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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS I CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO FISIOTERAPIA Luana Karina de Oliveira Figueiredo CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE INDIVÍDUOS ACOMETIDOS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UEPB CAMPINA GRANDE – PB OUTUBRO/ 2014

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBACAMPUS I CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDECURSO DE GRADUAÇÃO FISIOTERAPIA

Luana Karina de Oliveira Figueiredo

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE INDIVÍDUOSACOMETIDOS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DAUEPB

CAMPINA GRANDE – PBOUTUBRO/ 2014

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LUANA KARINA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE INDIVÍDUOSACOMETIDOS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DAUEPB

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)apresentado, na modalidade de artigocientífico, a Banca examinadora dodepartamento de Fisioterapia da UniversidadeEstadual da Paraíba como requisito paraobtenção do título de Bacharel emFisioterapia.

Orientador (a): Valéria Ribeiro NogueiraBarbosa.

CAMPINA GRANDE – PBOUTUBRO/ 2014

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_____________________1 Aluna de Graduação em Fisioterapia na Universidade Estadual da Paraíba – Campus I.Email: [email protected]

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE INDIVÍDUOSACOMETIDOS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DAUEPB

FIGUEIREDO, Luana Karina de Oliveira1

RESUMO

Introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e descrito pelo

Ministério da Saúde do Brasil (2004), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é definido

como uma Síndrome clínica com desenvolvimento rápido de sinais clínicos de

perturbação focal ou global da função cerebral, com possível origem vascular e com

mais de 24 horas de duração (STOKES, 2000). Consiste em um importante problema de

saúde pública em todo o mundo, com consequências de grande impacto, pois acaba

gerando grandes demandas direcionado à recursos de diagnóstico, tratamento e

reabilitação. Objetivo: Caracterizar através de prontuários, o perfil dos usuários

acometidos e não acometidos de AVC. Método: Trata-se de um estudo quantitativo

documental, com análise retrospectiva de prontuários em arquivo de 44 pacientes (22

afetados e 22 não afetados por AVC) atendidos na Clínica Escola de Fisioterapia - CEF,

da Universidade Estadual da Paraíba- UEPB, em Campina Grande, PB, no período de

julho de 2013 à junho de 2014. Resultados: Observamos que a amostra foi composta

predominantemente pelo gênero masculino (59,09%); o gênero feminino apresentou um

percentual de 40,91%. A idade média verificada foi de 59,4 ± 10,7 anos; quanto ao

estado civil 54,54% eram casados, destes 45,45% apresentaram nível educacional de

ensino fundamental incompleto; para os subtipos de AVC: 40,91% Isquêmico e 9,09%

Hemorrágico, com sequela e dimidio constando de 40,91% Hemiparesia direita e

36,36% Hemiparesia esquerda. Os fatores de risco predominantes catalogados incluem

um percentual de 45,45% de hipertensão arterial e 27,27% de tabagismo.

Palavra chave: Acidente Vascular Cerebral (AVC), Usuários, Atendimento.

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1. INTRODUÇÃO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a doença que mais mata os brasileiros,

sendo a principal causa de incapacidade no mundo. Aproximadamente 70% das pessoas

não retornam ao trabalho após um AVC devido às sequelas e 50% ficam dependentes de

outras pessoas no dia a dia. A Organização Mundial de AVC (World Stroke

Organization) prevê que uma a cada seis pessoas no mundo terá um Acidente Vascular

Encefálico ao longo de sua vida (RAFFIN C. N. 2000).

OS AVCs, além de sua elevada frequência são responsáveis por alta mortalidade

e morbidade, condicionando, aos sobreviventes, sequelas incapacitantes pelo resto da

vida. É a mais frequente condição neurológica que limita a vida, sendo a 3ª causa global

de óbito (TAMAYO A, HACHINSKI V. 2000).

As alterações na função motora podem levar a déficits na coordenação motora,

fraqueza muscular específica, hipertonia, ajustes posturais anormais, movimentos

sinérgicos anormais e ausência de mobilidade na cintura escapular (UMPHRED, 2004).

Logo a perda da capacidade funcional nos indivíduos acometidos de AVC, vai está

associada à predição de fragilidade, dependência, institucionalização, risco aumentado

de quedas e morte, trazendo complicações ao longo do tempo e gerando cuidados de

longa permanência e alto custo (CORDEIRO et AL., 2002).

Devido às incapacidades geradas, os indivíduos acometidos necessitam de um

programa multidisciplinar de reabilitação, do qual fará parte o médico, fisioterapeuta,

terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo (UMPHRED, 2004). Do ponto de vista Cinético-

funcional, o fisioterapeuta tornou-se um profissional imprescindível destes indivíduos,

estando assim aliada a uma equipe multidisciplinar a fisioterapia fornece suporte ao

tratamento das afecções graves que carregam consigo disfunções e incapacidades

relacionadas ao movimento (AZEREDO, 2002). O propósito da reabilitação pós AVC é

superar as incapacidades provocadas pelo acidente (PAIS RIBEIRO, 2005).

O tipo de terapia que um paciente com AVC deve receber depende do estado da

doença. Existem três níveis de tratamento de AVCs: prevenção, terapia imediatamente

após o AVC e reabilitação pós AVC (PAIS RIEBIRO, 2005).

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Neste contexto, a Fisioterapia como campo de saber na saúde amplia seu objeto

de estudo no que diz respeito à prevenção, tratamento e reabilitação. Partindo desse

pressuposto, passa a promover o bem estar individual e coletivo do ser humano, capaz

de prevenir e tratar os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistema

do corpo humano, gerados por alterações genéticas, traumas e doenças adquiridas,

exercendo assim, um papel importante na reabilitação do paciente e na sua reinserção no

convívio social (HURBAR, M. A. B., 2009).

A relevância em caracterizar o perfil dos usuários acometidos de AVC atendidos

na CEF da UEPB está em conhecer as características sócios- demográficas e clinicas o

usuário do serviço de Fisioterapia Neurofuncional, quais agravos os acometem, quais as

implicações e complicações decorrentes da condição patológica do usuário. Com base

nesses conhecimentos é possível caracterizar a prática desenvolvida na assistência

adequada e específica que contemple as necessidades do paciente com AVC,

respeitando suas peculiaridades e garantindo assim um melhor atendimento.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

As doenças cerebrovasculares (DCVs) constituem a terceira causa de morte nos

países desenvolvidos, sendo responsáveis por 9-14,7% dos óbitos na população acima

de 30-40 anos. Além disso, observa-se aumento na incidência das DCVs com o avançar

da idade, de 100 indivíduos por 100.000 habitantes com idade entre 45-54 anos, para

acima de 1.800 indivíduos por 100.000 habitantes com idade superior a 85 anos

(PITELLA, 2002).

Dentre as DCVs, destacam-se o Acidente Vascular Cerebral (AVC), o qual se

deve a um comprometimento na irrigação sanguínea do encéfalo, podendo deixar

distúrbios motores unilaterais estereotipados associados às sequelas sensitivas, mentais,

perceptivas e/ou na linguagem dependendo do lado do cérebro lesionado (FARIAS. et

al. 2010; COSTA, DUARTE, 2002).

A Organização Mundial de Saúde define o AVC como o surgimento agudo de

uma disfunção neurológica devido a um comprometimento na circulação cerebral, tendo

como resultado sinais e sintomas que correspondem ao comprometimento de áreas

focais (ou globais) do cérebro. Para sua classificação, estes déficits devem persistir por

pelo menos 24 horas, excluindo-se dessa maneira os Acidentes Isquêmicos Transitórios

(AITs), que tem duração entre 10 a 20 minutos (MAZZOLA et al.,2007; NUNES et

al.,2005; O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2010).

Classifica-se o AVC em dois tipos: isquêmico e hemorrágico. O Acidente

Vascular Cerebral isquêmico (AVCi) resulta da insuficiência de suprimento sanguíneo

cerebral por embolia ou trombose arterial (RADANOVIC, 1999; LESSA, 1999). No

Acidente Vascular Encefálico hemorrágico (AVCh) a causa é a ruptura de pequenas

artérias cerebrais que provocam hemorragias intracranianas, as quais são classificadas

de acordo com a localização (extradural, subdural, subaracnóide, intracerebral,

intraventricular), a natureza do vaso rompido (artéria, capilar, venoso) ou a causa

(primária ou espontânea, secundária ou provocada) (ROWLAND, 2007). Casos mais

graves podem evoluir com formação de edema cerebral e hipertensão intracraniana ou

afetar diretamente estruturas responsáveis pelo controle de funções vitais, respiração,

circulação, levando à morte (CURIONI, 2007).

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O AVC é uma patologia que afeta cerca de 600 mil pessoas a cada ano,

apresentando uma incidência que aumenta espantosamente com a idade e dobra a cada

década de vida após os 55 anos (PITELLA et al., 2002). É a segunda causa de

mortalidade no mundo chegando à cerca de 4,4 milhões de pessoas, acometendo

principalmente indivíduos idosos (PINHEIRO; VIANNA, 2012; GLAGLIARD, 2010).

No Brasil é considerada a principal causa de morte, salvo o estado de São Paulo e outras

duas capitais, correspondendo a mais de 80% das internações pelo Sistema Único de

Saúde (SUS) (FALCÃO et al., 2004).

Essa doença acarreta alterações funcionais, gerando sequelas que implicam em

algum grau de dependência, principalmente no primeiro ano após o acometimento, com

cerca de 30 a 40% dos sobreviventes impedidos de voltarem ao trabalho e requerendo

algum tipo de auxilio no desempenho de atividades cotidianas básicas (MAZZOLA et

al., 2007; BARRETO et al., 2004). Dessa forma, a incapacidade surge como resultado

da interação entre a disfunção apresentada pelo indivíduo, à limitação de suas atividades

e a restrição na participação social, além dos fatores ambientais que podem atuar como

facilitadores ou barreiras para as atividades (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA

SAÚDE, 2003).

Embora após um AVC, normalmente, ocorra certo grau de retorno motor e

funcional, muitos sobreviventes apresentam consequências crônicas que são usualmente

complexas e heterogêneas, podendo resultar problemas em vários domínios da

funcionalidade. Essa funcionalidade se refere à capacidade de realizar atividades do dia

-a- dia, seja no aprendizado e aplicação de conhecimentos na mobilidade (manutenção

da posição corporal, transferências, deambulação); no autocuidado, vida doméstica,

interação interpessoal e social (SCHEPER ET AL, 2007).

O quadro clínico do AVC pode ser dividido em agudo e crônico. A fase que

compreende de três a quatro meses após o AVC constitui a fase aguda ou flácida, de

natureza transitória, caracterizada por perda dos movimentos voluntários, com hipotonia

e arreflexia (ANDRÉ, 2005; DORETTO, 2006). A fase crônica ocorre de seis meses

após o episódio, sendo caracterizada pela hipertonia do tipo espástica, resultante de uma

exacerbação dos reflexos profundos, causada pela hiperexcitabilidade dos reflexos

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miotáticosfásicos, e do aumento do tônus muscular (DORETTO, 2006; FELICE e

SANTANA, 2009).

Clinicamente, a lesão manifesta-se de diversas formas. A mais comum é a

paralisia (hemiplegia) ou fraqueza (hemiparesia) da metade da face e membros de um

lado do corpo, porém outros déficits podem surgir, por exemplo, alterações da fala,

sensibilidade, cognição, campo visual e função sexual (FALCÃO et al., 2004). Nunes et

al., (2005) colocam que a alteração/déficit na capacidade funcional é uma das

consequências mais preocupantes após um AVE, sendo a sua avaliação e definição

muito complexa, pois envolve a conjugação de vários fatores comportamentais e

motivacionais.

O processo de recuperação está relacionado com vários fatores, entre eles, local

e extensão da lesão inicial, idade do paciente, capacidade de atingir uma meta motora

relacionada com o movimento funcional, capacidade de o sistema nervoso reorganizar-

se (plasticidade), estado pré-morbido do paciente, motivação e atitude do paciente com

relação à recuperação (STOKES, 2000).

A reabilitação objetiva reintegrar o indivíduo dentro de um trabalho global,

reduzindo as limitações funcionais e, posteriormente, aumentando a reintegração social

ou adaptação no ambiente (CALIL et al., 2007), sendo na maioria das vezes um grande

desafio. Os esforços para minimizar o impacto e aumentar a recuperação funcional após

AVE tem sido ponto importante para os profissionais de reabilitação (CACHO et al.,

2004).

A fisioterapia e a terapia ocupacional irão atuar no processo de reabilitação, em

longo prazo, possibilitando a reinserção do individuo à sociedade e suas atividades

diárias (ALMEIDA, 2012).

Segundo CORDINI et al., 2005 a ocorrência do AVE traz consequências

negativas, como aumento da dependência para as Atividades de Vida Diária (AVDs),

alterações do humor e ruptura na interação social com amigos e família, o que resulta

em importante diminuição da qualidade de vida destes indivíduos.

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As clínicas-escolas constituem serviços ligados a instituições de ensino superior

cujo atendimento à população é realizado por alunos que cursam a especialidade em que

é feito o atendimento. No caso dos cursos de Fisioterapia, esse atendimento é realizado

por alunos do último ano de graduação, sempre sob a supervisão de um professor

fisioterapeuta que tenha, no mínimo, título de especialista (SUDA et al., 2009).

A Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB

surgiu para oferecer aos acadêmicos do curso de Fisioterapia a realização das atividades

práticas específicas da Fisioterapia, que vão desde a observação até a prática assistida

voltada para a atenção básica e de média complexidade.

O Estágio Supervisionado do curso de graduação em Fisioterapia da UEPB

aborda conteúdos curriculares diversificados, oferecendo atenção desde o nível de

atenção primário da saúde até o terciário, recursos terapêuticos e áreas da saúde, dentre

os quais se podem citar: Ortopedia e Traumatologia, Neurologia (adulto e pediátrico)

Cardiologia e Pneumologia, Saúde pública e Fisioterapia Uroginecologia e obstetrícia,

de acordo com as Diretrizes Curriculares para o curso de graduação em Fisioterapia,

assegurando uma formação generalista, segundo dados do Ministério da Educação

2002.

Logo, o estágio curricular supervisionado é um procedimento didático-

pedagógico que tem como objetivo básico desenvolver o sentido de autonomia e de

responsabilidade profissional, além de complementar a formação do discente com

treinamento prático em situação real, que ao mesmo tempo é educativo e formativo e de

prestação de serviço à comunidade em geral (RODRIGUES., 2000; GAIAD., 2005).

Neste contexto, a Fisioterapia como campo de saber na saúde amplia sua visão

de estudo no que diz respeito à prevenção, tratamento e reabilitação. Partindo desse

pressuposto, passa a promover o bem estar individual e coletivo do ser humano, capaz

de prevenir e tratar os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistema

do corpo humano, gerados por alterações genéticas, traumas e doenças adquiridas,

exercendo assim, um papel importante na reabilitação do paciente e na sua reinserção no

convívio social (HURBAR, M. A. B., 2009).

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 Amostragem

Esta pesquisa trata-se de um estudo quantitativo, documental com análise

retrospectiva de prontuários em arquivo de indivíduos com e sem Acidente Vascular

Cerebral (AVC) de ambos os gêneros, maiores de 18 anos, atendidos na Clínica Escola

de Fisioterapia - CEF, da Universidade Estadual da Paraíba- UEPB, em Campina

Grande, PB, no período de Agosto a setembro de 2014.

Esta pesquisa constou de 44 prontuários, destes 22 são referentes aos

participantes do projeto GAIPH (Grupo de Apoio Interdisciplinar ao Paciente

Hemiparético) e 22 prontuários foram de usuários sem AVC atendidos no setor de

Fisioterapia Neurofuncional da CEF pareados por gênero e idade atendidos de Julho de

2013 à Junho de 2014.

Neste estudo foram incluídos de forma aleatória, para o grupo controle,

prontuários que constavam idade a partir 18 anos, não tendo diagnóstico clínico de

AVC, do grupo de risco todos os prontuários de participantes do GAIPH com

diagnóstico clínico de AVC e ficha de avaliação com data a partir de julho de 2013 à

junho de 2014. Foram excluídos todos os prontuários que não possuíam ficha de

avaliação.

3.2 Instrumentos para a coleta de dados

Para a realização desta pesquisa, foi utilizado um Roteiro para coleta de dados

em arquivos, que foi elaborado e transformado em tabelas, com o propósito de coletar

características do perfil dos usuários acometidos de AVC, através dos prontuários de

pacientes com e sem AVC atendidos na Clinica Escola de Fisioterapia da UEPB.

O Roteiro em tabela para Coleta do Grupo Amostra GAIPH, consiste de 17 itens

tais quais: Nº de prontuário, idade, gênero, estado civil, naturalidade, ocupação anterior

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e ocupação atual, tipo de AVC, nº de episódios, fatores de risco, sequela, locomoção,

linguagem, estado de consciência, tônus, nível educacional e atividades funcionais. O

Roteiro para Coleta de Dados do Grupo Controle (Usuários sem diagnóstico de AVC

atendidos no setor de Fisioterapia neurofuncional) continham 16 itens: nº do prontuário,

idade, gênero, estado civil, naturalidade, ocupação anterior, ocupação atual, patologia,

fatores de risco, sequela, locomoção, linguagem, estado de consciência, tônus, nível

educacional e atividades funcionais.

Este instrumento foi elaborado com o intuito de catalogar os dados de

identificação e exame físico presentes nos prontuários e assim poder caracterizar o perfil

dos pacientes com e sem AVC da CEF da UEPB. Também foi utilizada a tabela de

números aleatórios a qual serviu para escolher de forma aleatória os prontuários que

enumerados entrariam para a amostra desta pesquisa.

3.3 Procedimentos para a coleta de dados

3.3.1 Triagem e catalogação dos dados da Amostra

Inicialmente foi realizada uma triagem de todos os prontuários que constavam

no GAIPH considerado amostra, logo foram excluídos os prontuários que não

constavam de ficha de avaliação ou que continham apenas avaliações anteriores a julho

de 2013 ou posteriores a junho de 2014 os demais foram incluídos na pesquisa,

enumerados de forma aleatória, constando um total de 22 fichas, e com o roteiro em

forma de tabela no Excel foram catalogados os dados referentes à identificação e exame

físico.

3.3.2 Triagem e catalogação dos dados do Grupo Controle

Agora já tendo sido realizada a triagem da amostra, foi realizada a coleta de

dados dos prontuários do grupo controle, este constando de todos os usuários atendidos

no setor de Fisioterapia Neurofuncional da CEF, assim todos os prontuários dos

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usuários atendidos no horário da tarde, com estes inicialmente foi observada os critérios

de inclusão e exclusão, logo foram excluídos prontuários que não continham: ficha de

avaliação dos usuários, prontuário de crianças e jovens com idade inferior a dezoito

anos de idade, com diagnóstico de AVC, e com avaliações anteriores a julho de 2013 e

posteriores a junho de 2014.

Após análise dos critérios de inclusão e exclusão observados em cada

prontuário, os que foram aprovados através dos critérios de inclusão foram enumerados

de um á vinte e cinco, após foram separados em montantes de dez em dez e através da

tabela de números aleatórios que foram escolhidos dos prontuários para entrarem nesta

pesquisa, num total de 14 prontuários incluídos, após escolhidos os dados de cada

prontuário foram catalogados no roteiro no formato de tabela, o mesmo foi realizado

com todos os prontuários dos pacientes atendidos em Fisioterapia neurofuncional do

horário da manhã, após adotar os critérios de inclusão e exclusão havia um total de 25

prontuários dentre estes ainda foi realizada a escolha aleatória dos mesmos, o que

constou no final uma amostra de 8 prontuários de pacientes atendidos no horário da

manhã. Obtivemos um total de 22 prontuários para o grupo controle, inclusos nesta

pesquisa.

3.4 Processamento e Análise dos dados

As variáveis numéricas como idade, foram apresentadas sob a forma de média e

desvio padrão, e as variáveis categóricas, gênero, estado civil, fatores de risco, sequelas,

ocupação anterior e ocupação atual, nível educacional e as atividades funcionais foram

distribuídas em percentual. Estatísticas realizadas no Microsoft Office Excel 2007.

3.5 Aspectos Éticos

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade

Estadual da Paraíba sob o protocolo de registro nº 338434414.7.0000.5187.Foi realizado

com base nas diretrizes e normas da Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de

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Saúde/ Ministério da Saúde e RESOLUÇÃO/UEPB/CONSEP/10/2001 que rege e

disciplina esse CEP.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Distribuição sócio - demográfica segundo gênero e idade dos indivíduos

acometidos e não acometidos de AVC

Após análise dos dados, foi possível verificar que dos indivíduos acometidos de

AVC (22 prontuários do GAIPH), o gênero mais predominante foi o masculino

constando 59,09% dos casos, já o gênero feminino constou de 40,91% dos casos,com

variação de idade entre 29 e 72 anos, com média de 59,4±10,7 anos. Quando em

comparação com o grupo controle (22 prontuário de indivíduos sem AVC) foi

observado que também houve predominância quanto ao gênero masculino apresentando

valores de 72,73% dos casos, com uma variação de idade entre 20 e 69 anos e com

idade média de 46,7±17,5 anos. (Tabela 1). Da mesma forma os estudos de CABRAL et

al.(1997), RODRIGO et al.(2004) e PINTO et al.(2010) verificaram predominância do

AVC em indivíduos do gênero masculino com idade entre 60 e 79 anos.

Tabela 1 – Caracterização sócio - demográfica segundo gênero e idade (anos) dos

indivíduos acometidos e não acometidos de AVC.

Dados Com AVC Sem AVCIdade (anos) Amplitude 29 a 72 20 a 69Média ± DP 59,4±10,7 46,7±17,5

Gênero Masculino 13 (59,09%) 16 (72,73%)Feminino 9 (40,91%) 6 (27,27%)Fonte: Dados da pesquisa Campina Grande – PB, 2014.

Dando continuidade aos dados sócio - demográfico, relacionado ao estado civil,

observou-se que 54,54% eram casados, 13,64% solteiros, 18,18% viúvos e 13,64%

eram divorciados. Estudos de FALCÃO et al. (2004), CORDINI et al. (2005) e

POLESE et al.(2008) corroboram com esta pesquisa visto que apresentaram dados

similares onde concluíram que a maioria dos indivíduos acometidos por AVC eram

casados ou possuíam união estável.

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Quanto à ocupação anterior ao AVC verificou-se uma diversidade de profissões,

porém a que apresentou maior incidência foi a de Doméstica com 13,61%, seguido de

professor, operador de máquinas e representante comercial com um percentual de

9,08% cada.

No que diz respeito à ocupação atual, observou-se que 72,73% dos indivíduos

eram aposentados, o que nos mostra haver uma discrepância quando em comparação à

variável, ocupação anterior. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o AVC é uma

das doenças que mais matam no mundo. É a maior causa de incapacitação da população

na faixa etária superior a 50 anos, sendo responsável por 10% do total de óbitos, 32,6%

das mortes com causas vasculares e 40% das aposentadorias precoces no Brasil.

No que se refere ao nível educacional, apesar de mais de metade dos indivíduos

serem alfabetizados (Ensino Fundamental Incompleto 45,45%) estes dados

comprovaram que a maioria possuía baixo nível educacional. Estudos de PAIXÃO

(2012), KLEINDORFER et al. (2012), JONE et al.(2010), FALAVIGNA et al. (2009)

evidenciaram em seus estudos que um baixo nível educacional, estão associados a um

conhecimento reduzido de AVC. Em estudos de FERNANDES et al. (2012) níveis de

baixos de educação (<8 anos), constituíram um fator de risco muito importante para a

dependência funcional, por dificultar o acesso de centros de reabilitação, a adesão ao

tratamento, cormobidades e uma falta de conhecimento sobre saúde Cardiovascular

(MOTTA et al., 2008; KAPRAL et al., 2002). Sugerindo assim que mais investimentos

em campanhas educativas devem ser priorizados para a prevenção e o tratamento do

AVC (Tabela 2).

Tabela 2 – Caracterização sócio – demográfica segundo estado civil, ocupaçãoanterior, atual e nível educacional dos indivíduos acometidos de AVC.

Perfis N (%)

Estado Civil

Casado 12 54,54Solteiro 3 13,64Viúvo 4 18,18Divorciado 3 13,64Ocupaçãoanterior

Representantecomercial 2 9,08Pedreiro 1 4,55

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Torneiro mecânico 1 4,55Professor (a) 2 9,08Copeiro (a) 1 4,55Doméstica (o) 3 13,61Padeiro (a) 1 4,55Funcionário Público 1 4,55Operador demáquinas 2 9,08Motorista 1 4,55Mecânico 1 4,55Autônomo (a) 1 4,55Comerciário 1 4,55Serviços gerais 1 4,55Técnica deenfermagem 1 4,55Policial militar 1 4,55Vigilante 1 4,55Ocupação

atual

Aposentado (a) 16 72,73Nada consta 3 13,63Doméstica 1 4,54Autônomo 1 4,54

Níveleducacional

Ensino fundamentalincompleto 10 45,45Ensino fundamentalcompleto 4 18,18Ensino médioincompleto - -Ensino médiocompleto 4 18,18Ensino superiorincompleto 2 9,09Ensino superiorcompleto 2 9,09Fonte: Dados da pesquisa Campina Grande – PB, 2014.

4.2 Perfil clínico de indivíduos acometidos de AVC

Quanto às características clinicas relacionada aos fatores de risco para

ocorrência do AVC, observou-se que a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) foi o

principal fator de risco que predispõe o AVC, com 45,45%., seguido do Tabagismo com

27,27%, Ex-tabagista com 22,73%, Diabetes Mellitus com 18,18% dos casos, ressaltou-

se que 36,36% apresentaram mais de um fator de risco associado.

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Estudos de RODRIGUES et al.(2005), CORDINI et al.(2005), MAZZOLA et

al.(2007) e PINTO et al.(2010) corroboraram com esta pesquisa uma vez que também

encontraram a HAS subclasse da Doenças Cerebrovasculares (DCV) como principal

fator de risco para o AVC, aumentando entre seis e sete vezes o risco de o indivíduo

hipertenso sofrer um AVC em relação a população sadia (NITRINI e BACHESCHE,

2005).

Segundo CHAVES (2000), o tabagismo contribui de forma independente para a

incidência do AVC, e quando associado à HAS, o risco é potencializado. RODRIGUES

et al (2004), verificaram 54% de 71 indivíduos acometidos de AVC sendo tabagistas.

Concomitantemente ANDRÉ (2005) e CHAVES (2000), afirmaram que os indivíduos

diabéticos têm duas vezes mais chances de desenvolver DCVs, que indivíduos

saudáveis, devido à hemodinâmica cerebral a hiperglicemia e a associação com outros

fatores de risco.

Pesquisas sugerem que na próxima década, devido ao envelhecimento

progressivo das populações e ao não controle dos fatores de risco, a mortalidade por

AVC aumentará 20% nos países em desenvolvimento e 10% nos países desenvolvidos.

Dados fornecidos pelo SUS mostram que no Brasil os AVCs (Isquêmicos e

Hemorrágicos) representam a maior causa de morte com cerca de 90 mil casos/ano

(SHAH e GONDECK, 2000).

Quanto aos subtipos de AVC obtive-se 40,91% de AVC Isquêmico, e 9,09% de

AVC Hemorrágico, dados estes evidenciados em outros, estudos como o de PAIXÃO

(2012), COSTA et al (2011), PEREIRA et al (2009) e MOTTA et al (2008).

Relacionado às sequelas e o dimidio afetado, obteve-se 40,91% dos casos de

Hemiparesia direita, corroborando com estudos de PAIXÃO (2012) e MINELLI et al

(2007) que constatou 50% dos casos com dimidio direito como o mais acometido.

VOOS e RIBEIRO DO VALE (2008) evidenciaram em sua pesquisa que lesões no

território da artéria cerebral média esquerda resultam em maiores prejuízos da marcha e

atividades de vida diária (AVDs) do que lesões análogas à direita.

Estudos de RODRIGUES at al.(2004), MAZZOLA et al. (2007), POLESE et

al.(2008) e Ministério da Saúde (2010) relataram que maior parte dos AVCs são do tipo

isquêmico, sendo o dimidio direito mais afetado. Os resultados obtidos neste estudo

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corroboram com a literatura uma vez que o dimidio predominantemente deste foi o

direito.

Várias afecções neurológicas causam sequelas motoras como a monoplegia,

hemiplegia, paraplegia, tetraplegia. Essas sequelas geram alterações e dificuldades na

mobilidade. De acordo com O´SULLIVAN (2004), a hemiplegia é definida como uma

sequela neurológica caracterizada por paralisia em um hemicorpo (uma das metades do

corpo) devido a uma doença neurovascular com consequências e comprometimentos em

vários níveis de acordo com a área atingida, levando a limitações funcionais e

incapacidades contralaterais ao hemisfério lesado, causando alterações de tônus

(contração mínima de um músculo em repouso), coordenação e equilíbrio.

No entanto 50% dos prontuários não constavam qual o tipo de AVC o usuário

foi acometido, 27,27% os fatores de risco e 22,72% não contaram a sequela nem o

dimidio afetado, o que revela falhas importantes no sistema de avaliação dos mesmos

no que se refere ao preenchimento dos dados dos prontuários, no que diz respeito a

esses tipos de informações essenciais tanto para este estudo como para as intervenções

clínicas, como observado na Tabela 3.

Tabela 3 - Perfil clínico de indivíduos acometidos de AVC.

N (%)

Fatores deRisco*

HipertensãoArterial Sistólica 10 45,45Diabetes Mellitus 4 18,18Tabagismo 6 27,27Ex. Tabagismo 5 22,73Nada consta 6 27,27

Tipos de AVCHemorrágico 2 9,09Isquêmico 9 40,91Nada consta 11 50

Sequelas edimidioafetado

HemiparesiaEsquerda 8 36,36Hemiparesia Direita 9 40,91

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Nada Consta 5 22,72Fonte: Dados da pesquisa Campina Grande – PB, 2014.*Oito prontuários apresentaram mais de um fator de risco, ou seja, 36,36% daamostra.4.3 Distribuição da funcionalidade dos indivíduos acometidos de AVC

De acordo com a Organização das Nações Unidas - ONU (2006 apud Ministério

da Saúde, 2013) pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza

física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem

obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas. Logo a

deficiência física é a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo

humano, acarretando o comprometimento da função física (BOBATH, 1990).

As alterações na função motora podem levar a déficits na coordenação motora,

fraqueza muscular específica, hipertonia, ajustes posturais anormais, movimentos

sinérgicos anormais e ausência de mobilidade na cintura escapular (UMPHRED, 2004).

Logo a perda da capacidade funcional nos indivíduos afetados pelo AVC, está associada

à predição de fragilidade, dependência, institucionalização, risco aumentado de quedas e

morte, trazendo complicações ao longo do tempo e gerando cuidados de longa

permanência e alto custo (CORDEIRO et AL., 2002).

Segundo UMPHRED (2004), a deficiência dos movimentos pode levar a

limitações funcionais e incapacidades, as quais se manifestam como uma perda de

mobilidade no tronco e nas extremidades, padrões anormais de movimento, estratégias

compensatórias e ações involuntárias do hemicorpo afetado levando a perda da

independência na vida diária.

Este estudo, em relação às cinco principais atividades funcionais dos acometidos

de AVC, apresentou 18,18% para dependência quando na mudança de decúbito dorsal

para decúbito lateral esquerdo, 27,73% independência, 50,09% em não consta, 18,18%

dependência para posição sentado, 18,18% independência, 63,64% para não consta,

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18,18% dependente para posição rolar, 27,73% independência, 59,09% não consta,

18,18% dependente quanto a mudança de decúbito dorsal para decúbito lateral direito,

27,73% independência, 59,09% não consta, e 9,09% dependência para mudança de

posição semi-ajoelhado para posição ortostática, 13,64% independência e 63.64% para

não consta.

Pesquisas de TRINDADE et al. (2011) e GOMES et al. (2006), corroboraram

com este trabalho, uma vez que em seus estudos clínicos e instrumentais sobre

performances posturais mostraram que pacientes hemiparéticos à esquerda tem menor

equilíbrio postural sentado e em pé em comparação aos pacientes hemiparéticos à

direita.

Porém devido limitada quantidade de informações registradas nos prontuários,

não foi possível afirmar estatisticamente o quão dependentes e independentes são estes

usuários. Ressaltando a importância para o preenchimento dos prontuários de cada

usuário, para que os estudos futuros possam contribuir de forma mais positiva e eficaz

diante do indivíduo acometido de AVC (Tabela 4).

Tabela 4 - Capacidade funcional dos indivíduos acometidos de AVC.

Atividadesfuncionais N %

*DD-DLE

Dependente 4 18,18IndependenteParcial - -Independente 5 27,73Não consta 13 59,09DLE-DV

Dependente 4 18,18IndependenteParcial - -Independente 5 27,73Não consta 13 59,09DV-PUPPY

Dependente 4 18,18IndependenteParcial 1 4,55Independente 3 13,64Não consta 14 63,64PUPPY-JD

Dependente 2 9,09IndependenteParcial 3 13,64Independente 3 13,64

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Não consta 14 63,64*SENTADO

Dependente 4 18,18IndependenteParcial - -Independente 4 18,18Não consta 14 63,64A-S

Dependente 1 4,55IndependenteParcial 3 13,64Independente 4 18,18Não consta 14 63,64*ROLAR

Dependente 4 18,18IndependenteParcial - -Independente 5 27,73Não consta 13 59,09ARRASTAR-H

Dependente 3 13,64IndependenteParcial 1 4,55Independente 4 18,18Não consta 14 63,64*DD-DLD

Dependente 4 18,18IndependenteParcial - -Independente 5 27,73Não consta 13 59,09DLD-DV

Dependente 4 18,18IndependenteParcial - -Independente 5 27,73Não consta 13 59,09PUPPY-JE

Dependente 2 9,09IndependenteParcial 3 13,64Independente 3 13,64Não consta 14 63,644 APOIOS

Dependente 2 9,09IndependenteParcial 2 9,09Independente 3 13,64Não consta 15 68,184 APOIOS-A

Dependente 2 9,09IndependenteParcial 2 9,09Independente 4 18,18Não consta 14 63,64*SA-ORTO

Dependente 2 9,09IndependenteParcial 3 13,64

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Independente 3 13,64Não consta 14 63,64ARRASTARCRUZADO

Dependente 5 27,73IndependenteParcial - -Independente 3 13,64Não consta 14 63,64Fonte: Dados da pesquisa Campina Grande – PB, 2014.

DD- DLE: Decúbito Dorsal para Decúbito Lateral Esquerdo;

DLE-DV: Decúbito Lateral Esquerdo para Decúbito Ventral;

DV-PUPPY:Decúbito Ventral para Puppy;

PUPPY- JD: Puppy para Joelho Direito;

SENTADO;

A-S: Ajoelhado para Semi-ajoelhado;

ROLAR;

ARRASTAR- H: Arrastar Homolateral;

DD-DLD: Decúbito Dorsal para Decúbito Lateral Direito;

DLD-DV: Decúbito Lateral Direito para Decúbito Ventral;

PUPPY-JE: Puppy para Joelho Esquerdo;

4 APOIOS: Quatro Apoios (de gato);

4 APOIOS-A: Quatro Apoios (de gato) para ajoelhado;

SA-ORTO: Semi-ajoelhado para posição ortostática (de pé);

ARRASTAR CRUZADO;

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5. CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos foi possível sugerir que os indivíduos

acometidos por AVC atendidos na Clínica Escola de Fisioterapia - CEF da UEPB

apresentaram predomínio do gênero masculino (59,09%), com variação de idade entre

29 e 72 anos e média de 59,4±10,7 anos, estado civil casado (54,54%) em sua maioria,

subtipo de AVC mais predominante Isquêmico (40,91%), sequela Hemiparesia, com

dimidio mais predominantemente direito (40,91%), tendo como principal fator de risco

para a ocorrência do AVC a HAS com 45,45% dos casos, seguido do tabagismo com

27,27%. Quanto à funcionalidade destes, caracterizadas nas mudanças de decúbito,

devido limitada quantidade de informações registradas nos prontuários, não foi possível

afirmar estatisticamente os quão dependentes e independentes são estes usuários.

Ressaltando com este estudo a importância para o preenchimento dos

prontuários de cada usuário. Visto que a falta dos mesmos, tornaram-se obstáculos desta

pesquisa e discussão dos resultados encontrados.

Com a perspectiva de que os estudos futuros possam contribuir de forma mais

positiva e eficaz diante do indivíduo acometido de AVC, faz-se necessário:

O preenchimento completo dos prontuários;

Maiores orientações aos alunos, sobre a importância do preenchimento

destes dados e maior supervisão quanto ás correções dos prontuários do

professor junto ao aluno;

E que os bancos de dados sejam informatizados, facilitando assim o

acesso aos dados.

Com relação ao âmbito acadêmico vê-se a necessidade de estudos que

caracterizem os atendimentos aos pacientes acometidos de AVC realizados na CEF-

UEPB.

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ABSTRACT

Introduction: According to the World Health Organization (WHO) and described by

the Ministry of Health of Brazil (2004), Cerebral Vascular Accident (CVA) is defined

as a clinical syndrome with quick development clinical signs, such as focal or global

disturbance of cerebral vascular function, with possible vascular origin lasting more

than 24 hours (Stokes, 2000). It is an important public health problem, spread all over

the world with the big consequences, because it causes a substantial increase of the

demands for resources prone to diagnosis, treatment and rehabilitation. Goal: the

present work aims to characterize a profile of patients with and without CVA, using

medical records. Method: This is a documentary and quantitative study, based on

retrospective analysis of patient’s records with and without CVA, assisted at Clínica

Escolar de Fisioterapia-CEF, working at Universidade Estadual da Paraíba- UEPB in

Campina Grande, PB within the period July, 2013 to June, 2014. Results: It was

observed that the observed sample was mostly formed by males (59.09%); females had

a percentage of 40.91%. The average encountered was of 59.4 ± 10.7 years; 54.54% of

the patients were married and 45.45% presented an incomplete elementary education.

For VCA subtypes: 40.91% Ischemic and 9.09% hemorrhagic, with sequels and hemi

body consisting of 40.91% and 36.36% right hemiparesis and left hemiparesis,

respectively. As Prevailing risk factors, were found hypertension, with a percentage of

45.45% and Smoking with 27.27%.

Keywords: Cerebral Vascular Accident, Patients, Assistance.

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APÊNDICE

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Apêndice I

ROTEIRO PARA COLETA DE DADOS EM ARQUIVOS

Número do prontuário: ___________1.DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:a)Idade: ____________ b) Data de Nascimento: ____ /____ /_____c)Gênero: ( ) Masculino ( ) Femininod) Estado civil: ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Viúvo ( ) Divorciadoe)Naturalidade ________________________________________________________f) Nível educacional:

( ) Iletrado ( ) Fundamental Completo( ) Fundamental incompleto ( ) Ensino médio( ) Ensino superior ( ) Pós – graduação

g) Profissão: ___________________________________________________h) Ocupação atual:______________________________________________i)Renda familiar proveniente de:( ) Trabalho assalariado ( ) Aposentadoria( ) Ajuda familiar e/ou terceiros ( ) Programa do governo.

( ) Outros: __________________________________________2. HISTÓRIA CLINICAa) Queixa principal___________________________________________________

b)Tipo de AVC:( ) Isquêmico ( ) Hemorrágico

c) Número de episódios: ____________ ( ) Não encontrado no prontuário.d) Fatores de risco: ( ) HAS ( ) DM ( )Tabagismo ( )Dislipidemia( ) Cirurgia extensa recente ( ) AVC hemorrágico prévioe)Sequela: ( ) Hemiplegia direita ( ) Hemiplegia esquerdaf)Domínio: ( ) Braquial ( ) Crural

3.Exame Físico

a) F.C.: ______________ bpm b)P.A.: __________ x_______ mmHgObs:

c)Postura: ________________

d)Locomoção: ( )Deambulante ( ) Cadeirante

e)Tipo de Marcha:________________

f)Equilíbrio:____________________

g)Linguagem/ Fala___________________________

h)Nível e Estado de Consciência: __________________________

i) Déficits Motores:______________________________

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4.Motricidade:

a)Trofismo:

b)Tônus: ( ) Normotonia ( ) Hipotonia ( ) Hipertonia

c)Força Muscular:

5.Coordenação:

a)Índex-índex: ( ) N ( ) A ( ) NT b)Índex-nariz: ( ) N ( ) A ( ) NT

c) Movimentos Alternantes: ( ) N ( ) A ( d)Calcanhar-joelho: ( ) N ( ) A ( ) NT

e)Outros:

6.Manobras Deficitárias da Motricidade:

a)Braços Estendidos: b)Barre: c)Mingazzini:

7.Atividades Funcionais: (D) Dependente (IP) Independente Parcial (I) Independente

a)D. D. para D.L.E.: b)D.D. para D.L.D.:c)D.L.E. para D.V.: d).L.D para D.V.:e)D.V. para Puppy: f)Puppy com Joelho E.:g)Puppy para Joelho D.: h)4 Apoios:i)Sentado: j)4 Apoios para Ajoelhado:k)Ajoelhado para Semi ajoelhado: l)Semiaj. para Ortoest.:m)Rolar: n)Arrastar Cruzado:0)Arrastar Homolateral.:

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ANEXOS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

Anexo I – TERMO DE COMPROMISSO DO PESQUISADORRESPONSÁVEL EM CUMPRIR OS TERMOS DA RESOLUÇÃO 466/12

DO CNS/MS

Pesquisa: CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE INDIVÍDUOS ACOMETIDOSDE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA

DE FISIOTERAPIA DA UEPB

Eu, Valéria Ribeiro Nogueira Barbosa, Professora do Curso de Fisioterapia da

Universidade Estadual da Paraíba, portador (a) do RG: 685068 – SSP-PB e CPF:

309.136.244 -20 comprometo-me em cumprir integralmente as diretrizes da Resolução

Nº.466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde/Comissão Nacional

de Ética e Pesquisa, que dispõe sobre Ética em Pesquisa que envolve Seres Humanos.

Estou ciente das penalidades que poderei sofrer caso infrinja qualquer um dos itens da

referida resolução. Por Ser verdade, assino o presente compromisso.

CAMPINA GRANDE,______de_________________ de 2014.

Assinatura do (a) Pesquisador responsávelProfª Drª Valéria Ribeiro Nogueira Barbosa

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Anexo II –DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA COM PROJETODE PESQUISA

Titulo da Pesquisa: CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE INDIVÍDUOSACOMETIDOS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ATENDIDOS NACLÍNICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA DA UEPB.

Eu, Valéria Ribeiro Nogueira Barbosa, Fisioterapeuta, Professora do curso de

Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba portadora do RG: 685.068 – SSP - PB,

declaro que estou ciente do referido Projeto de Pesquisa e comprometo–me em

acompanhar seu desenvolvimento no sentido de que se possam cumprir integralmente as

diretrizes da Resolução Nº. 466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da

Saúde/Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, que dispõe sobre Ética em Pesquisa

que envolve Seres Humanos.

CAMPINA GRANDE, _____de__________________ de 2014.

____________________________________ __________________________________Pesquisador Responsável Orientando

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Anexo IIIUNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CNPJ: 12.671.814/0001-37

Endereço: Baraúnas, 351, Bairro UniversitárioCampina Grande, PB

58 429-500

À Professora Maria de Lourdes Fernandes Oliveira.Coordenadora da Clínica Escola de Fisioterapia (CEF) da Universidade Estadual daParaíba- UEPB.

TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL

Estamos cientes da intenção da realização do projeto intitulado

“CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE INDIVÍDUOS ACOMETIDOS DE

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA DE

FISIOTERAPIA DA UEPB” desenvolvido pela aluna Luana Karina de Oliveira

Figueiredo do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba, sob a

orientação da professora Valéria Ribeiro Nogueira Barbosa.

CAMPINA GRANDE, ______de_______________ de 2014.

___________________________________________________________________

Assinatura e carimbo do responsável institucional

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Anexo IVUNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CNPJ: 12.671.814/0001-37

Endereço: Baraúnas, 351, Bairro UniversitárioCampina Grande, PB

58 429-500

TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL PARA USOE COLETA DE DADOS EM ARQUIVOS

Estamos cientes da intenção da realização do projeto intitulado

“CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE INDIVÍDUOS ACOMETIDOS DE

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA DE

FISIOTERAPIA DA UEPB”, desenvolvido pela Professora Valéria Ribeiro Nogueira

Barbosa, do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba, com a

participação da orientanda Luana Karina de Oliveira Figueiredo. A coleta de dados será

do tipo documental com análise retrospectiva e acontecerá no Arquivo de Prontuários de

Pacientes, localizado na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual da

Paraíba - UEPB. A referida pesquisa será para caracterizar o perfil de usuários

acometidos por AVC, atendidos na Clínica Escola de Fisioterapia da UEPB. Após

aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, toda a

documentação relativa a este trabalho deverá ser entregue em duas vias (sendo uma em

CD e outra em papel) a esta instituição sediadora da pesquisa que também arquivará por

cinco anos de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de

Saúde/Ministério da Saúde.

CAMPINA GRANDE, _______de_________________ de 2014.

________________________________________________________________

Assinatura e carimbo do responsável institucional