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Revista Capital 1 ÁRVORES DE NATAL DA Runway Com todo o seu bom gos- to e dedicação, Ione Costa produz, todo ano, as árvo- res de Natal das Academias Runway. Suas maravilhosas pro- duções deste ano conquis- taram, mais uma vez os elogios dos alunos e visi- tantes da Runway. Esta é a árvore da unida- de que fica no Shopping Águas Claras! No detalhe, a ávore mon- tada na Runway da Penín- sula Norte. Tudo isto “para colocar as academias no espetacular clima natalino, porque nossos alunos me- recem essa forma de cari- nho”, comenta Ione Costa.

ÁRVORES DE NATAL DA Runway · 2016-12-06 · bastante afetados pelos efeitos da complexa crise que afeta nosso país. Uns se deixam envolver pelas vibrações desta época do

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Revista Capital 1

ÁRVORES DE NATAL DA Runway

Com todo o seu bom gos-to e dedicação, Ione Costa produz, todo ano, as árvo-res de Natal das Academias Runway.

Suas maravilhosas pro-duções deste ano conquis-taram, mais uma vez os elogios dos alunos e visi-tantes da Runway.

Esta é a árvore da unida-de que fica no Shopping Águas Claras!

No detalhe, a ávore mon-tada na Runway da Penín-sula Norte. Tudo isto “para colocar as academias no espetacular clima natalino, porque nossos alunos me-recem essa forma de cari-nho”, comenta Ione Costa.

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2 Revista Capital

Edito

rial FIM DE ANO

E ainda há Esperança

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Nazareth Tunholi

Revista Capital – A revista de BrasíliaEdição de Novembro/Dezembro/2016Presidente: jornalista Nazareth Tunholi – Registro Profissional: 2537/13/15-DFFotografias: Nelson Fleury e Paulo LimaRevisão: Rogério de Menezes TunholiColaboradores: Palmerinda Donato e Rodrigo Pessanha Tunholihttps://www.facebook.com/Capital-Web/ https://revistacapital.wordpress.com/[email protected] - Fones: (61) 98251-8508 – 99257-1990* As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores.

Edições Revista Capital

Com o olhar apreensivo fixo no futuro, os brasileiros entram no clima das festas de fim de ano, bastante afetados pelos efeitos da complexa crise que afeta nosso país. Uns se deixam envolver pelas vibrações desta época do ano, outros nem tanto, mas a publicidade do comércio não muda o tom, na luta para aquecer um pouco as vendas, tão abaladas com a escassez de dinheiro e o medo dos cidadãos.

2017 vem chegando velozmente, trazendo nos seus dias uma pesada carga de esperança, todo o vo-lume dos sonhos e das preces dos milhões de jovens desempregados; dos pais de famílias que estão à beira do desespero; e da incapacidade de uma Nação de reverter essa situação com a rapidez que o povo precisa.

Rogamos a Deus que os brasileiros tenham calma e coloquem suas cabeças para pensar em soluções emergenciais para atravessarem a crise sem perder o juízo nem se embrutecerem.

A Deus, nosso Pai Amado, pedimos luz, solidariedade e força de decisão para nossos governantes, para que encontrem urgentemente os caminhos do equilíbrio financeiro do Brasil, para que haja tra-balho, renda, paz e normalidade na vida desta Nação.

Precisamos acreditar e ter esperança em um 2017 de vitórias!

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Cap

a

Dayse Campante é responsável técnica e sócia proprietária da Clínica Studio D Pilates e RPG, onde são desenvolvidas atividades de Reeduca-ção Postural Global - RPG, Pilates Clínico, Pilates para Gestante, Pilates para Idosos, Fisioterapia Oncológica, Uroginecológica, Crochetagem, Es-tabilização Segmentar.

Ela graduou-se em Fisioterapia pela Univer-sidade Católica de Brasília, especializou-se em Pilates, pela Escola de Pilates Contemporâneo, sendo, há quatro anos, integrante do seu corpo docente, com trabalho de Cooperação Técnica.

Com sua vocação para trabalhar pela saúde

DAYSE CAMPANTEFisioterapeuta Responsável Técnica

do Studio D

do corpo, Dayse aprofundou seus estudos, es-pecializando-se também em Reeducação Pos-tural Global - RPG, pela Reposturarse, em Es-tabilização Segmentar, Crochetagem, Maitland (técnica em terapia manual).

Dayse e sua equipe estão sempre em pro-cessos de atualização profissional, tendo par-ticipado da South American Pilates Conference em Brasília e recentemente, em São Paulo, do Evento Pilates Legend, com Lolita San Miguel – discípula do fundador do método, Joseph Pila-tes.

Com o objetivo de promover a saúde e o bem estar de seus pacientes, Dayse e sua equipe prestam um atendimento humanizado, numa visão holística, primando pela assistência pro-fissional especializada, pelo conforto e acessibi-lidade das instalações do Studio D.

Satisfeita com o sucesso, tanto pelo alto nível de especialização de sua equipe, quanto pelos resultados alcançados pela sua clientela, Dayse está sempre atenta à atualização e às novida-des nas áreas de atuação da Clínica, no sentido do pleno cumprimento de sua missão.

Com o excelente padrão de atendimento e reconhecimento do trabalho, o Studio D rece-beu o Prêmio Referência Nacional de Qualidade Empresarial-2016, outorgado pela Agência Na-cional de Cultura, Empreendedorismo e Comu-nicação. Dayse Campante esteve presente na solenidade de premiação, para receber o pre-cioso diploma.

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Índi

ce CAPA PÁG. Dayse Campante 03ARTIGONatal 31Soroptimist International 05AUTOAJUDARealidade X Expectativa 14CELEBRAÇÃOBaile das Mais Elegantes 16Baile Internacional 36Centenário de D. Nícia 42Mônica Mendonça recebe 40Romildo Azevedo 44COLUNABrasília Vip 33CULTURABrasil em aconchego 26Sarau na Gallery 29FILOSOFIANatal 27CRÔNICA DA CIDADEA febre da Dona Zilka 34EDUCAÇÃOA Arte da Escrita 07ENTREVISTAAlunos entrevistam escritora 52FILOSOFIANatal 27MODABem Vinda a Bordo 09OPINIÃOBob Dylan e o Nobel 50Outubro Rosa 48PERSONAMeireluce Fernandes 35POESIAViva a Poesia 46SAÚDEParkinson na Academia 38TALK SHOWHélio Fausto 12

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A Soroptimist International é uma organização mundial de mulheres que desenvolvem serviços de voluntariado em comunidades.

Fundada em Oakland, na Califórnia, EUA, em 03 de outubro de 1921, o movimento soroptimista liderado por mulheres pioneiras e empreendedo-ras, como Meta Erickson, Violet Richardson, Eloi-se Gushing, Helena Gamble e Anita Thompson, logo pôde expandir-se para diversas cidades, vin-do a instalar-se rapidamente também em outros países. O termo Soroptimist origina-se da fusão de palavras latinas: sóror (irmã) e optima (ótima), e pode-se traduzir o sentido desse neologismo como sendo “irmãs unidas para o melhor”.

Na primeira Convenção Internacional, realizada em Washington-DC, em julho de 1928, participa-ram 28 (vinte e oito) Clubes Soroptimistas, reu-nindo mulheres dos EUA, Canadá, França, Ingla-terra, Escócia e Holanda.

Na Convenção de San Francisco, EUA, em 1945,

para instalação da Organização das Nações Uni-das, as soroptimistas tiveram efetiva participação e marcaram presença relevante, destacando-se o trabalho notável da brasileira Bertha Lutz, pela inclusão da proposta de sua autoria, na Carta da ONU, estabelecendo “os princípios fundamentais sobre a igualdade de direitos entre homens e mu-lheres”.

Em 1946, na celebração do “Jubileu de Prata” da Soroptimist International, Bertha Lutz foi agra-ciada com o “prêmio Helena Gamble”, pelos rele-vantes trabalhos em defesa dos direitos da mu-lher, e aceitou o desafio de trazer o movimento soroptimista para o Brasil, instalando o primeiro clube da América do Sul, na cidade do Rio de Ja-neiro, em 09 de setembro de 1947.

Atualmente, a Soroptimist International está organizada em 04 (quatro) Federações: das Amé-ricas, Europa, Grã-Bretanha e Irlanda, e Sudoeste do Pacífico, que atuam em 130 (cento e trinta)

Soroptimist International

Posse em Orlando/EUA44ª Convenções da Soropti-mist International23 de julho de 2016

*Lilian Cristina Godoy Elbel

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países, com cerca de 3.000 (três mil) clubes, reu-nindo mais de 80.000 (oitenta mil) mulheres.

A nossa Federação da Soroptimist International of the Américas (SIA) é dirigida por um “Conse-lho de Diretoras” eleitas (BOARD – of Directors), e se organiza em 28 (vinte e oito) Regiões, diri-gidas por Governadoras eleitas pelos clubes que integram sua Região. A Região Brasil acolhe 28 Clubes, distribuídos nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.

Todas as Soroptimistas têm o direito de ser in-dicadas ao cargo de Governadora pelos Clubes da Região, deste que preenchidos os pré requisitos exigidos para o exercício do mesmo. Após rigoro-so processo de eleição, concorre em âmbito na-cional para o mandato de dois anos.

A soroptimista Jane Carol Salles Brauner Azeve-do, Presidente do SI Brasília na Gestão 2010/2012, foi eleita no Congresso Nacional de Soroptimis-tas de 2014, Governadora Eleita da Região Brasil, com a ratificação dos 22 Clubes presentes.

Em 23 de julho de 2016, na 44ª Convenção da Soroptimist International em Orlando/EUA, Jane Carol Salles Brauner Azevedo foi oficialmente empossada como Governadora da Região Brasil, Gestão 2016/2018, tendo a responsabilidade de coordenar todos os Clubes da Região, bem como representar a Região perante a Soroptimist Inter-national of the Americas.

Jane Carol Azevedo é funcionária pública apo-sentada, pós graduada em Administração Públi-ca e especialista em Empresas do Terceiro Setor. Conta com dez anos de serviços voluntários pres-tados em vários segmentos, especialmente no Soroptimist International.

Vale destacar que é muito positivo o centro de-cisório da Região Brasil se fixar em Brasília, uma vez que, desde 2006 a Governadoria esteve se-diada no Sul do País. Hoje, no Distrito Federal, poderá promover o desenvolvimento do Soropti-

mismo no Centro Oeste do País favorecendo, ain-da, as Regiões Norte e Nordeste, com a expansão de novos Clubes.

Em abril de 2017, será realizado o Congresso Nacional Soroptimista em Brasília. A vinda dos Clubes soroptimistas de todas as Regiões do Bra-sil permitirá uma mobilização muito importante na Organização e terá grande impacto coletivo nas ações em prol de mulheres e meninas.

A Soroptimist International mantém repre-sentantes permanentemente junto às principais agências da Organização das Nações Unidas, em New York, Genebra e Viena, na UNESCO em Paris, na FAO em Roma, e na UNEP em Nairobi. Também possui representantes junto às Comis-sões Regionais das Nações Unidas, no Oeste da Ásia (ESCWA), América do Sul (ECLAC), e na Ásia do Pacífico (ESCAP), que atendem a uma ampla agenda, fazendo recomendações especiais para os Programas de Serviços da Soroptimist Interna-tional.

A Soroptimist administra programas de serviços voluntários e projetos, atuando isoladamente, ou em parceria com outras instituições. Os principais Programas da Federação Soroptimist Internatio-nal of the Americas - SIA são Viva Seu Sonho – Educação e Capacitação para Mulheres e Sonhe e Realize – Apoio Profissional para Meninas. Ambos têm como objetivo ajudar mulheres e meninas a conquistar sua realização pessoal e profissional, apoiando sua inserção no mercado de trabalho.

O ingresso é feito por convite, ou a interessada entra em contato com um Clube Soroptimista e solicita informações sobre a Organização. Pode ainda consultar o site www.soroptimist.org

Ser Soroptimista é um privilégio, significa ser uma mulher internacional, conviver com as di-ferenças, consciente da responsabilidade diante da evolução do mundo e pronta para participar e buscar soluções, num clima de compreensão, irmandade, amor e paz.

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Art

igo

Ao escritor não basta apenas o dom da escrita. É preciso ter compromisso, perseverança.

O hábito da leitura deve fazer parte do coti-diano de quem se predispõe a escrever. Ler abre caminhos para que a mente busque novos hori-zontes, novas ideias e forme opiniões sobre dife-rentes temas.

Para quem se dedica a este ofício, é importante escrever todos os dias! Deixar fluir a imaginação e sentimentos. Não se limitar, tampouco escrever apenas quando a inspiração vier. O escritor faz do papel e da caneta seus companheiros constantes. Uma ideia a ser desenvolvida é como um diaman-te bruto que precisa ser lapidado e a intimidade com a escrita é o que o aproxima da perfeição.

TRANSFORMAÇÃO PELA LEITURA

Quem escreve precisa estar aberto a críticas, elas ajudam a crescer! Porém, ser autêntico e ter compromisso com suas premissas faz com que o escritor não desvie o foco nem se deixe levar por opiniões alheias que violem suas ideias.

Fazer do talento uma missão! Escrever por ide-ologia, para contribuir com a cultura, para agre-gar valor à sociedade. Escrever por amor! Pois é este sentimento que impulsiona o escritor a fazer da literatura sua jornada, proporcionando-lhe a oportunidade de vivenciar, a cada obra escrita, uma nova e única experiência, compartilhando sonhos que se materializam com a edição de um novo livro, fruto de muita dedicação e esforço!

Existem diferentes gêneros para expressar a lin-guagem escrita e o escritor busca aquele com o qual mais se identifica, imprimindo-lhe seu estilo individual e peculiar de escrever, que se torna sua marca pessoal e intransferível.

A poesia não é exclusividade apenas da litera-tura. A poesia está presente em diferentes ex-pressões de linguagens e imagens, como em uma simples descrição do cotidiano, em uma bela fo-tografia, ou nas artes plásticas. A poesia em si é uma expressão criativa que evoca emoção e pode estar contida em qualquer gênero literário, ou não.

Fábulas, poemas, sonetos, prosas poéticas, en-saios, contos, romances, crônicas... Independen-te do gênero literário escolhido pelo autor, o im-portante é tocar o coração. Impactar as pessoas, por meio da literatura, é o que move e alimenta minha vontade de continuar escrevendo.

Em cada experiência literária, percebo que es-

*Custódia Wolney

A ARTE DA ESCRITAE A

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crever é como gerar um novo ser, com identidade própria, que povoará outras mentes e outros co-rações, e que, uma vez pronto, perde-se o con-trole sobre ele, pois cada leitor é soberano, dono de seu entendimento. A sua imaginação contribui para enriquecer a obra, uma vez que sua sensibili-dade o leva a perceber mensagens que não foram escritas, mas estão escondidas entre as linhas. E eu, enquanto escrevo, dando vida aos meus per-sonagens, vibro com suas conquistas e sofro com suas perdas.

O mais surpreendente de tudo é quando o lei-tor transcende as fronteiras da obra, dando a ela o seu significado pessoal. E se identifica, e vibra, e transmite em sua própria perspectiva o que, com a leitura do livro, caiu em seu coração de forma perene. Isto é gratificante e não tem preço!

*Custódia WolneyEscritora/Romancista www.aromancista.com

Autora dos romances:

- O preço de um sonho – Os bastidores da cons-trução de Brasília;- Kalunga – A saga quilombola no norte do estado de Goiás;- Sombras da revolta – A força dos oprimidos;- tSina Traçada – A revolução dos Malês – Livro contemplado pelo prêmio Oliveira Silveira da Fundação Cultural Palmares em 2015.

Como escritora e romancista, posso dizer que a maior realização de quem se dedica à arte de escrever, é quando conseguimos fazer com que o leitor participe da emoção que tivemos quan-do expusemos nossos sentimentos. É nesta hora que leitor e escritor se tornam um, dividindo uma cumplicidade de dois corações que batem juntos comungando o mesmo prazer, o mesmo riso, a mesma dor, e muitas vezes, as mesmas lágrimas. A partir deste momento mágico, mesmo sem o toque, mesmo sem o olhar, mesmo sem a pre-sença física, caminham juntos e o escritor seguirá dentro de cada coração que conquistou.

E assim vou seguindo meu caminho, percorren-do as entranhas do Brasil, levando a literatura onde eu puder chegar, descobrindo e descorti-nando os encantos desta terra maravilhosa!

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MODAABem Vinda a Bordo

*Maria Eva Oliveira

Final do ano e muitas viagens à vista. Muitos se organizam para entrar o Ano Novo em um Cruzeiro, à beira mar ou fazendo um “mochi-lão pelo mundo”...

Pois bem, passagens e hospedagens com-pradas, chega o momento de arrumar as ma-las. E vem a dúvida do que levar, do que re-almente é necessário. E a moda acompanha cada tipo de viajante. Nesta edição, escolhe-mos esse tema, então, boa viagem!

NAVİO

Fazer um cruzeiro é uma viagem que exige mala cheia de sofisticação.

As paradas nas ilhas, requerem biquines com cartela de cores entre vermelho, branco e azul.

A noite em um cruzeıro tem muıtas atıvi-dades: cassino, restaurante, baıle de más-cara e o famoso Baile do Comandante, com uso de vestido com tecidos nobres e brilho. Durante o dia, uso de bermudas alfaiataria, camısas, caftans, sapatos confortáveıs e uso de chapéu, além de óculos de sol dando um charme à complementação do fıgurıno.Tecidos leves, uso de estampas geométricas compõem o look náutico.

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Mod

a TREM

Viajar de trem tem facilidade, e a vantagem do sistema ferroviário é que as estações en-contram -se nos centros das cidades, otimizan-do o tempo de deslocamento! Por essa razão é o transporte preferido dos “Mochileiros”. E fazer um mochilão é uma viagem bem plane-jada, que começa pela escolha da mochila e do que levar. Roupas leves e com tecidos tér-micos, sem perder o look fashion, com cartela de cores de fácil combinação.

Uso de botas, jeans, camisetas lisas e estam-pas divertıdas. São também tendência nova as peças dupla face e modelos transformação. Mochileiro sim... com todo fashionismo!!-

CARRO

A liberdade e a autonomia que todo viajante aprecia.

Fazer uma viagem por ro-dovia, requer um look con-fortável. Quanto maıs longa for a viagem mais folgada e flexível deve ser a roupa!

Camisetas de cortes geo-métrıcos e tecidos de algo-dão e de viscolycra permitem produções diversıfıcadas. E vão bem com casacos, ja-quetas jeans, acompanhan-do também calças-pijamas, sarouel, leggings e pantalo-nas. Os sapatos como: Tenis, sapatılhas e botas rasteiras caem bem na bagagem!

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Mod

a

*Maria Eva Oliveira é historiadora e designer de moda e reside na Ca-padócia - Turquia.

AVİÃO

Fazer uma viagem aérea e ter o conforto e pra-ticidade essencial nas alturas.

Durante o voo, com a mudança atmosférica e por ficarmos muito tempo sentados na mesma posição, nossos corpos tendem a inchar e, por essa razão, invista em looks como: Macacão de crepe ou de malha, calças, camisas de viscolycra acompanhados de casaco, blazer 7/8 ou jaqueta.

As cartelas de cores entre vermelho, amarelo e estampas deixam a vestimenta bem femınına. Os sapatos saltos Sabrina, sapatılhas e até tênis são aconselháveis. Vá mais livre, leve e solta!

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Talk

Sho

w Hélio Fausto de Souza Júnior

Uma das personalidades mais atuantes de Bra-sília, o engenheiro Hélio Fausto, ilustra nosso talk show desta edição.

É um grande prazer entrevistá-lo, Dr. Hélio, para proporcionar aos nossos leitores um pouco do pensamento de um profissional talentoso, ci-dadão de destaque no Distrito Federal.

Para nós do Clube de Engenharia e particular-mente para mim, é uma honra fazer parte da sua revista.

Há quanto tempo você vive em Brasília? Como foi a sua chegada aqui?

Sou carioca e vim para cá em 1971, para cursar

Engenharia Civil na Universidade de Brasília, nos bons tempos em que a UnB estava entre as três melhores universidades do Brasil. Vinham alunos do país inteiro, a UnB era totalmente cosmopolita

Qual a sua formação e quais são as suas ativi-dades no Distrito Federal?

Engenheiro Civil de formação e de tradicional família de engenheiros do Rio de Janeiro, tenho uma empresa de engenharia familiar na qual tra-balham também a minha mulher Hedwiges Si-queira e meu filho mais velho Helio Fausto Neto. Fui conselheiro do CREA - DF por seis anos.

Sou Vice-presidente do SINDUSCON-DF, fazen-do parte de diversas diretorias ao longo dos últi-mos 16 anos.

Nazareth Tunholi

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Sou Conselheiro do Serviço Social da Constru-ção do DF, entidade que se dedica ao atendimen-to médico – dentário dos operários da construção e seus familiares. Fui presidente da Cooperativa Habitacional do SINDUSCON por quatro anos.

Sou diretor do Clube de Engenharia de Brasília há oito anos e em setembro de 2016 fui eleito Presidente do Clube.

Você, que é presidente do Clube de Engenharia de Brasília, pode nos dizer quais são os principais objetivos do Clube? Seus espaços estão também abertos a não sócios?

O Clube de Engenharia foi fundado em 28 de se-tembro de 1957. É o mais antigo clube do DF. Foi o primeiro a ser criado, congregando engenhei-ros, arquitetos e agrônomos pioneiros, que aqui chegaram para edificar a cidade e a quem, pelo pioneirismo, pelos sacrifícios e pelo idealismo, devemos a nossa bela Brasília. Todos os grandes nomes pioneiros da Engenharia da cidade foram sócios, e os que estão vivos ainda são. É uma en-tidade que se confunde com a história da cidade. Portanto, para mim é uma honra e tem um sabor especial presidir tão grandiosa entidade.

O Clube tem como objetivos a valorização das áreas ligadas à tecnologia, como Engenharia em todas as modalidades, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia, Segurança do Trabalho, Computação e tantas outras. Apesar do nome histórico ser Clube de Engenharia, há tempos, de-cidimos que abrigaríamos todos os profissionais liberais da tecnologia.

O nosso salão de eventos é um dos mais bonitos da cidade, com a vista mais bela do lago Paranoá e pode ser alugado por não sócios para qualquer tipo de evento, com melhor preço da cidade.

O que você aplaude e o que você critica no Dis-trito Federal?

Aplaudo a população de Brasília, ordeira, hos-pitaleira, que respeita faixa de pedestre, que tem enorme miscigenação de raças, credos, proce-dências de todo o Brasil e de todo o mundo, en-fim um belo povo convivendo numa bela cidade.

Critico os aventureiros, os políticos, os que para cá vieram ou aqui nasceram que só visam os pró-prios interesses, os que desviam recursos públicos que fazem falta principalmente aos mais pobres, os que são funcionários públicos e que atendem mal a população, que é quem paga os salários de-les. Ressalvo que não são todos. A maioria é de honrados, de trabalhadores, de decentes.

Que mensagem você gostaria de deixar para nossos leitores?

Como mensagem, digo que a limpeza que vem sendo feita na política, na vida empresarial, no serviço público, tem que ir até o fim. Todos po-demos ser um Moro. A intensa participação de Brasília nos protestos foi exemplar e tem que con-tinuar.

O Clube de Engenharia tem feito a parte dele. Há alguns anos, para os três melhores alunos dos turnos matutino, vespertino e noturno da 1ª es-cola de Brasília, Dª Julia Kubistchek, na Candan-golândia, entregamos notebooks, celulares e bici-cletas, todos os finais de ano.

Estamos implantando o projeto “ Futuro Profis-sional “, através do qual custearemos o estudo de cinco alunos pobres da periferia durante o 2º e 3º graus, nas áreas de tecnologia.

Concluindo, agradeço imensamente a oportuni-dade de falar sobre o nosso Clube e desejo a você todo o sucesso.

Obrigada, Dr. Hélio Fausto e aceite os nossos parabéns!

Talk

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*Erwelley Andrade

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Em Novembro

Aut

oaju

da Entre tantas metas que traçamos ao longo da vida, é imprescindível ter consciência do que so-mos e do que podemos ser. É importante saber-mos nossos limites e disposição para alcançarmos objetivos. Mas veja bem: os nossos objetivos, não os dos outros. Uma coisa é admirarmos aquela celebridade ou até mesmo uma diva fitness do momento. Outra coisa completamente diferente é buscarmos a idealização de corpos que não são os nossos. A realidade é uma só: cada um tem um biotipo, uma meta, um metabolismo diferente. É essencial respeitar a genética. Sem contar todos os pormenores que nos diferencia e unifica cada pessoa. Nem todos têm tempo para treinar todos os dias ou mesmo para manter uma alimentação inteiramente saudável, com acompanhamento profissional e seguir a risca as recomendações. Contudo, é necessário entender todos estes de-talhes e buscar não ser a versão de quem quer que seja, mas nos espelhar em nós mesmos, na nossa capacidade de superar os nossos próprios limites. Assim, evitamos frustrações, transtornos relacionados a imagem e ao que podemos nos transformar diante de um quadro tão repressor que consequentemente a sociedade nos impõe.

Não existe uma meta perfeita, um corpo perfei-to, um plano perfeito. O que de fato existe, é um contexto complementar para adaptações diárias que nos motiva a melhorar a qualidade de vida.

REFLEXO

A maneira que você enxerga seu corpo vai além do que seus olhos conseguem ver. Seu corpo no reflexo do espelho, suas formas traçando as me-didas por inteiro. As cicatrizes adquiridas ao lon-go do tempo, as marcas da vida, das dores, do sofrimento.

Seus olhos direcionados além da sua imagem ali

refletida. É uma marca, um rosto, um corpo, uma ferida.

Olhos tristes, olhos que se debulham em lágri-mas quando aquele vestido mofado passa a servir.

Olhos marcados pelo cansaço de uma rotina interminável. Observando passo a passo aquele corpo mudando, secando, inchando. Ora triste, ora feliz.

A maneira como os outros veem seu corpo, não lhes dá o direito de apontar, medir, entender. A fita que mede você só diz respeito a você.

Esse é apenas um olhar aparente, não enxerga você por dentro, não vê você como gente. Suas conclusões não são capazes de contar todas e quais são as marcas que recobrem o seu rosto in-trínseco, instigante.

É um corpo parado, fincado. O olhar dos outros lhe é indeterminado. O opróbrio da sua face é in-decifrável.

Portanto, antes de qualquer passo em falso, pare! Perceba-se!

Enxergue seu corpo como ninguém mais o vê. Entenda-o, acaricie-o, converse com ele. Diga-

lhe o que pretende fazer. Não torture sua imagem para expiação diante

de olhos que jamais entenderão. Conheça suas reais necessidades, suas razões para possíveis transformações.

Estica e puxa. Engorda, emagrece. Corta, cres-ce. É o seu corpo e só você o vê. De dentro para fora, de cima para baixo. Ninguém deve amá-lo mais que você.

PS: Pela valorização do amor próprio em prol do autoconhecimento e convicções mutáveis.

*Erwelley Andrade (foto) é educadora, formada em Letras e escritora.

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BAILE DAS MAISELEGANTESC

eleb

raçã

o

A Revista Capital realizou glamouroso baile, no Clube de Engenharia, regado a espumante e fino buffet da Fenix, com a banda Fascina Som, fes-ta com o desfile das “Mais Elegantes da Capital” (fotos abaixo), apresentadas por entidades e em-presas convidadas a participarem da montagem

desta lista. O evento foi produzido por Nazareth Tunholi, dia 21.11, com o apoio das patronesses: July Benevides, Palmerinda Donato, Meireluce Fernandes, Alice Ribeiro, Mônica Cortopassi, Bet-te Maria, Marlene Sousa , Rita Márcia Machado e Ana Cecília Fagundes.

Aldaceli de Paula Ana Paula Guedes Cosete Ramos Gebrim Antônia Freire

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Alessandra Amorim Lúcia Alasnar Sônia Gontijo Chagas Lia Dinorah

As boas vindas da produtora do evento, jornalista Nazareth Tunholi

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RECEBENDO AS FAIXAS DAS MÃOS DAS MADRINHAS1. Alessandra com as madrinhas Alice Ribeiro e Olímpia Gardino2. Nazareth Tunholi colocou a faixa de Lia Dinorah3. Ana Paula Alasmar entregou a faixa à mãe Lúcia Alasmar4. Ana Paula Guedes recebeu a faixa de Bárbara Bertin5. Antônia Freire com as madrinhas Arina Estela e Ana Cecília6. As elegantes Cosete e Antônia desfilando com suas faixas7. Todas as Mais Elegantes da Capital desfilando com as faixas8. Sonia Gontijo com as madrinhas Alda Corrêa e Mônica Cruz9. Cosete recebeu a faixa das mãos de Rita Márcia Machado10. Maria de Lourdes de Paula colocou a faixa na filha Aldaceli

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20 Revista Capital

Mercedes Cavalcante, Édila Chaves e Lúcia Faria Milton Moretti e July Benevides

Clotilde Chaparro e Cleusa Carvalho Glória Maria Andrade e Latice Helena Matheus e Mônica Mendonça

Francisco e Rita Márcia Machado

Arnaldo e Leila Chagas, João e Mônica Cruz

Arnaldo e Leila Chagas, João e Mônica Cruz

Francisco e Rita Márcia Machado

Ludimila Oliveira com as joias D. Beja

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Revista Capital 21José Odon e

Jacira Abrantes

Sônia e Sebastião Guimarães

Carlinhos Araújo e Alice Ribeiro

Sônia e Hiroshi Takano

Alda Corrêa e o casal Max Telesca e Sônia Gontijo Chagas

Palmerinda Donato entre Ester Campante e Adilson C. de Oliveira

Nazareth Tunholi e Rita Escorpião (da Dona Beja)

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22 Revista Capital

Nágela Maria, Lourdinha Fernandes e Isabel Cristina Morais

Cleusa e Jussara Carvalho com Jaqueline Vieira

Mauro, Alessandra, Marcelo, Iara e Thiago Amorim com o estilista Antônio Trindade

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Revista Capital 23

Cidália Varela, Bette Maria, July Benevides, Irene Borges e Mônica Cortopassi

Michele Rodrigues, Stefania Victoretti, Geni Rodrigues, Felix José Jr., Ayala Camarano, Ana Paula Guedes e Bárbara Bertin

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24 Revista Capital

Conceição Nacle, Cristina Braga, Darcy Gasparetto e Helena Lima

Meireluce Fernande e José Carlos Brito

Alice Riberiro e Nayra FalcãoAldaceli e Gláucio Veloso

LudimilaOliveira

AlsimarMello

AurineteLeite

TâniaGomes

Isabel Almeida

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Revista Capital 25

Thaís Ribeiro, Raimunda Serra Azul, Giovana , Helena dos Santos e Marcelo Serra Azul Amador Outerelo, Arnaldo Chagas e João Cruz

Leila Boas, Creuza Ferreira, Alice Ribeiro e Graça Lima Jacqueline Vieira, Zilda Abdala, Jussara Carvalho e Eliana Campos

Carmen e Ênio BocornySílvia de Moura, Rosângela Meneghetti, Mário e Maria Olímpia Gardino

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Brasília em Aconchego com seus hóspedes,

em namoro com as embaixadasNádima Nascimento e

Nossas relações com outros países estão de vento em popa. Foi aprovada uma proposta para que o português seja uma língua oficial nas Na-ções Unidas (ONU), como anunciado na XI Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Nossas intenções serão expostas de forma mais clara, na nossa língua mãe. São tempos de in-tegração, e aqui falaremos de cultura.

Brasília é uma cidade atípica não só pela arqui-tetura, mas também, pelas inovações artístico-cul-turais, que se manifestam no visagismo de nossa capital, seja pelas atividades em ambientes fecha-dos ou realizadas em praças abertas, livres, para quaisquer transeuntes.

Muitas dessas manifestações acontecem nas Embaixadas, quando abrem suas portas para a co-munidade com o intuito de incrementar o convívio social.

Assim, os últimos meses fervilhou, deixaram os cinéfilos em delírio. É muito bom estar na capital nessa ocasião em que os representantes de outros países nos acolhem de forma tão calorosa.

E é isso o que tem acontecido. As Embaixadas levando sua programação cultural a sério nos brin-dam com pílulas de seus costumes, seus ídolos, seu povo.

A exemplos, sabendo que ainda não temos co-nhecimento de tudo o que está disponível, fare-mos um esforço de chamuscar a sua atenção.

A Embaixada da Alemanha na última quinta-fei-ra do mês exibe filmes, com direito a um coquetel antes de cada sessão.

A Embaixada de Portugal, com programação va-riada, duas a três vezes por mês, além de

filmes, promove eventos musicais e culturais di-

versos.A Embaixada da Índia dispõe aulas de Yoga, apresen-

ta filmes, debates e encontro de poetas de Brasília.A Embaixada da Rússia funciona por tempora-

das, geralmente três vezes por ano; cada tempo-rada apresenta, às segundas-feiras, filmes russos e outros eventos culturais.

Na Embaixada da França o ano inteiro, se ofere-ce filmes, vernissages, palestras, lançamentos de livros, shows, dança etc.

Na Embaixada da Coreia uma vez por ano, há fil-mes e eventos cívicos do país. E quando eles se es-tendem por mais de um dia, utilizam o Cine Brasília.

Algumas Embaixadas, por motivo de segurança e falta de espaço físico adequado, utilizam outros es-paços, como é o caso das Embaixadas Americana, Inglesa e da Espanha, que usam os seus Institutos de Línguas. E há também mostras, como aconte-ceu nos festivais esloveno e japonês, também no Cine Brasília.

A programação em geral, e especialmente a de cinema, atinge bem mais do que o sonho com o enredo dos filmes. A maravilha está no mergulho. Adentrar uma cultura genuína. Ver o que eles que-rem nos mostrar; os seus valores, as suas paisa-gens, a composição de seu dia a dia.

Ficamos ante o cenário real, o que interessa que nos seja repassado, o que querem transparecer – Somos assim!

Admiramos o outro lado da moeda, o que não aprendemos na TV, nos bancos da escola nem em aulas de história. Fantástico. A cultura original, não imposta, não negociada.

Sim, nós aqui em Brasília estamos assim - Com as Janelas Abertas para o Mundo, Encantados!

Cul

tura

Roiz Edimilson Rodrigues

Escritora, doutora em De-senvolvimento Sustentável e frequentadora do Núcleo de Literatura da Câmara dos Deputados.

Professor da Fundação Educacional, ex Diretor do Colégio CASEB, reúne pelo

whatsapp mais de 180 Amigos do Cinema.

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Filosofia NATAL

Esses dias, tive a oportunidade de assistir a um belo filme, já relativamente antigo (2006), que narra um fato histórico real: no Natal de 1914, mais de cem anos atrás, no front de batalha da 1ª guerra mundial, três trincheiras de combatentes estavam bem próximas: os alemães, os franceses e seus aliados irlandeses. De repente, na noite do dia 24, um padre que servia na frente irlandesa começa a tocar sua gaita de fole com canções na-talinas. Do front alemão, um tenor famoso, que servia como soldado, responde cantando. Em minutos, ambos sobem nas trincheiras e prosse-guem com seu estranho dueto.

Subitamente, os três comandantes vão para o centro do campo de batalha e pactuam um cessar fogo por aquela noite... mal haviam concluído o acordo, veem seus homens saindo das trinchei-ras, trocando garrafas de vinho e pequenos petis-cos, desejando-se mutuamente feliz natal, mos-trando fotos de suas famílias que ficaram para

*Lúcia Helena Maya

trás... tudo termina numa bela missa conjunta... e numa punição a todos, vinda de seus respectivos superiores, no dia seguinte.

O filme, que, a propósito, se chama “Feliz Na-tal”, mais que uma mensagem de uma muito fa-lada e pouco vivida fraternidade, tão propalada nesta época do ano e esquecida no máximo até o réveillon, me trouxe algumas reflexões sobre o ser humano: o drama humano de querer sepa-rar aquilo que naturalmente tende a estar unido. De colocar “trincheiras” dentro do seu coração e só amar o que está dentro delas; de se condenar a uma guerra eterna contra tudo e contra todos que não atendam aos seus interesses, pois, no fundo, todas nossas pequenas e grandes guer-ras da modernidade são defesas do egoísmo; de atentar contra a própria felicidade, pois, saiba ou não disso, a felicidade do ser humano só pode ser encontrada... entre seres humanos. Pensei em como este conjunto de símbolos, luzes e decora-

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ções, que invadem nossas cidades nesta época, trazem à tona, em nós, uma excitação quase in-fantil, uma lembrança tão pura e cálida, que ador-na as nossas vidas, um encontro marcado com um sonho. Com o que sonhamos? O que alimenta nossas esperanças no homem, em nós mesmos, em cada Natal?

Experimente olhar para sua árvore natalina, essa, que deve já estar montada em sua sala, e imaginar que ela representa a vida: uma espiral ascendente rumo a uma Estrela... e que os ador-nos luminosos que se reúnem em torno dela, mais próximos uns dos outros à medida que sobem, são os homens, somos nós. Essa estrela luminosa ressurge anualmente e renova seu convite de as-censão e de união... quando o aceitaremos?

Talvez apenas neste dia, e não antes, possamos viver de fato um Feliz Natal. Aqueles soldados, no meio da neve, da desolação e da morte, em 1914,

foram capazes de perceber esse convite e aceitá--lo... isso é uma esperança.

Neste Natal que se aproxima, como filósofa, desejo que suas estrelas falem, seus pinheiros inspirem, suas esperanças brilhem e seus sonhos humanos mais belos caminhem para a realização. Afinal, como seres humanos que somos, nossos sonhos humanos... são um único sonho.

*Lúcia Helena MayaDiretora Adjunta da Nova Acrópole Brasil

CA (Centro de Atividades) 09 lote 18, Lago Norte(61) 3468-5006 * (61) 99309-5225

Filosofia

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Sarau na GalleryNo dia 07 de novembro, os fãs do poeta João

Henrique Serra Azul reuniram-se na galeria de arte do Shopping Deck Norte, The Gallery, na Península Norte. Foi uma noite de muita alegria,

confraternização e saudade, marcada pelos lin-dos sonetos do “Príncipe dos Poetas” e pela forte participação dos amigos que atenderam ao con-vite de Raimunda Serra Azul.

Cul

tura

A anfitriã com Alsimar Mello e Maria Aurélia Mello Lourdes Fonseca, Nazaré e Marli Vianna

Fernanda Curado, Marcelo e Raimundinha Serra Azul Nicinha, Gil Vidigal e Graça Carneiro

N. Tunholi, Meire Fernandes e Terezy Godoy Luzinete Cadete,José Durval Araújo e a anfitriã

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Gil Vidigal e o seu maravilhoso violão

Alsimar Mello, João Henrique e Raimundinha

Lúcia Faria, Nicinha e Marilana Vargas

Vanessa Tunholi e Valéria Rocha

Arão Aciony e Osvaldo Teixeira

José Carlos Brito Palmerinda Donato

Cristina Braga

Graça Carneiro

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Palmerinda Donato

Entre os Calendários, ocupa lugar de extraordi-nário relevo o que divide a história da humani-dade em duas eras; Antes de Cristo e Depois de Cristo. É ele adotado pela Organização das Na-ções unidas (ONU), que, fundada na cidade de São Francisco em 1945, congrega, atualmente, 193 países. No nosso tempo, em periódicos e em variados documentos há frequentemente uma data que se refere, implicitamente, ao ano do nascimento de Jesus Cristo.

A singeleza pacífica do aparecimento de Je-sus na pequena cidade de Belém contrasta gri-tantemente com eventos bélicos estrepitosos tais como: a queda de Constantinopla em 29 de maio de 1453; a reconquista de Granada em 2 de janei-ro de 1492; e a tomada, em Paris, da Bastilha em 14 de julho de 1789.

Jesus não veio ao mundo em berço luxuo-so, em aposento requintadamente mobiliado, em palácio esplendoroso. Não houve pajens solícitos, nem visitantes suntuosamente vestidos. Não soa-ram orquestras bem afinadas. Jesus nasceu longe de Nazaré. Não houve lugar para ele nem mesmo

em modestos albergues. Não é a função que engrandece a pessoa mas

a maneira como ela é exercida. Laboriosos, sim-ples e vigilantes pastores foram os primeiros a re-ceber a Boa Nova (Evangelho), motivo de alegria para todo o povo: “Achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura” (Lc. II, 12). Tornaram-se missionários ao propagar o que haviam ouvido e visto.

A data do nascimento de Jesus não consta nas Escrituras. No Império romano festejava-se em 25 de dezembro o Sol Invicto. Cristo é considerado o Sol que não conhece ocaso. Ele mesmo afirmou: “ Eu sou a Luz do mundo. Quem me segue não anda em trevas” (Jo. VII, 12).

Cabe também ressaltar que a luz de estrela impar orientou os reis magos - também conheci-dos como reis sábios - na viagem de suas terras até Jerusalém e Belém. A tradição fala de estrela de quatro pontas que representavam as direções do mundo: leste, oeste, norte e sul.

Entre os promotores da devoção ao Natal de Cristo, sobressai São Francisco (1182 - 1226), nas-

NATAL

José Carlos Brandi Aleixo Professor Emérito da Universidade de Brasilia

Presépio vivo fotografado em 17.12.2010, de Saint-Hilaire-du-HARCOUET, noroeste da França

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cido em Assis e conhecido também em seu tem-po como “Il Poverello” (O Pobrezinho). Atribui-se a ele a feliz iniciativa do presépio. Para o 25 de dezembro de 1223, perto do eremitério da cidade italiana de Greccio, preparou ele, uma manjedou-ra plena de feno de uma estrebaria comum e nela colocou imagem do menino Jesus. No humilde lo-cal devotos habitantes das cercanias escutaram a inspirada pregação do Santo. Cabe ressaltar que os pastores ouviram dos anjos as palavras alvis-sareiras “Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens que ele ama”(Lc. II,14). A vida e a obra de São Francisco estão impregna-das de Paz. Desejava ele : “Paz e Bem”. Em 1939 Pio XII proclamou-o padroeiro principal da Itália. Em 27 de outubro de 1986 membros de diversas religiões, a convite do Papa João Paulo II, oraram pela paz em Assis. Encontros semelhantes ocor-reram depois. Pode-se falar em “viver no espírito de Assis”.

Conta-se que Martinho Lutero (1483-1546) ao caminhar certa noite, nas proximidades do Natal, por um bosque, viu no céu, por entre ramos de altos pinheiros, estrelas semelhantes às luzes de velas. Levou para casa um pinheirinho e o ador-nou com pequenas velas acesas. Lembravam elas as estrelas que iluminaram a noite do nascimen-to de Jesus. Recorde-se que mesmo no inverno severo de vários países do hemisfério norte, com temperaturas muito abaixo de zero, o pinheiro não perde suas folhas. Cristo é a Árvore da Vida, presente em todas as partes. Ele é como um tron-co que leva a seiva da vida aos ramos a ele unidos.

Entre as comoventes canções entoadas nos festejos natalinos difundiu-se, amplamente, a co-nhecida no Brasil como “ Noite Feliz”. Sua história é edificante. Joseph Mohr (1742-1818), jovem sa-cerdote vivia na austríaca cidade alpina de Ober-ndorf. Em 23 de dezembro de 1818, a pedido de um pai lenhador que morava no meio da flores-ta, abençoou sua criança recém-nascida. Sobre ela inclinava-se, radiante de alegria, a encantada mãe. No retorno para sua residência, caminhou por selva iluminada por um mar de estrelas. Me-ditou sobre o menino Jesus reclinado na manje-doura de Belém. À noite, mesmo exausto, com-pôs o poema “ Noite Feliz”. Na manhã seguinte

mostrou-o a Franz Xaver Gruber (1787-1863), jovem maestro e organista da escola paroquial e solicitou-lhe que redigisse uma melodia para ele.

Na noite do dia 24 entoaram, a duas vozes, ao som de violão, aquela que seria uma das canções mais ouvidas no Natal. Existe hoje em Oberndorf pulcra capela com o nome da canção.

A letra original em alemão intitula-se “ Stille Nacht, Heilige Nacht” (Noite calma, Noite Santa). Em inglês a denominação é “Silent night” (Noi-te Silenciosa) e em francês “ Douce Nuit” (Noite Doce). Foi traduzida a mais de 200 idiomas. Ela foi interpretada para o imperador Francisco I da Áustria e para o Czar Alexandre I da Rússia. Por 1850 o Coro Imperial da Igreja de Berlim apresen-tou-a para o Rei Frederico Guilherme IV. Através dos tempos continua sendo entoada em todos os continentes, quer em barracões de zinco quer em palácios e conservatórios.

O Natal de Jesus está presente de diversas formas na história e na geografia. Natal é nome de Província da República Sul Africana, antiga co-lônia inglesa na costa do nordeste da África, vista por Vasco da Gama em 25 de dezembro de 1497. Natal é o nome da capital do estado brasileiro do Rio Grande do Norte. Belém onde Jesus nasceu é nome da cidade capital do estado brasileiro do Pará. Em Lisboa encontra-se a famosa Torre de Belém junto ao Rio Tejo.

De Belém de Judá grande pedra foi transpor-tada à Catedral da cidade inglesa de Coventry. Dela foi feita pia de batismo. Por ele nasce espiri-tualmente um Cristão.

Na Literatura e em homilias o tema do Natal tem espaço importante.

Entre 1961 e 1989 – no período da divisão da cidade de Berlim por um muro – eram mais simples, no Natal, os trâmites para que seus habi-tantes pudessem cruzar as fronteiras.

Natal não envelhece. Passam gerações mas ele continua presente nas zonas rurais e urbanas, nos quatro pontos cardiais, nos invernos e nos ve-rões, nas alturas e nas planícies, nos continentes e nos oceanos, na terra e no céu, em barracos frá-geis e em casas sólidas. Sempre e em toda parte.

Oxalá seus valores reinem em cada um de nós, em nossos países e no universo.

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Brasília VipNazareth Tunholi

Desejando Boas Festas para todos, manifesto minha ale-gria em falar com vocês através desta coluna.

Começo com o Cerimonial da Vida pela Paz, realizado dia 27.10 pela Academia Internacional de Cultura, com a outorga do título de Cidadão do Mundo pela Paz às se-guintes personalidades: Ludmila Vinecka, Antonio Guerra Vicente, Luis Carlos M. Fonseca (foto 1), Vânia Diniz, Vera Lúcia Nogueira (na foto 2, seguida pela presidente da AIC, Meireluce Fernandes), Glória Maria Andrade, Embaixado-ra de Botsuana Bernadette Rathedi, esta jornalista e na foto 3, Marisa Macedo (homenagem especial) mais as Ci-dadãs do Mundo pela Paz, Eda Machado e Ana Boccucci.

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ANIVERSÁRIOCom um delicioso al-moço beneficente,

Tathny Kefalas comemorou o seu

aniversário no La Tam-bouille, com as

amigas.

Tarde de turbantes e desfile de trajes

típicos. Na foto, as charmosas do Clube Internacional: Sezi-

nha Diniz, Dodoia Rezende, Embai-

xatriz Adeline (da Costa do Marfim), e a presidente do CIB,

Lúcia Chaves

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Crô

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Cid

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Dona Zilka, minha vizinha, anda assustada! O nome dela é ZILKA, com o L no meio. Mas todo mundo agora resolveu chamá-la de dona Zika: o neto pequeno, o sobrinho e os meninos que jogam bola na rua. Ela, com certo descon-forto, diz que “conspiram” contra sua pessoa, porém leva o assunto na esportiva. Lá pelos 60 anos de idade, dona Zilka teve gripe recente-mente, com muitos sintomas suspeitos: dor de cabeça, febre, dores nos olhos, nas juntas e no corpo inteiro!

“Acho que estou com Zika”, falou a mulher para uma vizinha. Esta correu e espalhou a no-tícia no grupo do condomínio no WhatsApp. Pronto! Todos ficaram de orelha em pé, literal-mente, à espreita de qualquer coisa que voasse e zunisse. Muitos entraram em pânico e com-praram estoques de repelentes. Adquiriram também aquela eficiente raquete elétrica. Bas-ta apertar o botão, encostar o equipamento na horda de mosquitos e fritá-los imediatamente.

A FEBRE DA DONA ZILKA

*Maria Félix Fontele

O grupo não falava de outra coisa. Os mora-dores empenharam-se em caçar o mosquito. Vasculharam todo o local com olhos de lupa. Enquanto isso, as pessoas eram abastecidas com diversas informações. Desde as inúmeras teorias sobre o surgimento da Zika até métodos pouco convencionais de se prevenir contra as picadas do Aedes aegypti, transmissor de den-gue, febre chikungunya e do pior vírus de todos, a besta do apocalipse, que deforma crânios com a microcefalia.

“Arrependei-vos, infiéis, porque o fim está próximo”, gritava outro dia um homem em ple-no sol escaldante, no centro de Brasília, entre o Conic e o Conjunto Nacional. Uma vizinha evan-gélica garantiu que isso faz sentido, ao lembrar das dez pragas lançadas por Deus contra o Egito antigo, imperial e pagão, escravizador de cora-ções e mentes. A mulher pesquisou no Google a origem do nome Aedes aegypti, o qual deriva do grego e do latim, e quer dizer “o odioso do

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Egito”. Lembrou ainda que o Egito, localiza-do no Continente Africano, abriga a Floresta de Zika, onde, se supõe, surgiu o vírus. Cre-do! Parece que tudo vem do Egito! Daí foi um pulo para a criação do “Grupo de Oração Pelo Fim das Pragas” o GOP.

Os homens eram os mais interessados nas teorias conspiratórias. Um deles trans-creveu: “Você sabia que o governo dos EUA tem o vírus da Zika em seus arquivos bioló-gicos desde 1947? Você sabia que esse vírus foi criado em laboratório secreto da família Rockefeller e está disponível para venda on-line?” Outra notícia: o surto da Zika foi cau-sado por mosquitos geneticamente modifi-cados para controlar a população mundial? E, ainda, o larvicida de nome difícil, o Pyri-proxyfen, utilizado na água em regiões com pouco saneamento, poderia ser a causa da microcefalia? Cruzes!

Enfim, saiu o diagnóstico do mal de dona Zilka: uma simples gripe! Graças a Deus!!!

Eita povo criativo. Como diz Marcel Gois, em sua frase engraçada: “O Brasil estava dengoso e agora está zikado”.

*Maria Félix Fontele é jornalista e escritora

PERSONAPERSONAA escritora MEIRELUCE

FERNADES, presidente da Academia Internacional de Cultura - AIC, ilustra esta nossa coluna Persona.

Fizemos as seguintes per-guntas a Meireluce:Qual o livro mais interes-sante que leu?Li centenas de livros muito interessantes como: A Pon-te para o Sempre, de Richard Bach, Rebecca, de Daph-ne du Maurier, The Trouble With Jeanie, de Paul Hut-chens, Olga, de Fernando Morais, Pride and Prejudice, de Jane Austen, Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa, Poesia e Estilo de Cecília Meireles, de Leodegá-rio A. de Azevedo. Estou lendo “Quando Coisas Ruins Acontecem às Pessoas Boas”, de Harold S. Kushner. Tal-vez, o mais interessante seja “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry - Livro para todas as idades.Qual seu lazer predileto em Brasília?Participar de encontros lítero-musicais, englobando sa-raus poéticos.Para quem vai o seu aplauso hoje?Vai para Deus -- o autor e tomador da vida, a quem agradeço a oportunidade de viver, com alegria, entu-siasmo e paixão pela família, respeitando as diferenças e cultivando as amizades!Como contribui para a sustentabilidade?Reforcei a minha contribuição, a partir dos estudos de Doutorado, em Ciências da Terra, ocasião em que aprofundei meus conhecimentos em biodiversidade e na fragilidade do Planeta. Por exemplo, quando desli-go uma lâmpada, economizo água, separo o lixo para reciclar, utilizo embalagens biodegradáveis, manejo produtos com resíduos perigosos, como baterias e pi-lhas, conscientizo meus vizinhos sobre qualidade de vida, lembrando que não somos os únicos responsáveis pela conservação do Planeta, mas se cada um fizer a sua parte, o mundo será a nossa eterna casa habitável.Que conselho pode dar para nosso leitor? Para salvar o Planeta Terra, meu conselho é evitar trans-porte individual, procurar alimentos orgânicos, consumir menos carne, economizar água, não criar animais silves-tres, cultivar áreas verdes, diminuir o uso de embalagens que poluam o ambiente, economizar energia e água.

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O Embaixador da Polônia André Braiter, sua espo-sa Katarzyna e a presidente da Sociedade das Ami-gas da Polônia, Cosete Ramos Gebrim (foto à direi-ta) realizaram o tradicional Baile Internacional, que teve como tema “Da Bossa Nova ao Rock and Roll”, dia 25.11, na sede da embaixada, com mais de 200 convidados, vestidos a caráter. Foi lindo!

BAILE NA EMBAIXADA DA POLÔNIA

Ivelise Longh, Elianade Campos e esta jornalista

Nazareth TunholiFotos: Paulo Lima

Sílvia de Moura e o casal Rosângela e Marco MeneghettiMaria Lúcia Choairy e Nazaré Arbach

Rafael, Carmen, Ênio e Leonardo Bocorny

Rita Pepitone e Vanda Landin

Marilu Arruda, Marlene Sousa e Amélia Godoy

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1 - Odete Boeck e Macarino Freitas2 - Ivelise Longh e Mário Pereira3 - July Benevides, Vanda Landin e AneteBraga da Costa4 - Carminha Manfredini e José Carneiro5 - Marianne e Hely Vicentini

Sheila e Cristina Melo

July Benevides, Vanda Landin eKeila Paixão, Lúcia Bessa, Bette Maria e Alice Ribeiro Hélio e Lenir Fonseca com Isabel Cristina e José Osvaldo Morais

Milton Barbosa e Cristina Braga, Nazareth e Rogério Tunholi com Lúcia Faria

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Saúd

e

*Prof. Fernando Henrique

Portadores da Doença de Parkinson (DP) são acometidos por vários sintomas, sendo quatro deles os mais clássicos: tremor, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão de movimentos) e instabili-dade postural.

Inicialmente, tinha-se a ideia de que a bradici-nesia, seria por si só, um limitante na força mus-cular dos parkinsonianos, ou seja, os portadores da doença seriam incapazes de gerar força mus-cular. Na bradicinesia, é observada lentidão para realizar tarefas habituais. Na marcha, os passos pequenos e lentos, além da pobreza de movimen-tos automáticos, como o balançar dos braços.

Este conceito foi mudado e houve interesse de pesquisadores da área do movimento humano. Deste modo, descobriu-se que os portadores da DP são capazes de realizar força muscular, por mais que seja de maneira lenta. É sabido hoje, que a redução na capacidade de gerar força mus-cular está mais vinculada com a inatividade físi-ca e com a perda de massa muscular inerente à idade. Portanto, entre os variados tratamentos

destinados a esse grupo, ressalta-se o papel da atividade física.

A força muscular tem um declínio acentuado a partir dos 50 anos, e é aumentado aos 70 anos, e com isso, a simples manutenção das atividades habituais (caminhadas, trabalhos de jardinagem e andar de bicicleta), não garantem a manuten-ção de níveis satisfatórios de força muscular. Ou seja, o idoso terá que ir à academia “puxar fer-ro”, como uma estratégia para obter esses níveis de força satisfatórios, que culminarão em outros resultados adjacentes: menor risco de quedas, mais flexibilidade, melhora na densidade mineral óssea, melhora da caminhada, e o aumento da capacidade para viver do modo independente.

Há, na ciência do esporte, pesquisas que suge-rem a inserção do treinamento de força como tra-tamento adjunto aos demais. Mais recentemen-te, o treinamento de potência muscular tem se destacado no campo da Educação Física e da Fi-sioterapia como uma nova abordagem nas estra-tégias de intervenção para melhorar a qualidade

ARKINSON NA ACADEMIAP

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Revista Capital 39

de vida dos portadores da Doença de Parkinson. Pesquisas na qual utilizam-se Treinamento de

Potência, têm demonstrado melhora no equilí-brio, na velocidade da contração muscular e no tempo de movimento de idosos. O Treinamento de Potência é uma modalidade de treinamento eficaz para melhorar as funções físicas (força, potência e bradicinesia) e qualidade de vida de portadores da DP. O Treinamento é feito com car-gas baixas (40-60% RM) e velocidade de execu-ção alta (movimentos explosivos). Movimentos explosivos são basicamente definidos como mo-vimentar-se com aceleração, amplitude e rápida execução, sendo que este tipo de exercício é con-siderado um método de treinamento que mais ativa e estimula o sistema neuromuscular.

Portanto, reforçamos a importância desse tipo de treinamento para atender as reais necessida-des de portadores da Doença de Parkinson. Dessa

*Prof. Fernando Henrique tem licenciatura plena em Educação Física – UCB; pós-graduado em Musculação e Treinamento de Força – UnB CREF 6930 G-DF

Instagram.com/educacaofisicafuncional

maneira, os profissionais de Educação Física têm a oportunidade de intervir positivamente na vida dessas pessoas. Baseado nestas informações, aconselhamos que todos os idosos e parkinsonia-nos que ainda não fazem musculação, que façam.

A doença ainda não tem cura, mas há formas paralelas, como os exercícios físicos, de aumentar coordenação dos movimentos e, como consequ-ência, melhorar a qualidade de vida de parkinso-nianos.

Saúd

e

Desejando a todos um Natal e Novo Ano cheios de paz e amor, a

Equipe da Revista Capital já preparauma programação preciosa para

2017, com o intuito de proporcionara sua contribuição para a alegria,

a cultura e as opiniões de nossos leitores!

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recebe convidados para audição

No dia 10.10, a pianista Mônica Mendonça recebeu em sua re-sidência cerca de vinte convidados para uma programação de mú-sica, palestra e declamação de poemas. Momentos inesquecíveis!

José Carlos Brito e Padre Aleixo Palmerinda e Letícia Barbosa

N. Tunholi e Raimundinha Augusto Mendonça, Mônica e Viviane Mendonça Leila Chagas, voz e violãoFabíola, Meireluce, Jane Carol, July Benevides e Mônica Cruz Marina, Alberto Vilar, Eliana, Matheus e Gabriela Mendonça

Eliana Pena, Lourdes Navia e a anfitriã

MÔNICA MENDONÇAC

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raçã

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HOMENAGEM No dia 24 de outubro, a pianista Mônica Mendonça rece-

beu o diploma de Honra ao Mérito, concedido pela Revista Capital, no auditório do programa “Um Piano ao cair da noite”, da Brasília Super Rádio FM, no Conjunto Nacional, onde tocou. Mônica foi prestigiada por parentes e amigos e fez jus à homenagem pelo seu talento e amor à música.

Dagoberto Koehntopp e Eliana Mendonça

Meireluce Fernandes e Lourdes NaviaPalmerinda Donato, Mônica Mendonça e Ester Campante

A pianista com o neto Matheus Mendonça Helena dos Santos, Graça Carneiro e Raimunda Serra Azul

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Cel

ebra

ção Centenário de D. Nícia de

Moraes Correia Marcílio

A mulher que mudou minha vida. Nascida em Fortaleza-Ceará, filha de Luiz Correia e de D. Es-merina Correia, em 15/12/1916. Seu pai deu o nome ao Porto de Luiz Correia do Piauí. Casou em 31/12/1939 com o Dr. Flávio Portela Marcílio, deputado Federal e, por três vezes, presidente da Câmara dos Deputados.

Quando D. Nícia estava em namoro com o Dr. Flávio, uma cartomante pediu para ler sua mão e disse então àquela jovem: você vai ter poderes em todos os dedos. D. Esmerina, mãe de D. Nícia, de educação londrina, sorriu bastante, achando

absurdo aquele jovem ter tantos poderes para dar à filha dela. Mas não deu outra, ela chegou a ser a 3ª dama do país porque seu marido assu-mindo a presidência da República (em substitui-ção ao titular) e mais tarde candidatou-se à presi-dência da República, só não tendo ganho porque Dr. Paulo Maluf quis assumir a cabeça da chapa e outro partido fez algazarra contra ele. Mas se tivesse sido o contrário, Dr. Flávio Marcílio teria ganho, já que seu nome era muito respeitado por todos os brasileiros.

Mas vamos tratar aqui daquela senhora linda e

*Raimunda Ceará Serra Azul

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de grande coração que não deixava nenhum po-bre sair de sua casa sem levar os duzentos cru-zeiros, fazendo como Cristo ensinava: dá com a direita sem que a esquerda veja.

Quando ela saia de casa ao trabalho (era Se-cretária Geral da Faculdade de Direito do Ceará) ou mesmo a passear no seu belo Aero Willys, os menos afortunados pediam paradinha no carro, para dizer-lhe: eu voto com a senhora. Só que ela nunca se candidatou a nada. O candidato era o esposo.

Humana, discreta, linda de viver, eu tive a hon-ra de conhecê-la ao ir a sua casa para pedir uma cadeira de professora, que seria remunerada com apenas Cr$ 400,00. Naquela época, eu tinha ape-nas 17 anos, quando gostaria de seguir meu ideal de professora. Mas daí ficamos amigas, dava aula para os filhos dela e nossa amizade durou até 18/12/2008, quando os anjos vieram buscá-la. Digo isso, com certeza, pois, há uns três anos an-tes de falecer, ela já sustentava 17 famílias, mui-tas vezes pessoas carentes demais, até do próprio juízo mental. Era uma verdadeira irmã Dulce ou Teresa de Calcutá.

Mas, como estava dizendo que fui atrás de um emprego de professora, ela conseguiu um em-prego até melhor no Tribunal de Contas do Ceará, onde trabalhei por três anos, saindo apenas para ocupar um cargo de concurso no Rio de Janeiro.

Mas D. Nícia não se dava por satisfeita, quando eu saí do Tribunal de Contas do Ceará, ela colocou meu irmão para ocupar o lugar, que posterior-mente passou no concurso da Câmara Federal, deixando a vaga para outra irmã.

Ela via na nossa família, alto grau de honesti-dade e inteligência. E gostava demais da mamãe.

Mas estamos falando é sobre a senhora Nícia Marcílio, esposa dedicada e mãe devotada. Teve 5 filhos, a mais velha, Nícia Cláudia, seguiu a car-reira da magistratura, chegando a desembarga-dora, por concurso.

A segunda filha, Eneida, estudou medicina na Bahia, casando-se com um professor dela, fazen-deiro e competente na área. Eneida é especialista em genética.

A terceira filha, Flávia, que tenho a alegria de contar com ela na minha casa todos os sábados,

para os desabafos sentimentais chamados por nós de amenidades. A gente se distrai muito, fa-lando sobre o que se passou na semana. Flávia é formada em Direito e trabalha no Senado com alta função.

O quarto filho, Carlos Flávio, é advogado dos bons e casado com a senhora Janete Vaz, sócia do laboratório Sabin.

A quinta filha fez concurso para taquígrafa e tra-balhou na Câmara. Chegou a ser diretora da ta-quigrafia.

Falar sobre o Dr. Flávio, da sua persistência, do espírito democrático é pleonasmo. Ele acorda-va bem cedo, chegando às vezes primeiro que o porteiro para abrir o portão da Câmara onde era admirado e respeitado pelos seus pares e funcio-nários.

Também era constitucionalista e professor da UnB. Muitas pessoas iam assistir suas preleções mesmo sem ser alunos, dado o poder de comuni-cação, impetuosidade e imprimia motivação em suas aulas na universidade.

D. Nícia era uma pessoa feliz porque podia aju-dar o próximo e tinha muita sensibilidade. Se não pudesse ajudar conforme lhe pediam, ficava tris-te. Quem conheceu D. Nícia, em Brasília, Rio ou Fortaleza, sabe que isto tudo que escrevo é a ex-pressão da verdade.

Salve D. Nícia e salve dia 15/12/2016, o cente-nário de sua existência, dedicada à família e aos pobres. Parabéns aos seus familiares.

Era o ano de 1957, quando iniciamos nossa ami-zade. Agradeço ao bom Deus tudo que me con-cedeu.

*Raimunda Ceará Serra Azul, autora do livro Nossa Cul-tura- sabores do Nordeste.

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ROMILDO AZEVEDO posse no IHG-DF

No dia 26.10, o Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal rece-beu solenemente em seu quadro de acadêmicos o escritor Romildo Tei-xeira de Azevedo, na cadeira patroneada pelo herói da Pátria, Frei Caneca.

O evento foi prestigiado por ilustres convidados, familiares e amigos.

Mesa Diretora - José Carlos Gentili, Romildo, a presidente do IHG, Vera Ramos, Luiz Carlos Cerqueira e Tarcízio Medeiros

Mãe, filhos e esposa: Maria Dalva, Romildo Jr., Neuma, Emanuela e Pedro de Oliveira Azevedo

José Luis, Viegas, Francisco Martins, Tarcízio Medeiros, Romildo, João de Assis Mariosi, Nina Tubino, José Carlos Gentili, Adirson Vasconcelos, Marcelo Porto e Fagundes de Oliveira

Recebendo o diploma Paulo Antônio parabeniza o acadêmico Romildo com Zenaide e Marcelo Porto

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Tarcízio, Adirson, Romildo e Napoleão Valadares Neuma, Eroniza, Isabel, Nina e Orcilene

Adalberto Nóbrega, o acadêmico e Lélio Viana Lobo

Maura, Zélia, Maria Dalva, Neuma Teixeira com Rosa Bueno Rose, Ester, Elana, Eduardo e o casal Romildo e Neuma

José Carlos Gentili, Marilene e AdirsonRomildo Jr. e Emanuela Teixeira com o paiRomildo com João de Assis Mariosi

Luiz Carlos Cerqueira, Vera Ramos, Nazareth Tunholi e o acadêmico Romildo Teixeira de Azevedo

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Viva a PoesiaTRAJETOSalpicar a paz entre os canteirospara que as flores cantem a canção do amore o jardim que beija os olhos do jardineiroseja um concerto de alegria e cor.

A travessia nem sempre é brisa levehá coiotes que espreitam atrás da inocência,mas se o passo é firme o mal não se atrevea mastigar a gema onde há decência.

A estrada é, sim, começo, fim e meiopor onde passam sonhos, lutas, medos...e mostra-se, enfim, a que se veio.

Mesmo entre brumas e tropeços tantosa vida pode ser um salmo à pátria sem degredo,portas abertas de onde ecoam cantos. BASILINA PEREIRA

ACORDES Teus olhos me fazem sentir meninaTeu corpo me faz sentir mulherTeus beijos? O elixir de minha vida.

Tuas mãos...Essas me conduzem, me regem, me afinamE quando entrelaçam meu corpoÉ certo,

Levam-me para o céu!

NÁDIMA NASCIMENTO

A UM PÁSSARO CATIVO

Cantas até os últimos minutosTodas as melodias do teu seio,Bem como a árvore amigo que deu frutosAo mesmo lenhador que a corta ao meio...

Da mágoa, ferem-te aguilhões hirsutos.Contudo, cantas à tristeza alheio...Se eu costumo chorar de olhos enxutos,Tu costumas chorar com teu gorjeio.

Porém contigo como me pareço;Sofres — e expandes melodias santas,Sofro — e gargalho quanto mais padeço.

Não penses que enlouqueço e tresvario:— Como tu, que soluças quando cantas,Eu choro, passarinho, quando rio.

JOÃO HENRIUE SERRA AZUL

INCÊNDIO

Há uma hora em que o amor se devorae devora as horas.

Uma noite quese incendeiaE tudo arde

Depois de atiçado por meu desejo.Quero morrer neste incêndio!

CELIA COPPA

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Poes

ia FLUIR DE EMOÇÕES

Esta luz douradaProjetada muito alémDo infinito...Com raios que atravessamO meu serMe fazem lembrarQue apesar de sóEstou unida a tiPela emoçãoEnquanto te esperoBusco refúgio no silêncio...

LUCY GORAYEB MOURÃO

PAI ETERNO

Por que me fizeste tão pequenina, vulnerável, sensível...

Onde encontrar grandeza necessária ao perdão?

Da-me de tua imensa força, um cadinho.

Empresta-me pra o cansaço, teu cajado

que me arqueja o corpo, esse caminho.

De linho, o lenço pra enxugar meu pranto, pois

não é hora de partir, eu sinto e minto quando te digo:

Tudo bem! Mas, nunca, Senhor... Ah, não minto

quando eu clamo: Oh, Grande Amado!

Amém.

MIRTES GOMIDE MENDES

FAMINTA

A lira dos versos beijadosAmordaça carnudo desejoAlquebra e limitaOs movimentos do meu corpo.

Cálido, esquálido de amorÀ transparência das cortinasDesnuda tímida memóriaSustenta a enluarada noite.

Tez ardenteE bailarinos afagosConfabulam lábios cúmplicesE siameses de desejo.

Faminta em seus braçosMarcados em carmimDecepado amorNo enredo cotidiano.

ROSY CARDOSO

TAMPOUCO

Nada importa a opinião pública

paraquemteima

emfazero quequer.

Por estas bandas brasileiras,

aosolhos

demuitos,

tantofaz!

NAZARETH TUNHOLI

POR AMOR

Foi por amor que te pediPra viver comigo meus bons momentosFoi por amor que sonheiCaminhar contigo as melhores trilhas.

Foi por amor que desejeiSentar feliz em um banco de praçaTendo a Igreja por testemunhaE sinos anunciando nossas trocas.

Foi por amor que sucumbi tristonhaPor sentir que nada pode unir os diferentes,Tornando-os um só no cenário ímpio do coração.

É por amor que o coração resisteTransformando em interseções as diferenças.Ditando, com o tempo, as regras da comunhão.

LOLÔ FONSECA

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Outubro Rosa!!! Conscientizar! Alertar! Todos nós engajados para conscientizarmos as pessoas que elas deverão fazer seus exames preventivos! As empresas alertando suas funcionárias! Mulhe-res vestindo rosa nas academias, nos eventos!

Como popularmente se diz “ Já vi esse filme an-tes”!

Fico indignada com a falta de um objetivo con-tundente nessas campanhas! Aparentemente é tudo muito bonito! A cidade toda ROSA... Lindo!

Quem vamos conscientizar? Nós, da classe mé-dia ou alta que fazemos nossos exames preventi-vos anuais? Ou será a classe pobre que talvez não esteja esclarecida ainda, que se deixar de fazer seus exames para descobrir um câncer precoce, poderá morrer? Eu acredito que a conscientiza-ção é para todos.

Nesse ponto a campanha vai indo bem! Só se fala nisso nesses dias de outubro.

Aí é que vem minha indignação! O tempo passa e a história se repete sempre!

Venho de uma família de médicos: avô, pai, ir-mão, tios, sogro e marido. Sempre escutando as angústias deles com as dificuldades de trabalhar sem os recursos necessários nos hospitais públi-cos! Cheguei a ouvir do meu marido, há vinte anos atrás, que nós estávamos proibidos de ado-ecer porque a Saúde estava sucateada!

Há alguns anos existiu a Campanha do “Au-toexame das Mamas”. Atrizes se dispuseram a

aparecer exami-nando suas ma-mas e orientando à população para o autoexame. Na minha casa e na do meu sogro, coinci-dentemente, nos-sas funcionárias se autoexaminaram e descobriram, cada uma, um nódulo. Uma no Rio de Ja-neiro e outra no Distrito Federal. Foi angustiante! As duas procuraram a rede pública para exames e constataram que não havia aparelhos de ma-mografia disponíveis para que pudessem ser exa-minadas. Talvez se esperassem uns seis meses...quem sabe? O que poderiam fazer se não tinham recursos para pagar os exames particularmente? Chorar... E choraram muito até desabafarem com seus patrões que as ajudaram. Graças a Deus, as duas constataram após cirurgia que seus nódulos eram benignos.

O quadro da saúde pública não mudou infeliz-mente. Minha funcionária está há meses tentan-do fazer o Papa Nicolau e nas vezes que tentou marcar não havia material na rede.

Há uns dias saiu no Correio Braziliense, em des-taque, que haviam quatorze mamógrafos no DF e

Outubro Rosa ou Outubro Cruel?

*Isabel Guilhon Henriques

Opi

nião

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Opi

nião mos mais contundentes conscientizando tam-

bém o Governo, usando os meios de comunica-ção para dizer que merecemos mais? Merecemos uma saúde eficaz que não só nos alerte mas que também nos afaste do perigo!!

A mulher não pode se contentar apenas com programas de conscientização. Tem que lembrar que é forte o suficiente para abraçar uma luta exi-gindo o Direito de sobreviver!!!

*Isabel Guilhon Henriques é professora aposen-tada da Secretaria de Educação do DF.

apenas um estava funcionando!!! Isso em TODO o DF!!! E agora, outubro Rosa? A população vê e ouve que se não fizer exame periodicamente pode aparecer um câncer traiçoeiro e morrer. Como se sente sabendo que não existem condi-ções de fazerem uma mamografia? É angustian-te!!! É cruel!! Eu particularmente iria preferir nem saber do perigo que estaria correndo já que não poderia evitá-lo! A ignorância muitas vezes evita sofrimentos!

Que tal além de vestirmos camisetas rosas e fazermos discursos da importância de ficarmos alertas em relação ao câncer de mama, nós ser-

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Deprimido e desolado – entre outras coisas, pela morte de seu irmão Emil, quando fazia expe-riência com explosivos – o químico e empresário sueco Alfred Nobel, o inventor da dinamite, resol-veu criar uma Fundação que ajudasse no bem-es-tar da humanidade. Ele inspirara-se nas conver-sas com sua grande amiga, baronesa Von Suttner, uma pacifista que tinha grande influência sobre ele. Vivia-se a Belle Époque, a era de ouro da Eu-ropa, o período que vai de 1871 a 1914, ou seja, o fim da guerra franco-prussiana até o início da Primeira Guerra Mundial. Morto em 1896, aos 63 anos, Nobel não viveu para ver sua obra em ação. A criação da Fundação Nobel, em 1895, que pre-miaria àqueles que contribuíssem para o progres-so da humanidade nas áreas de Quimica, Física, Medicina, Paz e Literatura só se deu a partir de 1901. O prêmio logo se tornou o mais prestigiado do mundo. Satisfeito, em 1968, o governo sueco resolveu criar um Nobel para área de Economia, muito embora o valor não seja pago pela Funda-ção Nobel, e sim pelo Banco Central da Suécia.

Durante esses 116 anos, o Prêmio transformou seus ganhadores em celebridades e um sinônimo de distinção – e é justo que seja assim. O mundo os chama de “Nobelists”, e alguém que ganhou o prêmio ¬– o número de ganhadores não chega a mil pessoas – adquire a mais alta respeitabilidade. No entanto, o prêmio sempre foi motivo de polê-micas, principalmente em relação aos prêmios de Paz e Literatura. O Nobel da paz já contemplou pessoas tão complexas como Menachem Begin, Yasser Arafat e Henry Kissinger. Homens que em alguns momentos usaram a violência para atingir seus objetivos. O prêmio de literatura foi dado a figuras apagadas como Ivan Bunin e Gabriela Mis-tral, enquanto gigantes incontestáveis como Tols-toi, Marcel Proust, James Joyce, Virgínia Woolf, Jorge Luís Borges e Vladimir Nabokov não o rece-beram, mesmo após protestos de todos os lados. Ou seja, o Nobel errou feio!

Pois não é que agora a Fundação Nobel re-solveu nos presentear com a maior de todas as surpresas: deu o Nobel de literatura ao compo-sitor e cantor de baladas Robert Zimmerman, o Bob Dylan (o Dylan é uma homenagem ao poeta Dylan Thomas). Não tenho muito para falar so-bre Bob Dylan, conhecido por suas esquisitices, belos versos, pela voz nasalada, tocando viola e uma gaita na boca. Alguns atribuem sua vitória ao “lobby judaico”, uma teoria da conspiração, algo que sequer sei se existe. O que posso dizer é que se trata de uma evasão da Academia sueca.

BOB DYLAN E O NOBEL

*Theófilo Silva

Opi

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e gratuita arte da música merece um só pra si. Ninguém nesse mundo louco, homem ou mulher, é mais aplaudido, amado, incensado e endeusa-do do que aqueles que cantam e compõem. Essas pessoas são deuses. Sei que já existem prêmios demais para música e cinema (outra arte que po-deria ter um prêmio Nobel). Agora, dar um prê-mio de literatura para um cantor pop?! Ah! Ou-tra coisa, e estou adorando! A Academia sueca já fez várias tentativas de falar com Dylan, mas não consegue! Bem feito! Espero que ele desdenhe o prêmio!

Para mim, esse foi o momento mais baixo da Academia sueca. O tempo dirá. Em relação ao lamentável fato, não posso deixar de citar a tão famosa fala de Horácio e Hamlet ao ver o fantas-ma do Rei Hamlet – e a cena se passa exatamente na Escandinávia, terra do Nobel: “Mas é tudo tão estranho, meu lorde! No entanto, como um estra-nho acolhe-o! Existem mais coisas entre o céu e a terra do que imagina tua vã filosofia, meu caro Horácio”. É isso, é deveras estranho! E eu não acolho!

*Theófilo Silva é escritor, palestrante e assina o blog Shakespeare Indignado.

Mais uma injustiça cometida, sendo essa a maior de todas. Temos escritores excelentes que pode-riam receber o prêmio, sendo Philip Roth e Ian McEwan os mais destacados.

Garanto que Bob Dylan não tem o talento de John Lennon, e nem mesmo de Paul McCartney. Pena que um psicopata tenha matado Lennon em idade tão precoce. Lennon era múltiplo, atingia a todos, assim como Paul. Algo que Bob Dylan não consegue. Temos outro gigante do Pop, Ro-ger Waters, ex-líder do Pink Floyd, para mim o maior letrista vivo do Rock. Mesmo assim, jamais daria um Prêmio Nobel de Literatura a qualquer um deles. Simplesmente, porque eles são músi-cos. A revista Veja disse que “Bob Dylan dá uma revigorante sacudida no Nobel”. Como assim, sa-cudida? Um crítico musical de um dos “jornalões” chamou Dylan de “o Shakespeare da música”. Só rindo. Comparar Shakespeare a Bob Dylan é como comparar Jesus Cristo com uma espiga de milho. Pergunto, por que a Academia sueca ainda não criou um Prêmio Nobel de Música? Ela não criou um prêmio Nobel de Economia! A sublime

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BEATRIZ DO NASCIMENTO GONÇALVES (TUR-MA 801/2016): Olá, porque você decidiu ser es-critora? Sente felicidade ao escrever?

Olá, Beatriz. Sinto felicidade, sim, ao escrever. Foi sempre assim comigo, desde que comecei a escrever as primeiras cartinhas para minha madri-nha que morava em outra cidade. Na verdade, eu não decidi escrever, apenas fui escrevendo con-forme tinha vontade. Meu gosto pela leitura tam-bém estimulou esta minha vontade de escrever.

JÚLIA MARINHO PINHEIRO MOTA (TURMA 801/2016): Quando houve interesse seu para trabalhar com cultura? Qual a importância da A.I.C. em sua vida? Por quê?

Júlia, um dia, eu li uma notícia num jornal que a Academia de Letras e Música do Brasil - AL-MUB, com sede em Brasília, daria posse a novos membros. Então senti vontade de ingressar nessa academia. Enviei meu currículo mas me respon-deram que eu precisaria ser apresentada por um membro da ALMUB. Eu não conhecia ninguém de lá. Anos depois, conheci Palmerinda Dona-

to, então secretária geral da entidade, que me indicou e eu pude ocupar uma cadeira. A partir daí, comecei a atuar nos eventos literários e fui gostando cada vez mais dessas atividades. Anos depois ingressei na Académie Internationale de Lutèce, Paris, e gostei muito do modelo daque-la entidade. Foi quando tive a ideia de criar algo semelhante, com sede no Brasil. Li a respeito e resolvi criar a Academia Internacional de Cultura – AIC, a partir de um estatuto baseado na ideia do intercâmbio cultural entre nações, com vistas à união e à paz entre os povos. Isso foi em 1997.

A AIC é importante para mim, porque faz parte da minha história, como também, o evento “Ce-rimonial da Vida pela Paz”, em que é outorgado o título “Cidadão do Mundo pela Paz” a personali-dades que se destacam nesse sentido. O projeto desse cerimonial é de minha autoria e eu o assino com um poema que tem o mesmo título.

NILMA DINIZ (Coordenadora da Sala de Leitu-ra do CIEP 121/2016): Fale-nos um pouquinho sobre o “XI Encontro Internacional de Escritoras

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ALUNOS DO CIEP 121 - PROFº. JOADÉLIO

CODEÇO - MARAMBAIA, SÃO GONÇALO RJ, EM AULA DE PRODUÇÃO TEXTUAL E LÍNGUA PORTUGUESA DA PROFª VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES (foto), EN-TREVISTAM A ESCRITORA

NAZARETH TUNHOLI

JOVENS ENTREVISTAM UMAESCRITORA

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- Viva Cecília Meirelles – XI EIDE”, realizado em Brasília, que a Professora Vanda Salles também participou e disse-nos ter ficado encantada?

Nilma, em 2012, fui convidada e aceitei parti-cipar do X EIDE, realizado no Panamá. Chefiei a delegação de Brasília, com 10 pessoas, entre es-critoras e leitores. Como é de praxe, houve a elei-ção da próxima sede daquele congresso e, para minha surpresa, o Brasil ganhou e eu fui indicada para presidi-lo. Trabalhei por 2 anos ininterrupta-mente, com grande dificuldade para montar o XI EIDE, cuja data era próxima à da Copa do Mundo no Brasil. Consegui autorização, pela Lei Rouanet, para captar recursos entre os empresários, mas todos só tinham olhos para a Copa. Mesmo assim consegui realiza-lo e trazer a Brasília umas cem escritoras de várias partes do mundo, em 2014. O lema do nosso encontro foi o Cântico I, de Cecília Meireles: “Não queiras ter Pátria. / Não dividas a terra. / Não dividas o céu. / Não arranques peda-ços ao mar. / Não queiras ter. / Nasce bem alto. / Que as coisas todas serão tuas. / Que alcançará todos os horizontes. / Que o teu olhar, estando em toda parte / Te ponha em tudo, / Como Deus.”

MILLENA DA SILVA RODRIGUES (TURMA 801/2016): Em que ou quem você se inspirou para fazer o primeiro poema de sua vida? Por quê?

Olá, Millena. Meu primeiro poema, intitulado “Beleza”, focaliza a beleza interior e brotou dos meus primeiros contatos com as noções do certo e do errado, da compaixão e da amizade, adqui-ridas em família e na escola. Apesar de gostar de ler poemas de Castro Alves, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, eu não sofri in-fluência deles, deixava a inspiração fluir apenas. Quando li Khalil Gibran, me encantei pela filoso-fia e devo ter sido inspirada por ele para escrever algumas páginas.

STHEPHANY SOUSA (TURMA 801/2016): Quan-do você compõe algum texto literário, você de-mora muito para terminá-lo? Sente orgulho do que faz?

Sthephany, quando componho um texto, vou elaborando-o na cabeça e escrevendo, procuran-do a lógica do pensamento que estou desenvol-vendo. Depois reviso a ortografia e a gramática,

observo se precisa um tom mais poético, um sentido figurado ou uma forma nova de expor a minha mensagem. Não demoro a escrever. Gosto de completar o meu pensamento, com começo, meio e fim, podendo, depois, reler e modificar com o que achar melhor. Não sinto orgulho do que faço, mas sei que faço algo bom e agradeço a Deus pelo meu dom.

ANA CINTIA GOMES DA SILVA (TURMA 801/2016): Quantos livros publicados você tem e qual dos seus livros mais gosta? Por quê?

Olá, Ana Cintia. Tenho 7 livros publicados e 4 antologias organizadas. Gosto de todos os livros mas sinto que vou gostar mais dos livros que ain-da vou escrever nos próximos anos. Minha cabe-ça está sempre mudando em relação aos temas e às formas de praticar a arte literária. Penso em evoluir na clareza, na beleza e na forma mais cur-ta de manifestar o meu pensamento, que quero manter na linha do autoconhecimento e dos ca-minhos para a felicidade. Na verdade, desejo que as minhas palavras frutifiquem, sendo importan-tes tanto para consolar quanto para estimular os meus leitores, ajudando-os a pensar.

JENNIFER DA SILVA GUERRA (TURMA 801/2016): O que é poesia para você? E como seria viver sem poesia? A Professora Vanda Sal-les e nós alunos, estamos organizando a Acade-mia Estudantil de Arte Contemporânea: você aceitaria fazer parte dela?

Jennifer, poesia para mim é o encantamento do universo ao nosso redor. Algo que o poeta conse-gue captar com os olhos e com o coração. Poesia é a grata percepção de uma energia sutil que bro-ta do que se vê ou do que se pensa e toca nos-sa emoção. Os poetas tomam essa percepção e a registram, em versos ou em prosa, num papel. Há até quem chame essa energia de “musa inspi-radora”.

Gostaria de saber qual seria a minha participa-ção na Academia Estudantil de Arte Contempo-rânea.

REGIS ANDERSON SARAIVA ARAUJO (TURMA 801/2016): O que você pensa sobre a Literatura Brasileira Contemporânea? Quem você destaca-ria no panorama nacional?

Regis, eu gosto muito do movimento literário

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da atualidade. Tenho até um estudo sobre a Hi-permodernidade, tema de minha palestra no XI Encontro Internacional de Escritoras. Encanta-me o novo, o inusitado, formas diferentes de ver e de descrever a vida para um público que tem um co-tidiano agitado e uma infinidade de informações que lhe chegam a toda hora. Entre os modernos vivos, posso citar: Carpinejar, Marta Medeiros, Lia Luft, Luis Fernando Verissimo, Elisa Lucinda, Mazé Carvalho, José Inácio Vieira de Melo, Cin-thia Kriemler, entre outros.

KAREN C. DA SILVA (TURMA 801/2016): Quan-do seus textos estão prontos que emoção você sente? Deixaria aqui, um poema?

Sinto a mesma coisa que sente um artista plás-tico diante de seu quadro, uma costureira dian-te de um vestido que acabou de costurar, ou um cozinheiro quando faz uma deliciosa receita. Fico feliz. Deixo um haicai para vocês:

Não importa a idade,todos podem reinventaros sonhos perdidos.RAYANNE PINTO DE JESUS (TURMA 801/2016):

Como é ser Jornalista/ Diretora da Revista Capi-tal? Qual o propósito da Revista?

Rayanne, vida de jornalista não é fácil, exige muita dedicação, responsabilidade e atenção. Jornalista está sempre antenado, sintonizado em tudo o que acontece à sua volta. Gosto muito de ser jornalista, especialmente pelo fato de passar grande parte dos meus dias escrevendo.

Dirigir a Revista Capital me traz grande realiza-ção profissional. Através desse trabalho, tenho acesso a eventos importantes e a personalidades e acabo assumindo muitos compromissos.

O propósito da Revista Capital é divulgar ma-térias importantes e atuais, escritas por pessoas competentes. Também é mostrar um pouco de cultura e dar alguma dica de moda (no momen-to, temos uma estilista colaboradora que vive na Turquia e nos envia suas páginas por e-mail) , é também cobrir eventos da Capital Federal.

LUCIENE DE OLIVEIRA (TURMA 801/2016): O que é ser escritora e/ou empresária para você em um momento tão crítico em nosso país?

Luciene, num momento tão crítico como o que estamos atravessando, é necessário ter criativi-

dade, bom senso, calma e visão. É em fases como esta que muita gente se dá bem. No meu caso, aqui em Brasília, algumas revistas encerraram atividades nos últimos anos, seja por não terem mais as cotas de publicidade dos governos, seja pelas dificuldades do comércio que não está fa-zendo propaganda, o fato é que ficou uma bre-cha e foi aí que inserimos a nossa revista. E inclu-ímos novas propostas como a de cobrir eventos e trabalhar com temas do marketing pessoal. Está dando certo.

WELLERSON MARCO SILVA DE OLIVEIRA (TUR-MA 801/2016): Como você vê a questão do Fe-minicídio?

Wellerson, isso é terrível. Assassinar alguém é chocante e toca profundamente as pessoas. To-dos nós, homens e mulheres, somos pequenas criaturas perdidas no mundo à procura de nós mesmos, do amor e da felicidade. Precisamos de luz para nos tornarmos joias preciosas de Deus. Precisamos de proteção superior para nos man-termos firmes na jornada da vida, nos respeitan-do uns aos outros e seguindo a noções de educa-ção recebidas. O ser humano precisa crescer num ambiente melhor e se proteger das influências nocivas que levam às drogas, à violência e à ba-nalização das relações humanas.

JULIA DE BARROS (TURMA 801/2016): O que você pensa sobre Preconceito? Já sofreu bullying?

Julia, os preconceitos machucam bastante as suas vítimas mas, ao mesmo tempo, podem es-timular nessas pessoas, o instinto de superação que as levará a dar a volta por cima. Toda vez que fui menosprezada, sempre consegui mos-trar, mais cedo ou mais tarde, quem realmente eu sou. Precisamos ter a certeza de quem nós so-mos. Sobre o bullying, eu penso que isso pega as pessoas desprevenidas e elas acabam se intimi-dando. Devemos ensinar às crianças que elas são pessoas legais e, a qualquer agressão discrimina-tória de colegas, o ridículo é quem aponta o dedo contra alguém. Acredito que a gente passa para os outros a ideia que cada um tem de si mesmo, portanto, trabalhando a auto estima da criança e colocando em sua cabeça uma forte noção de res-peito humano, ela jamais será vítima de bullying

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nem vai ridicularizar colega algum. FELIPE VIDAL (TURMA 801/2016): Você é uma

pessoa religiosa ou de religiosidade? E isso é im-portante em sua vida? Por quê?

Sou religiosa. Respeito todas as religiões. Pro-curo ter um compromisso religioso como tenho meus compromissos sociais, culturais e familia-res. Isso é importante em minha vida porque a religião acrescenta coisas positivas aos nossos conhecimentos. Mesmo que eu sinta Deus quan-do respiro ou que eu veja Deus nos seres e ele-mentos, diferente de como ensinam as igrejas, eu gosto de rezar junto com o pessoal que está lá rezando.

LIVIA MENDONÇA (TURMA 801/2016): Per-guntando sobre seu Prólogo no livro que orga-nizou “Sempre o Amor/Siempre el Amor (que sacada feliz e linda), pois contemplou a todos os participantes: Como foi a apresentação nos Es-tados Unidos?

Muito obrigada, Livia. Foi gratificante compor o prefácio da antologia, tanto pelo seu tema, o amor romântico, quanto pela qualidade e diver-sidade dos trabalhos apresentados pelos autores, dos seguintes países: França, Itália, Equador, Ar-gentina e Brasil. A apresentação desta antologia na Florida International Univesity, foi no âmbito do XII Encuentro Internacional de Escritoras, em Miami, e constou do programa do congresso. Num dos salões da universidade, escritoras de vários países (predominando os de língua hispâ-nica) assistiram à minha exposição sobre a obra. Estavam presentes três escritoras argentinas que participam dessa antologia e eu convidei uma de-las, Graciela Elda Vespa, para ler o seu poema in-titulado “Un perfume de lilás”. Foi lindo!

CÁSSIA KETELY FILADELFO (TURMA 901/2016): Como se processa o seu trabalho criativo? Cria-tividade é importante em sua profissão?

Sim, Cássia, criatividade é ingrediente funda-mental na minha profissão, seja para montar um projeto literário, como por exemplo, uma antolo-gia, seja para realizar esse projeto e fazê-lo chegar ao público. A máxima do momento atual é a cria-tividade pois, para se conquistar um espaço em qualquer área, é preciso apresentar algo novo e diferente. Isso faz parte da competitividade com

que nos deparamos hoje. Mas a criatividade não pode seguir isolada, ela precisa estar respaldada no conhecimento, por isso há a necessidade das pessoas lerem, se atualizarem através das infor-mações.

Para o meu trabalho criativo, eu me inspiro em quadros do cotidiano, episódios, sentimentos e no comportamento humano.

MURILO DA S. P. SEVERINO (TURMA 901/2016): Como foi criar a sua primeira obra artística? Como foi a sua infância? Lia muito?

Murilo, a minha primeira obra artística foi o pri-meiro quadro que pintei, óleo sobre tela, a partir do curso de pintura que fiz com o artista plástico mais famoso da minha cidade natal, o Prof. Ciro Sodré, em São Mateus – ES. Foi muita alegria ver o quadro pronto e sentir que eu fui capaz de pro-duzi-lo.

Minha infância foi assim, repleta de aprendiza-do. Meus pais me colocaram para aprender bor-dado, costura e pintura. Depois me mandaram para o internato do Colégio Maria Mattos, em An-chieta – ES, onde me dediquei à leitura e aprendi, além das lições escolares, a declamar poemas e a cantar... tínhamos aulas de canto, onde aprendí-amos os hinos: Nacional, à Bandeira, da Indepen-dência, da Marinha, entre outros.

KATHIANE M. OLIVEIRA (TURMA 901/2016): Para você o que é o sucesso? E o que é ser su-cesso?

Kathiane, o sucesso para mim, parece algo ina-tingível. Quando as pessoas pensam que você o alcançou, você acha que falta muito para chegar lá ou que talvez nunca chegará. Mas deve ser maravilhoso para alguém saborear o gosto do su-cesso que alcançou, por exemplo, Airton Senna. Deve ser uma sensação espetacular.

Ser sucesso é uma responsabilidade muito grande pois a pessoa não pode decepcionar os olhares dos que o aplaudem. Tem de se manter firme e fiel ao objeto do seu sucesso, alimentan-do-o com a sua capacidade, competência e novos conhecimentos, ao longo dos anos, como o faz o cantor Roberto Carlos e o fez, o cirurgião plástico Ivo Pitanguy.

FERNANDO TENÓRIO C. SILVA (TURMA 901/2016): Como você se percebe na Cultura

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Brasileira?Fernando, na cultura brasileira, eu me perce-

bo como muitos e muitos escritores brasileiros, que buscam se aprimorar e produzem livros com o melhor que podem fazer, aqueles que simples-mente divulgam seus trabalhos, sem esperar re-conhecimento, nem fama, certos de que colherão os frutos que a sorte lhes proporcionar e os fãs que o seu trabalho conseguir conquistar.

GISELLA DA SILVA MEDEIROS (TURMA 901/2016): Como foi criar e dirigir a REVISTA CA-PITAL? Alcançou os seus objetivos?

Sim Gisella, tenho alcançado os meus objetivos com a produção da Revista Capital. Atualmente, eu edito, além da revista, também livros. Tenho as Edições Revista Capital. Muito, muito trabalho!

Bem antes de criar a Revista Capital, eu criei ou-tros veículos de comunicação. Primeiro foi o Jor-nal Elite Notícias, que se transformou no Jornal Estilo Notícia, que se transformou na revista Esti-lo Capital. Treze anos depois foi que criei a Revista Capital.

ANA CLAUDIA RAIMUNDA MONTOSANE (TUR-MA 901/2016): Qual seria a palavra ou frase ou poema que deixaria para nós e/ou para as crian-ças e adolescentes do mundo?

Ana Claudia, deixo aqui o final do meu poema Eterno:

Quanto mais cabeças voltadaspara verdades profundas,maior respeito entre os seres,amor próprio e universal.

Aportando na preservaçãodos recursos naturaisveremos reluzir o tempo.

Vivamos, então,conscientes e responsavelmente,para que o existir seja um futuro sem fim.RODRIGO CORREA ANTUNES (TURMA 901/

2016): O que é Esperança para você? A vida é uma dádiva ou não?

Rodrigo, a esperança é um combustível forte para que as pessoas sigam em frente, apesar das dificuldades da vida. Muito triste quando alguém se desencanta, é preciso sonhar e correr atrás dos sonhos.

A vida é um presente preciosíssimo que ganha-mos. É preciso cuidarmos bem dela já que através dela, temos uma existência inteira para sonhar-mos e buscarmos a realização desses sonhos.

PROFª VANDA LÚCIA DA COSTA SALLES: Nazareth Tunholi, agradecida desde já por essa entrevista. Minha pergunta: Se você fosse Secretária de Educação ou Ministra da Educação no Brasil, quais seriam as priori-dades a desenvolver? Por quê?

A prioridade é garantir a segurança e a educa-ção de crianças e jovens, oferecendo boas ins-talações escolares, professores bem formados e bem pagos, programa de ensino compatível com o mundo atual, cuidando para manter o interesse dos alunos pela escola, para preser-vá-los de todas as ameaças que rondam as no-vas gerações. São imprescindíveis as noções de Moral e Cívica, para que cresçam sabendo o que é dignidade, respeito, direitos e deve-res, desenvolvendo o sentimento profundo de amor à Pátria.