles

que puderam ter acesso às capacidades que permitem desentranhar e ordenar essa

informação”. (POZO, 2004).

Conforme Cavalcanti, o mundo espera que o Brasil venda celulares, carro,

soja, café e compre software, filme, música, consultoria, pague royalty para poder

comprar remédio. Ele quer que o Brasil dê trabalho qualificado para ele e venda

produto de baixo valor e o Brasil o que quer? Continuar sendo o último da fila ou

inovar, partir para a mudança? Essas perguntas cabem também para a Educação: o

que queremos para a Educação brasileira: continuar a ouvir que os alunos sabem

cada vez menos e que estão cada vez menos preparados ou inovar, mudar os

parâmetros educacionais?

Pozo (2004) ressalta que não cabe mais à educação proporcionar aos alunos

conhecimentos como se fosse verdades acabadas, ao contrário ela deve ajudá-los a

construir seu próprio ponto de vista, sua verdade particular a partir de tantas

verdades parciais. Isso, com certeza, requer mudança em nossas teorias implícitas

sobre a aprendizagem profundamente arraigadas em uma tradição cultural em que

aprender significa repetir e assumir as verdades estabelecidas que o aluno e, porque

não o professor, não podia por em dúvida e, muito menos dialogar com elas.

Já não podemos prever quais os conhecimentos específicos que os sujeitos precisarão dominar dentro de dez ou quinze anos para poder enfrentar as demandas sociais que lhe sejam colocadas. O sistema educacional não pode formar especificamente para cada uma dessas necessidades, porém, pode formar os futuros cidadãos para que sejam aprendizes mais flexíveis, eficazes e autônomos, dotando-se de estratégias de aprendizagem adequadas, fazendo deles pessoas capazes de enfrentar novas e imprevisíveis demandas de aprendizagem. (POZO, 2004)

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Algumas providencias devem ser tomadas para que as exigências

dessa nova sociedade do conhecimento sejam atendidas pela educação. Uma delas

seria fomentar nos alunos capacidade de gestão do conhecimento, já que, para além

da aquisição de conhecimento pontuais concretos esse é o único meio de ajudá-los

a enfrentar as tarefas e os desafios que os aguardam na sociedade do

conhecimento. Além disso, a nova cultura da aprendizagem requer, pelo menos,

ensinar aos estudantes, a partir das diferentes áreas do currículo cinco tipos de

capacidades para a gestão do conhecimento: competência para a aquisição,

interpretação, análise, compreensão e comunicação da informação. (POZO, 2004).

Para isso, torna-se necessário mudar as formas de aprender dos alunos, o

que demanda mudança nas formas de ensinar dos professores. Desta forma, a nova

cultura da aprendizagem exige um novo perfil e novas funções de aluno e de

professores e, por conseguinte, mudança de mentalidade e das concepções

profundamente arraigadas de uns e de outros sobre a aprendizagem e o ensino.

Assim, um dos maiores desafios proposto aos sistemas educacionais nas

próximas décadas, com o objetivo de que nossos estudantes não fiquem à margem

das múltiplas formas culturais de representação simbólica socialmente construídas e

se tornem socialmente, economicamente e culturalmente empobrecidos, é apropriar-

se de novas formas de aprender e de realcionar-se com o conhecimento a fim de

converter esses sistemas culturais de representação em instrumentos de

conhecimento, fazendo uso epistêmico deles.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CAVALCANTE, Marcos. A nova sociedade do conhecimento. http://www.youtube.com/watch?v=aRRpWgxXRd0&feature=related. Acessado em 16/09/2012.

CUPANI, Alberto. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-31662004000400003 Acessado em 02/09/2012.

POZO, J. I. A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento. Revista PATIO, Brasília, ano 8, FNDE 2004.