As Belas Mentiras

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  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

    1/14

    OS

    e o

    ei

    ProJa. J)m. limdra Regina Ferrei '( de O flleira

    RESUMO

    Este

    texto, a

    partir

    Ile uma anlise

    com

    outro artigo

    volume des .:: i,vista em

    1995.

    reflexes sobre

    pedaggicos oensino de lllslria.

    Abordam-se

    princpiuo

    mais

    amplos como:

    a

    importncia de

    se

    direcionar

    o

    olhar

    para

    outros

    lugares,

    outras

    lgicas,

    outras

    possibilidades;

    a ideia da

    necessidade

    de

    construir possibilidades,

    altenntivas para se locomover de um lugar ao outro no campo do conhecimento

    e, a o m p r e e n s ~ ) l que

    a

    educao um processo lento.

    Abordam-se

    l:l1niJm

    alguns

    princpios

    tllnel:ititTltais

    no

    processo l 1' l:,iIlO

    eaprendizagem da Histria

    i O contexto

    escoia '

    como:

    a

    importncia cLliJlI.l'rdisciplinaridade, elei

    do COIl hecimcnto prvio eda investigativa.

    Palavras chave: ensino-aprendizagem; ensino

    l

    Histria; interdiscipli

    naridade.

    Algumas

    mensag,:ls recebidas

    em ]lIlSSOS

    correios nos incitam

    a

    pensar sobre

    o

    nosso ofcio

    a partir de

    outras perspectivas.

    Penso ser este

    um

    princpio pedaggico importante no processo de

    construo

    do conhecimento:

    direcionar o

    olhar

    para outros

    outras lgicas,

    outras

    possibilidades amplia

    nossa

    compreenso

    oofcio de

    pesquisar,

    ensinar eaprender sobre oensino

    ele I listria. Por issuiniciu este

    texto

    pelo correio eletrnico:

    sobre

    pontes e

    "Educar construir pontes"

    era

    o ttulo de uma mensagem comemora

    tiva

    ao dia

    do

    professor. Concordo.

    Provavelmente,

    foi

    o

    de

    transpor

    algo

    impossvel de

    ser transposto somente com o

    corpo que fez

    o homem inventar

    a

    ponte. Apartir de ento. amplia-se a de deslocamento no

    espao.

    COlls1.ruir

    j1ossibilid;Hb para SC]ocoHl0ver

    de

    um lugilr

    ao

    ll'lde no

    campo do aventurando-se por trilhas desconhecidas. outro

    HIS II{IA

    eX

    I}\,INO,

    Londrina, v 15, p

    133-196

    ago. 2009

  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

    2/14

    -

    184

    princpio

    pedaggico

    que considero merecedor de

    destaque para

    aqueles que se

    a educao .

    .

    Educar

    para a colnpreenso histrica mais ou menos como plantar

    !abllticabeiras

    Sabar:

    necessrio pensar no futuro para alm de ns".

    Esta

    frase

    foi

    retirada do

    memorial

    que elaborei

    para a qualificao da

    tese

    de

    doutorado. Em meio

    ao

    processo

    de elaborao

    do

    referido

    texto, no ano de 2005,

    recebi a

    mensagem

    que

    transcrevo

    a seguir, de autoria desconhecida:

    - - - - - - -

    OVelho e a jabuticabeira

    ()

    velho

    estava

    cuidando da

    planta

    com

    todo

    o

    carinho.

    O

    jovem

    aproximou

    se dele eperguntou:

    - Que

    planta

    esta que osenhor

    est

    cuidando?

    - uma

    jabuticabeira

    - respondeu ovelho.

    Eela demora

    quanto

    tempo para dar frutos!

    -

    Feio menos uns ;HlOS -

    informou o

    rclho.

    - E o

    senhor

    esper

  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

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    partir deste olhar

    que

    elaborei as

    reflexes

    sobre as pennanncias etransformaes

    no ensino de Histria dialogando com outro texto de

    minha

    autoria

    publicado

    em 1995,

    no

    primeiro volume da referida

    revista.

    No

    ano

    de

    1994,

    a

    criao

    do

    Laboratrio

    de

    Ensino

    de

    Histria objetivava

    fomentar oenvolvimento

    do professores dos

    diferentes nveis de ensino e

    divulgar

    o conhecimento historiogrfico no intuito de

    abrir

    novas perspectivas para o

    processo

    de ensinar e

    aprender

    histria fomentando,

    paralelamente,

    o repensar

    do

    curso de graduao de

    Histria

    da Universidade Estadual de Londrina CAI-

    NELLI,

    1995, p.

    5). Apublicao da Revista

    Histria Ensino

    foi

    uma

    das

    aes

    do

    Laboratrio, talvez

    amais

    importante

    devido,

    principalmente,

    apennanncia

    por quinze anos no contexto

    educacional

    brasileiro, chegando a praticamente

    todos

    os

    cursos de

    Histria

    do pas.

    Acredito, porm ser

    essencial

    destacar

    o que,

    em minha anlise, colocava

    tal publicao m destaque no

    cenrio

    acadmico daquele contexto: o

    desejo

    de congregar em uma mesma publicao artigos e relatos de experincias. No

    primeiro volume h espaos

    destinados

    a um eoutro eno texto de

    apresentao

    incentiva-se

    os

    professores

    de

    ento

    1

    o

    e 2

    graus

    e

    enviarem suas

    colaboraes

    para os prximos

    nmeros.

    A

    destinao

    de espaos

    para um

    e outro,

    assegurava

    a possibilidade de

    divulgao de

    diferentes saberes efazeres

    marcados por

    espaos,

    temporalidades

    e

    objetivos

    distintos. Ao construir

    uma ponte entre

    ambos,

    unindo-os em

    um

    mesmo

    espao, deduz-se

    que se explicitava a postura

    poltica,

    terica e

    metodolgica

    de

    entend-los

    como amlgama de um

    mesmo

    todo.

    Ao mesmo

    tempo, sabia-se que

    est

    tarefa seria

    a mais difcil. Penso

    que se

    apostava no futuro, tal qual quando

    plantanl0s jabuticabeiras

    Sabars.

    Ainda que a publicao tenha sofrido alteraes

    ao

    longo

    dos

    seus quinze

    anos,

    mudando inclusive a configurao

    dos

    espaos

    destinados aos

    artigos e

    aos relatos

    de experincias, a

    inteno

    primeira de se

    trabalhar com

    oensino de

    Histria valorizando os diferentes

    espaos

    nos quais

    se

    concretiza a construo

    deste

    saber

    marcou

    consideravelmente

    os

    profissionais fonnados

    neste

    perodo

    no

    curso

    de

    Histria da

    UEL.

    As discusses

    acerca do ensino de Histria e as necessidades de mudanas

    eram embaladas pelas

    leituras

    de diferentes pesquisadores

    que

    nos incitavam a

    refletir

    sobre

    as

    verdades

    absolutas

    e ovalor do

    decoreba

    CABRINI, 1987);

    HISTRIA

    ENSINO,

    Londrina,

    v. 15,

    p.

    183-196 ago. 2009

    185

  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

    4/14

    186

    sobre as

    "belas mentiras" apresentadas nos livros didticos (NOSELLA, s/d); sobre

    os alguns "criados" e mllitos canonizados

    para

    ';erem ensinados

    de

    istiria

    (PINSKY, i : i o b n ~

    diversas tem

    {[licas

    que podem

    ser

    comoiiJadas

    a I

    I

    apesquisa no ensino

    Histria

    e

    sobre

    a

    de

    se

    pensar

    uma

    escola

    para

    opovo em levar o a compreender a

    realidade em

    diferentes tempos

    e espaos (NIDELCOFF, 1980),

    Foi

    a partir

    deste cenrio

    de

    acadmica j

    atuando enquanto

    no mercado

    de que

    mUI primeiro texto

    '/\ lllll'cdisciplinaridade l: o

    Emino

    de Histria' no volume cLt l'evista

    llisl(lria

    Ensino,

    Trai:ll'{;-se

    ele

    um relato

    da vivenciada

    em

    una

    escola da

    cidade de

    Londrina, o

    Instituto de

    Educao

    Infanto-JUI'enil

    (lEIJ) com

    alunos de

    'la

    a 8

    a

    sries,

    i\Jo allcoradaem

    autores

    como

    Piaget (1973),

    Fazenda (1979),

    Arendt

    (

    \nder-Egg (1990) dos

    projetos

    pelos professores da

    refel'illa

    escola

    no

    contexto

    de um projeto maior que a

    escola

    denominava

    ento

    di'

    C i n c i ~ i S

    Integradas"

    O

    do

    texto

    era

    como se potencializava

    as

    perspectivas quanto

    ao

    ensino de

    llistria a partir

    do

    dilogo interdisciplinar.

    O

    problema que deu

    origem

    ao

    estLldo

    foi

    desencadeado pela seguinte

    q u c s t ~ o

    lormulada

    IX I

    os '\0 ano

    de

    h possibilidade

    do

    cometa

    SvviftTurde

    chocar-se

    com T T ~ L Qual aposio

    da

    Terra no universo

    que

    uma trombada e s t a ~ ; I '

    1995, p, 1

    ](l), Os estudos

    nas

    diferentes

    reas

    do

    conhecimento desafiaram

    os alunos,

    dentre

    outras questes, a

    investigar sobre

    as

    experincias

    ehipteses que

    levaram

    o

    homem

    adescobrir o

    formato

    da Terra,

    a dominar e

    manipular

    o espao e a utilizar esse conhecimento no domnio

    de

    outras civilizaes. No texto, encontram-se orelato de lodo otrabalho

    assim corno das conc us()es

    formuladas

    pelos alullos

    final

    do trah:lIho,

    No

    que tange a lem,ltica deste artigo, pmp(uho

    dialogar com

    princpios pedaggicos apresentados

    no

    texto

    de 1995

    buscando compreender

    o

    que

    significavam em

    1995 e oque

    significam

    hoje, aps

    quinze

    anos

    de

    pesquisas

    e trabalhos junto aos alunos eprofessores, Selecionei trs: interdisciplinaridade,

    conhecimento prvio

    c investigativa.

    aposta na

    interdisciplinaridade

    como

    fundamental nu pro

    C t ~ S S ( )

    (le aprendizagem f,

    S lll

    dvida, o

    pedaggico

    mais

    I1IOT(lRI \ ENSIKO, Londrina, v 1), p.

    183-196 ago,

    2009

  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

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    se

    sem

    no te:;to tiL I terica que

    {) :r;d ,1110 desenvolvido por ao reler o texto

    hoje, identifico

    que

    a inteno

    era

    apresentar

    ao

    leitor

    como

    se

    desenvolvia

    e a

    importncia

    de

    um

    trabalho

    Tal

    caracterstica

    pode

    ser

    compre

    endida porque

    o

    tema

    em

    j contexto, ocupava um

    de

    destaque nas discusses acadmicas cumpre-nos atestar, no

    se

    tratava de uma

    discusso recente

    (os estudos de Hilton e Ivani Fazenda,

    pesquisadores

    desta temtica,

    datam

    da dcada

    de

    1970).

    Ciilcias

    integradas era resultante

    de

    aprendizagem

    todo

    ()

    t '; .balho

    pedaggico

    se

    desemu \f:l

    no

    alicerado

    na

    teoria subrc o

    que

    aprender

    e

    como

    se

    Pon:m o.

    a meta

    das

    desemoj\id:ls

    era odesenvolvimento

    da

    inteligncia o

    'leiC

    hOUve'llll

    descolamcnto

    da

    educao

    enquanto transmissora

    no C:lilli1() da 1l10raHet;lie como no campo

    do

    conhec:i11PliiO cientfico. Nesta

    em

    :ire

    a do conhecimento, formar indivduos

    capazes

    de autonomia

    intelectual

    e moral e respeitadores dessa autonomia em

    outrem,

    em

    decorrncia

    da

    regra

    de

    reciprocidade

    que

    a

    torna

    legtima para eles

    mesmos" 1974,

    p. 61 ,

    Tal objetivo

    s

    pode ser COlrl prticas

    pedaggicas

    que

    sujeito

    a aprender sobre o homem e sua trajetria existencial, o que

    uma busca

    para

    compreend 10 m sua totalidade,

    pois, parafraseando

    Oscar

    Niemawr. "a

    vida

    mais

    importante que a arquJfetlil':L". Tal pode

    ser

    um

    indicativo

    para

    repensarmos

    os

    espaos

    e o

    diferentes

    reas

    do

    CI til hecimento

    no cotidiano escolar.

    illlcrS:l na rC';ilid:dc da

    escola em questo

    na

    uesenrolava

    cnlJ:lves.

    no

    me era possvel so as barreiras

    na concretizao

    de uma efetivamente

    Dentre tantas que poderiam ser detenho-me

    ainda

    que

    rapidamente,

    em

    trs:

    concepo

    equivocada

    quanto

    ao

    conceito

    de

    interdisciplinaridade, espao no

    mercado

    de trabalho e organizao

    espao

    temporal das escolas.

    O

    conceito

    de

    interdisciplinaridade,

    segundo]apiassu (1976, p.

    76)

    no

    somente

    no

    nome, mas tambm

    naquilo que ele significa (contedo)". Con

    sequentemente,

    temos acompanhado

    experincias

    que

    se

    intitulam

    ele

    HIST,:,.\

  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

    6/14

    188

    interdisciplinares. O

    (Iue

    nos cabe aqui destacar

    quc,

    de uma forma ou outra,

    no contexto escular deparamo-nos com

    o

    lugar que as disciplinas ocupmn em

    uma

    proposta

    que

    se

    pretende

    inter'.

    Atualmente,

    segundo

    Gallo (2000,

    p.

    21)

    o ensino

    se estrutura

    a partir

    da

    colll]lartimentajzao elo conhecimento , oque pode

    ser

    identificado anal

    isando

    os currculos

    escolares. ~ o

    cotidiano escolar,

    cada

    disciplina

    trabalhada

    junto

    ao

    aluno

    de forma

    autnoma

    c

    autosuficicnte. quando na verdade s pode

    ser

    compreendida crn sua totalidade

    como

    parte de um conjunto, pea

    impar de

    um

    imenso puzzle que pacientemente

    montamos

    ao longo

    dos

    sculos edos milnios

    (GMlO.

    2000.

    p

    23).

    Aanalogi:l

    com

    o

    quebra-cabca

    nos permite ilustrar oprincipal equvoco.

    que

    em minha anlise, corrobora negativamente na elaborao de propostas

    intcI'llisciplinares: o saber

    (contedos)

    a forma

    de

    construo desses saberes

    (epistemologi2,)

    de cada rea do conhecimento condio

    fundament,d

    para

    que

    se possa

    pensar m

    um trabalho

    interdisciplinar.

    IlestafOl'ma,

    trata-se

    de

    um

    equivoco

    pensar

    (lue

    tal

    forma

    de

    se

    estruturar

    o trabalho

    no

    contexto escolar aniquila

    ou torna mais

    superficial os estudos

    dos

    contedos

    referentes a

    cada

    disciplina. Ao

    contrrio,

    o trabalho

    interdisciplinar

    exige

    do

    professor

    de

    cada rea

    do

    conhecimento

    uma.

    e v i s ~ o

    profunda dos saberes

    que

    seleciona

    para serem

    ensinados

    e

    sobre

    a

    jusUficativa do por

    que

    elevar tais

    saberes

    a

    alada de

    saberes

    escolares (aqui entendidos como aqueles que,

    por

    uma

    ou outra razo. S ~ )

    merecedores

    de

    s n ~ m

    trabalhados na

    escola).

    A

    importncia de

    um estudo

    em profundidade

    dos

    contedos

    como

    fator

    fundante para qualquer abordagem na qual

    se

    pretenda a

    construo

    de um

    conhecimento slido

    e

    significativo

    reafirmado na obra organizada lO ' Brans

    ford, Brown

    e

    Cocking

    (2007, p. 26). Porm. estes mesmos autores destacam

    a

    importi\ncia de existir

    uma conexo

    entre esses

    saberes,

    que em minha anlise,

    pode ser estabelecida

    por

    meio de estudos

    interdisciplinares.

    Dialogando

    com

    resultados

    obtidos

    em

    pesquisas

    desenvolvidas

    por

    vrios

    gmpos de pesquisadores em diferei1tes reas do conhecimento, esses autores

    defendem a tese de que da impossibilidade de

    apontarmos

    uma ou outra

    prtica

    de ensino como melhor ou pior. O

    que

    podemos, no contexto atual

    das pesquisas

    sobrr

    educao.

    estabelecer como ponto de partida um conj unto de princpios

    bsicos a partir dos quais sero estruturadas as

    estratgias

    de ensino. Dentre as

    Ik IUkl l

    ENSI\U

    I. 1S. p 183-19C

  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

    7/14

    tantas destacadas,

    priorizamos

    uma

    para justificar nossa defesa em tomo da

    importncia dos

    trabalhos interdisciplinares no contexto escolar:

    a capacidade dos

    estudantes

    de adquirir

    conjuntos organizados

    de fatos e habili

    dades aumenta quando esto relacionados aatividades significativas de soluo de

    problemas equando os

    alunos

    so

    ajudados

    a entender por que, quando ecomo

    esses fatos

    eessas habilidades

    so

    relevantes

    BRANSFORD,

    BROWN COCKING,

    2007, p 42)

    Tenho

    plena

    conscincia

    das

    dificuldades

    na

    construo

    dessa

    ponte

    entre

    a

    forma

    como

    trabalhamos hoje com o ensino no

    interior

    de

    nossas

    escolas e o

    que

    continuo defendendo acerca da importncia da interdisciplinaridade.

    Essas

    dificuldades

    so maiores

    no contexto

    dos anos finais do

    Ensino

    Fundamental 6

    ao

    9 ano) e

    no

    Ensino Mdio,

    quando as discusses sobre

    interdisciplinaridade

    geralmente acabam confundidas

    ou

    ento, equivocadamente, relacionadas com

    o

    ensino por reas

    do

    conhecimento

    ou

    juno

    de

    disciplinas.

    Nesse

    cenrio,

    o

    que temos presenciado que adefesa pelo

    espao

    no mercado de

    trabalho

    desloca

    as

    reflexes para

    outros aspectos, no menos importantes,

    mas que

    adia uma

    discusso

    mais

    profunda sobre a

    atual

    situao de fracasso

    que vivenciamos na

    maioria de

    nossas escolas

    quanto ao processo de ensino e aprendizagem de todos

    os

    campos do

    conhecimento.

    Aliada aestas questes

    encontra-se

    a

    forma

    como oespao e o empo escolar

    dividido

    entre

    as

    diferentes

    reas

    aliado

    s

    condies

    de

    trabalho

    dos

    professores,

    que muitas

    vezes

    atuam

    em

    diferentes escolas,

    o

    que

    atrapalha a

    efetiva construo

    de

    uma equipe pedaggica, com tempo, espao e

    desejo para pensar

    uma

    proposta

    de ensino

    que

    desperte o

    interesse em nossas crianas

    e adolescentes.

    Mesmo

    frente a todas essas dificuldades, epensando

    que

    somente

    se plantar

    mos

    jabuticabeiras

    Sabars hoje, os

    jovens do futuro podero

    deliciar-se com seus

    frutos,

    mantenho

    minha

    convico

    na

    importncia

    do

    trabalho

    interdisciplinar

    no

    interior de

    nossas

    escolas.

    Entendo, assim como

    exposto em 1995,

    que

    aconstru

    o e odesenvolvimento de

    projetos

    interdisciplinares

    auxiliariam em

    muito na

    construo

    de

    um

    conhecimento significativo e

    como

    maior

    profundidade

    acerca

    de

    determinadas

    situaes. Para o ensino

    de

    Histria

    tal

    assertiva ainda

    mais

    preponderante

    pelas

    prprias caractersticas do conhecimento

    histrico.

    HISTRIA

    ENSINO,

    Londrina,

    v. 15, p. 183-196 ago. 2009

    189

  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

    8/14

    190

    Os que

    crianas

    eadolescentes

    ministrando

    de Histria sabem

    profissional

    sobre )s mais variados

    que

    ocorrem

    no

    a mundo afora.

    :UiUS

    eSpWIJ1J

    que

    esse

    possa lhes

    explicr

    o

    qilC

    lst

    acontecendo

    palmente, o

    por que. Em

    outras palavras,

    os

    alunos esperam

    que

    oconhecimento

    histrico, mas do que qualquer outro

    os ajudem

    a

    compreender

    omundo. Assim

    sendo,

    tal conhecimento torna-se, por

    si

    interdisciplinm;

    nJO

    purque

    com

    outras

    n,ls

    o

    do

    homem no

    p:ira ~ r \ r n n j ' c , n

    IH:'Cl'SS;\iI0

    um

    olhar

    sobre

    tudo

    o

    que

    ocorre

    ao

    nosso

    Como

    llOS

    impossvel um sobre tudo,

    resta-nos investir em um

    ensino que valorize e desperte

    em

    nossos

    alunos

    a formulao

    de

    interrogaes,

    de exposio

    e

    de respostas para

    dvidas, que tente

    resolver

    as

    situaes

    prohlema aprcsentacL :: de

    multifocaL

    que t'\isterli

    rcntes n::l11eiras

    de se 'lltcndt'i' ) mundo. Acredito l l L i ~ um

    trabalho

    em

    aula licle pelo

    menos,

    cl, Je ace

    o que se estuda

    diferentes reas

    um caminho

    seguro

    para atingir tais objetivos.

    Aimportncia de valorizao do conhecimento prvio do aluno

    como ponto

    de

    pal1ida para qualquer trabalho

    em

    aula

    destaca-se

    no texto

    apresentado

    no ano cLe 1995. \[esses anos, sempre

    que

    destaco

    as

    das

    em

    meus

    escritos

    :10 intuito

    de deniorstrar

    lgica que

    i(leia

    cvalorizar

    um

    que

    de certaform:L

    cOilfei':'

    identidade

    so

    conheci

    i1l

    l'1l

    tos

    elaborados entre

    os

    seus

    ou

    a

    partir

    de

    com

    os

    mais

    diferentes

    sem uma intencionalidade

    escolar.

    Apartir

    dos estudos

    de

    Piaget como

    se

    constri oconhecimento, na-

    l :;CO]a, dava-se

    c\trem:i

    importncia

    muito

    cumpreender a lgica ai

    uno.

    pois

    tal

    base

    para

    ljualquer trabalho que \ ISI do conhcumcr 1o.

    Durante

    as

    intel1)retaes

    equivocadas

    de

    prticas

    pedaggicas

    que

    valorizam

    os

    saberes dos alunos,

    disseminaram

    a

    crtica de que tal metodologia ele ensino no

    leva

    os alullos a

    aprenderem, pois

    muito tempo" em torno das prprias

    i c k ~ i l s dos

    sujeitos,

    n:ul no campo

    cicntfco.

    fato que

    se

    trata de um

    processo

    dc: mais

    lentu. V;unos

    entendeI'

    a

    razo da e l l t i d ~ I O

    e

    porque, ainda assim,

    HISTHli\ ENSINO, Londrina.

    v.

    15,11. lRj-196 ago. 2009

  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

    9/14

    ficar

    l l ~

    Dl

    caminhar

    e uma Terra esfrica n;l() enCai\ll ilO seu

    modelo

    mental

    I W \ I \ ~ : r ) I m .

    BRO\XIl' \ E

    COCKING, 2007,

    p.

    Immeil':I

    li'I1'a que as

    ajude

    sohre

    em [ornu do cOllhcciml'llto prvio, o

    avano no

    do conlwcillll'llto cientfico

    toma-se

    ;:lais

    AimpOltncia de entender o

    que

    os alunos sabem sobre detemlinados assun

    los

    possibilita ao

    professor as

    estratgi

    as para odesenvolvimento do trabalho

    pedaggico focando as "as

    crenas

    falsas, e s interpretaes

    dos conceitos"

    (BRk\JSFORD,

    BRO\VI'i ECOCKING,

    2007,

    p. 42). Quando no se

    parte

    do que os alunos

    sabem,

    corre-se o risco de que oprocesso

    de aprendizagen

    desencadeie

    para caminhos diferentes

    planejados pelo professor.

    abaixo

    que

    se relaciona

    1995.

    Trata-se

    dos

    resultados

    acerca

    do

    fonmito

    dei

    uma

    pesquisa

    apn3 ILidaem 1989

    na

    [li\t>'sic ade

    de Tili110is

    sobre

    a qual tomei C\)llhecimcnto SO'llili:e

    em

    2007.

    Cor: ll'ccr

    esse' c:stmlo

    contribuiu

    para referendar

    minhas

    conhecimento prvio

    no

    processo de

    erlsi

    to '

    acerca

    da

    Consideramos

    o

    desafio

    de

    trabalhar

    com

    crianas

    que

    acreditam

    que

    a

    Terra

    plana,

    a tentativa

    de

    a

    entender

    que esfrica.

    Quando s

    afirma

    que

    a Terra

    redonda, as

    i nv i r mn

    o

    planeta como uma panqueca

    e

    no

    COlno

    uma esfera. Se ento se diz para elas

    que

    redonda

    como

    uma

    as

    crianas

    interpretam

    a

    nova

    informao

    sobre

    uma

    Terra

    esfrica dentro ele sua

    viso de Terra

    plana,

    concebendo llla

    superfcie

    plana como uma pacqueca

    nentro

    ou

    no

    alto

    de

    uma com seres humanos

    em

    p sobre a panqueca. i\

    :;s

    crianas elaboram

    seus

    i]OVOS

    conhecirl i"lio:,

    guiada

    por

    () iu:itrativo

    no sentido

    de que

    por

    do aprendiz

    um

    conflito em

    relacionar

    o q

    e j:.

    com

    o

    que

    est

    aprendendo. Quando

    o

    consegue compreender oprocesso, apossibilidade de uma modificao

    no conhecimento,

    o que

    denominamos

    aprendizagem: desloca-se de

    um

    ponto

    para outro, quantitativamente

    - sabe

    mais

    a respeito, e

    qualitativamente trata-se

    de um saber mais

    elaborado.

    Tal

    princpio

    pedaggico to que foi destacado por

    HIST()I\I\

    8: E\.II\I).

    Lomlrlll:l, v.

    15, p.

    183-196

    ago. 2009 191

  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

    10/14

    192

    Brown

    eCocking (2007, p. 33), como uma das

    trs

    descobertas mais importantes

    [lO

    campo das pesquisas sobre aprendizagem

    e que

    sustentada por um amplo

    e slido referencial terico.

    Pensemos tudo isso qwmto ao

    conhecimento

    histrico.

    Sabemos ljue

    sobre

    a

    alcunha da

    palavra

    Histria , apresentam-se os mais variados saberes.

    Muitos

    desses so tecidos por meio

    de

    memrias familiares

    e

    conferem identidade

    e

    alteridade

    ao sujeito. Alm disso, muitas vezes

    esses saberes so

    construdos

    a

    partir

    de esteretipos

    ou

    simplificaes,

    corno,

    por exemplo,

    entender

    a histria

    como uma luta

    entre mocinhos

    ebandidos (Bl{ANSFORD, BROWN E

    2007,

    jl

    33).

    No contexto escolar, ao entender quais so os

    saberes

    dos alunos

    oprofessor

    pode elaborar atividades

    que coloquem

    o sujeito em urna situao de

    dvida

    ou

    contestao

    a

    respeito de

    tais

    saberes. Denomino

    esse

    processo de conflito

    cognitivo

    SOlllente apartir dele qUi'

    se constri

    um

    nOlo

    conhecimento.

    fato que uma

    proJlosta

    pedaggica com essas caractersticas

    se

    de

    furma

    muito

    mais lenta

    se

    comparado

    a

    Lima

    prtica na

    qual

    se

    pretende

    transmitir determinados saberes, na forma

    de

    instruo, sem

    uma

    efetiva preo

    cupao de como

    esse

    saber ser

    aprendido,

    ou se ser, pelo

    aluno.

    No entanto,

    sabe-se que tal

    ensino

    no resulta em

    uma

    efetiva

    aprendizagem. No mximo,

    os alunos memorizam

    algumas

    informaes que

    so elevolvidas

    aos professores

    nos ]ll Ocessos avaliativo;;

    e

    logo

    esquecidas. a essa

    c o n s t a t a ~ l )

    no

    h

    argurnento

    que sobrcvi\;l em

    torno

    de justificativ;t'i sobre amanuteno

    de

    uma

    prtica

    pedaggica

    voltada

    para

    memorizao

    dos

    contedos. 'rodas

    as

    pesquisas

    apontam para a

    ineficcia

    dessa forma de

    ensinar.

    Outro princpio destacado no texto publicado em 1995 destacava

    a

    im

    purtncia

    da

    investigao

    no

    processo de aprendizagem. Ainda que

    na

    escola na

    qual se

    desenvolvesse

    oprojeto

    no houvesse qualquer dvida

    a

    respeitu

    de

    que

    a

    aprendizagem ocorre apartir

    da investigao.

    ponto bsico na

    teoria

    lembro-me

    que,

    In

    outros contextos, discutamos

    muito

    sobre

    qual

    a

    importncia

    de

    levar

    o

    aluno

    a

    construir

    um

    conhecimento que

    j

    fora

    construdo

    e, em

    alguns

    casos,

    amplamente

    comprovado

    na

    histria da cincia.

    ~ s ltimos anos. a postura

    investigativa

    tem

    recebido

    destaque

    nas

    pes

    quisas acerca do ensino de Ilistria.

    Postula-se

    a necessidade de

    lelar

    o alllIlo a

    aprender Histria

    utilizando-se

    dos mesmos mtodos do historiador. Concordo

    HrSTlZA ENSINO, Londrilla,

    v 15, jI 183-196

    ago. 2009

  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

    11/14

    plenamente com essa

    perspectiva:

    somente

    pode-se falar

    de aprendizagem

    se

    houver

    cOll1prccnso e

    "compreender

    inventar, ou

    reconstruir

    atravs

    da

    rein

    veno, eser preciso curvar-se ante tais necessidades se oque se

    pretende, para

    o

    futuro,

    moldar indivduos

    capazes

    de produzir ou criar,

    e

    no

    apenas

    de repetir"

    PIAGET,

    1973, p 20).

    O

    processo

    de construo do conhecimento sempre novo porque os

    sujeitos

    so sempre

    novos. Acredito que

    o

    desenvolvimento das cincias est diretamente

    relacionado com o

    tipo

    de

    educao que

    nossas crianas e adolescentes recebem

    nos

    bancos

    esculares.

    Oque encontramos, na maioria das

    escolas,

    um cenrio no

    qual

    a

    cllliosidade.

    mola propulsora

    da vontade

    de

    investigar,

    vai

    progressivamente

    sendo do cotidiano

    escolar,

    pois no h oque se investigar qmndo tudo

    o

    que

    le llos

    a aprender est nos textos dos livros d i d i j c o ~

    Mas

    o

    que

    pode

    aguar

    a

    curiosidade de

    um a

    lUIlO.

    ele

    criana

    ou ado

    lescente? [Im bom problema.

    Formular

    um

    no

    tarefa

    eentendo que

    esse

    seja

    omaior

    desafio do professo

    i' nacontemporaneidade:

    ulhar

    a real

    idade

    e

    formular

    bons

    problemas que

    possibilitem

    a

    aprendizagem

    dos

    contedos

    elencados como

    importantes

    para serem ensinados. As pesquisas j comprovaram

    que

    a capacidade dos estudantes de adquirir conjuntos organizados de fatos e ha

    bilidades

    aumenta quando

    estes

    estilo relacionados

    a atividades

    significativas

    de

    soluo

    de

    problemas e

    quando

    os alunos so

    ajudados

    a entender

    por

    que.

    q u ~ m r o

    e

    como

    esses

    fatos

    ehabilidades so relevantes

    RRAIliSFORD

    BRO\V\I E

    COCI\ING.

    2007.

    )1.J2).

    Ao

    imlar

    aescrita desse

    texto

    convm reunir

    os

    trs 'H'''''' i1cdaggicos a

    partir dos quais teci

    as rc(]cxes sobre

    o

    ensino de istri

    a

    de

    uma

    anlise

    comparativa

    entre o

    texto i'edigido

    em

    1995

    e este.

    '''A'''''i,uu

    se direcionar

    o

    olhar para outros lugares, outras

    outras

    possibilidades

    como condio bsica

    para

    ampliao

    de nossa compreenso sobre

    o

    ofcio

    de

    pesquisar,

    ensinar

    e

    aprender sobre

    o

    ensino de

    Histria; sugeri

    que educar

    cOllstruir pontes, e n t e n d i d a ~ como possibilidades, alternativas para se

    locomover

    de um lugar ao outro no campo do conhecimento; e, explicitei que

    compreendo

    a educao como um processo lento eque nem sempre veremos ofruto

    de

    nosso

    esforo.

    Apartir desses princpios desenvolveram outros que estruturaram

    ambos

    HIST )HI\

    IZ

    E\SI\ii.l.olldrina

    I l5, p.

    183-196 ago.

    2009

    193

  • 7/21/2019 As Belas Mentiras

    12/14

    194

    os

    textos:

    a

    importnciadainterdisciplinaridade, da

    valorizao

    elo conhecimento

    previu e da postura imcstigativa como metas a serem perseguidas no trabalho

    em

    nossas

    escolas.

    1\

    redao

    desse texto me possibilitou

    um

    dilogo com minhas

    prprias

    memrias.

    Enl :2010,

    cOlllemoramos

    20

    anos

    de

    formatura

    nu

    curso de

    Histria

    da

    lJEL Dos onze autores que publicaram textos no primeiro nmero

    dessa

    Revista,

    cinco

    frmun

    meus

    professores,

    assim como a responsvel

    pela

    revista. Alm do

    mel relato

    de

    experincia.

    publicou-se

    tambm o relato da Professora

    Marisa

    Noda, minha colega de

    turma

    e hoje, alm

    de

    professora

    da

    Rede Estadual de

    Ensino, docC'nte no

    curso

    de Histria da U E N I ~ }acarezinho. que, dentre outrac

    aes estruturou um

    e f i c a ~ Laboratrio

    de

    Ensino

    de Histria naquela

    localidade.

    Outros alunos que

    se formaram

    naquela

    turma

    atuam no

    ensino de

    Histria e

    ebcnvolvem

    trahalhos

    resultac]us so signiGcativos nu cenrio educacional

    local: destaco o trabalho da Professora Roseli ele

    Camargo

    em duas escolas

    na

    cidade

    de

    Londrina, a atuao

    da

    Professora Silmara Sagatti

    em

    i\pucarana e o

    trabalho

    desemolvido

    pel

    Professora Adriana

    Lacato

    Rl1f(al0

    Pereira.

    na

    gestJo

    pblica

    na cidade de Pellpolis.

    Fomos

    formados contaminados pelos

    ideais que impeliram

    aqueles pro

    fessores a pensar o

    ensino

    de Histria para

    alm. da

    UEL e em dilogo

    constante

    com

    tanto conhecimentos

    quanto nos fossem possveis. Penso que rendeu bons

    frutos

    eferncias

    1\NllEl\-EGG,

    E ~ e q l l i e l . Inlf'rdisciplinaridad

    em eclucacin.

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    Bridges

    jabuticabeiras.

    pedagogical

    principIes anel the teacl1ing l l is tory

    AllSTRACT

    This texl, from a cOll1parative

    analysis

    with anolher artide

    published

    in

    lhe

    first

    \'Olume

    of lhis vlagazirll' in 1995, jlresents refiecliolls that

    are importa,l

    pcda

    gogical principies for lhe education of Historf.

    These

    principies are approached

    ampler

    as:

    lhe

    importal1ce

    of

    directing

    lhe

    ook for

    olher

    places,

    olber

    logics,

    olher

    p ) s s i b i l i t i e ~ ; ;

    the idea

    of

    lhe llecessity to construct possibilities, altel11atives lo move

    from a

    plano

    to

    the olheI'

    in the

    fiekl

    of

    lbe Imowledge ana,

    lhe

    underslanding

    of tllat the educalioll

    is

    a slow processo Some basic principies in lhe educalioll

    pl Ocess and le:ll'l1ing of listOly in tlw school conte, are aIso approachec1 as: lhe

    importance

    of

    the

    interdisciplinary,

    lhe valuation

    of

    lhe

    previous

    knowledge and

    the position of investigation.

    Kcy word: 'Jeaching-leaming History teaching interdisciplinarr

    Londrina, v 1

    p.

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