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ARTIGO - TCC - IDENTIFICAÇÃO DAS MUDANÇAS PERCEBIDAS NA CAPACIDADE FUNCIONAL E NO BEM ESTAR DOS IDOSOS DE LUIZIANA-PR..pdf

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IDENTIFICAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL E BEM-ESTAR DE IDOSOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA ORIENTADA CADASTRADOS NO CENTRO DE SAÚDE CELSO NOGUEIRA DA SILVA DE LUIZIANA - PR.

Rogério Machado da Silva Morgana Claudia da Silva

Faculdade Integrado de Campo Mourão

RESUMO O presente estudo teve por objetivo identificar a capacidade funcional e bem-estar de idosos participantes do programa de atividade física orientada, cadastrados no Centro de Saúde Celso Nogueira da Silva de Luiziana - PR. Utilizou-se como amostra 30 indivíduos, sendo 08 do gênero masculino e 22 do feminino que faziam parte do programa de atividade física orientada, que se dispuseram a participar da pesquisa por meio da assinatura do termo de livre consentimento esclarecido. Utilizou-se como instrumento para a coleta dos dados a Bateria de testes de atividades da vida diária (AVD), proposto por Andreotti e Okuma (1999), Questionário de avaliação de auto percepção proposto por Andreotti e Okuma (1999) citado por Matsudo (2004) e a Escala de Auto Percepção de Bem-Estar, se destina a identificar as percepções que os idosos têm sobre seu bem estar, proposto por Matsudo (2004). Essa pesquisa se caracterizou como sendo descritiva e de natureza quantitativa. Concluiu-se, por meio deste estudo que, os indivíduos apresentaram níveis classificado como “bom” de sua capacidade de atividades da vida diária, e em relação à percepção atividades da vida diária a maioria dos indivíduos possui uma percepção considerada “boa”, e a percepção de bem-estar em relação a sua auto-estima, eles se encontram mais dispostos e com a auto-estima mais elevada após a participação em atividades físicas orientadas. Sendo assim, este estudo contribui para a consolidação da realização de atividade física orientada enquanto promotora da qualidade de vida, que pode vir a contribuir para a prevenção de doenças crônica degenerativa, as quais acometem boa parte da população idosa. PALAVRAS CHAVE: Idoso, Capacidade Funcional, Centro de Saúde, Bem Estar, Atividade Física.

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, percebe-se que as pessoas cada vez vivem mais, porém, existem importantes diferenças entre os países que se encontram em desenvolvimento nessa curva de crescimento. Enquanto que, nos países em desenvolvimento o envelhecimento ocorreu associado às melhorias nas condições gerais de vida, nos países de segundo mundo, “esse processo acontece de forma rápida, sem tempo para uma reorganização social a da área de saúde adequada para atender às novas demandas emergentes” (BRASIL, 2007, p. 07).

Resultando em um aumento descontrolado no contingente de idosos, que de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatista) “atualmente existem no Brasil, aproximadamente, 20 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, o que representa pelo menos 10% da população brasileira” (BRASIL, 2010, p. 12).

Esse envelhecimento pode ser entendido como sendo a redução das capacidades de sobrevivência, constituindo-se em um processo dinâmico e progressivo, no qual ocorrem modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas (CARVALHO E PAPALEO NETO, 2006), trazendo consigo uma decorrente diminuição das funções musculares, alterando a força, resistência e flexibilidade, ocasionando assim, uma progressiva perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente (MATSUDO, 2004).

Pereira e Tassa (2011, não paginado), afirmam que esse declínio característico da idade faz “com que o corpo fique mais lento, a resistência corporal torne-se menor, assim como a velocidade de reação, a perda da memória, diminuição da massa corporal, dificuldades para caminhar e às vezes para desenvolver suas atividades diárias”.

Em contrapartida a este quadro de perda de adaptabilidade, e consequente sedentarismo, surge à atividade física orientada, que através da prática regular consegue diminuir as perdas ocasionadas pelo envelhecimento além de impedir a aquisição de doenças crônicas degenerativas decorrentes deste processo, que de acordo com Benedetti (2007, p. 106), as “atividades físicas corretamente prescritas e orientadas desempenham importante papel na prevenção, conservação e recuperação da capacidade funcional dos idosos”, repercutindo assim, positivamente em sua saúde, interferindo no bem estar e em uma melhor qualidade de vida do idoso.

Ao praticar algum tipo de atividade física as pessoas em geral, mas especialmente os idosos, podem experimentar alterações positivas referente ao seu estado de ânimo, na autoestima e na auto eficácia “obtendo recursos pessoais para enfrentar as situações estressantes e desafiadoras do cotidiano, fatores imprescindíveis para a manutenção de uma boa qualidade de vida” (MATSUDO, 2004, p. 89).

Sendo assim, verificou-se que no município de Luiziana - PR há um número elevado de pessoas idosas, sendo que, muitas destas apresentam algum tipo de doença crônica, como por exemplo, hipertensão e diabetes, porém, a maioria não possui hábitos relativos á prática regular de qualquer atividade física, a qual é de suma importância durante a terceira idade, faixa etária, onde as pessoas se tornam mais acomodadas e acabam perdendo a essência da vida, ou seja, a saúde, e consequentemente, a qualidade de vida.

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A partir do exposto até então, esta pesquisa tem como objetivo principal Identificar a capacidade funcional e auto percepção de bem-estar dos idosos que participam de programas de atividade física orientada, cadastrados no Centro de Saúde Celso Nogueira da Silva de Luiziana – PR.

Através desse contexto aponta-se que as contribuições desse estudo são voltadas para melhoria da qualidade de vida dos idosos, para as atividades da vida diária, proporcionando aos mesmos, os conhecimentos sobre os benefícios da prática de atividade física orientada para sua saúde física e mental. 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO

Segundo Dantas (2011, p. 05) os idosos em números absolutos “eram 2,6 milhões de idosos brasileiros em 1950, 19,6 milhões em 2010 e serão 64 milhões em 2050”, ainda para o ano de 2050 em todo o mundo não só para o Brasil, existirão mais idosos que crianças com idade abaixo de 15 anos.

Este fenômeno deve-se de acordo com Neri (2001 apud CARVALHO E FORTI, 2008), à redução do índice de fecundidade, ao avanço da medicina que controlou as doenças infectocontagiosas e à melhoria nas condições de higiene e saúde geral, essa fase da vida tem um caráter universal, multifatorial e é inexorável.

Filho e Netto (2006, p. 3) caracterizam o envelhecimento como a redução das capacidades físicas de sobrevivência, no qual “esse é um processo dinâmico e progressivo que o ocorrem modificações morfológicas, ficológicas, bioquímicas e psicológicas, levando a progressiva perda da capacidade de adaptação do individuo ao meio ambiente”.

Araújo (2001, apud DIOGO, NERI, CACHIONI, 2004) ressalta que a velhice acontece de uma forma geral, e com isso, ressaltam-se suas virtudes, promovendo assim longevidade e saúde, respeitando suas características e potencialidades.

Certamente ao se chegar à velhice, objetiva-se uma vida mais longa, porém não adianta longevidade sem saúde, Cardoso (2009) afirma que a velhice é um período de declínio caracterizado por dois aspectos: a senescência e a senilidade. A senescência é resultante do “somatório de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas do envelhecimento normal”, enquanto a senilidade é caracterizada por “afecções, refere à fase do envelhecer em que o declínio físico é mais acentuado e é acompanhado da desorganização mental que frequentemente acometem os indivíduos idosos”, (DIAS e DUARTE, 2005, não paginado).

Gonçalves e Vilarta (2004) afirmam que quando a idade vai aumentando, as pessoas vão ficando acomodadas, diminuindo o grau de atividade física, vão se tornando cada vez mais sedentárias, se isolando mudando seu estilo de vida, favorecendo assim o aparecimento de doenças crônico-degenerativas associadas.

Desse modo, as doenças são as causadoras da perda das reservas orgânicas e, consequentemente, da aceleração do envelhecimento, processo de declínio gradativo da função dos vários sistemas orgânicos. Nesse sentido, Dias e Duarte (2005) afirmam que é necessário conhecer a diferença entre esses dois processos, pois, isso fornece subsídios necessários para saber como e quando intervir no processo de envelhecimento. É de suma importância entender as peculiaridades anatômicas e fisiológicas do envelhecimento para poder melhor tratar o idoso.

Os autores supracitados afirmam que as capacidades funcionais dependem principalmente do sistema circulatório, ele fornece oxigênio, fluídos e nutrição. Com desenvolvimento do processo de envelhecimento as paredes dos vasos sanguíneos,

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artérias, veias e capilares endurecem e se tornam mais estreitas com a idade, isso interfere na circulação satisfatória do sangue; “o endurecimento dos capilares perturba o suprimento de nutrientes aos vários sistemas e órgãos do corpo, inclusive o sistema nervoso central, começando a atrofia gradual dos músculos e dos tecidos”, consequentemente diminuindo o vigor, o peso e a imunidade à infecção de órgãos vitais como o cérebro, os pulmões, o coração e outros.

Torres et al., (2010), aponta outro fator ligado ao processo de envelhecimento que se refere à massa muscular e a densidade óssea que diminuem com a idade. Tendões e ligamentos se tornam menos elásticos, contribuindo assim, para uma maior incidência de ruptura, especialmente no tendão-de-Aquiles. A cartilagem e os ligamentos das costelas e coluna vertebral são mais propensos a se tornarem calcificados e menos elásticos. Em relação à massa muscular, ela é diminuída resultando em perda força muscular. A redução do tamanho e do número de fibras musculares, especialmente do tipo II, também leva a uma diminuição do músculo para gerar potência. As conseqüências funcionais dessas mudanças relativas à idade são significativas devido a influencia na qual uma pessoa pode se tornar dependente (SIMÃO, 2007).

Torres et al (2010) apontam que a diminuição da força muscular traz consequências para a autonomia funcional de idosos, pois de acordo com os autores níveis reduzidos de força estariam associados à menor velocidade de caminhada, e a inaptidão que acarretaria maior risco de quedas e fraturas em pessoas mais velhas. Geralmente, perdas progressivas de força tendem a deixar os idosos incapacitados para realizarem as tarefas mais simples do dia-a-dia, tornando-os muitas vezes dependentes dos que os cercam o que reduz em grande escala a qualidade de vida desses indivíduos.

Nos idosos, a questão é expressa com maior importância pelo fato de perder sua autonomia a partir dos fatores internos e externos do corpo humano, podendo assim culminar em situação de dependência física. O envelhecimento atua no organismo levando a perda dos elementos essenciais, como massa muscular e água, deixando os tecidos mais enrijecidos e menos elásticos, devido à falta de atividade física. (MATSUDO, 2004).

Gonçalves e Vilarta, (2004), evidenciam que a qualidade das realizações diárias, consiste em dirigir o idoso para o exercício integral de competências físicas e mentais, ação essa compreendida como o resultado de atitudes dirigidas ao relacionamento pessoal, satisfação emocional, prestação de apoio social e o despertar para o sentido da vida, um fator muito importante para que os idosos fiquem cientes do quanto à prática de atividade física pode proporcionar uma melhora muito significativa e saúde.

Seguindo no mesmo pensamento de Lopes (2006), diz que se durante o envelhecimento a pessoa idosa manter os níveis de atividade física, pode reduzir riscos de quedas e aumenta o equilíbrio, assegurando assim, realização confortável e segura dos esforços da vida diária, não perdendo sua autonomia, que é um fator preponderante durante a etapa do envelhecimento.

Segundo Leite (1996) a prática de atividade física pode imediatamente produzir uma profunda melhora nas funções essenciais para a aptidão física do idoso, colaborando para que haja menor destruição de células e fadiga, isso é um dos segredos para se ter uma vida longa e saudável.

De acordo com Benedetti (2007, p. 106) as “atividades físicas corretamente prescritas e orientadas desempenham importante papel na prevenção, conservação

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e recuperação da capacidade funcional dos idosos”, repercutindo assim positivamente em sua saúde, interferindo no bem estar e em uma melhor qualidade de vida do idoso.

Segundo Gonçalves e Vilarta (2004) quando se fala em qualidade de vida logo se pensa em uma ótima saúde e bem estar, e com o passar dos dias, luta-se por uma vida plena com realizações e satisfações em todos os aspectos envolvidos. Mas não se pode ater somente a esses fatores qualidade de vida significa várias coisas ela diz respeito a como as pessoas vivem, sentem e compreendem seu cotidiano. Envolvendo, portanto, saúde, educação, transporte, moradia, trabalho e participação nas decisões em que lhes dizem respeito e determinam como vive o mundo.

Os autores supracitados evidenciam que a qualidade das realizações diárias, consiste em dirigir o idoso para o exercício integral de competências físicas e mentais, ação essa compreendida como o resultado de atitudes dirigidas ao relacionamento pessoal, satisfação emocional, prestação de apoio social e o despertar para o sentido da vida. Esses fatores são muito importantes para que os idosos se conscientizem o quanto à prática de atividade física, pode proporcionar melhor a qualidade de vida e saúde para o resto da vida.

Segundo Shephard (2003), idosos considerados frágeis sofrem com o isolamento social, isso se dá por suas incapacidades físicas, pois eles possuem debilidades que dificultam no desenvolvimento de atividades físicas. Porém, idosos que participam regularmente desses eventos, vão preencher quase todos seus requisitos para uma melhor qualidade de vida, especialmente quanto à saúde corporal e mental, sendo assim, de suma importância para uma boa saúde.

O autor ainda reforça, dizendo que uma melhor qualidade de vida é adquirida com a prática de atividade física, incluindo um maior bem-estar, uma melhora da autoestima e sensação de autoeficácia, bem como uma redução do risco de ansiedade, depressão, tendo assim, uma maior valorização de sua vida, e compreendendo, que para ter uma vida digna nessa fase, não esperar acontecer e sim ultrapassar seus limites a procura da mesma. 3 METODOLOGIA

A pesquisa se caracterizou como quantitativa de caráter descritivo. Utilizou-se como amostra 30 idosos de ambos os gêneros, cadastrados no Centro de Saúde Municipal do município de Luiziana – PR, que participam de programas de atividade física orientada. Selecionados aqueles idosos que se dispuseram em participar da pesquisa, sendo 08 do gênero masculino e 22 do gênero feminino. Foi utilizado para a coleta dos dados a Bateria de testes de atividades da vida diária (AVD), proposto por Andreotti e Okuma (1999, p.58), Questionário de avaliação de auto percepção proposto por Andreotti e Okuma (1999) citado por Matsudo (2004, p. 89) e a Escala de Auto Percepção de Bem-Estar, que se destina a identificar as percepções que os idosos têm sobre seu bem estar, proposto por Matsudo (2004, p. 96). Como procedimento para a coleta dos dados o trabalho foi encaminhando ao Comitê de Ética da IES. Em seguida foi realizado contato com a Secretaria de Saúde para solicitar a autorização para realização do trabalho junto ao Centro de Saúde do município de Luiziana – PR, após esta autorização, foi realizada uma reunião com os idosos, para saber quais estariam dispostos para participar da pesquisa. Disponibilizaram-se a participar da pesquisa 30 idosos, o pesquisador procurou cada

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idoso para assinatura do termo de livre consentimento esclarecido. A coleta de dados foi realizada inicialmente com a bateria de testes de atividades da vida diária (AVD), em seguida o preenchimento do instrumento que buscava verificar a auto percepção do desempenho de atividades da vida diária de cada idoso e logo após a Escala de Auto Percepção de Bem-Estar, onde respondiam e entregavam no mesmo dia da sua aplicação. Depois se iniciou a análise dos dados. 4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Os idosos pertencentes a esta pesquisa foram classificados de acordo com a

tabela de classificação do livro de Avaliação do Idoso: física e funcional de Sandra Matsudo (2004), que propõe uma hierarquia das funções físicas do idoso, em: Nível I – fisicamente capaz ou fisicamente dependente; Nível II – fisicamente frágil; Nível III – fisicamente independente; Nível IV – fisicamente apto/ ativo; Nível V – atletas.

Sendo assim, os idosos participantes da pesquisa, se encontram classificados no nível III – fisicamente independente.

GRÁFICO 01 – DEMONSTRATIVO REFERENTE À IDADE DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA:

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

57% 40% 3%

Grupo A - 60 a 69 anos

Grupo B - 70 a 79 anos

Grupo C - 80 anos acima

A medida de entendimento o gráfico acima representa a idade dos participantes, sendo que no grupo A de 60 a 69 anos corresponde a 57% dos idosos; no grupo B de 70 a 79 anos corresponde 40% dos idosos, e no Grupo C de 80 anos acima corresponde a 3% dos idosos.

QUADRO 01: DEMONSTRATIVO REFERENTE AO TESTE DE CAMINHAR OU CORRER 800 METROS:

GRUPO A GRUPO B GRUPO C

Realizaram com facilidade

88,2% 50,0% 100%

Realizaram com dificuldade

11,8% 50,0% 0%

Não realizaram 0% 0% 0%

Tempo médio 09 min 07 segundos 10 min 52 segundos 10 min 43 segundos

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O quadro acima representa o teste de caminhar ou correr 800 metros realizados pelos idosos. Todos idosos partícipes desta pesquisa realizaram a atividade caminhando.

No grupo A 88,2% dos idosos realizaram a caminhada com facilidade e 11,8% realizaram com dificuldade, sendo que demandaram de um tempo médio de 09 minutos e 07 segundos. No grupo B 50,0% dos idosos realizaram com facilidade e 50,0% com dificuldade, sendo o tempo médio do grupo de 10 minutos e 51 segundos. E no grupo C 100% dos idosos realizaram com facilidade tendo um tempo médio de 10 minutos e 43 segundos.

Nos três grupos 27% dos idosos, teve dificuldade para realizar o teste, no qual Assis e Rabelo (2006) afirmam que, com o avanço da idade, existe um aumento progressivo da necessidade de assistência na realização de atividades da vida diária, os autores relatam que nos Estados Unidos 9,3% dos idosos com idades entre 65 e 69 anos necessitam de algum tipo de assistência para a realização de atividades num percentual consideravelmente maior. Entretanto, é encontrado em indivíduos entre 75 e 79 anos (18,9 %) e indivíduos com mais de 85 anos (45,4%). Percebe-se que quanto mais velho, mais necessidade se tem de auxílios, porém a atividade física orientada e regular pode retardar este processo, que segundo Matsudo (2004), ao praticar algum tipo de atividade física as pessoas em geral, mas especialmente os idosos podem experimentar alterações positivas nos estados de ânimos, na autoestima e na auto eficácia.

QUADRO 02: DEMONSTRATIVO REFERENTE AO TESTE DE SENTAR E LEVANTAR-SE DA CADEIRA E LOCOMOVER-SE PALA CASA:

GRUPO A GRUPO B GRUPO C

Realizaram com facilidade 88,2% 66,7% 100%

Realizaram com dificuldade 11,8% 33,3% 0%

Não realizaram 0% 0% 0%

Tempo médio 42 segundos 20 centésimos

41 segundos 13 centésimos

55 segundos 05 centésimos

O quadro 2 é referente ao teste de sentar e levantar-se da cadeira e

locomover-se pala casa, todos os idosos conseguiram realizar a tarefa. Pode-se apontar que para o grupo A 88,2%dos idosos conseguiram realizar a tarefa solicitada com facilidade e 11,8% realizaram com dificuldade, com tempo médio de 42 segundos e 20 centésimos. No grupo B 66,7% dos idosos realizaram a tarefa com facilidade e 33,3% com dificuldade, tendo como tempo médio do grupo para a realização do teste 41 segundos 13 centésimos. E, no grupo C 100% realizaram com facilidade com um tempo médio de 55 segundos e 05 centésimos.

Apesar dos indivíduos da pesquisa realizar no programa de atividade física orientada exercícios que promovam o fortalecimento dos membros inferiores, assim, promovendo uma melhora significativa na realização de seus afazeres diários, mesmo assim, 20% dos idosos no geral realizaram a tarefa com dificuldade, isto se explica segundo Pedrinelli, Garcezleme e Nobre (2009), que as alterações fisiológicas que ocorrem no aparelho locomotor devido ao processo de envelhecimento, como a perda da massa muscular, a perda do equilíbrio corporal, onde acontece à diminuição da massa óssea e a osteoporose, causam limitações às atividades físicas diárias dos idosos, comprometendo sua qualidade de vida e o tornando mais frágil e dependente.

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QUADRO 03: DEMONSTRATIVO REFERENTE AO TESTE DE SUBIR DEGRAUS: GRUPO A GRUPO B GRUPO C

Realizaram com facilidade 86,5% 58,4% 100%

Realizaram com dificuldade 23,5% 41,6% 0%

Não realizaram 0% 0% 0%

Altura média 53,8 centímetros 50 centímetros 45 centímetros

No de teste de subir degraus, realizado pelos idosos, todos os idosos da

pesquisa realizaram a atividade. 86,5% dos idosos o fizeram com facilidade e 23,5% realizaram com dificuldade. A altura média para a realização da prova pelo grupo foi de 53,8 centímetros. No grupo B 58,4% realizaram o teste com facilidade e 41,6% com dificuldade. A altura média para a realização da prova pelo grupo foi de 50 centímetros. E no grupo C 100% realizaram com facilidade atingindo altura média de 45 centímetros.

Analisando os resultados, é claro perceber o declínio no que se refere à realização da atividade com dificuldade entre o grupo A e B, que para Pedrinelli, Garcez-leme e Nobre (2009), isso vêm a ocorrer devido a diminuições na capacidade de promover torque articular rápido e necessário às atividades que se requerem a força moderada, como, elevar-se da cadeira, subir escadas e manter o equilíbrio ao evitar obstáculos. Isso, além de causar maior dependência do individuo pode facilitar as quedas, lesões, decorrente dela pode ter efeito devastador na independência do individuo em sua qualidade de vida.

QUADRO 04: DEMONSTRATIVO REFERENTE AO TESTE DE SUBIR ESCADAS:

GRUPO A GRUPO B GRUPO C

Realizaram com facilidade

82,4% 50,0% 0%

Realizaram com dificuldade

17,6% 50,0% 100%

Não realizaram 0% 0% 0%

Tempo médio 9 segundos e 10 centésimos

10 segundos e 08 centésimos

12 segundos e 26 centésimos

No de teste de subir escadas, realizado pelos idosos, todos os idosos

conseguiram realizar a atividade. No grupo A 82,4% dos idosos fizeram o teste com facilidade e 17,6% realizaram com dificuldade, tendo como tempo médio para a realização da prova 9 segundos 10 centésimos. No grupo B 50% realizaram com facilidade e 50% com dificuldade, com tempo médio para a realização da prova 10 segundos 08 centésimos. E no grupo C 100% realizaram com dificuldade tendo tempo médio de 12 segundos e 26 centésimos.

O quadro representado apresenta uma diferença entre o grupo A para o grupo B em relação à realização da atividade com dificuldade. Saba (2006), diz que entre os aspectos visíveis do envelhecimento, a determinação do sistema locomotor é um dos mais incômodos e um dos que mais atrapalham a qualidade de vida do idoso. O esqueleto e a musculatura de homens e mulheres acima dos 55 anos de idade ficam vulneráveis a um conjunto de problemas crônicos e eventuais. O exercício físico regular pode atuar contra esses problemas de forma preventiva e curativa.

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QUADRO 05: DEMONSTRATIVO REFERENTE AO TESTE DE LEVANTAR-SE DO SOLO:

GRUPO A GRUPO B GRUPO C

Realizaram com facilidade

64,8% 50,0% 0%

Realizaram com dificuldade

35,2% 50,0% 100%

Não realizaram 0% 0% 0%

Tempo médio 08 segundos e 30 centésimos

09 segundos e 60 centésimos

14 segundos e 35 centésimos

No de teste de levantar-se do solo, todos os idosos conseguiram realizar a

tarefa solicitada. Para o grupo A 64,8% dos idosos fizeram com facilidade e 35,2% realizaram com dificuldade. O tempo médio para a realização da prova pelo grupo foi de 26 segundos 20 centésimos. No grupo B 50% dos idosos realizaram com facilidade e 50% com dificuldade. O tempo médio para a realização da prova pelo grupo foi de 09 segundos 60 centésimos. E no grupo C 100% realizaram com dificuldade tendo um tempo médio de 14 segundos e 35 centésimos.

Saba (2003) justifica o declínio de realização da atividade com dificuldade dos idosos do Grupo A para o Grupo B, afirmando que estudos com pessoas saudáveis acima de 60 anos indicam que os idosos perdem de 1% a 2% da sua força muscular por ano. QUADRO 06: DEMONSTRATIVO REFERENTE AO TESTE DE HABILIDADES MANUAIS:

GRUPO A GRUPO B GRUPO C

Realizaram com facilidade 70,6% 25% 0%

Realizaram com dificuldade 29,4% 75% 100%

Não realizaram 0% 0% 0%

Tempo médio 26 segundos e 20 centésimos

25 segundos e 16 centésimos

39 segundos e 31 centésimos

No de teste de habilidades manuais realizado pelos idosos, todos os idosos

conseguiram realizar a tarefa solicitada. No grupo A 70,6% deles o fizeram com facilidade e 29,4% realizaram com dificuldade, tendo como tempo médio para a realização da prova 26 segundos 20 centésimos. No grupo B 25% realizaram com facilidade e 75% com dificuldade, tendo como tempo médio 25 segundos 16 centésimos para a realização da prova. E, no grupo C 100% realizaram com dificuldade tendo tempo médio de 39 segundos e 31 centésimos.

O demonstrativo apresenta grande dificuldade na realização do teste por parte dos participantes do grupo B, no qual Assis e Rabelo (2006), explicam que o tecido conjuntivo torna-se mais rígido e as articulações menos móveis. A massa óssea diminui aproximadamente em 10% do seu pico até os 65 anos, e cerca de 20% em torno dos 80 anos.

RIZZI et al. (2010, p. 541) relata que a diminuição de força ocorre, por causa da redução do número de fibras musculares e células nervosas. O idoso apresenta alterações em seus tipos de fibras musculares. “Com o passar dos anos, as fibras de contração rápida ou tipo II vão diminuindo em número e em volume e as fibras de contração lenta ou do tipo I também diminuem, mas em menor proporção que as primeiras” Esse fato talvez explique a menor velocidade que é observada nos movimentos dos idosos na realização dos testes.

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QUADRO 07: DEMONSTRATIVO REFERENTE AO TESTE DE CALÇAR MEIAS: GRUPO A GRUPO B GRUPO C

Realizaram com facilidade 66,5% 33,4% 100%

Realizaram com dificuldade 23,5% 66,6% 0%

Não realizaram 0% 0% 0%

Tempo médio 07 segundos 28 centésimos

08 segundos 50 centésimos

11 segundos e 08 centésimos

No de teste de calçar meias, realizado pelos idosos, pode-se apontar que

todos os idosos realizaram as atividades proposta no teste. Os idosos do grupo A 66,5% deles fizeram com facilidade e 23,5% realizaram com dificuldade. O tempo médio para a realização da prova pelo grupo foi de 07 segundos 28 centésimos. No grupo B 33,4% realizaram com facilidade e 66,6% com dificuldade. O tempo médio para a realização da prova pelo grupo foi de 08 segundos 28 centésimos. E no grupo C 100% realizaram com facilidade tendo um tempo médio de 11 segundos e 08 centésimos. Os indivíduos que mostraram dificuldade em relação à realização do teste se encontram em uma faixa etária de maior idade, segundo Souza (2008), com o passar do tempo e com a vinda do envelhecimento as articulações sofrem alterações. ESCALA DE AUTO PERCEPÇÃO DO DESEMPENHO EM ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA

A escala de auto percepção de desempenho em atividades da vida diária (AVD) tem por objetivo avaliar a percepção que os idosos possuem sobre sua capacidade funcional

QUADRO 08: DEMONSTRATIVO REFERENTE AO NÍVEL DE CAPACIDADE FUNCIONAL DOS IDOSOS:

Valor referencial GRUPO A GRUPO B GRUPO C

Muito Ruim 0 à 31

Ruim 32 à 64

Média 65 à 97 17,6 % 8,4% 0%

Boa 98 à 130 47,2% 50% 0%

Muito Boa 131 à 160 35,2% 41,6% 100%

Média de Pontuação 122,9 119,6 134

Desvio Padrão (Pontuação) 20,51 21,93 0

Média de Idade (Anos) 64,9 73,8 83

Desvio Padrão Idade (Anos) 2,50 2,51 0

O quadro acima apresenta os resultados referentes ao nível da auto

percepção de desempenho em atividades da vida diária dos idosos, na qual se verifica que o nível de percepção de desempenho em atividades da vida diária dos idosos encontra-se da seguinte maneira: no Grupo A 17,6% dos idosos estão classificados no nível de percepção de capacidade funcional Média, 47,2% dos idosos em nível de percepção de capacidade funcional “boa”, e 35,2% no nível de percepção de capacidade funcional “muito boa”. Em relação à avaliação da auto percepção do desempenho em atividades da vida diária, a média de pontos obtida pelo Grupo A foi 122,9 pontos (DP= 20,51) com valores médios que variaram de 87 a 148. Esses resultados classificam o grupo em uma percepção do desempenho em atividades da vida diária “Boa”. A média de idades do Grupo A encontra-se em 64,9

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anos, apresentando um desvio padrão de 2,50 anos, com valores variando entre 61 a 69 anos. No grupo B 8,4% dos idosos se classificaram em nível de percepção de capacidade funcional “média”, 50% em nível de percepção de capacidade funcional “boa”, e 41,6% com nível de percepção de capacidade funcional “muito boa”. Em relação à avaliação da auto percepção do desempenho em atividades da vida diária, a média obtida pelo grupo foi 118,7 (DP= 21,93) os valores médios variaram de 80 a 155. Esses resultados classificam o grupo em uma percepção do desempenho em atividades da vida diária “boa”. A média de idades do grupo B é igual á 73,8 anos com um desvio padrão de 2,51 anos, com valores variando entre 70 a 79 anos. O Grupo C que é composto por um individua com 83 anos de idade atingiu um total de 134 pontos, classificando este individuo com uma auto percepção do desempenho em atividades da vida diária “muito boa”. Através dos dados obtidos pela presente pesquisa aponta-se que de maneira geral os idosos possuem uma classificação da auto percepção do desempenho em atividades da vida diária “boa e muito boa”. Conforme Assis e Rabelo (2006) o corpo humano foi feito para o movimento, não para o descanso. O sistema cardiovascular, o metabolismo, ossos, articulações e músculos estão fisicamente adaptados a realizar diretamente atividades em qualquer idade. Igualmente, a mesma autora, aborda que os benefícios que os exercícios podem promover em qualquer nível, se constroem progressivamente por uma prática contínua e sistemática. A prática regular de atividade física não restringe alterações no desempenho físico e neste sentido o prolongamento do tempo de vida não está assegurado, mas a proteção à saúde nas fases subsequentes está e ainda cita que talvez o maior benefício da atividade física seja o grau de independência que as pessoas fisicamente capazes revelam em sua luta pela sobrevivência do corpo sujeito do mundo. Pode-se afirmar então, que a participação em programas de atividade física orientada influenciou de maneira positiva sua percepção de desempenho em atividades da vida diária e colaborou para a melhoria e manutenção da aptidão física.

ESCALA DE AUTOPERCEPÇÃO DE BEM ESTAR PAAF-GREPEFI

A escala de Auto Percepção de bem-estar, se destina a identificar as percepções que os idosos têm sobre seu bem-estar e a partir desses resultados, pode-se identificar como os idosos têm se sentido num determinado período de tempo, seja antes de iniciar um programa de atividade física, seja durante ou após a sua participação nele.

ESCALA DE AUTO PERCEPÇÃO: ela apresenta 29 itens, e cada item é avaliado segundo uma escala de 03 pontos, a saber:

A) Não sinto isto (02 pontos) B) Sinto isto de vez em quando (01 ponto) C) Sinto isto sempre (0 ponto)

Resultado: o escore total é obtido somando-se os pontos dos 29 itens e pode variar de 0 a 58. Quanto mais elevado o escore mais positiva é a percepção de bem estar do idoso.

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GRÁFICO 02 – ESCALA DE AUTO PERCEPÇÃO DE BEM ESTAR:

57

37

50

46 45

48 48

42

49 48 48

52

45 46 46

5350 49

58

43

51 51 52

48 48

44

49 50 4952

-2

8

18

28

38

48

58

P=1 P=2 P=3 P=4 P=5 P=6 P=7 P=8 P=9 P=10 P=11 P=12 P=13 P=14 P=15 P=16 P=17 P=1 P=2 P=3 P=4 P=5 P=6 P=7 P=8 P=9 P=10 P=11 P=12 P=1

Grupo A60 a 70anos

Grupo B70 a 79anos

Grupo C80 anosacima

No gráfico 02, o objetivo foi apresentar qual é a real percepção de bem estar

que os idosos possuem em relação à sua prática de atividade física orientada, que é desenvolvida 03 (três) vezes por semana, durante 01 (uma) hora. Considerando que o resultado do número 58 equivale a 100%, ou seja, o idoso que totalizar 58 pontos estará no pico máximo de bem estar, ou quanto mais elevado for o resultado, melhor é sua condição de bem estar.

Pode-se observar no gráfico, que todos os idosos atingiram um percentual de Bem-estar acima de 50% levando em consideração que o escore final é 58. Sendo assim, podemos dizer que em relação a sua autoestima, esses idosos se encontram mais dispostos e com sua autoestima mais elevada, na qual podemos inferir que o programa de atividade física orientada pode ter contribuído para a melhora da autoestima dos idosos. Benedetti (2003, p.73) expõe que a “participação em grupos de atividade física orientada traz sentimentos positivos em relação ao próprio corpo, níveis mais altos de autoestima e “competições saudáveis” geradas dentro do grupo”. CONCLUSÃO

A partir das análises realizadas, pode-se inferir que em relação à Bateria de Testes de Atividades da Vida Diária os idosos participes dessa pesquisa mostraram-se suscetíveis ao sucesso na realização das atividades, conseguindo executá-las de forma independente, aparecendo poucos idosos que realizaram a atividade apresentando um pouco de dificuldade. Dessa maneia, é possível apontar que os idosos participantes do programa de atividade física orientada de Luiziana-Pr encontram-se capacitados para a realização das atividades diárias, sendo os resultados alcançados por eles dentro dos padrões de sociedade brasileira; ou seja, apresentam decréscimo em relação à idade apresentada.

Quanto à análise referente ao questionário de avaliação de Auto Percepção das Atividades da Vida Diária, verificou-se que os idosos possuem classificação da

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auto percepção do desempenho em atividades da vida diária classificada como “boa” e “muito boa”.

Na Escala de Auto Percepção de Bem Estar identificou-se que todos os idosos atingiram pontuação acima de 50, levando em consideração que o escore final é 58 pontos. Sendo assim, pode-se dizer que eles se encontram com níveis elevados em relação ao seu bem estar, na qual, isso pode proporcionar uma melhora na autoestima pessoal.

Pode-se concluir que por meio do presente estudo os idosos participantes do programa de atividade física orientada confirmam a hipótese inicial, onde se constatou que o programa pode proporcionar mudanças em relação ao bem estar e autoestima, bem como a manutenção da realização de atividades diárias de forma independente, no qual o presente estudo deverá ser apresentado para a Secretaria de Saúde do município, a fim de apontar a importância da manutenção do projeto no município.

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