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16.5.2014 — SOCIEDADE 4 Faz-se público, nos termos e para efeitos do n.º 3 do art.º 16.º, do Decreto Lei n.º 88/90, de 16 de março e do n.º 1 do Decreto-Lei n.º 181/70 de 28 de abril, que Sifucel - Sílicas, S.A., requereu a atribuição de direitos de explo- ração de depósitos minerais de caulino e quartzo, numa área “Joquinho”, localizada no concelho de Rio Maior, distrito de Santarém, delimitada pela poligonal cujos vér- tices se indicam seguidamente, em coordenadas no sis- tema (European Terrestrial Reference System 1989) PT- TM06/ETRS89: Área total do pedido: 132,9978 (ha) VÉRTICE 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. X (m) -67159,802 -66761,395 -66408,466 -66230,082 -66165,788 -66164,522 -66060,764 -66410,545 -66584,929 -66867,574 -66693,974 66786,647 67217,785 Convidam-se todos os interessados a apresentar reclama- ções, por escrito com o devido fundamento, no prazo de 30 dias a contar da data da publicação do presente Aviso. O pedido está patente para consulta, dentro das horas de expediente, na Direção de Serviços de Minas e Pedrei- ras da Direção-Geral de Energia e Geologia, sita na Av.ª 5 de Outubro, n.º 87, 5.º Andar, 1069-039 LISBOA, entida- de para quem devem ser remetidas as reclamações. O presente aviso e demais elementos estão também dis- poníveis na página eletrónica desta Direção-Geral. 30 de abril de 2014. O Director-Geral, PEDRO HENRIQUES GOMES CABRAL Y (m) -35857,111 -35834,834 -35929,587 -36189,272 -36471,648 -36784,286 -37273,171 -38150,152 -37858,047 -37481,475 -37028,854 -36260,501 -36236,559 AVISO MINISTÉRIO DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E ENERGIA Direcção Geral de Energia e Geologia O Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques foi premiado com o «Selo de Escola Voluntária» como reco- nhecimento pelo trabalho que tem sido desenvolvido na Escola EB 2, 3 de Alcanede no âmbito do voluntariado e da solidariedade. Para além de todos os gestos solidá- rios para com os membros da comunida- de escolar e de outras iniciati- vas que foram desenvolvi- das, destaca- -se o projeto «partilh@com», iniciado no ano letivo de 2009/ 2010 e que continua a ser dinamizado pelos docentes Ana Graça Oliveira e Paulo Fernandes. A cerimónia de entrega do prémio do «Selo de Escola Voluntária», que decorreu no dia 28 de abril, no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa contou com a presença de várias individualidades, como o presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca e o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, que entregou pessoalmente o prémio. O Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques rece- beu uma placa com o «Selo de Escola Voluntária», que será oportunamente afixada na EB 2, 3 de Alcanede. Este reconhecimento é apenas um alento para dar con- tinuidade ao trabalho iniciado contando com a colabora- ção de todos e “acreditando que a Escola é e deve ser, por excelência de definição, um universo de mútua partilha de experiências e de valores, incutindo aos nossos alu- nos a vontade de sempre serem vencedores a cada nova etapa do seu percurso académico e profissional” (Cit in Projeto de Intervenção da Diretora do Agrupamento). Ana Graça Oliveira/P aulo F er nandes Docentes Rio Maior Apela à Defesa da Escola Pública A intenção é combater o crescente aumento de contratos de associação com colégios confinantes com o concelho «Selo Escola Voluntária» para o Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques de Alcanede Ministro da Saúde questionado na AR sobre perda de valências nos hospitais do distrito de Santarém Os deputados Idália Serrão, António Gameiro e João Galamba, do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República acaba de questio- nar o ministro da Saúde sobre o impacte da Portaria n.º 82/2014, de 10 de abril nos serviços do Centro Hospitalar do Médio Tejo e no Hospital Distrital de Santarém. Este último, de acordo com as valências existentes na sua página da internet conjugado com a referida Portaria perderá as especialidades de Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Dermatologia, Uro- logia, Obstetrícia, Imagiologia, Anatomia Patológica e Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho não existindo qualquer referência a especialida- des atualmente existentes como Urgência Geral, Pediátrica, Obstétrica e Ginecológica, Cirurgia do Ambulatório, Cuidados Intensivos, Farmácia, Higiene e Segurança no Trabalho. Quanto ao Centro Hospitalar do Médio Tejo, verá serem-lhe retiradas as valências de Neonatologia, Urologia, Cuidados Paliativos, Cirurgia Plástica e Obstetrícia, não havendo qualquer referência a valências atu- almente existentes, como a consulta de Diabetes e Hemodiálise. Os deputados querem saber do ministro da Saúde: quais os estudos que fundamentaram a categorização dos serviços e estabelecimentos do SNS, definidos pela Portaria em questão; se a categorização em causa dos serviços e estabelecimentos do SNS foi objeto de consulta e debate prévi- os com os parceiros institucionais, desde logo com as autarquias locais; se o Ministério da Saúde pode confirmar a perda, pelo Hospital Distrital de Santarém e o Centro Hospitalar do Médio Tejo das valências atrás re- feridas ou então quais os serviços/ valências que lhes serão retiradas; e por último se o Ministério da Saúde equaciona rever a Portaria, de modo a que as populações continuem a contar com a proximidade dos dois hospitais e a rápida prestação de cuidados de saúde essenciais. R eunida na sexta-fei- ra da semana pas- sada, dia 9 de maio, a Câma- ra Municipal de Rio Maior aprovou por unanimidade a subscrição de um duro Ape- lo em Defesa da Escola Pú- blica. A fundamentação que sustenta a subscrição do re- ferido apelo foi preparada pelo pelouro da Educação. No documento argumen- ta-se que este Município “foi, desde sempre, um defensor da escola pública, tentando criar e assegurar condições que respondam às necessi- dades educativas e forma- tivas da comunidade, em estreita articulação com as direções dos estabelecimen- tos de ensino, por conside- rar a Educação um alicer- ce fundamental para o pro- gresso social, cultural e eco- nómico do concelho e para a formação e preservação de valores sociais, cívicos e cul- turais essenciais”. No atual enquadramen- to económico e social do país, “a qualidade do ensino pú- blico é, cada vez mais, uma prioridade para o Município que tem, no quadro das suas competências, procurado garantir a disponibilização de recursos e serviços pro- motores do ensino de quali- dade e do sucesso educati- vo”, lê-se mais adiante. Depois reclama-se: “Es- tando o Município de Rio Maior e os estabelecimen- tos de ensino do concelho na primeira linha da salva- guarda e da valorização da Escola Pública (...) espera- -se que o Estado também garanta os recursos neces- sários para que assegure Escolas Públicas com qua- lidade, que permitam que to- dos os alunos lhes tenham acesso em igualdade de cir- cunstâncias, independen- temente das suas condições económicas e sociais”. A seguir sublinha-se: – que competindo ao Es- tado “criar uma rede de es- tabelecimentos públicos de educação e ensino que cu- bra as necessidades de toda a população, conforme con- sagrado na Lei de Bases do Sistema Educativo”; – que uma vez que “os cortes orçamentais impos- tos pelos últimos orçamen- tos de Estado à Educação põem em causa algumas das suas respostas educati- vas e sociais, fruto, também, da redução de diversos re- cursos que são essenciais à sua boa organização e ao seu funcionamento”; – que “no Guião para a Reforma do Estado são re- feridas diversas estratégi- as que vão desde a conces- são de escolas até à criação de um novo ciclo de contra- tos de associação com o se- tor privado”, acontecendo porém que “a rede escolar pública do concelho de Rio Maior é suficiente para res- ponder as necessidades do número de alunos existen- tes, embora nos últimos a- nos se verifique a desloca- ção de alunos para Colégios privados com contratos de associação, localizados em concelhos limítrofes, sendo que o alargamento dos con- tratos de associação podem fazer crescer o número de transferências de alunos para fora do concelho”. Por último exige-se ao Estado que cumpra portan- to “com uma das suas fun- ções essenciais, sob pena de estar em causa o próprio serviço público de Educa- ção”. Na ponderação que se se- guiu da proposta de subscri- ção do Apelo em Defesa da Escola Pública, o vereador Augusto Figueiredo (CDU) declarou-se orgulhoso de pertencer ao executivo mu- nicipal liderado por Isaura Morais (‘Juntos pelo Futuro’ – PSD/CDS-PP), invocando que “uma das mais belas conquistas da revolução de 25 de Abril foi a democrati- zação do acesso à escola e o seu sucesso” e denunciando que “a escola pública, que é um direito civilizacional, es- tá hoje posta em causa”. A este respeito lembrou que a Organização Mundial do Co- mércio, em 1999 definiu como negócios mais importantes para os primeiros 25 anos do século XXI, em 1.º lugar a Educação, em 2.º a Saúde, em 3.º a Segurança Social e em 4.º a Água e criticou que aquilo que após a 2.ª Guerra Mundial (1939-1945) era tido como direitos civilizacionais seja agora colocado como “negócios para alguns”. O vereador comunista qualificou o Apelo como “ex- tremamente contundente” e a sua fundamentação um “ato de inteligência rara” por parte dos serviços com- petentes que “tiveram a pre- ocupação de fazer o enqua- dramento do nosso concelho, para se saber que se quere- mos manter, valorizar e de- senvolver a democracia é na escola pública para todos, onde está um porto de abri- go e uma boa fonte de for- mação”. Figueiredo afirmou não ter nada contra o ensino pri- vado, ser apenas “contra a privatização da escola pú- blica” e comprometeu-se a espalhar “por todo o lado que o Município a que eu per- tenço é um defensor acérri- mo da escola pública”. O vereador Carlos Naza- ré Almeida (PS) felicitou “a maioria e os serviços pela apresentação da proposta” de subscrição do Apelo em Defesa da Escola Pública a qual devia ser aprovada por duas razões essenciais: no “cumprimento da Consti- tuição” e por “uma questão de coerência”, já que ao lon- go dos anos os vários execu- tivos municipais riomaioren- ses incluindo o atual “têm investido na escola pública – tem sido a menina dos nos- sos olhos”, assumiu. Carlos Frazão Correia (‘Juntos pelo Futuro’) lem- bra-se que nos anos 70, quan- do andava a tirar o 10.º e o 11.º ano (antigo 6.º e 7.º ano do liceu) em Santarém, de Rio Maior ia ele e outros dois alunos. “Felizmente, nos úl- timos quarenta anos têm sido milhares os alunos do nosso concelho que têm fei- to o 12.º ano e seguido para o ensino superior. Penso que se tem havido coisas positi- vas e mesmo muito positi- vas, da revolução de 25 de Abril, uma delas é efetiva- mente o Ensino Público e na minha opinião há que man- tê-lo e incentivá-lo”. O au- tarca, que é vice-presidente da Câmara de Rio Maior las- timou que “vários governos não tivessem tido a capaci- dade e o discernimento de deixarem de lado os seus in- teresses pessoais – e estou a referir-me claramente a secretários de Estado, dire- tores regionais e outros que venderam os seus próprios interesses e os dos seus ami- gos, pondo em causa a Es- cola Pública e gastando o dinheiro que é de todos nós”. Ana Filomena Figueiredo (‘Juntos pelo Futuro’), a ve- readora da Educação mani- festou o seu acordo com al- gumas das afirmações dos colegas de executivo, de apoio ao Apelo em Defesa da Es- cola Pública, nomeadamen- te à do vice-presidente que aludiu “aos sucessivos go- vernos que têm alimentado os contratos de associação em locais em que não são ne- cessários, porque existem zonas do país onde efetiva- mente são precisos – o que não é o nosso caso”. A vereadora chamou a atenção para o facto de a proposta estar fundamenta- da na atitude do Município ao longo do tempo, até à in- tegração: “Desde sempre apostou, colaborou, foi par- ceiro, assegurou e muitas vezes fez mais do que aqui- lo que lhe era exigido por lei, sempre em defesa das suas escolas e dos seus muníci- pes”, reclamou. Enfatizou estarmos “servidos por uma boa rede de escolas”, pelo que não lhe parece que “ago- ra, depois de diferentes exe- cutivos e o próprio Ministé- rio da Educação ter gasto milhões nos equipamentos das nossas escolas, (possa) estar a contribuir para as esvaziar dos seus potenci- ais frequentadores”. “Esta subscrição vai es- sencialmente no sentido de combater o crescente au- mento dos contratos de as- sociação com colégios con- finantes com o nosso conce- lho.” – concluiu Ana Filome- na Figueiredo. Carlos Manuel

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16.5.2014 — SOCIEDADE4

Faz-se público, nos termos e para efeitos do n.º 3 do art.º16.º, do Decreto Lei n.º 88/90, de 16 de março e do n.º 1do Decreto-Lei n.º 181/70 de 28 de abril, que Sifucel -Sílicas, S.A., requereu a atribuição de direitos de explo-ração de depósitos minerais de caulino e quartzo, numaárea “Joquinho”, localizada no concelho de Rio Maior,distrito de Santarém, delimitada pela poligonal cujos vér-tices se indicam seguidamente, em coordenadas no sis-tema (European Terrestrial Reference System 1989) PT-TM06/ETRS89:

Área total do pedido: 132,9978 (ha)

VÉRTICE1.2.3.4.5.6.7.8.9.

10.11.12.13.

X (m)-67159,802-66761,395-66408,466-66230,082-66165,788-66164,522-66060,764-66410,545-66584,929-66867,574-66693,97466786,64767217,785

Convidam-se todos os interessados a apresentar reclama-ções, por escrito com o devido fundamento, no prazo de30 dias a contar da data da publicação do presente Aviso.O pedido está patente para consulta, dentro das horas deexpediente, na Direção de Serviços de Minas e Pedrei-ras da Direção-Geral de Energia e Geologia, sita na Av.ª 5de Outubro, n.º 87, 5.º Andar, 1069-039 LISBOA, entida-de para quem devem ser remetidas as reclamações. Opresente aviso e demais elementos estão também dis-poníveis na página eletrónica desta Direção-Geral.30 de abril de 2014.

O Director-Geral,PEDRO HENRIQUES GOMES CABRAL

Y (m)-35857,111-35834,834-35929,587-36189,272-36471,648-36784,286-37273,171-38150,152-37858,047-37481,475-37028,854-36260,501-36236,559

AVISO

MINISTÉRIO DO AMBIENTE,ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E ENERGIA

Direcção Geral de Energia e Geologia

O Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques foipremiado com o «Selo de Escola Voluntária» como reco-nhecimento pelo trabalho que tem sido desenvolvido naEscola EB 2, 3 de Alcanede no âmbito do voluntariado e dasolidariedade.

Para alémde todos osgestos solidá-rios para comos membrosda comunida-de escolar e deoutras iniciati-vas que foramdesenvolv i -das, destaca--se o projeto «partilh@com», iniciado no ano letivo de 2009/2010 e que continua a ser dinamizado pelos docentes AnaGraça Oliveira e Paulo Fernandes.

A cerimónia de entrega do prémio do «Selo de EscolaVoluntária», que decorreu no dia 28 de abril, no Palácio dasLaranjeiras, em Lisboa contou com a presença de váriasindividualidades, como o presidente da Cáritas, EugénioFonseca e o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato,que entregou pessoalmente o prémio.

O Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques rece-beu uma placa com o «Selo de Escola Voluntária», que seráoportunamente afixada na EB 2, 3 de Alcanede.

Este reconhecimento é apenas um alento para dar con-tinuidade ao trabalho iniciado contando com a colabora-ção de todos e “acreditando que a Escola é e deve ser, porexcelência de definição, um universo de mútua partilhade experiências e de valores, incutindo aos nossos alu-nos a vontade de sempre serem vencedores a cada novaetapa do seu percurso académico e profissional” (Cit inProjeto de Intervenção da Diretora do Agrupamento).

Ana Graça Oliveira/Paulo FernandesDocentes

Rio Maior Apela à Defesa da Escola Pública A intenção é combater o crescente aumento de contratosde associação com colégios confinantes com o concelho

«Selo Escola Voluntária»para o Agrupamento de EscolasD. Afonso Henriques de Alcanede

Ministro da Saúde questionado na ARsobre perda de valências nos hospitaisdo distrito de Santarém

Os deputados Idália Serrão, António Gameiro e João Galamba, dogrupo parlamentar do PS na Assembleia da República acaba de questio-nar o ministro da Saúde sobre o impacte da Portaria n.º 82/2014, de 10de abril nos serviços do Centro Hospitalar do Médio Tejo e no HospitalDistrital de Santarém. Este último, de acordo com as valências existentesna sua página da internet conjugado com a referida Portaria perderá asespecialidades de Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Dermatologia, Uro-logia, Obstetrícia, Imagiologia, Anatomia Patológica e Serviço de Higienee Segurança no Trabalho não existindo qualquer referência a especialida-des atualmente existentes como Urgência Geral, Pediátrica, Obstétrica eGinecológica, Cirurgia do Ambulatório, Cuidados Intensivos, Farmácia,Higiene e Segurança no Trabalho.

Quanto ao Centro Hospitalar do Médio Tejo, verá serem-lhe retiradasas valências de Neonatologia, Urologia, Cuidados Paliativos, CirurgiaPlástica e Obstetrícia, não havendo qualquer referência a valências atu-almente existentes, como a consulta de Diabetes e Hemodiálise.

Os deputados querem saber do ministro da Saúde: quais os estudosque fundamentaram a categorização dos serviços e estabelecimentos doSNS, definidos pela Portaria em questão; se a categorização em causa dosserviços e estabelecimentos do SNS foi objeto de consulta e debate prévi-os com os parceiros institucionais, desde logo com as autarquias locais;se o Ministério da Saúde pode confirmar a perda, pelo Hospital Distritalde Santarém e o Centro Hospitalar do Médio Tejo das valências atrás re-feridas ou então quais os serviços/ valências que lhes serão retiradas; epor último se o Ministério da Saúde equaciona rever a Portaria, de modoa que as populações continuem a contar com a proximidade dos doishospitais e a rápida prestação de cuidados de saúde essenciais.

Reunida na sexta-fei-ra da semana pas-

sada, dia 9 de maio, a Câma-ra Municipal de Rio Maioraprovou por unanimidade asubscrição de um duro Ape-lo em Defesa da Escola Pú-blica.

A fundamentação quesustenta a subscrição do re-ferido apelo foi preparadapelo pelouro da Educação.

No documento argumen-ta-se que este Município “foi,desde sempre, um defensorda escola pública, tentandocriar e assegurar condiçõesque respondam às necessi-dades educativas e forma-tivas da comunidade, emestreita articulação com asdireções dos estabelecimen-tos de ensino, por conside-rar a Educação um alicer-ce fundamental para o pro-gresso social, cultural e eco-nómico do concelho e para aformação e preservação devalores sociais, cívicos e cul-turais essenciais”.

No atual enquadramen-to económico e social do país,“a qualidade do ensino pú-blico é, cada vez mais, umaprioridade para o Municípioque tem, no quadro das suascompetências, procuradogarantir a disponibilizaçãode recursos e serviços pro-motores do ensino de quali-dade e do sucesso educati-vo”, lê-se mais adiante.

Depois reclama-se: “Es-tando o Município de RioMaior e os estabelecimen-tos de ensino do concelho naprimeira linha da salva-guarda e da valorização daEscola Pública (...) espera--se que o Estado tambémgaranta os recursos neces-sários para que assegureEscolas Públicas com qua-lidade, que permitam que to-dos os alunos lhes tenhamacesso em igualdade de cir-cunstâncias, independen-temente das suas condiçõeseconómicas e sociais”.

A seguir sublinha-se:– que competindo ao Es-

tado “criar uma rede de es-tabelecimentos públicos deeducação e ensino que cu-bra as necessidades de todaa população, conforme con-sagrado na Lei de Bases doSistema Educativo”;

– que uma vez que “oscortes orçamentais impos-tos pelos últimos orçamen-tos de Estado à Educaçãopõem em causa algumasdas suas respostas educati-vas e sociais, fruto, também,da redução de diversos re-cursos que são essenciais àsua boa organização e aoseu funcionamento”;

– que “no Guião para aReforma do Estado são re-feridas diversas estratégi-as que vão desde a conces-são de escolas até à criaçãode um novo ciclo de contra-

tos de associação com o se-tor privado”, acontecendoporém que “a rede escolarpública do concelho de RioMaior é suficiente para res-ponder as necessidades donúmero de alunos existen-tes, embora nos últimos a-nos se verifique a desloca-ção de alunos para Colégiosprivados com contratos deassociação, localizados emconcelhos limítrofes, sendoque o alargamento dos con-tratos de associação podemfazer crescer o número detransferências de alunospara fora do concelho”.

Por último exige-se aoEstado que cumpra portan-to “com uma das suas fun-ções essenciais, sob pena deestar em causa o próprioserviço público de Educa-ção”.

Na ponderação que se se-guiu da proposta de subscri-ção do Apelo em Defesa daEscola Pública, o vereadorAugusto Figueiredo (CDU)declarou-se orgulhoso depertencer ao executivo mu-nicipal liderado por IsauraMorais (‘Juntos pelo Futuro’– PSD/CDS-PP), invocandoque “uma das mais belasconquistas da revolução de25 de Abril foi a democrati-zação do acesso à escola e oseu sucesso” e denunciandoque “a escola pública, que éum direito civilizacional, es-tá hoje posta em causa”. Aeste respeito lembrou que aOrganização Mundial do Co-mércio, em 1999 definiu comonegócios mais importantespara os primeiros 25 anos doséculo XXI, em 1.º lugar aEducação, em 2.º a Saúde,em 3.º a Segurança Social eem 4.º a Água e criticou queaquilo que após a 2.ª GuerraMundial (1939-1945) era tidocomo direitos civilizacionaisseja agora colocado como“negócios para alguns”.

O vereador comunistaqualificou o Apelo como “ex-tremamente contundente”e a sua fundamentação um“ato de inteligência rara”por parte dos serviços com-petentes que “tiveram a pre-ocupação de fazer o enqua-dramento do nosso concelho,para se saber que se quere-mos manter, valorizar e de-senvolver a democracia é naescola pública para todos,onde está um porto de abri-go e uma boa fonte de for-mação”.

Figueiredo afirmou nãoter nada contra o ensino pri-vado, ser apenas “contra aprivatização da escola pú-blica” e comprometeu-se aespalhar “por todo o lado queo Município a que eu per-tenço é um defensor acérri-mo da escola pública”.

O vereador Carlos Naza-ré Almeida (PS) felicitou “amaioria e os serviços pela

apresentação da proposta”de subscrição do Apelo emDefesa da Escola Pública aqual devia ser aprovada porduas razões essenciais: no“cumprimento da Consti-tuição” e por “uma questãode coerência”, já que ao lon-go dos anos os vários execu-tivos municipais riomaioren-ses incluindo o atual “têminvestido na escola pública– tem sido a menina dos nos-sos olhos”, assumiu.

Carlos Frazão Correia(‘Juntos pelo Futuro’) lem-bra-se que nos anos 70, quan-do andava a tirar o 10.º e o11.º ano (antigo 6.º e 7.º anodo liceu) em Santarém, deRio Maior ia ele e outros doisalunos. “Felizmente, nos úl-timos quarenta anos têmsido milhares os alunos donosso concelho que têm fei-to o 12.º ano e seguido parao ensino superior. Penso quese tem havido coisas positi-vas e mesmo muito positi-vas, da revolução de 25 deAbril, uma delas é efetiva-mente o Ensino Público e naminha opinião há que man-tê-lo e incentivá-lo”. O au-tarca, que é vice-presidenteda Câmara de Rio Maior las-timou que “vários governosnão tivessem tido a capaci-dade e o discernimento dedeixarem de lado os seus in-teresses pessoais – e estoua referir-me claramente asecretários de Estado, dire-tores regionais e outros quevenderam os seus própriosinteresses e os dos seus ami-gos, pondo em causa a Es-cola Pública e gastando odinheiro que é de todos nós”.

Ana Filomena Figueiredo

(‘Juntos pelo Futuro’), a ve-readora da Educação mani-festou o seu acordo com al-gumas das afirmações doscolegas de executivo, de apoioao Apelo em Defesa da Es-cola Pública, nomeadamen-te à do vice-presidente quealudiu “aos sucessivos go-vernos que têm alimentadoos contratos de associaçãoem locais em que não são ne-cessários, porque existemzonas do país onde efetiva-mente são precisos – o quenão é o nosso caso”.

A vereadora chamou aatenção para o facto de aproposta estar fundamenta-da na atitude do Municípioao longo do tempo, até à in-tegração: “Desde sempreapostou, colaborou, foi par-ceiro, assegurou e muitasvezes fez mais do que aqui-lo que lhe era exigido por lei,sempre em defesa das suasescolas e dos seus muníci-pes”, reclamou. Enfatizouestarmos “servidos por umaboa rede de escolas”, peloque não lhe parece que “ago-ra, depois de diferentes exe-cutivos e o próprio Ministé-rio da Educação ter gastomilhões nos equipamentosdas nossas escolas, (possa)estar a contribuir para asesvaziar dos seus potenci-ais frequentadores”.

“Esta subscrição vai es-sencialmente no sentido decombater o crescente au-mento dos contratos de as-sociação com colégios con-finantes com o nosso conce-lho.” – concluiu Ana Filome-na Figueiredo.

Carlos Manuel